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AULA 2

2- DO EMPREGADO

Como já dissemos anteriormente, o Direito do Trabalho regulamenta


fundamentalmente a relação entre empregado e empregador. Convém, portanto, que
passemos a estudar essas duas figuras: o empregado, nesta aula, e o empregador, na
próxima aula.

2.1- Conceito e Características de Empregado

A CLT conceitua o empregado no caput de seu art. 3.º, que assim dispõe:
“Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.

Contudo, para bem compreendermos o conceito de empregado, também


deveremos buscar no conceito de empregador, previsto no art. 2º, da CLT, seus requisitos
caracterizadores.

Dispõe o art. 2º, da CLT, que “Considera-se empregador a empresa, individual ou


coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço”.

Desses dois artigos podemos retirar as seguintes características que compõem o


conceito de empregado: ser pessoa física, que labora com pessoalidade, de forma não-
eventual, tendo seus serviços prestados onerosamente e estando subordinado juridicamente
ao empregador.

Vejamos, detalhadamente, o que significam essas características do


empregado:

Pessoa física: o empregado tem de ser necessariamente pessoa natural –


também chamada de física pela CLT e pelas normas tributárias. Logo, pessoa jurídica
jamais poderá ser contratada como empregado.

Assim é que, toda pessoa capaz pode ser contratada como empregado. Para o
direito do trabalho, a maioridade se alcança aos 18 anos de idade (art. 402, da CLT). O
estudo sobre a contratação de empregado menor de idade e o estudo das respectivas
normas protetoras será feito no Direito do Trabalho II.

Pessoalidade: a contratação de determinado empregado pelo empregador faz


com que este tenha direito de exigir que aquele, e somente aquele, preste os serviços para
os quais foi contratado. Logo, se o prestador de serviços é substituído aleatória e
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regularmente por outro prestador de serviços, por interesse do empregado, não haverá
vínculo empregatício por falta de pessoalidade. Isso é, esse prestador de serviços não será
empregado.

Não-eventualidade: empregado é o prestador de serviços que é contratado para


prestar seus serviços de modo contínuo, permanente. Assim, aquele prestador de serviços
que eventualmente é chamado para fazer pequenos serviços não será considerado
empregado. Exemplo: professor para lecionar 2 (duas) aulas por semana.

Onerosidade: um dos motivos, mas não o único, que faz com que o empregado
trabalhe é a necessidade de sustentar a si e a sua família. Desse modo, o empregado
trabalha para receber pelos serviços prestados, não obstante poder não ter dependência
econômica e ou financeira em relação a seu empregador tendo em vista que há empregados
que podem ser bem mais abastados do que seu empregador, como ocorre, a título de
exemplo, com jogadores de futebol muito famosos e riquíssimos que, às vezes,
normalmente em fins de carreira, aceitam trabalhar para pequenos clubes de futebol cujo
patrimônio muitas vezes é bem menor do que o do jogador. Nesses casos, o empregado não
deixará de ter direito de receber todos os valores relativos aos seus salários e demais
direitos trabalhistas, bem como estará obrigado, como todos os demais empregados, a
obedecer às ordens de seu empregador.

Aquele que pretende trabalhar sem receber pelos serviços prestados somente
poderá fazê-lo por meio de serviço voluntário. No nosso ordenamento jurídico, o serviço
voluntário somente pode ser prestado a entidade pública de qualquer natureza ou a
instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais,
científicos, recreativos ou de assistência à pessoa, nos termos do art. 1º, da Lei n. 9.608/98.
Por isso, o serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza
trabalhista, previdenciária ou afim (art. 1º, parágrafo único, da Lei n. 9.608/98).

O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão


entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo
constar o objeto e as condições de seu exercício (art. 2º, da Lei n. 9.608/98).

O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que


comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias, sendo que as
despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a
que for prestado o serviço voluntário (art. 3º, da Lei n. 9.608/98).

Subordinação jurídica: esta é a principal característica para se identificar se


um prestador de serviços é um empregado ou não. A subordinação jurídica ocorre quando o
prestador de serviços é obrigado a executar as ordens de acordo com as diretrizes de seu
empregador, estando impedido de executá-las da maneira que melhor lhe aprouver.

Não se deve confundir subordinação jurídica com subordinação financeira e/ou


econômica, pois essas poderão não existir, como vimos acima.
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Além disso, estar subordinado ao empregador não torna o empregado um


prestador de serviços exclusivo deste. Isso poderá ocorrer em casos cuja exclusividade
esteja expressamente prevista no contrato de trabalho. Com exceção dessa hipótese, não
há exclusividade na prestação dos serviços por parte do empregado em relação a seu
empregador, bastando-se lembrar a situação dos professores que normalmente prestam
serviços a várias instituições de ensino.

Então, se na análise de um caso concreto, estiverem presentes as características


do empregado, por conseguinte, estará do outro lado um empregador, e estaremos diante
de uma relação de emprego, aplicando-se a legislação trabalhista prevista na CLT, sem
“distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o
trabalho intelectual, técnico e manual”, nos termos do parágrafo único do art. 3.º, da CLT. É
dizer, a legislação trabalhista deve ser aplicada igualmente a todos os empregados
independentemente de sua posição na estrutura hierárquica do empregador.

É óbvio que essa norma não afasta especificidades relacionadas aos empregados
individualmente, como ocorre com a maior remuneração dos empregados mais qualificados,
com a gratificação de função no caso dos gerentes etc. Contudo, com exceção dessas
especificidades pessoais, não pode haver aplicação da legislação trabalhista diferenciada
para trabalhadores que prestam serviços para um mesmo empregador.

Além disso, não faz qualquer diferença para a existência da relação de emprego
que o empregado preste seus serviços em sua própria residência – trabalho em domicílio –
ou em outro local designado pelo empregador, ainda que exclusivamente por meios de
transmissão de dados desenvolvidos tecnologicamente – teletrabalho (Arts. 6º e 75-A a 75-
E, da CLT).

A propósito, considera-se teletrabalho a prestação de serviços


preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias
de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho
externo (Art. 75-B, caput, da CLT); sendo que o comparecimento às dependências do
empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do
empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho (art. 75-B,
parágrafo único, da CLT).

Nos termos do art. 75-C e parágrafos da CLT, a prestação de serviços na


modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de
trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado, podendo ser
realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo
entre as partes, registrado em aditivo contratual. Além disso, poderá ser realizada a
alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador,
garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo
contratual.

As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou


fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à
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prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo


empregado, serão previstas em contrato escrito, sendo que as utilidades mencionadas não
integrarão a remuneração do empregado (art. 75-D e parágrafo único, da CLT).

O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva,


quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho, devendo o
empregado assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções
fornecidas pelo empregador (art. 75-E e parágrafo único, da CLT).

Examinadas as características do empregado, vejamos o conceito de Delgado


(2007): “empregado é toda pessoa natural que contrate, tácita ou expressamente, a
prestação de seus serviços a um tomador, a este efetuados com pessoalidade, onerosidade,
não-ventualidade e subordinação”.

2.2- Distinções importantes

Há muitas pessoas que prestam serviços a um tomador de serviços, mas que não
são empregados. Entre outros, os principais e mais importantes prestadores de serviço
distintos do empregado são os seguintes:

2.2.1- Trabalhador autônomo: é o trabalhador que, assumindo os riscos de seu


empreendimento, presta serviços mediante contrato de prestação de serviços ou de
empreitada. Exemplos: advogados, engenheiros, arquitetos, odontólogos, médicos etc.

A CLT dispõe sobre a figura do autônomo em seu art. 442-B, dispondo que a
contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem
exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art.
3o, desta Consolidação.

2.2.2- Trabalhador eventual: é o trabalhador que presta serviços mediante


contrato de prestação de serviços ou de empreitada executando serviços eventuais para
uma pessoa física ou jurídica. Exemplos: pedreiros, pintores etc. Pode-se dizer que o
trabalhador eventual é um trabalhador autônomo.

2.2.3- Trabalhador avulso: regidos pelas Leis n. 12.023, de 27.08.2009 e 12.815,


de 05.06.2013, é o trabalhador que exerce suas funções na execução de serviços de carga
e descarga em veículos de transporte de mercadorias em áreas urbanas ou rurais (art. 1º, da
Lei n. 12.023/09) ou nos portos (art. 40, da Lei n. 12.815/2013).

Apesar de não haver qualquer vínculo entre o trabalhador avulso e o tomador de


seus serviços, o trabalhador avulso tem resguardado todos os direitos trabalhistas
como se fosse empregado, nos termos do inciso XXXIV, do art. 7º, da CF/88.

2.2.4- Servidor público estatutário: a Administração Pública pode contratar


pessoal para lhe prestar serviços permanentemente mediante duas formas legais distintas:
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como empregado, chamado de empregado público, regido pelas leis trabalhistas; ou como
servidor público estatutário, regido por lei própria, que estabelece o estatuto destinado a
reger a relação entre o servidor e a Administração Pública.

O Direito do Trabalho não é aplicável ao servidor público estatutário só aos


empregados públicos, desde que tenham sido aprovados em concurso público (arts. 39, em
sua redação originária, e 173, § 1º, II, da CF/88, Súmulas 363 e 390, e, OJ-SDI1 247, do
TST).

2.2.5- Estagiário: regido pela Lei n. 11.788, de 25.09.2008, é o prestador de


serviços a um tomador que lhe dará condições de ter contato com o mundo do trabalho para
o qual se prepara. Por isso, o estágio é definido com ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior,
de educação profissional, de ensino médio, de educação especial e dos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

O estágio tem por finalidade a preparação do estudante para o ambiente de


trabalho, decorrendo daí a necessidade de haver correspondência entre a área de estudo do
estagiário e o estágio.

É constituído necessariamente por três partes: a parte concedente do estágio, a


instituição de ensino na qual o estagiário está matriculado e o estudante ou seu
representante legal.

A parte concedente são as pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da


administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível
superior devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização
profissional.

A instituição de ensino é qualquer uma das instituições de educação superior, de


educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

E, finalmente, o estagiário é o estudante devidamente matriculado em uma


instituição de ensino.

O vínculo entre essas três parte é formalizado por um documento denominado de


termo de compromisso que deve ser firmado pelas três partes ou pelo representante legal no
caso de menor de idade e no qual deverão estar especificadas as condições do estágio.

Os estagiários têm os seguintes direitos resguardados pelos arts. 10 a 14, da Lei


n. 11.788/2008:

• Art. 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum


acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno
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estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de


compromisso ser compatível com as atividades escolares e não
ultrapassar:

• I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de


estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental,
na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;

• II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de


estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e
do ensino médio regular.

• § 1o O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos


períodos em que não estão programadas aulas presenciais, poderá ter
jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, desde que isso esteja
previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.

• § 2o Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem


periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do
estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo
de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.

• Art. 11. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá


exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de
deficiência.

• Art. 12. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de


contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua
concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não
obrigatório.

• § 1o A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte,


alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.

• § 2o Poderá o educando inscrever-se e contribuir como segurado


facultativo do Regime Geral de Previdência Social.

• Art. 13. É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração


igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a
ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

• § 1o O recesso de que trata este artigo deverá ser remunerado quando o


estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação.

• § 2o Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de


maneira proporcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1
(um) ano.
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• Art. 14. Aplica-se ao estagiário a legislação relacionada à saúde e


segurança no trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da
parte concedente do estágio.

2.2.6- Médico residente: é o prestador de serviços que presta serviços a um


tomador em decorrência de um contrato misto, que é ao mesmo tempo de ensino e de
prestação de serviços. Isso ocorre porque a residência médica é uma modalidade especial
de pós-graduação, por meio da qual o médico deve cumprir certa quantidade de horas
práticas no desenvolvimento de seus estudos. Está prevista na Lei n.º 6.932, de 07/07/1981.

2.2.7- Cooperativado: é o prestador de serviços que, juntamente com seus


pares, prestam serviços a um tomador, por intermédio de contratos angariados pela
associação cooperativa da qual faça parte. Como a cooperativa é uma associação formada
pelos próprios interessados e que irá funcionar a favor destes, assegurando os interesses de
seus associados, não ocorrerá vínculo de emprego entre o cooperativado e a cooperativa,
nem entre o cooperativado e o tomador de serviços, nos termos do parágrafo único do art.
442, da CLT.

O cooperativismo está regulamentado pelas leis nº. 5.764/71 que trata das
cooperativas em geral; nº. 10.406/2002 - CC que trata das sociedades simples (arts. 997 a
1.038) e traz normas de caráter geral sobre cooperativas nos arts. 1.093 a 1.096 e,
finalmente, pela Lei n. 12.690/2012 que trata da cooperativa de trabalho.

2.4- Empregados especiais

Há empregados que têm regimes próprios de trabalho e, portanto, uma


regulamentação específica. Os principais são: o empregado doméstico; o empregado
rural e o trabalhador temporário.

Nos termos do art. 1º, da Lei Complementar n. 150/2015, empregado doméstico é


aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2
(dois) dias por semana, sendo vedada a contratação de empregado doméstico menor de
idade, conforme preceitua o art. 1º, parágrafo único, da Lei Complementar n. 150/2015. Isto
é, o menor de 18 anos não pode prestar serviços como doméstico.

Será, portanto, empregado doméstico o motorista que fica à disposição da família,


o jardineiro, o mordomo, a faxineira, o caseiro, cuidador de idosos, enfermeiro, médico etc.
desde que prestem serviços à pessoa da família, no âmbito residencial desta.

O estudo do empregado doméstico será feito detalhadamente no Direito do


Trabalho II.

Segundo o art. 2º, da Lei n. 5.889/73, empregado rural é toda pessoa física que,
em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a
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empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Portanto, apesar de


incomum, pode-se ter empregado rural na cidade, em propriedade na qual se explore
atividade agro-econômica em caráter permanente – prédio rústico.

O estudo detalhado do empregado rural também é matéria do Direito do Trabalho


II.

Por fim, temos o trabalhador temporário cuja relação com as pessoas que o
contratam será objeto de estudo mais adiante aqui mesmo em nossa disciplina.

Exercício 1 - Concurso público para procurador da Prefeitura da Estância Turístia de


Graratinguetá - SP – 2019 - A Administração Pública lhe consulta na qualidade de Procurador, a fim
de saber como funciona o serviço voluntário. Nessa condição, é correto afirmar que
A) no caso de despesas realizadas pelo contratado, prescinde a necessidade de estarem expressas ou
autorizadas pelo contratante a que for prestado o serviço voluntário.
B) o serviço voluntário é a atividade não remunerada prestada por pessoa física a qualquer instituição
privada que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à
pessoa.
C) o serviço voluntário é a atividade não remunerada prestada por pessoa física ou jurídica a entidade
pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins lucrativos que tenha objetivos cívicos,
culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
D) o serviço voluntário é a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de
qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais,
educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
E) o serviço voluntário gera vínculo empregatício e obrigação de natureza trabalhista previdenciária,
inclusive com a Administração Pública.

Exercício 2 - Concurso público para procurador da Prefeitura de Porciúcula – RJ – 2019 -


Analise as alternativas abaixo e assinale a CORRETA, no que diz respeito ao conceito de
“EMPREGADO”.
A) Considera-se empregado, toda pessoa física que prestar serviços de natureza eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
B) Considera-se empregado, toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
C) Considera-se empregado, toda pessoa física que prestar serviços de natureza eventual a
empregador, sob a dependência deste, independente de salário.
D) Considera-se empregado, toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste, independente de salário.

Exercício 3 - TRT7 – 2017 – TÉCNICO JUDICIÁRIO – Empregado e empregador são os sujeitos


do contrato de emprego. Analisados isoladamente, o conceito de empregado demanda a presença de
A) pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, dependência e onerosidade.
B) pessoa jurídica, pessoalidade, não eventualidade, dependência e onerosidade.
C) pessoa jurídica, impessoalidade, não eventualidade, independência e onerosidade.
D) pessoa física, pessoalidade, eventualidade, independência e onerosidade.

Exercício 4 - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO - Questão 72. Segundo expressa previsão
em nossa ordem jurídica, assinale a afirmativa que indica o trabalhador que possui igualdade de
direitos com os que têm vínculo empregatício permanente.
A) Trabalhador doméstico.
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B) Trabalhador voluntário.
C) Trabalhador avulso.
D) Trabalhador eventual.

Exercício 5 – Concurso para procurador da Prefeitura de Jundiaí – SP – 2021 - As atividades de


movimentação de mercadorias em geral, desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais, podem ser
desempenhadas por
A) trabalhadores eventuais, intermediados pelo órgão de gestão de mão de obras.
B) trabalhadores avulsos, intermediados obrigatoriamente pelo sindicato da categoria.
C) empregados ou trabalhadores eventuais, todos intermediados pelo órgão de gestão de mão de obra.
D) empregados ou trabalhadores avulsos, todos intermediados pelo órgão de gestão de mão de obra ou
pelo sindicato da categoria.
E) empregados, trabalhadores avulsos ou trabalhadores eventuais, todos contratados diretamente pelo
tomador dos serviços.

Exercício 6 - Concurso para procurador da Câmara Municipal de Pindorama – SP – 2020 - A


contratação de trabalhador autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem
exclusividade,
A) afasta a qualidade de empregado prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, desde que a
prestação de trabalho não seja contínua.
B) afasta a qualidade de empregado prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, carecendo de
relevância o fato da prestação de trabalho ser contínua ou não.
C) impede qualquer discussão acerca do princípio da primazia da realidade em face de fraudes
perpetradas.
D) afasta a qualidade de empregado prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não se
trate da atividade principal do tomador de serviços.
E) afasta a qualidade de empregado prevista na Consolidação das Leis do Trabalho, uma vez que é
absoluta a presunção de que não se trata de trabalho subordinado juridicamente.

Exercício 7 - XXVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – Questão 70 - Paula trabalha na


residência de Sílvia três vezes na semana como passadeira. Em geral, comparece às segundas, quartas
e sextas, mas, se necessário, mediante comunicação prévia, comparece em outro dia da semana, exceto
sábados, domingos e feriados. A CTPS não foi assinada e o pagamento é por dia de trabalho. Quando
Paula não comparece, não recebe o pagamento e não sofre punição, mas Sílvia costuma sempre pedir
que a ausência seja previamente comunicada.
Paula procura você, como advogado(a), com dúvida acerca da sua situação jurídica. À luz da
legislação específica em vigor, assinale a opção que contempla a situação de Paula.
A) Paula é diarista, pois trabalha apenas 3 vezes na semana.
B) Paula é autônoma, porque gerencia seu próprio trabalho, dias e horários.
C) Paula é empregada eventual.
D) Paula é empregada doméstica.
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REFERÊNCIAS

DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2007.

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