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O QUE FOI NAZISMO

As origens do nazismo estão primeiramente relacionadas com ideais extremistas


que eram difundidos na sociedade alemã na virada do século XIX para o XX, como o
nacionalismo extremado, exaltação da guerra como forma legítima de promover o
desenvolvimento da nação, antissemitismo (aversão aos judeus), preconceito racial contra
outras minorias, como os eslavos, etc.
A difusão desses ideais estava ligada ao darwinismo social, que defendia a ideia de
que existiam povos biologicamente superiores. Dessa ideia nasceu o arianismo, que via o
germânico (quem nasceu na Alemanha ou etnicamente descendente de alemães), cunhado
como “nórdico” ou “ariano”, como naturalmente superior aos outros povos.
O antissemitismo também foi uma característica forte na Alemanha nesse período,
mas não somente na Alemanha como em diferentes partes da Europa também. O
antissemitismo encontrou eco em algumas personalidades alemãs, como Hermann
Ahlwardt, Adolf Stöcker, Ernst Henrici, Wilhelm Marr etc.
Vale dizer que o nazismo também foi um fenômeno político que surgiu na Alemanha
por causa das grandes mudanças que aconteceram após a derrota germânica na Primeira
Guerra Mundial. Nas questões econômicas, a Alemanha sofreu duramente com o impacto
da guerra, sobretudo por causa da pesada indenização que foi cobrada por britânicos,
franceses e belgas.
Essa indenização foi uma parte do Tratado de Versalhes, que impôs outras sanções
duríssimas à Alemanha, como a proibição de ter uma força militar superior a 100 mil
homens e a perda de uma série de territórios (dentro do próprio território alemão e até
colônias na África). As imposições do Tratado de Versalhes foram vistas como uma grande
humilhação e arrastaram a Alemanha para uma crise econômica sem precedentes em sua
história, o que abriu caminho para que partidos de extrema-direita ganhassem espaço na
sociedade.
A sociedade alemã após a Primeira Guerra Mundial organizou-se em um sistema
político liberal que ressalta os valores de um sistema democrático representativo e que foi
dominado pelo Partido Social-Democrata (o maior partido da Alemanha na década de
1920). Esse período da história alemã ficou conhecido como República de Weimar e
estendeu-se de 1919 a 1933.
Esse período, no entanto, foi extremamente conturbado por causa das consequências da
Primeira Guerra Mundial. A economia alemã entrou em colapso. A moeda do país sofreu
desvalorização fortíssima (Hobsbawm fala que a moeda alemã em 1923 havia sido reduzida
ao valor de um milionésimo de milhão do que valia em 1913), e o desemprego alcançou
44% nos anos da Grande Depressão.
Além disso, parte da sociedade sentiu-se traída com uma derrota que era
considerada impossível por grande parte da população. Isso gerou um grande
ressentimento na sociedade alemã, o qual se aliou a uma forte nostalgia militarista que se
espalhou pela Alemanha e propagou violência no país.
Nesse contexto de violência, radicalização da política e da sociedade, crise
econômica, temor do comunismo soviético e ressentimento pela derrota, o nazismo
encontrou espaço para surgir e crescer dentro dos quadros políticos da Alemanha.
CONSEQUÊNCIAS
Uma das maiores consequências e que, em geral, é atribuída aos nazistas foi o
início da Segunda Guerra Mundial. Esse conflito, que se estendeu durante seis anos
(1939-1945), iniciou-se por causa da política expansionista alemã sobre as nações vizinhas.
O estopim para o início do conflito foi a invasão da Polônia, realizada pelos alemães a partir
de 1º de setembro de 1939. A Segunda Guerra foi responsável por aproximadamente 70
milhões de mortos.
Outra consequência foi a grande perseguição sobre os judeus nas décadas de 1930
e 1940. Após Hitler ocupar o poder da Alemanha em 1933, os nazistas iniciaram um
processo de perseguição aos judeus, sobretudo a partir de 1935, quando foram aprovadas
as Leis de Nuremberg (leis que amparam juridicamente essa perseguição). Uma das
consequências dessa perseguição aos judeus foi a construção de campos de concentração.

QUEM FOI HITLER


Adolf Hitler foi o líder de um dos piores regimes totalitários existentes — o nazismo
— e um dos que fundamentaram um dos maiores genocídios da história da humanidade: o
Holocausto. Hitler, que era austríaco, lutou pela Alemanha na Primeira Guerra Mundial e foi
ascendendo no cenário político alemão, por meio de seu discurso radical, que se voltava
para certos grupos da sociedade alemã, como os judeus, os social-democratas e os
comunistas. Assumiu o poder em 1933 e conduziu a Alemanha para a Segunda Guerra
Mundial.

O QUE FOI O HOLOCAUSTO


A perseguição aos judeus e a outras minorias promovida pelo nazismo ficou
conhecida como Holocausto. Atualmente, sabe-se que 6 milhões de judeus foram mortos
em consequência disso. Esse total correspondia a 2/3 dos judeus da Europa, pois, antes da
guerra, a população judia no continente europeu era de 9 milhões de pessoas.

O QUE FOI CHAMADO DE SOLUÇÃO FINAL


A “Solução Final da Questão Judaica” criada pelos nazistas significou o processo de
assassinato em massa dos judeus europeus, todo ele cuidadosamente deliberado e
planejado. Este processo de genocídio ocorreu entre 1941 e 1945, e ainda é popularmente
conhecido como a “Solução Final”.
A “Solução Final” foi o auge da trágica perseguição nazista contra os israelitas na
Europa, e foi um componente crucial do Holocausto (1933–1945). Para executar a “Solução
Final”, os alemães coordenaram e perpetraram o assassinato em massa dos judeus
europeus. Eles mataram milhões de judeus ao implementarem políticas que levavam à
fome, a doenças, bem como através de atos aleatórios de terror, de fuzilamentos em massa
e de uso de gás asfixiante.

QUAIS FORAM AS MINORIAS PERSEGUIDAS


NO NAZISMO E QUANTAS PESSOAS FORAM
MORTAS
Segundo a Unesco, dos cerca de 1,1 milhão de indivíduos que foram assassinados no local,
quase 1 milhão eram judeus, principal grupo social perseguido pelos nazistas. Dados do
Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos estimam 6 milhões de judeus mortos
na Segunda Guerra. Milhões de civis soviéticos, poloneses, sérvios, ciganos, testemunhas
de Jeová, ativistas e homossexuais também são apontados pelo Museu como vítimas de
assassinato no período.

RELATO DE UM SOBREVIVENTE DO
HOLOCAUSTO
Leon Weintraub nasceu em 1926 numa família judaica de Łódź, Polônia. Com a
morte do pai, no ano seguinte, sua mãe arcou com a criação dele e de 4 irmãs, em
condições de pobreza extrema. Aos 13 anos testemunhou a ocupação do país pelas tropas
nacional-socialistas alemãs, e a família foi forçada a viver no gueto local.
Para sobreviver, ele teve que trabalhar numa fábrica de galvanização da
Wehrmacht, as Forças Armadas alemãs. Com a derrota dos invasores na Batalha de
Stalingrado, começaram as liquidações e deportações de judeus e outros grupos
indesejados.
Em agosto de 1944, a família foi enviada para o campo de concentração de
Auschwitz, onde a mãe e as irmãs de Weintraub foram provavelmente assassinadas na
câmara de gás. Ao todo, perdeu 64 familiares mais próximos durante a Segunda Guerra
Mundial.
Nos meses seguintes, sobreviveu, ainda, aos campos de Gross-Rosen e
Flossenbürg. Ao fim da guerra, estudou medicina na cidade alemã de Göttingen. Em 1950,
retornou à Polônia, porém 19 anos mais tarde, devido ao antissemitismo crescente em seu
país natal, emigrou com os filhos para a Suécia, onde vive até hoje.
Com frequência, Leon Weintraub dá palestras sobre suas experiências. Em
entrevista à DW, confirma que o fato de ter sobrevivido ao Holocausto lhe é uma fonte de
alegria até hoje. Ele diz ter riscado de seu vocabulário a palavra “queixar-se” – da mesma
forma que “vingança“. Mas também “perdoar“. “Não poderia perdoar o homem da SS que
ligou o gás e, assim, matou a minha mãe e uma grande parte da minha família. […] Mas
algumas palavras chegam perto de ‘perdão’, como ‘reconciliação’. Isso é possível para mim,
e eu tento viver neste espírito.”
DW: O senhor tem 96 anos. A Segunda Guerra Mundial e os campos de
concentração aparecem às vezes em seus sonhos?
Leon Weintraub: É raro eu conseguir me lembrar dos meus sonhos. Minha mulher
realmente conta às vezes que estive muito agitado, ou que gritei, mas eu mesmo não me
lembro de nada. Só existe um tipo de impressão, positiva ou negativa. Durante meu estudo
de medicina, um professor explicou que quem teve experiências negativas sonha com
menos frequência com elas do que quem teve uma boa vida. Na época, eu não fiquei
convencido.
DW: O senhor esteve em alguns campos de concentração e extermínio alemães. O
primeiro foi Auschwitz-Birkenau. Como é a lembrança da sua chegada lá?
“Desumanização pavorosa. O primeiro choque ocorreu quando entrou na estação o
trem com vagões de gado. Ficamos de pé, apertados uns contra os outros: deitar ou sentar,
nem pensar. Nada para beber, nada para comer. E o silêncio: nenhum choro, nenhum grito
de protesto, nenhuma decepção.
Nos cartazes, tinham nos prometido que, como o front estava se aproximando,
íamos ser evacuados bem para o interior do Terceiro Reich, onde podíamos continuar
trabalhando para a Wehrmacht. E de repente nos transportavam assim? Ficamos
atordoados, e esse silêncio mortal ainda soa nos meus ouvidos.
A viagem durou 2 dias e duas noites. Depois da chegada, vimos umas figuras
estranhas, de “pijamas” de listras. Eu pulei rápido para fora, com a mochila nas costas. Um
preso me arrancou a mochila das mãos. “Mas eu tenho um monte de selos aí dentro!”, eu
disse. Ele replicou: “Não se vem para cá para viver, tu não precisas de nenhum selo.”

CONCLUSÃO
Bom, o Nazismo foi uma corrente que nasceu na Alemanha liderada por Adolf Hitler
e que pregava o nacionalismo exacerbado e a supremacia branca.
Além de se sentirem superiores também pregavam o ódio a algumas raças, como os
judeus que foram exterminados nos campos de concentração, aos negros e aos
homossexuais.
Infelizmente até os dias de hoje lidamos com esse movimento que é chamado de
Neonazismo representados por grupos radicais e que agora são xenófobos e ainda usam a
bandeira vermelha com o símbolo da suástica.
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