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RESUMO
CAPÍTULO II – A FAMILIA.
De acordo com seus estudos sobre os três estágios pré-históricos, Morgan percebeu os
seguintes modelos de família: Consanguínea, Punaluana, Sindiásmica e Monogâmica. A
família Consanguínea, a primeira etapa dessa família, onde os grupos conjugais classificam-se por
gerações: todos os avôs e avós, nos limites das famílias são maridos e mulheres entre si;
caracterizada pelo casamento entre irmãos. Afamília Punaluana, o primeiro progresso desse tipo de
família é excluir as relações sexuais entre pais e filhos, e o segundo as relações entre irmãos.
Criando a categoria de parentesco primos e primas, sobrinhos e sobrihas. E a contar desse modelo
de família que é instituída a gens (identidade familiar), isto é, um círculo fechado de parentes
consanguíneos por linha feminia, que não podem se casar uns com os outros. Essas gens são
instituições com uns, possuidoras de ordens sociais e religiosas que diferem das outras gens da
tribo. Com essa crescente complicação das proibições de casamento, tornaram-se cada vez mais
impossíveis as uniões por grupos, que foram substituídas pela família sindiásmica. A família
Sindiásmica, um homem vive com uma mulher, embora a poligamia e a infidelidade
ocasional continuam a ser um direito dos homens, e ao me smo tempo, exige-se a mais
rigorosa fidelidade das mulheres, sendo o adultério destas cruelmente castigado. Nessa família
o vínculo conjugal pode dissolver-se com facilidade por ambas as partes e os filhos
pertencem as gens exclusivamente da mãe.
Engels relata que com a origem da propriedade privada: a criação de gado, a domesticação
de animais, a elaboração dos metais, a arte do tecido e por fim a agricultura, ganharam outra
fisionomia, principalmente depois que os rebanhos passaram a ser propriedade da família, e
toda essa riqueza pertencia a gens paterna. Com isso após sua morte, a herança era
passada em primeiro lugar aos seus irmãos e irmãs, e sucessivamente aos filhos dos
irmãos e irmãs, quanto aos seus próprios filhos viam-se deserdados, pois pertenciam
somente as gens das mães. Essa riqueza deu aos homens poder, e com isso eles fazem
valer-se desta vantagem para mudar a ordem da herança estabelecida em proveitos dos
seus filhos , e assim o direito materno foi abolido, passando os filhos a pertencerem as
gens paterna. O homem passa a ter controle da casa e a mulher viu-se degradada, convertida
em servidora, sendo um simples instrumento de reprodução.
Ele destaca que a monogamia foi um grande progresso histórico, mas, ao mesmo tempo,
iniciou juntamente com a escravidão e as riquezas privadas, aquele período que dura até
nossos dias, onde o bem-estar e o desenvolvimento de uns verificam às custas da dor e da
repressão de outros. Vale ressaltar que a antiga liberdade relativa das relações sexuais,
não desapareceu com a monogamia, no qual Morgan entende por heterismo – as relações
extra conjugais dos homens com mulheres não casadas – relações estas que durante a
época da civilização foi se transformando cada vez mais, em aberta prostituição. Esses
fatos acarretaram uma série de evoluções na família monogâmica , onde a mulher
conquista novamente o direito do divórcio e consegue se inserir no mercado de trabalho,
Morgan observa também com a evolução, uma aproximação da plena igualdade de direitos
entre ambos os sexos. Engels, conclui o segundo capitulo, afirmando que a família deverá se
modificar na medida em que a sociedade se modifique, como aconteceu durante todo o
período analisado por ele, com base na obra de Morgan. “Se num futuro remoto, a família
monogâmica não mais atender as exigências sociais é impossível predizer a natureza da
família que a sucederá ”.