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ATIVIDADE
ALUNO
AULA ATIVIDADE ALUNO
Teleaula: 01
Prezado(a) aluno(a),
A aula atividade tem a finalidade de promover o autoestudo das competências e
conteúdos relacionados à Unidade de Ensino 01: “A Tutela dos direitos dos trabalhadores na
atualidade”.
Bons estudos!
Mas nem toda a contratação de pessoa jurídica para prestação de serviços a uma
empresa é ilegal: a terceirização, outro termo bastante conhecido, é legal e muito bem
aceita pelo mercado. Existe ainda a contratação de autônomos, que é muito comum e
acontece sem desrespeitar a lei, se feita de forma correta – seria a “pejotização legal”.
Pelo lado do contratado, algumas vezes a pejotização parece uma saída positiva,
pois na redução dos encargos o profissional também acaba recebendo valor maior. A
relação contratual de PJ pode ser vantajosa – é verdade – mas somente é permitida se
não for confundida com relação de emprego. Se você estiver pensando em constituir PJ
para atendimento a um cliente específico, tenha em mente que ter uma empresa é
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interessante se você puder ter flexibilidade, atender mais clientes além deste, puder
escolher quais demandas vai atender ou não: tudo isso é contrário ao que
caracteriza vínculo empregatício.
Pejotização é crime?
É justamente o que caracteriza o chamado vínculo empregatício que faz com que
a contratação de Pessoas Jurídicas passe de correta a ilegal: alguém que presta serviços
de maneira contínua, com subordinação, recebendo valores sempre similares (salário)
para outro que se beneficia do resultado deste trabalho é um empregado. Aos olhos da
Justiça do Trabalho, são estes elementos que demonstram a real relação de trabalho entre
as partes, independentemente da forma de contratação.
A Subordinação aparece quando alguém tem que cumprir todas as regras impostas
pelo empregador, inclusive de horário: o trabalho acontece com escala determinada, nos
dias determinados, as férias devem ser acordadas entre o empregador e o funcionário.
Há uma forma de trabalho que o empregador também define – as práticas são do
contratante e não do contratado.
Riscos Da Pejotização
Para evitar estes riscos, o ideal é o contratante observar em quais casos é possível
a contratação de Pessoa Jurídica de forma que realmente não caracterize a fraude a
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legislação – e manter a contratação de empregados nos casos em que este tipo de relação
se configura.
A PJ não caracteriza por si mesma um empregado, uma vez que se trata de uma
relação de contratação de uma empresa, regida por outras leis. O que muitas vezes
acontece, quando a pejotização está em prática, é que a pessoa física que compõe esta
Pessoa Jurídica contratada acaba por buscar, judicialmente, o vínculo empregatício com
o contratante.
Esse profissional pode sim ser considerado como empregado, aos olhos da lei, se
sua atuação estiver caracterizada da forma como expusemos: estiver trabalhando com
horário determinado, sob chefia de alguém, cumprindo ordens específicas – mesmo que
a relação contratual diga outra coisa.
Terceirização X Pejotização
Uma das mudanças da Reforma Trabalhista que acabou sendo vista como porta
aberta para aumento da Pejotização é a possibilidade de contratação de empresas para
realização da atividade-fim.
Por outro lado, para que a pejotização não tome caráter de fraude – e sirva
simplesmente para desonerar os empregadores – ficou estabelecido também que a
contratação de ex-funcionários através de Pessoa Jurídica só pode acontecer após 18
meses transcorridos da demissão.
Existem algumas questões sobre a contratação sob o regime de PJ, dúvidas como
quais são os prós e contras, bem como quais são os requisitos de um vínculo empregatício
e o qual a diferença para o prestador de serviço PJ.
A contratação através de uma Pessoa Jurídica (PJ) ainda gera muitas dúvidas aos
trabalhadores. Algumas empresas optam por esse tipo de contratação, buscando reduzir
custos e manter uma mão de obra qualificada.
Existem algumas questões sobre a contratação sob o regime de PJ, dúvidas como
quais são os prós e contras, bem como quais são os requisitos de um vínculo empregatício
e o qual a diferença para o prestador de serviço PJ.
Primeiramente, a contratação por Pessoa Jurídica (PJ) nada mais é que uma
celebração de contrato civil entre empresas. Para isso, o contratado ou prestador de
serviços, deve ter um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo na Receita
Federal. Em relação ao serviço prestado, o contratante deve emitir nota fiscal, para isso,
em alguns casos deve possuir alvará de funcionamento perante a Prefeitura para a
emissão das notas, inscrição estadual, entre outras burocracias necessárias.
Ao ser contratado, é proibido que haja entre as partes os requisitos que compõem
uma relação de emprego, como pessoalidade e subordinação, além de não haver
responsabilidades sobre os encargos e obrigações trabalhistas.
O PJ não possui vínculo empregatício, logo, recebe por projeto realizado, como
estipulado em contrato. A autonomia nessa modalidade de trabalho fornece a
possibilidade de montar a sua própria agenda, já que não se vincula a uma jornada diária,
dando ainda, a possibilidade de cuidar de sua remuneração, já que para isso, basta
contratar outras empresas e atuar em mais projetos.
Por outro lado, o PJ não tem os direitos do empregado comum, como 13°, férias +
1/3, vale-transporte, FGTS e em caso de demissão multa de 40% do FGTS e seguro-
desemprego.
Além disso, o risco do negócio é por conta do PJ, ou seja, normalmente não há
qualquer garantia, podendo com um pequeno prévio aviso, ter seu contrato rescindido,
sem qualquer receber valores rescisórios.
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Não se pode esquecer que além de prestar o serviço contratado propriamente dito,
em geral esses "PJs", deve ter noção comercial, fiscal, jurídica e administrativa, pois
geralmente trabalham de forma individual.
Esse trabalhador deve se atentar quanto aos recolhimentos dos impostos e fugir da
sonegação para manter o CNPJ em dia, na maioria dos casos, geralmente são optantes do
Simples Nacional, por ser mais fácil, menos burocrática, pagando impostos entre 4,5% a
33% da remuneração bruta.
Além desses documentos, o mais importante é a prova testemunhal, que pode ser
qualquer pessoa que tenha presenciado seu trabalho.
Ótimos estudos!
Profa. Patrícia Graziela Gonçalves