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Unidade II
JORNADA DE TRABALHO
CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
Do Francês: Jour = Dia
FUNDAMENTOS: tem por objetivo tutelar a integridade física e psicológica do trabalhador. Portanto, não se trata de
conteúdo estritamente econômico, mas normas de saúde e proteção do trabalhador.
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Vide novo conceito trazido pelo art. 611-B, Parágrafo Único, CLT
JORNADA DE TRABALHO
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DURAÇÃO
NORMAL diz-se jornada de duração normal, aquela prestada em respeito à
limitação constitucional, sendo de 8h diárias e 44h semanais.
OBS: Pode, no entanto, haver previsão legal ou convencional mais benéfica ao
empregado ou a certas categorias ou formas de trabalho, fixando jornada
normal inferior ao referido módulo.
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OBSERVAÇÃO:
Há diferença conceitual entre Jornada de Trabalho
e Horário de Trabalho. Este último indica a hora
de início e término da jornada, bem como os
intervalos. Já a jornada é a quantidade de horas a
que se vincula o empregado.
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JORNADA DE TRABALHO
CONCEITO E CARACTERÍSTICAS
TEMPO EFETIVAMENTE TRABALHADO: corresponde ao
espaço de tempo em que há efetiva prestação de serviços.
≠
TEMPO À DISPOSIÇÃO: tempo em que o empregado permanece à
disposição do empregador, independentemente de ocorrer ou não
a efetiva prestação de serviços
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Art. 4º, CLT
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Se o empregado encontra-se à
disposição do empregador, haverá
a efetiva contagem da jornada de
trabalho
“
TEMPO À DISPOSIÇÃO
(Art. 4°, §2° da CLT)
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JORNADA DE TRABALHO
LIMITES: JORNADA PADRÃO
A limitação da jornada de trabalho é fixada por norma constitucional. Trata-se
do art. 7°, XIII:
“XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo
ou convenção coletiva de trabalho;”
TEMPO DE DESLOCAMENTO
O §2°, art. 58 da CLT dispunha: O tempo despendido pelo
empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por
qualquer meio de transporte, não será computado na jornada
de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso
ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a
condução.
Jornada In Itinere
OBS: redação anterior à reforma trabalhista. 12
CONCEITOS CORRELATOS
JORNADA IN ITINERE
OBS: Com base nisso, a súmula n° 90, I do TST também deverá sofrer
alteração.
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CONCEITOS CORRELATOS
TEMPO DE DESLOCAMENTO
O §2°, art. 58 da CLT dispunha: § 2º O tempo despendido pelo
empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do
posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por
qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo
empregador, não será computado na jornada de trabalho, por
não ser tempo à disposição do empregador.
TEMPO DE PRONTIDÃO
Instituído, inicialmente, para os ferroviários no art. 244, §3° da
CLT:
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas
dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de
prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de
prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de 2/3
(dois terços) do salário-hora normal.
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“
CONCEITOS CORRELATOS
TEMPO DE SOBREAVISO
Também instituído, inicialmente, para os ferroviários no art. 244,
§2° da CLT:
§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que
permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer
momento o chamado para o serviço. Cada escala de
"sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As
horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à
razão de 1/3 (um terço) do salário normal.
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“
CONCEITOS CORRELATOS
BIPS, PAGERS, CELULAR E OUTROS INSTRUMENTO DE
COMUNICAÇÃO
O avanço tecnológico tem provocado situações novas que suscitam debates acerca da
possibilidade de incidência da figura especial do tempo de sobreaviso.
Súmula 428 do TST
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação alterada na sessão
do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e
27.09.2012
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao
empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal
por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou
equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de
descanso.
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OBSERVAÇÃO:
Após convocado ao trabalho, seja por celular,
bip, ou qualquer outro meio, o empregado que
atenda à convocação e compareça ao local de
trabalho passa, automaticamente, a ficar à
disposição do empregador, prestando horas
normais de serviço.
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TRABALHO
EXTRAORDINÁRIO
JORNADA DE TRABALHO
JORNADA EXTRAORDINÁRIA
Possibilidades de extrapolação do limite:
- Necessidade Imperiosa de Serviços: decorre do jus variandi
empresarial, exigindo-se o seu cumprimento:
a) Força maior (art. 61, §2° CLT) – Jornada máxima de 12 horas
b) Recuperação do tempo perdido em decorrência do motivo de força maior –
pode-se exigir, no máximo, 2h extras (Art. 61, §3°, CLT);
c) Serviços inadiáveis ou cuja execução possa acarretar prejuízos manifestos
ao empregador; 23
JORNADA DE TRABALHO
JORNADA EXTRAORDINÁRIA
Possibilidades de extrapolação do limite:
- Previsão expressa em Acordo Individual ou Norma Coletiva;
De acordo com o art. 59, CLT, nessa situação, as horas extras não poderão ser
excedentes a duas.
Ou seja, a jornada máxima do trabalhador (considerando a jornada padrão), não
poderá ser superior a 10h diárias.
OBS: não havendo acordo individual ou norma coletiva, a recusa do empregado em
cumprir a jornada extraordinária não configura insubordinação.
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EFEITOS DA EXTRAPOLAÇÃO DE
JORNADA
A extrapolação do regime normal de jornada pode gerar alguns
efeitos:
HORAS EXTRAS
Um dos efeitos da extrapolação do limite de jornada diário é o
pagamento das horas extras;
HORAS EXTRAS
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“
Cálculo das Horas Extras:
Art. 64, CLT:
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Cálculo das Horas Extras:
Cálculo do Salário-hora:
Considerando o salário mensal de R$ 1.100,00 e a jornada padrão
Passo 1 - Apura-se a média da quantidade de horas que o trabalhador efetivamente labora por
dia:
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44h ÷ 6dias = 7,33 horas por dia.
Cálculo das Horas Extras:
Cálculo do Salário-hora:
Considerando o salário mensal de R$ 1.100,00 e a jornada padrão
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Cálculo das Horas Extras:
João recebe um salário mensal de R$ 1.500,00,
trabalhando 44h semanais. Considerando que o mesmo
teve que laborar em sobrejornada num total de 12 horas
extras, quanto João deverá receber a esse título?
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JORNADA DE TRABALHO
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JORNADA DE TRABALHO
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JORNADA DE TRABALHO
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COMPENSAÇÃO
DE JORNADA
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COMPENSAÇÃO DE
JORNADA
TÍTULO JURÍDICO AUTORIZADOR:
◉ Acordo Tácito;
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
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JORNADA DE TRABALHO
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
Acordo Individual Escrito Autoriza a pactuação do Banco de Horas com
prazo para compensação fixado em até 06 (seis) meses. Art. 59,§5°, CLT.
OBSERVAÇÃO: o termo “Banco de Horas” só serve para conceituar compensações com prazo superior a 01 mês
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COMPENSAÇÃO DE JORNADA
GENERALIDADES:
❑ Permite a prorrogação de 02 horas ao dia (se
considerada a jornada padrão). De acordo com o §2°
do art. 59, é lícita a compensação desde que não “seja
ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias”.
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COMPENSAÇÃO DE JORNADA
GENERALIDADES:
❑ De acordo com o entendimento firmado pela Súmula
n° 85, TST, a prestação de horas extras habituais
descaracteriza o acordo de compensação, devendo ser
paga a sobrejornada acrescida do adicional.
OBS: A reforma trabalhista alterou esse entendimento,
inserindo o art. 59-B, parágrafo único na CLT.
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BANCO DE HORAS
SÚMULA N° 85, TST: deve ter sua redação significativamente alterada
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo coletivo ou
convenção coletiva.
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em sentido contrário.
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando encetada
mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária,
se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as
horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto
àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de
horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
VI. NÃO É VÁLIDO ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA EM AMBIENTE INSALUBRE, ainda que estipulado
em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art.
60 da CLT. (vide art. 611-A, XIII, CLT) 51
JORNADA DE TRABALHO
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JORNADAS ESPECIAIS
JORNADA 12 X 36
Constitui exceção ao padrão geral limitador (8 horas diárias), haja
vista ser considerado benéfico ao trabalhador, eis que o
quantitativo mensal é inferior (inclusive, o divisor utilizado é 210 e
não 220). Se em uma semana o trabalhador labora 48h, na semana
seguinte faz 36h.
JORNADA 12 X 36
A Reforma Trabalhista alterou alguns preceitos relativos à Jornada
12 por 36:
- Descanso Semanal Remunerado;
- Feriados Trabalhados;
- Prorrogação do Trabalho Noturno
JORNADA 12 X 36
FORMA DE PACTUAÇÃO: ainda de acordo com o art. 59-A, a
jornada 12 x 36 poderá ser pactuada por ACORDO INDIVIDUAL,
CONVENÇÃO COLETIVA OU ACORDO COLETIVO.
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TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
CONCEITO
Trabalho em horário com sucessivas modificações, variando entre
o diurno e noturno. Esclarece o TST que “não se exige que o
empregado trabalhe necessariamente nos três turnos, mas que
haja alternância de turno, ora diurno, ora noturno, no todo ou em
parte, o que é suficiente para caracterizar o gravame à saúde do
trabalhador”
Art. 7°, XIV, CF/88: XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,
salvo negociação coletiva;
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CONTRATAÇÃO A TEMPO PARCIAL
CONCEITO
Forma de contratação específica para o cumprimento de
jornada inferior à padrão constitucional. O salário
também deve ser pago de forma proporcional. Tal
instituto foi significativamente alterado pela Reforma
Trabalhista, inserindo o art. 58-A, CLT
OBS: O regime não abrange, é obvio, empregados que tenham jornada especial reduzida por força de norma jurídica
própria. É que nesses casos a jornada foi reduzida pela lei em virtude do trabalho especialmente desgastante de tais
profissionais (trabalho em mina de subsolo; câmara frigorífica; telemarketing) 58
CONTRATAÇÃO A TEMPO
PARCIAL
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas semanais, sem a
possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a
possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
§ 1° O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados
que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
§ 2° Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na
forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva.
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento)
sobre o salário-hora normal.
§ 4° Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas
semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3°,
estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.
§ 5° As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até a semana imediatamente
posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam
compensadas.
§ 6° É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do período de férias a que tiver direito
em abono pecuniário.
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§ 7° As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.
CONTRATAÇÃO A TEMPO PARCIAL
CARACTERÍSTICAS
Em relação ao quantitativo de horas, é possível a contratação ser:
- Com duração não superior 30 horas semanais, SEM a possibilidade de horas extras;
- Com duração não superior a 26 horas, COM a possibilidade de até 06 horas extras
semanais;
DEMAIS CARACTERÍSTICAS:
- O salário deve ser proporcional à jornada, em relação aos empregados que
cumprem, nas mesmas funções, tempo integral;
- As horas extras (na segunda modalidade acima) serão pagas com o adicional de no
mínimo 50%, CALCULADAS SOBRE O VALOR DA HORA NORMAL;
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CONTRATAÇÃO A TEMPO PARCIAL
CARACTERÍSTICAS
- Na hipótese de ser contratada jornada inferior à 26 horas semanais, as horas
suplementares a esse quantitativo serão consideradas horas extras e são limitadas a
6;
- As horas suplementares poderão ser compensadas ATÉ A SEMANA
IMEDIATAMENTE POSTERIOR À DA SUA EXECUÇÃO;
- O empregado terá o mesmo direito às férias previsto para os empregados que
cumprem jornada integral.
OBS: para os atuais empregados que prestam atividade em tempo integral, somente será lícita a
alteração mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em norma coletiva
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GENERALIDADES
ANOTAÇÃO DO REGISTRO DE HORÁRIO:
De acordo com o art. 74, CLT, o horário de trabalho deve ser anotado em registro
de empregados.
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a anotação
da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções
expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
permitida a pré-assinalação do período de repouso.
§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará do
registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste
artigo.
§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada regular de trabalho,
mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 62
GENERALIDADES
MINUTOS QUE ANTECEDEM OU SUCEDEM A JORNADA:
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto, não excedentes de 05 minutos,
observado o limite máximo de dez minutos diários (art. 58, §1°, CLT).
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JORNADA NOTURNA
CONCEITO
Jornada de trabalho compreendida entre as 22h00 de um dia e as
05h00 do dia seguinte. A prestação de trabalho noturno é mais
desgastante para o trabalhador, daí a necessidade de
regulamentação diferenciada.
RESTRIÇÕES: aos menores de 18 anos, é vedada a prestação de
trabalho noturno.
OBS: as normas que vedam o trabalho noturno da mulher (arts. 379 e 380 da
CLT) não foram recepcionadas pela constituição.
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JORNADA NOTURNA
CARACTERÍSTICAS
- A CLT (Art. 73, §1°) considera a hora noturna urbana
menor do que a hora diurna, equivalendo a 52’30’’ (e
não 60’);
- Trabalho prestado entre as 21:00 e as 05:00 do dia
seguinte, se em meio rural e nas atividades de lavoura;
- Trabalho prestado entre as 20:00 e as 04:00 do dia
seguinte, se em meio rural e nas atividades de pecuária;
Obs: nas 2 situações acima, não se aplica a redução da hora noturna. 65
JORNADA NOTURNA
CARACTERÍSTICAS
- O art. 7°, IX da CF/88 estabelece “a remuneração do
trabalho noturno superior à do diurno”. Nesse sentido, o
trabalho realizado em jornada noturna é remunerado
com um adicional noturno que, em meio urbano, é
equivalente a 20% (vinte por cento) sobre a
remuneração e, em meio rural, 25%;
O empregado que trabalhava no período noturno, recebendo o adicional equivalente, passando a trabalhar em período diurno pode ter o
seu adicional suprimido?
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JORNADA NOTURNA
CARACTERÍSTICAS
- Na jornada 12 x 36, deve ser aplicada a redução da hora noturna para o
trabalho prestado entre as 22h00 e as 05h00 do dia seguinte;
- De acordo com a súmula n° 60, II e OJ 388, ambas do TST, as horas
trabalhadas após as 05 da amanhã, numa jornada que compreenda a
totalidade do período noturno, devem ser consideradas também como
noturnas. Por exemplo, o empregado que trabalha das 00h00 às 07h00, as
horas compreendidas após as 05h00 (até as 07h00), são consideradas
noturnas.
Exceção: jornada 12 x 36, conforme visto
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PERÍODOS DE DESCANSO
CARACTERÍSTICAS
Tratam-se de lapsos temporais regulares, remunerados ou
não, situados intra ou intermódulos diários, semanais ou
anuais do período de labor, em que o empregado pode
sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade
perante o empregador, com o objetivo de recuperação e
implementação de suas energias ou de sua inserção
familiar, comunitária e política.
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PERÍODOS DE DESCANSO
MODALIDADES
• Descansos Intrajornada;
• Descansos Interjornada;
• Descanso Intersemanal;
• Descansos em Feriados;
• Descansos Anuais;
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PERÍODOS DE DESCANSO
INTERVALO INTRAJORNADA
Os intervalos intrajornada são lapsos temporais regulares,
remunerados ou não, situados no interior da duração diária de
trabalho, em que o empregado pode sustar a prestação de
serviços e sua disponibilidade perante o empregador. O objetivo é
fazer com que o empregado possa recuperar suas energias, no
contexto da concentração temporal de trabalho.
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PERÍODOS DE DESCANSO
INTERVALO INTRAJORNADA
As normas jurídicas concernentes à jornada e intervalos não são
dispositivos estritamente econômicos, já que podem alcançar, em
certos casos, o caráter determinante de regras de medicina e
segurança do trabalho, portanto, normas de saúde pública.
Possibilidade de Flexibilização. Art. 611-A, III, CLT
INTERVALO INTRAJORNADA
GENERALIDADES:
◉ Os intervalos intrajornada podem ser comuns, quando
abrangentes das diversas categorias integrantes do mercado de
trabalho, ou especiais, quando característicos a determinadas
categoriais profissionais;
◉ A regra geral é que os intervalos intrajornada NÃO constituem
lapsos temporais remunerados, uma vez que nem são
laborados, nem constituem tempo à disposição do empregador.
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PERÍODOS DE DESCANSO
INTERVALO INTRAJORNADA
GENERALIDADES:
◉ A jurisprudência pacificou o entendimento de que a criação
infralegal de intervalos não pode prejudicar o trabalhador,
ampliando-lhe o tempo despendido em torno das
circunstâncias envolventes à prestação diária de serviços. Por
essa razão, a súmula n° 118 do TST diz:
“Os intervalos concedidos pelo empregador na jornada de trabalho, não previstos em lei,
representam tempo à disposição da empresa, remunerados como serviço extraordinário, se
acrescidos ao final da jornada.”
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PERÍODOS DE DESCANSO
INTERVALO INTRAJORNADA
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PERÍODOS DE DESCANSO
INTERVALO INTRAJORNADA
Intervalos Especiais Remunerados x Não Remunerados
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PERÍODOS DE DESCANSO
O art. 611-A, III, por sua vez, traz os limites sobre o intervalo intrajornada
mínimo.
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PERÍODOS DE DESCANSO
INTERVALOS INTERJORNADA
Lapso temporal mínimo entre uma jornada e outra
imediatamente posterior.
INTERVALO INTERJORNADA
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PERÍODOS DE DESCANSO
INTERVALOS INTERSEMANAL
É o intervalo que separa uma semana de trabalho de outra.
Também conhecido como DSR – Descanso Semanal
Remunerado.
O objetivo é assegurar ao trabalhador lapsos temporais diários e semanais mínimos para sua fruição pessoal, inserção no contexto
familiar e comunitário, cujo conteúdo é irrenunciável. 83
PERÍODOS DE DESCANSO
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PERÍODOS DE DESCANSO
FÉRIAS
Visam garantir a recuperação da saúde e segurança
laborativa; reinserção familiar, comunitária e política do
trabalhador.
Possui caráter imperativo, não podendo, portanto, ser objeto de
renúncia ou transação lesiva. Trata-se, desse modo, de direito
indisponível. Não há, assim, a possibilidade de sua conversão (na
integralidade) em pecúnia.
No entanto, atenuando tal regra, a CLT passou a admitir a conversão pecuniária de 1/3 das férias (o chamado abono de férias). Ou seja,
tornou-se permitido a “venda” de 1/3 das férias.
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PERÍODOS DE DESCANSO
PERÍODO AQUISITIVO
Corresponde a cada ciclo de 12 meses contratuais (art. 130, Caput,
CLT), oportunidade em que o empregado adquire o direito a 30
(trinta) dias de férias.
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PERÍODOS DE DESCANSO: FÉRIAS
GENERALIDADES
◉ Cada fração temporal do mês/calendário superior a 14 dias
conta-se como um mês (art. 146, P.U da CLT).
◉ O início da fluência do período aquisitivo dá-se com o termo
inicial do contrato.
◉ O aviso-prévio, mesmo que indenizado, integra o período
aquisitivo das férias, uma vez que é considerado tempo de
serviço para todos os efeitos.
◉ também se computa como parte do novo período aquisitivo o lapso
temporal de gozo das férias referentes a período aquisitivo anterior 88
PERÍODOS DE DESCANSO: FÉRIAS
ASSIDUIDADE
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PERÍODOS DE DESCANSO: FÉRIAS
FATORES PREJUDICIAIS ÀS FÉRIAS
De acordo com o art. 133, CLT:
Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período
aquisitivo:
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias
subseqüentes à sua saída;
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30
(trinta) dias;
III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias,
em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho
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ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
PERÍODOS DE DESCANSO: FÉRIAS
FATORES PREJUDICIAIS ÀS FÉRIAS
GENERALIDADES:
◉ De acordo com a súmula n° 261 do TST, havendo hipótese de
pedido de demissão antes de completar o período aquisitivo
por inteiro, o empregado terá direito às férias proporcionais.
◉ O empregado demitido POR JUSTA CAUSA, na forma do art.
146, parágrafo único da CLT, perde o direito às férias
proporcionais;
92
PERÍODOS DE DESCANSO
PERÍODO CONCESSIVO
93
PERÍODOS DE DESCANSO
PERÍODO CONCESSIVO
PERÍODO CONCESSIVO
Como dito, a época de concessão das férias será de acordo com os
interesses empresariais, respeitados os seguintes parâmetros:
◉ Observância ao prazo do período concessivo;
◉ O estudante menor de 18 anos tem direito a fazer coincidir suas férias
trabalhistas e escolares;
◉ Os membros de uma mesma família têm direito de usufruírem suas férias
no mesmo período, desde que não resulte em prejuízo para o
empregador;
◉ Proibido o início das férias no período de dois dias que antecede feriado
ou dia de DSR;
95
PERÍODOS DE DESCANSO
99
PERÍODOS DE DESCANSO
100
PERÍODOS DE DESCANSO
FÉRIAS COLETIVAS
◉ Regulamentado pelo art. 139, CLT.
◉ Faz-se necessário que o empregador comunique à DRT e
sindicatos obreiros 15 dias antes das datas de início e término
da paralisação, afixando avisos nos locais.
◉ Um novo período aquisitivo iniciar-se-á tão logo o empregado
retorne ao serviços;
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
102
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
DISTINÇÃO CONCEITUAL
A remuneração pode ser entendida como a contraprestação
recebida pelo empregado, decorrente do contrato de trabalho.
Trata-se de um termo mais amplo, englobando espécies como o
salário e a gorjeta.
Já o salário é a quantia paga “DIRETAMENTE pelo empregador”,
decorrente do contrato de trabalho.
“Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
103
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
DISTINÇÃO CONCEITUAL
Considera-se gorjeta “não só a importância espontaneamente
dada pelo cliente ao empregado, como também o valor cobrado
pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e
destinado à distribuição aos empregados” (art. 457, §3° da CLT).
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
106
REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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EXEMPLOS DE COMPOSIÇÃO DO SALÁRIO
COMISSÕES:
São valores que o empregado recebe do empregador,
normalmente por vendas de certos produtos ou serviços,
podendo ser pagas em valores fixos ou calculadas na forma
de percentuais incidentes sobre os valores dessas vendas.
Desse modo, as comissões, embora sejam em valores
variáveis, integram o salário
Para o cálculo de títulos como férias, 13° salário, Aviso Prévio, etc, apura-se a média das comissões.
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EXEMPLOS DE COMPOSIÇÃO DO SALÁRIO
QUEBRA DE CAIXA:
Comumente pagas àqueles que exercem funções de caixa,
visando a possibilidade de ressarcimento de diferenças
monetárias a ser ressarcidas pelo empregado. Na forma da
Súmula 247 do TST, tal parcela possui natureza salarial.
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EXEMPLOS DE COMPOSIÇÃO DO SALÁRIO
GRATIFICAÇÕES:
parcelas de natureza eminentemente salarial. Ex:
gratificação por tempo de serviço; gratificação por função
de confiança;
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
GORJETAS
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
CARÁTER ALIMENTAR:
O salário atende, regra geral, a um universo de necessidades
essenciais da pessoa humana e de sua família, ensejando um
conjunto de garantias (impenhorabilidade, prevalência frente aos
demais créditos, etc);
INDISPONIBILIDADE:
Não pode ser objeto de renúncia ou transação lesiva;
IRREDUTIBILIDADE:
O salário não pode ser objeto de supressão;
PERIODICIDADE:
Tratando-se de obrigação de trato sucessivo, constitui marca
essencial do salário. No nosso ordenamento, não pode ser
instituída periodicidade superior a 01 mês. 123
CARACTERÍSTICAS SALARIAIS
NATUREZA COMPOSTA:
Se compõe em diversos títulos e não apenas em uma única
rubrica.
OBS: vedação ao salário complessivo.
CARÁTER SINALAGMÁTICO:
A parcela salarial contrapõe-se à obrigação obreira de
prestar serviços.
OBS: a tendência do Direito do Trabalho é considerar o salário como contraprestação DO CONTRATO DE TRABALHO e não
necessariamente a imediata prestação de serviços. Isso explica a obrigação de pagar os salários nas hipóteses de interrupção do
contrato de trabalho.
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COMPOSIÇÃO DO SALÁRIO
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COMPOSIÇÃO DO SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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REMUNERAÇÃO E SALÁRIO
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