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A lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, que altera a CLT, traz no artigo 611-A.

Basicamente, o
que foi alterado é que a pausa mínima de uma hora para jornadas de trabalho acima de seis horas
diárias deixa de ser de uma para para 30 minutos, desde que definido por convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho. Leia na íntegra:
“A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre
outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
II – banco de horas anual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores
a seis horas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”

O descumprimento da legislação trabalhista pode gerar problemas na justiça e ainda gerar custos
para as empresas com indenizações aos colaboradores. Outro ponto importante é que, ao trabalhar
durante o descanso obrigatório, o profissional passa a ter direito a hora extra.

https://www.pontotel.com.br/intervalo-intrajornada/

Em novembro de 2017, com a aprovação da Lei nº 13.467, conhecida como Reforma Trabalhista,
algumas regras sobre o intervalo intrajornada foram alteradas.
A principal mudança diz respeito à duração desse direito. Como já dissemos, é obrigatória a
concessão de um intervalo, de no mínimo 1h e no máximo 2h, para os trabalhadores que cumprem
jornadas com mais de 6h de extensão.

Essa mudança acontece porque a Reforma Trabalhista estabeleceu que as convenções e acordos
coletivos têm prevalência sobre a lei em alguns dos incisos da CLT, como este.

Por exemplo: um funcionário com direito a um intervalo intrajornada de 1h30 e que tivesse
voltado ao trabalho depois de ter cumprido apenas 30 minutos, tinha direito ao recebimento
de 1h30 de extra.
Após a Reforma Trabalhista, essa dinâmica mudou. O colaborador passou a ter direito ao
tempo proporcional não realizado.
Ou seja, se dos 90 minutos a que tem direito ele cumpriu apenas 30, a empresa deve pagar
1h adicional de trabalho, acrescida de 50%.

Sempre vale a pena lembrar que, apesar da empresa não ser obrigada a anotar o intervalo
interjornada (o art. 74, §2° da CLT obriga apenas a pré-anotação), nossa orientação é que sempre
o empregador tenha controle desses dados.

https://tangerino.com.br/blog/intervalo-intrajornada/

O objetivo desse intervalo é evitar que o profissional trabalhe longas horas de maneira
ininterrupta. Afinal, o cansaço excessivo pode desencadear uma série de problemas físicos
e mentais, afetando sua saúde e produtividade. Portanto, além de fazer parte da legislação
trabalhista, é algo que ajuda a melhorar sua performance.

Logo, o intervalo intrajornada é importante para preservar a integridade do


colaborador, bem como para proporcionar mais qualidade de vida e evitar acidentes
de trabalho. Aliás, essa questão do trabalho contínuo pode ser percebida no limite de horas
extras diárias, que é de duas por pessoa.

É preciso reiterar que esse período não é computado na jornada de trabalho. Isso
significa que quem exerce suas atividades por 8 horas e conta com uma hora de intervalo,
deve contabilizar como se a escala fosse de 9 horas.

O que é intervalo intrajornada?

O intervalo intrajornada é um direito trabalhista que visa garantir a saúde dos


colaboradores e evitar acidentes de trabalho decorrentes do desgaste físico. Afinal, o
corpo humano não é uma máquina. Quando trabalhamos por horas seguidas, podemos
apresentar alguns déficits e precisamos de descanso.

Em suma, neste período o colaborador poderá se alimentar e descansar, até que retorne
novamente para suas atividades. Aliás, a saúde mental dos profissionais também é
beneficiada com este período de descanso.
Todas as empresas precisam respeitar o que determina a legislação trabalhista. Assim,
garantem uma boa relação com os profissionais, que percebem os seus direitos sendo
respeitados. Além disso, a produtividade também passa a ser maior quando os
trabalhadores estão descansados.

Muitas vezes o intervalo para refeição e descanso do funcionário acaba sendo reduzido para
poder cumprir com toda a demanda de serviços da empresa, porém essa é uma atitude
recriminada pela Justiça do Trabalho, passível inclusive de punição.
Neste caso a CLT determina o seguinte:
Art. 71 § 4º – A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo,
para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de
natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta
por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
Sendo assim, quando o empregador deixar de conceder integralmente o repouso, este deverá
pagar ao empregado o valor do período suprimido com um acréscimo de 50% sobre o valor
da hora normal.
O mesmo entendimento se estende quando o intervalo sofre a supressão total, não sendo
concedido intervalo.

O funcionário pode sair da empresa no horário de almoço?

Sim. A permanência do funcionário na empresa no horário de almoço não é obrigatória. Isto


é, o colaborador pode fazer uso do seu intervalo da maneira como desejar.

A verdade é que a empresa pode realizar escalas para os intervalos. Algumas delas, que
trabalham com atendimento ao cliente ou com determinado tipo de comércio, acabam
criando escalas para o intervalo de almoço dos seus colaboradores.
O motivo é simples: a escala é criada com o intuito de não interromper o funcionamento
empresarial.

Dessa forma, é possível que os funcionários tenham seu intervalo e a empresa continue
funcionando normalmente durante o dia.

Penalidades

A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e


alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória,
do período suprimido, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal
de trabalho, nos termos do art. 71, §4º da CLT.

Em procedimento de fiscalização trabalhista, a empresa também ficará sujeita a multa


prevista no art. 634-A da CLT, por infração ao artigo 71 da CLT, o qual dispõe que em
qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda a seis horas, é obrigatória a concessão de
intervalo para refeição e repouso de no mínimo uma hora.

A redução do intervalo será indevida quando o empregador, ainda que tenha previsão em
cláusula convencional, não atender às exigências das normas de segurança e saúde no
trabalho, das exigências concernentes aos refeitórios ou ainda, quando submeter os
empregados a regimes de horas extraordinárias.

Não havendo a concessão do intervalo de, no mínimo, uma hora ou se comprovada a redução
indevida por estar em desacordo com a previsão legal, a partir de 11.11.2017 (reforma
trabalhista) o empregador estará sujeito ao pagamento do intervalo suprimido como hora
extraordinária (com natureza indenizatória), e não o período integral.

Da mesma forma, se o intervalo interjornada não for obedecido, será garantido o recebimento
das respectivas horas suprimidas como horas extraordinárias, acrescidas de 50% sobre o
valor da remuneração da hora normal de trabalho, nos termos do art. 66 da CLT.
Portanto, cabe ao empregador organizar as jornadas de trabalho, de forma que o quadro de
pessoal existente seja suficientemente capaz de atender a demanda de trabalho da empresa,
sem comprometer as garantias de intervalo interjornada e intrajornada.

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