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DURAÇÃO DO TRABALHO

– JORNADA DE TRABALHO
Professora Gisele Bolonhez Kucek
Duração do trabalho: lapso temporal em que o
empregado presta serviços ao empregador, ou ainda se
coloca à sua disposição, em virtude do contrato de trabalho.

DURAÇÃO DO
TRABALHO
(gênero)

JORNADA DE HORÁRIO DE DESCANSOS


TRABALHO TRABALHO TRABALHISTAS
Duração do trabalho
 A limitação da jornada de trabalho constitui conquista histórica da classe
trabalhadora.
 São fundamentos de tal limitação da jornada, de forma destacada, aspectos
biológicos, sociais e econômicos.
 NATUREZA JURÍDICA DAS NORMAS QUE VERSAM SOBRE DURAÇÃO DO TRABALHO:
as normas que limitam e regulam a duração do trabalho são normas de medicina
e segurança do trabalho, e, como tais, são normas de ordem pública (também
chamadas cogentes ou imperativas), razão pela qual são irrenunciáveis pelo
obreiro.
 CLT, ART. 611-B Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes
direitos:
(...)
Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são
consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins
do disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Duração do trabalho
 TEMPO COMPUTADO ALÉM DO TEMPO EFETIVAMENTE TRABALHADO: No Brasil, a
jornada de trabalho é composta, conforme o caso, não só pelo tempo
efetivamente trabalhado, mas também por outros módulos de tempo
excepcionais, que, por disposição legal ou por construção jurisprudencial,
integram a jornada.
 COMPOSIÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO: trabalho efetivo; tempo à disposição
do empregador; sobreaviso; prontidão.
 TEMPO À DISPOSIÇÃO: Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período
em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
 CRÍTICA: CONTRATO INTERMITENTE: “o tempo de inatividade não será
considerado tempo à disposição do empregador” (§ 5º do art. 452-A da CLT).
 ATIVIDADES OBRIGATÓRIAS: TEMPO À DISPOSIÇÃO
Duração do trabalho
RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. TEMPO
À DISPOSIÇÃO. PARTICIPAÇÃO NO CURSO TREINET. AUSÊNCIA DE OBRIGATORIEDADE.
HORAS EXTRAS INDEVIDAS. O art. 4º da CLT considera como de serviço efetivo o período
em que o empregado esteja “à disposição do empregador, aguardando ou executando
ordens, salvo disposição especial expressamente consignada”. Interpretando esse
dispositivo, a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho vem se firmando no sentido
de considerar como tempo à disposição do empregador as horas destinadas à
realização de curso de aperfeiçoamento do empregado quando há obrigatoriedade de
participação. Na hipótese dos autos, contudo, o e. TRT excluiu da condenação o
pagamento das horas extras decorrentes da participação no curso “treinet”, por
verificar a sua não obrigatoriedade, na medida em que “não havia qualquer punição
para o empregado que não os realizasse”, a despeito de a reclamada exigir a
realização de cursos como condição para a concessão de promoções. O tempo
despendido com cursos, efetivamente, contribui para o aprimoramento profissional do
empregado, trazendo-lhe benefícios pessoais, pois o torna ainda mais preparado para o
mercado de trabalho. O conhecimento acumulado é um investimento pessoal que não
serve apenas para o labor no reclamado, mas em qualquer outra empresa do mesmo
ramo, de forma que os cursos realizados sem qualquer obrigatoriedade não podem ser
considerados como tempo à disposição do empregador. Recurso de revista conhecido
e não provido. (TST, 5ª Turma, RR-1001680- 06.2015.5.02.0710, Rel. Min.: Breno Medeiros,
Data de Julgamento: 29/08/2018, DEJT 31/08/2018)
Duração do trabalho
 O entendimento jurisprudencial consubstanciado na Súmula nº 429 encontra-se superado pela nova redação dada
ao art. 58, § 2º, da CLT, dada pela Lei nº 13.467/2017:
 [CLT, art. 58] §2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de
trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo
empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.
 O tempo utilizado pelo empregado para atividades de seu interesse não configura tempo à disposição do
empregador:
 4º, § 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do
art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de
insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências
da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
II - descanso; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
III - lazer; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
IV - estudo; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
V - alimentação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
VI - atividades de relacionamento social; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
VII - higiene pessoal; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
Duração do trabalho
 CERTO OU ERRADO?
“Lúcio foi dispensado do emprego, no qual trabalhou de 17/11/2017 a 20/03/2018,
por seu empregador. Na sociedade empresária em que trabalhou, Lúcio batia o
cartão de ponto apenas no início e no fim da jornada efetiva de trabalho, sem
considerar o tempo de café da manhã, de troca de uniforme (que consistia em
vestir um jaleco branco e tênis comum, que ficavam na posse do empregado) e o
tempo em que jogava pingue-pongue após almoçar, já que o fazia em 15 minutos,
e poderia ficar jogando até o término do intervalo integral. Você foi procurado por
Lúcio para, como advogado, ingressar com ação pleiteando horas extras pelo
tempo indicado no enunciado não constante dos controles de horário.
Sobre o caso, à luz da CLT, é correto afirmar que Lúcio não faz jus às horas extras
pelas atividades indicadas, pois as mesmas não constituem tempo à disposição do
empregador”.
 HORAS DO MOTORISTA: 235-C, CLT – TEMPO DE ESPERA (§9º)
Duração do trabalho
 HORAS IN ITINERE:
 As Súmulas 90 e 320 do TST encontram-se superadas a partir da vigência da Lei nº
13.467/2017. ART. 58, §2º
 SOBREAVISO E PRONTIDÃO
 Diante das peculiaridades do trabalho dos ferroviários, a CLT estabeleceu os
critérios específicos de remuneração do tempo à disposição destes
trabalhadores, mitigando a regra do art. 4º celetista mediante a previsão do
tempo de sobreaviso e de prontidão.
 CLT, Art. 244. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de
sobreaviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para
substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.
 SOBREAVISO: não recebe remuneração integral porque o empregado
permanece em sua residência.
Duração do trabalho
 Súmula nº 229 do TST SOBREAVISO. ELETRICITÁRIOS (nova redação) - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003. Por aplicação analógica do art. 244, § 2º, da CLT, as horas
de sobreaviso dos eletricitários são remuneradas à base de 1/3 sobre a totalidade
das parcelas de natureza salarial.
 Súmula nº 428 do TST. SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA
CLT (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) -
Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao
empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a
controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em
regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado
para o serviço durante o período de descanso.
Duração do trabalho
 PRONTIDÃO: foi definida como o tempo gasto pelo ferroviário “que ficar nas
dependências da estrada, aguardando ordens”. Nesta hipótese, a escala de
prontidão será de, no máximo, doze horas, e a hora de prontidão será
remunerada à razão de 2/3 do valor da hora normal de trabalho (art. 244, § 3º,
da CLT)
 Uma vez mais, a CLT excepcionou a si mesma, pois esta situação amolda-se
perfeitamente à prevista no art. 4º, qual seja permanecer o empregado à
disposição do empregador no local de trabalho.
 AERONAUTAS: prontidão é chamado de reserva e é remunerado como hora
normal de trabalho (art. 44, §1º, da Lei nº 13.475/2017)
 EMPREGADO CHAMADO AO SERVIÇO: começa a contar tempo efetivo à
disposição do empregador, com a remuneração integral.
 Matéria suscetível de flexibilização: A convenção coletiva e o acordo coletivo de
trabalho têm prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre o regime de
sobreaviso (art. 611-A, VIII, da CLT).
Duração do trabalho
 Tempo residual à disposição do empregador: excedido o limite residual previsto (cinco minutos),
todo o tempo será considerado como hora extraordinária, inclusive os cinco minutos
inicialmente irrelevantes.
 Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,
não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de
horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de
dez minutos diários.
 Súmula nº 366 do TST. CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM
E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14,
15 e 18.05.2015. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a
totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do
empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo
residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
 Matéria suscetível de flexibilização: A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre a jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais (art. 611-A, I, da CLT) e sobre modalidade de registro de jornada de trabalho (art.
611-A, X, da CLT).
Duração do trabalho
 Tempo residual à disposição do empregador: excedido o limite residual previsto (cinco minutos),
todo o tempo será considerado como hora extraordinária, inclusive os cinco minutos
inicialmente irrelevantes.
 Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada,
não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
 § 1o Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de
horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de
dez minutos diários.
 Súmula nº 366 do TST. CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM
E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14,
15 e 18.05.2015. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a
totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do
empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo
residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
 Matéria suscetível de flexibilização: A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre a jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais (art. 611-A, I, da CLT) e sobre modalidade de registro de jornada de trabalho (art.
611-A, X, da CLT).
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 DECORRE DO PODER DIRETIVO (fiscalização e controle)
 MODALIDADES: a) jornadas controladas; b) jornadas não controladas
 Jornadas controladas: será devido o pagamento do adicional de horas
extraordinárias sempre que a jornada extrapole aquele limite contratualmente
fixado, observados sempre os limites legais e o limite constitucional.
Art. 74. O horário de trabalho será anotado em registro de empregados.
(...)
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória
a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou
eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de
Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação
do período de repouso. (Lei 13.874/2019, 19/09/19)
 Doméstico: o empregador doméstico deve manter controle de ponto
independentemente do número de empregados.
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 VALIDADE DOS CARTÕES PONTO
Súmula nº 338 do TST JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas
as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
25.04.2005
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da
jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação
injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da
jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº
338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em
instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-
1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são
inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras,
que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se
desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)
 entendimento predominante no âmbito do TST, a assinatura do empregado não
constitui requisito formal para validade dos cartões de ponto. (Informativo 92)
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 CERTO OU ERRADO?
“Considere a seguinte situação hipotética. João moveu reclamação trabalhista
contra a empresa em que trabalhava, alegando determinada jornada de
trabalho. A empresa, por sua vez, na audiência de instrução, apresentou, como
única prova, cartões de ponto com registros de jornada uniformes. Nessa
situação, a jornada de trabalho alegada por João na inicial deverá prevalecer
como verdadeira.”
 Matéria suscetível de flexibilização: a convenção coletiva e o acordo coletivo de
trabalho têm prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre a modalidade de
registro de jornada de trabalho (art. 611-A, X, da CLT).
 Controle de jornada de trabalho realizado fora do estabelecimento: 74, § 3º Se o
trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados
constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem prejuízo
do que dispõe o caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 Controle de jornada por exceção: ART. 74, § 4º Fica permitida a utilização de registro
de ponto por exceção à jornada regular de trabalho, mediante acordo individual
escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Lei
nº 13.874, de 2019)
 Tal modalidade de controle de jornada vinha sendo rejeitada há décadas pela
doutrina e pela jurisprudência, porquanto facilita sobremaneira a fraude ao controle
de ponto.
 Com o advento da Reforma Trabalhista de 2017, que estabeleceu a prevalência do
negociado sobre o legislado em matéria de “modalidade de registro da jornada de
trabalho” (art. 611-A, X, da CLT), o registro de ponto por exceção passou a ser
considerado válido, desde que previsto em instrumento coletivo de trabalho.
 CRÍTICA: constitui um dos mais agudos ataques disfarçados à proteção dos direitos
trabalhistas em toda a nossa história recente. Na impossibilidade de reduzir direitos
socais constitucionalmente assegurados, como o direito à remuneração diferenciada
das horas extras, o direito aos descansos e à própria limitação diária e semanal do
trabalho, o legislador simplesmente facilitou a omissão do registro do tempo efetivo
de trabalho, comprometendo indiretamente a fruição dos referidos direitos pelos
trabalhadores.
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 JORNADAS NÃO CONTROLADAS
 Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de
horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho
e Previdência Social e no registro de empregados
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de
departamento ou filial.
III - os empregados em regime de teletrabalho que prestam serviço por produção ou
tarefa. (Redação dada pela Lei nº 14.442, de 2022)
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados
mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança,
compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do
respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 JORNADAS NÃO CONTROLADAS
 os empregados mencionados estão excluídos não só do direito às horas
extraordinárias, como também do direito aos descansos e às regras atinentes ao
horário noturno. Com efeito, o caput do art. 62 faz alusão ao “regime previsto
neste capítulo”, que, no caso, é o “Capítulo II da CLT – Da Duração do Trabalho”.
 Fazem jus, contudo, ao descanso semanal remunerado, pois este é previsto em
Lei específica (Lei nº 605/1949), bem como na CRFB (art. 7º, XV).
 GODINHO:
“Mas atenção: cria aqui a CLT apenas uma presunção – a de que tais
empregados não estão submetidos, no cotidiano laboral, a fiscalização e
controle de horário, não se sujeitando, pois, à regência das regras sobre jornada
de trabalho. Repita-se: presunção jurídica... e não discriminação legal. Desse
modo, havendo prova firme (sob ônus do empregado) de que ocorria efetiva
fiscalização e controle sobre o cotidiano da prestação laboral, fixando fronteiras
claras à jornada laborada, afasta-se a presunção legal instituída, incidindo o
conjunto das regras clássicas concernentes à duração do trabalho”
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 JORNADAS NÃO CONTROLADAS
1. Atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho (art. 62, I): a jornada de
trabalho não é controlada, devido à incompatibilidade entre o controle e a atividade
exercida. O exercício de atividades externas incompatíveis com o controle de horário deve ser
anotado na CTPS do empregado e em seu registro, por força do inciso I do art. 62.
2. Gerentes com poderes de gestão (art. 62, II)
3. Empregados em regime de teletrabalho que prestam serviço por produção ou tarefa (art. 62,
III): Durante muito tempo era controvertida a natureza do vínculo estabelecido no teletrabalho,
havendo quem defendesse que se tratava de mera relação de trabalho, por faltar a
subordinação jurídica que caracteriza a relação de emprego. Sustentava-se, neste sentido,
que o teletrabalhador seria apenas parassubordinado. Tal controvérsia foi eliminada com a
alteração do art. 6º da CLT pela Lei nº 12.551/2011, o qual passou a considerar que “não se
distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no
domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os
pressupostos da relação de emprego” (art. 6º, caput, da CLT), bem como que “os meios
telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de
subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do
trabalho alheio” (art. 6º, parágrafo único, da CLT).
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 TELETRABALHO
Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o
disposto neste Capítulo.
Art. 75-B. Considera-se teletrabalho ou trabalho remoto a prestação de serviços fora das
dependências do empregador, de maneira preponderante ou não, com a utilização de
tecnologias de informação e de comunicação, que, por sua natureza, não configure trabalho
externo. (Redação dada pela Lei nº 14.442, de 2022)
§ 1º O comparecimento, ainda que de modo habitual, às dependências do empregador para a
realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no
estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho ou trabalho remoto.
§ 2º O empregado submetido ao regime de teletrabalho ou trabalho remoto poderá prestar
serviços por jornada ou por produção ou tarefa. (Incluído pela Lei nº 14.442, de 2022)
§ 3º Na hipótese da prestação de serviços em regime de teletrabalho ou trabalho remoto por
produção ou tarefa, não se aplicará o disposto no Capítulo II do Título II desta Consolidação.
§ 4º O regime de teletrabalho ou trabalho remoto não se confunde nem se equipara à ocupação
de operador de telemarketing ou de teleatendimento. (Incluído pela Lei nº 14.442, de 2022)
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
§ 5º O tempo de uso de equipamentos tecnológicos e de infraestrutura necessária, bem
como de softwares, de ferramentas digitais ou de aplicações de internet utilizados
para o teletrabalho, fora da jornada de trabalho normal do empregado não constitui
tempo à disposição ou regime de prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver
previsão em acordo individual ou em acordo ou convenção coletiva de trabalho.
(Incluído pela Lei nº 14.442, de 2022)
§ 6º Fica permitida a adoção do regime de teletrabalho ou trabalho remoto para
estagiários e aprendizes. (Incluído pela Lei nº 14.442, de 2022)
§ 7º Aos empregados em regime de teletrabalho aplicam-se as disposições previstas na
legislação local e nas convenções e nos acordos coletivos de trabalho relativas à
base territorial do estabelecimento de lotação do empregado. (Incluído pela Lei nº
14.442, de 2022)
§ 8º Ao contrato de trabalho do empregado admitido no Brasil que optar pela
realização de teletrabalho fora do território nacional aplica-se a legislação brasileira,
excetuadas as disposições constantes da Lei nº 7.064, de 6 de dezembro de 1982,
salvo disposição em contrário estipulada entre as partes. (Incluído pela Lei nº 14.442,
de 2022)
§ 9º Acordo individual poderá dispor sobre os horários e os meios de comunicação entre
empregado e empregador, desde que assegurados os repousos legais.
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar
expressamente do instrumento de contrato individual de trabalho. (Redação
dada pela Lei nº 14.442, de 2022)
§ 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho
desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
§ 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial
por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de
quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual.
§ 3º O empregador não será responsável pelas despesas resultantes do retorno ao
trabalho presencial, na hipótese de o empregado optar pela realização do
teletrabalho ou trabalho remoto fora da localidade prevista no contrato, salvo
disposição em contrário estipulada entre as partes.
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção
ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e
adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de
despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.
Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a
remuneração do empregado.
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e
ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de
trabalho.
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade
comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.
Art. 75-F. Os empregadores deverão dar prioridade aos empregados com
deficiência e aos empregados com filhos ou criança sob guarda judicial até 4
(quatro) anos de idade na alocação em vagas para atividades que possam ser
efetuadas por meio do teletrabalho ou trabalho remoto.
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO
 LEI Nº 14.457/2022
 Art. 7º Na alocação de vagas para as atividades que possam ser efetuadas por
meio de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância, nos termos do
Capítulo II-A do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, os empregadores deverão conferir
prioridade:
I - às empregadas e aos empregados com filho, enteado ou criança sob guarda
judicial com até 6 (seis) anos de idade; e
II - às empregadas e aos empregados com filho, enteado ou pessoa sob guarda
judicial com deficiência, sem limite de idade.
 Matéria suscetível de flexibilização: A convenção coletiva e o acordo coletivo de
trabalho têm prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre o regime de
teletrabalho (art. 611-A, VIII, da CLT).
JORNADA DE TRABALHO
 JORNADA NORMAL GENÉRICA:
CF, Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
 A carga horária de trabalho do mensalista é de 220 horas, sendo este valor obtido a
partir da divisão do módulo semanal (44 horas) por seis (número de dias úteis da
semana), multiplicado por 30 (número de dias do mês), de forma que se obtém,
assim, o módulo mensal, incluídos os DSRs.
 Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido
dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do trabalho, a que se refere
o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de horas dessa duração.
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o
cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por mês.
JORNADA DE TRABALHO
 JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHO:
 Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade
privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.
 Súmula nº 431 do TST. SALÁRIO-HORA. EMPREGADO SUJEITO AO REGIME GERAL DE
TRABALHO (ART. 58, CAPUT, DA CLT). 40 HORAS SEMANAIS. CÁLCULO. APLICAÇÃO DO
DIVISOR 200 (redação alterada na sessão do tribunal pleno realizada em 14.09.2012) -
Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Para os empregados a que alude o art. 58, caput, da CLT, quando sujeitos a 40 horas
semanais de trabalho, aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do
salário-hora.
 BANCÁRIOS: Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos,
casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias
úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho
por semana.
 Súmula nº 113 do TST. BANCÁRIO. SÁBADO. DIA ÚTIL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19,
20 e 21.11.2003 . O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso
remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras habituais em
sua remuneração.
JORNADA DE TRABALHO
 BANCÁRIOS: sábados NÃO tem natureza jurídica de repouso semanal
remunerado.
 Súmula nº 124 do TST. BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (alteração em razão
do julgamento do processo TST-IRR 849-83.2013.5.03.0138) - Res. 219/2017, DEJT
divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e
14.07.2017
I - o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário será:
a)180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista no caput do
art. 224 da CLT;
b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos termos do § 2º
do art. 224 da CLT.
II – Ressalvam-se da aplicação do item anterior as decisões de mérito sobre o tema,
qualquer que seja o seu teor, emanadas de Turma do TST ou da SBDI-I, no período
de 27/09/2012 até 21/11/2016, conforme a modulação aprovada no precedente
obrigatório firmado no Incidente de Recursos de Revista Repetitivos nº TST-IRR-849-
83.2013.5.03.0138, DEJT 19.12.2016.
JORNADA DE TRABALHO
 BANCÁRIOS
 Para o gerente geral de agência, enquadrado na exceção legal do art. 62, II, da
CLT, não há jornada de trabalho controlada, isto é, ele não se submete sequer a
controle de horário; portanto, não faz jus a horas extras.
 Os demais gerentes bancários (gerente de administração, gerente de contas,
gerente de segmento, dentre outros), bem como os empregados comissionados
por exercerem função de confiança, e desde que recebam como gratificação
de função valor não inferior a 1/3 da remuneração do cargo efetivo, não fazem
jus à jornada especial de trabalho do bancário, submetendo-se à regra geral (8
horas diárias). Neste sentido, o § 2º do art. 224:
 Art. 224. (...) § 2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem
funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que
desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação
não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo.
JORNADA DE TRABALHO
 BANCÁRIOS
Súmula nº 102 do TST BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA
I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, § 2º, da CLT, dependente da
prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos.
II - O bancário que exerce a função a que se refere o § 2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um
terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis. (ex-Súmula nº 166 - RA
102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, § 2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como
extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3. (ex-OJ nº 288 da SBDI-1 - DJ
11.08.2003)
IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, § 2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo
extraordinárias as trabalhadas além da oitava. (ex-Súmula nº 232- RA 14/1985, DJ 19.09.1985)
V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se
enquadrando, portanto, na hipótese do § 2º do art. 224 da CLT. (ex-OJ nº 222 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou
superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas
horas extraordinárias além da sexta. (ex-Súmula nº 102 - RA 66/1980, DJ 18.06.1980 e republicada DJ 14.07.1980)
VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que
norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente
às diferenças de gratificação de função, se postuladas. (ex-OJ nº 15 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994)
JORNADA DE TRABALHO
 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
 Art. 7º, XIV, da CF: “jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos
de revezamento, salvo negociação coletiva”.
 Acolhendo as duas principais correntes interpretativas sobre o tema, seriam dois os requisitos para
que o empregado faça jus à jornada especial:
a) que trabalhe em turnos alterados periodicamente, trabalhando durante algum tempo de dia e
algum tempo à noite, podendo, entretanto, este tempo ser misto (uma parte durante o dia e outra à
noite);
b) que a empresa desenvolva suas atividades necessitando da divisão do trabalho em turnos
ininterruptos, isto é, que não possa interromper suas atividades.
 Para Godinho, portanto, o termo ininterrupto se refere à ótica do trabalhador, no sentido
de que o mesmo trabalha, durante curto espaço de tempo, em todas as horas do dia, por
exemplo, uma semana das 0h às 6h, outra das 6h às 12h, outra das 12h às 18h e outra das
18h às 0h.
 OJ-SDI1-360. Turno ininterrupto de revezamento. Dois turnos. Horário diurno e noturno. Caracterização
(DJ 14.03.2008).
 Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas atividades
em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que compreendam, no
todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância de horário prejudicial à
saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de forma ininterrupta.
JORNADA DE TRABALHO
 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
 Jurisprudência do TST não exige, para caracterização do trabalho em turnos
ininterruptos de revezamento, que a atividade da empresa seja ininterrupta, e sim
que os empregados atuem dessa forma, em constante revezamento.
 Súmula nº 423 do TST. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE
JORNADA DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE.
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 169 da SBDI-1) Res. 139/2006 – DJ 10,
11 e 13.10.2006)
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular
negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de
revezamento não têm direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras.
 Pelo entendimento do TST não pode fixar jornada superior a 8 horas.
 OJ-SDI1-420. turnos ininterruptos de revezamento. Elastecimento da jornada de
trabalho. Norma coletiva com eficácia retroativa. Invalidade. (DEJT divulgado em
28 e 29.06.2012 e 02.07.2012) É inválido o instrumento normativo que,
regularizando situações pretéritas, estabelece jornada de oito horas para o
trabalho em turnos ininterruptos de revezamento.
JORNADA DE TRABALHO
 TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
 As horas trabalhadas além da sexta, salvo negociação
coletiva em sentido contrário, deverão ser remuneradas
como extraordinárias.
OJ-SDI1-275. Turno ininterrupto de revezamento.
Horista. Horas extras e adicional. Devidos (inserida em
27.09.2002). Inexistindo instrumento coletivo fixando
jornada diversa, o empregado horista submetido a
turno ininterrupto de revezamento faz jus ao
pagamento das horas extraordinárias laboradas além
da 6ª, bem como ao respectivo adicional.
JORNADA DE TRABALHO
 OUTRAS JORNADAS ESPECIAIS
a) Advogado – 4 horas diárias, 20 horas semanais (em
regra) A duração do trabalho do advogado
empregado é regulada pelo art. 20 da Lei nº
8.906/199428 (Estatuto da OAB).
b) Jornalista – 5 horas, podendo ser prorrogada até 7
horas, mediante acordo escrito A duração do
trabalho do jornalista é prevista nos arts. 303-306 da
CLT.
c) Telefonistas, telegrafia, radiotelegrafia – 6 horas
diárias, 36 semanais Este grupo de trabalhadores tem
a jornada limitada pelo art. 227 da CLT.
JORNADA DE TRABALHO
JORNADA EM TEMPO PARCIAL
 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais;
OU
 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas
suplementares semanais.
 Valor das horas extras = 50% sobre o salário-hora normal.
 Compensação de jornada = possibilidade – até a semana imediatamente
posterior à sua execução, sob pena de pagamento das horas extras no mesmo
mês da prestação.
 Salário = possibilidade de ser pago de forma proporcional em relação à jornada,
mesmo quando se trate de salário mínimo ou piso salarial;
 Férias = 30 dias, ou com duração menor, na forma do art. 130, CLT.
 Abono de férias = aplicável.
JORNADA DE TRABALHO
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a
trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja
duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas
suplementares semanais.
§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua
jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção
manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação
coletiva.
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acréscimo de
50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em número
inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão consideradas
horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3º, estando também limitadas a seis horas
suplementares semanais.
§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas diretamente até
a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de
pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
§ 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.
§ 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta Consolidação.
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Sobrejornada, horas extraordinárias ou horas suplementares.
O trabalho extraordinário é lícito, desde que respeitados os
limites legais.
 PRORROGAÇÃO DE JORNADA:
 Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida
de horas extras, em número não excedente de duas, por
acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho.
 NORMA ESPECIAL: Art. 235-C. A jornada diária de trabalho
do motorista profissional será de 8 (oito) horas, admitindo-se
a sua prorrogação por até 2 (duas) horas extraordinárias ou,
mediante previsão em convenção ou acordo coletivo, por
até 4 (quatro) horas extraordinárias.
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 HORAS EXTRAS OBRIGATÓRIAS:
 Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder
do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja
para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução
possa acarretar prejuízo manifesto.
§ 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da
hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso
previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento)
superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde
que a lei não fixe expressamente outro limite.
§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou
de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do
trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas,
durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que
não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco)
dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 HORAS EXTRAS OBRIGATÓRIAS:
 HÁ LIMITE DIÁRIO? Godinho Delgado menciona que “nenhum valor econômico
suplanta a dignidade da pessoa humana”, concluindo que a questão deve ser
encarada sob o prisma da razoabilidade e da proporcionalidade.
 Decorrência da prestação de horas extras:
 Havendo trabalho além da jornada normal, isto é, sobrejornada, há duas
possibilidades:
1. o empregador remunera o empregado com o valor da hora normal mais o
adicional de, no mínimo, 50% (a própria lei, ou ainda um instrumento coletivo de
trabalho, pode fixar percentual maior) sobre as horas extraordinárias;
2. opera-se a compensação do tempo trabalhado a mais, de forma que o
empregado trabalhe menos em outro dia.
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Súmula nº 376 do TST. HORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS
(conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 89 e 117 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o
empregador de pagar todas as horas trabalhadas. (ex-OJ nº 117 da SBDI-1 - inserida
em 20.11.1997)
II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres
trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT.
(ex-OJ nº 89 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997)
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Compensação de jornada
Art. 59 (...)
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período
máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a
compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo,
o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas,
calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por
acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis
meses.
§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual,
tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. (Compensação mediante
acordo, seria tácito ou expresso?)
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Compensação de jornada
 O limite máximo da jornada em regime de compensação é, em regra, de 10 horas, considerada a
jornada padrão de 8 horas.
 Compensação dentro do mesmo mês (§6º)
 Acordo tácito é aquele que ocorreu, embora não tenha havido manifestação de vontade (verbal
nem escrita). Normalmente é caracterizado pelo fato consumado, ou seja, embora não tenha sido
combinada previamente a compensação, se ela ocorreu, de fato, considera-se que houve acordo
tácito.
 SEMANA ESPANHOLA: A OJ SDI1 323. DEVE SER REVISTA, pois não se exige mais a convenção ou
acordo coletivo:
 OJ SDI1 323. ACORDO DE COMPENSAÇÃO DE JORNADA. "SEMANA ESPANHOLA". VALIDADE(DJ
09.12.2003) É válido o sistema de compensação de horário quando a jornada adotada é a
denominada "semana espanhola", que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40 horas
em outra, não violando os arts. 59, § 2º, da CLT e 7º, XIII, da CF/88 o seu ajuste mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho.
 Súmula nº 85 do TST. COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado
em 01, 02 e 03.06.2016 I - A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo
individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula nº 85 - primeira parte - alterada
pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Menor de 18 anos, a compensação de jornada depende de autorização em
norma coletiva (art. 413, I).
 Compensação além do mês (“banco de horas”): dois modelos:
a) Banco de horas semestral: o “banco de horas” poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis
meses (§ 5º do art. 59);
b) Banco de horas anual: continua sendo exigida a autorização em norma coletiva
para compensação em período superior a seis meses, e, no máximo, em um ano
(§ 2º do art. 59).
 Parcialmente superado o item V da Súmula 85, TST: “As disposições contidas nesta
súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de
horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.”
 Compensação na modalidade 12x36 (regime de plantão)
 A jornada extrapola a duração máxima diária (10h), mas, em contrapartida, são
oferecidos descansos generosos aos empregados
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Compensação na modalidade 12x36 (regime de plantão)
 Não obstante tal prática seja bastante questionada, a jurisprudência a vinha
aceitando há muito tempo, desde que pactuada mediante negociação coletiva. O
grande problema é que a Reforma Trabalhista de 2017 subverteu completamente a
lógica protetiva do Direito do Trabalho e estabeleceu possibilidade ampla de
instituição do regime de compensação 12x36 que, até então, era considerado
excepcional pela jurisprudência.
 Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às
partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo
de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis
horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para
repouso e alimentação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput
deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e
pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as
prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do
art. 73 desta Consolidação.
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Compensação na modalidade 12x36 (regime de plantão)
 CRÍTICAS:
1. generaliza-se a possibilidade de pactuação do sistema 12x36 (a Súm. 444 validava o regime
apenas em caráter excepcional; a lei não estabelece qualquer restrição; pelo contrário, o
autoriza até mesmo em atividades insalubres);
2. admite-se a pactuação de compensação mediante simples acordo individual escrito (a Súm.
444 exigia negociação coletiva);
3. a lei prevê observância ou indenização dos intervalos (é uma excrescência teratológica
também presente na LC 150, sem qualquer fundamento na principiologia trabalhista);
4. a lei prevê que a remuneração mensal já engloba os feriados trabalhados (a Súm. 444 previa o
pagamento em dobro dos feriados);
5. a lei prevê que o salário mensal já remunera a prorrogação do trabalho noturno.
6. SERIA PAGAMENTO COMPLESSIVO???? Súmula nº 91 do TST SALÁRIO COMPLESSIVO (mantida) -
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Nula é a cláusula contratual que fixa determinada
importância ou percentagem para atender englobadamente vários direitos legais ou
contratuais do trabalhador.
7. DISCUSSÃO SOBRE A CONSTITUCIONALIDADE: ADI 5994 (vista de Gilmar Mendes desde
03/05/2021)
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Compensação na modalidade 12x36 (regime de plantão)
 Em princípio a Súmula 444 do TST deverá ser revista, porquanto foi superada pelo
novel art. 59-A da CLT:
 Súmula nº 444 do TST. JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12
POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 -
republicada em decorrência do despacho proferido no processo TST-PA-
504.280/2012.2 - DEJT divulgado em 26.11.2012. É válida, em caráter excepcional, a
jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou
ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção
coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados.
O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor
prestado na décima primeira e décima segunda horas.
 Também se encontra superada, em princípio, a OJ 388 da SDI-1, tendo em vista que
as prorrogações do horário noturno já se consideram remuneradas pelo salário,
conforme parágrafo único do art. 59-A da CLT:
 388. JORNADA 12X36. JORNADA MISTA QUE COMPREENDA A TOTALIDADE DO
PERÍODO NOTURNO. ADICIONAL NOTURNO. DEVIDO. (DEJT divulgado em 09, 10 e
11.06.2010) O empregado submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de
descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao
adicional noturno, relativo às horas trabalhadas após as 5 horas da manhã.
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Acordo de Compensação irregular
 Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de
jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não
ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas.
 O caput do art. 59-B da CLT consagrou entendimento jurisprudencial consolidado
(item III da Súmula 85 do TST), o parágrafo único do mesmo artigo, de modo
diametralmente oposto, enfrentou entendimento há muito consolidado no
âmbito do TST, atualmente consubstanciado no item IV da Súmula 85: “A
prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação
de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal
normal deverão ser pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas
destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o adicional por
trabalho extraordinário.”
TRABALHO EM SOBREJORNADA
 Horas extras proibidas
1. O trabalho em sobrejornada é proibido aos aprendizes;
2. é proibida, em regra, a prorrogação da jornada de trabalho do menor, exceto
para fins de compensação, além da hipótese legal de força maior; mesmo
assim, neste último caso, isso somente será possível se o trabalho do menor for
indispensável.
3. Trabalho a tempo parcial, dois modelos: a) Duração não excedente de 30 horas
semanais, sem a possibilidade de prestação de horas suplementares; b) Duração
normal não excedente de 26 horas semanais, com a possibilidade de acréscimo
de até seis horas suplementares semanais.
 INSALUBRIDADE: Norma coletiva pode autorizar a prorrogação de jornada em
atividade insalubre, sem licença prévia do Ministério da Economia. (art. 611-A, XIII,
da CLT)
CÁLCULO HORAS EXTRAS
 O adicional de horas extras é calculado sobre o salário-base somado às parcelas de natureza
salarial. Neste sentido, a Súmula 264 do TST: HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A remuneração do serviço suplementar é composta do valor
da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto
em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
 REMUNERAÇÃO VARIÁVEL:
 No caso de salário variável (por produção), é devido apenas o adicional de horas extras em
relação às horas laboradas além da jornada normal de trabalho. Esta é a inteligência da
Súmula 340 e da OJ-SDI-1 235, ambas do TST:
 Súm. 340. Comissionista. Horas extras (nova redação). Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O
empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao
adicional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado
sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de
horas efetivamente trabalhadas.
 OJ-SDI1-235. Horas extras. Salário por produção. (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno
realizada em 16.04.2012) Res. 182/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012. O empregado
que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção apenas
do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana, a quem é
devido o pagamento das horas extras e do adicional respectivo.
CÁLCULO HORAS EXTRAS
 Nos casos em que o salário é variável, a remuneração do tempo extraordinário é
calculada de forma peculiar. Sempre que o empregado é contratado por produção,
inclusive o comissionista, as horas simples trabalhadas além da jornada padrão já são
remuneradas, pois ele recebe pela quantidade de trabalho, e não um valor fixo pelas
horas regulamentares. Assim, no caso de salário variável (por produção), é devido
apenas o adicional de horas extras em relação às horas laboradas além da jornada
normal de trabalho.
 EXEMPLO: Imagine um empregado vendedor em uma loja de departamentos,
remunerado à base de comissões (comissionista puro43). Suponha que este
empregado, devido ao aumento das vendas no final do ano, prestou 20h
extraordinárias durante o mês de dezembro. É certo que estas 20h de trabalho já
foram remuneradas pelas comissões recebidas, ao passo que também durante o
tempo de sobrejornada o empregado continuou remunerado à base de comissões,
ou seja, recebendo um percentual sobre aquilo que efetivamente vendeu.
Entretanto, como prestou serviços além da jornada normal de trabalho, fará jus ao
adicional de horas extraordinárias (50% sobre o valor da hora normal), nos termos da
OJ 235 da SDI-1. O cálculo, por sua vez, será obtido pelo total recebido no mês,
dividido pelo número de horas trabalhadas, donde se encontrará o valor-hora das
comissões (Súmula 340). Sobre este valor-hora será calculado o adicional devido.
INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS À
REMUNERAÇÃO
 SE HABITUALMENTE PRESTADAS, as horas extras integram a remuneração para todos os fins.
 Súmula nº 45 do TST. SERVIÇO SUPLEMENTAR (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A
remuneração do serviço suplementar, habitualmente prestado, integra o cálculo da
gratificação natalina prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.1962.
 Súmula nº 115 do TST. HORAS EXTRAS. GRATIFICAÇÕES SEMESTRAIS (nova redação) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O valor das horas extras habituais integra a remuneração do
trabalhador para o cálculo das gratificações semestrais.
 Súmula nº 172 do TST. REPOUSO REMUNERADO. HORAS EXTRAS. CÁLCULO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas
extras habitualmente prestadas. (ex-Prejulgado nº 52).
 SUPRESSÃO: Súmula nº 291 do TST
 HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO. INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do
julgamento do processo TST-IUJERR 10700-45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em
27, 30 e 31.05.2011. A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar
prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito
à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou
parcialmente, para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço
acima da jornada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12
(doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
JORNADA NOTURNA
 Considera-se trabalho noturno, no meio urbano, aquele prestado entre as 22h de
um dia e as 5h do dia seguinte, conforme art. 73, § 2º, da CLT.
 ADICIONAL DE 20%: Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse
efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo
menos, sobre a hora diurna.
 HORA NOTURNA: a CLT estabeleceu a redução da hora noturna, criando a ficção
jurídica de que a hora noturna dura 52’30’’, de forma que o empregado
trabalha, na prática, apenas 7h à noite (52’30” x 8 = 420” = 7h).
 Súm. 140. Vigia (mantida). Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. É assegurado ao
vigia sujeito ao trabalho noturno o direito ao respectivo adicional.
 OJ-SDI1-395. Turno ininterrupto de revezamento. Hora noturna reduzida.
Incidência (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010). O trabalho em regime de
turnos ininterruptos de revezamento não retira o direito à hora noturna reduzida,
não havendo incompatibilidade entre as disposições contidas nos arts. 73, § 1º,
da CLT e 7º, XIV, da Constituição Federal.
JORNADA NOTURNA
 HORÁRIOS MISTOS Art. 73. (...) § 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que
abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o
disposto neste artigo e seus parágrafos.
 Súmula nº 60 do TST ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E
PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIURNO (incorporada a Orientação Jurisprudencial
nº 6 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado
para todos os efeitos. (ex-Súmula nº 60 - RA 105/1974, DJ 24.10.1974)
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido
é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.
(ex-OJ nº 6 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
 Na hipótese da jornada mista decorrente de trabalho em regime de plantões
(12x36), de forma que o trabalho compreenda a totalidade do período noturno,
a prorrogação do horário noturno considera-se compensada pela remuneração
mensal, nos termos do disposto no art. 59- A, parágrafo único, da CLT, incluído
pela Lei nº 13.467/2017 (OJ nº 388 da SDI-1 do TST deverá ser REVISTA)
CERTO OU ERRADO?
 “Renato foi contratado pela pessoa
jurídica Gama, para a função de vigia.
Sua jornada de trabalho inicia-se às 22
horas e termina às 5 horas da manhã,
momento em que Renato é substituído
JORNADA por outro vigia. Conforme determinação
expressa do empregador, Renato
NOTURNA somente pode sair do trabalho após a
chegada do outro vigia para substituí-lo.
Nessa situação, se o outro vigia chegar
apenas às 7 horas da manhã, Renato
não terá direito ao adicional noturno,
mas tão somente ao adicional de hora
extraordinária.”
JORNADA NOTURNA
 RURÍCULA
 HORÁRIO:
1. Rural/pecuária: 20h às 4h.
2. Rural/agricultura: 21h às 5h
 ADICIONAL: 25%
 Hora noturna reduzida (ficta): não (hora normal)
DESCANSOS TRABALHISTAS
 Pelo seu caráter de normas de saúde pública, as normas
relativas a intervalos e descansos trabalhistas são normas
imperativas, razão pela qual, consoante a jurisprudência que
se consolidou no âmbito do TST, são inderrogáveis pela
vontade das partes e, inclusive, como regra, até pela
negociação coletiva.
 REFORMA: parágrafo único do art. 611-B da CLT, “regras
sobre duração do trabalho e intervalos não são
consideradas como normas de saúde, higiene e segurança
do trabalho” – PODEM SER OBEJTO DE NEGOCIAÇÃO
COLETIVA
 DESCANSOS TRABALHISTAS:
1. INTERVALOS
2. DIAS DE REPOUSO (RSR e feriados)
3. FÉRIAS
DESCANSOS
 INTERVALOS
1. INTRAJORNADA: períodos destinados ao repouso ou alimentação ao longo da
jornada de trabalho
2. INTERJORNADAS: os lapsos de tempo consecutivos de descanso entre duas jornadas
de trabalho consecutivas.
 Intervalos intrajornada:
 Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será,
no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário,
não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um
intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato
do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação
de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às
exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos
empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
DESCANSOS
 Súmula nº 437 do TST. INTERVALO INTRAJORNADA PARA REPOUSO E ALIMENTAÇÃO. APLICAÇÃO
DO ART. 71 DA CLT (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 307, 342, 354, 380 e 381 da
SBDI-1) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo
intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o
pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo
de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem
prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração. (REVISÃO, 71, §4)
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou
redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do
trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso
à negociação coletiva. (DEVE SER REVISTA, ART. 611-A, III, CLT)
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela
Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o
intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de
outras parcelas salariais. (REVISÃO, 71, §4)
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo
intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso
e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no
art. 71, caput e § 4º da CLT.
DESCANSOS
 Exceções à impossibilidade de redução ou flexibilização do intervalo mínimo
intrajornada:
1. Redução do intervalo, respeitado o limite mínimo de 30 minutos para jornadas
superiores a 6h, instrumento coletivo de trabalho (art. 611-A, III, CLT);
2. Redução do intervalo, respeitado o limite mínimo de 30 minutos para jornadas
superiores a 6h, em contrato firmado por hiperssuficiente (art. 444, púnico, CLT);
3. Redução do intervalo devido ao doméstico para apenas 30 minutos, mediante
previsão em acordo escrito (art. 13, caput, LC nº 150/2015);
4. Redução e/ou fracionamento do intervalo, mediante previsão em norma coletiva,
para as categorias de motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos
serviços de operação de veículos rodoviários (art. 71, § 5º, CLT);
5. Fracionamento do intervalo devido ao doméstico que reside no local de trabalho,
por iniciativa do empregador, desde que em dois períodos, cada um deles variando
de uma a quatro horas (art. 13, § 1º, LC nº 150/2015);
6. Fracionamento do intervalo devido ao rurícola conforme usos e costumes da região
(art. 5º da Lei nº 5.889/1973, c/c jurisprudência do TST).
DESCANSOS
 Intervalos não previstos em lei constituem tempo à disposição do empregador:
Súmula nº 118 do TST JORNADA DE TRABALHO. HORAS EXTRAS (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Os intervalos concedidos pelo empregador na
jornada de trabalho, não previstos em lei, representam tempo à disposição da
empresa, remunerados como serviço extraordinário, se acrescidos ao final da
jornada.
 O tempo considerado necessário à recuperação do trabalhador é aquele definido
em lei (intervalos obrigatórios). O que for concedido além disso é benéfico apenas ao
empregador, pois amplia o tempo em que o empregado fica à sua disposição
(tempo decorrido desde a entrada até a saída do trabalho).
 A não concessão de qualquer dos intervalos devidos dá origem a duas
consequências legais:
1. configuração de infração administrativa, punível com autuação pela fiscalização do
trabalho e posterior imposição de multa administrativa, conforme art. 75 da CLT;
2. indenização do período suprimido, com acréscimo de 50% sobre a remuneração da
hora normal de trabalho.
Intervalo interjornadas
 Art. 66. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11
(onze) horas consecutivas para descanso.
 De forma geral, os intervalos interjornadas não são remunerados. Nem os comuns,
nem os especiais. Isto porque não representam sequer tempo à disposição do
empregador. Em outras palavras, o empregado tem liberdade para gastar esse
tempo como bem entender.
 INTERVALO INTERJORNADA (11H) + DSR (24H) = 35H CONSECUTIVAS
 No caso do intervalo interjornadas de trabalhadores que laboram em turnos
ininterruptos de revezamento, a questão é pacífica na jurisprudência do TST,
conforme Súmula 110: Jornada de trabalho. Intervalo (mantida). Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003. No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida
ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas
consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como
extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO (OU
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO)
 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...) XV – repouso semanal remunerado,
preferencialmente aos domingos;
 Descanso semanal remunerado é o período de tempo, de vinte e quatro horas
consecutivas, preferencialmente coincidente com o domingo, em que o empregado
deixa de prestar serviços ao empregador, bem como de se colocar à disposição
deste.
 DESCANSO HEBDOMADÁRIO: OJ-SDI1-410. Repouso semanal remunerado. Concessão
após o sétimo dia consecutivo de trabalho. Art. 7º, XV, da CF. Violação (DEJT
divulgado em 22, 25 e 26.10.2010). Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso
semanal remunerado após o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu
pagamento em dobro.
 Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e
quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou
necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em
parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto
aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente
organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO (OU
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO)
 ENCERRADA A VIGÊNCIA DA MP 905/2019: Art. 68 - O trabalho em domingo, seja
total ou parcial, na forma do art. 67, será sempre subordinado à permissão prévia
da autoridade competente em matéria de trabalho.
Parágrafo único - A permissão será concedida a título permanente nas atividades
que, por sua natureza ou pela conveniência pública, devem ser exercidas aos
domingos, cabendo ao Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, expedir
instruções em que sejam especificadas tais atividades. Nos demais casos, ela será
dada sob forma transitória, com discriminação do período autorizado, o qual, de
cada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias.
 Remuneração do descanso semanal : O descanso semanal é remunerado, desde
que observadas pelo empregado a frequência e a pontualidade na semana
correspondente.
 Art. 6º, caput, da Lei nº 605/1949: Não será devida a remuneração quando, sem
motivo justificado, o empregado não tiver trabalhado durante toda a semana
anterior, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho.
DESCANSO SEMANAL REMUNERADO (OU
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO)
 A essência é a remuneração do DSR à base de um dia de serviço do
empregado. Quem recebe por mês (mensalista) já tem embutido no salário o
DSR, ao passo que recebe por todos os dias do mês, inclusive os não úteis. No
caso dos empregados que recebem salário variável, por produção, entre outras
modalidades, faz-se necessário calcular o valor de um dia de salário para, a partir
daí, calcular o valor do DSR.
 Súm. 172. Repouso remunerado. Horas extras. Cálculo (mantida). Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003. Computam-se no cálculo do repouso remunerado as horas
extras habitualmente prestadas.
 Art. 70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias
feriados nacionais e feriados religiosos, nos têrmos da legislação própria.
 Súm. 146. Trabalho em domingos e feriados, não compensado. Res. 121/2003, DJ
19, 20 e 21.11.2003. O trabalho prestado em domingos e feriados, não
compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao
repouso semanal.
FERIADOS
 Feriados são dias de descanso, assim estipulados por força de lei, seja por
motivos cívicos, seja por motivos religiosos.
 A disciplina legal dos feriados é praticamente idêntica à do descanso semanal
remunerado; inclusive, são regidos pelo mesmo diploma legal, qual seja a Lei nº
605/1949. Os requisitos para remuneração (frequência e pontualidade) e forma
de cálculo da remuneração também são os mesmos.
 O inciso XI do art. 611-A da CLT, incluído pela Lei nº 13.467/2017, autoriza
expressamente a troca do dia de feriado, desde que previsto em norma coletiva.

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