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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Noções de Segurança e Saúde no Trabalho III


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NOÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO III

Horas Extras

Toda a atividade que ultrapasse a jornada normal de trabalho diária ou semanal é con-
siderada hora extraordinária, que deve ser remunerada com 50% do valor normal (art. 7º,
XVI, da CF). Ressalva-se que o trabalho em hora extraordinária é voluntário, não podendo o
empregador obrigar o empregado a prestar o serviço (art. 61 da CLT).
Deve-se ressaltar que as horas extras executadas em período noturno, isto é, entre as
22h e as 5h, devem ter adicional noturno sobre o valor da hora extra. Para empregados com
contratos de regime parcial, não podem ser computadas horas extras.
O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qual-
quer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho - salvo quando, tratando-
-se de local de difícil acesso ou não ser servido por transporte público, o empregador fornecer a
condução (art. 58, §2º da CLT, acrescentado pela Lei no 10.243/2001 – enunciado 90 do TST).
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Trabalho da mulher

Com a promulgação da Constituição de 1988, vários dispositivos discriminatórios, com


relação ao trabalho da mulher foram extintos, como o que dava ao marido o poder de rescin-
dir o contrato de trabalho de sua esposa, ou o que determinava que ela só trabalharia se o
marido autorizasse.
Para elas, ainda, é proibida a contratação para a realização de serviços que demandem
força muscular superior a 20 quilos, para o trabalho contínuo, e de 25 quilos, para o ocasional
(CLT art. 390). É proibida, também, a exigência de teste, de exame de perícia, de atestado
médico ou de declaração relativos à realização de processo de esterilização ou para verifi-
car se a mulher está ou não grávida (Lei no 9.029/1995, art. 2º – pena de um a dois anos de
detenção e multa).
É assegurado, às lactantes, o direito a dois descansos diários de meia hora cada um para
a empregada amamentar o próprio filho do final da licença maternidade até os seis meses de
idade da criança, salvo se a empresa optar pela licença maternidade de seis meses. (CLT art.
396). Além disso, a empregada grávida possui estabilidade provisória no emprego de cinco
meses após o parto, incluindo o período de gestação (Constituição Federal – ADCT art. 10,
inciso II item “b”).
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Trabalho do menor

A legislação vigente considera trabalhador menor aquele que possui menos de 18 anos.
O menor dos 16 aos 18 anos pode trabalhar, entre 14 e 16 anos pode ser admitido como
menor aprendiz e entre 10 e 14 anos, e em situações muito especiais e específicas, pode
trabalhar em regime de economia familiar.
O trabalhador menor de 18 anos precisa de autorização prévia e expressa de seu respon-
sável, sendo presumida se o menor possuir Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
O menor pode dar contrarrecibo dos salários recebidos, mas não pode receber a indenização
de rompimento de contrato de trabalho sem a assistência de seu responsável. Não pode o
menor, ainda, realizar trabalho noturno, perigoso e insalubre, (CF, art. 7º, inciso XXXIII), sendo
vedados também serviços prejudiciais à sua moralidade (CLT, art. 405, inciso II).
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ATENÇÃO
Lembre-se de que “insalubre” é aquele trabalho que pode ocasionar riscos, enquanto “pe-
rigoso” é aquele que oferece risco à vida do trabalhador.

Serviços externos só podem ser realizados por menores com autorização prévia de magis-
trado da infância e juventude. O menor trabalhador pode ser vinculado em um Estágio (Lei no
6.494/1977), isto é, menores discentes que estiverem frequentando cursos profissionalizante
de Ensino Médio, ou escolas de educação especial podem ser contratados como estagiários.
Vale lembrar que o estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza e o estagi-
ário poderá receber bolsa, ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada,
devendo o estudante, em qualquer hipótese, estar segurado contra acidentes pessoais.
A CLT determina em seu artigo 427 que todo empregador que contratar menor é obri-
gado a conceder-lhe o tempo que for necessário para a frequência às aulas ou para estudo
para provas. O trabalhador menor, estudante, terá direito a fazer coincidir suas férias com as
férias escolares. A prestação de serviço extraordinário pelo trabalhador menor somente será
permitida em caso excepcional, por motivo de força maior e desde que o trabalho do menor
seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento.
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Legislação sindical

A palavra “sindicato” é definida como a associação de pessoas de uma mesma categoria


profissional ou que atua no mesmo setor econômico. O sindicato dos empregados e traba-
lhadores defendem os interesses dos trabalhadores e o sindicato patronal o interesse dos
patrões, devendo-se buscar o equilíbrio de interesses entre ambos. O sindicato é uma enti-
dade de direito privado, isto é, não possui influência ou controle estatal.
Tem como área de atuação mínima um município (podendo atuar em mais de um). A
Federação é a união de no mínimo cinco sindicatos da mesma categoria ou atividade econô-
mica, ficando restrito normalmente ao Estado. A Confederação é a associação de no mínimo
três federações, organizada em caráter nacional, com sede em Brasília – DF. Ainda existe,
na estrutura sindical brasileira, as Centrais Sindicais, reconhecidas pela Lei no 11.648, de 31
de março de 2008.
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Cabe aos sindicatos:

• representar administrativamente e judicialmente seus sindicalizados;


• promover assistência;
• representar os sindicalizados nas negociações coletivas - como para definições de
salário base ou outros direitos;
• promover a arrecadação das contribuições de seus sindicalizados.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Raylton de Carvalho Gomes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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