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Visita técnica

Museu do holocausto

Amanda Leticia Bodnar Theodoro


- Fomos acompanhados pela Bruna Frenkel em nossa visita ao museu do
holocausto e vimos a exposição feitos e efeitos.
- O local além do museu conta com uma Sinagoga, um clube e uma escola
que vai do infantil ao fundamental.
- A ideia do projeto do Museu do Holocausto de Curitiba surgiu do empresário
Miguel Krigsner, presidente da Associação Casa de Cultura Beit Yaacov e
fundador do grupo O Boticário.

Vimos na parte de fora do museu representações do holocausto em quadros com


imagens que são palpáveis feitas pelo escultor Andrew Rogers. Essas imagens
retratam o campo de concentração Arbeit Macht Frei, crianças atrás das cercas, as
linhas de trens que transportavam os judeus até lá.

Pudemos observar como foi a vida dos judeus na europa antes do Shoah
(holoscausto), na europa ocidental os judeus estavam bem integrados na
sociedade, na europa oriental os judeus eram mais tradicionais e religiosos.
Em 30 de janeiro de 1933 o partido nazista chega ao poder na Alemanha e assim
pessoas foram proibidas de frequentar locais públicos, restaurantes e outros por
serem judeus. Após algum tempo essas pessoas passaram a ser perseguidas e
enviadas aos campos de concentração independente de sua religião ou de se
considerarem judeus, pois qualquer pessoa que possuísse avós judeus eram
considerados judeus.

Tomamos conhecimento que após a primeira guerra mundial, e a quebra da bolsa


em 29, a parte politica, social e econômica dá Alemanha estavam ruins o que viria a
influenciar na escolha do partido nazista para o poder. Eles culparam os judeus,
negros e lgbts para a crise que estava ocorrendo por meio de propagandas
nazistas. Houveram boicotes ao povo judeu por parte da população influenciada
pelo governo e pela normalidade de poder expressar seu preconceito sem punições.
Vimos retratos das propagandas que estereotipam a população e as demonizam
para que o restante do povo não reagisse e achasse certo que aquela população
sofresse.

Foram mostrados os guetos espalhados pela Europa, onde haviam muitas mortes,
uma superpopulação, fome, frio, calor, falta de espaço, doenças e falta de
informação.

Aprendemos sobre a Noite dos Cristais, um dia em que sinagogas e lojas de


pessoas judias de toda Alemanha foram depredadas com o objetivo de colocar
medo, dar um aviso e ser um termômetro para ver se atos de violência explícitos
seriam comprados pela população.
Também foi visto sobre 1942 em que houveram diversas mortes em massa com a
operação barbarossa. A ordem era juntar os judeus, deixá-los nus no inverno e
mandar eles marchavam até uma floresta ou bosques e daí eles eram obrigados a
cavar a terra e fazerem covas e depois eram mortos dentro delas e ficavam
expostos. Após isso foram criadas as câmaras de gás (1942) como uma “solução
final” e para que não deixassem tantos corpos a vista. Para influenciarem os judeus
a irem até os campos de concentração os Nazistas explicacam para as vítimas que
elas seriam enviadas para campos de trabalho mas na realidade eram campos de
concentração e de morte em massa.

Histórias

Gert drucker era criança quando tudo começou, seu pai foi preso logo no começo da
ascensão do nazismo, com isso ele fugiu com a mãe para outro país, após um
tempo seu pai foi solto e eles continuaram fugindo até que um dia foram pegos e
separados, seu pai foi mandado para Auschwitz e morreu em uma câmara de gás,
Gert foi mandado para um orfanato e sua mãe foi usada em um campo de
concentração por ser enfermeira e seu trabalho ter importância. Quando acabou a
segunda guerra mundial Gert e sua mãe se reencontraram e vieram morar no Brasil.

Sara possuía uma família bem numerosa e praticamente todos foram mortos nos
campos de concentração durante a Segunda Guerra. Ela foi mandada a um campo
de concentração e com o fim da guerra ela e seus irmãos se reencontraram após
serem libertos por soldados russos. Ela e os irmãos vieram reconstruir suas vidas
no Brasil.

Eva veio de uma família muito rica e perdeu boa parte de seus parentes. Ela não foi
morta pois foi vista com interesse no gueto por falar várias línguas. Após um tempo
ela foi mandada para Auschwitz onde ela ficou 3 anos. Eva sobreviveu e veio para o
Brasil e reiniciou sua vida.

Curiosidades

- Houveram movimentos de resistência por parte dos judeus por meios


religiosos, livros, músicas e resistência armada.

- Fundador da boticário, é filho de judeus que vieram para o Brasil e seu pai
teve grande importância ao participar de movimentos de resistência em
guetos durante o período do nazismo.
- Titulo junto entre as nações: pessoas que salvaram pelo menos uma pessoa
judia sem ser judeu e sem pedir nada em troca ganharam esse título. Há
nessa lista 27 mil pessoas.

- A mulher de Guimarães Rosa, Aracy de Carvalho salvou diversos judeus por


ser diplomata e conceder vistos sem a identificação judia para que os judeus
pudessem sair da europa.

- Foram 5 anos de guerra e durante ela ⅔ da população judaica da europa


resolveram sair do continente e muitos vieram para o Brasil.

- O avô da Bruna que nos acompanhou pela visita estava na guerra e veio ao
Brasil fugindo do nazismo.

Algo interessante na fala da Bruna foi que ela retrata o Museu como algo que retrata
a vida, porque fala sobre milhões de histórias que passaram por isso e tiveram seus
sonhos interrompidos em tão pouco tempo.

Nossa guia explicou o termo Anti-semitismo que significa intolerância, preconceito e


desumanização, que foi algo responsável pelo Shoah.

Ela também explicou que devemos evitar usar o termo holocausto e passar a usar a
palavra Shoah, porque holocausto significa sacrifício e durante a permanência do
governo Nazista os judeus não se sacrificaram, eles foram brutalmente
assassinados e desumanizados.

Por fim aprendi muito com essa visita, pude conhecer a história de diversas pessoas
que passaram por esse momento de muita dor e mesmo assim continuaram firmes
e reconstruíram suas vidas do zero em países por todo o mundo e principalmente
no Brasil.
“Anne Frank - apesar de tudo, ainda acredito na bondade humana”. Uma frase
importante retratada em um dos muros do museu.

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