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ABORDAGEM FAMILIAR

PROFA. GEÍSA SANTANA


FAMÍLIA- Definições

 O termo ‘família’ inclui várias concepções e definições,


por isso torna-se difícil elaborar um conceito de família
que possua um caráter universal, uma vez que ela adota
formas e dimensões diversas em cada sociedade.
FAMÍLIA- Definições

Grupo de pessoas relacionadas por laços de afeto e lealdade fortes e


recíprocos, com uma história e um futuro comuns e que participam de um
sentido de lar.
FUNÇÕES BÁSICAS DA FAMÍLIA
FAMÍLIA COMO SISTEMA
FAMÍLIA-SOCIEDADE-ADOECIMENTO
∎ a família como fator etiológico no desencadeamento da doença e na
manutenção do processo de adoecimento;

∎ a família sofre com a doença e morte de um de seus membros;

∎ a reação da família pode AFETAR - positiva ou negativamente - a evolução


da doença;

∎ o sucesso de um tratamento depende muitas vezes da dinâmica familiar e


da função que a doença cumpre na família e para o próprio doente.
OBJETIVOS PRINCIPAIS DA
ABORDAGEM FAMILIAR NA ESF

Entender a família, sua estrutura, desenvolvimento, funcionamento e


recursos para facilitar medidas de:
∎ Promoção da saúde (Curso da Vida Familiar);

∎ Prevenção de adoecimentos (Crises Normativas e


Paranormativas);
∎ E, ainda, para auxiliar as famílias nas suas necessidades de

comunicação (famílias funcionais e moderadamente


disfuncionais).
ATITUDES PARA ASSOCIAR-SE À FAMÍLIA

∎ Respeitar as regras da família;

∎ Perceber o funcionamento e respeitar a hierarquia da organização familiar;

∎ Facilitar a comunicação dentro da família;

∎ Evitar lateralizar com um membro da família;

∎ Adaptar a comunicação ao estilo da família;

∎ Auxiliar a família na busca de suas próprias soluções.


ASPECTOS RELEVANTES PARA A
ABORDAGEM FAMILIAR
Conhecer os Papéis Familiares
∎ Quem são os principais cuidadores e provedores?

∎ Quem costuma tomar as decisões?

∎ Quem costuma resolver os problemas?

∎ Quem costuma gerenciar as questões de saúde?

∎ Quem costuma controlar as informações?


CICLO VITAL DA FAMÍLIA
O CICLO VITAL DAS FAMÍLIAS
É MARCADO PELAS CRISES
EVOLUTIVAS
CRISES NORMATIVAS OU EVOLUTIVAS
∎ Etapa Constitutiva - matrimônio; dependência econômica ou afetiva; cônjugues adolescentes;
problemas de adaptação sexual; diferenças sócio-culturais, intelectuais, econômicas, educativas e
religiosas.

∎ Etapa Procriativa - expectativas diferentes sobre a gravidez; gravidez; nascimento do primeiro filho;
dificuldades de assumir o papel de pais; ingresso na adolescência; ingresso na escola; filho único;
nascimento de outros filhos; superproteção ou afastamento dos filhos.

∎ Etapa de Dispersão - separação dos filhos com entrada na escola ou no trabalho; independência e
casamento dos filhos.

∎ Etapa Familiar Final - pais novamente sós; síndrome do ninho vazio; nova geração/netos;
aposentadoria; climatérico; viuvez.
Classificação Funcional
 Cuidado! Não rotular;
 Desajustes podem ser transitórios por crises passageiras

 I - Famílias Funcionais (Saudáveis)


 São capazes de criar filhos saudáveis, autônomos e com desenvolvimento afetivo;
 O casal amadurece e se desenvolve, divide o poder, (filhos quando são
perguntados, respondem depende);
 Decisões negociadas ou consensuais;
 Relação íntima e afetuosa, comunicação aberta e clara; casal com boa satisfação
sexual;
 Sentimentos e opiniões dos filhos são respeitados;
 Reconhecem e enfrentam problemas precocemente;
 Vivenciam crises sem estruturar respostas patológicas.
II - Famílias Moderadamente Disfuncionais

 Problema primordial é a natureza da relação do casal;


 Relação do casal cheia de desapontamentos, culpas, pouca
íntima, relação sexual pouco satisfatória;
 Entretanto, a família é de grande valor para eles;
 São capazes de criar filhos saudáveis, autônomos , mas
com disfunção afetiva;
 Vínculo mais forte não está no casal, podendo estar
deslocado para pessoa externa à família;
 Vivenciam crises podendo estruturar respostas
disfuncionais.
III - Famílias Cronicamente Disfuncionais
 a) Famílias com Padrão Dominante e Controlador
Relação do casal sem intimidade; coligação do membro submisso com pessoas de
fora;

Filhos com comprometimento da autonomia, da afetividade, dependentes do membro


dominador;

Estrutura rígida, sem flexibilidade; poder concentrado, decisões não compartilhadas;

Estruturam resposta patológica;

Produzem crianças rebeldes, problemáticas e adultos frágeis, com tendência à


depressão.
III - Famílias Cronicamente Disfuncionais
b) Famílias com Padrão de Conflito Permanente

 Casal é incapaz de dividir o poder;


 Relação do casal é sem intimidade; coalisões internas e externas são frequentes,
assim como relações extra-conjugais;
 Crianças são puxadas de um lado a outro;
 Filhos com comprometimento grave da afetividade e da intimidade;
 “Produzem” pacientes psiquiátricos, crianças com distúrbio de conduta e
 adultos deprimidos.
IV - Famílias caóticas ou gravemente disfuncionais

Não cumprem tarefas básicas;


Perda da individualidade;
Comunicação gravemente comprometida;
Doenças mentais severas, desvalorizadas pela família
ECOMAPA
 Representa graficamente os contatos dos membros da família com os outros sistemas
sociais, incluindo a rede de suporte sócio-sanitário, desenhando, o seu «sistema
ecológico».
EXEMPLOS DE ECOMAPA
AREAS QUE DEVEM SER INCLUÍDAS NO ECOMAPA
ECOMAPA
∎ Pode ajudar a construir/melhorar a relação dos profissionais com a família.

∎ Diminui a resistência dos elementos da família em partilhar com os profissionais os dados

informativos.

∎ Pode ilustrar a natureza e o impacto das relações da família com o meio, permitindo verificar

se são fonte de suporte ou não suporte.

∎ Fornece uma melhor compreensão das situações geradoras de stress e dos recursos disponíveis.
Genograma

Demonstra esquematicamente problemas biomédicos, genéticos, comportamentais e


sociais que envolvem a família estudada.

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