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AULA 31
3.1- DO EMPREGADOR
3.1.1– Conceito
Por Empresa individual ou coletiva deve-se entender todo aquele que explora
uma atividade econômica pessoalmente (pessoa física) ou por meio de uma coletividade de
pessoas, podendo ser uma fundação, associação, sociedade empresária ou ente
despersonalizado, tal como o espólio, a massa falida etc.
Desse modo, todo aquele que contrata uma pessoa física para lhe prestar
serviços de forma subordinada, com pessoalidade, não eventualidade e onerosidade,
independentemente de ter finalidade lucrativa ou não na atividade por ele executada e desde
que o prestador de serviços não esteja subordinado a outro regime jurídico, será
empregador, nos termos da CLT.
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Texto baseado do Capítulo 3 do livro Direito do Trabalho para o Exame de Ordem de autoria do Professor Luis Claudio
Pereira da Silva, 2ª ed. Editora Kindle, com atualizações.
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Desse modo, com o cancelamento da Súmula 205 pelo TST, pode-se dizer que o
empregado não mais precisa ingressar com a reclamação trabalhista também em face das
demais empresas pertencentes ao grupo econômico de seu empregador, ou ex-empregador,
podendo incluí-las na fase de cumprimento da sentença, voltando-se a execução do valor
devido aos demais membros do grupo, mesmo que não tenham participado originariamente
do processo principal.
2ª) Solidariedade ativa: entende o TST, conforme Súmula 129, que o empregado
está obrigado a prestar serviços para todas as empresas do grupo econômico no seu horário
de trabalho, salvo ajuste em contrário.
1º) A empresa contratante, que é a que contrata outra empresa para lhe prestar
serviços;
3º) O Empregado, cujos serviços que irá prestar foi o objeto do negócio entre as
empresas tomadora e prestadora de serviços. Ou seja, o serviço que o empregado irá
prestar é fundamental para a empresa tomadora, porém, inclui-se aí um intermediário, que é
a empresa prestadora de serviços.
O art. 4º-C, da Lei n. 6.019/74, traz dispositivo que impõe igualdade de direitos
entre os empregados das empresas contratante e contratada, dispondo que são
asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços, quando e enquanto os
serviços forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições:
Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4o-A desta Lei, a pessoa
jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à
contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se
os referidos titulares ou sócios forem aposentados (Art. 5º-C, da Lei n. 6.019/74).
Além disso, o empregado que for demitido não poderá prestar serviços para a
mesma empresa contratante na qualidade de empregado de empresa prestadora de
serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do
empregado (Art. 5º-D, da Lei n. 6.019/74).
3º) O Empregado, cujos serviços, que haviam sido contratados para serem
prestados para a empresa sucedida, passarão a ser prestados para a empresa sucessora,
sem que tenha manifestado qualquer vontade de trabalhar para esta, salvo em se tratando
de morte do empregador individual, pois, nesse caso, o empregado poderá escolher entre
permanecer trabalhando para o sucessor ou rescindir seu contrato de trabalho, nos termos
do art. 483, § 2º, da CLT.
Contudo, essa relação jurídica não deve ser confundida com a relação de
trabalho.
A relação de trabalho é gênero, que tem como uma de suas espécies a relação
de emprego.
Exercício 13 - Advogado do CRM-MS – 2021 - De acordo com a Súmula n.o 331 do TST, assinale a
alternativa incorreta.
A) A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente
com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário.
B) Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância, de
conservação e de limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do
tomador, desde que inexistentes a pessoalidade e a subordinação direta.
C) O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.
D) Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem subsidiariamente,
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
E) A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas, decorrentes da
condenação, referentes ao período da prestação laboral.
dobro. Neste caso, nos termos de súmula do Tribunal Superior do Trabalho, a Justiça do Trabalho tem
entendido que a responsabilidade pelo pagamento destas verbas é
A) na proporção de 50% entre a empresa Thebas e o município, porque houve terceirização de
atividade educacional essencial do ente municipal, conforme previsão constitucional segundo a qual as
pessoas de direito público responderão pelos danos que seus agentes causarem.
B) da empresa Thebas, com responsabilidade subsidiária do município se não houve fiscalização do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora, em
razão da conduta culposa do tomador dos serviços no cumprimento das obrigações da Lei nº
8.666/1993.
C) apenas da organização social que era a real empregadora de Minerva, sendo que o município
somente responderia se não fosse formalizado contrato entre a gestão municipal e a empresa Thebas.
D) solidária entre a empresa Thebas e a municipalidade, visto que foi terceirizado um serviço essencial
do município, que é a educação, conforme entendimento sumulado do TST e lei de terceirização.
E) apenas da empresa Thebas, em razão da previsão da lei que normatiza licitações e contratos (Lei nº
8.666/1993), segundo a qual a inadimplência do contratado não transfere ao ente público os encargos
trabalhistas, independentemente de fiscalização ou não.
IV. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma
jornada de trabalho, caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.
Está correto o que se afirma apenas em
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, III e IV.
D) II, III e IV.
Exercício 19 – Técnico Judiciário – TRT da 6ª Região (PE) – 2018 – O requisito essencial previsto
em lei para caracterizar uma relação como sendo de emprego e que não precisa se verificar em
qualquer relação de trabalho é a
(A) exclusividade.
(B) ausência de onerosidade.
(C) subordinação jurídica.
(D) boa-fé contratual objetiva.
(E) autonomia privada coletiva.
REFERÊNCIAS
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2007.