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Guia Prático dos principais direitos dos trabalhadores na CLT 1

Sumário

Guia Prático dos principais direitos dos trabalhadores na CLT 1

Uma conquista para os trabalhadores brasileiros 1

CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2

JORNADA DE TRABALHO E HORA EXTRA 3

FGTS 3

13° SALÁRIO 4

FÉRIAS REMUNERADAS 5

SEGURO-DESEMPREGO 6

VALE-TRANSPORTE 6

ABONO SALARIAL 7

ALIMENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA MÉDICA 7

LICENÇA MATERNIDADE 8

AVISO PRÉVIO 8

ADICIONAL NOTURNO 9

FALTAS JUSTIFICADAS 9
Guia Prático dos principais direitos dos trabalhadores na CLT 1

Guia Prático dos principais direitos


dos trabalhadores na CLT
Sancionada pelo ex-presidente Getúlio Vargas no dia 1° de maio de 1973, a Consoli-
dação das Leis Trabalhistas foi criada por meio do Decreto-Lei n° 5.452, a legislação
completou 77 anos de muitas conquistas, direitos e também deveres aos trabalha-
dores brasileiros.
Com o objetivo de regulamentar as relações individuais e coletivas do trabalho, a CLT
é o resultado de 13 anos de luta – desde o início do Estado Novo até 1943 – quando
juristas se empenharam para criar as leis que atendessem às necessidades de proteção
do trabalhador, dentro de um contexto de estado regulamentador.
Ao longo dos anos, a legislação sofreu várias alterações, adaptando o texto às mudanças
comportamentais e do mercado nos mais diferentes aspectos.
Nesse contexto, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as
relações de trabalho e proteger os trabalhadores.

Uma conquista para os


trabalhadores brasileiros
Não tem como negar que a Consolidação das Leis
Trabalhistas é uma conquista para todos os traba-
lhadores brasileiros. É o reconhecimento de todo
o trabalho e esforço do cidadão, além de garantir
melhor qualidade de vida.
Graças a essa legislação que os direitos são garan-
tidos e respeitados, assegurando que o trabalho seja
sempre executado de maneira humanizada.
Além ser uma conquista para todos os brasileiros, a
CLT abriu caminho para que a mulher também tenha
um tratamento humanizado.
Por meio dela, a mulher tem o direito de se afastar por
licença-maternidade para passar um determinado
período com seu filho recém-nascido. Além disso, um
trabalhador doente, por exemplo, também pode ter
uma licença médica para poder se tratar.
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Para evitar problemas na esfera judicial, é imprescindível que as empresas de diferentes
portes sigam rigorosamente a legislação.Para que você tenha um controle efetivo das
questões trabalhistas, elaboramos esse Guia Prático dos principais direitos dos
trabalhadores na CLT.

CARTEIRA DE
TRABALHO ASSINADA

A carteira de trabalho assinada corresponde ao registro do traba-


lhador na empresa. Todo o empregador, independentemente do
segmento e porte, deve fazer esse registro quando o trabalhador
é contratado, fazendo atualizações sempre que houver alguma
alteração, até o seu desligamento.
Vale lembrar que o empregador não pode manter a CTPS em seu
poder, devendo ser atualizada e devolvida no prazo de até 5 dias uteis
ao trabalhador. Além de ser essencial para as contratações e
atualizações, a carteira de trabalho é um importante documento para
o trabalhador, já que reúne um histórico dos vínculos empregatícios,
comprovando, inclusive, que a empresa cumpriu com sua obrigação.
Desde o ano de 2017 não se fabrica mais a CPTS e futuramente
teremos apenas a CPTS DIGITAL.
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JORNADA DE TRABALHO
E HORA EXTRA

A jornada de trabalho também é um importante direito do trabalhador. Trata-se do


período de tempo em que o empregado está à disposição do seu empregador aguar-
dando ou executando ordens.
Os limites da jornada estão estabelecidos na Constituição Federal e também na Conso-
lidação das Leis Trabalhistas.
O contrato de trabalho estabelece a carga horária de atuação do empregado e também
as horas extras, ou seja, aquelas que excedam o que está previsto na legislação. As
horas extras são remuneradas, no mínimo, em 50% ao valor da hora normal.

FGTS

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, mais conhecido


como FGTS é um benefício constituído ao longo do tempo.
O empregador deve recolher mensalmente um determi-
nado valor que será destinado ao FGTS, que fica guardado
até que o trabalhador tenha o direito de sacá-lo. Este valor
corresponde a 2% ou 8% do salário bruto.
DICA : BAIXE O APLICATIVO FGTS
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O trabalhador tem direito ao saque nas seguintes situações:

• Quando o contrato de trabalho for rescindido pelo empregador, sem justa causa;
• Quando o trabalhador se aposentar;
• Quando o trabalhador desejar utilizar o saldo para comprar sua casa própria.

Vale lembrar que se o trabalhador pedir o desligamento, ele perde o direito de sacar o
FGTS naquele momento, tendo que esperar até que a conta do depósito fique inativa
por três anos.

13° SALÁRIO

O 13° salário é considerado um salário Períodos superiores a 15 dias também


extra, que é pago sempre no fim do ano devem ser contabilizados. Além dos
para empregados de carteira assinada, trabalhadores com carteira assinada,
sendo que o valor deve ser equivalente à aposentados e pensionistas do INSS
remuneração do mês de dezembro. também tem o direito à remuneração
extra no fim do ano.
Já para os empregados que o contrato
de trabalho for menor que um ano de Vale lembrar que 50% do 13° deve ser
serviço, o cálculo deve ser feito a partir pago até o mês de novembro e a segunda
de uma divisão do valor do 13° por 12 parte, até o dia 20 de dezembro. O traba-
e multiplicando pelo número de meses lhador também pode optar por receber a
trabalhados. primeira parcela no momento das férias.
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FÉRIAS REMUNERADAS

As férias remuneradas são permitidas Caso o empregado tenha mais de cinco


após o trabalhador completar um ano faltas sem justificativa, o número de dias
com registro em carteira, sendo que ele das férias é reduzido. A partir de 33 faltas
ganha o direito a férias remuneradas por sem justificativa, ele perde o direito às
um período de 30 dias corridos. férias.
Lembrando que quem decide quando o Além de férias individuais, o empregador
empregado pode tirar as férias é o empre- também pode conceder férias coletivas
gador, mas elas devem ser concedidas
a todos os trabalhadores ou de deter-
no prazo até 12 meses. Caso a empresa
minados setores, por um período não
não libere o empregado para o gozo das
inferior a 10 dias.
férias nesse período, ela fica obrigada a
dobrar a remuneração paga. Para que isso aconteça, a empresa preci-
As férias podem ser divididas em dois sará comunicar o Ministério do Trabalho
períodos, nunca inferior a 10 dias corridos. e o sindicato da categoria. No caso de
Essa opção, porém, é vetada para traba- empregados com menos de um ano de
lhadores com menos de 18 anos e com contrato, o tempo será calculado propor-
mais de 50 anos, que devem tirar os dias cionalmente e uma nova contagem será
de férias em um período apenas. iniciada no retorno das férias.
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SEGURO-DESEMPREGO

Garantido pelo artigo 7°. II da Constituição Federal da República, o seguro-desemprego


é um direito do trabalhador, que pode ser pago durante 3 a 5 meses, contínuos ou alter-
nados dependendo do período trabalhado e dos seguintes critérios:

1a solicitação: pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores


à data de dispensa, quando da primeira solicitação;
2a solicitação: pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores
à data de dispensa, quando da segunda solicitação;
3a solicitação em diante: cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de
dispensa, quando das demais solicitações.

Para ter direito ao auxílio financeiro, o trabalhador deve comprovar que não possui outra
fonte de renda suficiente para suprir seus gastos.

VALE-TRANSPORTE

O vale-transporte é um benefício que visa


garantir a locomoção do trabalhador, custeando
as tarifas do transporte coletivo público, seja
urbano, intermunicipal ou interestadual em todo
seu trajeto até o trabalho.
O benefício funciona da seguinte forma: as
empresas devem adiantar ao trabalhador, ao final
de cada mês, quantas passagens diárias forem
necessárias para que este se desloque de casa
para o trabalho e vice-versa no mês seguinte.
O empregador pode descontar uma parcela do
salário dos trabalhadores que optem por receber
esse benefício, mas essa parcela não pode ser
superior ao equivalente a 6% do salário ou ao
custo do vale-transporte.
O empregador também pode conceder um meio
de transporte próprio para levar os funcionários
até a empresa. Assim, ele não precisa entregar o
vale aos trabalhadores que utilizam este serviço.

https://www.blog.nith.com.br/
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ABONO SALARIAL

O abono salarial é um benefício de um salário mínimo por ano pago a trabalhadores


com renda mensal de até dois salários mínimos que contribuem para o PIS (Programa
de Integração Social) ou o Pasep (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor
Público).
Tem direito a receber esse benefício os trabalhadores que tiveram carteira assinada ao
menos 30 dias no ano e já estejam cadastrados no Fundo de Participação PIS/Pasep
ou no Cadastro Nacional do Trabalhador por, no mínimo, 5

ALIMENTAÇÃO
Vale-alimentação ou vale-refeição é um panificadoras e comércios similares.
benefício fornecido pela empresa com Já o vale-refeição é destinado para o
o objetivo de garantir ao trabalhador pagamento de refeições em restaurantes,
condições para se alimentar. lanchonetes e outros estabelecimentos.
No entanto, não há uma lei específica Por sua vez, o pagamento dos vales não
que determine essa obrigação legal ao é uma obrigação da empresa.
empregador, sendo que esse direito Mesmo que não tenha obrigatorie-
só se torna, de fato, obrigatório se for dade, a Norma Regulamentadora NR-24
negociado entre os sindicatos por meio determina que, independentemente de
do Acordo Coletivo ou Convenção fornecer a alimentação ou o vale-alimen-
Coletiva da categoria. tação aos trabalhadores, as empresas
Lembrando que o vale-alimentação é que possuem mais de 300 empregados
destinado para a compra de alimentos devem oferecer um refeitório para os
geralmente aceito em supermercados,
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LICENÇA MATERNIDADE

Também prevista na Consolidação de Leis Trabalhistas, a licença-maternidade é


um benefício previdenciário que concede uma licença de 120 dias remuneradas às
mulheres após o parto.
Inicialmente, o afastamento era de 84 dias, sendo pago pelo empregador. Com o passar
dos anos, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) começou a recomendar que
os custos com a licença-maternidade fossem pagos pelos sistemas de previdência
social. No Brasil, isso ocorreu em 1973.
As gestantes também têm estabilidade no emprego desde o momento da confir-
mação da gravidez até cinco meses após o parto. O benefício pode ser estendido
para pais viúvos ou no caso de adoção.

AVISO PRÉVIO

O aviso prévio também entra como um dos principais direitos dos trabalhadores. Em
caso de quebra de contrato, ou seja, pedido de demissão do trabalhador ou dispensa,
é necessário que a outra parte seja avisada com 30 dias de antecedência.
Trabalhadores há mais de um ano na empresa deverão acrescentar três dias ao período
por cada ano trabalhado, podendo chegar ao máximo de 90 dias (trabalhadores
empregados há 20 anos).
Se a dispensa ocorrer sem o aviso, o trabalhador tem o direito de receber o salário
corresponde ao período, com todos os direitos e benefícios. Por outro lado, se o traba-
lhador deixar o trabalho, a empresa pode descontar esses valores.
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ADICIONAL NOTURNO

O adicional noturno deve ser concedido quando o trabalho ocorre em período noturno
com remuneração 20% maior. É considerado período noturno o trabalho entre às 22h
de um dia até às 5h do dia seguinte.
Vale lembrar que o horário muda para o trabalho rural, que é das 21h às 5h e para o
trabalho pecuário, das 20h às 4h.

FALTAS JUSTIFICADAS

As faltas justificativas também estão previstas na CLT, garantindo a ausência ao


trabalho em determinadas situações:
Por dois dias por falecimento de cônjuge, ascendentes (pais e avós), descen-
dentes (filhos e netos, por exemplo), irmãos ou dependentes;
Por três dias após casamento;
Por cinco dias após nascimento de filho, no caso dos pais
(Licença-paternidade);
Por doação voluntária de sangue (uma vez a cada doze meses de trabalho);
Para cumprir exigências do serviço militar;
Para realizar provas de exame vestibular para cursos de ensino superior;
Quando precisar comparecer a juízo (por exemplo, para participar de júri).
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