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A FAMÍLIA E AMIZADE

INTRODUÇÃO
A família (do termo latino familia) é um agrupamento humano formado por duas
ou mais pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afectivas que,
geralmente, vivem ou viveram na mesma casa. Pode ser formada por pessoas solteiras,
casais heterossexuais, casais homossexuais, entre outras constituições presentes em
diferentes contextos sociais. Constitui uma das unidades básicas da sociedade.
Amizade (do termo latino vulgar amicitate) é uma relação afectiva, a princípio
sem características romântico-sexuais, entre duas pessoas. Em sentido amplo, é um
relacionamento humano que envolve o conhecimento mútuo e a afeição, além de
lealdade ao ponto do altruísmo. Neste aspecto, pode-se dizer que uma relação entre pais
e filhos, entre irmãos, demais familiares, cônjuges ou namorados, pode ser também uma
relação de amizade, embora não necessariamente.
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A FAMILIA E AMIZADE
Em sentido restrito, o termo família costuma designar, geralmente, o conjunto de
pessoas que vivem sob o mesmo teto. Em sentido lato, a família é entendida como o
conjunto das sucessivas gerações descendentes dos mesmos antepassados. Neste caso é
usual dar-se a este grupo mais extenso o nome de linhagem.
A família está ligada por laços de parentesco e de afecto, mais amplos quando se
trata de membros da família próxima que de parentes da família afastada. O parentesco
que liga os familiares pode ser directo, pela via do sangue comum, ou por aliança, sendo
neste caso adquirido pelo matrimónio.

Estruturas familiares
Embora antropólogos e sociólogos culturais ocidentais, embasados em ideias
comuns de próprias culturas, tenham considerado a família e o parentesco
universalmente associados às relações por "sangue", pesquisas posteriores mostraram
que muitas sociedades, em vez disso, entendem a família por meio da ideia de viver
junto, compartilhar alimentos, cuidados e nutrição. De acordo com o trabalho dos
estudiosos Max Weber, Alan Macfarlane, Steven Ozment, Jack Goody e Peter Laslett, a
enorme transformação que levou ao casamento moderno nas democracias ocidentais foi
"alimentada pelo sistema de valores religiosos-culturais fornecido por elementos do
judaísmo, do cristianismo primitivo, do Direito Canônico Católico Romano e da
Reforma Protestante".
A família assume uma estrutura característica. Por estrutura, entende-se, "uma
forma de organização ou disposição de um número de componentes que se inter-
relacionam de maneira específica e recorrente". Deste modo, a estrutura familiar
compõe-se de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente
reconhecidas, e com uma interacção regular e recorrente, também ela socialmente
aprovada. A família pode, então, assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que
consiste em duas pessoas adultas (tradicionalmente uma mulher e um homem, mas não
necessariamente) e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num ambiente
familiar comum. A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação,
reformulando a sua constituição, quando necessário. Existem também famílias com uma
estrutura de pais únicos ou monoparental, tratando-se de uma variação da estrutura
nuclear tradicional devido a fenómenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de
lar, ilegitimidade ou adopção de crianças por uma só pessoa.
A família ampliada, alargada ou extensa (também dita consanguínea) é uma
estrutura mais ampla, que consiste na família nuclear, mais os parentes directos ou
colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e
netos, tios e sobrinhos. Para além destas estruturas, existem também as por vezes
denominadas de famílias alternativas, estando entre estas as famílias comunitárias e as
famílias arco-íris, constituídas por casais do mesmo sexo e os seus filhos. As famílias
comunitárias, ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total
responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola,
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nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da


responsabilidade de todos os membros adultos.
Em termos de padrões de comunicação dentro das famílias, há um certo conjunto
de crenças dentro que refletem como seus membros devem se comunicar e interagir.
Esses padrões de comunicação familiar surgem de dois conjuntos de crenças
subjacentes. O primeiro deles é a orientação para a conversação, o grau em que a
comunicação é valorizada, e o segundo é a orientação para a conformidade, o grau em
que as famílias devem enfatizar semelhanças ou diferenças em relação a atitudes,
crenças e valores.

Família multigeracional
Historicamente, o tipo de família mais comum é aquele em que avós, pais e
filhos vivem juntos como uma única unidade. Por exemplo, a família pode incluir os
proprietários de uma fazenda, um ou mais de seus filhos adultos, o cônjuge do filho
adulto e os próprios filhos do filho adulto, que são os netos dos proprietários. Às vezes,
famílias de gerações alternadas, como avós morando com seus netos, são incluídas
nesse tipo.
Nos Estados Unidos, esse arranjo familiar entrou em declínio após a Segunda
Guerra Mundial, atingindo seu ponto baixo em 1980, quando cerca de uma em cada oito
pessoas nos Estados Unidos vivia em uma família multigeracional. Os números
aumentaram desde então, com uma em cada cinco pessoas nos Estados Unidos vivendo
em uma família multigeracional em 2016. O aumento desse tipo de conformação
familiar é parcialmente derivado das mudanças demográficas e econômicas associadas à
Geração Boomerang.
Em 2016, as famílias multigeracionais abarcavam 6% das pessoas que viviam no
Canadá. Contudo a proporção de famílias multigeracionais está aumentando
rapidamente, impulsionada pelo crescimento no número de famílias aborígenes, famílias
de imigrantes e elevados custos habitacionais em algumas regiões.

Família conjugal (nuclear)


O termo "família nuclear" é comumente usado, especialmente nos Estados
Unidos da América, para se referir a famílias conjugais. Uma família "conjugal " inclui
apenas os cônjuges e filhos solteiros que não sejam maiores de idade. Alguns
sociólogos, como John Scott e Gary Lee, separam as famílias conjugais, consideradas
relativamente independentes da parentela dos pais e de outras famílias em geral, das
famílias nucleares, aquelas que mantêm laços relativamente próximos com sua
parentela.
Na sociologia, particularmente nas obras do psicólogo social Michael Lamb, a
família tradicional se refere a "uma família de classe média com um pai que ganha o
sustento e uma mãe que fica em casa, casados um com o outro e criando seus filhos
biológicos", e a não tradicional para todas as exceções a esta regra. A maioria das
famílias norte-americanas do século XXI não é tradicional segundo esta definição. Os
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críticos ao termo "família tradicional" apontam que na maioria das culturas e na maioria
das vezes, o modelo de família extensa tem sido o mais comum, não o de família
nuclear. A família nuclear era a forma mais comum nos Estados Unidos nas décadas de
1960 e 1970.

Família monoparental
Uma família monoparental consiste em um dos pais junto com seus filhos, sendo
que o progenitor é viúvo, divorciado (e não se casou novamente) ou nunca se casou. Os
pais podem ter a guarda unilateral exclusiva dos filhos, ou os pais separados podem ter a
guarda compartilhada ou alternada, onde os filhos dividem seu tempo entre duas
famílias monoparentais diferentes ou entre uma família monoparental e uma família
mista. Em comparação com a guarda exclusiva, o bem-estar físico, mental e social das
crianças pode ser melhorado por arranjos de parentalidade compartilhada, pois as
crianças têm maior acesso a ambos os pais. O número de famílias monoparentais tem
crescido, e cerca de metade de todas as crianças nos Estados Unidos viverão em
famílias monoparentais em algum momento antes de atingirem a idade de 18 anos. A
maioria das famílias monoparentais são chefiadas pela mãe, mas o número de famílias
monoparentais chefiadas por pais tem aumentando.

Família matrifocal
Uma família "matrifocal" consiste em uma mãe e seus filhos. Geralmente, essas
crianças são seus descendentes biológicos, embora a adoção de crianças seja uma
prática em quase todas as sociedades. Esse tipo de família ocorre comumente onde as
mulheres têm os recursos para criar seus filhos sozinhas ou onde os homens têm mais
mobilidade do que as mulheres. Por definição, “uma família ou grupo doméstico é
matrifocal quando está centrado em uma mulher e seus filhos. Nesse caso, os pais
dessas crianças estão intermitentemente presentes na vida do grupo e ocupam um lugar
secundário", sendo quer a mãe não é necessariamente a sua esposa.

Família de escolha
O termo família de escolha, também às vezes referido como "família escolhida"
ou "família encontrada", é comum na comunidade LGBT, veteranos, indivíduos que
sofreram abuso e aqueles que não têm contato com "pais" biológicos. Refere-se ao
grupo de pessoas na vida de um indivíduo que satisfaz o papel típico da família como
rede de apoio. O termo busca diferenciar a "família de origem, a biológica ou na qual as
pessoas são criadas, daquela que assume ativamente esse papel. A família de escolha
pode ou não incluir alguns ou todos os membros da família de origem. Essa
terminologia decorre do fato de que muitos indivíduos LGBT, ao se assumirem,
enfrentam rejeição ou vergonha das famílias em que foram criados.
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Como um sistema familiar, as famílias de escolha enfrentam problemas


específicos. Sem salvaguardas legais, elas podem ter dificuldades de reconhecimento de
sua legitimidade por instituições de saúde, educacionais ou governamentais. Se os
membros da família de escolha tiverem sido renegados por sua família de origem, eles
podem experimentar uma dor substituta, deslocando a raiva, a perda ou o apego ansioso
para sua nova família.

Família pluriparental
O termo família pluriparental ou família mosaico descreve famílias com pais
mistos, onde um ou ambos os pais se casaram novamente, trazendo os filhos da antiga
família para a nova família.

Família monogâmica
Uma família monogâmica é baseada em uma monogamia legal ou social. Nesse
caso, um indivíduo tem apenas um parceiro oficial, não podendo ter vários cônjuges ao
mesmo tempo.

Família polígama
A poligamia é um casamento que inclui mais de dois parceiros. Quando um
homem é casado com mais de uma esposa ao mesmo tempo, o relacionamento é
denominado poliginia; enquanto que quando uma mulher é casada com mais de um
marido ao mesmo tempo, isso é chamado de poliandria. Se um casamento inclui vários
maridos e esposas, pode ser chamado de poliamor.
A poliandria fraterna, em que dois ou mais irmãos são casados com a mesma
mulher, é uma forma comum de poliandria. A poliandria era tradicionalmente praticada
em áreas das montanhas do Himalaia, entre os tibetanos no Nepal, em partes da China e
em partes do norte da Índia. A poliandria é mais comum em sociedades marcadas por
alta mortalidade masculina ou onde os homens frequentemente ficam separados do resto
da família por um período de tempo considerável.

Tipos de amizade.
Em sentido mais estrito, são chamados de amigos aquelas pessoas com quem se
costuma realizar atividades recreativas, tais como desportos, jogos diversos, sair à noite;
ou no contexto dos adolescentes, aqueles com os quais se dão melhor na escola.
Muitos apontam nisso uma confusão entre o conceito de amigo e o de colega,
este sim um tipo de pessoa com o qual não há fortes laços de companheirismo, apenas
interesses afins.
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Amizade entre sexos diferentes


Na maioria das culturas, considera-se normal que os amigos sejam
prioritariamente pessoas do mesmo sexo, embora esta concepção tenha mudado bastante
na sociedade ocidental do século XX. Ainda assim, a amizade entre pessoas de sexos
diferentes ainda é, muitas vezes, vista com a desconfiança de que não seria nada mais
que um mero relacionamento com conotações sexuais, disfarçado. No Brasil, frases
preconceituosas deste tipo são muito encontradas na cultura popular, tais como "Amigo
de mulher é mulher também", ditas frequentemente por namorados ciumentos. Não
existe, para a maioria das culturas, problemas explícitos, erro ou desvio na amizade
entre sexos diferentes: no entanto, é de frisar que existem sempre sinais maiores que o
simples preconceito aquando de uma amizade desta forma.

Amizade colorida
Segundo o dicionário Houaiss, "amizade colorida" é um relacionamento
amoroso e sexual, geralmente passageiro, sem compromisso de estabilidade ou
fidelidade. Ou seja, é uma espécie de relação aberta em que pode existir uma intimidade
física entre as pessoas, bem diferente de uma amizade tradicional — também chamada
amizade preto e branco.
No Brasil, é um relacionamento mais típico das últimas décadas, que descreve
um relacionamento entre duas pessoas onde estes são amigos, mas também costumam
ter algum tipo de relação de carácter romântico-sexual, sem que tenham realmente um
compromisso de namoro.
Este tipo de relação também é descrita em ditados populares modernos, tais
como "amigos também beijam".
Embora sejam conceitos diferentes, muitos confundem a ideia de amizade
colorida com os conceitos de ficada e relacionamento aberto.

Amizade por correspondência


Amizade por correspondência, e sua versão século XXI, a amizade virtual, são
relacionamentos entre pessoas que se comunicam por carta ou internet, e desenvolvem,
entre si, sentimentos idênticos ao de uma amizade tradicional, sem de fato jamais terem
se conhecido pessoalmente; ou quando muito, se encontraram raramente.
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CONCLUSÃO
A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado
por outras pessoas e instituições. É formado por pessoas, ou um número de grupos
domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um
ancestral comum, matrimónio ou adoção. Nesse sentido o termo confunde-se com clã.
Dentro de uma família, existe, sempre, algum grau de parentesco. Membros de uma
família, geralmente pai, mãe e filhos e seus descendentes, costumam compartilhar do
mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes diretos. A família é unida por múltiplos
laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente
durante uma vida e durante as gerações.
A amizade pode ter, como origem, um instinto de sobrevivência da espécie, com
a necessidade de proteger e ser protegido por outros seres. Alguns amigos se
denominam "melhores amigos". Os melhores amigos, muitas vezes, se conhecem mais
que os próprios familiares e cônjuge, funcionando como um confidente. Para atingir
esse grau de amizade, muita confiança e fidelidade são depositadas
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
 Busca: Google.com
https://pt.wikipedia.org/wiki/Familia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amizade

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