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Direito Trabalhista e

Previdenciário

UNIDADE 4
UNIDADE IV - DIREITO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIO

Palavras do Professor

Olá, aluno!

Chegamos ao final. Ufa! Com certeza você está craque em Direito Trabalhista, no que tange a Direito
Individual e Direito Tutelar do Trabalho, contrato, requisitos, partes, normas de segurança, enfim, está
pronto para o mercado de trabalho.

Para finalizarmos nossa disciplina de Direito Trabalhista e Previdenciário, você vai estudar a parte de
Direito Coletivo do Trabalho, que é o segmento do Direito do Trabalho encarregado de tratar da organização
sindical, dos conflitos coletivos do trabalho e sua solução e da representação dos trabalhadores, quando
nesse momento trataremos em síntese, das relações sindicais, e ao final, o restante que precisamos para
entender o Direito Previdenciário (pois já vimos bastantes coisas relacionadas até agora).

Quando você terminar o estudo da unidade quatro, não restará dúvida que você poderá aplicar com
segurança as normas de direito trabalhista e previdenciário.

Vamos lá!

Orientações da Disciplina

Primeiramente vamos tentar entender para que existe um sindicato e como é criado, identificando suas
características e onde deve atuar.

Além disso, vamos entender nas negociações coletivas do direito do trabalho.

No final desta unidade, você terá acesso a várias informações no que se refere ao Direito Previdenciário,
que, apesar de já termos estudado bastante algumas características durante toda essa disciplina, iremos
a partir de então aprofundar.

Mãos à obra!

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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

LIBERDADE SINDICAL

Para Sérgio Pinto Martins, autor de vários livros sobre o tema, Liberdade Sindical é o direito dos trabalhadores
e empregadores de se organizarem e constituírem livremente as agremiações que desejarem, no número
por eles idealizado, sem que sofram qualquer interferência ou intervenção do Estado, nem uns em relação
aos outros, visando à promoção de seus interesses ou dos grupos que irão representar.

Essa liberdade sindical também compreende o direito de ingressar e se retirar dos sindicatos.

ORGANIZAÇÃO SINDICAL

O decreto nº 19.770 de 19 de março de 1931 estabeleceu a distinção entre sindicato de empregados e


trabalhadores, e o sindicato único para cada profissão numa mesma região. O Ministério do Trabalho era
o “guarda-chuva” das organizações sindicais. Na constituição atual, o sindicato passa a ser uma entidade
do direito privado exercendo com autonomia sua atividade, não estando mais ligado umbilicalmente ao
estado.

A CLT não define o que vem a ser sindicato, apenas esclarece que é licita a associação para fins de estudo,
defesa e coordenação de seus interesses econômicos ou profissionais. Sindicato é assim, a associação
de pessoas físicas ou jurídicas que tem atividades econômicas ou profissionais, visando a defesa dos
interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria.

É importante que você saiba que:

§ No sindicato a filiação é facultativa ao contrário do que ocorre em ordens profissionais como dos
advogados e etc.;
§ Os sindicatos são diferentes das associações desportivas;
§ Os sindicatos diferem ainda das cooperativas.

De acordo com nosso sistema sindical, consagrado no inciso II do artigo 8º da Constituição da República
Federativa do Brasil, não há possibilidade da criação de mais de uma organização sindical, em qualquer
grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que não poderá
ser inferior à área de um município. Isso chamamos de Unicidade Sindical.

Esse tipo de coisa veio a existir para evitar a criação de vários sindicatos no mesmo local, para evitar
brigas entre essas organizações. Além do que, é importante destacar que quanto menos sindicatos,
melhor, porque o número de associados provavelmente será maior, e a força do sindicato fica maior.

O objetivo do registro sindical é verificar qual é o sindicato mais representativo e cadastrá-lo perante o
Ministério do Trabalho e Emprego, visando tornar público a representatividade de uma categoria. Parece
que a solução mais acertada é a do registro no Ministério do Trabalho, pois os cartórios de registro de

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títulos e documentos realmente não têm condições de verificar a unicidade dos sindicatos na mesma base
territorial.

Dessa forma, o sindicato registraria seus estatutos no cartório de registro de títulos e documentos para
adquirir personalidade jurídica e dar publicidade ao ato, havendo necessidade de depósito, para fins
cadastrais, dos estatutos no Ministério do Trabalho, que iria verificar a unicidade da base territorial.

O Ministério do Trabalho não pode exigir autorização para a fundação do sindicato, além de não poder
interferir e intervir na organização sindical (art. 8º, I, da Constituição).

ÓRGÃOS DO SINDICATO

O sindicato compõe-se de três órgãos:

- Assembleia geral
- Diretoria
- Conselho Fiscal

A diretoria será composta de um mínimo de três membros, entre quais será eleito o presidente do sindicato.
O conselho fiscal será composto de três membros, esses membros serão eleitos pela assembleia geral,
tendo mandato de três anos.

ENTIDADES SINDICAIS DE GRAU SUPERIOR

§ Federações - Não existe federação nacional, mas confederação. A federação tem âmbito estadual.
Poderão ser constituídas desde que congreguem número não inferior a cincos sindicatos.
§ Confederações - São constituídas de no mínimo três federações, tendo sede em Brasília. As
confederações se formam por ramos de atividade (Indústria, comércio, transportes e etc.).
§ Centrais Sindicais - Considera-se central sindical e entidade associativa de direito privado
composta por organizações sindicais de trabalhadores, logo não são centrais sindicais as
organizações sindicais de empregadores, o que também deveria poder ocorrer.

PROTEÇÃO À SINDICALIZAÇÃO

§ A Legislação Nacional dá proteção ao representante sindical, para que ele possa melhor
desempenhar suas funções.
§ O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive
junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem
transferido para lugar que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho de suas atribuições
(art. 543 da CLT). Pedindo o empregado que seja transferido ou aceita a transferência, perderá o
mandato.
§ O período que em que o empregado fica afastado para exercício de seu mandato sindical é

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considerado licença não remunerada.
§ A empresa que tentar, por qualquer modo, impedir que o empregado se associe a sindicato,
organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de
sindicalizado fica sujeita a multa administrativa, sem prejuízo de reparação a que tiver direito o
empregado.

No § 3º do art. 543 da CLT informa que “fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a
partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical
ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como
suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação”.

Lembra que vimos isso quando tratamos sobre estabilidade? Seria bom dar uma revisada!

§ A comunicação do registro da candidatura do dirigente sindical é formalidade essencial para o


empregador saber se o empregado está ou não concorrendo à eleição, não vindo colidir com a
previsão constitucional.
§ A comunicação do sindicato à empresa, quanto registro da candidatura do empregado ao cargo
dirigente sindical, é imprescindível para a validade do ato jurídico, que tem de atender a forma
prescrita em lei (art. 104 do Código Civil). Ao contrário, se descumprida a formalidade que prevê
a comunicação, fica prejudicado o direito à garantia de emprego.
§ Se a empresa desconhece que o obreiro é detentor de garantia de emprego, não pode ser punida
com a reintegração do trabalhador ao emprego ou ao pagamento de indenização.
§ No §5º do art. 543 da CLT reza que deve ser comunicado o registro da candidatura em 24 horas.
Logo, não é o registro o fato importante, mas a comunicação do registro da candidatura, que se
constitui no fato gerador do direito à garantia de emprego.

FILIAÇÃO E DESLIGAMENTO DO SINDICATO

O inciso V do art. 8º da Constituição consagrou regra prevista da Convenção nº 87 da OIT, ou seja, da


liberdade positiva, de a pessoa se filiar ao sindicato, e da liberdade negativa, de não se filiar à agremiação.

Essa liberdade, porém, está adstrita à filiação ao sindicato único, que é a regra vigente no Brasil. O
inciso XX do art. 5º da Constituição dispõe também, que ninguém poderá ser compelido a associar-se
ou permanecer associado. Se o sindicalizado deixar o exercício da atividade ou da profissão, perderá os
direitos de associado.

§ São considerados atos antissindicais a não contratação do trabalhador por ser sindicalizado, a
despedida, a suspensão, a aplicação injusta de outras sanções disciplinares, as transferências,
as alterações de tarefas ou de horário, os rebaixamentos, a inclusão em listas negras, a redução
de remunerações, a aposentadoria obrigatória.
§ Quanto aos empregadores, não poderá haver discriminação antissindical dos trabalhadores, pois
estes gozarão de adequada proteção contra os atos antissindicais relativos ao emprego, tanto no
momento da admissão, como durante o desenvolvimento do contrato de trabalho. O objetivo é o
de não exigir do trabalhador sua não filiação a um sindicato ou a renúncia a sua condição como

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membro da agremiação (art. 1, 2, a), como o de dispensar o empregado ou prejudicá-lo somente
porque é membro do sindicato ou participa de atividades sindicais (art. 1, 2, b da Convenção nº
98 da OIT).
§ Os associados têm direito de votar nas deliberações da assembleia geral, assim como de ser
votados, de exercer controle sobre a gestão do sindicato, inclusive financeira. Farão jus também
ao recebimento da prestação de serviços que o sindicato oferecer, como assistência social,
jurídica, médica, dentária, de colônia de férias etc.

FUNÇÕES DO SINDICATO

§ Função de representação - A função de representação é assegurada na alínea a do art. 513


da CLT, em que se verifica a prerrogativa do sindicato de representar, perante as autoridades
administrativas ou jurídicas, os interesses da categoria ou os interesses individuais dos associados
relativos à atividade ou profissão exercida.
§ Função negocial - A função negocial foi de regulamentação do sindicato é a que se observa na
prática das convenções e acordos coletivos de trabalho. O sindicato participa das negociações
coletivas que irão culminar concretização de normas coletivas (acordos ou convenções coletivas
de trabalho), a serem aplicadas a categoria.
§ Função econômica - O art. 564 da CLT veda ao sindicato, direta ou indiretamente, o exercício de
atividade econômica.
§ Função política - O sindicato não deveria fazer política partidária, nem se dedicar a política, visto
que esta é prerrogativa dos partidos políticos. O sindicato deve representar a categoria, participar
de negociações coletivas, firmar normas coletivas, prestar assistência aos associados, mas não
exercer atividade política, o que desvirtua suas finalidades.
§ Função assistencial - O art. 592 da CLT revela que a receita da contribuição sindical será aplicada
em assistência técnica, jurídica, médica, dentária, hospitalar, farmacêutica, à maternidade, em
creches, colônias de férias, educação, formação profissional, etc. A assistência jurídica é prestada
pelo sindicato a toda pessoa que ganhe até 2 salários-mínimos e também aos que percebam
maior salário e não possam ajuizar ação sem prejuízo de seu sustento ou de sua família (art. 14
e seu § 1º da Lei nº 5.584/70).

RECEITAS DO SINDICATO

Tem o sindicato como receitas não só a contribuição sindical (art. 8º, IV, da Lei Maior c/c arts. 578 a 610
da CLT, mas a contribuição confederativa (art.8º, IV, da Constituição) a contribuição assistencial (art.513,
e, da CLT) e a mensalidade dos sócios do sindicato (art.548, b, da CLT).

O sindicato possui, ainda, outras receitas, de acordo com o art. 548 da CLT, como os bens e valores
adquiridos e as rendas produzidas por aqueles (alínea c); as doações e legados (alínea d) e as multas e
outras rendas eventuais (alínea e).

Agora você já entendeu para que serve um sindicato e como ele deve ser criado. A partir de então, vamos
entender como se deve fazer para os sindicatos entrarem em ação.

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Fonte: o autor

Negociação Coletiva é uma modalidade autocompositiva de conflitos coletivos trabalhistas, em que os


legítimos representantes dos trabalhadores e empregadores buscam superar divergências para concluir
contratos coletivos, convenções coletivas ou acordos coletivos, fixando condições de trabalho que
têm aplicação cogente sobre os contratos individuais, bem como, condições que obrigarão os próprios
signatários do instrumento.

Segundo a Convenção nº 154 da Organização Internacional do Trabalho, compreende todas as negociações


entre um empregador, um grupo de empregadores ou uma organização ou várias organizações de
empregadores, e, de outra parte, uma ou várias organizações de trabalhadores, com o fim de, fixar as
condições de trabalho e emprego, regular as relações entre empregadores e trabalhadores ou regular as
relações entre os empregadores ou suas organizações e uma ou várias organizações de trabalhadores, ou
alcançar todos estes objetivos de uma só vez.

Visite a Página
Mais informações sobre o tema, acesse: www.direitonet.com.br.

Ou seja, a negociação coletiva ocorre através de um mediador. O mediador designado terá o prazo de trinta
dias para a conclusão do processo de negociação, salvo acordo expresso com as partes interessadas.

A negociação coletiva também é um processo da flexibilização, fazendo com que ambas as partes de um
problema atinjam seus objetivos de solução de conflitos, preferindo sempre procedimentos legislativos,
judiciais e administrativos.

§ Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é um ato jurídico pactuado entre sindicatos de empregadores
e de empregados para o estabelecimento de regras nas relações de trabalho em todo o âmbito
das respectivas categorias, tanto econômica quanto profissionalmente.
§ Uma convenção coletiva de trabalho determina obrigações e direitos para ambas as partes, e

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devem ser respeitadas durante sua vigência. Ressalta-se que suas cláusulas não podem ferir
direitos previstos na legislação, sob pena de nulidade.
§ O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) é um ato jurídico celebrado entre um sindicato de determinada
categoria e uma ou mais empresas correspondentes à categoria do sindicato em questão, no qual
se estabelecem regras na relação trabalhista existente entre ambas as partes.
§ Diferentemente da Convenção Coletiva de Trabalho, que vale para toda a categoria representada,
os efeitos de um acordo se limitam apenas às empresas acordantes e seus empregados
respectivos.

Fonte: http://www.genteemercado.com.br/wp-content/uploads/2013/03/sindicato.jpg

Os Trabalhadores passaram a organizar-se. A partir do momento em que o direito de coalizão foi permitido
(permissão para um acordo), são negociadas condições de trabalho. Como o Estado inicialmente não
cuidava de estabelecer um sistema de proteção aos trabalhadores, os próprios interessados, passaram a
reunir-se e a criar as normas de trabalho. A Negociação coletiva acabou suprindo as lacunas da legislação
estatal.

FUNÇÕES DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

§ Jurídicas:

Normativas, criando normas aplicáveis às relações


individuais de trabalho, até mesmo para pior, como nas
crises econômicas.
Obrigacional, determinando obrigações e direitos para
partes.
Compositivas, como forma de superação dos conflitos entre
as partes, em virtude dos interesses antagônicos delas.

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§ Políticas:

De incentivar o diálogo, devendo as partes resolver suas divergências ente si.

§ Econômicas:

De distribuição de riquezas.

§ Ordenadora:

Quando ocorrem crises, ou de recomposição de salários.

§ Social:

Ao garantir aos trabalhadores participação nas decisões empresariais.

VALIDADE DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

§ O depósito tem como única finalidade dar publicidade aos ajustes formulados entre as partes, de
forma que, seu conteúdo chegue ao conhecimento de terceiros interessados.
§ A validade independe do depósito da norma coletiva perante o órgão competente do Ministério
do Trabalho.
§ O Poder Público não pode questionar o conteúdo do ajuste coletivo firmado livremente entre as
partes, de forma que a inobservância da exigência de seu depósito não pode invalidá-lo, já que
independe de qualquer manifestação estatal.
§ As normas e condições de trabalho negociadas de comum acordo entre as partes convenentes
valem por si só, criando direitos e obrigações entre elas a partir do momento em que firmado o
instrumento coletivo, na forma da lei.
§ Assim, para a validade da norma, basta que esta seja arquivada no órgão competente e, três dias
após, já entrará em vigor.
§ A negociação pode ser feita não apenas por sindicatos, mas também por federações e
confederações ou ainda por entidades sindicais registradas ou não registradas, não podendo ser
limitada por autoridades públicas nem se exigir homologação para validade.

Pronto! Agora sim terminamos a parte de Direito Trabalhista que você precisa para atuar no mercado de
trabalho. Vamos continuar mais um pouco para tratar de questões inerentes ao Direito Previdenciário.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – TEORIA DA SEGURIDADE SOCIAL

Assim como estudado no Direito Trabalhista, o conceito de Direito Previdenciário ou Direito da Seguridade
Social é o conjunto de princípios, regras e de instituições destinados a estabelecer um sistema de
proteção social aos indivíduos contra contingências que o impeçam de prover suas necessidades pessoais
básicas e de suas famílias, integrado por ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, visando
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Então, boa parte do que aprendemos na unidade I serve para essa, com as devidas distinções.

Os princípios da Seguridade Social estão descritos no parágrafo único do art. 194 da Constituição Federal:

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base
nos seguintes objetivos:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - equidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento;

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com


participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

As principais regras, que podemos identificá-las como FONTES são, além da Constituição Federal:

§ Lei nº 8.812/91 (custeio);


§ Lei nº 8213/91 (benefícios);
§ Lei n 8.742/93 (assistência social);
§ Lei nº 8.080/90 (saúde);
§ Outros.

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As principais instituições são o INSS e o Ministério da Previdência Social, e aquilo que deve ser coberto
está descrito na maioria no art. 201 da Constituição Federal:

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de
filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos
termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998);

II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998);

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998);
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes,


observado o disposto no § 2º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos


beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados
portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 47, de 2005);

§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado


terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente


atualizados, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor


real, conforme critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de


pessoa participante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998);

§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês
de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as
seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

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I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; (Incluído dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco
anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades
em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
(Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para
o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998);

§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na


administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de
previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo
regime geral de previdência social e pelo setor privado. (Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998);

§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito
de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei.
(Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998);

§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender aos trabalhadores de
baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no
âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a
benefícios de valor igual a um salário-mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005);

§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e
carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social.

Entendido o conceito, que já trata sobre bastante coisa, sendo necessário o aprofundamento no livro texto
e na biblioteca, é importante ainda que se pesquise:

§ Contribuintes (art. 121 do Código Tributário Nacional);


§ Segurados (art. 7º, XXXIII, Constituição Federal);
§ Segurados Obrigatórios e Facultativos;
§ Dependentes.

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PREVIDÊNCIA SOCIAL

A previdência social dá cobertura mediante contribuição, ou seja, para que a pessoa possa ter direito a
auxílio-doença, auxílio-desemprego, auxílio-maternidade, morte, invalidez e velhice é necessário que ela
contribua para a previdência.

Já a Assistência Social trata de atender os hipossuficientes destinando pequenos benefícios a pessoas


que nunca contribuíram para o sistema.

A saúde oferece uma política social econômica destinada a reduzir riscos de doenças e outros agravos,
proporcionando ações e serviços para a proteção e recuperação do individuo.

BENEFÍCIOS

- Por Idade;
- Por Invalidez;
- Por Tempo de Contribuição.

§ Têm direito ao benefício os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 65 anos e do
sexo feminino a partir dos 60 anos de idade.
§ Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade com cinco anos a menos: a partir
dos 60 anos, homens, e a partir dos 55 anos, mulheres. Para solicitar o benefício, os trabalhadores
urbanos inscritos na Previdência Social a partir de 25 de julho de 1991 precisam comprovar 180
contribuições mensais. Os rurais têm de provar, com documentos, 180 meses de atividade rural.
§ Benefício concedido aos trabalhadores que, por doença ou acidente, forem considerados pela
perícia médica da Previdência Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de
serviço que lhes garanta o sustento.
§ Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver
doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no agravamento
da enfermidade.
§ Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por perícia médica de dois em dois
anos, se não, o benefício é suspenso. A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado
recupera a capacidade e volta ao trabalho
§ Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem que contribuir para a Previdência Social por no
mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse prazo de carência não é exigido, mas
é preciso estar inscrito na Previdência Social.
§ Pode ser integral ou proporcional. Para ter direito à aposentadoria integral, o trabalhador homem
deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuição e a trabalhadora mulher, 30 anos. Para
requerer a aposentadoria proporcional, o trabalhador tem que combinar dois requisitos: tempo de
contribuição e idade mínima.
§ Para ter direito à aposentadoria integral ou proporcional, é necessário também o cumprimento do
período de carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis

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para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter,
pelo menos, 180 contribuições mensais.

AUXÍLIOS

- Acidente;
- Doença;
- Reclusão.

§ Benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua
capacidade de trabalho. É concedido para segurados que recebiam auxílio-doença. Têm direito
ao auxílio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurado especial.
§ O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com outros benefícios
pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago quando o
trabalhador se aposenta.
§ Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por mais de 15
dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são
pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência Social paga a partir do 16º dia de
afastamento do trabalho. Para os demais segurados inclusive o doméstico, a Previdência paga o
auxílio desde o início da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos, deverá
ter ocorrido o requerimento do benefício.
§ Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em exame
realizado pela perícia médica da Previdência Social.
§ Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no
mínimo, 12 meses (carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer
natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de doença profissional ou do trabalho.
§ O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão,
durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão
de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou
cumprindo pena em regime aberto.
§ Equipara-se à condição de recolhido à prisão, a situação do segurado com idade entre 16 e 18
anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congênere, sob custódia do
Juizado de Infância e da Juventude.
§ Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três
em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente,
sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do
segurado à prisão.

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PENSÕES

- Por Morte.

• Benefício pago à família do trabalhador quando ele morre. Para concessão de pensão por morte,
não há tempo mínimo de contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o
trabalhador tinha qualidade de segurado.
• Se o óbito ocorrer após a perda da qualidade de segurado, os dependentes terão direito a pensão
desde que o trabalhador tenha cumprido, até o dia da morte, os requisitos para obtenção de
aposentadoria pela Previdência Social ou que fique reconhecido o direito à aposentadoria por
invalidez, dentro do período de manutenção da qualidade do segurado, caso em que a incapacidade
deverá ser verificada por meio de parecer da perícia médica do INSS com base em atestados ou
relatórios médicos, exames complementares, prontuários ou documentos equivalentes.

Palavra Final

Pronto! Chegamos ao FIM de todo o assunto!

Espero que você tenha gostado, e sobretudo, compreendido todo os assuntos abordados na nossa
disciplina.

Aproveite que terminou de ler o material no guia de estudo, links sugeridos, livro texto e leitura
complementar (disponível na Biblioteca Virtual), e faça suas atividades disponíveis no ambiente virtual.

Participe do fórum e da atividade avaliativa, e se ficou de realizar alguma atividade de unidades anteriores,
aproveite para colocar todas em dia!

Caso fique alguma dúvida, não deixe de entrar em contato com o seu tutor, ok?

Sucesso na sua vida profissional!

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