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O NAZISMO NA ALEMANHA

OS NAZISTAS TOMAM O PODER

▪ Os nazistas foram ganhando cada vez mais apoio ao longo dos anos 1920, ao se
apresentarem como opção aos comunistas na Alemanha. Além disso, os efeitos da crise
econômica mundial do capitalismo, no início da década de 1930, auxiliaram o Partido
Nazista, que já tinha o apoio de industriais e parte do exército, a ganhar cada vez mais
apoio popular, principalmente nos setores mais prejudicados pela crise. Esse apoio se
refletiu nas eleições de setembro de 1930, quando o partido de Adolf Hitler conseguiu 6,5
milhões de votos e 107 (de um total de 607) cadeiras no Parlamento.
▪ Em 30 de novembro de 1933, Hitler foi nomeado chanceler (cargo correspondente a
primeiro-ministro) e, inicialmente, se colocou como a figura que traria a conciliação
necessária para estabilizar a Alemanha.
▪ Em 27 de fevereiro de 1933, um incêndio atingiu o Reichstag. Os nazistas se aproveitaram
do evento, responsabilizando o Partido Comunista e colocando-o na ilegalidade. Além
disso, conseguiram, com um decreto no dia seguinte ao incêndio, suspender liberdades
públicas e prender cerca de 4 mil militantes de esquerda. Em meio a esse cenário, Hitler
convocou novas eleições para o Parlamento em março de 1933, e conseguiu 44% das
cadeiras para o Partido Nazista. Em um último movimento para garantir a maioria, cassou
81 deputados comunistas. Por fim, em 23 de março, em acordo com o Partido do Centro
Católico, Hitler recebeu plenos poderes por quatro anos.
O TERCEIRO REICH

▪ A partir da tomada de poder por Hitler, os partidos políticos se desfizeram ou foram dissolvidos, até que, em julho de 1934, o
Partido Nazista foi declarado partido único. Sindicatos também foram extintos, assim como a administração pública passou
a ser toda controlada com a nomeação de interventores nos estados, vinculados diretamente a Hitler. As tropas de assalto,
conhecidas como SA , a milícia armada dos nazistas, e a Gestapo, polícia secreta, aumentaram a perseguição a opositores,
incluindo os judeus, que passaram a ser apontados pelas lideranças nazistas como culpados por todos os males que
assolavam a Alemanha.
▪ Hitler consolidou‑se então como o Führer, o condutor, o guia e o chefe da nação, tal como havia ocorrido na Itália com
Mussolini. O regime nazista autoproclamou‑se como o Terceiro Reich. A valorização de um passado glorioso idealizado, que
nem sempre correspondia à realidade histórica e sim a uma mitologia política criada com base nela, compunha vários
aspectos do ideário e da estética nazistas. Uma vez no poder, com o pleno controle de todas as instituições do Estado, o
regime intensificou a difusão de seu programa, pondo em prática diversas medidas para ampliar a popularidade e consolidar,
cada vez mais, o poder do Führer.
▪ Com a morte de Hindenburg, em agosto de 1934, Hitler conseguiu do Parlamento a fusão dos cargos de presidente e
chanceler, tornando‑se o chefe das Forças Armadas. O golpe constitucional foi também aprovado pelo Exército e por
plebiscito popular. A partir disso, Hitler teve o caminho livre para fundar seu Estado totalitário baseado na violência e no
discurso da superioridade do povo alemão.
▪ Com a expansão territorial, Hitler começou a fundar as novas estruturas do aparelho de Estado que deram seguimento a seu
projeto de “um Reich que viveria mil anos”.
JUSTICATIVAS IDEOLÓGICAS DO NAZISMO

▪ Um conjunto de justificativas ideológicas era responsável por afirmar e validar o regime. A


literatura, os cartazes de propaganda, o cinema, ou seja, todas as representações a serviço do
nazismo, propagavam essas ideias simplificadas a fim de dispensar qualquer reflexão por parte
das pessoas. Parte considerável da sociedade alemã, entre as décadas de 1930 e 1940, se
identificava com essas ideias, muitas vezes por ressentimento, revanchismo e por causa de um
grande descontentamento com os resultados da crise econômica que assolou o país na década
de 1920 e no início da década de 1930.
▪ Essa conjuntura foi paulatinamente manipulada pelos nazistas para chegarem ao poder e nele
se manterem insuflando o ódio da população contra aqueles considerados inimigos comuns e
uma visão que combinava belicismo, nacionalismo e racismo.
▪ Por meio da mobilização de conceitos, preconceitos, clichês e sentimentos políticos que, por
vezes, já estavam presentes na sociedade alemã e em outras regiões que foram conquistadas
pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o nazismo se baseava em:
PANGERMANISMO

Pangermanismo: de
acordo com essa tese, o
Estado alemão deveria
reunir todos os sujeitos de
etnia germânica que
viviam em outros países
em uma mesma nação e,
em seguida, estender seu
domínio sobre outros
territórios para assegurar
sua permanência como
potência mundial.
ARIANISMO Arianismo (ou superioridade
da raça ariana): difundido
pelo nazismo, afirmava a
suposta superioridade dos
brancos e, entre estes, a dos
descendentes do povo
ariano indo-europeu. Ao
mesmo tempo, apregoava
que outros grupos humanos,
ditos inferiores, não
poderiam se reproduzir e
deveriam ser eliminados. A
aplicação dessa ideologia
levou ao confinamento e
posterior extermínio de
milhões de indivíduos
pertencentes a tais grupos,
como judeus, ciganos,
eslavos, homossexuais,
pessoas com deficiência e
doença mental, entre
outros.
ANTISSEMITISMO

Antissemitismo: incitação
de ódio ao povo judeu,
que tem origem semita.
Já existia há muitos anos
na Europa e foi
fortemente insuflado
pelos nazistas,
apontando os judeus
como representantes do
capitalismo internacional
e, por isso, responsáveis
pelo fracasso e desastres
econômicos da Alemanha
na Primeira Guerra.
ANTICOMUNISMO

Anticomunismo: em sua
obra Minha luta, Hitler já
acusava a centro-esquerda
alemã e, sobretudo, o
marxismo como inimigos
nacionais, propondo sua
destruição. Desde a
década de 1920, os
“camisas pardas”,
perseguiam e
assassinavam comunistas.
Durante o regime nazista,
a maioria dos comunistas
alemães que não
conseguiu fugir foi presa e
enviada para os campos de
extermínio.
ESPAÇO VITAL

Espaço vital: por esse


princípio, os povos
apontados como
inferiores deveriam ser
dominados, garantindo
territórios onde a raça
ariana, representada
pelos alemães,
pudesse se
desenvolver e viver
adequadamente.
MILITARISMO
Militarismo germânico:
a unificação do Estado
alemão, no século XIX,
foi resultado da
campanha militar e
política do exército
prussiano. Por isso,
criou-se uma visão
mítica da disciplina e da
força de seu exército.
Essa glorificação do
exército foi encorajada
pelo nazismo e usada
para obter o apoio
nacional para seu
projeto expansionista.
A PROPAGANDA NAZISTA
▪ Certamente, foi no plano de atuação ideológico que o nazismo teve sucesso em direcionar
os anseios e ressentimentos da maior parte da população alemã, e mesmo fora da
Alemanha. Por isso, um dos aspectos mais importantes para se compreender o alcance e
assimilação do nazismo reside na força de sua comunicação de massa. Um Ministério da
Propaganda foi criado justamente para essa finalidade, dirigido por uma das figuras de
mais destaque do Partido Nazista: JOSEPH GOEBBELS. Este foi responsável pelo
crescimento político de Adolf Hitler, utilizando-se dos meios midiáticos, como a imprensa
e o cinema, e discursos públicos.
▪ Após a ascensão do Partido Nazista ao poder, o jornalismo alemão, assim como outros
meios de comunicação, foi utilizado como veículo de propaganda do regime. Assim, os
jornalistas daquele período só podiam manifestar ideias aprovadas e defendidas pelos
nazistas. Todo e qualquer conteúdo deveria estar de acordo com a ideologia do partido.
Nesse sentido, bibliotecas eram controladas e livros foram queimados em praça pública.
Grandes paradas, comícios e manifestações eram organizados para a mobilização de
enormes públicos.
JOSEPH GOEBBELS

Paul Joseph Goebbels foi


um político alemão e o
Ministro da Propaganda na
Alemanha Nazista, falou:
“A melhor propaganda é
aquela, que por assim
dizer, funciona de forma
invisível penetra a vida
pública sem que o público
tenha ciência da sua
iniciativa propagandista”.

KOONZ, Claudia. A consciência nazista. [S.


l.: s. n.], 2004.
IDOLATRAÇÃO AO NAZISMO

Heil Hitler
Saudação alemã
DICAS DE LIVROS
ATIVIDADES

EXERCÍCIOS: 01 a 03 (Páginas 25-26)

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