Você está na página 1de 4

RECURSOS HUMANOS

Registro do empregado na Carteira de Trabalho


O art. 41 da CLT trata sobre a obrigatoriedade de formalizar o registro do
funcionário na CTPS, seja no documento físico ou na carteira de trabalho
digital através do eSocial. O empregador é obrigado a anotar o salário-base,
possíveis adicionais, o cargo, a jornada laboral e o local do trabalho.

O prazo para fazer anotações na carteira de trabalho do contratado é de até cinco


dias úteis segundo a Lei 13.874/2019. Devem ser informadas, especificamente, a
data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, no
documento do novo empregado.

6. Formalização do contrato de trabalho


Além do registro do empregado na CTPS, também vai ser preciso formalizar a
relação empregatícia por meio de um contrato de trabalho escrito e assinado por
ambas as partes.

Os tipos de contrato de trabalho são:

 contrato com tempo indeterminado;


 contrato por tempo pré-determinado;
 contrato temporário;
 contrato eventual; e
 contrato de estágio (nesse caso, regido pela Lei do Estágio e não pela
CLT).
Todas as modalidades estão previstas em lei, apresentando direitos e deveres que
devem ser seguidos pelo empregador e empregado. Também é muito importante
que haja duas vias do contrato de trabalho, assim, uma pode ficar em posse da
empresa e a outra em posse do empregado.

7. Preparativos internos da empresa


É hora de preparar a “casa” para receber o novo funcionário: liberar acessos e
criar contas que serão utilizadas pelo colaborador, como é o caso do e-mail
corporativo, da criação de identificações do usuário dentro do sistema de ponto da
empresa e a organização da infraestrutura laboral.

Ou seja, mais do que oferecer um kit de boas-vindas, será necessário acomodar o


colaborador da melhor forma possível, garantindo que o profissional tenha as
ferramentas e os recursos necessários para executar suas funções de modo
produtivo.

Contrato de experiência
É previsão de período para que as partes vejam se tem certeza da escolha. Pode ser fixado por
até 90 dias. A CLT permite dividir esse período em até 2 partes. Por exemplo, você pode
contratar por 30 dias e, depois, prorrogar a experiência por mais 60
Contrato de Estágio
O estágio, assim como o trabalho autônomo, não configura vínculo empregatício. Na realidade,
não existe contrato entre o estagiário e a empresa, mas um termo de compromisso que devem
trazer as atividades a serem desempenhadas pelo estudante de forma clara e definida
Após negociar com o candidato e firmar o compromisso, a empresa deve
comunicar a escolha. Os itens que compõem a proposta são estes:
 Lista de documentos necessários;
 Prazo para apresentar documentos;
 Data do exame admissional;
 Data do início da prestação de serviços;
 Condições da contratação;
 Aviso de que o não cumprimento implica possibilidade de desistência da oferta.
A comunicação deve ser feita de modo que possibilite a comprovação do que foi
encaminhado, porque é preciso evitar problemas entre a oferta e a assinatura da carteira de
trabalh

Elaborar o contrato
A relação pode ser registrada apenas na CTPS. No entanto, a melhor prática é complementar
os dados da carteira com um documento escrito, em que constem todas as condições.
Nessa linha, o termo deve prever remuneração, jornada de trabalho, data de admissão, tipo de
contratação, direitos e deveres das partes. Tudo isso deve ficar dentro dos tetos e pisos
previstos em lei. Por exemplo, não é admitido contratar por menos de um salário-mínimo.
Lembre-se também de que é possível negociar tudo o que não for proibido pela legislação.
Prêmios, comissões, planos de saúde e outros benefícios podem compor as cláusulas do
contrato. Além disso, o termo é uma boa oportunidade para informar as regras de conduta da
empresa.
Cadastrar a admissão no E-Social
Desde 10 de abril de 2019, o cronograma para implementação do E-Social chegou à etapa de
inclusão dos eventos não periódicos — que não se repetem mês a mês, semestre a semestre,
ano a ano etc. — por todas as entidades privadas.
Assim, a admissão de colaboradores deve seguir por esse caminho em substituição às
comunicações ao Ministério do Trabalho, INSS e Receita Federal. Isso facilitou bastante
porque basta preencher os dados e enviar a documentação exigida na plataforma digital.

A data de admissão de colaboradores no eSocial

Atualmente, o prazo para envio é o dia útil imediatamente anterior ao início da prestação
de serviços, mas é possível realizar o registro preliminar apenas com CNPJ/CPF do
empregador, CPF do trabalhador, data de nascimento e data de admissão do empregado.
Nesse caso, ganha-se mais 7 dias para regularizar o restante.

Tomar as providências adicionais


Para encerrar, você precisa tomar uma série de providências de âmbito interno:
 Agendar o exame admissional em médico registrado no Ministério do Trabalho;
 Verificar a necessidade de assinatura em outros termos, como o de solicitação do vale-
transporte e banco de horas;
 Atualizar os registros internos, especialmente o livro de funcionários;
 Convocar o colaborador para assinar todos os termos;
 Entregar a carteira de trabalho assinada e guardar o recibo de entrega.

NA CONSTRUÇÃO CIVIL
 Cadastro da Matrícula CEI (pessoa física ou jurídica na construção civil) – deve ser realizado junto à
Receita Federal no prazo de 30 dias do início da obra
 Cadastro Nacional de Obras (CNO) – será utilizado na vigência do eSocial e substituirá o CEI
 Comunicação do início de obra de construção civil ao Ministério do Trabalho – obrigação prevista na
NR nº 18
 DISO Web (comunicação para regularização de obra)
 SERO – Serviço Eletrônico de Aferição de Obras na vigência das escriturações digitais
 Elaborar e manter atualizado o PCMAT – NR18
 Retenção do INSS sobre o valor dos serviços contratados mediante cessão de mão de obra ou
empreitada
Os profissionais que atuam no DP/RH precisam acompanhar as publicações oficiais da Receita Federal,
Ministério da Economia e da Caixa Econômica Federal sobre o processo de simplificação do eSocial e o
Projeto do FGTS-Digital.

A jornada de trabalho é um conceito fundamental dentro do contexto empresarial,


estabelecendo o período em que os colaboradores dedicam-se às atividades relacionadas
às suas obrigações profissionais.

Em outras palavras, trata-se do tempo diário em que os funcionários estão à disposição da


empresa, cumprindo suas responsabilidades laborais.

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a legislação trabalhista


brasileira, o limite máximo de horas diárias é de 8 horas, totalizando 44 horas semanais.

É importante destacar que existem exceções previstas na lei, bem como diferentes
modelos de jornada, que serão abordados ao longo deste artigo.

É importante ressaltar que a jornada de trabalho não se limita apenas ao tempo


efetivamente dedicado às tarefas no ambiente de trabalho.

Ela também pode abranger períodos de descanso, intervalos para alimentação e repouso,
além de atividades relacionadas à formação e capacitação profissional, quando previstas
em acordo coletivo ou convenção sindical.

A regulamentação da jornada de trabalho visa proteger os direitos dos trabalhadores,


evitando
abusos e excessos por parte dos empregadores.

A limitação das horas trabalhadas busca garantir condições de saúde, segurança e bem-
estar aos colaboradores, prevenindo o esgotamento físico e mental causado pelo excesso
de trabalho.

A jornada de trabalho de 44 horas semanais é um modelo comum adotado por diversas


empresas, estabelecendo o tempo de dedicação dos colaboradores às suas atividades
profissionais.

Nesse sistema, é esperado que o funcionário trabalhe 8 horas por dia de segunda a sexta-
feira, somando um total de 40 horas, e mais 4 horas no sábado.

Um ponto importante a ser considerado na jornada de trabalho de 44 horas semanais são


os intervalos de descanso. É essencial compreender como esses intervalos funcionam de
acordo com cada modelo de jornada.

Para os colaboradores que cumprem as 44 horas semanais, é determinado um intervalo


mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas durante os dias úteis da semana. porém, no
sábado não é previsto intervalo de descanso.

Existe outra opção disponível para cumprir as 44 horas semanais sem a necessidade
de trabalhar aos sábados. Nesse caso, é realizada a compensação de horas semanais,
redistribuindo o tempo de trabalho ao longo da semana.

A nova divisão da jornada, com a compensação de horas semanais, pode ser feita da
seguinte forma:

Segunda a quinta-feira: 9 horas diárias de trabalho, com intervalo mínimo de 1 hora e


máximo de 2 horas.
Sexta-feira: 8 horas de trabalho, com intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas.

Como o vale-transporte é pago?

Segundo o artigo 5° do Decreto 95.247/87, o valor não deve ser pago em dinheiro, a não ser
que haja falta ou insuficiência no estoque de vales. Contudo, o pagamento em dinheiro é
permitido se for previsto em uma convenção ou um acordo coletivo.

Há uma exceção para essa regra: empregados domésticos podem receber o vale em
dinheiro. Nos demais casos, os funcionários recebem um bilhete que deve ser recarregado
mensalmente, mas que não precisa ser sempre na mesma data.

Você também pode gostar