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Além disso, ela é amparada por diversas outras normas, como as convenções coletivas,
portarias ministeriais, normas regulamentadoras, súmulas e até mesmo jurisprudências.
O que torna difícil até mesmo acompanhar e saber o que é a CLT e o que realmente
está previsto nela.
PARA QUE SERVE A CLT?
A CLT serve para regulamentar a relação de trabalho entre empregado e
empregador, mas para além disso, é importante lembrar que esse documento
serviu para unificar os diversos decretos no âmbito do direito do trabalho que
existiam no país na década de 30 e 40.
O QUE SERIA UM CONTRATO CLT?
Um contrato CLT trata-se de um acordo firmado entre uma contratante e um contratado
com base nas regras previstas na lei trabalhista. Podendo ser por tempo determinado ou
indeterminado.
Quando um trabalhador é contratado via CLT, isso quer dizer que o emprego dele
será formal, com carteira assinada, e ele terá direito aos principais benefícios da CLT
como FGTS, INSS, décimo terceiro, férias, jornada de trabalho de até 08 horas
diárias, e diversos outros direitos previstos nesta consolidação.
COMO FUNCIONA UM CONTRATO CLT?
Para ser firmado um contrato CLT, a empresa precisa realizar a admissão do
empregado conforme as regras celetistas, que inclui: anotação da CTPS, celebração
de um contrato de trabalho e exame admissional.
“ Art. 3º – Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
De acordo com o Art. 29 da CLT, o empregador deve realizar uma série de anotações
toda vez que admitir um novo empregado, no prazo de 5 dias úteis.
SALÁRIO MÍNIMO
O salário mínimo é outro direito que não foi instituído com a CLT, mas, suas regras
também estão presentes na consolidação. Em seu artigo 76, a CLT prevê que:
Do artigo 129 ao 145, são previstas diversas regras sobre férias, férias coletivas,
remuneração e abono de férias.
Nessa linha, podemos também citar alguns direitos posteriores à criação da CLT, um
dos maiores exemplos é a Constituição Federal de 1988, que instaurou diversos direitos
trabalhistas conhecidos como sociais.
QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS BENEFÍCIOS QUE
VIERAM COM A CLT?
Contudo, apesar da CLT não inaugurar todos os direitos trabalhistas, os mais populares
como férias, hora extra, adicional de ⅓, salário mínimo, FGTS, 13°, entre outros que hoje
fazem parte desse conjunto. E, mesmo que diversas leis trabalhistas ainda estejam fora da
CLT, devemos lembrar que em seu conteúdo ela traz as mais fundamentais
regulamentações em relação ao direito do trabalho.
Mas falando em principais benefícios que vieram com a CLT podemos citar a licença-
maternidade e o aviso prévio.
LICENÇA-MATERNIDADE
A licença-maternidade foi um dos direitos adquiridos com a criação da CLT. Inicialmente
o artigo 392 previa que era proibido o trabalho da mulher gestante no período de seis
semanas antes e seis semanas depois do parto.
Muito tempo depois, com a regra trazida pela Constituição, o artigo 392 foi modificado e
a licença-maternidade passou a ser válida por 120 dias, e hoje passa a vigorar com a
seguinte redação:
Agora que entendemos o que a CLT prevê e quais direitos foram adquiridos com
ela, chegou a hora de falarmos de uma recente e importante modificação nas regras
do direito do trabalho, a Reforma Trabalhista.
REFORMA TRABALHISTA E CLT: O QUE MUDOU?
A reforma trabalhista que passou a vigorar em novembro de 2017, foi um
grande marco na legislação trabalhista do país.
A primeira coisa que devemos considerar é que a reforma trouxe às relações
de trabalho uma maior flexibilização, com possibilidade de acordo entre
empregador e empregado em alguns casos e diversos outros pontos que tornam
a lei mais flexível.
Dentre todas as mudanças, vamos citar algumas das mais importantes.
DEMISSÃO POR ACORDO TRABALHISTA
Diversos trabalhadores já se viram no dilema de estarem insatisfeitos com seu trabalho,
mas não viam sequer a possibilidade de se demitir. Muitas vezes, pelo tempo de casa não
seria vantajoso pedir demissão, afinal, o trabalhador não poderia sacar o seu fundo de
garantia, nem mesmo receberia a multa do FGTS.
Após a reforma isso deixou se der um problema, pois a demissão por acordo trabalhista
passou a ser uma realidade, nessa modalidade é feito um acordo entre as partes para
oficializar a demissão, com isso, o empregador fica obrigado a pagar apenas 20% da multa
do FGTS e o colaborador pode movimentar até 80% do saldo de seu fundo.
FRACIONAMENTO DE FÉRIAS
Nesse texto vimos que após 12 meses de trabalho o trabalhador ganha o direito de tirar
30 dias de férias se neste período não tiver mais do que 05 faltas injustificadas.
Mas nem todas as empresas e colaboradores gostavam de tirar 30 dias corridos de
férias, para os trabalhadores o principal motivo era que o período pós-férias fazia diferença
no orçamento, e para as empresas, não era vantajoso ter um funcionário fora por tanto
tempo.
Com a Reforma, o trabalhador e o empregador podem escolher fracionar o período de
férias em até três períodos, desde que um deles não seja inferior a 14 dias, e os outros dois
não sejam menores que 05 dias corridos.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
Antes da reforma, uma vez por ano, todo trabalhador celetista deveria fazer a
sua contribuição sindical, após a reforma essa regra passou a ser opcional.
Com a alteração da lei, o trabalhador pode optar por ter ou não ter esse
desconto em seu holerite.
BANCO DE HORAS
O banco de horas também foi modificado com a reforma trabalhista, trazendo
a possibilidade dele ser implantado mediante acordo entre empregador e
empregado.