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ESTADO DE SANTA CATARINA

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARAVILHA


CENTRO EDUCACIONAL MONTEIRO LOBATO
FONE: (49) 3664 1036
PROFESSOR (A): ROSILEI VASIAK ALBANI
DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO
TURMA: 9º ANO
10/09/2021
JUDAÍSMO
O Judaísmo foi a primeira religião monoteísta da história da humanidade com mais de três mil anos de
existência. Apesar de ser a menor em número de fiéis (cerca de 15 milhões, maior parte desses na América do Norte
e Israel), é uma das grandes religiões abraâmicas, junto com o cristianismo e o islamismo.
Judaísmo é uma palavra de origem grega (Iudaïsmós) para o topônimo "Judá". Segundo a tradição judaica,
Deus teria realizado um pacto com os hebreus, tornando-os o povo eleito que irá desfrutar da terra prometida. Esse
pacto se deu com Abraão e sua descendência e se fortaleceu com a revelação das Leis divinas à Moisés, no Monte
Sinai.
Portanto, o judeu é indiretamente um membro da tribo de Judá, um dos doze filhos de Jacó e patriarca fundador
de umas das doze tribos de Israel. De igual modo, a religião judaica é basicamente de caráter familiar. É nesse núcleo
social que ela se preserva e se difunde, tendo em vista o caráter não messiânico do judaísmo.
A sinagoga, o templo judaico, cumpre a função de reunir os fiéis para a prática de leituras dos textos sagrados,
sob a orientação de um sacerdote. Ele é chamado Rabino e não possui necessariamente um status social diferenciado
que lhe dê privilégios. Apesar da existência de tribunais para a lei judaica, a autoridade religiosa recai sobre os textos
sagrados, dos quais o "Torá" é o mais importante.
Sua autoria é atribuída à Moisés e narra a "Origem do Mundo", além de trazer os "Mandamentos e Leis Divinas".
Por outro lado, vale citar que o judaísmo não é uma religião homogênea; a grosso modo, podemos dividi-lo em:
• Ortodoxos: que consideram o Torá como fonte imutável do saber divino, mas não seguem as leis
rigidamente.
• Ultra-ortodoxos: que possuem tradições que seguem estritamente as leis sagradas.
• Conservadores: que têm atitudes e interpretações moderadas e de caráter reformista.
Práticas e Costumes do Judaísmo
O idioma litúrgico é o hebraico, com o qual se dirigem à entidade absoluta do judaísmo, Javé ou Jeová, criador
onipotente, onisciente, onipresente de tudo o que existe. Alguns dos sacramentos judaicos são:
• a Circuncisão (Brit milá), realizadas nos recém nascidos do sexo masculino;
• o Rito de Passagem à Maioridade (B'nai Mitzvá);
• o Casamento e o Luto (Shiv'á).
Dentre as datas mais importantes, destaca-se a Páscoa, quando se comemora a libertação do povo judeu no
Egito (1300 a.C.); os Sábados (Sabat) são dias especiais na religião judaica, pois são reservados à espiritualidade.
História do Judaísmo
O judaísmo começou quando Abraão foi ordenado por Deus a abandonar o politeísmo e migrar para Canaã
(Palestina), em meados de 1800 a.C.
De seu neto, Jacó, surgem os doze filhos fundadores das doze tribos que constituíram o povo judeu, o qual é
escravizado no Egito, até serem libertados por Moisés, em 1300 a.C.
Mais adiante, sob o reinado de Salomão, filho de Davi, surgem o reino de Israel e o reino de Judá. Esses reinos
irão sucumbir ao império babilônico e, no século I, aos romanos.
Será em 1948, após o Holocausto que matou milhões de judeus durante a II Guerra Mundial, que o judaísmo
irá se fortalecer novamente, com a criação do estado de Israel, o qual perdura até os dias de hoje.
Curiosidades
• O maior pecado no judaísmo é a idolatria.
• O conhecimento místico do judaísmo é reunido na "Cabala".
• O judaísmo considera “judeu” todos que nasceram de mãe judia, além dos que foram convertidos.
• Os chapéus utilizados nas sinagogas é chamado de “Kipá” e representa o respeito a Deus.
• O judaísmo não é uma religião missionária, portanto, não busca a conversão de pessoas, como o
cristianismo.
(texto adaptado da internet - https://www.todamateria.com.br/judaismo/)

Próximo assunto ANNE FRANK – Segue algumas frases de Anne em seu diário (Ketty)

“Como é maravilhoso que ninguém precise esperar um minuto sequer antes de começar a melhorar o mundo”.
“Eu sei o que eu quero, eu tenho um objetivo, uma opinião, eu tenho uma religião e tenho amor. Deixe-me ser eu
mesmo e então eu estou satisfeito. Eu sei que eu sou uma mulher, uma mulher com força interior e muita coragem”.
“Nós não estamos autorizados a ter opinião. As pessoas podem dizer-lhe para manter a boca fechada, mas não podem
impedi-lo de ter a sua própria opinião. Mesmo que as pessoas ainda sejam muito jovens, elas não devem ser impedidas
de dizer o que pensam”.
Anne Frank - Vítima do holocausto nazista (Dilva Frazão)
Anne Frank (1929-1945) foi uma jovem judia vítima do nazismo. Morreu no campo de concentração de Bergen-
Belsen, na Alemanha, deixando escrito um diário, que foi publicado por seu pai, sobrevivente do campo de
concentração de Auschwitz (Polônia), intitulado "O Diário de Anne Frank".
Infância e adolescência
Anne Marie Frank nasceu em Frankfurt, Alemanha, no dia 12 de junho de 1929. Filha dos judeus, Otto Frank e
de Edith Holländer Frank, em 1933, saiu da Alemanha com a família, para fugir das leis de Hitler contra os judeus.
A família emigrou para a Holanda, onde seu pai se tornou diretor administrativo de uma empresa que fabricava
produtos para fazer geleia. Anne e a irmã Margot estudaram na escola Montessori e depois foram para o Liceu Israelita.
Durante a Segunda Guerra Mundial, em maio de 1940, a Holanda foi invadida pelos nazistas, época que
começaram as restrições contra os judeus com uma série de decretos antissemitas: deviam usar uma estrela amarela
de identificação e eram submetidos a diversas proibições, como andar nos bondes, de frequentar teatros, cinemas ou
qualquer outra forma de diversão etc.
No dia 12 de junho de 1942, quando completou 13 anos de idade, Anne ganhou um diário e nesse mesmo dia
começou a escrever o seu cotidiano.
Esconderijo
No dia 9 de julho de 1942, para não ser presa, a família de Anne Frank se mudou para um esconderijo,
localizado na Prinsengrecht, 263, com mais quatro judeus, nos fundos da fábrica onde Otto Frank trabalhava. A família
permaneceu ali até 04 de agosto de 1944.
Anne Frank relatou em seu diário os conflitos de uma adolescente e a tensão de se viver escondida
sobrevivendo com a comida armazenada, a ajuda recebida de amigos, o sofrimento da guerra, os bombardeios que
aterrorizavam a família, e a possibilidade de o “anexo secreto” ser descoberto e serem mortos a tiros.
Prisão e morte
Na manhã de 04 de agosto de 1944, o esconderijo onde estava a família de Anne Frank foi invadido pela
Guestapo e as oito pessoas foram levadas para uma prisão em Amsterdã, depois foram transferidos para Westerbork,
um campo de triagem.
Em 03 de setembro foram deportados e chegaram a Auschwitz (Polônia). Edith Frank morreu em Auschwitz-
Birkenau em 6 de janeiro de 1945, de fome e exaustão.
Anne e sua irmã foram levadas para Bergen-Belsen, campo de concentração perto de Hannover (Alemanha).
A epidemia de tifo que assolou o local no inverno e resultou em terríveis condições de higiene, matou milhares de
prisioneiros, inclusive Margot, e alguns dias depois, Anne.
Anne Frank faleceu em Bergen-Belsen, Alemanha, provavelmente em 12 de março de 1945, com apenas 15
anos de idade.
Diário de Anne Frank
O pai de Anne, Otto Frank, foi o único dos oito amigos a sobreviver aos campos de concentração. Foi libertado
pelas tropas russas. Chegou a Amsterdã em 3 de junho de 1945, onde ficou até 1953.
O diário de Anne Frank foi encontrado por Miep Gies e Bep Voskuijl, as duas secretárias que trabalhavam no
prédio que serviu de esconderijo, e entregue a Otto Frank.
O Diário de Anne Frank, escrito entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de 1944, onde ela se dirige a sua
querida Kitty, uma amiga imaginária, para contar o cotidiano de sua vida e o período de reclusão no
esconderijo, constituiu um comovente testemunho desse tempo de terror e perseguição.
Depois de muito esforço, os escritos de Anne Frank foram publicados por seu pai, em 1947, com o título “O
Diário de Anne Frank”.
O livro foi traduzido em mais de 30 idiomas. O filme biográfico “O Diário de Anne Frank, foi lançado em 1959 e
recebeu 3 premiações do Oscar. O local do esconderijo de Anne Frank, em Amsterdã, é hoje um museu “Casa de Anne
Frank”, inaugurado em 3 de maio de 1960.
Holocausto
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) o Holocausto (catástrofe) foi uma ação
sistemática de extermínio dos judeus, estabelecido pelo regime nazista de Adolf Hitler. No entanto,
o termo para essa palavra é designado como sacrifício praticado pelos antigos hebreus.
Dessa forma, o holocausto começou de fato com a construção de campos de concentração.
Os judeus eram transportados para esses locais em vagões de trem superlotados, sob a
responsabilidade e olhares de oficias e apoiadores do Nazismo.
Ao entrar nos campos de concentração, os judeus eram marcados por números de
identificação prisional, que retiravam os seus nomes próprios da lista de registros e batismo. Os
responsáveis por essa condição sub-humana eram os integrantes das forças militares nazistas.
Além disso, eles obrigavam os judeus a rasparem a cabeça e a se despir.
Os campos eram divididos por sexo, havendo campos femininos e masculinos. O maior
campo de trabalho forçado e extermínio da Polônia encontrava-se na cidade de Auschwitz. No local,
os judeus eram obrigados a trabalhar até não aguentarem mais, inclusive, crianças e idosos.
O Holocausto foi o assassinato em massa de minorias consideradas “inferiores” pelos
alemães nazistas. Entre as vítimas estavam principalmente judeus, mas outros grupos também
foram alvos, como homossexuais, ciganos e doentes mentais.
Logo após a chegada dos nazistas ao poder na Alemanha e a escolha de Adolf Hitler como
chanceler, os judeus sofreram perseguições, como o fechamento de suas lojas e as prisões sem
nenhuma justificativa. Muitos foram encaminhados para os campos de concentração, onde foram
submetidos a condições desumanas e mortos nas câmaras de gás.
O Holocausto teve fim com a derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Desse modo, à medida que os nazistas perdiam território, os campos de concentração eram
liberados pelas forças aliadas, e seus prisioneiros, libertos. Tanto soviéticos quanto americanos
realizaram essa liberação. Como mencionado, o saldo de mortos ao final do Holocausto foi de 6
milhões de pessoas.
Depois da derrota alemã, dezenas de oficiais nazistas foram julgados, no Tribunal Militar
Internacional de Nuremberg, pelos crimes de guerra e contra humanidade, incluídas as ações do
Holocausto. Entre os julgados, houve condenações à morte, prisão perpétua, prisão temporária e
absolvições.
Noite dos Cristais
Um estudante judeu de 17 anos assassinou o diplomata alemão Ernst vom Rath na
embaixada da Alemanha, em Paris, em 1938. O ato foi uma resposta à expulsão dos seus pais da
Alemanha. Hitler ordenou que ações violentas fossem feitas contra judeus como forma de punição
ao ato ocorrido em Paris contra o diplomata. Na noite do dia 9 de novembro do mesmo ano,
começaram os ataques contra os comércios judeus. Era a Noite dos Cristais. O nome deu-se
por causa dos vidros quebrados das lojas durante as ações de repressão por parte do governo
nazista.
A Noite dos Cristais é chamada também de pogrom — ataque violento contra um grupo
específico. Além da destruição das lojas, vários judeus foram presos nessa ação e levados para
campos de concentração.
(Texto adaptado da internet - https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/holocausto.htm)

ATIVIDADES
LEIA O TEXTOS E RESPONDA AS PERGUNTAS.
1. Qual a origem do judaísmo, no que eles acreditam, o que aconteceu com os judeus no Egito?
2. O que foi o Holocausto e qual a relação entre esse acontecimento histórico e a Segunda Guerra
Mundial?
3. O que foi o Holocausto e os campos de concentração?
4. Qual foi o motivo para acontecer o Holocausto?
5. Qual a relação de Anne Frank com o judaísmo e a Segunda Guerra Mundial?

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