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CONTRATO DE TRABALHO

DIREITO DO TRABALHO 1
Ricardo Luiz Pereira Marques
CONTRATO DE TRABALHO
Conceito: Art. 442: Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou
expresso, correspondente à relação de emprego.

- negócio jurídico tácito (subentendido, implícito) ou expresso (verbal ou por


escrito)
- uma pessoa natural, na condição de empregado,
- obrigação de prestar serviços pessoais, contínuos, remunerados e
subordinados
- destinatário dos serviços: pessoa física ou jurídica (empregador), sendo
empresa ou legalmente equiparada
- riscos da atividade empresarial são do empregador
CONTRATO DE TRABALHO: ELEMENTOS
Contratos em geral: Art. 104 do Código Civil, (i) agente capaz; (ii) objeto lícito,
possível, determinado ou determinável; e (iii) forma determinada em lei

Sobre a capacidade no contrato de trabalho, o menor a partir dos 14 anos pode


exercer a condição de aprendiz:

Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador


de quatorze até dezoito anos.
Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade,
salvo na condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos.

Art. 439: menor pode firmar o recibo de salários sem a assistência


- mas a quitação das verbas rescisórias não
CONTRATO DE TRABALHO: ELEMENTOS
Objeto: nulidade não será reconhecida se:

- o trabalhador desconhecia o fim ilícito e


- seu trabalho não esteve diretamente ligado ao núcleo da atividade ilícita

E mais: não se pode confundir “objeto ilícito” com trabalho proibido


O trabalho proibido não tem objeto ilícito, mas sim uma restrição por certas
circunstâncias legais.
Exemplo: prestado pelo menor antes de atingir 16 anos
No trabalho proibido a nulidade é relativa, produzindo certos efeitos jurídicos
até a invalidação
CONTRATO DE TRABALHO: ELEMENTOS
Forma: segundo CLT, informal
Assim, não há que se confundir o contrato com a documentação a ser
preenchida
- CTPS não é um contrato
- E mais: suas anotações tem presunção relativa (primazia da realidade)

Prazo: indeterminação é a regra geral, em razão do princípio da continuidade


da relação de emprego.
- sempre que um contrato não especificar sua duração deve-se considerá-
lo como de prazo indeterminado
CONTRATO DE TRABALHO: ELEMENTOS
Exceções: previstas em lei, taxativamente
Casos em que o contrato se extingue automaticamente no termo final, sem
“dispensa”

Art. 443: [...] § 1º Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja
vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda
da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
§ 2º O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) de atividades empresariais de caráter transitório;
c) de contrato de experiência.
CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO
Outras condições também são relevantes no contrato a prazo determinado:
- não pode ser estipulado por prazo superior a 2 anos (art. 445 da CLT);
- não pode ser prorrogado por mais de uma vez sob pena de ser automaticamente
transformado em indeterminado (art. 451 da CLT);
- prorrogação única, somada ao tempo anterior, não pode ultrapassar o limite de 2
anos previsto no art. 445 da CLT;
- entre dois contratos determinados deve houver intervalo mínimo de 6 meses, salvo
se a hipótese específica admitir contratos sucessivos (contrato de safra).
Arts: 479 e 480 da CLT: indenização em caso de rescisão antecipada (sem justa causa)
- Ao empregado: metade dos salários a que teria direito pelo tempo que faltar
- Ao empregador: indenização dos prejuízos, até limite da metade dos salários futuros
CONTRATO INTERMITENTE
- inserido na CLT pela Lei nº 13.467/2017 (reforma trabalhista)

- Conceito: contrato no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é


contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de
inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador (§3º do art. 443 da CLT)

- não se aplica aos aeronautas, “regidos por lei própria” (Lei nº 13.475/2017)

deve ser celebrado por escrito e conter especificamente o valor da hora de


trabalho (que não pode ser inferior ao salário mínimo ou àquele dos demais
empregados do estabelecimento com a mesma função) (§§ do art. 452-A)
CONTRATO INTERMITENTE
Empregador convocará o empregado por qualquer meio de comunicação
- informando jornada
- com antecedência mínima de 3 dias corridos

Recebida a convocação, o empregado terá 1 dia útil para responder.


- Em caso de silêncio, presume-se a recusa

Aceita a oferta, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra, no
prazo de 30 dias, multa de 50% da remuneração ou compensação em igual prazo

O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do


empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes
CONTRATO INTERMITENTE
Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o
pagamento imediato das seguintes parcelas:

I - remuneração;
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III - 13º salário proporcional;
IV - repouso semanal remunerado; e
V - adicionais legais

Além disso, a cada 12 meses o empregado adquire direito a usufruir, nos doze
meses subsequentes, 1 mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para
prestar serviços pelo mesmo empregador.
CONTRATO INTERMITENTE
Bibliografia complementar: SANTOS, Jackson
Passos. Contrato de trabalho intermitente.
Enciclopédia jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes
Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André
Luiz Freire (coords.). Tomo: Direito do Trabalho e
Processo do Trabalho. Pedro Paulo Teixeira Manus
e Suely Gitelman (coord. de tomo). 1. ed. São
Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, 2017. Disponível em:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/351/e
dicao-1/contrato-de-trabalho-intermitente
APLICAÇÃO EM CONCURSOS
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é correto afirmar:
A) Ao final do prazo fixado para o contrato de trabalho por prazo determinado, a sua
prorrogação, tácita ou automática, deverá observar as mesmas condições que foram
inicialmente pactuadas.
B) No contrato de trabalho intermitente, recebida a convocação, o empregado terá o prazo
de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.
C) O contrato de trabalho por prazo determinado somente será válido em se tratando de
serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo.
D) O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por período
superior a dois anos e inferior a noventa dias.
E) A excepcionalidade da estipulação de contrato verbal de trabalho exige a observância dos
preceitos jurídicos adequados à sua legitimidade, bem como de elementos mínimos de
prova para a comprovação da sua existência.
APLICAÇÃO EM CONCURSOS
VUNESP - 2018 - FAPESP - Procurador
O contrato de trabalho intermitente:

A) não se aplica aos aeronautas, pois são regidos por legislação própria.
B) se aplica indistintamente a qualquer atividade, não havendo restrições, desde que
devidamente pactuado entre empregado e empregador.
C) pressupõe o trabalho subordinado, contínuo e remunerado, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho.
D) não pode ter prazo indeterminado, sendo indispensável forma escrita.
E) pressupõe a não alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade,
determinados em dias ou meses.
APLICAÇÃO EM CONCURSOS
DIRECTA - 2019 - Câmara de Cosmópolis - SP - Procurador Legislativo
Sobre contrato de trabalho intermitente é correto afirmar:
A) O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de
serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, 5 dias corridos de antecedência.
B) O período de inatividade será considerado tempo à disposição do empregador.
C) Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de 3 dias úteis para responder ao
chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.
D) A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho
intermitente.
E) Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo
motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 20% da remuneração que
seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
CONTRATO DE EXPERIÊNCIA
Também chamado de “contrato de prova”
- Deve ser registrado na CTPS e não poderá exceder 90 dias (arts. 451, 479 e
480)
- Vencido o prazo de experiência, permanecendo o empregado no trabalho, o
contrato passa automaticamente a vigorar por prazo indeterminado.
- No término do contrato de experiência, o empregador não está obrigado ao
aviso prévio nem a indenização de 40% do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço.
- Se o empregado decidir não permanecer no emprego também não estará
obrigado ao aviso prévio de 30 dias.
CONTRATO TEMPORÁRIO
Contrato a prazo determinado celebrado com intermediação de uma empresa de trabalho
temporário, que atua como empresa interposta para o fornecimento de mão-de-obra.
Objetiva atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à
demanda complementar de serviços
Cabível apenas no meio urbano e comum nas hipóteses de contratação de trabalhadores
para atender às vendas natalinas, páscoa, substituição de empregados em férias, etc
Não poder ter prazo superior a 180 dias (art. 10, §1º da Lei nº 6.019/74), podendo ser
renovado por mais 90 dias, consecutivos ou não, quando comprovada a manutenção das
condições que o ensejaram (art. 10, §2º da Lei nº 6.019/74).
O trabalhador que cumprir o período máximo de contrato só poderá ser colocado à
disposição da mesma tomadora em novo contrato temporário após 90 dias.
CONTRATO TEMPORÁRIO
O vínculo de emprego se firma com a empresa de trabalho temporário
Partes poderão estabelecer que os empregados da contratada farão jus a salário
equivalente aos da contratante, além de outros direitos
Contratante “é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato com empresa de
prestação de serviços relacionados a quaisquer de suas atividades, inclusive sua
atividade principal” (art. 5º-A da Lei 6.019/74).
Contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas
referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços (§5º do art. 5º-A)
Os serviços contratados poderão ser executados nas instalações físicas da
empresa contratante ou em outro local, de comum acordo entre as partes.
CONTRATO TEMPORÁRIO
São assegurados aos empregados da empresa prestadora de serviços, quando e
enquanto os serviços forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas
condições:
I - relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando
oferecida em refeitórios;
b) direito de utilizar os serviços de transporte;
c) atendimento médico ou ambulatorial;
d) treinamento adequado, pela contratada, quando a atividade o exigir.
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de
instalações adequadas à prestação do serviço.
CONTRATO TEMPORÁRIO
Além disso, prevê o art. 12 da Lei 6.019/74 que são assegurados ao trabalhador temporário:
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora
ou cliente calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário
mínimo regional;
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo
de 20% (vinte por cento);
c) férias proporcionais;
d) repouso semanal remunerado;
e) adicional por trabalho noturno;
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um
doze avos) do pagamento recebido;
g) seguro contra acidente do trabalho;
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social
BIBLIOGRAFIA INDICADA
OLIVEIRA, Isabela Fadul de. Contrato por prazo
determinado. Enciclopédia jurídica da PUC-SP.
Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo
Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo:
Direito do Trabalho e Processo do Trabalho.
Pedro Paulo Teixeira Manus e Suely Gitelman
(coord. de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, 2017.
Disponível em:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/348/
edicao-1/contrato-por-prazo-determinado
CONTRATO PROVISÓRIO
Previsto na Lei nº 9.601/98, só pode ser celebrada se autorizada por meio acordo ou
convenção coletiva de trabalho (e não se submete às regras dos artigos 443 e 451 da
CLT).
A Lei nº. 9.601/98 estabeleceu redução temporária do FGTS para 2% e em 50% as
contribuições ao SESC, SENAC e salário-educação. O sindicato exerce a função
regulamentadora.
O objetivo foi o de fomentar o emprego prevendo modalidade com a redução de
alguns encargos, desde que as contratações não sejam substitutivas: o empregador só
poderá contratar nesta espécie de contrato, se ampliar os postos de trabalho.
Todavia, o esperado efeito de redução do desemprego não se verificou.
CONTRATO DE SAFRA
Previsto no artigo 14, parágrafo único, da Lei nº 5.889/73:

Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de


variações estacionais da atividade agrária.

Esta modalidade específica de contrato de prazo determinado tem sua duração


estimada, de forma aproximada, em função das atividades sazonais agrárias, sendo
condicionadas à conclusão da safra, sobretudo no período de colheita.
Admite-se o contrato de safra em atividades da agricultura industrial, ligada ao
beneficiamento de frutas, verduras e cereais, quando sua produção se eleva nos
períodos de safra.
ESTÁGIO
Contrato de estágio passou a ser regulado pela Lei nº 11.788/2008, que
estabelece ser uma atividade inerente à educação e formação profissional.
- Art. 3º: em quaisquer das suas espécies (obrigatório e não-obrigatório) não
cria vínculo empregatício de qualquer natureza.
- Assim, o estagiário que for submetido
ao desvio de finalidade de sua
contratação, passando a figurar como
empregado regular deverá ser
enquadrado nos moldes de um contrato
de trabalho regido pela CLT.
ESTÁGIO
São requisitos do estágio:
I) matrícula e frequência regular em curso de educação superior, de educação profissional,
de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de
ensino;
II) celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e
a instituição de ensino;
III) compatibilidade entre as atividades do estágio e as previstas no termo de compromisso;
IV) acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por
supervisor da parte concedente (comprovado por vistos nos relatórios de atividade, em
prazo não superior a seis meses, e por menção de aprovação final).
ESTÁGIO
Direitos do estagiário:
a) Jornada de trabalho
I) 4 horas diárias e 20 horas semanais, para estudantes de educação especial e
dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de
jovens e adultos;
II) 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior,
da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.
OBS 1: Nos cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estejam
programadas aulas presenciais, a jornada poderá ser de até 40 horas semanais, desde
que haja previsão no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.
ESTÁGIO
OBS 2: Garante-se a redução da carga horária pelo menos à metade, quando a
instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos
períodos de avaliação.
b) Bolsa ou outra forma de contraprestação, além de auxílio-transporte
- compulsória somente na hipótese de estágio não obrigatório
c) Inscrição no INSS como segurado facultativo
d) recesso de 30 dias (preferencialmente durante as férias escolares)
- caso o estágio tenha duração igual ou superior a um ano
e) Seguro contra acidentes pessoais
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ROCHA, Andréa Presas. Estagiário. Enciclopédia
jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes Campilongo,
Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire
(coords.). Tomo: Direito do Trabalho e Processo do
Trabalho. Pedro Paulo Teixeira Manus e Suely
Gitelman (coord. de tomo). 1. ed. São Paulo:
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017.
Disponível em:
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/370/edica
o-1/estagiario
CONTRATO DE APRENDIZAGEM
Modalidade prévia de emprego que tem por objetivo o ensinamento de uma
profissão.
Regulada pelos artigos 424 e seguintes da CLT e pelas determinações do Estatuto da
Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90)
Sua duração deve ter prazo não superior a 2 (dois) anos, podendo iniciar a partir dos
14 anos.
A formação técnico-profissional deve caracteriza-se por atividades teóricas e práticas
organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de
trabalho.
A aprendizagem não deve ultrapassar a idade de 24 anos.
TRABALHO DO MENOR: CRIANÇA E ADOLESCENTE
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seus artigos art. 402 a 441, outorga
proteção especial ao menor.
A Portaria MTE nº 20 de 13.9.2001 regula as proteção do menor, estabelecendo
restrições e condições especiais para o trabalho dos menores de 18 anos.
Ao menor é vedado o trabalho noturno, perigoso ou insalubre conforme determina o
artigo 7º, inciso XXXIII, da Constituição e os artigos 404 e 405, inciso I, da CLT.
Também é vedado o trabalho do menor em locais e serviços prejudiciais à sua
formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.
Igualmente proibido trabalho em horários e locais que não permitam a frequência à
escola (artigo 403, parágrafo único, e art. 405, inciso II, da CLT).
TRABALHO DA MULHER
A duração de trabalho da mulher é a mesma do homem, com jornada de 8h e
duração semanal de 44h, sendo idênticas também as regras sobre intervalos.
É proibida a diferença de salário, de exercício de funções e de critérios de admissão
por motivo de sexo.
O art. 390 da CLT garante à mulher que o emprego de força muscular não seja
superior a 20 quilos para o trabalho contínuo, ou 25 quilos para o trabalho
ocasional.
Não está compreendida na determinação deste artigo a remoção de material feita
por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer
aparelhos mecânicos.
TRABALHO DA MULHER
- Concessão de licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de
120 dias (art. 7º, XVIII da CF) iniciando-se no período desde 28 dias antes do parto
- Garantia do emprego da mulher gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses
após o parto (art. 10, II, b, do ADCT).
- Durante a amamentação e até os 6 meses de idade do filho a mulher terá direito a 2
intervalos de meia hora cada um para a amamentação.
- Esse prazo poderá ser ampliado quando o exigir a saúde do filho.
-É considerado ato discriminatório a exigência qualquer meio destinado a esclarecer se está
grávida ou esterilizada, quando da contratação ou durante a relação de emprego.
-- Em caso de dispensa discriminatória poderá postular a reintegração no emprego além
das reparações decorrentes.
FIM
...

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