Você está na página 1de 6

DURAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

É todo período correspondente ao contrato, inclusive os períodos relativos a


repouso semanal remunerado e férias anuais remuneradas, se fazer distinção
quanto ao tempo em que o empregado esteja efetivamente à disposição do
empregador. Duração do trabalho é o gênero do qual são espécies a jornada de
trabalho, o horário de trabalho e os repousos trabalhistas.
Qualquer tipo de tempo em que o empregado estiver trabalhando, é
classificado como duração do trabalho.

JORNADA DE TRABALHO

Entende-se por jornada de trabalho o período em que o empregado está


obrigado a cumprir as tarefas que lhe foram atribuídas pelo empregador. O
legislador trabalhista brasileiro conceitua jornada de trabalho como sendo o período
de um dia no qual o empregado permanece à disposição do empregador,
trabalhando ou aguardando ordens. Assim como regra, desde o momento em que o
empregado chega a empresa até o momento em que vai embora está à disposição
do empregador e, portanto, está cumprindo jornada de trabalho.
Ou seja, é aquele tempo em que o empregado está a disposição para
atender as ordens do empregador, sendo elas de 8 horas diárias e 44 semanais.
As pausas não são classificadas como a jornada de trabalho, o mínimo para
se ter é de 30 minutos e o máximo de 2 horas.
O tempo despendido do empregado de sua residência até a efetiva ocupação
do posto de trabalho e para seu retorno não é considerado uma jornada de trabalho.
No mesmo sentido, não considera como tempo a disposição do empregador,
os períodos em que o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em
caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como
adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades
particulares, como, entre outras: práticas religiosas, descanso, lazer, estudo,
alimentação, atividades de relacionamento social, higiene pessoal e troca de roupa
ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a atividade.
Por exemplo, se estiver chovendo e o funcionário decidir ficar mais um pouco
na empresa até ela passar, não será considerado uma jornada de trabalho.
A jornada normal máxima semanal tem o limite de 44 horas para jornada
integral, as empresas fixarão a jornada diária normal de seus empregados,
observando o limite de 8 horas por dia, salvo de houver acordo de compensação de
horário.
A jornada normal especial é aquela regida por parâmetros distintos da
jornada normal máxima e, em geral, dizem respeito a certas categorias profissionais
por força de características especiais que regem sua atividade laborativa (por
exemplo, mineiros, ascensoristas) ou por força de um nível de organização que lhes
permitiu alcançar uma proteção legal diferenciada (por exemplo bancários), ou,
ainda, a determinadas situações em que o trabalhador está submetido a uma
sistemática diferenciada de trabalho em decorrência do processo produtivo (turnos
de revezamento ou tempo parcial, por exemplo). As jornadas de trabalho são
inferiores à jornada normal máxima e em geral decorrem de previsão legal, podendo,
no entanto, ser fixadas ainda por normas coletivas, por regulamento de empresa ou
pelo próprio contrato de trabalho.

JORNADA EXTRAORDINÁRIA (horas extras)

Jornada extraordinária é aquela prestada além da jornada normal de cada


empregado, seja máxima, seja especial. A jornada extraordinária pode ser realizada
tanto antes do início da jornada normal como após o seu término, ou ainda, durante
a jornada, quando exista trabalho nos intervalos intrajornada remunerados.
A jornada extraordinária deve ser prestada apenas excepcionalmente e sua
regularidade depende do cumprimento dos requisitos previstos em lei:
- Existência de acordo de prorrogação de jornada;
- Cumprimento de no máximo 2 horas extras;
- Pagamento das horas extras adicionais de no mínimo, 50%.

JORNADA DE 12 X 36

Neste tipo de jornada o trabalhador realiza o expediente de 12 horas, com


direito a intervalo (almoço/jantar) de 1 hora e nas 36 horas subsequentes, tem direito
a descanso.

TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO


É o sistema pelo qual o empregado labora alternadamente em cada semana,
quinzena, ou mês, em horários distintos, ora de noite, com jornada de seis horas
diárias, salvo negociação coletiva. Se a empresa trabalhar com vários turnos, mas
os empregados forem fixos em cada um, não haverá turnos ininterruptos de
revezamento.

HORAS DE SOBREAVISO

São aquelas em que “o empregado efetivo, tem que permanecer em sua


própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço”. Apesar
de o artigo tratar especificamente dos trabalhadores ferroviários, o regime de
sobreaviso vem sendo aplicado analogicamente àqueles empregados que, pelo
avanço da tecnologia, ficam aguardando o chamado do empregador a qualquer
momento de retornar ao trabalho.

HORAS IN INTINERE

Horas “in intinere” era aquela mediante a qual era considerado como tempo
em que o empregado está a disposição do empregador, aquele tempo despendido
do percurso da sua casa até o trabalho. Esse tipo de jornada não é mais
considerado pela lei da CLT.

JORNADAS NÃO CONTROLADAS

O art. 62 prevê 3 categorias de empregados não sujeitos a controle de


jornada.
1. Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a
fixação do horário de trabalho, por exemplo, um jogador de futebol não faz
sentido ter o horário de trabalho controlado.
2. Os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão.
3. Os empregados em regime de teletrabalho, ou seja, os que estão no
Home Office.

DESCANSO INTERJORNADA
O empregador deve conceder ao empregado períodos para repouso ou
alimentação, bem como para descanso entre as jornadas de trabalho, não sendo
essas interrupções computadas na duração do trabalho.
Entre as duas jornadas de trabalho, deve haver um período mínimo de 11
horas consecutivas para descanso.

DESCANSO INTRAJORNADA

Dispões a CLT que em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda 6


horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o
qual deve ser, no mínimo, de uma hora, e salvo acordo escrito ou contrato coletivo
de trabalho, em contrário, não pode exceder as duas horas.
Quando a jornada de trabalho for inferior a 6 horas, porém superior a 4 horas,
como os contratados em tempo parcial, será obrigatório um intervalo de 15 minutos
para descanso.
Na jornada de trabalho de até 4 horas, não será obrigatória a concessão de
pausa para alimentação ou repouso.
Acima de 6 horas da jornada de trabalho, é obrigatório ter no mínimo de 30
minutos de pausa e de no máximo 2 horas de pausa. Normalmente essa pausa é de
1 hora, porém, a empresa pode diminuir esse tempo para 30 minutos no caso do
empregado ser hiper suficiente.

PRORROGAÇÃO DA JORNADA

A jornada de trabalho pode ser prorrogada em até duas horas diárias,


mediante acordo escrito entre empregador e empregado ou mediante contrato
coletivo de trabalho, devendo constar, obrigatoriamente, do acordo ou contrato
coletivo, a importância relativa à hora suplementar, que deve ser, pelo menos 50%
superior à da hora normal.

COMPENSAÇÃO DE JORNADA

A compensação de horário de trabalho consiste no aumento da jornada de


trabalho diária, observando o limite diário de 10 horas, visando a diminuir ou suprimir
o trabalho em outro dia da semana. Havendo compensação, não será devido o
adicional de horas extras.
Como a legislação estabelece somente a jornada máxima de trabalho, a
empresa de comum acordo com o empregado pode fixar a jornada semanal inferior
a 44 horas e a diária inferior a 8 horas.
Normalmente a compensação de horas tem como objetivo a redução ou
supressão do trabalho aos sábados, segundas-feiras que antecedem feriados às
terças-feiras, sextas-feiras que sucedem feriados de quinta-feira, dias de carnaval e
quarta de cinzas (meio expediente).

BANCO DE HORAS.

É uma possibilidade admissível de compensação de horas. Ou seja, trata-se


da possibilidade de acréscimo na jornada de trabalho de um dia em troca do
decréscimo em outro sem que haja necessidade de pagamento de horas extras. O
banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a
compensação ocorra no período máximo de seis meses. Na hipótese de rescisão do
contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada
extraordinária, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas não compensadas,
calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão.
Para que possa ser descontado o banco de horas do empregado, o
empregador precisa autorizar a folga do funcionário, senão será considerado falta ou
atraso por sua parte.
Para adotar o regime de banco de horas, a empresa pode fazer um acordo
coletivo ou por meio de uma convenção coletiva. Outro método disso acontecer, é
por um acordo individual que só pode ser feito para funcionários hiper suficientes.
Quando é feito por acordo coletivo, o empregador precisa zerar o banco de horas a
cada seis meses e quando é acordo coletivo, vai ter um ano para zerar o banco de
horas. Caso ainda haja horas no banco desses funcionários, esse valor será pago
como horas extras. Se o empregador der a folga, o empregado será obrigado a
aceitá-la.

DESCANSO SEMANAL REMUNERADO

Trata-se do período de tempo, de vinte e quatro horas consecutivas,


preferencialmente coincidente com o domingo, em que o empregado deixa de
prestar serviços ao empregador.
Art. 6 Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o
empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo
integralmente o seu horário de trabalho.
Uma vez no mês, o descanso precisa ser obrigatoriamente no domingo, mas
já no resto do mês, pode ser em qualquer dia da semana. Nesse dia de descanso,
ele recebe, desde que trabalhe a jornada completa que antecedeu esse descanso.
Ou seja, se o descanso for no domingo, ele precisa trabalhar as 44 horas da sua
semana para que ele receba nesse domingo, porém ele nunca perderá o descanso,
somente a sua remuneração.
FERIADOS

São dias de descanso, assim estipulados por força de lei, seja por motivos
cívicos, seja por motivos religiosos. Se trabalhar no feriado, recebe 100% da hora
extra.

Você também pode gostar