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TEMA DO TRABALHO
JORNADA DE TRABALHO
Os pontos alterados após a reforma trabalhista aprovada em 2017 foram:
Banco de horas: a reforma trabalhista trouxe de mudança para a modalidade de banco foi a
possibilidade de sua adoção mediante acordo individual entre empregador e funcionário, sem
a necessidade de interferência do sindicato da categoria, tornando mais fácil que empresas e
colaboradores usufruam da modalidade. Entretanto, é importante lembrar que nesses casos, a
compensação do banco deverá ocorrer em no máximo 6 meses.
Intervalo intrajornada (pausa para almoço): a pausa para almoço também foi uma das
alterações trazidas pela reforma. O novo texto altera o parágrafo 4°, e deixa mais claro que a
concessão parcial ou a supressão do horário de almoço, acarretará à empresa o pagamento do
tempo suprimido de pelo menos 50% sobre o valor da hora de trabalho normal do colaborador.
Jornada parcial: com a entrada da reforma, a jornada parcial passou a ser dividida em duas
opções, sendo elas: contrato de até 30 horas por semana sem possibilidade de hora
extra; contrato de até 26 horas com possibilidade de 6 horas extras. Antes, o trabalho em
jornada parcial só poderia ter duração máxima de 25 horas semanais, sem a possibilidade de
hora extra. Ainda com as possibilidades trazidas pela reforma, é possível que uma jornada
parcial seja inferior às 26 horas semanais. Contudo, qualquer hora além das acordadas em
contrato serão consideradas horas extras, e também só poderão ser de até 6 horas semanais.
Essas horas suplementares também podem ser compensadas de forma direta na semana
posterior àquela em que foram executadas.
Horas in itinere: antes da reforma, era compreendido que o tempo de deslocamento fazia
parte da jornada de trabalho quando o local fosse de difícil acesso, não servido de transporte
público ou quando o deslocamento era feito por condução fornecida pelo empregador.
Todavia, após a alteração da lei, as horas in itinere não fazem mais parte da jornada de
trabalho, seja qual for o meio utilizado pelo colaborador para chegar ao seu trabalho.
Escala ou Jornada 12 x 36: antes da reforma, essa modalidade só poderia ser adotada por
algumas categorias, mas, com a redação do artigo 59-A, agora pode ser adotada mediante
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Entretanto, é
importante ressaltar que os intervalos para repouso e alimentação devem ser feitos dentro
dessa jornada.
FÉRIAS
Novas regras após reforma trabalhista:
Parcelamento das férias: a nova redação estipulada pela reforma trabalhista altera o §1º do
artigo 134 da CLT. Agora, desde que haja concordância do empregado, as férias podem ser
parceladas em até 3 períodos. Um deles não pode ser inferior a 14 dias corridos enquanto os
demais não podem ser inferiores a 5 dias corridos cada um.
Quem tem a permissão de parcelar férias?: segundo a CLT, trabalhadores menores de 18 anos
e maiores de 50 eram obrigados a tirar férias depois do período aquisitivo por 30 dias corridos.
Porém, esse dispositivo foi alterado pela reforma trabalhista. Agora, todos os colaboradores,
independente da idade, terão a opção de dividir as férias. Vale ressaltar, que o estudante
menor de 18 anos terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
Início das férias: O início das férias, de acordo com o § 3º do artigo 134 da CLT, deve acontecer,
no mínimo, 2 dias antes de feriados ou do dia de repouso semanal remunerado.
Férias de 30 dias para colaboradores com contrato de regime parcial: a redação antiga do
artigo 130 da CLT admitia que colaboradores contratados no regime parcial, que cumpriam até
5 horas diárias, tinham o direito de 18 dias de férias no ano. Com a reforma trabalhista, o
trabalhador em contrato de regime parcial tem o direito a 30 dias de férias, tal qual os
funcionários que atuam em tempo integral.
TERCEIRIZAÇÃO
A Lei nº. 13.429, publicada no Diário Oficial da União em 31 de março de 2017, alterou
dispositivos da Lei 6.019, de 3 de janeiro de 1974, que dispõe sobre o Trabalho Temporário, e
definiu parâmetros legais para a Prestação de Serviços a Terceiros.
Art. 1º Os arts. 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 9º, 10, o parágrafo único do art. 11 e o art. 12 da Lei nº 6.019,
de 3 de janeiro de 1974 , passam a vigorar com a seguinte redação:
Art. 4º - conceito de empresa de trabalho temporário deixa claro que só pode intermediar a
pessoa jurídica registrado no MTE. Não é exigido para terceirização geral.
Art. 5º - Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela equiparada que
celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a empresa definida no art. 4º desta
Lei.” (NR)
Art. 10 º. qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de
emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário.
§ 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do
prazo estabelecido no § 1 o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições
que o ensejaram.
Art. 2º A Lei n o 6.019, de 3 de janeiro de 1974, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts.
4º-A, 4 º-B, 5º-A, 5º-B, 19-A, 19-B e 19-C:
Art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa jurídica de direito privado
destinada a prestar à contratante serviços determinados e específicos.
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de R$ 25.000,00 (vinte e
cinco mil reais);
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo de R$ 45.000,00
(quarenta e cinco mil reais);
d) empresas com mais de cinqüenta e até cem empregados - capital mínimo de R$ 100.000,00
(cem mil reais);
Art. 5º-A- Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de
prestação de serviços determinados e específicos.
IV - valor.”
Art. 19-A. O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita a empresa infratora ao pagamento
de multa. Parágrafo único. A fiscalização, a autuação e o processo de imposição das multas
reger-se-ão pelo Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.”
“Art. 19-B. O disposto nesta Lei não se aplica às empresas de vigilância e transporte de valores,
permanecendo as respectivas relações de trabalho reguladas por legislação especial, e
subsidiariamente pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n o
5.452, de 1 o de maio de 1943.”
“Art. 19-C. Os contratos em vigência, se as partes assim acordarem, poderão ser adequados aos
termos desta Lei.”
Bibliogaria: Aula - Lei 13.429/2017 - Comentários à "Lei da Terceirização" - Prof.ª Msª. Débora
Pereira Chaves – YouTube - https://youtu.be/pZArDG51GSs
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Mudanças depois da reforma da previdência:
Observação: essas novas regras são válidas para os servidores públicos federais, empregados
CLT, empregados domésticos e trabalhadores avulsos.
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS
A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), alterou profundamente a CLT e normas esparsas
relacionadas, como a Lei 8.212/1991. Há novidades que têm reflexos tributários, pois aspectos
das hipóteses de incidência das contribuições previdenciárias sobre verbas usualmente
pagas foram modificados.
As rubricas que merecem atenção são: a ajuda de custo, as diárias para
viagem, os prêmios e os abonos. A habitualidade, antes premissa suficiente para a
caracterização da natureza salarial, foi expressamente afastada. Valores pagos com estas
naturezas não serão mais incorporados aos salários, para efeitos trabalhistas (reflexos),
tampouco ao salário de contribuição, para efeitos previdenciários (contribuições), ainda que
pagos habitualmente.
Contudo, essas importantíssimas modificações não implicam autorização para a utilização
indiscriminada destes “títulos”, com o objetivo de evitar as contribuições previdenciárias.
Todos os aspectos jurídicos definidores de cada verba devem estar presentes, do contrário, os
pagamentos poderão ser integrados aos salários para efeitos trabalhistas e previdenciários.
Tal qual antes da reforma, o pagamento da ajuda de custo permanece exigindo a correlação
com as despesas suportadas, devendo ser possível demonstrar a adequação econômica dos
valores.
Um bom exemplo é o custeio da moradia no Brasil de colaboradores expatriados. Com a
mudança legislativa, o risco da integração dos pagamentos a título de house
allowance (aluguel; reembolso de aluguel; hotel) aos salários pela falta de previsão contratual
de termo para a extinção do benefício fica bastante reduzido. Entretanto, se a importância
mensal da ajuda for evidentemente superior ao que seria gasto, considerando a situação
concreta (cidade, localização da empresa, tipo de imóvel etc), há grandes chances da
desconsideração da ajuda de custo e de que em eventuais discussões trabalhistas e/ou fiscal
a natureza salarial seja reconhecida, com a consequente exigência das contribuições
previdenciárias.
As mesmas ressalvas quanto à pertinência entre pagamentos e despesas aplicam-se às diárias
de viagem. Por mais que o limite para o pagamento das diárias em até 50% do total do salário
tenha sido revogado, seguramente o empregador não poderá utilizar essa rubrica em
substituição à remuneração do próprio trabalho, o que poderá ser evidenciado, por exemplo,
no caso de o valor ser flagrantemente superior ao custo diário razoavelmente estimado das
viagens realizadas.
As maiores discussões, todavia, envolverão os prêmios e abonos. Estas verbas não são
definidas pela legislação de modo preciso e acabam sendo adotadas com excessiva
liberalidade, muitas vezes em situações claramente contrárias à melhor interpretação das
novas normas.
Com efeito, a CLT define os prêmios como os pagamentos “por liberalidades concedidas pelo
empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de
empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de
suas atividades.” (art. 457, §4º).
A confirmação da natureza não salarial e, portanto, da não incidência das contribuições
previdenciárias depende do conceito de “desempenho extraordinário”, parecendo evidente
que o pagamento não pode decorrer de objetivos que usualmente seriam atingidos por
trabalhadores em situações normais e equivalentes ao do colaborador premiado. Deve ser
possível demonstrar quais são os resultados esperados do homem médio e quais os índices
que caracterizam a superação desses níveis e, essencialmente, o efetivo atingimento destes
patamares pelo trabalhador. Uma boa política interna de premiação, divulgada com
antecedência, devidamente aferida e registrada pode ser um bom começo.
E, por fim, em relação aos abonos, não há definição legal expressa, o que dificulta ainda mais
uma análise conclusiva. Porém, a partir de outras fontes do direito, em especial
a jurisprudência e os costumes, é possível conceituar o abono como importância paga
em compensação à supressão de direito garantido na lei ou contratualmente ao trabalhador.
Os exemplos mais conhecidos são o abono de férias – conversão em dinheiro de 1/3 das férias
– e o abono salarial pela postergação negociada da data base de atualização de salários. Assim,
a regularidade de qualquer abono depende da demonstração objetiva de que serve à
compensação de direito não exercido pelo empregado, sob pena de ser declarada sua
natureza salarial.
O aluno deverá abordar o que foi alterado com a Reforma Trabalhista,atendendo os tópicos
solicitados.