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JURÍDICA
AULA 7
FAMÍLIA II
A FAMÍLIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES: UM
BREVE HISTÓRICO
• Nesta etapa se estabelece a consolidação da união por pares, um homem vive com uma mulher a poligamia e a
infidelidade ocasional continuam a ser um direito, embora a poligamia seja raramente observada.
• A exclusão progressiva, primeiro dos casamentos por parentes próximos, depois dos parentes distantes.
A FAMÍLIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES: UM
BREVE HISTÓRICO
• Estabelece-se gradualmente a proibição expressa da infidelidade feminina, sendo
cruelmente castigadas aquelas que infringem essa regra.
• Família patriarcal- se caracterizava por ser família extensa e poderia incluir parentes,
criados, escravos, e todos aqueles que vivessem sob o comando do patriarca.
• O patriarca detinha o poder sobre qualquer indivíduo da organização social da qual fazia
parte. Crianças, adolescentes e suas mães eram propriedades do senhor
DA ROMA ANTIGA À IDADE MÉDIA
• O casamento era um contrato articulado pelos pais dos noivos para servir de base a alianças entre
as famílias. Tinha por objetivo a manutenção dos bens e o exercício de um ofício comum.
• Antes disso, a família não era entendida como um espaço privado. As relações sociais não
permitiam a intimidade da vida familiar, e a casa da família era considerada, socialmente, um lugar
público.
• Foi a partir da Revolução Francesa que tal forma de organização da sociedade começou a ser
questionada.
A PARTIR DA REVOLUÇÃO FRANCESA
• Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade e o respeito à singularidade de cada um na rede social ganharam
força e o patriarcado entrou em declínio.
• Um movimento denominado “individualismo” foi inaugurado e teve consequências nas transformações da família
ocidental.
• O casamento foi instituído pela Igreja como lugar legítimo para a sexualidade desde que voltado para o fim de
procriação.
• Entre os séculos XVIII e XIX, o amor romântico se torna o ideal de casamento e deu sustentação ao casamento
monogâmico.
A PARTIR DA REVOLUÇÃO FRANCESA
• Modelo de família nuclear burguesa, ou seja, aquela composta por pai, mãe e filhos.
• Um novo ideal de conjugalidade fez do casamento o lugar de promessa de felicidade onde o amor e a
sexualidade são condições fundamentais.
• No final do século XIX e início do século XX, o discurso disciplinador começou a perder força; ou
seja, passamos de uma sociedade repressiva para uma sociedade mais permissiva. Com o início do
declínio do modelo patriarcal no meio doméstico, a relação entre pais e filhos se modificou.
• O domínio do homem neste terreno se enfraqueceu, e a mulher se consagrou como rainha do lar.
Assim é que o espaço privado passou a ser o território feminino, enquanto o espaço público se
consolidou como território masculino
• Segundo Giddens, nesta época, ocorreu a chamada invenção da maternidade, quando se exaltou a
importância da mãe na criação dos filhos. Verificou-se um deslocamento da autoridade patriarcal na
família para um valor conferido aos cuidados maternos.
FINAL DO SEC. XIX / INÍCIO DO SEC. XX
• A família patriarcal deu lugar à família caracterizada como um grupo vinculado pelo
afeto.
• A família moderna passou a ser compreendida como uma entidade socioafetiva que tem o
dever de afeto entre os seus membros.
• Paralelamente, a inserção da mulher no mercado de trabalho e as possibilidades por ela
adquiridas de controle da natalidade contribuíram para o declínio progressivo do
patriarcado.
FINAL DO SEC. XIX / INÍCIO DO SEC. XX
• Não mais se aceita o casamento sem desejo e sem amor, e as exigências atuais do
individualismo pressionam os parceiros no sentido da ruptura de uma relação que não se
encaixe nos moldes considerados ideais.
INDIVIDUALIDADE X CONJUGALIDADE
• Para Bauman, se anteriormente a sociedade dita moderna era vivida como sólida, com
ideologias que indicavam direções claras, hoje, vive-se uma espécie de modernidade
líquida, fluida e com um consumismo exacerbado. As compulsões geradas pelo estímulo
ao consumo levam cada vez mais ao isolamento afetivo como formas de proteção. Há um
impulso para uma ação sem limites na busca do prazer e do poder. Provoca-se no ser
humano o desejo de consumir ilimitadamente. Consequentemente, a exacerbação do
individualismo e a cultura do descartável repercutem na conjugalidade e na parentalidade.
ARRANJOS FAMILIARES CONTEMPORÂNEOS
FAMÍLIA NUCELAR
• Quando pensamos na família padrão, dita tradicional, referimo-nos à família nuclear, tal
como estabelecida entre os séculos XIX e XX. Na segunda metade do século XX, novas
formas de família começam a ser construídas, causando estranheza.
• Família nuclear ou tradicional, ou seja, pais casados morando junto com seus filhos
biológicos,
ARRANJOS FAMILIARES CONTEMPORÂNEOS
FAMÍLIA MONOPARENTAL
• É aquela em que apenas um dos pais de uma criança arca com as responsabilidades de
criar o filho
• Observa-se, na atualidade, um número cada vez maior de famílias monoparentais. Na
realidade brasileira, com frequência encontramos famílias chefiadas por mulheres,
arcando com o sustento e a educação dos filhos sem a participação paterna.
• As redes funcionam suprindo, em parte, as funções da figura parental ausente, impedindo
o isolamento e ajudando na socialização das crianças.
ARRANJOS FAMILIARES CONTEMPORÂNEOS
FAMÍLIA RECOMPOSTA
• O crescente número de divórcios vem sendo acompanhado de um número igualmente
crescente de famílias recompostas: aquelas em que ao menos um dos membros do casal
possui filhos de relações anteriores
• Não existe uma família recomposta típica, pois cada um dos parceiros pode já ter tido um
ou mais casamentos, um ou mais filhos das relações anteriores,
ARRANJOS FAMILIARES CONTEMPORÂNEOS
FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS
• As famílias homoafetivas colocam em questão o modelo tradicional fundado na
reprodução biológica e a heterossexualidade do casal, pois as crianças não nasceram de
sua união sexual. O desejo de filho e de formar família não é mais privativo dos casais
heterossexuais, visto que sujeitos vivendo uma relação homoafetiva recorrem cada vez
mais à adoção ou a procedimentos advindos da Biotecnologia.
ARRANJOS FAMILIARES CONTEMPORÂNEOS
• Existe, ainda, os casais que optam por não ter filhos, porém, os mesmos ainda sofrem
com a estigmatização e com a pressão social.
• Muitas mulheres relatam que sentem o preconceito, principalmente, quando são rotuladas
de egoístas.
• Também existem aquelas pessoas que decidem manter-se solteiras, sem manter nenhum
tipo de vínculo matrimonial, seja este o casamento ou a união estável.
PARA REFLETIR!
“Desde adolescente ela pensava em não ter filhos. Aos 20 anos, no entanto, diz que a ideia se confirmou, por
achar que "não é ético ter filhos biológicos".
"Simplesmente não é ético em um mundo superpovoado, onde falta água e comida para muitas pessoas, onde
estamos destruindo o meio ambiente, onde não paramos de consumir mais e mais recursos", disse à BBC Mundo, o
serviço em espanhol da BBC.
"Não quando se pode adotar ou acolher (outras crianças)."
Os que pensam como ela são conhecidos como antinatalistas
“Não vejo o que há de egoísta em querer dedicar sua vida a outra coisa que não seja ter filhos. O que acho egoísta
é tomar, de maneira unilateral, a decisão de trazer alguém a este mundo."
Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/geral-43578086?ocid=socialflow_facebook
PRA REFLETIR!
O número de famílias chefiadas por mulheres mais que dobrou em uma década e meia. De acordo com
estudo elaborado pelos demógrafos Suzana Cavenaghi e José Eustáquio Diniz Alves, coordenado pela Escola
Nacional de Seguros, o contingente de lares em que elas tomam as principais decisões saltou de 14,1 milhões,
em 2001, para 28,9 milhões, em 2015 — avanço de 105%.(...)Embora a maior parte das chefes de família
sejam aquelas que vivem sozinhas com seus filhos (um contingente de 11,6 milhões de pessoas), a principal
novidade do estudo foi o aumento expressivo do comando feminino em famílias onde há um cônjuge. Entre os
casais com filhos, o número de mulheres chefes passou de 1 milhão, em 2001, para 6,8 milhões, em 2015, alta
de 551%. Já no caso dos casais sem filhos, o crescimento foi ainda maior, de 339 mil para 3,1 milhões, salto
de 822%.
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Economia/noticia/2018/03/em-15-anos-numero-de-familias-
chefiadas-por-mulheres-mais-que-dobra.html