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AULA 31

3.1- DO EMPREGADOR

Nesta parte, analisaremos a figura do empregador, que é o tomador dos serviços


do empregado e, ao final, estudaremos as diferenças entre relação de emprego e relação de
trabalho.

3.1.1– Conceito

Para Delgado (2007, p. 391): “empregador define-se como a pessoa física,


jurídica ou ente despersonalizado que contrata a uma pessoa física a prestação de seus
serviços, efetuados com pessoalidade, onerosidade, não-eventualidade e sob sua
subordinação”.

Nos termos do art. 2º, da CLT, considera-se empregador a empresa, individual ou


coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviços.

Por Empresa individual ou coletiva deve-se entender todo aquele que explora
uma atividade econômica pessoalmente (pessoa física) ou por meio de uma coletividade de
pessoas, podendo ser uma fundação, associação, sociedade empresária ou ente
despersonalizado, tal como o espólio, a massa falida etc.

3.1.2– Empregador por equiparação

Preceitua o art. 2º, § 1º, da CLT, que “equiparam-se ao empregador, para os


efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que
admitirem trabalhadores como empregados”.

Desse modo, todo aquele que contrata uma pessoa física para lhe prestar
serviços de forma subordinada, com pessoalidade, não eventualidade e onerosidade,
independentemente de ter finalidade lucrativa ou não na atividade por ele executada e desde
que o prestador de serviços não esteja subordinado a outro regime jurídico, será
empregador, nos termos da CLT.

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Texto baseado do Capítulo 3 do livro Direito do Trabalho para o Exame de Ordem de autoria do Professor Luis Claudio
Pereira da Silva, 2ª ed. Editora Kindle, com atualizações.
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3.1.3– Grupo econômico

Considera-se grupo econômico, para efeitos do Direito do Trabalho, o conjunto de


empregadores que tenha as suas atividades econômicas controladas por uma pessoa
natural ou jurídica, ou ainda quando, mesmo sem controle, forme grupo de empresas. Esse
conceito advém do art. 2º, § 2º, da CLT, que assim dispõe: sempre que uma ou mais
empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma
sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas
obrigações decorrentes da relação de emprego.

Contudo, não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo


necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva
comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes (art. 2º, § 3º,
da CLT).

Decorre do conceito de solidariedade acima transcrito as denominadas


responsabilidades vertical e horizontal. Ou seja, haverá grupo econômico em duas
situações:

1ª) Quando a atividade econômica do empregador é controlada por uma


pessoa natural ou jurídica – responsabilidade vertical;

2ª) Quando, mesmo sem controle, as empresas pertencerem ao mesmo


grupo econômico – responsabilidade horizontal;

A consequência, portanto, do grupo econômico é a solidariedade do grupo


econômico em relação aos empregados do grupo.

Essa responsabilidade do grupo econômico se manifesta de duas formas, a


saber:

1ª) Solidariedade passiva: o empregado poderá cobrar seus eventuais créditos


trabalhistas de uma, algumas ou todas as empresas do grupo econômico.

O TST cancelou a Súmula 205 que impunha ao reclamante o dever de incluir no


polo passivo da reclamação trabalhista todas as empresas do grupo econômico que
pretendia fossem chamadas aos autos como garantidoras da dívida da empresa para qual
prestou serviços. Essa Súmula tinha a seguinte redação:

SÚMULA 205, do TST - GRUPO ECONÔMICO. EXECUÇÃO.


SOLIDARIEDADE. O responsável solidário, integrante do grupo econômico,
que não participou da relação processual como reclamado e que, portanto, não
consta no título executivo judicial como devedor, não pode ser sujeito passivo
na execução.
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Desse modo, com o cancelamento da Súmula 205 pelo TST, pode-se dizer que o
empregado não mais precisa ingressar com a reclamação trabalhista também em face das
demais empresas pertencentes ao grupo econômico de seu empregador, ou ex-empregador,
podendo incluí-las na fase de cumprimento da sentença, voltando-se a execução do valor
devido aos demais membros do grupo, mesmo que não tenham participado originariamente
do processo principal.

2ª) Solidariedade ativa: entende o TST, conforme Súmula 129, que o empregado
está obrigado a prestar serviços para todas as empresas do grupo econômico no seu horário
de trabalho, salvo ajuste em contrário.

SÚMULA 129, do TST - CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO


ECONÔMICO. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo
grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a
coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.

A solidariedade ativa e passiva da empresa, quando consideradas ao mesmo


tempo, é denominada de solidariedade dual.

3.1.4- Trabalhador temporário (Lei n. 6.019/74 e Decreto n. 10.060/2019)

No trabalho temporário há uma relação jurídica que envolve três sujeitos – a


empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora e o empregado.

A empresa tomadora (ou cliente) é a que contrata os serviços da empresa de


trabalho temporário (art. 5º).

A empresa de trabalho temporário é a que contrata e remunera o trabalhador


temporário (art. 4º), e o

Trabalhador temporário é o empregado da empresa de trabalho temporário, mas


que presta serviços subordinadamente para a empresa tomadora (art. 2º, primeira parte),
sem formação de vínculo empregatício (art. 10, caput).

A contratação do trabalhador temporário só é lícita em duas situações:

1ª) Para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente


ou

2ª) Para atender à demanda complementar de serviços, considerando-se


complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando
decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal (art. 2º, §
2º).
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O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de


serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento
da tomadora de serviços e conterá: I - qualificação das partes; II - motivo justificador da
demanda de trabalho temporário; III - prazo da prestação de serviços; IV - valor da prestação
de serviços e V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador,
independentemente do local de realização do trabalho.

É responsabilidade da empresa contratante garantir as condições de segurança,


higiene e salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas
dependências ou em local por ela designado (art. 9º, § 1º).

A empresa tomadora ou cliente fica obrigada a comunicar à empresa de trabalho


temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua
disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto
aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho
temporário (art. 12, § 2º).

A contratante estenderá ao trabalhador da empresa de trabalho temporário o


mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados,
existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado (art. 9º, § 2º).

O trabalhador temporário somente poderá prestar serviços para a mesma


tomadora por até 180 dias, consecutivos ou não, podendo esse prazo ser prorrogado por até
90 dias, consecutivos ou não, quando comprovada a manutenção das condições que o
ensejaram (art. 10, §§ 1º e 2º), não podendo o empregado contratado para prestar serviços
temporários ser contratado por meio de contrato de experiência (art. 10, § 4º).

Após esse prazo, a empresa tomadora deverá respeitar um período mínimo de 90


dias para que o mesmo empregado possa voltar a lhe prestar serviços, sob pena de se
formar o vínculo diretamente com a tomadora. Esse período é denominado de quarentena.

Como é a verdadeira empresa tomadora dos serviços do empregado, caso a


empresa de trabalho temporário não pague as verbas trabalhistas ao empregado, a empresa
tomadora ficará subsidiariamente responsável juntamente com a empresa tomadora por
todos os créditos trabalhistas do empregado no período em que para ela o trabalhador
prestou serviços (art. 10, § 7º). Contudo, em caso de falência da empresa de trabalho
temporário, a responsabilidade da empresa tomadora passa a ser solidária (art. 16).

O contrato entre a empresa de trabalho temporário e o empregado é


obrigatoriamente escrito e dele deverão constar, expressamente, os seguintes direitos
constantes do art. 12:

a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma


categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária,
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo
regional; b) jornada de oito horas, remuneradas as horas
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extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 50%


(cinquenta por cento); c) férias proporcionais; d) repouso semanal
remunerado; e) adicional por trabalho noturno; f) indenização por
dispensa sem justa causa ou término normal do contrato,
correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido (FGTS.
art. 20, III, do Decreto n. 10.060/2019); g) seguro contra acidente do
trabalho e h) proteção previdenciária.

Além disso, a empresa de trabalho temporário deverá anotar na CTPS do


empregado a sua condição de trabalhador temporário (art. 12, § 1º).

A empresa de trabalho temporário não poderá cobrar qualquer valor pela


mediação entre a empresa tomadora e o trabalhador temporário (art. 18), nem incluir
qualquer cláusula que impeça a contração direta do empregado pela empresa tomadora,
denominada de cláusula de reserva (art. 11, parágrafo único).

3.1.5– Terceirização (Lei n. 6.019/74, Decreto n. 10.060/2019 e Súmula nº 331, do TST)

Também denominada de locação de mão de obra, a terceirização envolve três


sujeitos:

1º) A empresa contratante, que é a que contrata outra empresa para lhe prestar
serviços;

2º) A empresa prestadora de serviços, que é aquela que põe à disposição da


empresa tomadora a mão-de-obra de seus empregados, também denominada de empresa
contratada ou simplesmente contratada e

3º) O Empregado, cujos serviços que irá prestar foi o objeto do negócio entre as
empresas tomadora e prestadora de serviços. Ou seja, o serviço que o empregado irá
prestar é fundamental para a empresa tomadora, porém, inclui-se aí um intermediário, que é
a empresa prestadora de serviços.

Até o advento da Lei n. 13.429/2017, o instituto da terceirização era regida pela


Súmula 331, do TST, que trazia o seguinte entendimento consolidado, aplicado, também, ao
trabalho temporário:

I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal,


formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo
no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).

II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa


interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da
Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da
CF/1988).
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III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de


serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a
subordinação direta.

IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do


empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
relação processual e conste também do título executivo judicial.

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta


respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da
Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
empresa regularmente contratada.

VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange


todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da
prestação laboral.

A Lei n. 13.429/2017 regulamentou a terceirização introduzindo artigos sobre o


assunto na Lei n. 6.019/74. Posteriormente, a Lei n. 6.019/74 foi alterada pela Lei n. 13.467,
de 2017, que, além de modificar vários dos dispositivos incluídos na Lei n. 6.019/74 sobre
terceirização, ainda incluiu outros.

Vejamos, então, a atual sistemática da terceirização constante da Lei n. 6.019/74:

Nos termos do art. 4º-A, da Lei n. 6.019/74, considera-se prestação de serviços a


terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades,
inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços
que possua capacidade econômica compatível com a sua execução.

Doravante, portanto, o contratante poderá terceirizar todas as suas atividades,


inclusive a sua atividade principal para uma pessoa jurídica prestadora de serviços que
tenha capacidade econômica para a execução da atividade transferida.

A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o trabalho realizado


por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços (§
1º, do Art. 4º-A, da Lei n. 6.019/74).

Esse parágrafo do Art. 4º-A, da Lei n. 6.019/74, consagra a denominada


quarteirização, ou seja, a empresa terceirizada poderá terceirizar o serviço que contratou
com sua contratante.
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Contudo, em qualquer situação, de terceirização ou quarteirização, fica


resguardada a aplicação do entendimento previsto no item II, da Súmula 331, do TST,
segundo o qual se o prestador se serviços estiver diretamente subordinado à empresa
contratante dos serviços, a terceirização será ilícita e ensejará o reconhecimento do vínculo
com a empresa contratante. Ou seja, em nenhuma hipótese o empregado poderá ficar
subordinado aos mandos da empresa contratante ou da terceirizada contratante, no caso de
quarteirização.

Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios das


empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa contratante
(§ 2º, do art. 4º-A, da Lei n. 6.019/74). Obviamente, desde que não se configure a hipótese
de subordinação jurídica do prestador dos serviços em relação à empresa tomadora dos
serviços.

O art. 4º-C, da Lei n. 6.019/74, traz dispositivo que impõe igualdade de direitos
entre os empregados das empresas contratante e contratada, dispondo que são
asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços, quando e enquanto os
serviços forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições:

I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando


oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento
médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela
designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.

II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de


instalações adequadas à prestação do serviço.

Fica facultado às empresas contratante e contratada estipularem igualdade de


direitos também quanto aos salários dos prestadores de serviço, uma vez que contratante e
contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada
farão jus ao salários equivalentes aos pagos aos empregados da contratante, além de outros
direitos não previstos neste artigo (Art. 4º-C, § 1º, da Lei n. 6.019/74).

Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em


número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta
poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e
atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de atendimento,
com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes (Art. 4º-C, § 1º, da Lei n.
6.019/74).

Nos termos do art. 5º-A e parágrafos da Lei n. 6.019/74:

Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de


prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade
principal, sendo vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades distintas
daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora de serviços.
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Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da


empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.

É responsabilidade da contratante garantir as condições de segurança, higiene e


salubridade dos trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas dependências ou
local previamente convencionado em contrato.

A contratante poderá estender ao trabalhador da empresa de prestação de


serviços o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus
empregados, existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado.

A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações


trabalhistas referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento
das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de
julho de 1991.

O contrato entre as empresas contratante e contratada deverá conter, pelo


menos, I - qualificação das partes; II - especificação do serviço a ser prestado; III - prazo
para realização do serviço, quando for o caso e o IV – valor (art. 5º-B, da Lei n. 6.019/74).

Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa
jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à
contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se
os referidos titulares ou sócios forem aposentados (Art. 5º-C, da Lei n. 6.019/74).

Além disso, o empregado que for demitido não poderá prestar serviços para a
mesma empresa contratante na qualidade de empregado de empresa prestadora de
serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do
empregado (Art. 5º-D, da Lei n. 6.019/74).

Os preceitos acerca da terceirização vistos acima não se aplicam às empresas de


vigilância e transporte de valores, que são regidas por legislação própria (Art. 19-B, da Lei n.
6.019/74).

O descumprimento aos preceitos acima descritos sujeita a empresa infratora ao


pagamento de multa (Art. 19-A, da Lei n. 6.019/74).

3.1.6– Empreiteiro principal

É o construtor – empreiteiro – que tenha se responsabilizado, perante o dono da


obra, por sua execução. Caso esse construtor venha a contratar outro empreiteiro para lhe
prestar serviços, ficará subsidiariamente responsável pelos débitos trabalhistas desse outro
empreiteiro – chamado de subempreiteiro – para com os empregados deste (Art. 455, da
CLT). Contudo, o dono da obra não tem qualquer responsabilidade, salvo se for o próprio
construtor ou uma incorporadora (OJ n. 191, da SDI1, do TST).
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OJ 191, da SDI1, do TST - CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA


OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE. Diante da
inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de
construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja
responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas
pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou
incorporadora.

3.1.7– Sucessão de Empregadores

Ocorre a sucessão de empregadores quando a empresa na qual o empregado


trabalha sofre alteração na sua estrutura jurídica ou na propriedade passando a estar sob o
controle de outra pessoa que não era originariamente o empregador.

Ou seja, qualquer alteração seja na propriedade ou na estrutura jurídica da


empresa não afeta os contratos de trabalho em curso.

Então, na sucessão de empresas teremos:

1º) A empresa sucedida, que é a que passará a ter as suas atividades


executadas por outra empresa.

2º) A empresa sucessora, que é aquela que passará a desenvolver as atividades


da empresa sucedida e

3º) O Empregado, cujos serviços, que haviam sido contratados para serem
prestados para a empresa sucedida, passarão a ser prestados para a empresa sucessora,
sem que tenha manifestado qualquer vontade de trabalhar para esta, salvo em se tratando
de morte do empregador individual, pois, nesse caso, o empregado poderá escolher entre
permanecer trabalhando para o sucessor ou rescindir seu contrato de trabalho, nos termos
do art. 483, § 2º, da CLT.

Como fica, então, a situação do empregado contratado por um empregador que


passou a ter outro empregador? A resposta a essa pergunta advém do disposto nos artigos
10 e 448, da CLT e, principalmente no art. 448-A, da CLT.

Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os


direitos adquiridos por seus empregados.

Art. 448. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não


afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista


nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa
sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
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Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a


sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.

No caso de recuperação judicial ou falência, dispõe a Lei de Falências e


Recuperação de empresas que a sucessão não ocorre, mesmo que o empregado passe a
trabalhar para a adquirente do estabelecimento alienado na recuperação judicial ou na
falência da sucedida, arts. 60 e 141, II da Lei n. 11.101, de 09.02.2005.

Contudo, no caso de retirada de algum ou alguns dos sócios da empresa


sucedida, prevê o art. 10-A, da CLT, que o sócio retirante responde subsidiariamente pelas
obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio,
somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato,
observada a seguinte ordem de preferência: I - a empresa devedora; II - os sócios atuais;
e III - os sócios retirantes. Contudo, o sócio retirante responderá solidariamente com os
demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação
do contrato, nos termos do parágrafo único, do art. 10-A, da CLT.

3.2– RELAÇÃO DE EMPREGO X RELAÇÃO DE TRABALHO

Presentes as características imanentes ao empregado na relação com o


contratante de seus serviços, que é o empregador, haverá entre eles uma relação jurídica.
Essa relação jurídica é a relação de emprego. Por isso, fala-se em características da
relação de emprego, que, conforme já estudamos, são a prestação de serviços por pessoa
física, com pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação jurídica, sendo
esta a sua principal característica.

Assim, presentes as características da relação de emprego, termos seus sujeitos:


o empregado e o empregador.

Contudo, essa relação jurídica não deve ser confundida com a relação de
trabalho.

A relação de trabalho é gênero, que tem como uma de suas espécies a relação
de emprego.

Haverá, portanto, relação de trabalho quando o vínculo jurídico para prestação de


serviços ocorrer entre um não empregado e um contratante de seus serviços, como ocorre
no trabalho autônomo, o executado pelo trabalhador avulso, mediante intermediação de
cooperativa de trabalho etc.

Daí se extrai que, a distinção primordial entre relação de emprego e relação de


trabalho é a presença ou ausência de subordinação jurídica na prestação dos serviços. Ou
seja, a análise há de ser feita por exclusão: se o serviço é prestado subordinadamente por
um prestador de serviços a uma pessoa física, jurídica ou ente despersonalizado que não o
tenha contratado por meio de outro vínculo jurídico no qual não se encontra também, em
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regra, a característica da subordinação jurídica, haverá relação de emprego; dissemos


acima em regra por que o servidor público estatutário ou militar igualmente está subordinado
à parte para a qual presta serviços; por outro lado, se não há subordinação, em regra, a
relação é de trabalho, com a ressalva, também aqui, do servidor público estatutário ou
militar.

Outra relação em que a subordinação jurídica pode estar excepcionalmente


presente é a relação de prestação de serviços com fins religiosos, contudo, o que a difere da
relação de emprego é a onerosidade, que, nesta relação jurídica é obrigatória e na relação
jurídica de caráter religioso, não necessariamente.

Desse modo, apesar de haver também subordinação jurídica em algumas outras


relações de trabalho, essa é considerada a principal característica diferenciadora entre
relação de emprego e relação de trabalho. Por isso, somente a análise da hipótese concreta
nos dará subsídios para podermos verificar se não há uma hipótese de exclusão e, portanto,
estaremos diante de uma relação de trabalho e não de emprego.

Exercício 8 - Procurador Adjunto da Prefeitura de Porciúncula – RJ – 2019 - Analise as


alternativas abaixo e assinale a CORRETA, no que diz respeito ao conceito de “EMPREGADOR”.
A) Considera-se empregador, a empresa, somente de caráter coletivo, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
B) Considera-se empregador, a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite e dirige a prestação pessoal de serviço, independente de salário.
C) Considera-se empregador, a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
D) Considera-se empregador, a empresa, somente de caráter coletivo, que, assumindo os riscos da
atividade econômica, admite e dirige a prestação pessoal de serviço, independente de salário.

Exercício 9 - Advogado da Prefeitura de Brejo de Areia – MA – 2019 - Para os efeitos exclusivos


da relação de emprego, equiparam-se ao empregador:
I. Os profissionais liberais.
II. As instituições de beneficência.
III. As associações recreativas.
IV. Demais instituições sem fins lucrativos.
Analise as assertivas e marque a alternativa correspondente.
A) Estão corretas, somente, o apresentado nas alternativas I e IV.
B) Estão corretas, somente, o apresentado nas alternativas I, III e IV.
C) Estão corretas, somente, o apresentado nas alternativas I, II, III e IV.
D) Está correto, somente, o apresentado na alternativa I.

Exercício 10 - Procurador da Câmara Municipal de Pindorama – SP – 2020 - Quanto ao grupo


econômico, para fins de responsabilidade trabalhista, é correto afirmar que
A) pode ser caracterizado pela mera identidade de sócios, desde que pertencentes à mesma família.
B) pressupõe necessariamente a existência de uma holding que controla as demais empresas dele
integrantes.
C) todas as empresas dele integrantes são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações trabalhistas
contraídas pelo empregador.
D) pode estar configurado pelo interesse integrado, efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta
das empresas dele integrantes.
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E) depende do preenchimento dos requisitos estatutários e da subordinação das empresas dele


integrantes à empresa principal.

Exercício 11 - Procurador da Prefeitura de Contagem – MG – 2019 - Analise as afirmativas a


seguir, referentes à terceirização.
I. A lei, superando entendimento consolidado do TST, autoriza que o contrato de trabalho temporário
verse sobre o desenvolvimento de atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.
II. Segundo expressa disposição legal, qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não
existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho
temporário.
III. Não respondem solidariamente os entes integrantes da Administração Pública direta caso
evidenciada a sua conduta culposa na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais da
prestadora de serviço como empregadora.
IV. Conforme jurisprudência do TST, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração
Pública direta, indireta ou fundacional a contratação irregular de trabalhador, mediante empresa
interposta.
Nesse contexto, pode-se afirmar:
A) Todas as afirmativas são corretas.
B) Todas as afirmativas são incorretas.
C) São corretas as afirmativas I e IV, apenas.
D) São corretas as afirmativas II e III, apenas.

Exercício 12 - Procurador da Prefeitura de Campo Grande – MS – 2019 - De acordo com a


jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, julgue o item subsequente.
O tomador de serviços somente poderá ser responsabilizado subsidiariamente pelo não cumprimento
de obrigações trabalhistas por parte do empregador quando tiver participado da relação processual e
constar também do título executivo judicial.
( ) Certo ( ) Errado

Exercício 13 - Advogado do CRM-MS – 2021 - De acordo com a Súmula n.o 331 do TST, assinale a
alternativa incorreta.
A) A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente
com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário.
B) Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância, de
conservação e de limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do
tomador, desde que inexistentes a pessoalidade e a subordinação direta.
C) O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.
D) Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem subsidiariamente,
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
E) A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas, decorrentes da
condenação, referentes ao período da prestação laboral.

Exercício 14 - Procurador do Estado Substituto – PGE-GO – 2021 - Minerva foi dispensada um


dia após o término do contrato entre a gestão municipal e a sua empregadora, Thebas Serviços de
Ensino, uma organização social que prestava serviços educacionais ao ente público. Ajuizou ação
trabalhista postulando salários atrasados, depósitos no FGTS, verbas rescisórias e férias vencidas em
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dobro. Neste caso, nos termos de súmula do Tribunal Superior do Trabalho, a Justiça do Trabalho tem
entendido que a responsabilidade pelo pagamento destas verbas é
A) na proporção de 50% entre a empresa Thebas e o município, porque houve terceirização de
atividade educacional essencial do ente municipal, conforme previsão constitucional segundo a qual as
pessoas de direito público responderão pelos danos que seus agentes causarem.
B) da empresa Thebas, com responsabilidade subsidiária do município se não houve fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora, em
razão da conduta culposa do tomador dos serviços no cumprimento das obrigações da Lei nº
8.666/1993.
C) apenas da organização social que era a real empregadora de Minerva, sendo que o município
somente responderia se não fosse formalizado contrato entre a gestão municipal e a empresa Thebas.
D) solidária entre a empresa Thebas e a municipalidade, visto que foi terceirizado um serviço essencial
do município, que é a educação, conforme entendimento sumulado do TST e lei de terceirização.
E) apenas da empresa Thebas, em razão da previsão da lei que normatiza licitações e contratos (Lei nº
8.666/1993), segundo a qual a inadimplência do contratado não transfere ao ente público os encargos
trabalhistas, independentemente de fiscalização ou não.

Exercício 15 - III EXAME DE ORDEM UNIFICADO – QUESTÃO 73 - João da Silva decidiu


ampliar o seu consultório médico e, para isso, contratou o serviço do empreiteiro Vivaldo Fortuna.
Ambos ajustaram o valor de R$ 5.000,00, cujo pagamento seria feito da seguinte maneira: metade de
imediato e a outra metade quando do encerramento do serviço. Logo no início dos trabalhos, Vivaldo
contratou os serventes Reginaldo Nonato e Simplício de Deus, prometendo-lhes o pagamento de um
salário mínimo mensal. Ocorre que, passados três meses, Reginaldo e Simplício nada receberam.
Tentaram entrar em contato com Vivaldo, mas este tinha desaparecido.
Por conta disso, abandonaram a obra e ajuizaram uma ação trabalhista em face de João da Silva,
pleiteando os três meses de salários atrasados, além das verbas resilitórias decorrentes da rescisão
indireta provocada por Vivaldo.
Diante desse caso concreto, é correto afirmar que João da Silva
(A) deve ser condenado a pagar os salários atrasados e as verbas resilitórias decorrentes da rescisão
indireta, uma vez que é o sucessor trabalhista de Vivaldo Fortuna.
(B) deve ser condenado a pagar apenas os salários atrasados, mas não as verbas resilitórias, uma vez
que não foi ele quem deu causa à rescisão indireta.
(C) não deve ser condenado a pagar os salários atrasados e as verbas resilitórias decorrentes da
rescisão indireta, uma vez que a obra não foi devidamente encerrada.
(D) não deve ser condenado a pagar os salários atrasados e as verbas resilitórias decorrentes da
rescisão indireta, uma vez que é o dono da obra e não desenvolve atividade de construção ou
incorporação.

Exercício 16 - Assistente Jurídico – Prefeitura de Suzano – SP – 2021 – Analise as afirmativas a


seguir.
I. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores, as obrigações trabalhistas, inclusive as
contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de
responsabilidade do sucessor.
II. O grupo econômico constitui a figura do empregador único. A solidariedade entre as empresas do
grupo econômico é tanto passiva quanto ativa, posto que o labor prestado pelo empregado beneficia
todo o grupo.
III. O responsável solidário, integrante de grupo econômico, que não participou da relação processual
como reclamado e que, portanto, não consta no título executivo judicial como devedor, também poderá
ser sujeito passivo na execução.
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IV. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma
jornada de trabalho, caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.
Está correto o que se afirma apenas em
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, III e IV.
D) II, III e IV.

Exercício 17 - Procurador da Prefeitura de Várzea Paulista – SP – 2021 - Caracterizada a sucessão


empresarial ou de empregadores, é correto afirmar que
A) a responsabilidade trabalhista da empresa sucedida e do sucessor dependem de prévio ajuste entre
as partes, com a participação do sindicato da categoria profissional.
B) o sucessor responde apenas pelas obrigações trabalhistas contraídas a partir da sucessão.
C) os empregados da empresa sucedida iniciam novo contrato de trabalho com o sucessor, salvo ajuste
em contrário.
D) os direitos adquiridos pelos empregados devem ser adimplidos pela empresa sucedida.
E) as obrigações trabalhistas contraídas à época em que os empregados trabalharam para a empresa
sucedida são de responsabilidade do sucessor.

Exercício 18 – Procurador da Câmara de Porto Velho – RO – 2018 - A caracterização de um


vínculo empregatício demanda a existência de alguns requisitos. A assertiva que indica corretamente
quais sejam esses requisitos.
A) Pessoalidade. eventualidade, subordinação jurídica e onerosidade
B) Dependência econômica, continuidade, subordinação e alteridade
C) Onerosidade, exclusividade, alteridade e subordinação jurídica
D) Eventualidade, subordinação, impessoalidade e onerosidade
E) Não eventualidade, subordinação, pessoalidade e onerosidade

Exercício 19 – Técnico Judiciário – TRT da 6ª Região (PE) – 2018 – O requisito essencial previsto
em lei para caracterizar uma relação como sendo de emprego e que não precisa se verificar em
qualquer relação de trabalho é a
(A) exclusividade.
(B) ausência de onerosidade.
(C) subordinação jurídica.
(D) boa-fé contratual objetiva.
(E) autonomia privada coletiva.

Exercício 20 - Procurador da Prefeitura de Arenápolis – MT – 2019 - Assinale a alternativa


correta.
A) Relação de emprego, refere-se a todas as relações jurídicas caracterizadas por terem sua prestação
essencial centrada em uma obrigação de fazer consubstanciada em labor humano.
B) A relação de emprego, do ponto de vista técnico-jurídico, é apenas uma das modalidades
específicas de relação de trabalho juridicamente configuradas.
C) A relação de emprego pode emergir como uma obrigação de fazer pessoal, mas sem subordinação
(empregado autônomo em geral).
D) Os elementos fático-jurídicos componentes da relação de emprego são quatro: I) prestação de
trabalho por pessoa física ou terceirizado a um tomador qualquer; II) prestação efetuada com
pessoalidade pelo trabalhador; III) também efetuada com não eventualidade; IV) efetuada ainda sob
subordinação ao tomador dos serviços.
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REFERÊNCIAS

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2007.

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