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UNIVERSIDADE DE SÃO TOMÁS DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO
Turma: 1 – 2o. Ano 3o. Semestre – Laboral

Cadeira: Direito de Trabalho


Tema: Contrato individual de trabalho
Discentes: Afonso Nordino Muluve
Carolina Vasco
Frenk André Maduca
Laura das Eiras Simone Guilengue
Luísa Alberto vaison

Docente: Maria céu

Maputo, junho de2021


Introdução:
Neste presente trabalho, iremos falar do contrato individual do Trabalho,
posteriormente iremos conceituar, falar da noção do contrato de trabalho,
do objecto do contrato de Trabalho , Da Relaçao jurídica do contracto de
Traballho.
CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO

Conceito

Contrato individual de Trabalho É o ajuste de vontades pelo qual uma


pessoa física (empregado) se compromete a prestar pessoalmente serviços
subordinados, com determinada continuidade, a outrem (empregador),
mediante o pagamento de salário.

São, portanto, requisitos do contrato de trabalho: a pessoalidade, a


subordinação, a continuidade e a alteridade, que se traduz no fato de o
empregado prestar os serviços por conta alheia, já que não assume nenhum
risco por estar cumprindo serviço em nome de terceiro.

Forma

O contrato individual de trabalho é informal. Pode ser expresso (escrito ou


verbal) ou tácito.

Prazo

O prazo para o contrato individual de trabalho pode ser indeterminado ou


determinado, devendo este último se dar por escrito.

1. Noção do Contrato de Trabalho

O Direito de Trabalho tem o seu campo de actuação delimitado pela


situação de trabalho subordinado. E esta delimitação é feita em termos
práticos pela conformação de um certo tipo de contrato que é aquele em
que se funda a prestação de tal modalidade de trabalho:

trata-se do contrato individual de trabalho ou, mais

concretamente, contrato de trabalho.

A noção legal do contrato individual de trabalho está prevista no artigo 18


da LT nos seguintes termos:

“ Entende-se por contrato de trabalho o acordo pelo qual uma pessoa,


trabalhador, se obriga a prestar a sua actividade a outra pessoa,
empregador, sob a autoridade e direcção desta, mediante remuneração.”
Esta noção desdobra-se em 4 (quatro) elementos fundamentais,
nomeadamente:

Objecto de Contrato: A Actividade do Trabalhador

O primeiro elemento a salientar consiste na natureza da prestação a que se


obriga o trabalhador. Trata-se de uma prestação de actividades, que se
concretiza, pois, em fazer algo que é justamente a aplicação ou
exteriorização da força de trabalho tornada disponível, para a outra parte,
por este negócio.

A referenciação do vínculo à actividade assume ainda o significado de que


o trabalhador não suporta o risco da eventual frustração do resultado
pretendido pela contraparte. Assim, por exemplo, se um vendedor de uma
firma que se dedica ao comércio de electrodomésticos vê diminuir o
número ou o volume das transacções por si realizadas, num período de
crise generalizada de consumos, não pode concluir-se que exista
deficiência no cumprimento das suas obrigações contratuais: à entidade
empregadora cabe suportar o risco correspondente.

Sujeitos: o trabalhador e a entidade empregadora

Na terminologia utilizada pelo legislador moçambicano, os sujeitos do


contrato de trabalho designam-se por trabalhador e empregador.

O trabalhador - é aquele que, por contrato, coloca a sua força de trabalho


à disposição de outro, mediante retribuição.
A Categoria e a Função :

A categoria é, um rótulo, uma designação abreviada ou sintética que


exprime o género de actividades do trabalhador. Em concreto, o
trabalhador exerce uma função que o posiciona como elemento activo d
organização. Uma pessoa tem a categoria de “técnico administrativo” e
exerce a função de “assegurar o expediente próprio das relações com as
instituições de segurança social”. Outro trabalhador tem a mesma categoria
mas cabe-lhe manter actualizado o ficheiro do pessoal do pessoal da
empresa.

Dois Trabalhadores, podem assim, ser titular da mesma categoria e


qualificação e exercerem Funções diferentes

O empregador:

O Empregador é a pessoa individual ou coletiva que, por contrato, adquire


o poder de dispor da força de trabalho de outrem, no âmbito de uma
empresa ou não, mediante o pagamento de uma Remuneraçao

A empresa:

A empresa pode ser definida como organização de meios (materiais e


humanos) articulada ou montada por alguém para, através dela, exercer
certa actividade económica. Esses meios podem ser, concretamente,
matérias-primas, máquinas, edifícios, força de trabalho, dinheiro,
tecnologia, etc. E é em obediência a certo plano ou estratégia que o
empresário articula e ordena esses meios, num complexo mais ou menos
vasto, conferindo-lhes assim unidade e funcionalidade.

Tipos de empresas:

A natureza das relações de trabalho varia conforme a existência ou


inexistência de empresa e o grau de complexidade desta. De acordo com a
LT moçambicana as empresas classificam em:
Grande empresa: a que emprega mais de 100 trabalhadores;

Média empresa: a que emprega mais de 10 até ao máximo de

100 trabalhadores;

Pequena empresa: a que emprega até 10 trabalhadores.

hipóteses, cada vez mais frequentes, de tal posição ser ocupada por uma
pessoa colectiva. No entanto, a crescente despersonalização de tal estatuto
conduz a que se acentue antes o elemento empresa (e fala-se então – como
na Itália – de “empresário” contraposto a trabalhador) ou o facto de se
tratar de fonte da ocupação ou emprego, e usa-se, então, no quadro de
certos sistemas estrangeiros, os rótulos “empregador” (França) e “dador de
trabalho” (Alemanha, Itália)
A Remuneração:

É elemento essencial do contrato individual de trabalho que, em troca da


disponibilidade da força de trabalho, seja devida ao trabalhador uma
retribuição, normalmente em dinheiro (embora possa ser paga,
parcialmente, em géneros. Qualquer forma de trabalho gratuito é, como se
sabe, excluída deste âmbito.

Subordinação jurídica

Para que se reconheça a existência de um contrato de trabalho, é


fundamental que, na situação concreta, ocorram as características da
subordinação jurídica por parte do trabalhador. Pode mesmo dizer-se que,
de parceria com a obrigação retributiva, reside naquele elemento o
principal critério de qualificação do salarial como objecto do Direito do
Trabalho.

A subordinação jurídica consiste numa relação de dependência necessária


da conduta pessoal do trabalhador na execução do contrato face às ordens,
regras ou orientações ditadas pelo empregador, dentro dos limites do
mesmo contrato e das normas que o regem.

Dizer-se que esta subordinação é jurídica composta por dois significados:


primeiro, que se trata de um elemento reconhecido e mesmo garantido pelo
Direito (nomeadamente, pela atribuição de um poder disciplinar à entidade
patronal); segundo, que, ao lado desse tipo de subordinação, outras formas
de dependência podem surgir associados à prestação de trabalho, em causa.

“Existe a subordinação jurídica do trabalhador para com um empregador


logo que este tenha o direito de lhe dar ordens ou de dirigir ou fiscalizar o
seu serviço, não se exigindo que de facto e permanentemente o faça”.
Relação Jurídica de Trabalho:

Relação de trabalho é todo o conjunto de condutas, direitos e deveres


estabelecidos entre empregador e trabalhador, relacionados com a
actividade laboral ou serviços prestados ou que devam ser prestados, e com
o modo como essa prestação deve ser efectivada. Presume-se existente a
relação jurídica de trabalho sempre que o trabalhador esteja a prestar
actividade remunerada, com conhecimento e sem oposição do empregador,
ou quando aquele esteja na situação de subordinação económica deste.
Conclusão:

Depois da pesquisa e uma breve leitura do Trabalho , podemos concluir que


o contrato de trabalho é nada mais e nada menos que um acordo pelo qual
uma pessoa, trabalhador, se obriga a prestar a sua actividade a outra pessoa,
empregador, sob a autoridade e direcção desta, mediante remuneração.

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