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previdenciárias e trabalhistas
Módulo 1.
Relações de trabalho
Diante disso, autores como MARTINS (2015) destacam que existem vários tipos de
trabalhadores, classificados conforme suas características no desenvolvimento das
atividades. Segundo a ótica de DELGADO (2010), relação de trabalho é “toda
relação jurídica caracterizada por ter sua prestação essencial centrada em
uma obrigação de fazer consubstanciada em labor humano”.
Relação de emprego
Vinculação administrativa
Nas situações em que a relação jurídica for regulamentada pela CLT, haverá uma
mescla de normas, pois as normas de Direito Privado não podem ser aplicadas em
sua totalidade na administração pública. Existem exceções que devem ser
respeitadas.
Estágio
Essa figura jurídica pode reunir todos os elementos da relação de emprego caso seja
remunerado, mas seus principais objetivos são educacionais no tocante ao
aprendizado da atividade profissional, bem como para atender a exigências do
projeto pedagógico do curso em que o estagiário está inserido.
Diante da nova legislação do estágio, este pode ser obrigatório ou não obrigatório,
conforme exigência do projeto pedagógico do curso. O estagiário poderá receber
bolsa, considerando que a bolsa e o auxílio-transporte deverão ser pagos
necessariamente nos casos em que o estágio for estabelecido como não obrigatório
por lei.
Quanto à jornada de trabalho, será de quatro horas diárias e vinte semanais para os
alunos da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental; de seis horas
diárias e trinta semanais para os estudantes do ensino superior, da educação
profissional de nível médio e do ensino médio regular.
Ficou estabelecido, ainda, que o estágio não poderá durar mais que dois anos, com
exceção dos deficientes. Um detalhe interessante na legislação é que o educando
poderá se inscrever e contribuir para o INSS, ou seja, ele decide se esse tempo
de estágio contará como tempo de serviço no futuro, quando for se aposentar.
Nota-se também que, sempre que o estágio for superior a um ano, é assegurado ao
estagiário recesso de 30 dias a ser usufruído durante as férias escolares
preferencialmente. Quando houver pagamento de bolsa, o recesso será remunerado.
Aplica-se ao estagiário a legislação de saúde e segurança no trabalho. Segundo
RESENDE (2014), “é de responsabilidade da parte concedente do estágio
garantir ao estagiário a proteção mínima no que diz respeito à saúde e
segurança do trabalhador, como realização de exame médico admissional,
fornecimento e uso de equipamentos de proteção individual etc.”
Trabalho autônomo
A Lei 13.467/2017 trouxe um novo dispositivo, o artigo 442-B, o qual dispõe que, se
o trabalhador é autônomo, não é considerado empregado. Parece que o intuito do
Trabalho eventual
Essa figura é muito parecida com a relação de emprego. Entretanto, não apresenta o
elemento permanência (ou não eventualidade). Os serviços são prestados com
pessoalidade, de forma subordinada e onerosamente, mas de curta duração e com
autonomia.
DELGADO (2010) destaca algumas características que devem ser consideradas para
a configuração do trabalho eventual:
Esse tipo de atividade não é comum. No entanto, deve ser utilizada em situações
específicas, quando houver extrema necessidade de ter-se um profissional interino.
Nova figura avocada com a reforma (Art. 443, 452-A e seguintes da CLT), que tem
como característica a variabilidade de período de trabalho e de período de
inatividade.
a) Contrato escrito;
b) Valor da hora de serviço nunca inferior ao salário mínimo ou àquele
devido aos demais empregados da empresa;
c) Convocação para o serviço com antecedência mínima de três dias corridos;
d) O empregado tem um dia útil para responder, o silêncio será tido como
recusa;
e) Direito a um período de férias de um mês;
f) Recolhimento de FGTS.
Teletrabalho
Vale ressaltar que o teletrabalhador não terá direito à hora extra, noturna, adicional
noturno, intervalo intrajornada e entrejornada pela presunção de que não se pode
ter um controle e fiscalização da sua jornada, sendo o foco deste tipo de trabalho o
desempenho.
Trabalho avulso
O caráter subjetivo destaca-se quando verificamos que não pode haver pagamento
pelos serviços prestados. O ressarcimento de reais despesas necessárias ou
funcionais ao efetivo cumprimento do serviço não desfaz o caráter gratuito do labor.
Contrato de trabalho
O contrato de trabalho pode ser definido como “acordo tácito ou expresso mediante
o qual ajustam as partes pactuantes direito e obrigações recíprocas”.
O artigo 444, da CLT/2017, permite que os obreiros de nível superior, que recebem
salário igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios da Previdência Social,
poderão negociar com os empregadores seus direitos. Também poderão renunciar
direitos em normas coletivas, pois o ajuste entre eles prevalecerá sobre a norma
coletiva e terão à arbitragem como forma de solução de conflito.
Negócio jurídico expresso ou tácito mediante o qual uma pessoa natural obriga- se
perante pessoa natural, jurídica ou ente despersonificado a uma prestação pessoal,
não eventual, subordinada e onerosa de serviços. A CLT, por sua vez, em seu artigo
442, define apenas como: acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de
emprego.
a) Contrato sinalagmático
É aquele que resulta de obrigações contrárias, contrapostas, havendo reciprocidade
entre as obrigações contratuais, ensejando equilíbrio formal entre as prestações
onerosas (trabalho/ salário).
b) Contrato consensual
É aquele que, em regra, não se sujeita a formalidades imperativas, pode ajustar-se
tacitamente inclusive, sem necessidade de qualquer manifestação expressa das
partes contratuais. Como exceções, podemos destacar os contratos do atleta
profissional de futebol e do artista profissional, que necessitam de formalidade
prevista por lei para sua validade.
a) Empregado
É toda pessoa natural que contrate, tácita ou expressamente, a prestação de seus
serviços a um tomador, efetuados com personalidade, onerosidade, não-
eventualidade e subordinação (art. 3º c/c 2º, da CLT).
b) Empregador
É a empresa ou pessoa física que recebe a prestação dos serviços e paga uma
contraprestação por ela.
1- Expresso
São todos os contratos negociados e convalidados de forma escrita ou verbal.
2- Tácito
Esse tipo de contrato revela-se em face de um conjunto de atos indicativos da
presunção de uma pactuação empregatícia entre elas.
3- Individuais
Contrato pactuado com apenas um empregado no polo ativo da relação jurídica.
Exemplo
Aviso prévio projetado no pacto com amplianção do tempo de serviço para todos os
fins, 40% do FGTS, indenizações previstas por lei, férias proporcionais mais 1/3, 13º
salário proporcional, liberação do depósito do FGTS, acrescidas dos efeitos da
projeção do aviso prévio.
C) Contrato de Experiência (artigo 443, parágrafo 2º, “c”, da CLT): é aquele que vai
avaliar o empregado para posterior contrato por prazo indeterminado.
Bibliografia
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTR, 2017.
MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2015.
Salário e remuneração
Elementos do salário
O artigo 457, CLT/2017 trouxe algumas alterações como, por exemplo, as diárias
acima de 50% do salário do empregado deixam de ter natureza salarial, não sendo
necessária a adesão ao PAT, pois o auxílio-alimentação não tem mais natureza
salarial, como também, os prêmios concedidos como liberalidades do empregador
não terão natureza salarial.
Contudo, a doutrina mais usual considera remuneração gênero do qual são espécies
o salário stricto sensu (salário fixo, salário-base, salário contratual), e as outras
figuras de natureza salarial (gratificações, adicionais etc.).
Em depósito bancário.
Conta bancária aberta com o consentimento do empregado em estabelecimento
de crédito próximo ao local de trabalho, tendo o comprovante de depósito força
de recibo (CLT, artigo 464, parágrafo único). Admite-se, ainda, o pagamento por
conta-salário. O pagamento em depósito bancário pode ser realizado fora do local
e do horário de trabalho (CLT, artigo 465).
Em cheque.
Desde que o empregado concorde e o empregador situe-se no perímetro urbano,
o pagamento pode ser efetuado em cheque emitido em favor do empregado
(salvo se este for analfabeto), devendo ser assegurados horário e meios de
locomoção para o saque (Portaria TEM 3.281/84).
Em utilidades ou in natura.
Mediante o fornecimento de gêneros ou serviços (alimentação, habitação etc.)
desde que 30% do salário seja pago em dinheiro (CLT, artigo 458, § 1º,
combinado ao artigo 82, parágrafo único). Nem todas as utilidades fornecidas ao
empregado têm natureza salarial.
Tipos de salários
Salário mínimo
É o menor valor que pode ser pago diretamente pelo empregador ao
assalariado (CLT, artigo 76), mesmo para o que receba remuneração variável
(CF, artigo 7, VII), ou o que ajuste por empreitada ou tarefa (CLT, artigo 78).
Quando o trabalhador receber remuneração variável fixada por comissão, peça,
tarefa ou outras modalidades, que não atinja o mínimo, deve ter o seu salário
complementado até esse valor, sendo vedado ao empregador efetuar qualquer
tipo de desconto em mês subsequente a título de compensação de eventuais
complementações (lei 8.716/93, artigo 3). O empregado público que porventura
receba diversas parcelas de natureza salarial (salário-base, parcela de
equivalência, verba de representação, gratificação de função etc.), deve somá-
la, para fins de comparação, ao salário mínimo (SDI-1 272). O salário mínimo é
garantido a todo empregado, fixado por meio de lei, e nacionalmente unificado.
Além disso, deve prover as necessidades vitais do trabalhador e de sua família,
não pode servir de indexador para reajustes de preços ou honorários previstos
em contratos civis ou comerciais (CF, artigo 7, IV, V e VII, lei 8.716/93).
Salário profissional
É o mínimo garantido aos ocupantes de determinada profissão, como os
médicos, dentistas e auxiliares (lei 3.999/61, artigo 5), engenheiros, químicos,
arquitetos, agrônomos e veterinários (lei 4.950-A/66, artigo 5), advogados (lei
8.906/94, artigo 19), técnicos em radiologia (lei 7.394/85, artigo 16).
Salário normativo
É o equivalente ao piso salarial fixado por sentença normativa proferida em
dissídio coletivo de natureza econômica, pelos Tribunais Regionais ou pelo
Tribunal Superior do Trabalho.
Salário de função
É aquele garantido por convenção coletiva ou sentença normativa, como o
mínimo a ser pago a empregado em determinada função dentro de uma mesma
categoria profissional.
Morfologia do salário
Abono
Constitui adiantamento em dinheiro ou antecipação salarial.
Adicional
Acréscimo salarial que tem como causa o trabalho em condições mais gravosas;
os adicionais legais mais comuns são:
O contrato por tempo parcial (artigo 58-A, CLT/2017) não poderá exceder vinte e
seis horas com possibilidade de execução de até seis horas extras ou até trinta
horas semanais. Embora o legislador não tenha se referido ao limite máximo
diário, deverá ser respeitada a regra geral de oito horas diárias por dia presente
na Constituição Federal. No tocante à hora extra, neste regime ocorrerá a
compensação informal, conforme estabelece o §5̊, do artigo 58-A. As férias
seguirão o disposto no artigo 130 da CLT/17 e, observado o artigo 134 da CLT, o
parcelamento das férias – com a concordância do obreiro - em três períodos,
sendo um deles não inferior a quatorze dias consecutivos e os demais não
inferiores a cinco dias cada um. Deverá ser observado o dia do início das férias,
que não podem começar em feriado ou dia de descanso semanal remunerado.
Não existindo instrumento coletivo que fixe jornada diversa, o empregado horista
submetido a turno ininterrupto de revezamento faz jus ao pagamento das horas
extraordinárias laboradas além da sexta hora, bem como ao respectivo adicional
(SDI-1 275).
Noturno
Pago pelo trabalho noturno, na proporção de:
o 20% sobre o valor da hora normal para os empregados em geral (Constituição
Federal, artigo 7, IX; CLT, artigo 73 caput, TST 60, 265, SDI-1 97), inclusive
mulheres (CLT, artigo 381, § 1º), médicos, dentistas e auxiliares (lei 3.999/61,
artigo 9), aeronautas (lei 7.183/1984, artigo 41). O adicional de periculosidade
integra a base de cálculo do adicional noturno (SDI-1 259).
Insalubridade
Pago pelo trabalho em condição insalubre definida em lei ou regulamento do
Ministério do Trabalho (NR 15), na proporção de 10%, 20% ou 40% do salário
mínimo, conforme o grau de insalubridade: mínimo, médio e máximo (CF 7º,
XXIII; CLT, artigo 192; NR 15, TST 47, 80, 228, 248, 289).
Não são insalubres as atividades não reconhecidas como tais pelo Ministério do
Trabalho, como a limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de
lixo (SDI-1 4) e o trabalho a céu aberto em exposição a raios solares (SDI-1 173).
Periculosidade
Pago pelo trabalho em condição perigosa definida em lei ou regulamento do
Ministério do Trabalho (NR 16). São considerados perigosos:
Transferência
Pago ao empregado transferido provisoriamente para outra localidade, mesmo se o
contrato possuir cláusula de transferência implícita ou explícita, ou se trate de
empregado de confiança (CLT, artigo 469, § 3º, SDI-1 113). O valor corresponde a
25% do salário básico do empregado e não é devido nas transferências definitivas.
Penosidade
Previsto no artigo 7, XXIII da CF, mas depende de regulamentação.
Comissão ou percentagem
Corresponde ao salário calculado em montante fixo por cada negócio realizado
(comissão), ou em percentual sobre os negócios efetuados pelo empregado
(percentagem). É comum no comércio e não se confunde com a participação nos
lucros. Só é devido depois de ultimada a transação a que se refere. Nas transações
por prestações sucessivas, o pagamento é exigível proporcionalmente à respectiva
liquidação.
o Ajuda de custo;
o Auxílio-alimentação (vedado seu pagamento em dinheiro);
o Diárias para viagem (revogação do § 9º do artigo 28 da lei 8.212/91);
o Prêmios e abonos.
Gorjeta
Consiste na entrega de dinheiro pelo cliente do empregador ao empregado que o
serviu. Também pode ser dada para rateio posterior, espontânea ou cobrada pelo
empregador ao freguês como adicional da conta (CLT, artigo 457, caput e § 3º).
Percebida por ajuste expresso ou tácito, integrava a remuneração para todos os fins,
Gratificação
A gratificação autêntica é aquela paga eventualmente, por liberalidade, como
gratidão ao reconhecimento por parte do empregador pelo serviço prestado a ele
pelo empregado. Assim sendo, não é salário. Contrariamente, constitui salário a
gratificação ajustada (CLT, art. 457, § 1º), seja por meio de ajuste expresso
(gratificação de função, de balanço etc.), seja por meio de ajuste tácito (gratificação
habitual, TST 152 e 253).
Com a inclusão do segundo parágrafo do artigo 468, as gratificações não serão mais
incorporadas ao salário independentemente do tempo de exercício na função.
Entretanto, a jurisprudência tem respeitado o princípio da estabilidade financeira.
Prêmio:
Corresponde ao pagamento vinculado a fator de ordem pessoal do empregado, como
produção, eficiência etc. Não pode ser forma única de pagamento. Praticamente não
é referido pela legislação e pela jurisprudência sumulada, mas tem sido tratado pela
jurisprudência não sumulada tal como a gratificação das seguintes formas: se
habitual, é salário; se eventual, não o é.
Bibliografia
PINTO, José Alexandre Pereira. Apontamentos de Direito do Trabalho. 4. ed.
Natal: Lucgraf, 2009.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 4. ed. Niterói: Impetus, 2010.
Objetivos:
o Gravidade: a ação ou omissão do empregado deve ser razoavelmente grave;
o Imediatidade: o intervalo de tempo entre a falta do empregado e sua
dispensa deve ser o mínimo suficiente para permitir a decisão do
empregador sob pena de se caracterizar o perdão;
o Causalidade: deve haver um nexo de causa e efeito entre a falta imputada
ao empregado e a dispensa praticada pelo empregador;
o Singularidade: o empregado não pode ser punido e pelo mesmo motivo ser
dispensado por justa causa.
b) Local:
Normalmente coincide com o local de trabalho, mas pode ocorrer fora dele
(embriaguez habitual, concorrência desleal etc.).
c) Tempo:
A falta pode ocorrer durante a jornada de trabalho ou fora dela. O tempo (para fins
de imediatidade) é mensurado a partir da ciência pelo empregador da falta cometida
pelo empregado.
O artigo 482 da CLT dispõe sobre cada um dos motivos de dispensa por justa causa
passíveis de serem imputados pelos empregadores aos empregados. São eles:
o Dispensa indireta
Extinção do contrato de trabalho por iniciativa do empregado, tendo em vista falta de
natureza grave praticada pelo empregador. Ao contrário da justa causa, cujas
hipóteses são previstas taxativamente pela lei, as hipóteses de rescisão indireta do
contrato de trabalho são apenas exemplificativas (CLT, artigos 483 e 407 parágrafo
único). Qualquer ato ou omissão do empregador, que seja suficientemente grave e
torne impossível a continuidade da relação de emprego, pode ensejar a dispensa
indireta.
Bibliografia
PINTO, José Alexandre Pereira. Apontamentos de Direito do Trabalho. 4. ed.
Natal: Lucgraf, 2009.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 4. ed. Niterói: Impetus, 2010.
BERGAMINI, C. W. Liderança: A administração do sentido. Revista de Administração
de Empresa. São Paulo, v. 34, n. 3, p. 102-114, 1994.
CALIGARIS, C. Hélio Brasil!: notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil.
3. ed. São Paulo: Escuta, 1992.
DaMATTA, R. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
GESTÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVID. E 46
A casa e a rua: espaço,
cidadania, mulher e morte no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986.
O que faz o Brasil, Brasil?
Rio de Janeiro: Rocca, 1987. FREYRE, G. Casa grande e senzala. 13. ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1966.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. 17. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
LUZ, Ricardo. Clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.
MOTTA, F. C. P. & CALDAS, M. P. Cultura Organizacional e Cultura Brasileira.
São Paulo: Atlas, 1997.
PRADO Jr., C. Formação do Brasil contemporâneo. 19. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1969.
ROBBINS, S. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2005.
SROUR, R. H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus,
1998.
VASCONCELLOS, João Gualberto Moreira. Coronelismo nas organizações: a
gênese da gerência autoritária brasileira. Petrópolis: Vozes, 1996.
WAGNER, J.A & HOLLENBECK, J.R. Comportamento Organizacional: criando
vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2012.
Módulo 4
Natureza jurídica
As contribuições sociais, também conhecidas como paraestatais, ou de previdência,
após a Constituição Federal de 1988 adquiriram grande importância em sua
formulação e diferenças no poder de tributar.
II- Os princípios que regem a matéria tributária estão previstos como os mesmos que
regerão a contribuição, fazendo o artigo 149 ressalva apenas no que tange ao
princípio da anterioridade, que é estabelecida em noventa dias, não com relação ao
ano de exercício posterior a sua publicação.
Função
As contribuições sociais têm função parafiscal e extrafiscal. Aquelas que têm função
parafiscal são de interesse de categorias profissionais ou econômicas, como as de
seguridade social. Estas sobrevivem através de recursos financeiros de entidades do
poder público, desvinculadas do Tesouro Nacional, no sentido de que possuem
patrimônio próprio.
Certo é que qualquer tributo interfere no domínio econômico. Porém, esta espécie de
contribuição social tem como objetivo exclusivo o da intervenção no domínio
econômico, com função nitidamente extrafiscal. A extra-fiscalidade é entendida
através do emprego dos instrumentos (por quem os tenha à disposição), com
finalidade de não auferir receita para os cofres públicos, mas de disciplinar
comportamentos, para alcançar objetivos econômicos ou sociais.
A contribuição que a lei prevê é aquela a que se refere o artigo 149, esclarecendo
que a ressalva está indicando a entidade representativa da categoria profissional, ou
econômica, como credora das duas contribuições. A primeira contribuição é aquela
Foi dada autonomia ao definido pelo artigo 165, § 5º, inciso III, ao determinar que
“o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e
órgãos a ela vinculado, da administração direta ou indireta, bem como aos
fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público”.
Competência
Segundo a Carta Magna, em seu artigo 149, cabe à União instituir, de forma geral,
contribuições de intervenção no domínio econômico ou de interesse de categorias
profissionais ou econômicas, bem como as de seguridade social para sujeitos que
não são servidores dos estados, Distrito Federal ou município.
Por outro lado, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir
contribuição aos seus servidores, que se destina ao custeio dos sistemas de
previdência e assistência social. Tais contribuições, apesar de instituídas pela União,
não podem por ela ser arrecadadas, em consonância com o artigo 194, parágrafo
único, inciso VII, que determina que somente à administração da seguridade social
compete a arrecadação por ser a entidade capaz de figurar no pólo ativo da relação
tributária.
Contribuições
Da mesma forma que observamos em outras espécies tributárias, a determinação do
Lançamento
O lançamento é feito, em regra, através de homologação. O particular é quem
antecipa o pagamento, baseado nos elementos que reputa como corretos, sem que
haja prévia avaliação pela administração.
Não cabe dizer, no nosso sistema, que o legislador, ao criar contribuições, goza da
mais ampla liberdade e que, em consequência, pode adotar toda e qualquer hipótese
de incidência, inclusive as reservadas constitucionalmente aos estados e aos
municípios. Tal interpretação implicaria afirmar: a) que as competências tributárias
não são exclusivas; b) que a repartição de competências não é rígida e que c)
contribuição não é tributo.
Bibliografia
PINTO, José Alexandre Pereira. Apontamentos de direito do trabalho. 4. ed.
Natal: Lucgraf, 2009.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 4. ed. Niterói: Impetus, 2010.
BERGAMINI, C. W. Liderança: A administração do sentido. Revista de Administração
de Empresa. São Paulo, v. 34, n. 3, 1994.
CALIGARIS, C. Hélio Brasil!: notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil.
3. ed. São Paulo: Escuta, 1992.
CARRAZZA, Roque Antonio, Curso de direito constitucional tributário. 13. ed.
São Paulo: Malheiros, 2000.
DaMATTA, R. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
A casa e a rua: espaço,
cidadania, mulher e morte no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986.
O que é o FGTS
Tipos de conta
O FGTS está dividido em dois tipos de contas: ativas e inativas.
Conta ativa
É a que recebe mensalmente depósitos pela empresa durante o período em que você
está trabalhando. Esta conta rende juros e Atualização monetária.
Conta inativa
É a que deixa de receber depósitos, quando o trabalhador saiu da empresa e não
sacou o saldo da conta. Esta conta continua rendendo juros e atualização monetária
até o trabalhador retirar o valor disponível.
Aposentadoria
É necessário apresentar a documentação fornecida pela Previdência Social que ateste
a aposentadoria.
Falecimento do trabalhador
O valor do FGTS será pago aos dependentes inscritos na Previdência Social do
falecido e o valor a receber será dividido, em partes iguais, entre estes dependentes.
Bibliografia:
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 4 ed. Niterói: Impetus, 2010.
Módulo 6
Trata-se de uma contribuição compulsória, o que significa dizer que todos aqueles
que pertencerem a uma categoria deverão realizar o pagamento desta contribuição,
ainda que não sindicalizados. Diante desta obrigatoriedade, a contribuição sindical
tem natureza jurídica de tributo, vez que independe da vontade dos empregados e
empregadores, não estando, portanto, o seu pagamento, sujeito à anuência destes.
Ela corresponde a um dia de trabalho para os empregados (artigo 580, inciso I da
CLT). Para os empregadores, ela é calculada com base no capital da empresa (artigo
580, inciso III, da CLT) e para os trabalhadores autônomos e profissionais liberais,
baseia-se num porcentual fixo (artigo 580, inciso II da CLT).
Contribuição assistencial
Também conhecida como taxa assistencial, encontra-se estabelecida no artigo 513
da CLT. Geralmente prevista em convenção, acordo ou sentença normativa de
dissídio coletivo, somente poderá será devida por aqueles que participam na
A decisão mencionada nos leva a crer que, com base no princípio da livre associação
ou sindicalização previsto na Constituição Federal, o pagamento de tais contribuições
não é obrigatório se os trabalhadores, empregadores e autônomos não forem
associados ou sindicalizados, ainda que conste em cláusula de instrumento coletivo
de trabalho. Veja as mais recentes decisões de nossos tribunais quanto ao assunto
mencionado:
Este entendimento tem sido adotado por nossos tribunais, considerando que o
princípio da livre associação há de ser diuturnamente respeitado, que a liberdade de
contribuição é mero corolário lógico do direito de associar-se ou não (artigo 8.º, V,
também da lei maior). Destarte, não cabe ao poder judiciário ou aos sindicatos criar
contribuições a favor destes a serem pagas por todos os integrantes da categoria
representada.
Contribuição confederativa
A contribuição confederativa é muito confundida com a contribuição assistencial,
porém totalmente distinta desta. A contribuição confederativa serve para custear o
sistema confederativo da representação sindical patronal ou profissional, ou seja,
para custear os sindicatos, federações e confederações da categoria profissional e
econômica.
Vale a pena ressaltar que as centrais sindicais, por não integrarem o sistema
confederativo, como entidades formadas livremente pelos seus interessados, não são
beneficiárias desta contribuição. Neste mesmo diapasão, também não são
beneficiários da contribuição confederativa os conselhos federais e regionais
fiscalizadores do exercício de profissionais liberais por serem pessoas jurídicas de
direito público não pertencentes ao sistema confederativo.
GESTÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVID. E 71
Tal contribuição será descontada em folha de pagamento dos empregados e, para os
empregadores, a lei determinará um critério para a base de cálculo das categorias
econômicas. Com a reforma trabalhista, tal contribuição tornou-se facultativa,
dependendo de autorização do empregado para o referido desconto (artigos 545,
578, 579, 582, 583, 587 e 602 da CLT/2017). Com fundamento no princípio da
liberdade sindical prevista no artigo 8 da Constituição, foi disposta, no artigo 579, a
faculdade de tal contribuição. O desconto, ou melhor, qualquer desconto de
contribuição sindical depende de prévia e expressa autorização do obreiro. Os
empregadores não estão obrigados ao recolhimento. Também há a necessidade de
prévia e expressa autorização para a realização do desconto sindical.
Bibliografia
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 4 ed. Niterói: Impetus, 2010. BERGAMINI,
C. W. Liderança: A administração do sentido. Revista de Administração de Empresa.
São Paulo, v. 34, n. 3, 1994.
CALIGARIS, C. Hélio Brasil!: notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil.
3. ed. São Paulo: Escuta, 1992.
DaMATTA, R. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
A casa e a rua: espaço,
cidadania, mulher e morte no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986.
O que faz o Brasil, Brasil?
Rio de Janeiro: Rocca, 1987. FREYRE, G. Casa grande e senzala. 13. ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1966.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. 17. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
LUZ, Ricardo. Clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.
MOTTA, F. C. P. & CALDAS, M. P. Cultura organizacional e cultura brasileira.
São Paulo: Atlas, 1997.
PINTO, José Alexandre Pereira. Apontamentos de Direito do Trabalho. 4. ed.
Natal: Lucgraf, 2009.
Módulo 7
Dependência de terceiros
Base Legal: Artigo 115, caput da Instrução normativa da Receita Federal 971/2009
(UC: 06/05/14).
Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não
sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.
Serviços contínuos
Base Legal: Artigo 115, parágrafo primeiro da Instrução normativa da Receita Federal
971/2009 (UC: 06/05/14).
Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da
Empreitada
Base Legal: Artigo 115, terceiro parágrafo da Instrução normativa da Receita Federal
971/2009 (UC: 06/05/14).
Empreitada é a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de
serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de material ou uso de
equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da
empresa contratante, nas de terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como
objeto um resultado pretendido.
Tratamento Tributário
Base Legal: Artigo 116 da Instrução normativa da Receita Federal 971/2009 (UC:
06/05/14).
De acordo com o artigo 112 da Instrução normativa da Receita Federal 971/2009,
desde 01/02/1999, a empresa contratante de serviços, por meio de cessão de mão
de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter
11% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e
recolher à Previdência Social a importância retida em documento de arrecadação
identificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada. O
recolhimento deverá ser feito até o dia 20 do mês subsequente ao da emissão da
respectiva nota fiscal. Esse valor, que deverá ser destacado na nota fiscal, na fatura
ou no recibo de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer
estabelecimento da empresa contratada, com as contribuições devidas à Previdência
Dispensa da Retenção
Base Legal: Artigos 117 a 119 e 149 da Instrução normativa da Receita Federal
971/2009 (UC: 06/05/14).
A contratante fica dispensada de efetuar a retenção, e a contratada de registrar o
destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, quando:
Para fins do disposto na letra "c", são serviços profissionais regulamentados pela
legislação federal, dentre outros, os prestados por administradores, advogados,
aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda, agrônomos, arquitetos,
arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de laboratório, bibliotecários,
biólogos, biomédicos, cirurgiões dentistas, contabilistas, economistas domésticos,
economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos, fisioterapeutas,
terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos, geólogos, guias de turismo,
jornalistas profissionais, leiloeiros rurais, leiloeiros, massagistas, médicos,
meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários, químicos, radialistas,
secretárias, taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos
em radiologia e tecnólogos.
Outras disposições
Base Legal: Artigo 120 da Instrução normativa da Rreceita Federal 971/2009 (UC:
06/05/14).
Bibliografia:
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 4. ed. Niterói: Impetus, 2010.
BERGAMINI, C. W. Liderança: A administração do sentido. Revista de
Administração de Empresa. São Paulo, v. 34, n. 3, 1994.
CALIGARIS, C. Hélio Brasil!: notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil.
3. ed. São Paulo: Escuta, 1992.
DaMATTA, R. Carnavais, malandros e heróis. Rio de Janeiro: Zahar, 1984.
A casa e a rua: espaço,
cidadania, mulher e morte no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986.
O que faz o Brasil, Brasil?
Rio de Janeiro: Rocca, 1987. FREYRE, G. Casa grande e senzala. 13. ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1966.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. 17. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
LUZ, Ricardo. Clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995.
MOTTA, F. C. P. & CALDAS, M. P. Cultura organizacional e cultura brasileira.
São Paulo: Atlas, 1997.
PINTO, José Alexandre Pereira. Apontamentos de direito do trabalho. 4. ed.
Natal: Lucgraf, 2009.
É importante observar que, de acordo com a lei 10.666/2003, no seu oitavo artigo, a
empresa que utiliza sistema de processamento eletrônico de dados para registro de
negócios e atividades econômicas, escrituração de livros ou produção de documentos
de natureza contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária, é obrigada a arquivar e
conservar, devidamente certificados, os sistemas e arquivos, em meio digital ou
assemelhado, durante dez anos, à disposição da fiscalização.
Existe, ainda, uma parcela de pessoas físicas ou jurídicas que são desobrigados de
apresentação de escrita contábil:
Bibliografia:
PINTO, José Alexandre Pereira. Apontamentos de direito do trabalho. 4. ed.
Natal: Lucgraf, 2009.
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 4. ed. Niterói: Impetus, 2010.
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CALIGARIS, C. Hélio Brasil!: notas de um psicanalista europeu viajando ao Brasil.
3. ed. São Paulo: Escuta, 1992.
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O que faz o Brasil, Brasil?
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MOTTA, F. C. P. & CALDAS, M. P. Cultura organizacional e cultura brasileira.
São Paulo: Atlas, 1997.
PRADO Jr., C. Formação do Brasil contemporâneo. 19. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1969.
ROBBINS, S. Comportamento organizacional . 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice
Hall, 2005.
SROUR, R. H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: Campus,
1998.