Você está na página 1de 5

Nome: Matrícula:

Jhônata Santos 201359795


Disciplina: Data de Entrega:
Direito Individual do Trabalho 21/06/2023
Curso:
Direito

ATPS – ATIVIDADE TEÓRICO-PRÁTICA SUPERVISIONADA

Antes de adentrar nas características que configuram os requisitos


necessários para estar presente a relação de emprego é preciso conceituar e
diferenciar esta da relação de trabalho, ou seja, uma coisa é diferente da outra,
apesar de estarem relacionada entre si.

Relação de trabalho é um vínculo jurídico genérico decorrente da


contratação de trabalho, dentre todas as modalidades admitidas no
ordenamento jurídico. Por outro lado a relação de emprego é uma das diversas
modalidades que nós temos de relação de trabalho, caracterizada pela
presença de certos requisitos necessários, por isso, que falamos que a relação
de trabalho é gênero enquanto a relação de emprego a espécie; se presentes
apenas de  alguns dos requisitos da relação de emprego nós estamos diante
de uma relação de trabalho; desse modo nós podemos afirmar que,  todo o
empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado, pois, é
necessário que todos os requisitos, previstos no artigo 3º da CLT, estejam
presentes para que se configure uma relação de emprego.
Os requisitos que caracterizam uma relação de trabalho como uma
relação de emprego são cinco:  trabalho prestado por pessoa física, com
pessoalidade, onerosidade, não eventualidade e subordinação.
O primeiro requisito trabalho prestado por pessoa física; a lei deixou bem
claro que a pessoa jurídica jamais vai ser empregada, somente a pessoa física
pode ocupar condição de empregada na relação de emprego, trata-se do
requisito previsto lá no artigo 3º da CLT que diz; considera-se empregado, toda
pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador sob
a dependência deste e mediante salário, ou seja, tem que ser pessoa física e
ponto.
Depois temos o requisito da pessoalidade, que vai dizer que o
empregado em regra é insubstituível, esse requisito traz o entendimento de que
com a contratação do empregado ele se compromete a prestar pessoalmente o
serviço é denominada a natureza intuitu personae, ou seja, ele é celebrado em
razão da pessoa que faz as vezes de empregado; já no tocante a substituições
elas são em regra vedadas pela ordenamento jurídico, contudo não afasta o
requisito da pessoalidade as substituições autorizadas pela empregador, mas
desde que não se observe que o empregado está se utilizando de repetições
recorrentes ou intermitentes. É necessário que o empregador esteja de acordo
com tal substituição, ou seja, não pode ser um ato unilateral por parte do
empregado. 
Em seguida temos o requisito da onerosidade onde a relação de emprego é
uma relação essencialmente de cunho econômico, pois, em razão da prestação
de serviço deve existir uma contraprestação pecuniária, assim, o empregador
se obriga a pagar salário ao empregado. Caso haja gratuidade ou
voluntariedade na prestação do serviço não será considerada a relação
emprego.
Depois temos o requisito da não eventualidade demandando empregado
à prestação de trabalho contínua, não esporádica, com expectativa de retorno
e permanência, ou seja; é eventual, é um trabalho que tem previsão de se
repetir futuramente ainda que de modo intermitente, neste caso ocorrendo com
fixação jurídica através do contrato de trabalho.
Por fim, temos o requisito da subordinação ou dependência, trata-se do
requisito que demonstra a sujeição do empregado às ordens do empregador
que possui o direcionamento da energia de trabalho, ou seja, é um estado
jurídico em que o empregado se obriga a acolher às ordens do empregador em
razão do contrato de trabalho.  Porém, essa subordinação é apenas jurídica,
porque está relacionada ao contrato de trabalho e ao poder de direção que o
empregador tem em relação às atividades desempenhadas.
Portanto, para que fique configurado o vínculo de emprego é necessário
que todos os requisitos estejam presentes; pessoalidade, onerosidade,
subordinação, habitualidade e só podendo ser exercido por pessoa física.
Tratando do Tema Jornada de Trabalho à luz da CLT e tomando o
exposto até aqui, podemos dizer que a jornada de trabalho é o período que o
empregado fica à disposição do empregador, seja produzindo ou apenas a sua
disposição; presencialmente ou fora do estabelecimento. Porém essa
disponibilidade não é ilimitada, ora, quem nunca recebeu aquela mensagem
fora do horário do expediente do empregador pedindo aquele “favorzinho”, pois
é, diante disto a CF/88 estabeleceu limites lá no seu artigo 7, inciso XIII que a
duração normal do trabalho terá 8h diárias e 44h semanais. Contudo a CLT
traz o complemento de que o trabalhado pode fazer até 2h extras por dia,
totalizando 10h diárias, isso está previsto no artigo 58 e 59 da Consolidação
das Lei do Trabalho.

Algumas profissões e como também alguns setores nas empresas podem ter
jornada de trabalho diferenciadas, aja vista a necessidade que atividade exige
do empregado, podemos destacar como tipos de jornadas:

As jornadas especiais em que estão inseridos os artistas, podendo fazer muitos


shows em uma noite, excedendo a quantidade de horas estabelecidos pela
CF/88 e pela CLT;

As Jornadas de 4h horas para aqueles profissionais que exercem atividade


insalubre com é o caso dos técnicos em radiologia, onde manuseiam máquinas
de Raio-x; a Jornada de 5 horas, onde contempla os Jornalista Profissionais,
Editores entre outros; a jornada de 6h para os bancários, engenheiros, por
exemplo; a jornada de 7h para os operadores de telefonia por exemplo.

Com a reforma trabalhista, 2017, foi possível flexibilizar as jornadas de


trabalho, desde que empregador e empregado estejam dispostos a isso; essa
flexibilização encontra respaldo lá no artigo 59-A da CLT; É facultado às
partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas
por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os
intervalos para repouso e alimentação. 
Também é possível a jornada de trabalho por Compensação em que se
trabalha 8h48 de segunda-feira a sexta-feira, assim, não havendo necessidade
de trabalhar aos sábados, já que as 44h semanais foram cumpridas.
Dentro dos tipos de jornadas de trabalho temos as seguintes: aquelas
que são de 44h semanais em que podem ser de segunda a sexta-feira 5x2 e as
de segunda-feira a sábado 6x1 e 220h mensais; aquelas de 40h semanais 5x2
e 6x1, 200h mensais; aquelas que são de 36h principalmente para as áreas de
telemarketing, 180h mensais, essas tendo regras próprias de intervalos e
pausas; aquelas de 12h x 36h, ou seja, de plantões, com folga de 36h.
É preciso salientar também os horários que são reservados ao repouso
e à alimentação durante a jornada de trabalho, devendo ser observado para
isso o total de horas que são trabalhadas. Para isso é preciso observar o que
dispõem o §3º, artigo 71 da CLT: O limite mínimo de uma hora para repouso ou
refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se
verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências
concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos
empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas
suplementares.
Se a jornada de trabalho tem duração entre 4 a 6 horas o intervalo seria
de 15 minutos, é o que dispõem o artigo 71, §2º da CLT; Se este é contratado
para trabalhar 6h diárias mas faz com habitualidade hora extra terá duração do
intervalo de 1; já para as jornadas de Telemarketing com duração de 6h terá
duração de 20 minutos, mais duas pausas de 10 minutos corridos cada; para
as jornadas entre 6 a 8 horas diárias terá de intervalo de 1 até 2h é o que está
previsto no artigo 71, §2º da CLT. O artigo 71 §2º da CLT traz em sua redação
que os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho,
ou seja, somente o período quem o empregado está trabalhando que será
computado. Já no artigo 66 da CLT a previsão é a de que o intervalo entre
uma jornada e outra deve ser de no mínimo 11h, para que seja preservada a
saúde do trabalhador. Na jornada parcial não está presente o requisito da
continuidade tendo limite de 30 horas semanas, não sendo permitido que se
façam horas extra, caso seja jornada de 26 serão permitidas horas extras até o
limite de 6h por semana; na jornada intermitente o trabalhador só pode
trabalhar por um período determinado ou um trabalho específico, ou seja, sem
continuidade, não podendo exceder o limite máximo de 44h semanais e 220h
horas mensais, sendo o pagamento foi por horas trabalhadas; para as jornadas
noturnas ocorrendo durantes os períodos de 22h a 5h o empregado deve
receber acréscimo de 20% a mais a ser pago pela hora trabalhada no período
diurno; por fim, vale ressaltar que o período de deslocamento para o trabalha
não conta como jornada de trabalho. É possível a contagem de banco de horas
sendo estas paga nos períodos de até 6 meses.
Com a evolução da sociedade e do direito percebemos que o
trabalhador, hipossuficiente, em relação ao empregador, precisa de leis que
efetivam seus direitos que muitas vezes são lesados; com a reforma trabalhista
houve alterações que beneficiaram a vida do trabalhador que se encontra em
uma situação de desigualdade; estando presentes o requisitos para
caracterizar a relação de emprego e este se enquadrando dentro das jornada
de trabalho o empregado pode pleitear seus direitos e cumprir suas obrigações
tendo papel de destaque como cidadão na sociedade.

Você também pode gostar