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Irredutibilidade salarial
Importantíssimo princípio do Direito do Trabalho que garante que os salários dos
trabalhadores nunca podem ser reduzidos.
Assim, independente de alteração de cargo ou função a empresa é vedada de reduzir o salário
base do trabalhador.
Claro, que existe exceções, a primeira prevista no artigo 611-A da CLT que autoriza a
redução salarial provisória desde ocorra em Convenção Coletiva e proteja os trabalhadores
contra demissão sem justa causa durante o período da redução.
Ou seja, mesmo nesse caso a redução não será definitiva, ela será apenas por um determinado
tempo, e enquanto isso os trabalhadores não poderão ser demitidos.
Importante também destacar que tal regra não vale para o salário condição, como:
adicional de insalubridade;
hora extra;
adicional noturno.
Não havendo mais o trabalho nas condições necessárias, a empresa pode tranquilamente
suprimir tais adicionais, não sendo considerado redução salarial.
Primazia da Realidade
Talvez um dos princípios com mais efeitos na prática trabalhista e com certeza todo
advogado irá se deparar, o princípio da primazia da realidade.
Ele determina que a realidade da relação de trabalho prevalece sobre qualquer cláusula ou
documento, o que importante é a verdade real, o que realmente aconteceu.
Tal princípio é importantíssimo para casos de pejotização por exemplo, apesar de haver
contrato de prestação de serviço, ele poderá ser anulado com base nesse princípio se ficar
comprovado que na realizado havia uma relação empregatícia.
Nas primeiras fases o direito do trabalho ainda não possuía a forma que tem hoje, somente a
partir da última fase que ele se assenta no Brasil, e inicia sua fase contemporânea.
A política trabalhista brasileira começa a ser introduzida em 1930, com Getúlio Vargas, com
a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Uma das primeiras constituições a tratar do direito do trabalho é a de 1934, a qual garantiu
direitos aos trabalhadores, quais sejam: liberdade sindical, isonomia salarial, salário mínimo,
jornada de 8 (oito) horas de trabalho, proteção do trabalho das mulheres e crianças, repouso
semanal e férias anuais remuneradas.
Um dos marcos mais importantes do direito do trabalho se deu em 1943, com a aprovação da
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), a qual reuniu todas as leis esparsas existentes,
sistematizando-as em uma só. O segundo, foi o advento da constituição cidadão, a
constituição de 1988, por meio da qual os direitos trabalhistas adquiriram status
constitucional, sendo assim devidamente consagrados no ordenamento brasileiro.
No Brasil, o trabalho livre só aparece a partir de 1988, com a abolição da escravatura com a
promulgação da Lei Áurea em 13 de maio de 1988, que aboliu o trabalho escravo, pelo
menos de maneira formal. Foram 4 séculos, portanto, de trabalho escravo no Brasil. Quando
o direito do trabalho surge no século XIX, fica conhecido como legislação industrial. Isto
porque, o direito do trabalho surge no meio da regulamentação da atividade industrial. As
primeiras regras trabalhistas surgem entre a regulamentação da atividade industrial. Quando o
direito do trabalho começa a ter vida própria, passa a ser conhecido como direito operário.