Você está na página 1de 5

FÓRUM 5

Jornada de trabalho
Corresponde ao tempo em que um colaborador submetido ao regime da CLT fica à disposição da empresa,
seja produzindo ou aguardando ordens.
O período é definido pelo empregador, porém, a Constituição Federal determina que a jornada normal de
trabalho deve ter duração de até 8 horas diárias ou 44 horas semanais.
Em geral, a jornada de trabalho é cumprida na sede da organização. Mas há casos em que as atividades
ocorrem fora dela. Recentemente, uma nova modalidade passou a vigorar nas empresas: o home office ou
trabalho remoto.
Trata-se da possibilidade que foi impulsionada pela pandemia da Covid-19 e estabeleceu-se como uma
tendência possível. Assim como o modelo híbrido, quando o colaborador cumpre parte da jornada na empresa
e outra em casa.
Por isso, o registo de ponto é fundamental para acompanhar se o empregado está obedecendo à jornada
estipulada pela organização, independente do local onde ele realiza o trabalho.
Para fazer esse controle, a tecnologia desenvolveu sistemas de ponto eletrônico por geolocalização.
Isso permite que o empregador possa identificar o local onde o colaborador esteve trabalhando e se, de fato,
ele cumpriu a jornada de trabalho.
As relações trabalhistas são regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) e pela Constituição Federal (CF), de 1988. Assim, a CF estabelece que a
soma da jornada de trabalho semanal não pode ultrapassar 44 horas.
Enquanto a CLT, em seus artigos 58 e 59, define que a duração normal da
jornada de trabalho para colaboradores celetistas deve ser de 8 horas
diárias.
A jornada de trabalho é o tempo que o colaborador deve dedicar à empresa
e ao empregador. Já a escala de trabalho são os dias em que o profissional
deverá executar sua jornada.

Considere o seguinte exemplo para compreender os conceitos: o


funcionário João trabalha de segunda a sexta, das 9h às 18h48. Portanto,
sua jornada de trabalho é de 8 horas e 48 minutos. E sua escala
compreende 5 dias de trabalho (de segunda a sexta) e 2 dias de folga
(sábados e domingos).
Intervalo de descanso e horas extras
Corresponde ao “horário de almoço e repouso”, previsto no artigo 71
da CLT, e é uma pausa obrigatória para garantir qualidade de vida ao
trabalhador. O intervalo intrajornada deve ser concedido em períodos
de trabalho superiores a 6 horas.
Ainda, o repouso deve ser de, no mínimo, 1 hora. A legislação permite
que essa pausa seja maior ou menor, conforme acordo ou convenção
coletiva. No entanto, ele não pode ser maior que 2 horas.
Mas é possível realizar 2 horas extras, totalizando 10 horas diárias de
trabalho.
Ainda, a legislação trabalhista não determina o horário inicial e final da
jornada de trabalho. Por isso, empregador e empregado podem
estabelecer um acordo para definir esse período. Inclusive, as
convenções coletivas podem mediar essa questão.
Afinal, o que acontece se a empresa não conceder intervalo
intrajornada? A reforma trabalhista alerta que a concessão parcial ou a
supressão do horário de almoço obrigará a empresa ao pagamento do
tempo suprimido com adição de 50% sobre o valor da hora de trabalho
normal do colaborador.

Você também pode gostar