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Ao longo da história os direitos foram conquistados por meio de conflitos, greves e morte de alguns
trabalhadores. Alguns dos direitos conquistados foram:
• Em 1917 no México foi conquistada às 8 horas de jornada de trabalho e um salário mínimo (Ocorreu
em 1934 no Brasil);
• O 13° salário foi conquistado em 1962;
• 15 dias de férias remuneradas em 1925 e 30 dias com a CLT em 1943;
• Na década de 30 foi instituído um número máximo de hora extra e que deveria ser remunerado;
• A constituição de Vargas em 1934 previu alguns direitos e a CLT em 1943;
O que é a CLT?
Ela foi decretada no Estado Novo – período autoritário da Era Vargas – em 1º de maio de 1943.
Essa legislação visa a proteger o trabalhador, a regular as relações de trabalho e criar o direito
processual do trabalho.
Sua importância está na maneira com que se propôs a coibir relações abusivas de trabalho, que antes
eram comuns: não havia leis que regulassem horários, condições de trabalho nem de benefícios. Ou
seja, ela foi uma conquista dos trabalhadores, pois garantiu condições mínimas de trabalho.
Direitos que a CLT prevê
• Carteira de trabalho;
• Falta justificada;
• Salário mínimo;
• Descanso semanal;
• Direito à greve;
• Hora extra remunerada;
• Licença a maternidade;
• FGTS e Aposentadoria;
• Férias remuneradas de 30 dias;
• 13° salário;
• Diversos outros direitos que são aplicados aos dias de hoje;
Reforma trabalhista e implicações
• A Reforma Trabalhista é um conjunto de novas regras criadas pelo governo brasileiro para atualizar e
reformular a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), além de modernizar as relações de trabalho.
Foi em 2017 o ano que o governo (na época do ex-presidente Temer) aprovou o desmonte dos direitos
trabalhistas conquistados durante um século por meio da reforma trabalhista, contudo o início das mudanças
dos direitos deu-se muito antes.
A contrarreforma - como cita o artigo - buscou ajustar-se ao capitalismo contemporâneo e legalizar práticas
que já existiam no mercado de trabalho, fazendo com que o trabalhador se submetesse a regulação do
mercado, ampliando a liberdade do empregador e minando o trabalhador.
O que foi implementado na reforma já estava previsto em um documento de 2015 do PMDB chamado “Uma
ponte para o futuro”, tendo assim a tentativa do partido pôr suas decisões no governo vigente e agradou-se
com o impeachment, da presidência da época (governo Dilma), tendo seu vice, Michael Temer do PMDB,
Assumido o seu posto .
• Esta reforma trabalhista estava em favor do capital em detrimento do trabalhador, onde no período
anterior os direitos que haviam sido conquistados foram retrocedidos.
Regulação trabalhista
A análise das medidas da relação entre capital e trabalho tem como base duas regulações: a regulação
pública e a regulação privada.
Tem-se como regulação pública, o processo de definição das regras com base na ação dos trabalhadores por
meio de negociação coletiva ou regulamentação estatal, que se traduz na colocação de limites sobre a forma
como o capital utiliza a força de trabalho. A análise não deve ser por funcionalidade econômica e sim pela
natureza histórica para garantir a dignidade do trabalhador em trica da sua força de trabalho.
• A relação entre capital e trabalho é marcada por uma assimetria, sendo fundamental assegurar a
existência do sindicato e da negociação ou a intervenção do Estado para proteger o elo mais frágil da
relação.
• O trabalho não pode ser considerado como uma mercadoria qualquer, pois quem vende a força de
trabalho é uma pessoa humana e sua dignidade precisa estar assegurada
Tem-se como regulação privada, a definição de regras pelo âmbito do mercado ou pelo poder do
empregador. Portanto, a análise das medidas é feita utilizando como critério a sua contribuição para ampliar
a proteção social e redistribuir a riqueza gerada ou para alargar a liberdade da empresa na determinação das
condições de contratação, uso e remuneração do trabalho.
O início do desmonte
Após a segunda guerra na Europa foi um período de desmercantilização da força de trabalho, mas
após a crise de 1970 voltou-se a mercantilização.
Nos anos recentes, a partir de 1980 nos países da Europa ocidental e 1990 no Brasil, há uma
tendência de fragilizar a regulação pública favorecendo a regulação privada, em que o trabalhador
fica mais exposto aos mecanismos de mercado na determinação de suas condições de
sobrevivência. Ou seja, deu início a uma era de favorecimento da empresa e não do trabalhador.
Nos anos de 1990, quando o Brasil optou por se inserir no processo de globalização financeira, o
neoliberalismo ganhou expressão nos governos Collor e, especialmente, FHC a agenda de
flexibilização das relações de trabalho.
Os argumentos eram: Que é necessário flexibilizar para enfrentar o desemprego e informalidade e
que era necessário ajustar o regulamento do trabalho as novas tecnologias.
Construindo a reforma desde 1990
O debate econômico da época de 1990 Existiam duas teses: Os Neoclássicos e os Novos
Keynesianos
• O avanço de formas de contratação atípica (contrato por prazo determinado, contrato parcial, ampliação do
período para utilização do contrato temporário);
• A flexibilização da jornada (banco de horas, liberalização do trabalho aos domingos);
• A remuneração variável (o fim da política salarial o fim dos mecanismos de indexação do salário mínimo, a
introdução do programa de Participação nos Lucros e Resultado e liberação do salário utilidade);
• A introdução de mecanismos privados de solução de conflitos (mediação, arbitragem e Comissão de
Conciliação Prévia).
• Redução do poder do estado e dos sindicatos;
• Facilidade de contratar e demitir;
• Despadronização da jornada de trabalho;
O que foi modificado no Brasil acompanhou as mudanças da Europa. Tendo a lógica do mercado acima da vida
social.
Governo Lula
Tentou iniciar uma reforma sindical e trabalhista por meio da FNT com participação dos 3 poderes , porém
não teve apoio e não tramitou, mas elaborou a lei do reconhecimento sindical em 2008, que proporcionou
bases para seu financiamento.
A questão dos direitos trabalhistas também não tramitou por falta de apoio.
Foram introduzidas quinze medidas de ampliação nas políticas públicas, entre elas:
• Valorização do salário mínimo;
• Regularização do trabalho doméstico;
Ao mesmo tempo foram implementadas vinte e uma medidas que reforçam a lógica da flexibilização e
redução da proteção social, como:
• A reforma da previdência no setor público de 2003;
• As restrições do seguro desemprego e do abono salarial;
• A lei das falências;
No fim do governo Lula nenhuma reforma trabalhista e sindical foi realizada, mas ocorreram algumas mudanças
pontuais.
Pensando na elite econômica do Brasil, Temer demonstrou apoio ao impeachment para a aplicação do documento do
PMDB já citado, apoiando o ultraliberalismo. Nele há:
• A indicação de reduzir o tamanho do Estado e de reduzir o gasto social
• Retirar direitos a redução do gasto social, e diminuir a proteção social
• Previa as privatizações, a reforma da previdência e a reforma trabalhista
A contrarreforma: perda dos direitos
Em relação aos direitos:
• Em relação a jornada de trabalho: a ampliação da liberdade do empregador manejar o tempo de trabalho necessário e a
redução de custos com o não pagamento de parte do tempo em que o trabalhador fica à disposição do empregador, mas não
está necessariamente produzindo. Insalubridade, acarreta doenças...