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Nome: Jean Carneiro de Souza N°: 11 Turma: 3221

Holocausto

Holocausto foi o genocídio de judeus cometido pelos nazistas durante a Segunda


Guerra Mundial e resultou na morte de seis milhões de pessoas, aproximadamente.

Holocausto é o nome que se dá para o genocídio cometido pelos nazistas ao longo


da Segunda Guerra Mundial e que vitimou aproximadamente seis milhões de
pessoas entre judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, deficientes
físicos e mentais, opositores políticos etc. De toda forma, o grupo mais foi vitimado
no Holocausto foi o dos judeus. Estes, por sua vez, preferem referir-se a esse
genocídio como Shoah, que em hebraico significa “catástrofe”.

Antissemitismo nazista

O Holocausto foi o resultado final de um processo de construção do ódio de uma


nação contra um grupo específico que vivia na Europa. O antissemitismo na
Alemanha não surgiu com o nazismo e remonta a meados do século XIX, em
movimentos nacionalistas, além de ter sido manifestado por personalidades alemãs
da época, como Hermann Ahlwardt e Wilhelm Marr.
Quando o partido nazista surgiu, em 1920, o antissemitismo era um elemento que já
fazia parte da plataforma do partido, e os historiadores acreditam que Adolf Hitler
tornou-se antissemita em algum momento de sua juventude, quando vivia em Viena,
capital da Áustria. A presença do antissemitismo no nazismo, durante sua fundação,
era perceptível no programa do partido, que afirmava que nenhum judeu poderia ser
considerado cidadão alemão.
O antissemitismo alemão partia do pressuposto de que a raça alemã era superior e
de que os judeus eram responsáveis por todos os males da sociedade alemã. Hitler
e os nazistas começaram por colocar nos judeus a culpa da derrota alemã na
Primeira Guerra Mundial por meio da “teoria da punhalada nas costas”.
Os nazistas falavam que os judeus possuíam um plano de dominação mundial e
criticavam contundentemente o liberalismo econômico e o capitalismo financeiro,
pois afirmavam que ambos eram dominados pelos judeus. Um dos exemplos claros
dessa ideia (situada na época das teorias da conspiração utilizadas para acusar os
judeus) foi um livro de origem russa e autor desconhecido que foi sucesso de
vendas na Alemanha: “Os protocolos dos sábios de Sião”.
Quando os nazistas assumiram o poder na Alemanha, em 1933, o processo de
exclusão e de violência contra os judeus foi iniciado de maneira progressiva. O
discurso nazista, aliado à doutrinação realizada na sociedade alemã, tornou os
judeus bodes expiatórios e vítimas de perseguição intensa, não só por parte do
governo, mas também pelos civis.

Durante os anos do Holocausto, os nazistas obrigavam os judeus a usarem uma


estrela costurada na roupa como forma de identificação.

Uma das primeiras ações tomadas pelos nazistas contra os judeus foi uma lei,
aprovada em 7 de abril de 1933, chamada Berufs Beamten Gesetz, traduzida para o
português como Lei para Restauração do Serviço Público Profissional. Essa lei
proibia definitivamente os judeus de atuarem em cargos públicos. Outras leis do
tipo foram aprovadas para outros ofícios, como médicos e advogados. Além das
leis, os judeus eram alvos de ataques promovidos pelas tropas de assalto nazistas
(SA) e tinham suas lojas boicotadas a nível nacional.

Com o passar do tempo, novas ações contra os judeus foram sendo organizadas na
Alemanha. Essa perseguição forçou milhares de judeus a fugirem do país, mas
muitos outros não conseguiram, pois nenhum país estava disposto a recebê-los. Na
década de 1930, duas medidas tomadas por Hitler simbolizaram o reforço do
antissemitismo na Alemanha: as Leis de Nuremberg e a Noite dos Cristais.

Leis de Nuremberg

As Leis de Nuremberg foram um conjunto de três leis, aprovadas no ano de 1935,


que legislavam sobre a miscigenação, a bandeira e a cidadania alemã. As duas leis
que se relacionavam diretamente com o antissemitismo na Alemanha eram a Lei de
Proteção do Sangue e da Honra Alemã e a Lei de Cidadania do Reich.
A primeira lei tratava a respeito da miscigenação, proibindo que judeus e não judeus
casassem-se, além de proibir também que não judeus tivessem relações sexuais
com judeus. Essa lei também falava que judeus não poderiam ter empregadas
domésticas com idade inferior a 45 anos nem portar as cores do Reich (preto,
vermelho e branco).
A segunda tratava a respeito da cidadania, basicamente definindo quem era cidadão
e quem não era. Segundo essa lei, todas as pessoas que tivessem ¾ de sangue
judeu ou fossem praticantes do judaísmo seriam consideradas judias e
automaticamente não teriam direito à cidadania. Com isso, os judeus eram
considerados apenas “sujeitos de Estado” e eram pessoas que tinham de cumprir
suas obrigações, mas não tinham direito a receber nada do que um cidadão
receberia.
Noite dos Cristais

A Noite dos Cristais foi um marco na história do antissemitismo porque oficializou


um ponto de partida para o aumento da violência contra os judeus na Alemanha.
Esse acontecimento passou-se em 1938 e é definido como um pogrom, isto é, um
ataque violento que é organizado contra um grupo específico.
Esse ataque aconteceu em represália ao assassinato de Ernst vom Rath, um
diplomata alemão, por um estudante judeu de 17 anos que queria vingar-se da
expulsão de seus pais da Alemanha. Dias após o diplomata alemão ser atacado em
Paris, uma ordem foi emitida por Hitler e Goebbels para que ações de violência
fossem organizadas como forma de intimidar os judeus.
Os ataques da Noite de Cristal iniciaram-se na noite de 9 de novembro de 1930 e
estenderam-se até a metade do dia seguinte. Membros do partidonazista, a maioria
à paisana, partiram para um ato de violência inédita na Alemanha. Casas,
estabelecimentos, orfanatos e sinagogas foram atacadas com os agressores
destruindo o que encontravam pela frente, agredindo as pessoas que estavam
nesses locais e, por fim, incendiando as construções.
Ao fim do pogrom, milhares de estabelecimentos foram destruídos, e, apesar do
número oficial de mortos ser 91, especula-se que os mortos nesse ataque possam
ter chegado à casa dos milhares. A Noite dos Cristais também inaugurou o
aprisionamento de judeus em campos de concentração, pois, durante o pogrom, 30
mil judeus foram presos e encaminhados para Dachau, Buchenwald e
Sachsenhausen.

Solução Final

Com o início da Segunda Guerra, em 1939, a cúpula do partido nazista começou a


discutir “soluções” sobre como tratar a “questão judia” na Europa. Como
mencionado, o aprisionamento de judeus em campos de concentração foi iniciado
ainda na década de 1930. Esses locais, no entanto, não haviam sido preparados
para serem locais de extermínio como aconteceu durante a guerra.
Quando a guerra começou, os judeus no Leste da Europa começaram a ser
agrupados em guetos, um local específico da cidade que era cercado pelas tropas
nazistas e separado especificamente para o abrigo de judeus. Os guetos
agrupavam-nos para que mais tarde fossem enviados para os campos de
concentração e extermínio.
Além disso, os nazistas debatiam soluções a serem colocadas em prática para
lidar com a “questão judia”, e duas dessas foram amplamente debatidas. Na
primeira, os nazistas tentaram obter autorização para deportar os judeus para a
União Soviética, mas Stalin não aceitou recebê-los. Outro plano ficou conhecido
como Plano Madagascar, em que os nazistas cogitaram deportar os judeus da
Europa para a ilha de Madagascar, na África.
"De toda forma, o plano de exterminar todos os judeus após a guerra é classificado
pelo historiador Timothy Snyder como uma utopia de Hitler que foi reformulada por
dois membros do Partido Nazista à medida que a guerra foi tomando o rumo que
não era desejado pelos nazistas. Os reformuladores do plano de extermínio dos
judeus foram Reinhard Heydrich e Heinrich Himmler e, por isso, ambos são
considerados arquitetos do Holocausto.

Grupos extermínio

Quando a Solução Final foi elaborada, o que estava na mente de Heydrich e Himmler
era: “os judeus que não pudessem trabalhar teriam que sumir, e os fisicamente
capazes de trabalhar seriam usados como mão de obra em algum lugar na União
Soviética conquistada até que morressem.” |2| Os primeiros judeus vítimas desse
plano foram alvo dos Einsatzgruppen, os grupos de extermínio.
Esses grupos de extermínio atuavam na Polônia, nos países bálticos e na parte do
território soviético que os nazistas estavam ocupando. A atuação deles era simples:
promover a limpeza sistemática de judeus dessas áreas por meio de fuzilamentos.
Os judeus dessas localidades eram reunidos em um local específico, posicionados
nus em frente a uma vala comum e fuzilados um a um até que toda a população
judia desses locais estivesse morta.

A atuação dos grupos de extermínio nos locais citados, como os países bálticos
(Estônia, Lituânia e Letônia), levou à morte por fuzilamento milhares de pessoas:

na Lituânia, 114.856 judeus foram


mortos; na Letônia, 69.750 judeus foram
executados;
Na Estônia, foram encontrados 963 judeus e todos eles foram executados.

Durante estes fuzilamentos, os grupos de extermínio também executaram outras


pessoas, como as que tinham colaborado com os soviéticos.|3| O fuzilamento
organizado pelo Einsatzgruppen que mais ficou conhecido recebeu o nome de
Massacre de Babi Yar, quando os judeus de Kiev foram reunidos em um ponto da
cidade e fuzilados durante um período de 36 horas. Desse massacre resultaram as
mortes de 33.761 pessoas, que foram depositadas em uma vala comum.
A atuação dos grupos de extermínio, no entanto, tinha limites sensíveis aos
objetivos nazistas. Primeiro, por mais eficiente que fosse o Einsatzgruppen, a
velocidade com que faziam a limpeza étnica era abaixo do que os nazistas desejam.
Segundo, o envolvimento dos soldados em uma quantidade assombrosa de
execuções trazia-lhes graves problemas psicológicos. Isso forçou os nazistas a
pensarem em uma alternativa que fizesse o genocídio de judeus acontecer de
maneira mais ágil e impessoal.

Campos de concentração

A solução encontrada pelos nazistas foi a de promover a execução de judeus em


câmaras de gás, que foram sendo instaladas nos campos de concentração. Além
disso, foram construídos seis campos de extermínio cujo intuito era unicamente
promover a execução de judeus. A diferença é que, nos campos de concentração, os
judeus, além de executados, também tinham sua mão de obra explorada ao
máximo.
As câmaras de gás para a execução de judeus foi uma ideia exportada do Programa
de Eutanásia, também conhecido como Aktion T4. Nesse programa, os nazistas
executavam. os que eram considerados inválidos, ou seja, aqueles que possuíam
algum tipo de distúrbio mental ou deficiência física.

Os campos de extermínio, construídos pelos nazistas a partir do segundo semestre


de 1941, foram: Chelmno, Belzec, Sobibor, Treblinka, Auschwitz e Majdanek. Todos
esses campos localizavam-se na Polônia, e o primeiro deles a ser construído foi o
de Belzec — local no qual foi desenvolvida uma câmara de gás à base de monóxido
de carbono e que matava suas vítimas por asfixia. Depois, outros campos foram
construídos, e os nazistas começaram a utilizar Zyklon-B para assassinar os
prisioneiros.

Dos campos de extermínio citados, a quantidade de mortos foi a seguinte:


Auschwitz-Birkenau: aproximadamente 1,2 milhão de mortos.
Treblinka: aproximadamente 900 mil mortos.
Belzec: aproximadamente 400 mil mortos.
Sobibor: aproximadamente 170 mil mortos.
Chelmno: aproximadamente 150 mil mortos.
Majdanek: aproximadamente 80 mil mortos.

Dentre os horrores cometidos nos campos de concentração, destacam-se a jornada


de trabalho extenuante, os maus-tratos diários e as péssimas condições de higiene.
Os prisioneiros ficavam em alojamentos abarrotados de pessoas e eram mal
alimentados. Execuções sumárias sem motivação aparente aconteciam como
forma de tortura psicológica aos prisioneiros, além das execuções nas câmaras de
gás.
Os prisioneiros recebiam roupas insuficientes para o inverno, e, na maioria das
vezes, elas eram recolhidas em abril (principalmente no caso de Auschwitz)
independentemente se o frio tivesse passado ou não. Eles eram obrigados a
suportar a enorme quantidade de percevejos e pulgas nos alojamentos. Quando
adoeciam, o tratamento oferecido era sempre insuficiente. Na questão médica,
também há registros de testes realizados em cobaias humanas por médicos
nazistas em diversos campos de concentração.
Os prisioneiros dos campos de concentração foram sendo libertados à medida que
os nazistas foram perdendo a Segunda Guerra Mundial. No decorrer em que suas
posições no Leste Europeu eram ameaçadas, os nazistas intensificaram a
velocidade das execuções de judeus nas câmaras de gás, além de terem tentado
ocultar os indícios do genocídio, seja com a destruição de documentos, seja com a
exumação dos corpos.

Julgamentos em Nuremberg

Depois que os nazistas renderam-se em maio de 1945, muitos deles e seus


colaboradores, que atuaram diretamente no Holocausto, foram presos e levados a
julgamento no Tribunal
Militar Internacional de Nuremberg. Os julgamentos em Nuremberg estenderam-se
durante nove meses e condenaram alguns nazistas à morte por enforcamento,
enquanto outros receberam penas de prisão perpétua ou por certa quantidade de
tempo.
Entre os condenados à morte por enforcamento, estavam Hermann Göring, chefe da
Luftwaffe (força aérea), e Joachim von Ribbentrop, ministro das Relações Exteriores
da Alemanha. Entre os condenados à prisão perpétua, estavam Rudolf Hess, vice-
líder do partido nazista, e Erich Raeder, comandante da Kriegsmarine (marinha
alemã)."

fonte: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/holocausto.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/holocausto.htm

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