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JORNADA DE TRABALHO
• Jornada de trabalho é o tempo em que o empregado que atua sob regime
da CLT fica à disposição do empregador, seja produzindo ou aguardando
ordens. A Constituição Federal determina que a jornada normal de
trabalho deve ter uma duração de até 8 horas diárias ou 44 horas
semanais.

• Para trabalhadores que atuam em turnos ininterruptos de revezamento, a


jornada é de 6 horas diárias. Não consta na legislação trabalhista um
termo que dite o horário inicial e o final da jornada, o que possibilita um
acordo entre empregador e empregado ou a Convenção Coletiva que rege
o vínculo entre as duas partes.
• Apesar de a Constituição estipular a jornada normal de trabalho de até 8 horas diárias, alguns
ramos profissionais contam com uma jornada diferenciada por conta de particularidades da
profissão. Veja alguns exemplos de profissionais com jornada de trabalho diária reduzida:

• 7 horas: alguns músicos, radialistas (setores de cenografia e caracterização) e operadores em


serviços de telefonia, telegrafia submarina ou fluvial, radiotelegrafia e radiotelefonia;
• 6 horas: artistas (radiodifusão, fotografia, gravação, cinema, circo e dublagem), ascensoristas,
bancários, engenheiros e empregados de empresas de crédito, financiamento ou investimento;
• 5 horas: jornalistas profissionais: diagramador, editor, ilustrador, fisioterapeuta e professores
particulares de música;
• 4 horas: Técnico em radiologia (operador de raio X);
• jornadas especiais: artistas e técnicos em espetáculos de diversões e professores.
• No modelo de escala 12×36, o colaborador trabalha durante 12 horas e descansa nas próximas 36
horas. Na prática, funciona assim: se ele trabalhou das 10h às 22h em uma segunda-feira, por
exemplo, seu próximo dia de trabalho será na quarta no mesmo horário.

• Vale destacar, porém, que em alguns casos, por conta de convenções coletivas e acordos sindicais,
essa jornada permite folgas além do descanso de 36 horas.

• Complexa, esta é uma das escalas de trabalho mais desafiadoras para o time de recursos humanos
(RH), mas feita da maneira correta pode ser bastante eficiente. Saiba mais sobre ela a seguir.

• Como funciona a escala 12×36?


• A escala 12×36 prevê, especificamente, que o colaborador trabalhe por 12 horas consecutivas e
receba, na sequência, 36 horas de descanso.
• Esse modelo de jornada de trabalho é bastante comum para trabalhadores de:

• hospitais;
• segurança, vigilância e portaria;
• corpo de bombeiros;
• supermercados;
• montadoras de veículos;
• indústrias.
• Sua implementação só é válida diante de um acordo coletivo ou contrato individual previamente
estabelecido entre as partes (empresa e empregado). Estando tudo nos conformes, essa jornada de
trabalho pode ser utilizada em empresas de qualquer porte (mas desde que dentro dos requisitos
legais da CLT como, por exemplo, o limite que impede a carga horária acima de 44 horas semanais).
INTERVALO DE DESCANSO
• Antes de conceituarmos esta figura clássica do Direito do Trabalho vale entendermos a
importância e o porquê de nosso ordenamento jurídico trabalhista ter reservado um espaço
para ela.

• Para uma boa e correta relação trabalhista, é necessário que o empregado – parte
hipossuficiente (ou seja, pertencente ao polo mais vulnerável) da relação empregatícia –
tenha direitos garantidos, estabilidade e conforto para o labor, para exercer seu ofício. É por
isso que o Direito do Trabalho regula os intervalos para descanso, que têm como finalidade
conseguir a recomposição do empregado e evitar o cansaço excessivo.

• Ou seja, essa figura preza pela manutenção da saúde, bem-estar e segurança do trabalhador.
Afinal, o que seria de diversos trabalhadores caso não lhes fossem garantidos períodos de
descanso entre turnos de trabalho e até mesmo entre dias de labor?
• Portanto, intervalo para descanso pode ser definido como o período de ausência do
trabalho, reservado ao repouso e à alimentação do empregado. E, como já dito, o
objetivo da concessão desse período para o empregado é justamente para garantir a
recomposição de forças e que o mesmo possa prosseguir o seu labor durante a
jornada de trabalho ou em dia seguinte com plenitude e condições básicas de saúde.

• Com isso, nossa legislação trabalhista, de forma organizada, se importou em dividir


algumas formas diferentes de períodos para descanso. Existem intervalos que ocorrem
dentro da jornada de trabalho, chamados de intervalos intrajornada, e intervalos que
ocorrem entre um dia e outro de serviço, denominados intervalos interjornada.
Também é válido ressaltar que, a depender das profissões e de peculiaridades do
trabalho, existem intervalos com regras mais específicas e diferenciadas
• Intervalo para descanso e refeição: Esta é a espécie mais comum de intervalo intrajornada, é a
que ocorre no cotidiano da maioria dos trabalhadores brasileiros.

• De acordo com o Art. 71 da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT), se a jornada de trabalho de


determinado empregado excede 6 horas, é obrigatória a concessão do intervalo intrajornada
de, no mínimo, uma hora (1hr) e, no máximo, duas horas (2hr). Porém, este limite máximo de
intervalo pode ser extrapolado a partir de acordo escrito ou contrato coletivo. Já se a jornada
de trabalho durar de quatro a seis horas, é obrigatório um intervalo de apenas 15 minutos. E, se
a jornada for de quatro horas ou menos, o empregado não tem direito a intervalo intrajornada.
• Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigatória a concessão de
um intervalo para repouso ou alimentação (intervalo intrajornada), o qual será, no mínimo, de
1 hora e, salvo acordo escrito ou convenção coletiva em contrário, não poderá exceder de 2
horas.
HORAS EXTRAS
• A legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do
trabalho, salvo os casos especiais, é de 8 (oito) horas diárias e 44
(quarenta e quatro) semanais, no máximo. Todavia, poderá a jornada
diária de trabalho dos empregados maiores ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedentes a duas, no máximo, para
efeito de serviço extraordinário, mediante acordo individual, acordo
coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa.
Excepcionalmente, ocorrendo necessidade imperiosa, poderá ser
prorrogada além do limite legalmente permitido.
• Quando um colaborador pode ou não fazer hora extra?
• Assim como determina a legislação, o colaborador só poderá fazer hora extra em situações
imperiosas. Ou seja, essa não pode ser uma prática frequente na rotina de trabalho.

• Além disso, colaboradores que assumem cargos onde não existe a compatibilidade com a
fixação de horários e cargos de gestão não têm o direito a fazer horas extras. Afinal, não
existe a possibilidade de que elas sejam contabilizadas, já que a jornada não é acompanhada.

• Esses cargos são comuns em funções como consultores, vendedores ou executivos de venda,
gerentes e diretores de empresas. Outro ponto a ser considerado é que a hora extra precisa
estar descrita no contrato de trabalho ou CCT para poder ser cobrada. Em outros casos, o
próprio colaborador poderá se recusar a realizar.

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