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trabalhista para RH
mudanças e atualizações.
Índice
Introdução - Página 3
Vale-transporte - Página 10
Licença-maternidade - Página 24
Licença-paternidade - Página 25
Auxílio-doença - Página 28
Salário-família - Página 30
Para garantir um espaço de trabalho mais seguro, leve e saudável é que foram
criados, portanto, os direitos dos trabalhadores. A missão de verificar se eles estão
sempre sendo cumpridos (e atualizados) é do setor de Recursos Humanos.
Não é uma tarefa fácil. Por isso, nós, da Factorial, criamos este eBook com um resumo
3 de tudo que está previsto na atual legislação trabalhista, e como essas regras
impactam o RH. Afinal, o profissional de RH precisa estar sempre atualizado e por
dentro de tudo o que está previsto na lei.
Neste eBook você terá acesso a um resumo das principais leis contidas na CLT, suas
últimas atualizações e como garantir que a sua empresa esteja cumprindo com todos
os direitos trabalhistas. Boa leitura!
Até a criação da CLT, em 1943, não havia uma regulação específica para os direitos e
deveres entre empregador e empregado. Dessa forma, com a criação das leis
4 trabalhistas, foi possível seguir uma legislação na relação entre quem contrata, seja
ela pessoa física ou jurídica, e o contratado.
As leis trabalhistas contidas na CLT passam sempre por muitas mudanças no Brasil.
Com a Reforma Trabalhista de 2017, por exemplo, algumas leis foram alteradas e
outras flexibilizadas. Além disso, com a pandemia do coronavírus, também vimos
aumentar a modalidade do home office e regime de trabalho, o que, até 2017 não
tinha uma regularização.
Portanto, o RH precisa não somente estar por dentro da legislação trabalhista, como
também das suas mudanças e atualizações. Por isso, a seguir explicaremos todas os
pontos principais da versão mais atualizada da CLT.
Marco Regulatório
No final de 2021, o governo simplificou uma série de normas trabalhistas com o
objetivo de desburocratizar a legislação trabalhista, revogando normativas obsoletas
e implementando diretrizes mais fáceis de serem seguidas.
Essa simplificação das normas trabalhistas se deu pelo Decreto 10.854, ou pelo Marco
Regulatório Trabalhista Infralegal, como é conhecido. Esse decreto consolidou mais
de 1.000 decretos, portarias e instruções normativas relacionadas à legislação
trabalhista em apenas 15 atos.
Contudo, ele provocou algumas mudanças, incluindo algumas relevantes para o RH,
como vale-alimentação, vale-refeição, vale-transporte e controle de ponto. Neste
eBook, todas as mudanças desse Marco também estão sendo consideradas.
Carteira de Trabalho
A Carteira Nacional de Trabalho e Previdência Social (CTPS) vai muito além de um
simples documento de identificação. Ela é uma ferramenta do trabalhador que
assegura os seus direitos. Sem a carteira assinada, muitos trabalhadores perdem a
chance de fazer valer seus direitos.
Quando a empresa for registrar o funcionário, a carteira de trabalho pode ficar nas
mãos do empregador por até 48 horas para que a empresa faça as devidas anotações.
Da mesma forma, no caso de período de avaliação, esse tipo de anotação também é
feita na carteira.
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Carteira de Trabalho Digital
Para fazer o registro, basta ter em mãos a carteira de trabalho física e o número do
CPF. Essa é uma forma de digitalizar e modernizar o documento e trazer mais um
benefício para a carteira assinada.
Contrato eventual
Contrato de estágio
Contrato de terceirização
Quando o colaborador é demitido por algumas das situações descritas no Artigo 482
da CLT, ele perde o direito a essas verbas, além de não poder sacar o seu FGTS e
tampouco ter direito a seguro-desemprego.
Ato de improbidade
Concorrência
Condenação criminal
Embriaguez
Abandono de emprego
Ato lesivo
Se o valor para se deslocar de casa até o trabalho for menor que 6%, então o
trabalhador pode optar por pagar por seu transporte. Além dos trabalhadores com
carteira assinada, os trabalhadores temporários também têm direito a esse
benefício.
Vale lembrar que este benefício é pessoal e não pode ser entregue a outra pessoa. Se
isto acontecer, o benefício pode ser cortado. Além disso, o vale-transporte só é
concedido a quem usa transporte público para chegar ao trabalho.
Vale-alimentação e vale-refeição
O maior ponto dentro da discussão sobre o programa foi relativo à rede própria de
estabelecimentos, desenvolvida ao longo dos anos por empresas de benefícios
tradicionais, versus o uso de cartão bandeirado, defendido por novas empresas do
setor — aquelas que oferecem os chamados benefícios flexíveis.
Com a publicação do decreto 10.854, o trabalhador agora pode utilizar o seu cartão de
benefícios em um número maior de estabelecimentos. Os restaurantes não são
obrigados a aceitar o vale-alimentação e o vale-refeição como forma de pagamento,
11 porém, caso aceitem, devem obedecer aos novos critérios.
Confira o resumo das novas regras trazidas pelo Decreto 10.854 para este ponto:
Valor do vale: deve ser de mesmo valor para todos os funcionários da empresa,
independentemente da remuneração
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Esse direito deve ser obrigatoriamente uma vez por semana, durante 24 horas
seguidas. Caso essa regra não seja respeitada pela empresa, o colaborador tem
direito a receber o valor em dobro pelo dia trabalhado.
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Esse descanso não precisa ser, necessariamente, no domingo. Apesar disso, há uma
regra geral de que a cada 3 semanas, o descanso semanal remunerado deve ser em
um domingo. Fora essa exceção, a folga pode acontecer em qualquer outro dia da
semana.
Pagamento de salário
A empresa tem obrigação de fazer o pagamento do salário até o 5º dia útil do mês.
Isso significa 5º dia sem contar feriados ou finais de semana.
É comum que essa responsabilidade fique nas mãos do RH: cabe ao setor organizar
todas as folhas de pagamento, com os devidos salários, descontos, horas extras,
comissões, entre outros valores que fazem parte da função do funcionário.
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Se a empresa atrasar com o pagamento do salário, o colaborador pode entrar com
ação trabalhista pedindo o pagamento não somente do seu salário, mas também de
uma multa pelo atraso.
Férias
As férias são assunto muito importante tanto para a empresa quanto para o
funcionário. Para a empresa, é a época de organizar tarefas e responsabilidades,
enquanto que, para o funcionário, é uma oportunidade para descansar e repor as
energias.
aviso e recibo de férias. Conforme consta na CLT, é preciso que se passem 12 meses
desde a contratação (tempo conhecido como período aquisitivo) para que o
trabalhador tenha direito a férias.
Férias coletivas
em poucos cliques
FGTS
FGTS é sigla para Fundo de Garantia de Tempo de Serviço. É uma forma de garantir
que o trabalhador demitido sem justa causa tenha acesso a uma poupança derivada
do seu salário.
Este é mais um dos direitos proporcionados pela carteira assinada. Dessa forma, a
empresa todo mês, deposita 8% do salário de cada funcionário em uma conta na
Caixa Econômica Federal no nome do trabalhador.
Além disso, existem outras situações que permitem ao trabalhador retirar esse
dinheiro. Em casos de:
Além de ajudar muitos brasileiros a adquirir seus primeiros imóveis, o FGTS também
contribui para obras públicas. Isso porque também é possível financiar obras de
saneamento básico e infraestrutura com o dinheiro do FGTS.
Outra informação importante é que, antes de 05/10/1988, o FGTS era uma opção
facultativa. Depois dessa data, essa contribuição é obrigatória por parte da empresa.
Além da possibilidade de sacar o valor do FGTS em caso de demissão sem justa causa
e nos casos mencionados acima, o governo federal criou em 2019 uma nova
modalidade de saque do FGTS: o saque-aniversário. Saiba mais clicando aqui.
13º salário
Diferentes prazos podem ser acordados entre empresa e sindicato, desde que isso
não afete os interesses do trabalhador e estejam dentro da lei. Também é comum que
os trabalhadores que estão de férias recebam junto ao seu 1/3 de férias também o
13º.
Isso quer dizer que, caso tenham trabalhado durante o ano inteiro, os trabalhadores
17 têm direito a um mês de salário líquido a mais, ou seja, ao salário que recebem por
mês, mas contando com os descontos de imposto de renda e com o valor pago ao
INSS.
Este registro de ponto pode ser feito manualmente, com documentos em papel. No
entanto, o controle de ponto eletrônico costuma ser muito mais eficaz.
18 Desde 2019, com a Lei da Liberdade Econômica (Lei 13.874/2019), as empresas podem
realizar o registro de ponto por exceção. Neste tipo de controle de ponto eletrônico,
há uma presunção de que a jornada cumprida pelo empregado é, em geral, de 8h por
dia.
Nesse caso, o empregado realiza somente o registro das situações excepcionais. Com
isso, ele não tem que se preocupar com o início e o término da jornada ou os
intervalos. Ele precisaria marcar apenas a exceção.
empregado.
De acordo com os direitos trabalhistas, em dias úteis, o acréscimo de valor pago deve
ser de no mínimo 50%. Aos domingos e feriados, esse acréscimo é de 100%.
horas a mais. Para isso, é mais do que indicado contar com uma
começou seu turno, saiu para almoço, voltou e terminou seu dia de trabalho.
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Aqueles profissionais que normalmente trabalham em período diurno e, uma vez
concluída a sua jornada, seguem trabalhando e fazem horas extras para além da
jornada diária se enquadram no caso da hora extra noturna.
Os profissionais que fazem hora extra noturna devem ser pagos não apenas pela hora
extra como também pelo adicional noturno. Ou seja, qualquer funcionário que fizer
hora extra entre 22h e 5h deve receber o acréscimo de 50% sobre a hora normal de
trabalho mais os 20% do adicional noturno.
No caso dos funcionários que exercem uma jornada noturna e acabam estendendo
suas atividades para o horário diurno, as horas extras também terão a incidência do
adicional noturno.
Trabalho noturno
A legislação trabalhista entende que o trabalho noturno sujeita os funcionários a
maiores desgastes, e por isso determina especificidades quando comparado à
jornada diária. São consideradas horas noturnas aquelas compreendidas entre os
seguintes intervalos:
Hora ficta
Para diferenciar o valor das horas noturnas e diurnas, a legislação utiliza o conceito
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de “hora ficta” para representar a hora noturna reduzida. Essa palavra de origem
latina significa fictícia, já que essa hora não passa de um conceito abstrato (mas com
repercussões bem reais).
Vale destacar também que o adicional noturno deve ser discriminado na folha de
pagamento dos funcionários. Ele deve aparecer como um item exclusivo e descrito à
parte dos demais benefícios. Portanto, é de suma importância que o departamento
de RH saiba como calcular o adicional noturno, considerando também outros
complementos salariais.
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Para as trabalhadoras com carteira assinada, o valor do salário-maternidade é
equivalente ao valor da remuneração mensal paga pela empresa. Dessa forma, para
calcular o quanto será recebido durante a licença maternidade, basta considerar o
salário base recebido mensalmente pela colaboradora.
Aviso prévio
O aviso prévio acontece em duas situações
Em ambos casos, o direito ao aviso prévio determina que o funcionário tenha 30 dias
remunerados. Cabe à empresa decidir se quer que o trabalhador realize suas funções
durante esses dias ou não. Em geral, as empresas não exigem que o colaborador
continue trabalhando.
Se a empresa optar que o funcionário continue, ele tem alguns direitos garantidos
pela carteira assinada. Ele pode terminar sua jornada duas horas antes ou terminar o
aviso prévio sete dias antes.
Seja qual for a escolha, não há alteração do valor a ser recebido. Além dos 30 dias
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remunerados, o colaborador também tem direito a receber por 3 dias adicionais por
cada ano que ficou na empresa.
Trabalhadores que recebem até dois salários mínimos podem fazer a retirada do PIS/
PASEP, também conhecido como abono salarial. Ele varia para trabalhadores da
iniciativa privada (PIS) e o número final da inscrição para servidores públicos (Pasep).
Este é um direito dos funcionários com carteira assinada por pelo menos 30 dias no
ano base (ano anterior ao do pagamento), e que possuem registro no PIS ou PASEP
27 por no mínimo 5 anos. O primeiro registro corresponde aos funcionários de empresas
privadas, e o segundo, aos funcionários públicos.
O registro no PIS/PASEP faz parte do cadastro na Relação Social Anual feito pela
empresa. Essa é uma forma de comprovar o vínculo empregatício. Se toda a
documentação estiver em dia, o colaborador recebe anualmente o valor de um
salário mínimo, em geral, essa data é no mês de aniversário do contribuinte.
Auxílio-doença
O auxílio-doença é outro direito do trabalhador com carteira assinada. Trata-se de
um pagamento feito pelo INSS para o colaborador que está de licença médica. Sendo
assim, o auxílio-doença acontece no caso de um afastamento temporário devido a
um acidente ou uma doença grave.
Para usufruir desse direito, é necessário que o colaborador tenha contribuído ao INSS
28 pelo menos nos últimos 12 meses e ter ficado 15 dias afastado do trabalho. Para
doenças como câncer, previstas em lei, esse tempo de contribuição não é necessário.
O mesmo acontece se for o caso de um acidente no trabalho.
Assim, quem tem carteira assinada recebe o auxílio-doença no valor do seu salário,
respeitando o teto da aposentadoria. Trabalhadores autônomos e empregados
domésticos recebem o valor proporcional ao que contribuíram ao INSS.
O benefício só é concedido após uma perícia médica feita pelo INSS. Nesse dia, é
preciso levar uma declaração de afastamento feita pela empresa e, no caso de
trabalhadores autônomos, uma feita por um médico.
O artigo 473 da Consolidação das Leis de Trabalho estabelece uma lista de faltas
justificadas em que o trabalhador não pode ser prejudicado. Veja alguns exemplos:
Serviço militar;
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Estudos e vestibular;
Comparecer a juízo;
Acompanhamento pré-natal;
Sobre as faltas injustificadas, o trabalhador com carteira assinada tem direito a falta
até 15 dias esporadicamente em um semestre e não sofrer alterações no seu salário
ou no 13º salário. Se este não for o caso, então a empresa pode fazer os devidos
descontos de acordo com a quantidade de dias em que o trabalhador se ausentou.
Salário-família
O salário-família é um benefício que trabalhadores de carteira assinada, autônomos
ou empregados domésticos recebem a mais por mês. Sim, o salário-família consiste
em um valor a mais, de acordo com o salário do contribuinte.
Para ter direito, o trabalhador deve ter filhos com menos de 14 anos ou filhos
inválidos de qualquer idade, e receber um salário de até R$ 1.212,64. Caso ambos os
pais cumpram com essas regras, apenas um deles poderá receber o benefício.
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Para pedir o salário-família, o colaborador deve fazer o pedido ao empregador. Já os
trabalhadores temporários devem buscar o sindicato trabalhista ou outro órgão ao
qual ele esteja filiado. Se o trabalhador está recebendo outros benefícios, como
auxílio-doença, então o pedido é feito diretamente ao INSS.
Trabalho híbrido
Desta forma, caso a empresa queira começar a adotar o formato híbrido, procurar
uma assessoria jurídica pode ajudar a elaborar um contrato nesse formato.
Primeiramente, é importante definir se o contrato de trabalho será modificado e
como isso será feito para, assim, negociar as mudanças com os trabalhadores e
formalizá-las por meio de um aditivo de contrato.
de trabalho híbrido
O que vem por aí
Uma coisa é certa: as leis trabalhistas estão sempre sendo atualizadas. Atualmente,
alguns temas que podem passar por mudanças e que você, enquanto RH, deve ficar
atento são:
Distrato de trabalho;
Lei do estagiário;
Motoristas de aplicativo;
Reforma Sindical.
Muito se fala sobre uma nova reforma trabalhista em 2022, aos moldes da reforma de
2017 para a flexibilização da legislação presente na CLT. O projeto de transformar em
lei as medidas provisórias aprovadas no contexto de crise da pandemia ganharam,
32 inclusive, o apelido de minirreforma trabalhista.