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O mito comum divulgado pelos anti-missionários (judeus religiosos que são contra a existência de Judeus
Messiânicos) é que os judeus que crêem em Yeshua são ignorantes a respeito do judaísmo e foram
enganados ao acreditar que Yeshua é o Messias. O argumento usado é: “Se você realmente entendesse
o ‘verdadeiro Judaísmo da Torá’ você não teria sido desviado”!
Outro mito que dizem é que Yeshua não poderia ser o Messias porque nenhum rabino respeitado jamais
acreditou em tal coisa.
Ao longo dos séculos CENTENAS de rabinos chegaram à conclusão de que Yeshua é de fato o tão
aguardado Messias judeu.
Pode ser fácil descartar esta realidade e dizer algo como, “Bem, eles eram apenas ignorantes.” Mas e
quanto aos rabinos cultos e respeitados que creram em Yeshua? Certamente não poderiam ser quaisquer
gedolim (grandes homens) que iriam acreditar em tal absurdo, certo?
Rav Lichtenstein (1824-1909) serviu 40 anos como rabino chefe na Região Norte da Hungria. Ele era uma
autoridade respeitada e no final de sua vida chegou à conclusão de que Yeshua é o Messias. O rabino
Lichtenstain sofreu muito por sua convicção. Ele escreveu vários folhetos argumentando que a fé em
Yeshua é compatível com o Judaísmo. Eventualmente, a pressão da comunidade o forçou a sair de sua
posição como rabino da região, mas ele nunca aceitou o batismo cristão nem o sistema pagão do
cristianismo. Ele jamais se uniu a nenhuma ‘igreja’.
Rabino Daniel Zion (1883-1979) foi o Rabino-Chefe da Bulgária que salvou sua comunidade do nazismo e
os trouxe a Israel. Quando ele faleceu em 1979, aos 96 anos de idade, a comunidade judaica da Bulgária
em Israel deu-lhe um enterro com honras militares e honrarias de estado. Seu caixão ficou no centro de
Jaffa com uma guarda militar, e ao meio-dia foi carregado por homens para o cemitério em Holon. Ele foi
enterrado como o Rabino-Chefe de Judeus búlgaros o qual os salvou do Holocausto nazista. Rabino
Daniel Zion também acreditava que Yeshua era o Messias e sofreu muito por sua convicção. (os ensinos
e o testemunho de vida do rabino Zion continuam a impactar a vida de milhares de pessoas, judeus e
não-judeus ao redor do mundo, graças ao trabalho de seus alunos (talmidim), como Joseph Shulam (co-
fundador do Ministério Ensinando de Sião – Brasil).
Rabino Israel Zolli (1881-1956) foi o ex-Rabino Chefe de Roma que ajudou a salvar 4.000 judeus romanos
quando os nazistas entraram em Roma, em 1943. Depois da guerra, Rav Zolli fez uma confissão pública
de fé em 1945 e foi forçado a sair de sua posição. No entanto, quando perguntado se ele acreditava que o
Messias já teria vindo, ele disse:
“Sim, positivamente. Eu acreditei nisso há muitos anos. E agora estou tão firmemente convencido da
verdade que eu posso enfrentar o mundo todo e defender a minha fé com a certeza e solidez das
montanhas.” Líderes judaicos o chamaram de herege, o excomungaram, proclamaram um jejum durante
vários dias em expiação por sua “traição”, e lamentaram-no como um morto.
Yechiel Tzvi Lichtenstein (1831-1912) era um crente judeu de origem Chasídica. Enquanto na Yeshiva,
ele se tornou um discípulo de Yeshua de Nazaré. Ele serviu no Judaicum Delitzschianum Institutum na
Alemanha como professor de ciência rabínica e escreveu vários livros e comentários em hebraico,
incluindo refutações de obras anti-missionárias. Sua obra mais popular foi Toldot Yeshua, uma resposta à
famosa obra ‘anti-Yeshua’, ‘Toldot Yeshu’. Ele também trabalhou na revisão da Brit Há’Dashá em
hebraico de Franz Delitzsch, e escreveu um comentário todo em hebraico da Brit Há’Dashá.
O rabino Nathaniel Friedmann foi enviado da Rússia para ganhar de volta Landsmann(acima) ao
judaísmo, em 1889. Suas discussões com Landsmann resultaram em Friedmann vindo a acreditar no
Messianidade de Yeshua também. Ele serviu em Nova York até 1941
Rabino Ephraim Ben Joseph Eliakim
Chacham Ephraim
Chacham (lê-se rrarrâm – sábio – um título respeitado usado pelos judeus Sefarditas para grandes
rabinos). O pai de Ephraim foi um rabino em Tiberíades, um homem de liderança na comunidade judaica
de língua árabe. O próprio Chacham Ephraim se tornou respeitado e honrado por judeus e árabes, e
recebeu um lugar de liderança na comunidade, tornando-se um dos dayanim, superintendentes de justiça,
que são especialmente encarregados dos direitos e interesses dos indivíduos da comunidade.
Coincidindo com estes avanços, se casou com filha do Rabino-Chefe.
O Rabino Ephraim, eventualmente, se tornou amigo do Rev. Dr. William Ewing, da Escócia em
Tiberíades, o qual falava Hebraico fluente. Os dois homens eram quase da mesma idade e logo
desenvolveram conversas amistosas sobre o Talmud e a Bíblia, mas cada conversa acabaria por levar a
reivindicações de Yeshua como o Messias.
As mais antigas interpretações judaicas do capítulo 53 de Isaías eram conhecidas como se referindo ao
Rei Messias, e não demorou muito para que Chacham Ephraim reconhecesse a figura do Servo Sofredor
“por cujas feridas fomos curados”. Os sofrimentos do seu próprio povo ao longo dos tempos e sua
perspectiva desesperadora tocaram-no profundamente.
Guiado por seu amigo, ele considerou: “O primeiro templo foi destruído e a nação espalhada por causa de
três grandes pecados cometidos por Israel, mas setenta anos depois, o templo foi reconstruído. Então
veio a segunda destruição, e por mais de 1800 anos, Israel esteve sem o Templo Sagrado. Qual foi a
causa desta segunda destruição e da maior dispersão? Idolatria não foi o motivo. Não houve falta de zelo
para com a Torá ou com os sacrifícios. Por que o Eterno nos abandonou por tanto tempo?” Rabino
Ephraim chorou e orou e lutou com os problemas, relutando se entregar. Ele até mesmo fez perguntas
sobre essas coisas a seus colegas rabinos, mas eles só poderiam dar respostas formais desgastadas
com o tempo.
Ainda assim, ele lutou convencido de que algum pecado terrível tinha sido a causa da ira de Há’Shem
contra o seu povo. Então, acabou concluindo que o segredo de tudo isso era “sinatchinam – ódio sem
causa” (Yoma 9b), e uma voz mansa clamou em seu coração: “Pare de me odiar. Ame-Me e Eu lhe darei
a paz”.
A luta terminou. Chacham Ephraim encontrou uma paz que foi ininterrupta até o dia de sua morte. O que
se seguiu foi um tempo de feroz perseguição, quando ele perdeu tudo, incluindo sua esposa e família.
Chacham Ephraim vagou por diferentes cidades e, eventualmente, se estabeleceu em Jerusalém, onde
trabalhou como operário, e à noite se encontrava com personalidades que vinham conversar com ele
secretamente. Ele também liderou estudos bíblicos para outros crentes judeus e árabes. Ele morreu em
agosto de 1930 e foi sepultado em Jerusalém.
CONCLUSÃO:
Há muitos outros (desde os primeiros séculos até os dias de hoje) grandes rabinos que acreditaram que
Yeshua é, de fato, o Mashiach falado pelos profetas, e anunciado diariamente por judeus religiosos,
incluindo o Rabino Dr. Max Wertheimer, o rabino Philipp Philips, o rabino Rudolf Hermann Gurland, rabino
Asher Levy, rabino Dr. Leopold Cohn, o rabino Berg, o rabino Charles Fresman, o rabino George
Benedict, o rabino Jacobs, o rabino Dr. T. Tirschtiegel, o rabino Henry Bregman, e muitos outros.
O que estes sábios rabinos tinham em comum foi um grande amor por seu povo, por ISRAEL e pela Torá,
levando-os a reconhecerem que Yeshua é de fato o único capaz de cumprir com as profecias
concernentes ao Mashiach ben Yossef (servo sofredor) e que voltará em breve como Mashiach ben David
(Messias Rei) para congregar Israel e estabelecer o seu Reino. Todos estes rabinos não mudaram de
religião, nem adotaram o cristianismo ou suas vertentes. Eles apenas entenderam Yeshua em seu
contexto histórico, judaico-original, sem distorções nem falsas interpretações. Eles continuaram 100%
judeus e 100% discípulos do rabino de Nazaré, zeloso da Torá e amando a Israel e seu povo. Eles
também buscaram ajudar os gentios a entenderem Yeshua, seus ensinos e a Brit Há’Dashá em seu
contexto original, sem o estrago causado pela teologia cristã anti-semita. O legado desses rabinos
tzadikim (justos) pode ser visto nos dias de hoje, onde quase 1 milhão de Judeus em Israel e na diáspora,
são discípulos de Yeshua.
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