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RESUMO DO LIVRO AS MUDANÇAS NO CLICLO DE VIDA FAMILIAR

Juliana dos S Malheiros

PARTE 1 – Sumário conceitual

Capítulo 1. As mudanças no ciclo de vida familiar — uma estrutura para a terapia familiar  
Betty Carter & Monica McGoldrick

Na perspectiva de ciclo de vida, deve-se ter cuidado com a visão do ciclo de vida em termos do
relacionamento intergeracional na família, e que o este é o contexto primário do desenvolvimento
humano.
Família é todo sistema emocional composto por pelo menos 3 ou 4 gerações.
O fluxo de ansiedade de uma família pode ser vertical (padrões de relacionamento e
funcionamento passado para as gerações) ou horizontal (estressores desenvolvimentais e
imprevisíveis). A interseção desses 2 tipos de estressores aumenta de forma importante a
ansiedade do sistema familiar.
As famílias quando estão tendo problemas, normalmente, não possuem uma perspectiva real de
tempo. Ou magnificam o presente, ou fixam-se num momento futuro. . A terapia pode devolver o
senso de vida e movimento.
Estágios do ciclo de vida familiar da classe média intacta:
 Jovem adulto solteiro
 Casal
 Família com filhos pequenos
 Família com adolescentes
 Lançando s filhos e seguindo em frente
 Famílias no estagio tardio da vida
Uma das maiores variações no ciclo de vida familiar é o divórcio e o recasamento. Assim como
outras fases, requer modificações cruciais no status relacional e informantes tarefas emocionais a
serem completadas por seus membros para que prossigam o desenvolvimento.
O divórcio requer a recuperação do eu em ralação ao casamento, recuperando sonhos e
expectativas investidas neste relacionamento.

Capítulo 2. As mulheres e o ciclo de vida familiar.


Monica McGoldrick

As mulheres são mais vulneráveis a mudanças e instabilidades em suas vidas que os homens.
Também são mais vulneráveis aos estresses do ciclo de vida por serem mais emocionalmente
envolvidas com a vida das pessoas com quem convivem. Elas se sentem responsáveis por mais
pessoas e essa sobrecarga de papeis é um estressor.
Há um preconceito cultural relacionando a “adultez sadia” à “masculinidade”.
Durante a etapa de jovem casal, homens e mulheres possuem demandas diferentes com relação
ao casamento.
Quando família com filho pequeno, ainda há maior proximidade da tarefa do cuidado entre e
mulher e criança. A diferença de gênero aparece até mesmo no cuidado diferenciado entre o bebê
menina e o menino.
Nas famílias com adolescentes, o pai pode apoiar a filha a ter os mesmo direitos e privilégios
socialmente privados aos homens.
Ao lançar os filhos, a mulher passar a ter maior independência, voltando-se para si.
Nos casos de famílias mais velhas com mulheres viúvas, normalmente é uma diminuição do poder
aquisitivo familiar, sobrecarregando gerações.
Para as mulheres, as redes de amizades são mais valorizadas que para os homens.

Capítulo 3. Etnicidade e o ciclo de vida familiar.  


Monica McGoldrick

Etnicidade é a combinação de raça, religião e história cultural, sendo transmitida pelas gerações e
envolvendo processos conscientes e inconscientes. Interfere no conceito de família e na
importância dada às transições de ciclo de vida
A etnicidade influencia diferentemente as famílias de acordo com o estágio do ciclo de vida
familiar que se encontram.
A individualização requer do jovem adulto sozinho um acordo com sua etnicidade, que também
inclui o que sua família espera dele neste momento. A abertura da vida dos jovens casais com
relação à família nuclear, ampliada e amigos pode ser vista de forma diferente de acordo com a
etnicidade que pertencem. Nos casos de casamento inter-racial, normalmente procura-se uma
aproximação ou distanciamento de algumas características. Nestes casos, reconhecer os fatores
étnicos ajuda os casais a diferenciá-los de ataques pessoais. A experiência do nascimento assim
como a criação dos filhos podem diferir de acordo com a etnia familiar. Nas famílias com
adolescentes, algumas são mais abertas à separação e diferenciação dos valores deste. Em
algumas, há lutas intergeracionais intensas; em outras a realização dos desejos destes pode
gerar sentimentos ambivalentes nos pais. Enquanto há etnias que são extremamente rígidas
quanto a idade e necessidade do lançamento dos filhos, outras valorizam mantê-los na mesma
comunidade, próximos. O significado das tradições culturais aumentam com o envelhecer.
Famílias no estagio tardio da vida têm o padrão de relacionamento com amigos e parentes
mudado, conforme ficam mais dependentes da rede de apoio.
O papel do terapeuta é de intermediador cultural, auxiliando a família a conhecer seus valores
étnicos, a restaurar sua identidade e escolher quais valores deseja manter.

Capítulo 4. O ciclo de vida familiar e a mudança descontínua  


Lynn Hoffman

Quando a injunção paradoxal (afirmação intrinsicamente contraditória) está presente na


linguagem familiar, sugere a necessidade de mudança no sistema familiar. O estresse criado pela
contraditoriedade das mensagens gera o pulo de desenvolvimento do sistema. A mensagem
constrangedora simples sugere um relacionamento simétrico e contraditoriamente complementar
e também gera um pulo de desenvolvimento.
Segundo a teoria da mudança descontínua não há transformação sem um período prévio de
estresse e rompimento, sendo normal tem injunções paradoxais.
O sintoma sugere quando a dupla mensagem é anulada ou negada, não gerando transformação,
mas sim estagnação. O terapeuta busca romper com a homeostase produtora de sintoma,
permitindo o crescimento e transformação do sistema familiar.

Capítulo 5. Questões do ciclo de vida familiar no sistema de terapia.


Robert M Simon

O ajuste do complexo sistema entre terapeuta e família influencia na credibilidade que a família dá
ao terapeuta e também no alcance e poder das estratégias de intervenção usadas.
Questões que influenciam no ajuste: escolha da posição do terapeuta (ex. superior ou submisso);
modelo de terapia; supervisor (além de base na experiência clínica, é também complementar à
experiência de vida do supervisionado); e rede de trabalho (colegas de vida profissional).

Capítulo 6. Sistemas e cerimônias: uma visão familiar dos ritos de passagem.  


Edwin H Friedman

O processo familiar é central nos ritos de passagem, sendo uma transição não apenas para o
“membro identificado”, mas também para toda família.
Mitos que inibem a formação de uma visão de processo familiar
1. Colapso familiar: não confundir distancia física com potencial emocional. O colapso que
ocorre com os ritos é o das defesas familiares contra a distância física, não da família em
si.
2. A cultura determina o processo familiar: a cultura é, na verdade, o meio pelo qual o
processo familiar se expressa;
3. A cerimônia é o rito de passagem: a cerimônia celebra, mas os sistemas emocionais
extrapolam este momento;
Ritos e passagem naturais: funerais, casamentos e puberdade.
Eventos nodais de ciclo de vida, divórcio, aposentadoria e desenraizamento geográfico.

Capítulo 7. Transições idiossincráticas de ciclo de vida e rituais terapêuticos.


Evan Imber-Black

Caracterização de transições idiossincráticas:


1. Insistência de rituais familiares, repetitivos e amplamente aceitos;
2. Sem mapas, requer complexa reelaboração de relacionamentos;
3. Frequente falta de apoio contextual pela família de origem, comunidade e cultura
mais ampla;
4. Difícil equilíbrio entre semelhanças e diferenças com os outros;
5. Sentimento de estigma;
6. Frequente problema de envolvimento com o sistema amplo;
7. Possível abandono ou interrupção dos rituais familiares.
A convergência de fatores estressantes pode resultar na falta de rituais que assinalem o
desenvolvimento familiar, resultando numa paralisação sintomática.
Os rituais terapêuticos usam tanto elementos normativos quanto incomuns, capazes de afirmar as
diferenças e não as esconder. O ritual de transição altera fronteiras e criar novas opções de
relacionamento. Também existem rituais curativos e de redefinição de identidade.

Capítulo 8. Genetogramas e o Ciclo de Vida Familiar.  


Monica McGoldrick & Randy Gerson

Genetograma é um mapa esquemático da família, funcionando como um sumário dos dados


familiares. Pode ser feito em cada fase do ciclo de vida familiar. Sugere triangulações, problemas
familiares e padrões e interação, auxiliando o terapeuta no atendimento familiar.

PARTE 2 – O ciclo de vida da família de classe média tradicional

Capítulo 9. O lançamento do jovem adulto solteiro  


Robert C Aylmer

Apesar de ser um estágio aparentemente individual, seu sucesso é provavelmente o mais


determinado pelo grau, qualidade, tom e integralidade com que o relacionamento com a família de
origem é renegociada.
No desenvolvimento do adulto, a autonomia e apego são objetivos tanto para mulheres quanto
para homens, no amor e também no trabalho.
Com relação a fatore individuais, este período lhes cobra responsabilidade financeira e
capacidade de manejar independentemente a vida. A satisfação desta fase depende
necessariamente da devida resolução das tarefas do estagio de adolescência relacionado à
autonomia.
Cabe à família nuclear abrir mão do controle e poder antes exercido. O nível de ansiedade e
reatividade dos pais pode gerar conflitos na relação com os jovens adultos.
Sentimentos são ambivalentes em busca de auxilio dos pais/família em relação à carreira.
Competitividade reativa para superar os pais pode provocar desvios do caminho profissional.
O terapeuta deve remover a dinâmica e questões multigeracionais inibidoras do funcionamento
familiar e formular estratégias de relação com determinados membros familiares (nuclear e
ampliada) para normalizar os padrões de relacionamento. Assim, reverte padrões intergeracionais
de emaranhamento, rompimento e triangulação.

Capítulo 10. A união das famílias através do casamento: o novo casal  


Monica McGoldrick

O casamento requer a renegociação em conjunto de termos definidos anteriormente de forma


individual. Seu status tem tido mudanças, como não simbolizar necessariamente a paternidade.
Diferente do estereótipo cultural, o casamento melhora a saúde mental masculina; as solteiras são
mais sadias mental e fisicamente.
Viver com parceiros antes do casamento tem tornado essa transação menos crítica.
De acordo com Bowen (1978), a tendência universal à fusão está relacionada a incompleta
diferenciação da pessoa em relação sua família de origem. Estas questões não resolvidas
provavelmente interferirá no equilíbrio conjugal.
O casamento muda o status de todos os membros da família e gerações, influenciando todos os
subsistemas. Os homens normalmente se distancia da família de origem, enquanto que as
mulheres se aproximam.

Capítulo 11. Tomando-se pais: famílias com filhos pequenos  


Jack O Bradt

A etapa do casal com filhos traz a esta família um colisão de paradigmas: crença na igualdade
sexual; casamento igualitário; normas e atitudes culturais; politicas nacionais e das empresas nos
casos de filhos dependentes; e equilíbrio da vida doméstica.
Crianças, especialmente as mais velhas, interferem na privacidade do casal e consequentemente
na harmonia deste subsistema. O curto período juntos e as preocupações podem prejudicar a
qualidade do tempo juntos. Nos casos de casais mais fundidos do que íntimos, o filho gera uma
triangulação, geralmente com a proximidade entre filho e mãe.
A volta ao trabalho é um período de reequilíbrio de responsabilidades entre o casal.

Capítulo 12. Transformação do sistema familiar na adolescência  


Nydia Garcia Preto

A tarefa da família com adolescente é proporcioná-lo autonomia e independência, porém essa


exigência pode reativar questões emocionais e triangulações, podendo contribuir para
desorganização familiar ou o surgimento de sintomas.
A flexibilidade é essencial para o sucesso neste estágio. A busca pela auto identidade passa pela
diferenciação dos seus progenitores, podendo gerar conflitos entre gerações e ansiedade.
As famílias que buscam terapia normalmente se encontram paralisadas frente as demandas do
ciclo de vida familiar. É preciso reestruturar as concepções de tempo, conectando passado e
futuro, com encontros com subsistemas separadamente

Capítulo 13. Lançando os filhos e seguindo em frente  


Paulina McCullough & Sandra Rutenberg

Com a saída dos filhos, esta etapa proporciona: mudança na função do casamento; mudança da
relação entre pais e filhos; expansão dos relacionamentos familiares (parentes por afinidade e
netos); oportunidade de resolver problemas com os próprios pais.
Conflitos com o casamento do jovem adulto são manifestações de separação mal sucedida entre
pais de meia idade seus filhos. Normalmente, conflitos com parentes por afinidade refletem
problemas familiares não resolvidos.
O envelhecimento de seus pais traz aos adultos de meia idade a resolução de negócios
incompletos, que emperram ambos os estágios de vida.
Os problemas levados à terapia normalmente são a reelaboração dos laços conjugais, entre pais
e filhos e a adaptação aos novos papeis familiares, como “sogros“ e “avós”.
Capítulo 14. A família no estágio tardio da vida  
Froma Walsh

Aposentadoria, viuvez, ser avô e requerer apoio familiar devido doença são algumas
especificidades deste estágio do ciclo de vida familiar. A família, como sistema, precisa se
reorientar. Transições e tarefas: a forma que é feito o lançamento na etapa anterior; viuvez;
aposentadoria; condição de avós, doença e dependência; e interação geracional cruzada das
questões do ciclo.
Com relação a flexibilidade de papes e envelhecimento bem sucedido, os homens passam a ser
mais a passivos e acomodados aos desafios ambientais. Já as mulheres, passam a ser mais
assertivas e ativas quanto as próprias necessidades.
Ainda é preciso dar maior visibilidade aos idosos, combatendo o preconceito e melhorando a
qualidade da atenção à saúde mental direcionada a este público.

PARTE 3 – O ciclo do divórcio

Capítulo 15. O divórcio nas mudanças do ciclo de vida familiar  


Judith Stern Peck & Jennifer Manocherian

O divórcio é o maior rompimento no processo de ciclo de vida familiar, afetando todas as fases
seguintes, interrompendo ou alterando suas tarefas normais. O período até reestabilização dura
cerca de 3 anos. O apoio e orientação social para a família é importante.
Ajustamentos individuais devem ser emocional e prático, se ajustando à separação e à nova vida.
Este ocorre em 5 etapas: cognição individual; metacognição familiar; separação do sistema;
reorganização dos sistemas; redefinição do sistema.
Impacta diferentemente de acordo com o ciclo de vida familiar, dos recém-casados às famílias no
estágio tardio da vida
Caso os cônjuges busquem terapia antes da decisão do divorcio, o terapeuta auxilia-os a
repensar o processo que os levou a pensar nesta possível solução. Caso já tenha decidido, o
terapeuta aconselhará neste momento, auxiliando na transição.

Capítulo 16. A família pós-divórcio  


Fredda Herz Brown; Judith Stern Peck & Jennifer Manocherian

Ser progenitor sozinho e resolver suas questões requer passar por 3 fases: consequências;
realinhamento; estabilização. Em todas elas há características, tarefas, dificuldades e
triangulações distintas. Os subtemas dinheiro, paternidade e relações sociais estão presentes em
todas.
O genitor sem custódia geralmente exerce função de auxiliar ativo, destacando a responsabilidade
financeira com o pagamento de pensão. Sem responsabilidade da paternidade integral e com
mais tempo livre, o genitor sem custódia tem maiores relações sociais.
Capítulo 17. Constituindo uma família recasada
Monica McGoldrick & Betty Carter

No recasamento, se carrega bagagens emocionais da família de origem do 1 casamento e


também do divórcio. Algumas dessas questões emocionais são predizíeis no recasamento, sendo
elas:
a) Novos papeis e relacionamento complexos, conflitantes e ambíguos;
b) Fronteiras complexas e ambíguas;
c) Problemas afetivos: desejando a resolução e ambiguidade;
d) Tendência para pseudomaturidade e fusão.
No processo do recasamento, é preciso conceituação e planejamento da família, além do fator
tempo.
Assim como o divórcio, o recasamento interfere de forma diferenciada as famílias de acordo com
as diferentes fases do ciclo de vida familiar que se encontram.

Capítulo 18. Doença crônica e o ciclo de vida familiar


John Rolland

Existe o entrelaçamento da tríade doença, ciclo de vida do indivíduo e ciclo de vida da família.
A tipologia da doença é dividida em início, curso, consequência e grau de incapacitação. De
acordo com a fase da historia natural da doença crônica (crise, crônica ou temporal), a família
possui tarefas-chave e tarefas-críticas específicas a superar.
Segundo o modelo espiral de ciclo de vida familiar, o sistema familiar de 3 gerações oscila entre
período centrípetos e centrífugos, que coincidem com mudanças das tarefas desenvolvimentais
das famílias. Em geral, a doença crônica exerce forma centrípeta sobre o sistema familiar.
O inicio da doença junto ao inicio junto ao inicio de um período centrípeto no ciclo familiar pode
levar a um prolongamento deste ou até mesmo sua paralização.

Capítulo 19. O impacto da morte e da doença grave sobre o ciclo de vida familiar
Fredda Herz Brown

Fatores que afetam o impacto da morte e da doença grave no sistema familiar: contexto social e
etnia da morte; histórico de perdas anteriores; timing da morte no ciclo de vida familiar; natureza
da morte ou da doença grave; posição e função da pessoa no sistema familiar; abertura do
sistema familiar.
O objetivo do terapeuta é a prevenção de sintomas e disfunções familiares tanto durante a doença
quando depois da morte.
Intervenções que auxiliam no trabalho com o estresse e ruptura causados:
1. Considerar a família em seu contexto;
2. Usar informações e terminologia francas e factuais;
3. Estabelecer ao menos um relacionamento franco na família;
4. Respeitar a esperança de vida e viver;
5. Permanecer humano, mas não reativo a dor familiar;
6. Lida com sintomas e estresse;
7. Reconhecer e ajudar a família a usar sintomas, costumes e estilos para lidar com a morte.

Capítulo 20. Problemas de alcoolismo e o ciclo de vida familiar  


Jo-Ann Krestan & Claudia Bepko

O alcoolismo é resultante de uma progressão de eventos que pode perdurar ao longo de várias
etapas do ciclo de vida familiar.
O ritmo e intensidade da disfunção estão relacionados aos estresses do ciclo de vida presente
quando o beber começa a tornar-se problemático. Pode ser resposta aos estresses do
desenvolvimento, assim como um paralisador deste.
O alcoolismo afeta diferentemente os sistemas familiares de acordo com as fases do ciclo de vida
familiar. Nestes efeitos, também interfere se beber teve início precoce ou tardio no ciclo de vida.
Outro ponto importante é o lapso de tempo entre o início do beber e a busca da família do
tratamento.
A família e o bebedor criam um sistema de negações, destruindo a autoconfiança e autoestima da
família. A negação é um dos maiores sintoma.
O tratamento deve ser baseado na fase vivida do bebedor: pré-sobriedade, ajustamento à
sobriedade ou manutenção da sobriedade.

Capítulo 21. O ciclo de vida familiar nas famílias negras pobres  


Paulette Moore Hines

Fatores destaques: etnia; triplo risco de baixa renda; deficiência das políticas públicas e
discriminações.
Especificidade no ciclo de vida familiar:
1. O ciclo é mais truncado, com transições menos claras;
2. Famílias chefiadas por mulheres;
3. Numerosos eventos de vida imprevisíveis e estresses consequentes;
4. Dependência financeira de instituições governamentais.
O terapeuta deve orientar a família sobre o tipo de ajuda terapêutica oferecida e considerar os
múltiplos sistemas que contextualizam o problema e convolver pessoas e sistemas essenciais.
Também fortalecer o manejo das circunstâncias e destacar sentimentos reprimidos.

Capítulo 22. Famílias de baixa renda e famílias com formação profissional: uma comparação da
estrutura e do processo de ciclo de vida  
Richard H Fulmer

A diferença central entre famílias de baixa renda e famílias com formação profissional está na
idade da 1ª gestação das mulheres. As discrepâncias entre grupos sugere uma revisão das
normas do ciclo de vida familiar para essas duas minorias de famílias nos EUA. Duas diferenças:
padrões patológicos atuam em momentos e sobre pessoas diferentes; as famílias de baixa renda
sofrem maiores pressões ambientais.
Família de baixa renda: há uma aceleração das fases, não passando por alguns como “adulto
jovem” em “casal sem filhos”. A família é maior pelo maior numero de pessoas e pelo maior
numero de gerações vivas. Estão sujeitas a súbitas mudanças estruturais devido pressões
ambientais.
Família com formação profissional: há um prolongamento da fase “adulto jovem”; a família
ampliada é menor e são mais afastados.

REFERÊNCIA

Carter, B., & McGOLDRICK, M. (1995). As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura
para a terapia familiar. In As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a terapia
familiar; The changing in family life cycle: a framework for family therapy. Artes Médicas.

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