O sujeito faz referência ao indivíduo este repleto de
relações sociais, os vínculos afetivos e familiares com o outro. A relação do sujeito com seu próprio corpo que tem uma base dimensão biológica dada mas que se organiza pelos diferentes sistemas de relações. A relação corpo e mente que constroem a sua condição existencial. A subjetividade O subjetividade caracteriza-se pelas possibilidades do sujeito, através das varias formas de expressão, experiências vividas, seus significados e sentidos, definidos dentro o espaço psicossocial em que esta inserido. Nas relações interpessoais do sujeito ele vai traçando sua historia e paralelamente a dos outros em seu contexto . Projeto de vida Traçando o projeto de vida: é um fenômeno psicológico mediado pelas relações pessoais significativas; seus aspectos constituintes emergem de 3 dimensões: a) sociocognitiva: é a produção de ideias sobre si mesmo na relação com o mundo exterior, processo simbólico das coisas, pessoas e situações. b) socioafetivo: definição da ação humana enquanto capacidade de ser afetada pelos outros, resultando na constituição dos afetos, das paixões, sofrimento/felicidade, do prazer/desprazer. c) Espaço-temporal: o cotidiano e a interface entre o passado, presente e futuro na esfera publica e intima. O passado se refere a historia e a memória; o presente ordem de experiência pela superação do passado sendo mediado pelo presente e o futuro como projeto de vida. Família • O termo ‘família’ é derivado do latim ‘famulus’, que significa “escravo doméstico”. Esse termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas na agricultura e também na escravidão legalizada. Latim famulus = que serve, lugar em função de. Latim fa-ama = casa; famulo = do verbo facere, a indicar que faz, que serve.
• A família é composta de indivíduos que estabelecem relações entre si,
compartilhando a mesma cultura, as mesmas crenças, onde cada um exerce uma função distinta e complementar. É a primeira referência da pessoa. Mediadora entre o sujeito e a sociedade, é onde aprendemos a perceber o mundo e a nos situarmos nele. É um dos grupos responsáveis por nossa formação pessoal.
• A partir da década de 1960, a família sofreu muitas modificações segue algumas
delas: Classificação familiar TIPO DE FAMILIAS CARACTERISTICAS FAMILIA NUCLEAR Pai e mãe estão presentes, morando na mesma casa, e todas as crianças são filhos deste casal. FAMILIA MONOPARENTAL Apenas a mãe (ou o pai) está presente, vivendo com seus filhos e, eventualmente, com outros menores de idade sob sua responsabilidade, sem nenhuma pessoa maior de 18 anos, que não seja filho, morando na casa. FAMILIA RECASADA Pai e/ou mãe vivendo em nova união, legal ou consensualmente, e podem ter seus filhos vivendo ou não juntos na mesma casa, sejam deles próprios, sejam de casamentos anteriores. FAMILIA NÃO CONVENCIONAL Grupo mais amplo que consiste na família nuclear (pai, mãe, filhos) mais os parentes diretos de ambos os lados, existindo uma extensão das relações entre pais e filhos para pais, avós e netos.
FAMILIA HOMOAFETIVA Casais do mesmo sexo adotam filhos ou
um deles faz inseminação artificial ou via barriga de aluguel.
FAMILIA DE PAIS SEPARADOS Família dissolvida, porém os ex-cônjuges
ficam com a guarda compartilhada dos filhos. FAMILIA DE FILHOS ADOTIVOS Devido a algum problema de infertilidade, o casal adota filhos ou, além de terem filhos biológicos, optam pela adoção também. FAMILIA UNIPARENTAL É assim definida quando o ônus da criação do filho é de apenas do marido ou da mulher, seja por viuvez, seja por maus tratos, etc. FAMILIAS SEM FILHOS Resulta da combinação de mudanças na maternidade (muitos casais esperam mais tempo para ter filhos ou excluem a gestação de seus planos) ou, na evolução da educação e da renda, permitem que os filhos saiam de casa para estudar e trabalhar. Abordagem sistêmica de relações • Sistemas de relacionamentos breve ver pag 58. • O uso problemático de álcool e outras drogas, por exemplo, exerce uma importante função na família, que se organiza de modo a atingir um equilíbrio dentro do sistema, mesmo que para isso inclua a codependência em seu funcionamento.
• A família desempenha papel fundamental não só na relação com
seus membros, mas também na relação com o Estado, na perspectiva de instituição social decisiva ao desenvolvimento do processo de integração/inclusão social de seus membros. A FAMILIA CO-DEPENDENTE • CO-DEPENDÊNCIA
Caracteriza-se por um distúrbio mental juntamente com ansiedade,
angústia e compulsividade obsessiva em relação a tudo o que envolve a vida de um dependente químico. • O co-dependente deixa de viver a sua própria vida, para se dedicar totalmente a tudo que acontece na vida do dependente. • Os co-dependentes são pessoas que nunca sabem o que vai acontecer, são sempre bombardeados por problemas, perdas e mudanças. -É escravo do dependente químico; -É afetado por tudo que o dependente faz de errado; -Fica constantemente ansioso e angustiado, com sentimentos de culpa e raiva; -Sofre junto com o dependente, porém sem o prazer efêmero da droga; -Enquanto o dependente é viciado na droga, o co-dependente é viciado nos problemas do dependente. • Podemos resumir esse impacto através de quatro estágios pelos quais a família progressivamente passa sob a influência das drogas e do álcool.
1. Na primeira etapa, é preponderantemente o mecanismo de
negação. Ocorre tensão e desentendimento, e as pessoas deixam de falar sobre o que realmente pensam e sentem. 2. Em um segundo momento, a família demonstra muita preocupação com essa questão, tentando controlar o uso da substância, bem como as suas consequências físicas, emocionais, no campo do trabalho e no convívio social. Mentiras e cumplicidades relativas ao uso problemático de álcool e outras drogas instauram um clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a ilusão de que as drogas e o álcool não estão causando problemas na família. • 3. Na terceira fase, a desorganização da família começa a ocorrer. Seus membros assumem papéis rígidos e previsíveis. As famílias assumem responsabilidades de atos que não são seus. Assim, o usuário problemático perde a oportunidade, muitas vezes, de perceber as consequências do abuso de álcool e de outras drogas. É comum ocorrer uma inversão de papéis e funções; por exemplo, a esposa que passa a assumir todas as responsabilidades da casa em decorrência o alcoolismo do marido, ou a filha mais velha passa a cuidar dos irmãos em consequência do uso de álcool e outras drogas por parte da mãe. 4- O quarto estágio é caracterizado pela exaustão emocional, podendo surgir graves distúrbios de comportamento e de saúde em de seus membros. A situação fica insustentável, levando ao afastamento dos membros e gerando rupturas familiares. Dados esses processos, é fundamental que as famílias sejam incluídas Filhos de Dependentes químicos Filhos de dependentes químicos apresentam risco aumentado para transtornos psiquiátricos, desenvolvimento de problemas físico- emocionais e dificuldades escolares. Dentre os transtornos psiquiátricos, apresentam um risco aumentado para o consumo de substâncias psicoativas, quando comparados com filhos de não- dependentes químicos, sendo que filhos de alcoolistas têm um risco aumentado em quatro vezes para o desenvolvimento do alcoolismo (West, 1987; Merikangas et al., 1985; Cotton, 1979). No entanto, também é um grupo com maior chance para o desenvolvimento de depressão, ansiedade, transtorno de conduta e fobia social. • O desenvolvimento de problemas físico-emocionais, são predominantes: baixa auto-estima, dificuldade de relacionamento, ferimentos acidentais físico e sexual.
• O desenvolvimento cognitivo: empobrecimento cognitivo em geral
se dá pela falta de estimulação no lar, gerando dificuldades em conceitos abstratos, exigindo que essas crianças tenham explicações concretas e instruções específicas para acompanhar o andamento da sala de aula.