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Nome: Dulia Domingos Nhanala

Poligamia no conhecimento Cientifico

Poligamia é um sistema onde o homem tem mais de uma mulher ao mesmo tempo, ou até
mesmo, sendo menos comum, onde a mulher tem mais de um marido simultaneamente.
Poligamia é um termo de origem grega, que significa muitos casamentos.

Poligamia é o oposto de monogamia, e consiste no casamento com mais de uma pessoa,


quando o homem possui várias mulheres, é chamado de poliginia, e é o mais comum
acontecer, mas também existe a poligamia onde a mulher é casada com vários homens, e
nesse caso, muito menos comum, e é chamado de poliandria (é mais frequente em
sociedades matrilineares).

A poligamia não é relacionada com ter amantes, que no caso é uma situação de adultério,
quando um indivíduo possui outro relacionamento, mas um dos parceiros não sabe. No
sistema da poligamia, todos os envolvidos sabem do sistema em que estão, inclusive, é
permitida por algumas religiões e até mesmo pela legislação de alguns países.

A poligamia está presente a muitos séculos, em vários países, mas tem caído em desuso com
o passar do tempo. No islamismo, ela é praticada há séculos, inclusive pelo profeta Maomé, e
até hoje é adotado em países muçulmanos, regulado até mesmo pelo Alcorão, o livro sagrado
dos muçulmanos, que permite que o homem tenha, no máximo, quatro esposas. Ainda no
âmbito da religião, a poligamia era permitida para os mórmons até 1890, quando o sistema
foi considerado proibido.

Poligamia é utilizada também no reino animal, designado para a relação onde os animais
possuem vários parceiros sexuais durante seu período de reprodução.

Poligamia no conhecimento filosófico

Montesquieu: sua visão sobre a Poligamia

A poligamia que se estabelece na relação de um homem com várias mulheres, é vista por
Montesquieu como uma relação primeira de servidão doméstica, onde as mulheres satisfazem
os desejos dos homens, contudo está plenamente relacionada à questão do clima. Fazendo,
Montesquieu uma distinção entre as regiões da Europa, Ásia e África, com regiões de climas

quentes e frios.

Nas regiões de climas quentes as mulheres são “núbeis” aos 8, 9, ou 10 anos. Já nas regiões
de climas temperados as mulheres são núbeis mais tarde conservando-se melhor. No primeiro
caso “… infância e casamento caminham quase sempre juntos”.(MONTESQUIEU, 1996, p.
271), onde acabam ficando velhos com 20 anos perdendo a razão da beleza ocasionado
quando a religião não opine contrariamente que este homem procure outra mulher
ocasionando assim a poligamia. O que não ocorre nos países temperados onde as mulheres
além de conservarem-se melhor, têm filhos numa idade avançada, da mesma forma a idade
do marido acompanha a idade da esposa assim, para Montesquieu se introduz “…
naturalmente uma espécie de igualdade entre os dois sexos e, conseqüentemente a lei de uma
só mulher” (1996, p. 272). Respondendo a questão, “Assim, a lei que só permite uma mulher
está mais relacionada ao físico do clima da Europa do que ao físico do clima da Ásia”
(MONTESQUIEU, 1996, p. 272).

Mesmo que para manter várias mulheres passa a ser necessário que o marido tenha dinheiro
ou condições para essa manutenção, isso não quer dizer que essas riquezas “… que fazem
com que a poligamia se instale num Estado: a pobreza pode ter o mesmo efeito…”.
(MONTESQUIEU, 1996, p. 273).

A poligamia é menos um luxo do que a oportunidade de um grande luxo em nações


poderosas. Nos climas quentes, têm-se menos necessidades; custa menos manter uma mulher
e filhos. Logo, pode-se terum número maior de mulheres.

Segundo Montesquieu na Ásia e África nascem muito mais meninas do que meninos,
diferente da Europa e regiões asiáticas frias onde nascem mais meninos do que meninas o que
permite no caso que uma mulher tenha vários maridos, no caso a existência ou não da
poligamia nos países depende única e exclusivamente do clima que este país possui.

Dessa forma, a poligamia “… não é útil ao gênero humano, nem a nenhum do dois sexos, seja
para aquele que abusa, seja para aquele para o qual se abusa” (MONTESQUIEU, 1996, p.
274), portanto, não fazendo diferença a existência ou não das relações múltiplas tanto entre
homens como entre mulheres.
Bibliografias:

Althusser, Louis. Montesquieu: a política e a história. Tradução de Luz Cary e Luisa Costa.
2. ed. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1977.

BARASH, David; LIRTON, Judith Eve. O Mito da monogamia: fidelidade e infidelidade


entre pessoas e animais. Trad. Ryta Viangre. Rio de Janeiro: Record, 2007.

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