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CONTABILIDADE

GERAL E AVANÇADA
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

Sumário
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03): obrigatoriedade de apresentação,
conceitos, métodos de elaboração e forma de apresentação............................................... 3
1 Introdução....................................................................................................................................... 3
2 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).. ............................................................................. 3
2.1 Caixa e Equivalentes de Caixa................................................................................................. 4
2.2 Apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa...................................................... 5
2.3 Método de Elaboração da DFC.. ............................................................................................ 10
2.4 Juros e Dividendos.................................................................................................................. 35
2.5 Transação que Não Envolve Caixa ou Equivalente de Caixa.......................................... 36
2.6 Fluxo de Caixa em Moeda Estrangeira............................................................................... 37
Resumo............................................................................................................................................. 39
Questões Comentadas em Aula..................................................................................................46
Questões Comentadas..................................................................................................................48
Gabarito.......................................................................................................................................... 125

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA (CPC 03):


OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO, CONCEITOS,
MÉTODOS DE ELABORAÇÃO E FORMA DE APRESENTAÇÃO
 Obs.: Não se preocupe com o tamanho da aula, pois mais de 70% deste volume é destinado
a resolução de questões. Para aprender a Demonstração dos Fluxos de Caixa, precisa-
mos resolver muitos exercícios.

1 Introdução
Olá, querido(a) aluno(a),
Seja bem-vindo a mais uma aula do nosso curso.
Nesta aula falaremos sobre um demonstrativo contábil muito cobrado em provas e que
algumas pessoas têm dificuldade para entender: a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).
Vamos explicar este assunto de forma detalhada e com muitos exemplos para você não
errar mais nenhuma questão de DFC. Por isso, preste muita ATENÇÃO nesta aula.
Qualquer dúvida, crítica, sugestões e/ou esclarecimentos, estamos à disposição no Fórum
tira-dúvidas. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que quei-
ram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso.
Vamos começar a nossa aula!
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Um forte abraço, Feliphe Araújo.

2 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)


A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) tornou-se obrigatória a partir de 2008, com a
entrada em vigor da Lei n. 11.638/2007, que alterou a Lei n. 6.404/1976.
De acordo com a Lei das S/A, temos que:

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Além da Lei, a Demonstração dos Fluxos de Caixa também integra o conjunto completo de
demonstrações contábeis das sociedades por ações, conforme item 10 do CPC 26 – Apresen-
tação das Demonstrações Contábeis.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) regulamentou a forma de elaboração e
apresentação da DFC, por meio do Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) – Demonstração dos
Fluxos de Caixa.
Segundo a Lei das S/A, a DFC evidencia as alterações ocorridas no caixa e nos equivalen-
tes da caixa das entidades, em um determinado exercício, segregando-se essas alterações em,
no mínimo, três fluxos:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos.
Os Fluxos de Caixa são as entradas (recebimentos em dinheiro) e saídas (pagamentos em
dinheiro) de caixa e equivalentes de caixa da companhia.
Veja que, enquanto a Demonstração do Resultado do Exercício leva em conta as receitas
e despesas auferidas com base no regime de competência, a DFC tem por base o regime de
caixa, ou seja, as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa efetivas.
A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demons-
trações contábeis, proporciona informações que permitem aos usuários (por exemplo: investi-
dores e credores) avaliação sobre:
1. A capacidade que a empresa tem de gerar fluxos de caixa positivos no futuro; e
2. A capacidade que a empresa tem de honrar seus compromissos.
A informação mais importante é entender que, para ser incluído na DFC, obrigatoriamente
tem que haver entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) de caixa e equivalentes de
caixa da companhia.

2.1 Caixa e Equivalentes de Caixa


Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo (por exemplo, três meses ou
menos, a contar da data da aquisição), de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em
montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de
caixa de curto prazo e, não, para investimento ou outros propósitos.
Os investimentos em instrumentos patrimoniais (de patrimônio líquido) não estão contem-
plados no conceito de equivalentes de caixa, a menos que eles sejam, substancialmente, equi-
valentes de caixa, como, por exemplo, no caso de ações preferenciais resgatáveis que tenham
prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.

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Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de financiamento.


Entretanto, saldos bancários a descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de
instrumentos como cheques especiais ou contas correntes garantidas que são liquidados em
curto lapso temporal compõem parte integral da gestão de caixa da entidade. Nessas circuns-
tâncias, saldos bancários a descoberto são incluídos como componente de caixa e equivalen-
tes de caixa. Uma característica desses arranjos oferecidos pelos bancos é que frequentemen-
te os saldos flutuam de devedor para credor.

Considerando as regras do CPC válidas para a elaboração de demonstrações contábeis, julgue


o item a seguir.

001. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ-AM/2019) Uma das condições


necessárias à qualificação de um item como equivalente de caixa é que esse item esteja sujei-
to a um risco insignificante de mudança de valor.

De acordo com o CPC 03, equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de
alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão
sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Certo.

2.2 Apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa


A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período classi-
ficados por atividades operacionais, de financiamento e de investimentos.

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A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de
investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada aos seus negócios, ou seja,
que seja considerada as operações principais da entidade. Por exemplo, se uma empresa tem
como atividade principal a negociação de títulos, os fluxos de caixa decorrentes da compra e
venda de títulos são classificados como atividades operacionais e não como atividade de investi-
mentos. Na mesma diretriz, uma instituição financeira classifica os empréstimos e financiamen-
tos que concede como fluxo das atividades operacionais e não como fluxo de financiamento.
Ainda, uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma
atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de empréstimo inclui
tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade opera-
cional, mas a parte do principal deve ser classificada como atividade de financiamento.

2.2.1 Atividades Operacionais

Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das
principais atividades geradoras de receita da entidade (como venda de bens e prestação de
serviços). Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que entram
na apuração do resultado (lucro líquido ou prejuízo), como o recebimento de receitas e o paga-
mento de despesas.
Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:
(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; recebi-
mento de contas a receber, no caso de vendas a prazo;
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades
e outros benefícios da apólice;
(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam
ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata
ou disponíveis para venda futura.
(h) recebimentos de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações financeiras
em outras entidades, bem como o recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio pela
participação no patrimônio de outras entidades (classificação principal);
(i) pagamentos de tributos aos governos federal, estadual e municipal;
(j) pagamentos de juros dos empréstimos e financiamentos obtidos (classificação prin-
cipal). A amortização do empréstimo (do valor principal) é considerado como atividade de
financiamento.

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Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou


perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a
tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto,
pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a ter-
ceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento
Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais.
Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de
caixa das atividades operacionais.
A entidade pode manter títulos e empréstimos para fins de negociação imediata ou futu-
ra, os quais, no caso, são semelhantes a estoques adquiridos especificamente para revenda.
Dessa forma, os fluxos de caixa advindos da compra e venda desses títulos são classificados
como atividades operacionais. Da mesma forma, as antecipações de caixa e os empréstimos
feitos por instituições financeiras são comumente classificados como atividades operacio-
nais, uma vez que se referem à principal atividade geradora de receita dessas entidades.

2.2.2 Atividades de Investimento

As atividades de investimento são aquelas que se referem à aquisição (compra à vista) e


alienação (venda à vista) de ativos de longo prazo, imobilizado, intangíveis e de investimento,
não classificados como equivalentes de caixa.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos
de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvi-
mento ativados e aos ativos imobilizados de construção própria;
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros
ativos de longo prazo;
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de
dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pa-
gamentos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos
para negociação imediata ou futura);
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instru-
mentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto
aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e aque-
les mantidos para negociação imediata ou futura);
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamen-
tos e empréstimos feitos por instituição financeira);
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de emprés-
timos concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição
financeira);

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(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando
tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem
classificados como atividades de financiamento; e
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando
tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos
forem classificados como atividades de financiamento.

2.2.3 Atividades de Financiamento

As atividades de financiamento são aquelas que decorrem dos empréstimos e financia-


mentos obtidos (recursos de terceiros / passivo exigível) e dos recursos captados com os
acionistas da companhia (recursos próprios / patrimônio líquido) da entidade.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade (inclu-
sive ações em tesouraria);
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros
títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;
(d) amortização do principal de empréstimos e financiamentos obtidos, sendo que os juros
são classificados como atividade operacional (classificação principal); e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamen-
to mercantil.
(e) pagamento dos dividendos e juros sobre o capital próprio ou outras distribuições aos
sócios (classificação principal).

A tomada ou contratação de financiamento afeta o fluxo de financiamento?


Não, no momento da contratação do financiamento, pois não há entrada de dinheiro, mas sim
de bens. Afeta o fluxo de financiamento quando ocorrer as amortizações (pagamentos) dos
financiamentos. A banca CESPE já considerou a tomada de financiamentos como entrada do
fluxo de financiamento, provavelmente entendendo que houve uma entrada de recursos em
caixa ou equivalentes de caixa, o que não ocorreu.

Integralização de capital social em dinheiro afeta o fluxo de financiamento de forma aumenta-


tiva, ou seja, entrada de recursos.

Professor, a integralização de Capital por Imóveis afeta o fluxo de Financiamento?

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Não, porque não entrou caixa ou equivalentes de caixa, mas sim bens. Só afeta a DFC quando
a integralização de capital social for por meio de caixa ou equivalentes de caixa. Exemplo: in-
tegralização de capital social em dinheiro.

002. (FGV/ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO/GESTÃO CONTÁBIL/BANESTES/2018)


Na Demonstração dos Fluxos de Caixa de uma instituição financeira, elaborada de acordo com
o Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, as saídas de caixa
decorrentes da aquisição de um Ativo Imobilizado, as entradas de caixa decorrentes de emis-
são de instrumentos de capital e as entradas de caixa decorrentes do recebimento do principal
de operações de crédito são classificadas, respectivamente, como atividades:
a) de financiamento, de investimento, operacional;
b) de investimento, de financiamento, operacional;
c) de investimento, operacional, operacional;
d) operacional, de financiamento, de investimento;
e) operacional, de investimento, de financiamento.

Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:


a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de
longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento
ativados e aos ativos imobilizados de construção própria;
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:
a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;
A “pegadinha” está justamente no terceiro item. Para as empresas em gerais o recebimento do
principal de empréstimos é classificado como fluxo de financiamento. Porém, de acordo com
o enunciado da questão, a empresa trata-se de uma instituição financeira, por exemplo um
banco. A atividade principal do banco é emprestar dinheiro, logo, o recebimento de operações
de crédito para uma instituição financeira é classificado como atividade operacional.
As entradas de caixa decorrentes do recebimento do principal de operações de crédito
Letra b.

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2.3 Método de Elaboração da DFC


Existem dois métodos de elaboração da DFC:
1. Método Direto;
2. Método Indireto.
De acordo com o CPC 03 (R2), é facultado a empresa utilizar qualquer dos dois métodos
para elaboração da DFC.
A principal diferença entre os dois métodos limita-se à apresentação dos fluxos das ati-
vidades operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e de investimento são de-
monstrados de forma igual nos dois métodos.

2.3.1 Método Direto

O método direto apresenta todas as entradas e saídas de caixa, ou seja, todas as opera-
ções de recebimentos brutos de dinheiro e de pagamentos brutos de dinheiro demonstradas
em três atividades distintas: operacionais, financiamento e investimento.
Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de recebimentos brutos e
de pagamentos brutos podem ser obtidas alternativamente:
(a) dos registros contábeis da entidade; ou
(b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos
(no caso de instituições financeiras, pela receita de juros e similares e despesa de juros e en-
cargos e similares) e outros itens da demonstração do resultado ou do resultado abrangente
referentes a:
(i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber
e a pagar;
(ii) outros itens que não envolvem caixa; e
(iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e
de financiamento.
Segue a estrutura da DFC de acordo com o método direto.

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Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto


1. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
+ Recebimentos de clientes
+ Recebimentos de juros e dividendos
+ Outros recebimentos provenientes das operações
(-) Pagamentos a fornecedores
(-) Pagamentos de salários e encargos sociais dos empregados
(-) Pagamentos de despesas operacionais e de despesas antecipadas
(-) Pagamentos de impostos, taxas e contribuições
(-) Outros pagamentos decorrentes de operações
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades operacionais
2. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
+ Recebimento do principal de empréstimos e financiamentos concedidos
+ Recebimentos da alienação de ativos imobilizado e intangível
+ Recebimentos da alienação de investimentos permanentes
(-) Desembolsos de empréstimos e financiamento concedidos
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de investimentos permanentes
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de ativos imobilizado e intangível
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de investimento
3. Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Recebimentos por integralização de capital pelos sócios (em dinheiro)
+ Recebimentos de empréstimos e financiamentos obtidos
+ Outros recebimentos de financiamentos
(-) Pagamento do principal de empréstimos e financiamentos obtidos
(-) Outros pagamentos decorrentes das atividades de financiamento
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de financiamento
4. Variação líquida de caixa (1 + 2 + 3)
5. Saldo inicial de Caixa mais Equivalente de Caixa
6. Saldo Final de Caixa mais Equivalente de Caixa (4 + 5)

Para determinamos os recebimentos e pagamentos decorrentes da relação da entidade,


quando este valor não for fornecido diretamente, precisamos analisar cada conta.
Com base no saldo inicial e no saldo final da conta, bem como nos valores das vendas (ou
compras) relacionadas, conseguimos determinar os fluxos de recebimento (por exemplo: de
clientes) e de pagamento (por exemplo: a fornecedores) gerados pela entidade.
Saldo Inicial + Entradas - Saídas = Saldo Final da Conta

 Obs.: Os saldos iniciais e finais das contas (por exemplo, Fornecedores e Clientes) são obti-
dos no Balanço Patrimonial, e as entradas e saídas na DRE.

A melhor forma para entendermos é por meio da prática.

Exemplo: A partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados da Empresa


Aprovados Ltda., elabore a Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método Direto.

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Balanço Patrimonial em 31/12/20X1 e 31/12/20X2

ATIVO 31/12/X1 31/12/X2 PASSIVO 31/12/X1 31/12/X2

Passivo
Ativo Circulante 48.000 53.800 28.000 32.000
Circulante

Caixa 1.000 1.200 Fornecedores 20.000 27.000

Salários a
Bancos 19.000 19.600 8.000 5.000
Pagar

Duplicatas a
8.000 15.000
Receber

Estoques 20.000 18.000

Ativo Não Passivo Não


27.000 41.200 25.000 35.000
Circulante Circulante

Investimentos Empréstimos 25.000 35.000

Participações
10.000 18.000
em empresas

Patrimônio
Imobilizado 22.000 28.000
Líquido

Equipamentos 18.000 25.200 Capital Social 12.000 17.000

(-) Depreciação Reservas de


(6.000) (7.000) 10.000 11.000
Acumulada Lucros

Intangível

Patentes 5.000 5.000

Total do
Total do Ativo 75.000 95.000 75.000 95.000
Passivo

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Demonstração do Resultado – Período de 01/01/20X2 a 31/12/20X2

Receita Líquidas de Vendas 50.000

(-) Custo das Mercadorias das Vendidas (28.000)

= Lucro Bruto 22.000

(-) Despesas Operacionais

• Vendas (6.000)

• Salários (10.500)

• Depreciação (1.000)

• Financeiras (2.000)

= Lucro Operacional Líquido 2.500

+ Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 2.000

= Lucro Antes do Imposto de Renda 4.500

(-) Imposto de Renda (3.500)

= Lucro Líquido do Exercício 1.000

Informações adicionais:
1) Aumento de Empréstimos de Longo Prazo: R$ 2.000 refere-se a juros (despesas finan-
ceiras) que não foram pagas no ano; R$ 8.000 refere-se a novos empréstimos.
2) O aumento do Capital Social foi integralizado pelos sócios em dinheiro.

Para o cálculo dos valores do fluxo de caixa das atividades operacionais – método direto, usa-
mos a fórmula:
Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final da Conta

Geralmente, os saldos iniciais e finais vêm do Balanço Patrimonial; as entradas vêm da DRE.
1. Recebimento de Clientes (duplicatas a receber)
Os clientes geram as receitas, portanto, a receita bruta de venda representa as vendas do pe-
ríodo da empresa. Como no balanço patrimonial não existe uma conta específica para os clien-
tes, as vendas a prazo estão registradas na conta Duplicatas a Receber. Vamos aos cálculos:

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Saldo Inicial da conta duplicatas a receber = 8.000


(+) Entradas (vendas) = 50.000
(-) Saídas (recebimentos) =???
(=) Saldo Final da conta duplicatas a receber = 15.000
Recebimentos de Clientes = 8.000 + 50.000 – 15.000 = R$ 43.000,00.
Ou

Duplicatas a Receber

Saldo Inicial R$ 8.000,00 Recebimentos

Vendas R$ 50.000,00

Saldo Final R$ 15.000,00

8.000,00 + 50.000,00 - Recebimentos = 15.000,00


Recebimentos = R$ 43.000,00.
2. Pagamentos a fornecedores: neste caso, precisamos primeiro calcular as compras de
mercadorias, e depois os pagamentos a fornecedores.
2.1. Compra de mercadorias
Saldo Inicial Estoques = 20.000
(+) Entradas (compras) = ?????
(-) Saídas (CMV) = 28.000
(=) Saldo Final Estoque = 18.000
Compras de mercadorias = 18.000 + 28.000 - 20.000 = R$ 26.000,00.
Ou

Estoques

Saldo Inicial R$ 20.000,00 R$ 28.000,00 CMV

Compras

Saldo Final R$ 18.000,00

20.000,00 + Compras do Período - 28.000,00 = 18.000,00


Compras do Período = R$ 26.000,00
2.2. Fornecedores
Saldo Inicial da conta fornecedores = 20.000
(+) Entradas (compras) = 26.000
(-) Saídas (pagamentos) = ?????
(=) Saldo Final da conta fornecedores = 27.000
Pagamentos a fornecedores = 20.000 + 26.000 - 27.000 = R$ 19.000,00.
Ou

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Fornecedores

Pagamentos R$ 20.000,00 Saldo Inicial

R$ 26.000,00 Compras

R$ 27.000,00 Saldo Final

20.000,00 + 26.000,00 - pagamentos = 27.000,00


Pagamentos = R$ 19.000,00.
3. Pagamentos de salários (salários a pagar)
Saldo Inicial da conta salários a pagar = 8.000
(+) Entradas (despesa de salários) = 10.500
(-) Saída (pagamentos) = ????
(=) Saldo Final da conta salários a pagar = 5.000
Pagamentos de salários = 8.000 + 10.500 - 5.000 = R$ 13.500,00
Ou

Salários a Pagar

Pagamentos R$ 8.000,00 Saldo Inicial

Despesa de salários
R$ 10.500,00
(DRE)

R$ 5.000,00 Saldo Final

8.000,00 + 10.500,00 - pagamentos = 5.000,00


Pagamentos de salários = R$ 13.500,00.
4. Pagamento de Impostos (Impostos a recolher)
Como não existe saldo na conta imposto a recolher no balanço patrimonial, subtende-se
que todo o imposto devido no ano foi efetivamente pago. Assim, o pagamento de impostos
coincide com a despesa de impostos no ano.
Pagamento de impostos = R$ 3.500,00.
5. Quanto às despesas de vendas, devemos considerar que foram integralmente pagas
no período.
Pagamento de despesas de venda = R$ 6.000,00.

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Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos

6. A conta “Participações em Empresas” (Investimentos no balanço) passou do saldo de


R$ 10.000,00, em 20X1, para R$ 18.000,00, em 20X2. Pela análise da DRE, observa-se que uma
parte do aumento desta conta teve origem no resultado positivo de equivalência patrimonial,
no valor de R$ 2.000,00.
Portanto, o valor da compra de participações societárias em empresa é igual ao saldo final
de 20X2 menos o saldo final de 20X1 e menos o valor do Resultado Positivo de Equivalência
Patrimonial. Este valor aumenta o saldo da conta de investimentos, mas não aumenta o caixa.
Compra de Participações Societárias = 18.000 - 10.000 - 2.000 = 6.000,00.

Participações Societárias

Saldo Inicial R$ 10.000,00

REP R$ 2.000,00

Compra

Saldo Final R$ 18.000,00

10.000 + 2.000 + Compra = 18.000


Compra de Participações Societárias = R$ 6.000,00
7. Compra de Equipamentos = 25.200 - 18.000 = R$ 7.200,00.
A depreciação não afeta o caixa. Assim, não há desembolso de recursos financeiros com
o registro da depreciação. Por isso, pelo método indireto, no fluxo das atividades operacionais,
a depreciação é somada no 1º ajuste. A depreciação não deve ser considerada no cálculo dos
demais fluxos.

Equipamentos

Saldo Inicial R$ 18.000,00

Compra

Saldo Final R$ 25.200,00

18.000 + Compra = 25.200


Compra de Equipamentos = R$ 7.200,00

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 Obs.: é importante ficarmos atentos às contas que são depreciáveis e não há depreciação
no balanço, mas temos despesa de depreciação na DRE. Algumas bancas colocam
questões em que o saldo da conta do imobilizado é o valor contábil, ou seja, líquido da
despesa de depreciação. Assim, precisamos considerar esta informação para os cál-
culos das compras ou vendas dos ativos imobilizados.
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos

8. Como o valor de R$ 2.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, este valor foi
contabilizado no Passivo Não Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 20X2 é igual ao saldo da conta de em-
préstimos em 20X2 menos o saldo dessa conta em 2011 e menos as despesas financeiras
não pagas.
Contratação de novos empréstimos = 35.000 - 25.000 - 2.000 = 8.000,00.

Empréstimos obtidos

R$ 25.000,00 Saldo Inicial

R$ 2.000,00
Novos Desp. Financeira
empréstimos

R$ 35.000,00 Saldo Final

25.000,00 + 0.000,00 + Novos empréstimos = 35.000,00


Novos empréstimos = R$ 8.000,00
9. O capital social da empresa aumentou de R$ 12.000,00, em 31/12/20X1, para R$
17.000,00, em 31/12/20X2. Como não há informação de como foi esta integralização de ca-
pital, subtende-se que ela foi realizada em dinheiro. Assim, temos um aumento deste fluxo no
valor de R$ 5.000,00 (17.000,00 - 12.000,00).
Integralização do Capital Social = 17.000 - 12.000 = R$ 5.000,00.

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Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Direto


1. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
+ Recebimentos de clientes..43.000,00
(-) Pagamentos a fornecedores...(19.000,00)
(-) Pagamentos de salários...(13.500,00)
(-) Pagamentos de despesas de vendas...(6.000,00)
(-) Pagamentos de impostos..(3.500,00)
= Caixa Líquido gerado nas atividades operacionais...1.000,00
2. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
(-) Pagamentos pela aquisição de participações em empresas..(6.000,00)
(-) Pagamentos pela aquisição de equipamentos..(7.200,00)
= Caixa Líquido consumido nas atividades de investimento...(13.200,00)
3. Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Recebimentos por integralização de capital pelos sócios..5.000,00
+ Recebimentos de empréstimos obtidos...8.000,00
= Caixa Líquido gerado nas atividades de financiamento..13.000,00
4. Variação líquida de caixa (1 + 2 + 3)..800,00
5. Saldo inicial de Disponibilidades (Caixa + Bancos)..20.000,00
6. Saldo Final de Disponibilidades (4 + 5)...20.800,00

2.3.2 Método Indireto

De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacio-
nais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
(a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber
e a pagar;
(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos,
ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando
aplicável; e
(c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de inves-
timento e de financiamento.

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Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto


1. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo Líquido)
1º Ajuste (Receitas e Despesas que não tem efeito no caixa e que não pertencem
as Atividades Operacionais)
+ Depreciação, Amortização e Exaustão
(+/-) Perda de Equivalência Patrimonial/Ganho de Equivalência Patrimonial
(+/-) Prejuízo/Lucro na venda de bens ou direitos do ativo não circulante
2º Ajuste (Variação dos ativos e passivos ligados as Atividades Operacionais)
+ Diminuição das contas do Ativo Circulante e do AÑC RLP, exceto Disponível
(-) Aumento das contas do Ativo Circulante e do AÑC RLP, exceto Disponível
+ Aumento das contas do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante
(-) Diminuição das contas Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades operacionais
2. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
+ Recebimento do principal de empréstimos e financiamentos concedidos
+ Recebimentos da alienação de ativos imobilizado e intangível
+ Recebimentos da alienação de investimentos permanentes
(-) Desembolsos de empréstimos e financiamento concedidos
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de investimentos permanentes
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de ativos imobilizado e intangível
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de investimento
3. Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Recebimentos por integralização de capital pelos sócios (em dinheiro)
+ Recebimentos de empréstimos e financiamentos obtidos
+ Outros recebimentos de financiamentos
(-) Pagamento do principal de empréstimos e financiamentos obtidos
(-) Outros pagamentos decorrentes das atividades de financiamento
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de financiamento
4. Variação líquida de caixa (1 + 2 + 3)
5. Saldo Inicial de Caixa mais Equivalente de Caixa
6. Saldo Final de Caixa mais Equivalente de Caixa (4 + 5)

O lucro ou prejuízo líquido está sujeito a dois tipos de ajustes:


1º Ajuste: Os decorrentes de Receitas e Despesas que não tem efeito no caixa e que não
pertencem as Atividades Operacionais. Exemplos:
a) Despesas de depreciação reduzem o lucro, mas não reduzem o caixa. Portanto, devem
ser revertidas (somadas) ao lucro líquido.
b) O resultado positivo de equivalência patrimonial (ganho), por outro lado, aumenta o lu-
cro, mas não aumenta o caixa. Por isso, deve ser subtraído do lucro líquido. Ao contrário, o
resultado negativo de equivalência patrimonial (perda) deve ser somado ao lucro líquido.
c) O ganho na venda à vista de ativos não circulantes aumenta o lucro da entidade e o
Caixa. Porém, como não pertencem às atividades operacionais, devem ser subtraídos do lu-
cro líquido.

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2º Ajuste: Os decorrentes da variação dos ativos e passivos ligados as Atividades


Operacionais.
a) Somar as reduções nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Pra-
zo vinculadas às operações, exceto disponível.

 Obs.: Exemplo: A redução do saldo da conta clientes indica que os recebimentos do período
(créditos) superaram as vendas a prazo. Em outras palavras, a redução do saldo da
conta clientes, de um ano para o outro, mostra que a empresa recebeu mais do que o
valor das vendas computadas no período. Assim, a redução na conta clientes (e outros
ativos circulantes e realizável a longo prazo) deve ser somada ao lucro líquido.

b) subtrair os acréscimos nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo
prazo vinculadas às operações, exceto disponível.

 Obs.: Exemplo: O aumento dos saldos das contas a receber, de um ano para o outro, eviden-
cia que apenas parte das receitas de vendas foram, de fato, recebidas pela empresa. A
outra parte foi vendida a prazo, não aumentando o Caixa.
 O Caixa e os Equivalentes de Caixa não integram as variações das contas do Ativo
Circulante.

c) somar os acréscimos nos saldos das contas do Passivo Circulante e Passivo Não Circu-
lante vinculados às operações;

 Obs.: Exemplo: Os acréscimos nos saldos das contas do Passivo Exigível, em contas vincu-
ladas às operações, significam que os pagamentos em dinheiro foram menores que
as despesas efetivamente incorridas pela entidade. Por isso, estes acréscimos são
somados ao Lucro.

d) subtrair as reduções nos saldos das contas do Passivo circulante e Passivo Não Circu-
lante vinculadas às operações.
Exemplo: Aqui, o raciocínio é inverso o do item c. As reduções nos saldos das contas
de Passivo Exigível dão a entender que os desembolsos financeiros realizados pela entidade
foram maiores que as despesas efetivamente incorridas no período e, por isso, tais valores
devem ser subtraídos do lucro líquido.
Utilizando os mesmos dados utilizados no exemplo para elaboração da DFC pelo método
direto, vamos exemplificar.

 Obs.: Exemplo: A partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados da Empre-


sa Aprovados Ltda., elabore a Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método Indireto.

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Balanço Patrimonial em 31/12/20X1 e 31/12/20X2

ATIVO 31/12/X1 31/12/X2 PASSIVO 31/12/X1 31/12/X2

Passivo
Ativo Circulante 48.000 53.800 28.000 32.000
Circulante

Caixa 1.000 1.200 Fornecedores 20.000 27.000

Salários a
Bancos 19.000 19.600 8.000 5.000
Pagar

Duplicatas a
8.000 15.000
Receber

Estoques 20.000 18.000

Ativo Não Passivo Não


27.000 41.200 25.000 35.000
Circulante Circulante

Investimentos Empréstimos 25.000 35.000

Participações
10.000 18.000
em empresas

Patrimônio
Imobilizado 22.000 28.000
Líquido

Equipamentos 18.000 25.200 Capital Social 12.000 17.000

(-) Depreciação Reservas de


(6.000) (7.000) 10.000 11.000
Acumulada Lucros

Intangível

Patentes 5.000 5.000

Total do
Total do Ativo 75.000 95.000 75.000 95.000
Passivo

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Demonstração do Resultado - Período de 01/01/20X2 a 31/12/20X2

Receita Líquidas de Vendas 50.000

(-) Custo das Mercadorias das Vendidas (28.000)

= Lucro Bruto 22.000

(-) Despesas Operacionais

• Vendas (6.000)

• Salários (10.500)

• Depreciação (1.000)

• Financeiras (2.000)

= Lucro Operacional Líquido 2.500

+ Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial 2.000

= Lucro Antes do Imposto de Renda 4.500

(-) Imposto de Renda (3.500)

= Lucro Líquido do Exercício 1.000

Informações adicionais:
1) Aumento de Empréstimos de Longo Prazo: R$ 2.000 refere-se a juros (despesas finan-
ceiras) que não foram pagas no ano; R$ 8.000 refere-se a novos empréstimos.
2) O aumento do Capital Social foi integralizado pelos sócios em dinheiro.

Agora, vamos responder pelo método indireto. A principal diferença entre os dois métodos
limita-se à apresentação dos fluxos das atividades operacionais. Os fluxos das atividades de
financiamento e de investimento são demonstrados de forma igual nos dois métodos.

Por isso, vamos resolver detalhadamente pelo método indireto somente o fluxo operacio-
nal, pois os outros dois fluxos já foram explicados no exemplo anterior.
Inicialmente, vamos calcular os ajustes do lucro decorrentes de Receitas e Despesas que
não tem efeito no caixa e que não pertencem as Atividades Operacionais.

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Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:


Lucro Líquido do Exercício 1.000,00
+ Despesa de Depreciação¹ 1.000,00
+ Despesas Financeiras² (não foram pagas) 2.000,00
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial³ (2.000,00)
= Lucro Líquido do Exercício Ajustado 2.000,00
1. Despesas de depreciação reduzem o lucro do exercício, mas não reduzem o caixa. Por-
tanto, devem ser revertidas (somadas) ao lucro líquido.
2. De acordo com os dados da questão, a empresa não pagou as despesas financeiras,
uma vez que aumentou o valor de Empréstimos de Longo Prazo no Passivo. Assim, o montante
de R$ 2.000,00 deve ser somado ao lucro líquido.
3. O resultado positivo de equivalência patrimonial (ganho) aumenta o lucro, mas não au-
menta o caixa. Por isso, deve ser subtraído do lucro líquido.
Agora, vamos fazer o 2º ajuste, que é decorrente da variação dos ativos (exceto disponível)
e passivos ligados as Atividades Operacionais.
= Lucro Líquido do Exercício Ajustado 2.000,00
(-) Aumento de Duplicatas a Receber (15.000 - 8.000) (7.000,00)
+ Diminuição do saldo do Estoques (18.000 - 20.000) 2.000,00
+ Aumento de Fornecedores (27.000 - 20.000) 7.000,00
(-) Diminuição de Salários a Pagar (5.000 - 8.000) (3.000,00)
= Caixa Líquido gerado nas atividades operacionais 1.000,00
Apresentação completa da DFC pelo método indireto:

Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto


1. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
Lucro Líquido do Exercício..1.000,00
+ Despesa de Depreciação...1.000,00
+ Despesas Financeiras (não foram pagas)..2.000,00
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial..(2.000,00)
= Lucro Líquido do Exercício Ajustado..2.000,00
(-) Aumento de Duplicatas a Receber (15.000 - 8.000)...(7.000,00)
+ Diminuição do saldo do Estoques..2.000,00
+ Aumento de Fornecedores..7.000,00
(-) Diminuição de Salários a Pagar..(3.000,00)
= Caixa Líquido gerado nas atividades operacionais...1.000,00
2. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
(-) Pagamentos pela aquisição de participações em empresas..(6.000,00)
(-) Pagamentos pela aquisição de equipamentos..(7.200,00)
= Caixa Líquido consumido nas atividades de investimento...(13.200,00)
3. Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Recebimentos por integralização de capital pelos sócios..5.000,00
+ Recebimentos de empréstimos obtidos...8.000,00
= Caixa Líquido gerado nas atividades de financiamento..13.000,00
4. Variação líquida de caixa (1 + 2 + 3)...800,00
5. Saldo inicial de Disponibilidades (Caixa + Bancos)...20.000,00
6. Saldo Final de Disponibilidades (4 + 5)..20.800,00

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Vamos falar sobre as despesas financeiras e o seu impacto na DFC pelo método indireto.
Sabemos que só há impacto na DFC se houver ENTRADA ou SAÍDA de caixa (dinheiro) ou equi-
valentes de caixa (conta corrente, poupança e aplicações de liquidez imediata). Não havendo
pagamento ou recebimento, o referido item não entra na DFC.
Além disso, é importante não confundir o registro na DFC, no Balanço Patrimonial e na DRE.
A DFC segue o regime de caixa. O Balanço e a DRE seguem o regime de competência. Estes
servem de base para elaboração daquele, porém, respeitando seus respectivos regimes.

Além disso, é preciso saber diferenciar cada fluxo de caixa que temos na DFC: operacional,
investimento e financiamento.
A classificação de cada fluxo depende muito da atividade da empresa. Vamos abordar
as entidades em geral, não considerando casos específicos, como uma instituição financeira.
Além disso, vamos focar na conta empréstimos.
Os empréstimos, que são capitais de terceiros da entidade, são classificados no fluxo de
financiamento. Isso é bem tranquilo. Lembrando que aqui estamos “falando” do valor principal
dos empréstimos e estes são obtidos pela empresa para financiamento das suas atividades.
No caso dos juros pagos decorrentes dos empréstimos, quando for uma instituição finan-
ceira, são classificados como atividades operacionais. Todavia, não há consenso sobre a clas-
sificação desses fluxos de caixa para outras entidades. O Pronunciamento CPC 03 (R2), que
trata da Demonstração dos Fluxos de Caixa, encoraja fortemente as entidades a classificarem
os juros pagos como fluxos de caixa das atividades operacionais.
Alternativamente, os juros pagos podem ser classificados como fluxos de caixa de finan-
ciamento porque são custos de obtenção de recursos financeiros.
Por isso, se a questão não informar qual fluxo utiliza para os juros pagos, a regra é utilizar
o fluxo operacional.
Vamos utilizar o exemplo deste tópico.
DRE tem despesas financeiras no valor de R$ 2.000,00

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O balanço tem a seguinte composição da conta empréstimos obtidos:

PASSIVO 31/12/X1 31/12/X2

Passivo Não Circulante 25.000 35.000

Empréstimos 25.000 35.000

Razonete da conta empréstimos obtidos em 01/01/20X2:

Empréstimos obtidos

Débito Crédito

R$ 25.000,00 Saldo Inicial

A despesa financeira deve ser reconhecida de acordo com o regime de competência, de-
pendendo da taxa de juros. Se fosse mensal, seria feito um registro a cada mês. Se fosse anual,
seria feito um único registro ao final do período. Não temos como dizer a data do lançamento
ao certo (sei que foi em 20X2), mas de acordo com os dados da questão, as despesas finan-
ceiras não foram pagas. Assim, como já existe uma conta da obrigação da empresa junto ao
banco, as despesas financeiras a pagar serão lançadas nesta conta, conforme lançamento
abaixo (regime de competência):
D – Despesas Financeiras (Resultado) ……………………… R$ 2.000,00
C – Empréstimos (Passivo Não Circulante) ……………… R$ 2.000,00
* Neste caso, não tinha juros a transcorrer, porque, provavelmente, foi feito um emprés-
timo com juros pós-fixados, ou seja, aquele em que a empresa não sabe a sua dívida ao final
do contrato de empréstimo.
Após o lançamento, o razonete da conta empréstimos tem o seguinte saldo:

Empréstimos obtidos

Débito Crédito

R$ 25.000,00¹

R$ 2.000,00²

R$ 27.000,00

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1. Principal do Empréstimo vinculado a atividade de financiamento. O valor PAGO só será


lançado na DFC quando houver pagamento do principal, que pode ser parcial ou total.
2. Despesas financeiras vinculadas a atividade operacional. O valor PAGO só será lançado
na DFC quando ocorrer o pagamento dos juros ao banco.
Observe que o lançamento das despesas financeiras tem impacto na DRE e no balanço de
20X2, mas não tem consequência na DFC de 20X2. Só teria impacto na DFC de 20X2 se hou-
vesse pagamento em 2014 e, caso não mencionasse nada, seria lançado no fluxo operacional.
Porém, estamos analisando a conta empréstimos obtidos do fluxo de financiamento. Não
sabemos ao certo se a empresa pagou ou contraiu empréstimos em 20X2. Por isso, precisa-
mos encontrar este valor utilizando o saldo final da conta empréstimos obtidos em 20X2, que
é de R$ 35.000,00.
Razonete em 31/12/20X2:

Empréstimos obtidos

Débito Crédito

R$ 25.000,00 Saldo inicial

R$ 2.000,00³ Despesa Financeira

R$ 8.000,00 Novos Empréstimos

R$ 35.000,00

3. Os R$ 20.000,00 pertencem a atividade operacional, por isso, ao calcular o valor de pa-


gamento ou contratação de empréstimos, devemos desconsiderar este valor do saldo final.
Assim, a empresa tem um saldo final de R$ 35.000,00 de empréstimos obtidos, sendo R$
2.000,00 de despesas financeiras (fluxo operacional) e R$ 33.000,00 de empréstimos propria-
mente dito, ou seja, do principal (fluxo de financiamento). Com isso, para a empresa chegar
ao saldo final de R$ 35.000,00, considerando que ela já tinha uma dívida do principal do em-
préstimo no valor de R$ 25.000,00 (fluxo de financiamento), reconheceu despesas financeiras
no período de R$ 2.000,00 (fluxo operacional) e constatamos que a empresa contraiu novos
empréstimos no montante de R$ 8.000,00 (35.000 - 2.000 - 25.000).
Por isso, quando não for informado na questão a que fluxo pertence as despesas financei-
ras, estas serão classificadas no fluxo de caixa das atividades operacionais. Caso não tenham
sido pagas no período em que reconhecidas segundo o regime de competência, aumentam a
dívida junto ao banco, sendo que uma parte da dívida total (saldo final da conta empréstimos)
pertence ao fluxo operacional, que são as despesas financeiras não pagas no período.

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Aqui foi mais para entendimento. Recomendo sempre tentar responder de forma mais rá-
pida, conforme explicamos na resolução de questões.

Feliphe, e quando tiver contas retificadoras?


Vamos ver um exemplo analisando apenas uma conta retificadora.
Conta EPCLD é retificadora do ativo.
Balanço Patrimonial

Ativo 20X1 20X2

(-) EPCLD (600) (1.000)


DFC Método Indireto
= Resultado do período ajustado ...
+ Diminuição do saldo de PCLD R$ 400,00
...

Na análise da conta EPCLD, não ocorreu aumento, mas sim diminuição quando analisamos
os dados sem ser em módulo. Olhem bem, o saldo não saiu de 600 para 1.000, mas sim de
menos 600 para menos 1.000. Neste caso, observe que ao passar de menos 600 para menos
1.000 há um aumento no saldo da conta de EPCLD, porém, é uma diminuição em 400 no ativo.
Analisando pelo ativo, temos que somar então essa diminuição. Geralmente, recomendo fazer
esse cálculo da EPCLD conjugado com a conta clientes ou duplicatas a receber que fica mais
fácil para provas objetivas.
Outra forma de fazer seria a seguinte.
Crédito é origem de recurso –> Na DFC, origem de recurso é somada.
Débito é aplicação de recurso –> Na DFC, aplicação de recurso é diminuída.
Observe como fazemos:
+ Diminuição das contas do Ativo Circulante e do ANC RLP, exceto Disponível –> Uma
conta do ativo diminui de saldo por meio de crédito, logo, é uma origem de recurso, por isso,
você soma.
(-) Aumento das contas do Ativo Circulante e do ANC RLP, exceto Disponível –> Uma con-
ta do ativo aumenta de saldo por meio de débito, logo, é uma aplicação de recurso, por isso,
você diminui.
+ Aumento das contas do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante –> Uma conta
do passivo aumenta de saldo por meio de crédito, logo, é uma origem de recurso, por isso,
você soma.

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(-) Diminuição das contas Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante –> Uma conta
do passivo diminui de saldo por meio de débito, logo, é uma aplicação de recurso, por isso,
você diminui.
Se você observar, a conta EPCLD é retificadora do ativo e, por isso, tem natureza credora.
Assim, ao aumentar de saldo a CONTA de 600 para 1.000 (AUMENTOU o saldo da CONTA e
não do ATIVO), tivemos que creditar. Se crédito é uma origem, você adiciona na DFC, por isso,
somou 400.

003. (FCC/ACE/TCE-CE/2015) Os Balanços Patrimoniais em 31/12/2013 e 31/12/2014 e a


Demonstração do Resultado do ano 2014 da empresa Armas da Paz S.A. são apresentados
nos dois quadros a seguir (Valores em reais):

Armas da Paz S.A.


Balanços Patrimoniais em 31/12/2013 e 31/12/2014

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Sabe-se que, no ano de 2014,


− a empresa não vendeu participações em outras empresas e equipamentos;
− os imóveis foram vendidos à vista em 02/01/2014;
− a empresa pagou metade das despesas financeiras, mas não houve pagamento de principal
dos empréstimos;
− a empresa classifica os pagamentos de despesas financeiras nas atividades operacionais.
Os valores correspondentes ao caixa consumido ou gerado pelas Atividades Operacionais,
Atividades de Investimento e Atividades de Financiamento em 2014 foram respectivamen-
te, em reais,
a) 24.000 (negativo), 104.000 (negativo) e 376.000 (positivo).
b) 4.000 (negativo) e 84.000 (negativo) e 336.000 (positivo).
c) 44.000 (negativo), 84.000 (negativo) e 386.000 (positivo).
d) 44.000 (negativo), 84.000 (negativo) e 376.000 (positivo).
e) 4.000 (positivo), 124.000 (positivo) e 376.000 (negativo).

Colega, o examinador solicita o fluxo de caixa gerado ou consumido das três atividades (ope-
racionais, de investimento e de financiamento). Assim, você poderia escolher apenas duas das
atividades para fazer os cálculos e encontrar o valor da terceira pela variação do caixa da enti-
dade. O caixa teve uma variação positiva de R$ 248.000,00 (488.000 - 240.000), que foi obtida a
partir das informações da conta Caixa e Equivalentes de Caixa presente no balanço patrimonial.
Inicialmente calcularemos o fluxo de caixa das atividades operacionais pelo método indireto.
Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:
Lucro Líquido R$ 18.400,00
+ Despesa com Depreciação R$ 48.000,00
+ Despesas Financeiras¹ R$ 40.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial (R$ 20.000,00)
(–) Lucro na Venda de Terrenos² (R$ 40.000,00)
(=) Lucro Ajustado R$ 46.400,00
(–) Aumento do saldo de Valores a Receber de Clientes (R$ 68.000,00)
+ Diminuição de PECLD R$ 28.000,00
(–) Aumento do saldo de Estoques (R$ 128.000,00)
(–) Diminuição do saldo de Fornecedores (R$ 2.400,00)
+ Aumento do saldo de Provisão R$ 80.000,00
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais (R$ 44.000,00)
1. De acordo com os dados da questão, a empresa pagou metade das despesas financeiras.
R$ 40.000,00 dos R$ 80.000,00 de despesas financeiras registradas na DRE não foram pagos.
Assim, o montante de R$ 40.000,00 deve ser somado ao lucro líquido.

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2. O ganho na venda à vista de ativos não circulantes aumenta o lucro da entidade e o Caixa.
Porém, como não pertencem às atividades operacionais, devem ser subtraídos do lucro líquido.
Com o cálculo acima, ficamos apenas com as alternativas C e D. Observe que o valor do Fluxo
de Caixa das Atividades de Investimento é igual nas duas assertivas. Assim, no dia da prova,
você não precisa calcular o valor deste fluxo.
Fluxo de Caixa das Atividade de Investimento = (R$ 84.000,00)
Desta forma, a maneira mais fácil de encontrar a resposta seria fazer o cálculo do fluxo de
caixa das atividades de financiamento pelo valor da variação do disponível. O caixa teve uma
variação positiva de R$ 248.000,00, conforme informações do balanço, conta Caixa e Equiva-
lentes de Caixa.
Variação do disponível = Fluxo Operacional + Fluxo de Investimento + Fluxo de Financiamento
248.000 = -44.000 - 84.000 + Fluxo de Financiamento
Fluxo de Financiamento – 128.000 = 248.000
Fluxo de Financiamento = R$ 376.000,00
Com isso, temos que o Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento é igual a R$ 376.000,00.
Letra d.

Só para fins de conhecimento, porque estamos em um curso de teoria, trago o cálculo do


fluxo de caixa das atividades de investimento e de financiamento.
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
O enunciado diz que, no ano de 2012, a empresa não vendeu participações societárias e
nem equipamentos.
1. A conta “Participações em Empresas” passou do saldo de R$ 56.000,00, em 2013, para
R$ 144.000,00, em 2014. Pela análise da DRE, observa-se que uma parte do aumento desta
conta teve origem no resultado de equivalência patrimonial, no valor de R$ 20.000,00.
Portanto, o valor da compra de participações societárias é igual ao saldo final de 2014
menos o saldo final de 2013 e menos o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial.
Compra de Participações Societárias = 144.000 - 56.000 - 20.000
Compra de Participações Societárias = R$ 68.000,00

Participações Societárias

Saldo Inicial R$ 56.000,00

REP R$ 20.000,00

Compra

Saldo Final R$ 144.000,00

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56.000 + 20.000 + Compra = 144.000


Compra de Participações Societárias = R$ 68.000,00
2. É importante ficarmos atentos às contas que são depreciáveis e não há depreciação
no balanço. Observe que o saldo da conta equipamentos é o valor contábil, ou seja, líquido da
despesa de depreciação. Assim, precisamos considerar esta informação para os cálculos.
Portanto, o valor da compra de equipamentos é igual ao saldo final de 2014 menos o saldo
final de 2013 e mais o valor da depreciação.
Compra de Equipamentos = 528.000 - 336.000 + 48.000 (Depreciação da DRE)
Compra de Equipamentos = R$ 240.000,00

Equipamentos

Saldo Inicial R$ 336.000,00 R$ 48.000,00 Depreciação

Compra

Saldo Final R$ 528.000,00

336.000 + Compra - 48.000 = 528.000


Compra de Equipamentos = R$ 240.000,00
3. Análise da conta Imóveis. O saldo desta conta passou de R$ 184.000,00, em 2013, para
R$ 0,00, em 2014. A DRE traz a informação de que houve Lucro na Venda de Imóveis no valor
de R$ 40.000,00. Portanto, o valor recebido pela venda foi de:
Venda de Terrenos = valor contábil do terreno + lucro na venda
Venda de Terrenos = 184.000+ 40.000 (informação na DRE)
Venda de Terrenos = 224.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento será de:
(-) Compra de Participações Societárias (68.000,00)
(-) Compra de Veículos (240.000,00)
+ Venda de Terrenos 224.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos (R$ 84.000,00)

Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento


Observa-se pela análise do balanço patrimonial que não houve integralização de Capital
Social. Vamos analisar as contas de Empréstimos e Dividendos.
1. Como o valor de R$ 40.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, esse valor foi
contabilizado no Passivo Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 2014 é igual ao saldo da conta de em-
préstimos em 2014 menos o saldo dessa conta em 2013 e das despesas financeiras não pagas.
Contratação de novos empréstimos = 776.000 - 350.000 - 40.000

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Contratação de novos empréstimos = R$ 386.000,00


2. Distribuição do Lucro Líquido de R$ 18.400,00:
Reservas de Lucros (aumentou o saldo) R$ 12.880,00
Dividendos (aumentou o saldo de Dividendos a Pagar)* R$ 5.520,00

Portanto, se a empresa distribuiu dividendos com base nas informações do lucro líqui-
do, subtende-se que o valor dos dividendos registrados no balanço de 2013, no valor de R$
10.000,00, foram pagos durante o ano de 2014. Assim, temos que:
Dividendos Pagos = R$ 10.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:
Obtenção de Empréstimos 386.000,00
(-) Pagamento de Dividendos (10.000,00)
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 376.000,00
Letra d.

2.3.3 Conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa das atividades ope-
racionais

A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais
deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo
líquido das atividades operacionais. A conciliação deve apresentar, separadamente, por cate-
goria, os principais itens a serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que
usa o método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar o fluxo
de caixa líquido das atividades operacionais.
A informação acima está disposta no pronunciamento técnico n. 03 – Demonstração dos
Fluxos de Caixa, item 20A, e só poderíamos apresentar após explicação do método indireto, já
que, durante o estudo do método direto, ainda não tínhamos conhecimentos sobre a estrutura
do método indireto.
O que diferencia a apresentação do método direto para o método indireto é o fluxo opera-
cional. Diante disso, a norma obriga as empresas que apresentarem a DFC pelo método direto
a fornecer a conciliação lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais
(encontrado pelo método indireto).
A conciliação é uma conferência para verificar o que é diferente em relação aos resultados
do lucro líquido na DRE e do fluxo operacional pelo método direto.
Por exemplo, vamos supor que o lucro líquido de uma empresa foi de R$ 1.000,00 e o fluxo
operacional pelo método direto foi de R$ 600,00.

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Temos as seguintes informações adicionais.


Depreciação = 200
Aumento do saldo da conta clientes = 400
Diminuição do saldo da conta Salários a Pagar = 200
Vamos fazer a conciliação:
Lucro líquido 1.000
+ Depreciação 200
(-) Aumento do saldo da conta clientes 400
(-) Diminuição do saldo da conta Salários a Pagar 200
= Fluxo Operacional método direto 600

Se você observar, seria parecido com a apresentação do fluxo operacional pelo méto-
do indireto.
Feliphe, e qual a finalidade dessa conciliação?
Verificar quais valores não tornaram os dois montantes iguais (lucro líquido da DRE e fluxo
operacional pelo método direto). Sabemos que o resultado é apresentado com base no regime
de competência. Assim, caso todos os itens do resultado fossem recebidos e pagos no ano,
a tendência é que o lucro líquido e o fluxo operacional fossem iguais, pois as contas de resul-
tado, em regra, trazem itens do fluxo operacional. Porém, sabemos que não é bem assim, pois
existem as contas que não afetam o caixa (a exemplo da despesa de depreciação) e itens que
pertencem a outros fluxos (a exemplo do ganho na venda de imobilizado).
Vamos fazer um exemplo simples e objetivo.

Resultado
Receita de vendas 100
(-) CMV (50)
(-) Despesa de Salários (30)
= Lucro líquido 20

Toda as receitas foram recebidas e as despesas pagas. Além disso, a empresa não tinha
estoques e pagou todas as mercadorias adquiridas no ano. Calcule o fluxo operacional com
base nos dados.

Método direto
Recebimento de vendas 100
(-) Compra de mercadorias (50)
(-) Pagamento de salários (30)
= Fluxo de caixa operacional 20

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Observe que são iguais os valores do lucro líquido e do fluxo operacional pelo método direto.
Agora vamos colocar uma conta que não afeta o caixa.

Resultado
Receita de vendas 100
(-) CMV (50)
(-) Despesa de depreciação (5)
(-) Despesa de Salários (30)
= Lucro líquido 15

Toda as receitas foram recebidas e as despesas pagas. Além disso, a empresa não tinha
estoques e pagou todas as mercadorias adquiridas no ano. Calcule o fluxo operacional com
base nos dados.

Método direto
Recebimento de vendas 100
(-) Compra de mercadorias (50)
(-) Pagamento de salários (30)
= Fluxo de caixa operacional 20

Observe que agora o lucro líquido e o fluxo de caixa operacional são diferentes. Qual é a
diferença? Justamente a despesa de depreciação. Vamos fazer a conciliação.

Conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das


atividades operacionais
Lucro líquido 15
+ Despesa de depreciação 5
= Fluxo de caixa operacional 20

Diante disso, você precisa saber que as entidades que apresentarem o fluxo líquido das ativi-
dades operacionais pelo método direto da DFC são obrigadas a fornecer a conciliação entre o
lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.

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2.4 Juros e Dividendos


Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos
são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras.
Todavia, não há consenso sobre a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades.
Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos po-
dem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles entram na determinação
do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros, os dividendos e os ju-
ros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos
de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são custos de obtenção
de recursos financeiros ou retornos sobre investimentos.
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como
fluxo de caixa de financiamento porque são custos da obtenção de recursos financeiros. Alter-
nativamente, os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados
como componente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, a fim de auxiliar os usuá-
rios a determinar a capacidade de a entidade pagar dividendos e juros sobre o capital próprio
utilizando os fluxos de caixa operacionais.
O Pronunciamento CPC 03 (R2) encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros,
recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de
caixa das atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como
fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa diferente deve ser seguida de
nota evidenciando esse fato.
Esquematizando:

Classificação Classificação
principal alternativa

Atividades Atividades de
Juros Pagos
operacionais financiamento

Atividades Atividades de
Juros Recebidos
operacionais investimento

Dividendos e JSCP Atividades de Atividades


Pagos financiamento operacionais

Dividendos e JSCP Atividades Atividades de


Recebidos operacionais investimento

No caso de omissão da questão, você deve considerar que a banca utiliza a classificação
principal.

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004. (CESPE/CONTADOR/FUB/2015) Julgue o seguinte item, acerca da elaboração das prin-


cipais demonstrações contábeis previstas pelo CPC.
ESegundo recomendação do CPC, o pagamento de juros sobre o capital próprio deve integrar,
preferencialmente, o fluxo de atividades de financiamento.

Conforme estudamos, o Pronunciamento CPC 03 (R2) encoraja fortemente as entidades a


classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio
recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o
capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento.
Certo.

2.5 Transação que Não Envolve Caixa ou Equivalente de Caixa


Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa ou equiva-
lentes de caixa devem ser excluídas da DFC.
Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto direto sobre os
fluxos de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade.
Exemplos de transações que não envolvem caixa ou equivalente de caixa são:
(a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo respectivo, quer seja
por meio de arrendamento mercantil;
(b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais; e
(c) a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.
Essas operações não são incluídas na DFC, mas devem ser divulgadas nas notas explicati-
vas às demonstrações contábeis.
Em outras palavras, a operação de investimento e financiamento que não envolve o uso de
caixa ou equivalentes de caixa devem ser excluídas da DFC.

005. (FCC/ANALISTA/MPE-PB/2015) NÃO é uma transação que gera movimentação na De-


monstração dos Fluxos de Caixa:
a) Vendas de Mercadorias à Vista.
b) Permuta total de imóveis.
c) Aquisição de materiais para venda.
d) Recebimento de dividendos.
e) Juros sobre empréstimos.

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Questão um pouco confusa, mas dava para resolver. Lembrando que, para ser registrado na
DFC, a transação deve envolver entrada ou saída de caixa.
Vamos analisar cada alternativa:
a) Errada. As vendas de mercadorias à vista provocam variações no caixa das entidades, pois
ocorre entrada de dinheiro no caixa da empresa. Assim, será evidenciada nos fluxos de caixa
das atividades operacionais da DFC.
b) Certa. A permuta de imóveis não influencia no caixa da entidade, pois não ocorre entrada ou
saída de caixa da empresa, conforme lançamento exemplificativo abaixo:
D – Imóvel A (entrada de bens na empresa)
C – Imóvel B.
Assim, esta transação não será evidenciada na DFC e é o nosso gabarito obrigatoriamente.
c) Errada. A aquisição de materiais para venda (quando comprados à vista) provoca variação
no caixa da entidade, sendo evidenciada nos fluxos de caixa das atividades operacional da DFC.
d) Errada. O recebimento de dividendos provoca alteração no caixa das empresas, pois ocorre
entrada de dinheiro. Assim, esta transação deve ser evidenciada nos fluxos de caixa das ativi-
dades operacionais da DFC, de acordo com a classificação principal.
e) Errada. Quando a empresa paga ou recebe juros sobre empréstimos, há alteração no seu
caixa. Assim, esta transação deve ser evidenciada nos fluxos de caixa das atividades operacio-
nais da DFC, de acordo com a classificação principal.
Letra b.

2.6 Fluxo de Caixa em Moeda Estrangeira


Os fluxos de caixa advindos de transações em moeda estrangeira devem ser registrados
na moeda funcional da entidade pela aplicação, ao montante em moeda estrangeira, das taxas
de câmbio entre a moeda funcional e a moeda estrangeira observadas na data da ocorrência
do fluxo de caixa.
Os fluxos de caixa de controlada no exterior devem ser convertidos pela aplicação das
taxas de câmbio entre a moeda funcional e a moeda estrangeira observadas na data da ocor-
rência dos fluxos de caixa.
Moeda funcional é a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera.
Portanto, os fluxos de caixa de operações em moeda estrangeira devem observar a data da
ocorrência do fluxo de caixa.
Ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio de moedas
estrangeiras não são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas de câmbio
sobre o caixa e equivalentes de caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, é apresen-
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tado na demonstração dos fluxos de caixa, a fim de conciliar o caixa e equivalentes de caixa no
começo e no fim do período. Esse valor é apresentado separadamente dos fluxos de caixa das
atividades operacionais, de investimento e de financiamento e inclui as diferenças, se existi-
rem, caso tais fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas de câmbio do fim do período.
Por hoje é isso. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na nossa aula para
futuras revisões. Bons estudos!!!

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RESUMO
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) tornou-se obrigatória a partir de 2008, com a
entrada em vigor da Lei n. 11.638/07, que alterou a Lei n. 6.404/1976.
De acordo com a Lei das S/A, temos que:

A informação mais importante é entender que, para ser incluído na DFC, obrigatoriamente
tem que haver entradas (recebimentos em dinheiro) e saídas (pagamentos em dinheiro) de
caixa e equivalentes de caixa da companhia.

Definições do CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.


Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo (por exemplo, três meses
ou menos, a contar da data da aquisição), de alta liquidez, que são prontamente conversíveis
em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudan-
ça de valor.
Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa.
A DFC deve evidenciar os fluxos de caixa das atividades operacionais, de financiamento e
de investimentos.

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Existem dois métodos de elaboração da DFC:


1. Método Direto;
2. Método Indireto.
Esquematizando:

A principal diferença entre os dois métodos limita-se à apresentação dos fluxos das ati-
vidades operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e de investimento são de-
monstrados de forma igual nos dois métodos.

Apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacionais

Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de recebimentos brutos e


de pagamentos brutos podem ser obtidas alternativamente:
(a) dos registros contábeis da entidade; ou
(b) pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos
(no caso de instituições financeiras, pela receita de juros e similares e despesa de juros e en-
cargos e similares) e outros itens da demonstração do resultado ou do resultado abrangente
referentes a:
(i) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber
e a pagar;
(ii) outros itens que não envolvem caixa; e
(iii) outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e
de financiamento.
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacio-
nais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
(a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber
e a pagar;
(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos,
ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando
aplicável; e
(c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de inves-
timento e de financiamento.

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A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais
deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo
líquido das atividades operacionais. A conciliação deve apresentar, separadamente, por cate-
goria, os principais itens a serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que
usa o método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar o fluxo
de caixa líquido das atividades operacionais.

1 – Atividades Operacionais

Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das prin-
cipais atividades geradoras de receita da entidade (como venda de bens e prestação de serviços).
Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que entram na apuração do
resultado (lucro líquido ou prejuízo), como o recebimento de receitas e o pagamento de despesas.
Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:
(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; recebi-
mento de contas a receber, no caso de vendas a prazo;
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades
e outros benefícios da apólice;
(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam
ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata
ou disponíveis para venda futura.
(h) recebimentos de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações financeiras
em outras entidades, bem como o recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio pela
participação no patrimônio de outras entidades (classificação principal);
(i) pagamentos de tributos aos governos federal, estadual e municipal;
(j) pagamentos de juros dos empréstimos e financiamentos obtidos (classificação prin-
cipal). A amortização do empréstimo (do valor principal) é considerado como atividade de
financiamento.
Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou
perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a
tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto,
pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a ter-
ceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento
Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais.
Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de
caixa das atividades operacionais.

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2 – Atividades de Investimentos

As atividades de investimento são aquelas que se referem à aquisição (compra à vista) e


alienação (venda à vista) de ativos de longo prazo, imobilizado, intangíveis e de investimento,
não classificados como equivalentes de caixa.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos
de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvi-
mento ativados e aos ativos imobilizados de construção própria;
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros
ativos de longo prazo;
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de
dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pa-
gamentos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos
para negociação imediata ou futura);
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instru-
mentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto
aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e aque-
les mantidos para negociação imediata ou futura);
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamen-
tos e empréstimos feitos por instituição financeira);
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos
concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando
tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem
classificados como atividades de financiamento; e
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando
tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos
forem classificados como atividades de financiamento.

3 – Atividades de Financiamento

As atividades de financiamento são aquelas que decorrem dos empréstimos e financia-


mentos obtidos (recursos de terceiros / passivo exigível) e dos recursos captados com os
acionistas da companhia (recursos próprios / patrimônio líquido) da entidade.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade (inclu-
sive ações em tesouraria);
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros
títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;

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(d) amortização do principal de empréstimos e financiamentos obtidos, sendo que os juros


são classificados como atividade operacional (classificação principal); e
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamen-
to mercantil.
(e) pagamento dos dividendos e juros sobre o capital próprio ou outras distribuições aos
sócios (classificação principal).
O Pronunciamento encoraja fortemente as empresas a seguirem a classificação princi-
pal abaixo:

Classificação
Classificação principal
alternativa

Atividades de
Juros Pagos Atividades operacionais
financiamento

Atividades de
Juros Recebidos Atividades operacionais
investimento

Dividendos e JSCP Atividades de


Atividades operacionais
Pagos financiamento

Dividendos e JSCP Atividades de


Atividades operacionais
Recebidos investimento

JSCP = Juros sobre Capital Próprio


Porém, as entidades poderão utilizar a classificação alternativa, desde que seja evidencia-
da em Nota Explicativa.

CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa

Transação que não envolve caixa ou equivalentes de caixa


43. Transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa ou equi-
valentes de caixa não devem ser incluídas na demonstração dos fluxos de caixa. Tais transações
devem ser divulgadas nas notas explicativas às demonstrações contábeis, de modo que forne-
çam todas as informações relevantes sobre essas atividades de investimento e de financiamento.
44. Muitas atividades de investimento e de financiamento não têm impacto direto sobre os
fluxos de caixa correntes, muito embora afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade.
A exclusão de transações que não envolvem caixa ou equivalentes de caixa da demonstração
dos fluxos de caixa é consistente com o objetivo de referida demonstração, visto que tais itens
não envolvem fluxos de caixa no período corrente. Exemplos de transações que não envolvem
caixa ou equivalente de caixa são:
(a) a aquisição de ativos, quer seja pela assunção direta do passivo respectivo, quer seja
por meio de arrendamento mercantil;

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(b) a aquisição de entidade por meio de emissão de instrumentos patrimoniais; e


(c) a conversão de dívida em instrumentos patrimoniais.
Fluxos de caixa em moeda estrangeira
25. Os fluxos de caixa advindos de transações em moeda estrangeira devem ser regis-
trados na moeda funcional da entidade pela aplicação, ao montante em moeda estrangeira,
das taxas de câmbio entre a moeda funcional e a moeda estrangeira observadas na data da
ocorrência do fluxo de caixa.
28. Ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio de moe-
das estrangeiras não são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas de câmbio
sobre o caixa e equivalentes de caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, é apresen-
tado na demonstração dos fluxos de caixa, a fim de conciliar o caixa e equivalentes de caixa no
começo e no fim do período. Esse valor é apresentado separadamente dos fluxos de caixa das
atividades operacionais, de investimento e de financiamento e inclui as diferenças, se existirem,
caso tais fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas de câmbio do fim do período.
Existem dois métodos de elaboração da DFC:

Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Direto


1. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
+ Recebimentos de clientes
+ Recebimentos de juros e dividendos
+ Outros recebimentos provenientes das operações
(-) Pagamentos a fornecedores
(-) Pagamentos de salários e encargos sociais dos empregados
(-) Pagamentos de despesas operacionais e de despesas antecipadas
(-) Pagamentos de impostos, taxas e contribuições
(-) Outros pagamentos decorrentes de operações
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades operacionais
2. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
+ Recebimento do principal de empréstimos e financiamentos concedidos
+ Recebimentos da alienação de ativos imobilizado e intangível
+ Recebimentos da alienação de investimentos permanentes
(-) Desembolsos de empréstimos e financiamento concedidos
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de investimentos permanentes
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de ativos imobilizado e intangível
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de investimento
3. Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Recebimentos por integralização de capital pelos sócios (em dinheiro)
+ Recebimentos de empréstimos e financiamentos obtidos
+ Outros recebimentos de financiamentos
(-) Pagamento do principal de empréstimos e financiamentos obtidos
(-) Outros pagamentos decorrentes das atividades de financiamento
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de financiamento
4. Variação líquida de caixa (1 + 2 + 3)
5. Saldo inicial de Caixa mais Equivalente de Caixa
6. Saldo Final de Caixa mais Equivalente de Caixa (4 + 5)

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Demonstração do Fluxo de Caixa – Método Indireto


1. Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais
Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo Líquido)
1º Ajuste (Receitas e Despesas que não tem efeito no caixa e que não pertencem
as Atividades Operacionais)
+ Depreciação, Amortização e Exaustão
(+/-) Perda de Equivalência Patrimonial/Ganho de Equivalência Patrimonial
(+/-) Prejuízo/Lucro na venda de bens ou direitos do ativo não circulante
2º Ajuste (Variação dos ativos e passivos ligados as Atividades Operacionais)
+ Diminuição das contas do Ativo Circulante e do AÑC RLP, exceto Disponível
(-) Aumento das contas do Ativo Circulante e do AÑC RLP, exceto Disponível
+ Aumento das contas do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante
(-) Diminuição das contas Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades operacionais
2. Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
+ Recebimento do principal de empréstimos e financiamentos concedidos
+ Recebimentos da alienação de ativos imobilizado e intangível
+ Recebimentos da alienação de investimentos permanentes
(-) Desembolsos de empréstimos e financiamento concedidos
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de investimentos permanentes
(-) Pagamentos pela aquisição, à vista, de ativos imobilizado e intangível
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de investimento
3. Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Recebimentos por integralização de capital pelos sócios (em dinheiro)
+ Recebimentos de empréstimos e financiamentos obtidos
+ Outros recebimentos de financiamentos
(-) Pagamento do principal de empréstimos e financiamentos obtidos
(-) Outros pagamentos decorrentes das atividades de financiamento
= Caixa Líquido (gerado/consumido) nas atividades de financiamento
4. Variação líquida de caixa (1 + 2 + 3)
5. Saldo Inicial de Caixa mais Equivalente de Caixa
6. Saldo Final de Caixa mais Equivalente de Caixa (4 + 5)

Vamos agora treinar o seu aprendizado por meio de exercícios de concursos anteriores.
Primeiramente, apresentamos os mesmos enunciados vistos na teoria. Em seguida, temos
mais questões comentadas.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos
procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso.
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!
Feliphe Araújo

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Considerando as regras do CPC válidas para a elaboração de demonstrações contábeis, julgue
o item a seguir.

001. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TJ-AM/2019) Uma das condições


necessárias à qualificação de um item como equivalente de caixa é que esse item esteja sujei-
to a um risco insignificante de mudança de valor.

002. (FGV/ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO/GESTÃO CONTÁBIL/BANESTES/2018)


Na Demonstração dos Fluxos de Caixa de uma instituição financeira, elaborada de acordo com
o Pronunciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, as saídas de caixa
decorrentes da aquisição de um Ativo Imobilizado, as entradas de caixa decorrentes de emis-
são de instrumentos de capital e as entradas de caixa decorrentes do recebimento do principal
de operações de crédito são classificadas, respectivamente, como atividades:
a) de financiamento, de investimento, operacional;
b) de investimento, de financiamento, operacional;
c) de investimento, operacional, operacional;
d) operacional, de financiamento, de investimento;
e) operacional, de investimento, de financiamento.

003. (FCC/ACE/TCE-CE/2015) Os Balanços Patrimoniais em 31/12/2013 e 31/12/2014 e a


Demonstração do Resultado do ano 2014 da empresa Armas da Paz S.A. são apresentados
nos dois quadros a seguir (Valores em reais):
Armas da Paz S.A.
Balanços Patrimoniais em 31/12/2013 e 31/12/2014

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Sabe-se que, no ano de 2014,


− a empresa não vendeu participações em outras empresas e equipamentos;
− os imóveis foram vendidos à vista em 02/01/2014;
− a empresa pagou metade das despesas financeiras, mas não houve pagamento de principal
dos empréstimos;
− a empresa classifica os pagamentos de despesas financeiras nas atividades operacionais.
Os valores correspondentes ao caixa consumido ou gerado pelas Atividades Operacionais, Ativi-
dades de Investimento e Atividades de Financiamento em 2014 foram respectivamente, em reais,
a) 24.000 (negativo), 104.000 (negativo) e 376.000 (positivo).
b) 4.000 (negativo) e 84.000 (negativo) e 336.000 (positivo).
c) 44.000 (negativo), 84.000 (negativo) e 386.000 (positivo).
d) 44.000 (negativo), 84.000 (negativo) e 376.000 (positivo).
e) 4.000 (positivo), 124.000 (positivo) e 376.000 (negativo).

004. (CESPE/CONTADOR/FUB/2015) Julgue o seguinte item, acerca da elaboração das prin-


cipais demonstrações contábeis previstas pelo CPC.
Segundo recomendação do CPC, o pagamento de juros sobre o capital próprio deve integrar,
preferencialmente, o fluxo de atividades de financiamento.

005. (FCC/ANALISTA/MPE-PB/2015) NÃO é uma transação que gera movimentação na De-


monstração dos Fluxos de Caixa:
a) Vendas de Mercadorias à Vista.
b) Permuta total de imóveis.
c) Aquisição de materiais para venda.
d) Recebimento de dividendos.
e) Juros sobre empréstimos.

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QUESTÕES COMENTADAS
CESPE

Acerca das demonstrações contábeis previstas na legislação e na normatização contábeis


brasileiras, julgue os itens que se seguem.

006. (CEBRASPE/ANALISTA DES. REGIONAL/CONTABILIDADE/CODEVASF/2021) Consi-


dere que determinada empresa tenha apurado, no último exercício social, um caixa de R$ 5 mil
gerado pelas suas atividades operacionais e um caixa de R$ 20 mil gerado pelas atividades de
financiamento, tendo o saldo de caixa do período crescido em R$ 2 mil. Nessas condições, as
atividades de investimento consumiram caixa em montante superior a R$ 20 mil.

A Variação de Caixa Total é resultado da soma das variações de caixa das atividades operacio-
nais (FCO), de financiamento (FCC) e de investimento (FCI).
Variação de Caixa Total = FCO + FCC + FCI
2.000 = 5.000 + 20.000 + FCI
FCI = -23.000
Como o sinal é negativo, dizemos que a atividade de investimento consumiu R$ 23.000 de caixa.
Portanto a alternativa está certa.
Certo.

007. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2020) A demonstração dos fluxos de caixa


(DFC) apresenta as entradas e saídas de caixa e as classifica em fluxo operacional, de inves-
timento e de financiamento. Os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estran-
geira devem ser
a) registrados na moeda funcional da entidade, convertendo-se o valor em moeda estrangeira
à taxa cambial na data da ocorrência do fluxo de caixa.
b) registrados na moeda funcional da entidade, convertendo-se o valor em moeda estrangeira
com base nas taxas de câmbio do fim do período.
c) registrados na moeda de apresentação da entidade, convertendo-se o valor em moeda es-
trangeira à taxa cambial na data da ocorrência do fluxo de caixa.
d) registrados na moeda de apresentação da entidade, convertendo-se o valor em moeda es-
trangeira com base nas taxas de câmbio do fim do período.
e) apresentados separadamente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de investi-
mento e de financiamento, convertidos e registrados com base nas taxas de câmbio do fim
do período.

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De acordo com o CPC 03, os fluxos de caixa advindos de transações em moeda estrangeira
devem ser registrados na moeda funcional da entidade pela aplicação, ao montante em moeda
estrangeira, das taxas de câmbio entre a moeda funcional e a moeda estrangeira observadas na
data da ocorrência do fluxo de caixa.
Os fluxos de caixa decorrentes de transações em moeda estrangeira devem ser registrados na
moeda funcional da entidade, convertendo-se o valor em moeda estrangeira à taxa cambial na
data da ocorrência do fluxo de caixa.
Letra a.

Tabela 5A1-I
A tabela a seguir apresenta informações a respeito de determinada empresa.

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008. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2020) Conforme os dados da tabela 5A1-I, a va-


riação apurada na demonstração dos fluxos do disponível será negativa e igual a
a) R$ 2.199,00.
b) R$ 52.199,00.
c) R$ 2.349,20.
d) R$ 2.139,00.
e) R$ 2.119,00.

Saldo inicial do disponível 14.507


(-) pagamento de frete de compras (38)
+ venda de mercadorias (4 x 25) 100
(-) pagamento de frete de vendas (20)
(-) devolução em dinheiro das cotas (2.000)
(-) compra de mercadorias (8 x 13) (104)
+ venda de mercadorias (12 x 30) 360
(-) devolução ao cliente (3 x 30) (90)
(-) abatimento (60)
(-) ressarcimento (230)
(-) compra de mercadorias (4 x 14,25) (57)
+ receitas financeiras recebidas 20
(-) despesas financeiras pagas (80)
= Saldo final do disponível (12.308)
Variação do disponível = Saldo final do disponível - Saldo inicial do disponível
Variação do disponível = 12.308 - 14.507 = -2.199,00
Letra a.

009. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-PA/2020) Uma empresa contratou seguros no valor


de R$ 210,00, em 1º/9/2019, e apresentou as seguintes informações em 30/9/2019.

Consoante essas informações, assinale a opção que indica o montante que deve ter sido evi-
denciado na demonstração do fluxo do disponível a título de pagamento de seguros no mês de
setembro de 2019.

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a) R$ 80,00
b) R$ 160,00
c) R$ 190,00
d) R$ 210,00
e) R$ 270,00

Vamos avaliar somente a conta Seguros a Pagar para identificar o pagamento de Seguros no
mês de setembro de 2019.
Conta seguros a pagar (passivo):
Razonete em 30/09/2019:

Seguros a Pagar

Débito Crédito

Pagamentos X 80 Saldo inicial

210 Contratação de Seguros

130 Saldo final

Saldo final = Saldo inicial + Contratação de seguros - Pagamento de seguros


130 = 80 + 210 - Pagamento de seguros
Pagamento de seguros = 290 - 130 = R$ 160,00
Letra b.

A respeito das demonstrações contábeis, julgue o item que se segue.

010. (CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-DF/2020) A partir da análise da demonstração dos


fluxos de caixa, o usuário da informação toma conhecimento de como a entidade financia suas
atividades, descritas através dos fluxos operacional, de investimento e de financiamento.

A DFC permite o conhecimento de quem são os credores da entidade (NBC TG 03 (R3) – DE-
MONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – DFC).
Benefícios da informação dos fluxos de caixa:
Apresentação da demonstração dos fluxos de caixa
10. A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período classi-
ficados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
Letra c.

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011. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/CGE-CE/2019) Os dados apresentados a


seguir são relativos à demonstração dos fluxos de caixa de uma companhia.
• dados extraídos da demonstração do resultado do período 20X1
• lucro líquido antes do desconto do imposto de renda – R$ 5.000
• imposto de renda – R$ 1.000
• amortização – R$ 500
• perda na venda de imobilizado – R$ 500

outras informações
• O imobilizado foi vendido à vista.
• A conta duplicatas a receber aumentou R$ 600, do final do período 20X0 até o final do
período 20X1.
• A conta fornecedores aumentou R$ 700, do final do período 20X0 até o final do período
20X1.
• Não houve pagamento de imposto de renda no período.

Nessa situação hipotética, o caixa líquido gerado nas atividades operacionais no período 20X1
foi igual a
a) R$ 4.100.
b) R$ 5.100.
c) R$ 5.600.
d) R$ 6.000.
e) R$ 6.100.

Lucro líquido = lucro líquido antes do imposto de renda - imposto de renda


Lucro líquido = 5.000 - 1.000 = 4.000
DFC – Método Indireto
Método Turbo para resolução no dia da prova:
Lucro líquido 4.000
+ Amortização 500
+ Perda na venda de imobilizado 500
(-) Aumento de Duplicata a Receber (600)
+ Aumento de Fornecedores 700
+ Aumento do saldo de IR a pagar 1.000
= Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 6.100
Letra e.

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012. (CESPE/ANALISTA GRS/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/SLU-DF/2019) Em se tratando de em-


presa que utilize o método indireto na apresentação da demonstração dos fluxos de caixa, o au-
mento, de um período para outro, dos valores contabilizados como despesa antecipada deve ser
subtraído do resultado do período, pois representa o aumento de saídas de caixa e equivalentes.

No método indireto o Fluxo de Caixa das atividades Operacionais (FCO) é calculado a partir do
resultado. Assim:
FCO = Resultado Líquido + ∆ Ativo que influencia o caixa +∆ Passivo que influencia o caixa
O aumento de despesas antecipadas (ativo) deve gerar uma variação negativa no FCO, re-
duzindo seu valor. Isso acontece pois indica desembolso de caixa pela empresa ainda não
contabilizado no resultado da DRE.
Certo.

013. (CESPE/ANALISTA GRS/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/SLU-DF/2019) Embora não transite


por caixa e equivalentes, a conversão de dívidas em capital social deve ser apresentada na de-
monstração dos fluxos de caixa, o que afeta o fluxo de caixa das atividades de financiamento
e de investimento

A conversão de dívidas em Capital Social é uma transação que não envolve caixa e equivalen-
tes. De acordo com o CPC 03, esse tipo de transação não deve ser apresentado na DFC, mas
deve ser divulgada nas Notas Explicativas, de modo a fornecer todas as informações relevan-
tes sobre essas atividades de investimento e de financiamento
Errado.

014. (CESPE/ANALISTA GRS/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/SLU-DF/2019) As sociedades anôni-


mas de capital fechado devem apresentar a demonstração dos fluxos de caixa pelo método
indireto, e as sociedades anônimas de capital aberto, pelo método direto.

A legislação faculta a apresentação do método direto ou indireto para as DFC, mas não im-
põem obrigação por tipo de empresa quanto a essa apresentação. A restrição imposta pela
Lei 6.404/1976 é que a DFC é obrigatória para as Cia. Fechada com PL ≥ R$ 2M.
Errado.

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015. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/TCE-RO/2019)


No balancete do último mês findo, as disponibilidades de uma empresa eram compostas pe-
las seguintes contas e saldos:
• fundo fixo de caixa: R$ 2.500;
• caixa em moeda estrangeira: R$ 5.000;
• depósitos bancários no Banco Alpha: R$ 5.200;
• depósitos bancários no Banco Beta: R$ 1.200;
• numerários em trânsito: R$ 4.000;
• aplicações financeiras de liquidez imediata: R$ 10.000;
• certificados de depósito bancário a vencer em mais de 180 dias: R$ 50.000.

Informações complementares:
• o caixa em moeda estrangeira, já convertido para a moeda nacional na data do balance-
te, está sujeito a fortes oscilações diárias em seu montante;
• a conta-corrente no Banco Beta está negativa;
• metade das aplicações financeiras de liquidez imediata está comprometida com uma
obrigação que vencerá em dois meses.
• Visando apurar o fluxo de caixa do período, é correto afirmar que, a partir das informa-
ções apresentadas, o saldo de caixa e equivalentes de caixa a ser considerado será de
a) R$ 15.500.
b) R$ 16.700.
c) R$ 21.700.
d) R$ 25.500.
e) R$ 76.700.

Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.


Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo (por
exemplo, três meses ou menos, a contar da data da aquisição), de alta
liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão su-
jeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Empréstimos bancários são geralmente considerados como atividades de financiamento. En-
tretanto, saldos bancários a descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de
instrumentos como cheques especiais ou contas correntes garantidas que são liquidados em
curto lapso temporal compõem parte integral da gestão de caixa da entidade. Nessas circuns-
tâncias, saldos bancários a descoberto são incluídos como componente de caixa e equivalen-
tes de caixa. Uma característica desses arranjos oferecidos pelos bancos é que frequentemen-
te os saldos flutuam de devedor para credor.

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Agora vamos analisar os itens:


• Caixa em moeda estrangeira: R$ 5.000  como está sujeito a fortes oscilações não
entra nos equivalentes de caixa
• Depósitos bancários no Banco Beta: R$ 1.200  saldo negativo em banco, segundo o
CPC 03, é obrigação da empresa (cheque especial) e faz parte do componente de caixa
e equivalentes de caixa. (Item 8 do CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa)
• Aplicações financeiras de liquidez imediata: R$ 10.000  continua sendo equivalente de
caixa pois é caracterizada de curto prazo (menos de 3 meses)

Caixa e equivalentes = fundo fixo de caixa + depósito em Alpha – depósito em Beta + numerá-
rio em trânsito + aplicação financeira de liquidez imediata
= 2.500 - 1.200 + 5.200 + 4.000 + 10.000 = 20.500
Com isso, a questão deveria ter sido anulada.
A banca considerou o saldo de conta-corrente no Banco Beta negativa como não sendo caixa
e equivalentes de caixa, chegando ao gabarito da banca que é a letra B.
Caixa e equivalentes = fundo fixo de caixa + depósito em Alpha + numerário em trânsito + apli-
cação financeira de liquidez imediata
= 2.500 + 5.200 + 4.000 + 10.000 = 21.700
Letra c.

016. (CESPE/AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS/TCE-PB/2018) A seguir, a tabela I apresenta,


em reais, as variações entre os dois últimos exercícios, verificadas por uma empresa em suas
demonstrações contábeis; e a tabela II apresenta, em reais, a composição da demonstração
dos lucros ou prejuízos acumulados do exercício mais recente da referida empresa.

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Conforme os dados das tabelas I e II, o total, em reais, das fontes de caixa a ser considerado
para o exercício mais recente foi de
a) 27.900.
b) 21.400.
c) 18.600.
d) 6.200.
e) 30.700.

Essa questão é de fluxo de caixa com base em um modelo não utilizado pelas bancas. As
fontes de caixa que o enunciado solicita são as entradas de caixa e equivalentes de caixa evi-
denciadas na Demonstração dos Fluxos de Caixa.
As saídas de caixa são os consumos de caixa e equivalentes de caixa.
Observe bem que o enunciado solicita somente as fontes de caixa, logo, vamos considerar
para o nosso cálculo apenas as entradas de caixa e equivalentes de caixa calculados com
base na DFC.
1. Fluxo de Caixa Atividade Operacional:
Lucro Líquido 14.000
+ Depreciação 9.300
= Lucro Líquido Ajustado 23.300
+ Diminuição do saldo de Contas a receber 1.700
+ Aumento do saldo de Contas a pagar 4.400
+ Aumento do saldo de Salários a pagar 300
+ Aumento do saldo de Imposto de Renda 600
+ Aumento do saldo de Outros Circulantes a pagar 200
= Fontes de Caixa da Atividade Operacional 30.500

Professor, qual o motivo de não diminuir a redução do saldo da conta impostos parcelados?

Por que queremos encontrar somente as fontes de caixa e não o consumo. Ao reduzir o saldo
da conta impostos parcelados, temos um consumo de caixa que representa saída de caixa.

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2. Fluxo de Caixa Atividade de Investimento = 0,00


3. Fluxo de Caixa Atividade de Financiamento:
+ Capital Social 200
= Fontes de Caixa da Atividade de Financiamento 200
Sabemos que a integralização foi em dinheiro, porque o lucro líquido de 14.000 foi distribuído
da seguinte maneira, conforme dados da questão:
Dividendos pagos = 2.800
Reservas de Lucro = 11.200
Fontes de Caixa = 30.500 + 200 = 30.700
Portanto, o gabarito é a letra E.
Professor, para fins de aprendizado, caso ele perguntasse o valor dos consumos de caixa,
qual seria a resposta?
Colega, segue o mesmo raciocínio, só que vamos considerar apenas as saídas de caixa e equi-
valentes de caixa, ou seja, apenas o que reduz o caixa.
4. Fluxo de Caixa Atividade Operacional:
Só iniciaríamos o fluxo operacional para o consumo se fosse prejuízo do exercício.
(-) Aumento do saldo de Estoques (4.900)
(-) Diminuição do saldo de Obrigações diversas de longo prazo (4.300)
(-) Diminuição do saldo de impostos parcelados (200)
= Consumo de Caixa da Atividade Operacional (9.400)
5. Fluxo de Caixa Atividade de Investimento
(-) Aquisição de Imobilizados (12.300)
= Consumo de Caixa da Atividade de Investimento (12.300)
6. Fluxo de Caixa Atividade de Financiamento:
(-) Dividendos Pagos (2.800)
= Consumo de Caixa da Atividade de Financiamento (2.800)
Consumos de Caixa = 9.400 + 12.300 + 2.800 = 24.500
Para confirmar a resposta, a diferença entre as fontes e os consumos de caixa deve ser igual
ao saldo de caixa e equivalentes da tabela I. Vamos verificar?
Variação de Caixa e Equivalentes = Fontes de Caixa - Consumo de Caixa
Variação de Caixa e Equivalentes = 30.700 - 24.500 = 6.200
Confirmamos a veracidade dos dados.
Letra e.

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017. (CESPE/AUDITOR DO ESTADO/SEFAZ-RS/2018) Acerca dos registros de operações tí-


picas empresariais, das operações com mercadorias e estoques, da apuração do resultado e
de dividendos, julgue os itens a seguir.
I – No fluxo de caixa, a compra de um terreno à vista é considerada uma atividade de in-
vestimento.
II – Os abatimentos são obtidos ou concedidos em virtude de as empresas realizarem grandes
compras de mercadorias.
III – Os dividendos pagos no exercício são calculados na apuração do resultado, como dedutí-
veis de IRPJ e CSLL.
IV – O pagamento de fretes de mercadorias enviadas a clientes não implica ajuste da conta
estoques no sistema de inventário permanente.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

Vamos analisar cada item:


I – Certo. Os terrenos adquiridos à vista são classificados na DFC como fluxo de investimento.
II – Errado. Na verdade, os descontos são concedidos ou obtidos em função de grandes com-
pras. Os abatimentos são acordos entre cliente e vendedor por algo negativo que ocorreu, para
que não se cancele toda a negociação.
III – Errado. O cálculo dos dividendos é feito a partir do Lucro Líquido (LL) e não do LAIR (Lucro
Antes do IR e da CSLL). Com isso, os dividendos não são dedutíveis de IRPJ e CSLL.
IV – Certo. Quando o fornecedor paga o frete, isto será uma despesa operacional para o ven-
dedor/fornecedor. Com isso, o pagamento de fretes de mercadorias enviadas a clientes não
implica ajuste da conta estoques no sistema de inventário permanente.
Letra b.

018. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2018) Na elaboração da demons-


tração de fluxo de caixa (DFC) pelo método direto, é facultado à entidade fornecer a concilia-
ção entre lucro líquido e fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.

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Conforme o CPC 03:

20A. A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve ser
fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo líquido das ativi-
dades operacionais. A conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria, os principais itens a
serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que usa o método indireto em relação
aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.
Errado.

019. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCM-BA/2018) De acordo com o Comitê


de Pronunciamentos Contábeis (CPC), na demonstração de fluxos de caixa, quando do paga-
mento de empréstimo bancário, a parcela relativa a juros e a parcela relativa a amortização do
principal classificam-se como
a) atividade operacional e atividade de investimento, respectivamente.
b) atividade de investimento e atividade de financiamento, respectivamente.
c) atividade operacional e atividade de financiamento, respectivamente.
d) atividade de financiamento, em ambos os casos.
e) atividade operacional, em ambos os casos.

Conforme o CPC 03, temos:

34A. Este Pronunciamento encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou


pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades
operacionais...

Por sua vez, a amortização do principal de um empréstimo bancário é classificada como fluxo
de financiamento.
Letra c.

020. (CESPE/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/TCM-BA/2018) De acordo com o CPC,


constitui exemplo de fluxo de caixa associado a atividades de investimento
a) o pagamento a fornecedores de mercadorias e serviços.
b) o recebimento de caixa decorrente de royalties.
c) o recebimento de caixa por seguradora de prêmios e sinistros.
d) o ganho ou a perda na alienação de imóveis.
e) o pagamento a empregados ou por conta de empregados

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Vamos analisar cada alternativa:


a) Errada. Fluxo de caixa operacional.
b) Errada. Fluxo de caixa operacional.
c) Errada. Fluxo de caixa operacional.
d) Certa. Tanto o ganho quanto a perda na alienação de imóveis relacionam-se com o fluxo de
caixa das atividades de investimentos.
e) Errada. Fluxo de caixa operacional.
Letra d.

021. (CESPE/CONTABILIDADE/TRE-PE/2017) Considerando que a demonstração dos fluxos


de caixa (DFC) apresenta informações relevantes sobre a capacidade das entidades na gera-
ção de caixa, assinale a opção correta.
a) Compõem o fluxo de atividades de investimento os recebimentos de caixa decorrentes de
royalties, honorários e comissões, que não entram na apuração do lucro líquido da entidade.
b) O valor da venda de ativos de longo prazo não incluídos nos equivalentes de caixa deve ser
classificado na DFC como fluxo das atividades de investimento.
c) O fluxo de caixa de uma entidade é representado pelo cálculo de entradas de caixa ou equi-
valentes de caixa em determinado espaço de tempo.
d) Uma entidade comercial, tendo adquirido mercadorias para revenda no valor de R$ 80.000,
pagando 50% no ato, deverá registrar na DFC uma atividade de financiamento que consumiu
caixa no valor de R$ 40.000.
e) Caso uma sociedade empresária tenha sido constituída com capital de R$ 200.000, dos
quais R$ 100.000 tenham sido integralizados em dinheiro e R$ 60.000 em terrenos, com o sal-
do restante em capital a integralizar, a DFC deverá apresentar atividades de financiamento que
geraram caixa no valor de R$ 140.000.

Vamos analisar cada assertiva:


a) Errada. Os recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários e comissões com-
põem o fluxo de atividades operacionais.
b) Certa. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:
a) recebimentos resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis, investimentos e outros
ativos de longo prazo;
c) Errada. O fluxo de caixa de uma entidade é representado pelo cálculo de entradas e saídas
de caixa ou equivalentes de caixa em determinado espaço de tempo.

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d) Errada. O valor de consumo de caixa registrado na DFC será de R$ 40.000. Porém, essa aqui-
sição é contabilizada como uma atividade operacional.
e) Errada. Deve ser registrado na DFC somente a parcela de capital constituída de caixa ou
equivalentes de caixa. Neste caso, somente o montante de R$ 100.000 integralizado em di-
nheiro deve ser apresentado no fluxo de caixa das atividades de financiamento.
Letra b.

022. (CESPE/ANALISTA/CONTABILIDADE/FUNPRESP-EXE/2016) A conta de aplicação fi-


nanceira de liquidez imediata em moeda corrente, constante no grupo do ativo circulante, é
exemplo de equivalente de caixa componente da DFC.

Segundo a Lei das S/A, a DFC evidencia as alterações ocorridas no caixa e nos equivalentes
da caixa das entidades, em um determinado exercício, segregando-se essas alterações em, no
mínimo, três fluxos:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos.
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo (por exemplo, três meses ou
menos, a contar da data da aquisição), de alta liquidez, que são prontamente conversíveis
em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudan-
ça de valor.
Certo.

023. (CESPE/AUDITOR/CONTABILIDADE/TCE-PA/2016) A apuração dos fluxos de caixa


pelo método indireto implica a realização de conciliação com os valores obtidos por meio do
método direto.

A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve
ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo líqui-
do das atividades operacionais. A conciliação deve apresentar, separadamente, por categoria,
os principais itens a serem conciliados, à semelhança do que deve fazer a entidade que usa
o método indireto em relação aos ajustes ao lucro líquido ou prejuízo para apurar o fluxo de
caixa líquido das atividades operacionais.
A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alter-
nativamente:

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a) o método direto, segundo o qual as principais classes de recebimentos brutos e pagamen-


tos brutos são divulgadas; ou
b) o método indireto, segundo o qual o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de
transações que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações
por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passa-
dos ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa
das atividades de investimento ou de financiamento.
Portanto, o método indireto, também conhecido como método da reconciliação, faz a concilia-
ção entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.
Errado.

024. (CESPE/OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA/ABIN/2010) No caso de empresas não


financeiras, os fluxos de caixa referentes ao imposto de renda e à contribuição social sobre o
lucro líquido devem ser divulgados separadamente e sempre ser classificados como fluxos de
caixa das atividades operacionais.

Os pagamentos a título de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido devem
ser divulgados em separado e apresentados como atividades operacionais, a menos que pos-
sam ser, objetivamente, especificados como atividades de financiamento e de investimento.
O erro da afirmativa está em afirmar que tais fluxos devem “sempre” ser classificados como
fluxos de caixa das atividades operacionais.
Errado.

FCC

025. (FCC/CONTADOR/ALAP/2020) A Cia. Gera Caixa realizou as seguintes transações du-


rante o ano de 2018:
− Recebimento de R$ 120.000,00 de Duplicatas a Receber de Clientes.
− Recebimento de R$ 150.000,00 referentes à venda de ações em tesouraria.
− Pagamento de R$ 200.000,00 para diversos fornecedores de produtos para revenda.
− Pagamento de R$ 80.000,00 referentes aos salários de seus funcionários.
− Recebimento de R$ 300.000,00 referentes à venda de uma máquina que era utilizada
na produção.
− Pagamento de R$ 250.000,00 referentes a um empréstimo (somente principal, não in-
cluindo juros).
− Pagamento de R$ 500.000,00 referentes à aquisição de participação societária na empresa
Flores S.A., a qual passou a ser uma coligada.
− Recebimento de R$ 120.000,00 referentes ao aumento de Capital Social.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

Com base nas informações acima, na Demonstração dos Fluxos de Caixa do ano de 2018, o
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento e o Fluxo de Caixa das Atividades de Finan-
ciamento, gerados ou consumidos pela Cia. e decorrentes exclusivamente do registro destas
transações, foram, respectivamente, em reais,
500.000,00 consumidos − 20.000,00 gerados.
50.000,00 consumidos − 130.000,00 consumidos.
200.000,00 consumidos − 20.000,00 gerados.
200.000,00 consumidos − 130.000,00 consumidos.
500.000,00 consumidos − 130.000,00 consumidos.

Vamos calcular cada fluxo:


Fluxo de Investimento:
+ Recebimento de R$ 300.000,00 referentes à venda de uma máquina
(−) Pagamento de R$ 500.000,00 à aquisição de participação societária
= Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento (R$ 200.000,00)
Fluxo de Financiamento:
+ Recebimento de R$ 150.000,00 referentes à venda de ações em tesouraria.
(-) Pagamento de R$ 250.000,00 referentes a um empréstimo
+ Recebimento de R$ 120.000,00 referentes ao aumento de Capital Social.
= Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 20.000,00
Com isso, o gabarito é a letra C.
Se ele perguntasse o valor do fluxo operacional, seria o seguinte:
+ Recebimento de R$ 120.000,00 de Duplicatas a Receber de Clientes.
(-) Pagamento de R$ 200.000,00 para diversos fornecedores de produtos
(-) Pagamento de R$ 80.000,00 referentes aos salários de seus funcionários.
= Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (R$ 160.000,00)
Letra c.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
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026. (FCC/AUDITOR FISCAL/CONTABILIDADE/SEFAZ-BA/2019) A Demonstração do Resul-


tado do ano de 2018 da empresa Importadora sem Fronteiras S.A. é apresentada a seguir
(valores em reais):

Os Balanços Patrimoniais da empresa Importadora sem Fronteiras S.A., em 31/12/2017 e


31/12/2018, são os seguintes:

No ano de 2018, a empresa não pagou as despesas financeiras, não liquidou qualquer emprés-
timo e não vendeu participações societárias nem equipamentos. O aumento de capital foi em
dinheiro. Os valores, no ano de 2018, correspondentes ao Caixa das Atividades Operacionais e
ao Caixa das Atividades de Financiamento foram, respectivamente, em reais,
a) 346.000 (negativo) e 1.040.000 (positivo).
b) 106.000 (negativo) e 1.040.000 (positivo).
c) 106.000 (negativo) e 1.440.000 (positivo).
d) 246.000 (negativo) e 1.040.000 (positivo).
e) 246.000 (negativo) e 1.440.000 (positivo).

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
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Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:


Lucro Líquido R$ 182.000,00
+ Despesa com Depreciação R$ 120.000,00
+ Despesas Financeiras¹ R$ 100.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial (R$ 60.000,00)
(–) Resultado Venda de Imobilizado (R$ 140.000,00)
(=) Lucro Ajustado R$ 202.000,00
(–) Aumento do saldo de Contas a Receber de Clientes (R$ 400.000,00)
(–) Aumento do saldo de Estoques (R$ 320.000,00)
+ Aumento do saldo de Fornecedores R$ 194.000,00
+ Aumento do saldo de Impostos a Pagar R$ 78.000,00
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais (R$ 246.000,00)

Fluxo de Financiamento
Como a conta Dividendos a Pagar não tinha saldo em 2017, subtende-se que não houve de
pagamento de dividendos durante o ano de 2018. Só tomar cuidado com alguma informação
afirmando que os dividendos foram pagos no ano corrente, que não é o caso desta questão.
Observa-se pela análise do balanço patrimonial que houve integralização de Capital Social e
aumento da conta Empréstimos obtidos. Vamos analisar estas duas contas.
1. O capital social da empresa aumentou de R$ 1.000.000,00, em 31/12/2017, para R$
1.500.000,00, em 31/12/2018. Como a integralização de capital foi em dinheiro, temos um
aumento deste fluxo no valor de R$ 500.000,00 (1.500.000,00 - 1.000.000,00).
2. Como o valor de R$ 100.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, esse valor foi
contabilizado no Passivo Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 2018 é igual ao saldo da conta de emprésti-
mos em 2018 menos o saldo dessa conta em 2017 e menos o valor das despesas financeiras
não pagas.
Contratação de novos empréstimos = 1.940.000 - 900.000 - 100.000
Contratação de novos empréstimos = R$ 188.000,00

Empréstimos obtidos

R$ 900.000,00 Saldo Inicial

R$ 100.000,00 Novos empréstimos Desp. Financeira

R$ 1.940.000,00 Saldo Final

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
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900.000,00 + 100.000,00 + Novos empréstimos = 1.940.000,00


Novos empréstimos = R$ 940.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:
Obtenção de Empréstimos 940.000,00
+ Integralização de Capital Social 500.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiament R$ 1.440.000,00
Letra e.

027. (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/CONTABILIDADE/SANASA CAMPINAS-SP/2019)


Segundo a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral 03 (R3) – Demonstração dos Flu-
xos de Caixa (DFC) a referida demonstração pode ser elaborada por dois métodos e deve ser
dividida em três atividades. Sobre esse assunto,
a) os fluxos de atividades da DFC são: operacionais, financeiros e de investimento.
b) a mesma transação realizada pela empresa pode incluir fluxos de caixa com classificação
em mais de uma atividade.
c) valores recebidos em caixa em decorrência de Royalties devem ser registrados nas ativida-
des de investimentos da empresa.
d) valores recebidos em caixa em decorrência de emissão de debêntures devem ser registra-
dos nas atividades de investimento da empresa.
e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e
empréstimos feitos por instituição financeira) deve ser registrado nas atividades operacionais.

a) Errada. Os fluxos de caixa são operacional, financiamento e de investimento.


b) Certa. Por exemplo, o pagamento de empréstimos obtidos juntamente com juros resulta
diminuição do fluxo de caixa operacional pelo pagamento dos juros e de financiamento pelo
pagamento do principal.
c) Errada. Os royalties recebidos são registrados como atividades operacionais.
d) Errada. Como as debêntures são uma forma de financiamento da empresa, seu valor recebi-
do é classificado como atividade de financiamento.
e) Errada. Adiantamento em caixa a terceiros são atividades de investimento.
Letra b.

Atenção: Com base nas informações a seguir responda as próximas duas questões.
São apresentados a seguir os Balanços Patrimoniais em 31/12/2015 e 31/12/2016, e a De-
monstração do Resultado do ano de 2016 da empresa Comércio de Produtos Populares S.A.
(valores expressos em reais):

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
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028. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-GO/2018) Considerando que as despesas financeiras


não foram pagas em 2016, o fluxo de Caixa das Atividades Operacionais de 2016 foi, em reais,
a) 147.600,00 (negativo).
b) 207.600,00 (negativo).
c) 63.600,00 (negativo).
d) 111.600,00 (negativo).
e) 123.600,00 (negativo).

Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:


Lucro Líquido R$ 124.800,00
+ Despesa com Depreciação R$ 72.000,00
+ Despesas Financeiras¹ R$ 60.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial (R$ 36.000,00)

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(–) Lucro na Venda de Imóveis (R$ 84.000,00)


(=) Lucro Ajustado R$ 136.800,00
(–) Aumento do saldo de Contas a Receber de Clientes (R$ 240.000,00)
(–) Aumento do saldo de Estoques (R$ 112.000,00)
(–) Aumento do saldo de Adiantamento a Fornecedores (R$ 80.000,00)
+ Aumento do saldo de Fornecedores R$ 116.400,00
+ Aumento do saldo de Imposto de Renda a Pagar R$ 31.200,00
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais (R$ 147.600,00)

1. De acordo com os dados da questão, a empresa não pagou as despesas financeiras do ano
e, o valor desta despesa, aumentou o saldo da conta Empréstimos obtidos no Passivo. Assim,
referido montante deve ser somado ao lucro líquido.
Letra a.

029. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-GO/2018) Considere que os imóveis foram vendidos em


02/01/2016 e que durante o ano de 2016 a empresa não vendeu investimentos nem veículos,
não liquidou qualquer empréstimo, não pagou as despesas financeiras e pagou os dividendos
constantes do balanço de 31/12/2015.
Com base nestas informações, é correto afirmar que o fluxo de caixa das atividades de
a) investimento foi R$ 396.000,00, negativo.
b) financiamento foi R$ 894.000,00, positivo.
c) investimento foi R$ 480.000,00, negativo.
d) investimento foi R$ 324.000,00, negativo.
e) financiamento foi R$ 864.000,00, positivo.

Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento


Observa-se pela análise do balanço patrimonial que houve integralização de Capital Social no
montante de R$ 300.000,00 (como não há informação, subtende-se que foi em dinheiro). Va-
mos analisar as contas de Empréstimos e Dividendos.
1. Como o valor de R$ 60.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, esse valor foi
contabilizado no Passivo Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 2016 é igual ao saldo da conta de emprés-
timos em 2016 menos o saldo dessa conta em 2015 e das despesas financeiras não pagas.
Contratação de novos empréstimos = 1.164.000 - 540.000 - 60.000
Contratação de novos empréstimos = R$ 564.000,00
Vamos calcular o fluxo de financiamento:
Dividendos Pagos = R$ 30.000,00 (conforme enunciado)

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O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:


Integralização de Capital Social 300.000,00
Obtenção de Empréstimos 564.000,00
(-) Pagamento de Dividendos (conforme enunciado) (30.000,00)
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 834.000,00

Forma mais rápida para encontrar o fluxo de investimento:


Variação do disponível = Fluxo Operacional + Fluxo de Investimento + Fluxo de Financiamento
290.400 = -147.600 + Fluxo de Investimento + 834.000
Fluxo de Investimento + 686.400 = 290.400
Fluxo de Investimento = 396.000, negativo
Com isso, o gabarito é a letra A.
Só para fins de conhecimento, trago o cálculo do fluxo de caixa da atividade de investimento.
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
O enunciado diz que, no ano de 2016, a empresa não vendeu investimentos e nem veículos.
1. A conta “Investimentos” passou do saldo de R$ 84.000,00, em 2015, para R$ 216.000,00, em
2016. Pela análise da DRE, observa-se que uma parte do aumento desta conta teve origem no
resultado de equivalência patrimonial, no valor de R$ 36.000,00.
Portanto, o valor da compra de investimentos é igual ao saldo final de 2016 menos o saldo final
de 2015 e menos o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial.
Compra de Investimentos = 216.000 - 84.000 - 36.000
Compra de Investimentos = R$ 96.000,00

Investimentos

Saldo Inicial R$ 84.000,00

REP R$ 36.000,00

Compra

Saldo Final R$ 216.000,00

84.000 + 36.000 + Compra = 216.000


Compra = R$ 96.000,00
2. É importante ficarmos atentos às contas que são depreciáveis e não há depreciação no ba-
lanço. Observe que o saldo da conta veículos é o valor contábil, ou seja, líquido da despesa de
depreciação. Assim, precisamos considerar esta informação para os cálculos.
Portanto, o valor da compra de equipamentos é igual ao saldo final de 2016 menos o saldo final
de 2015 e mais o valor da depreciação.

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
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Compra de Equipamentos = 1.092.000 - 504.000 + 72.000 (Depreciação da DRE)


Compra de Equipamentos = R$ 660.000,00

Equipamentos

Saldo Inicial R$ 504.000,00 R$ 72.000,00 Depreciação

Compra

Saldo Final R$ 1.092.000,00

504.000 + Compra - 72.000 = 1.092.000


Compra de Veículos = R$ 660.000,00
3. Análise da conta Imóveis. O saldo desta conta passou de R$ 276.000,00, em 2015, para R$
0,00, em 2016. A DRE traz a informação de que houve Lucro na Venda de Imóveis no valor de
R$ 84.000,00. Portanto, o valor recebido pela venda foi de:
Venda de Imóveis = valor contábil do terreno + lucro na venda
Venda de Imóveis = 276.000+ 84.000 (informação na DRE)
Venda de Imóveis = 360.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento será de:
(-) Compra de Participações Societárias (96.000,00)
(-) Compra de Veículos (660.000,00)
+ Venda de Imóveis 360.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos (R$ 396.000,00)
Letra a.

030. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRE-SP/2017) A Cia. Catarinense


apresentou, em 31/12/2015, as seguintes demonstrações contábeis:

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Com base nas demonstrações acima, sabendo-se que houve distribuição e pagamento de di-
videndos no valor de R$ 25.000,00 e que as despesas financeiras não foram pagas, o fluxo de
caixa gerado pelas Atividades Operacionais foi, em reais,
a) 121.000,00.
b) 103.000,00.
c) 166.000,00.
d) 146.000,00.
e) 171.000,00.

Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:


Lucro Líquido R$ 155.000,00
+ Despesa de Depreciação R$ 10.000,00
+ Despesas Financeiras¹ R$ 15.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial (R$ 14.000,00)
(=) Lucro Ajustado R$ 166.000,00
(–) Aumento do saldo de Duplicatas a Receber (R$ 70.000,00)
+ Aumento do saldo de Fornecedores R$ 25.000,00
+ Aumento do saldo de IR/CSLL a Pagar R$ 50.000,00
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais R$ 171.000,00

1. De acordo com os dados da questão, a empresa não pagou as despesas financeiras do ano
e, o valor desta despesa, aumentou o saldo da conta Empréstimos obtidos no Passivo. Assim,
o montante de R$ 15.000,00 deve ser somado ao lucro líquido.
De acordo com a classificação principal, o pagamento de dividendos é classificado na ativi-
dade de financiamento.
Letra e.

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031. (FCC/ANALISTA/CONTADORIA/TRF 3ª REGIÃO/2016) A Demonstração do Resultado


do ano de 2014 e os Balanços Patrimoniais em 31/12/2013 e 31/12/2014 da empresa Produ-
tos de Segurança Porta Aberta S.A. são apresentados nos dois quadros abaixo.

Sabe-se que no ano de 2014 a empresa não vendeu participações societárias nem equipamen-
tos, não liquidou qualquer empréstimo e não pagou as despesas financeiras do ano. Os valores
em reais no ano de 2014, correspondentes ao Caixa das Atividades Operacionais e ao Caixa das
Atividades de Financiamento foram, respectivamente, em reais,
a) 69.200 (negativo) e 208.000 (positivo).
b) 21.200 (negativo) e 208.000 (positivo).
c) 21.200 (negativo) e 288.000 (positivo).
d) 49.200 (negativo) e 208.000 (positivo).
e) 49.200 (negativo) e 288.000 (positivo).

Colega, o examinador solicita os fluxos de caixa de duas atividades (operacionais e de finan-


ciamento). Assim, você poderi encontrar o resultado das duas atividades ou, para aqueles que
têm dificuldades em resolver pelo fluxo de caixa das atividades operacionais, poderiam en-
contrar os fluxos de caixa das atividades de financiamento e de investimento e, com base na

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variação do disponível, calcular o valor do fluxo de caixa operacional. Vamos fazer das duas
formas. Assim, cada um pode escolher o método que achar mais fácil, opa, e também rápido
rsrsrsrs. Lembrem que precisa administrar bem o tempo no dia da prova.
Inicialmente, calcularemos o fluxo de caixa das atividades operacionais pelo método indireto.
Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:
Lucro Líquido R$ 36.400,00
+ Despesa com Depreciação R$ 24.000,00
+ Despesas Financeiras¹ R$ 20.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial (R$ 12.000,00)
(–) Lucro na Venda de Terrenos (R$ 28.000,00)
(=) Lucro Ajustado R$ 40.400,00
(–) Aumento do saldo de Contas a Receber de Clientes (R$ 80.000,00)
(–) Aumento do saldo de Estoques (R$ 64.000,00)
+ Aumento do saldo de Fornecedores R$ 38.800,00
+ Aumento do saldo de Imposto de Renda a Pagar R$ 15.600,00
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais (R$ 49.200,00)

1. De acordo com os dados da questão, a empresa não pagou as despesas financeiras do ano
e, o valor desta despesa, aumentou o saldo da conta Empréstimos obtidos no Passivo. Assim,
o montante de R$ 20.000,00 deve ser somado ao lucro líquido.
Assim, poderíamos eliminar as alternativas A, B e C.
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Como a conta Dividendos a Pagar não tinha saldo em 2013, subtende-se que não houve de
pagamento de dividendos durante o ano de 2014. Só tomar cuidado com alguma informação
afirmando que os dividendos foram pagos no ano corrente, o que não é o caso desta questão.
Observa-se pela análise do balanço patrimonial que houve integralização de Capital Social e
aumento da conta Empréstimos obtidos. Vamos analisar estas duas contas.
1. O capital social da empresa aumentou de R$ 200.000,00, em 31/12/2013, para R$ 300.000,00,
em 31/12/2014. Como não há informação de como foi esta integralização de capital, subten-
de-se que ela foi realizada em dinheiro. Assim, temos um aumento deste fluxo no valor de R$
100.000,00 (300.000,00 - 200.000,00).
2. Como o valor de R$ 20.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, esse valor foi
contabilizado no Passivo Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 2014 é igual ao saldo da conta de emprésti-
mos em 2014 menos o saldo dessa conta em 2013 e menos o valor das despesas financeiras
não pagas.
Contratação de novos empréstimos = 388.000 - 180.000 - 20.000
Contratação de novos empréstimos = R$ 188.000,00

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Empréstimos obtidos

R$ 180.000,00 Saldo Inicial

R$ 20.000,00
Desp. Financeira
Novos empréstimos

R$ 388.000,00 Saldo Final

180.000,00 + 20.000,00 + Novos empréstimos = 388.000,00


Novos empréstimos = R$ 188.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:
Obtenção de Empréstimos 188.000,00
+ Integralização de Capital Social 100.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 288.000,00
O gabarito é a letra E.
Vamos responder pelo outro método.
O valor do fluxo das atividades de financiamento seria calculado conforme acima:
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 288.000,00
Agora, vamos encontrar o fluxo de caixa das atividades de investimento.

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento


O enunciado diz que, no ano de 2014, a empresa não vendeu participações societárias e nem
equipamentos.
1. A conta “Participações em Empresas” (Investimentos no balanço) passou do saldo de R$
28.000,00, em 2013, para R$ 72.000,00, em 2014. Pela análise da DRE, observa-se que uma
parte do aumento desta conta teve origem no resultado de equivalência patrimonial, no valor
de R$ 12.000,00.
Portanto, o valor da compra de participações societárias é igual ao saldo final de 2014 menos
o saldo final de 2013 e menos o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial.
Compra de Participações Societárias = 72.000 - 28.000 - 12.000
Compra de Participações Societárias = R$ 32.000,00

Participações Societárias

Saldo Inicial R$ 28.000,00

REP R$ 12.000,00

Compra

Saldo Final R$ 72.000,00

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28.000 + 12.000 + Compra = 72.000


Compra de Participações Societárias = R$ 32.000,00
2. É importante ficarmos atentos às contas que são depreciáveis e não há depreciação no
balanço. Observe que o saldo da conta equipamentos é o valor contábil, ou seja, líquido da
despesa de depreciação. Assim, precisamos considerar esta informação para os cálculos.
Portanto, o valor da compra de equipamentos é igual ao saldo final de 2014 menos o saldo final
de 2013 e mais o valor da depreciação.
Compra de Equipamentos = 364.000 - 168.000 + 24.000 (Depreciação da DRE)
Compra de Equipamentos = R$ 220.000,00

Equipamentos

Saldo Inicial R$ 168.000,00 R$ 24.000,00 Depreciação

Compra

Saldo Final R$ 364.000,00

168.000 + Compra - 24.000 = 364.000


Compra de Equipamentos = R$ 220.000,00
3. Análise da conta Terrenos. O saldo desta conta passou de R$ 92.000,00, em 2013, para R$
0,00, em 2014. A DRE traz a informação de que houve Lucro na Venda de Terrenos no valor de
R$ 28.000,00. Portanto, o valor recebido pela venda foi de:
Venda de Terrenos = valor contábil do terreno + lucro na venda
Venda de Terrenos = 92.000+ 28.000 (informação na DRE)
Venda de Terrenos = 120.000,00
A compra de itens do fluxo de investimento diminui o caixa da empresa. Já a venda, aumenta
o caixa da empresa.
O Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento será de:
(-) Compra de Participações Societárias (32.000,00)
(-) Compra de Equipamentos (220.000,00)
+ Venda de Terrenos 120.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos (R$ 132.000,00)

Agora, vamos calcular o fluxo operacional com base na variação do disponível (conta Caixa
e Equivalentes de Caixa). O caixa teve uma variação positiva de R$ 106.800,00 (126.800 -
20.000), que foi obtida a partir das informações da conta Caixa e Equivalentes de Caixa pre-
sente no balanço patrimonial.

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Variação do disponível = Fluxo Operacional + Fluxo de Investimento + Fluxo de Financiamento


106.800 = Fluxo Operacional - 132.000 + 288.000
Fluxo Operacional + 156.000 = 106.800
Fluxo de Financiamento = -R$ 49.200,00
Com isso, temos que o Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais é igual a R$ 49.200,00
(negativo).
A partir de agora, na maioria das questões, iremos resolver pelo método mais rápido.
Letra e.

032. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-MA/2016) A Demonstração do Resultado do ano de


2015 da empresa Produtos de Segurança Porta Aberta S.A. é apresentada a seguir:

As seguintes informações adicionais são conhecidas:


− A empresa não tinha saldo a receber de vendas no início de 2015.
− Do total das vendas efetuadas em 2015, 20% foram vendidos a prazo e serão recebi-
dos em 2016.
− Todas as mercadorias vendidas foram adquiridas e pagas em 2015 e não havia estoques
iniciais de mercadorias.
− No início do período, a empresa não tinha dívidas com fornecedores.
− Todas as outras despesas operacionais foram pagas no próprio ano de 2015.
− Do total de Despesas Financeiras, a empresa pagou 80% no próprio ano de 2015. A empresa
classifica as Despesas Financeiras no grupo das atividades operacionais.
− O Imposto de Renda será pago em 2016.
Desconsiderando os tributos sobre vendas e sobre compras, o valor correspondente ao Caixa
das Atividades Operacionais do ano de 2015 foi, em reais:
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a) 40.000 (positivo).
b) 123.200 (negativo).
c) 48.400 (positivo).
d) 20.400 (positivo).
e) 127.200 (negativo).

Vamos calcular o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais a partir do lucro líquido,
utilizando o método indireto.
Lucro Líquido R$ 36.400,00
+ Despesa Financeira¹ R$ 4.000,00
+ Despesa com Depreciação² R$ 24.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial³ (R$ 12.000,00)
(–) Lucro na Venda de Imóveis4 (R$ 28.000,00)
= Lucro Ajustado R$ 24.400,00
(–) Aumento de Valores a Receber5 (R$ 163.200,00)
+ Aumento de IR a Pagar
6
R$ 15.600,00
= Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais (R$ 123.200,00)

1. De acordo com os dados da questão, a empresa pagou 80% das despesas financeiras. R$
4.000,00 (20% x 20.000) dos R$ 20.000,00 de despesas financeiras registradas na DRE não
foram pagos. Assim, o montante de R$ 4.000,00 deve ser somado ao lucro líquido.
2. Despesas de depreciação reduzem o lucro, mas não reduzem o caixa. Portanto, devem ser
revertidas (somadas) ao lucro líquido.
3. O resultado positivo de equivalência patrimonial aumenta o lucro, mas não aumenta o caixa.
Por isso, deve ser subtraído do lucro líquido.
4. O ganho na venda à vista de ativos não circulantes aumenta o lucro da entidade e o Caixa.
Porém, como não pertencem às atividades operacionais, devem ser subtraídos do lucro líquido.
5. De acordo com os dados da questão, a empresa não tinha saldo a receber de vendas no
início de 2015. Ainda, do total das vendas efetuadas em 2015, 20% foram vendidos a prazo e
serão recebidos em 2016.
A conta de valores a receber de clientes (ativo) passou de R$ 0,00, em 01/01/2015, para R$
163.200,00 (20% x 816.000), em 31/12/2015. Assim, houve uma diminuição do fluxo de caixa
das atividades operacionais no valor de R$ 163.200,00 pelo aumento do saldo da conta de va-
lores a receber de clientes (ativo).
6. De acordo com os dados da questão, o Imposto de Renda será pago em 2016. Assim, au-
mentou o saldo da conta IR a pagar gerando um aumento do fluxo de caixa das atividades
operacionais pelo valor de R$ 15.600,00.
Letra b.

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033. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTABILIDADE/TRT 20ª/2016) Na elaboração da De-


monstração dos Fluxos de Caixa, pelo método indireto, correspondem a ajustes do resultado
líquido apurado no período:
a) a Depreciação do Período e os Resultados de Equivalência Patrimonial.
b) os Passivos Convertidos em Aumento de Capital e Ganhos/Perdas com a Venda de
Imobilizado.
c) as Perdas com Clientes e os Adiantamentos de Clientes Ocorridos no Período.
d) a Reversão de PCLD e o Resultado de Equivalência Patrimonial.
e) a Amortização de Intangíveis e a Aquisição de Propriedades para Investimentos.

Para encontrarmos o fluxo operacional pelo método indireto, precisamos, inicialmente, ajustar
o resultado líquido do período. Este resultado líquido ajustado é determinado ajustando do re-
sultado do período as Receitas e Despesas que não tem efeito no caixa e que não pertencem
as Atividades Operacionais.
Este ajuste é realizado pelas receitas e despesas que, embora presentes na Demonstração do
Resultado, não afetam o caixa da empresa, respectivamente, pelo efetivo recebimento ou de-
sembolso, bem como não pertencem as atividades operacionais da entidade.
1. Ajustar as receitas e despesas que não afetam o caixa:
1.1. Exemplos de despesas que não resultam em saída de caixa e devem ser ajustadas:
• Despesa de Depreciação, Amortização ou Exaustão;
• Despesa financeira não paga;
• Perda de equivalência patrimonial.

1.2. Exemplos de receitas que não resultam em entrada de caixa e devem ser ajustadas:
• Receita de Equivalência patrimonial;
• Receita financeira não recebida.

Depois de ajustar as receitas e despesas que não afetam o caixa e que não pertencem as
Atividades Operacionais, encontramos o resultado líquido ajustado. Para chegarmos ao fluxo
de caixa das atividades operacionais, precisamos seguir mais um passo. A partir do resultado
líquido ajustado, eliminamos os efeitos decorrentes da variação dos ativos e passivos ligados
a atividades operacionais.
As variações das contas do Ativo e do Passivo são feitas, basicamente, da seguinte maneira:
• Aumento do Ativo  Diminui o caixa
• Diminuição do Ativo  Aumenta o caixa
• Aumento do Passivo Aumenta o caixa
• Diminuição do Passivo  Diminui o caixa

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De acordo com o enunciado da questão, o examinador quer saber os ajustes para encontrar
o resultado líquido ajustado.
Vamos analisar cada alternativa:
a) Certa. A Depreciação do Período e os Resultados de Equivalência Patrimonial devem ser
ajustados ao resultado líquido do período, pois são fatos que não afetam o caixa da empresa.
b) Errada. Os Passivos Convertidos em Aumento de Capital, a exemplo da conversão de debên-
tures em ações, não afetam a demonstração do resultado e nem o caixa da empresa, conforme
lançamento abaixo:
D – Debêntures a Resgatar (Passivo)
C – Capital Social (PL)
Portanto, os Passivos Convertidos em Aumento de Capital não devem ser ajustados ao resul-
tado do período.
Os Ganhos/Perdas com a Venda de Imobilizado devem ser ajustados ao resultado líquido do
período, respectivamente, por meio da subtração/soma na DRE, uma vez que compõem o fluxo
de investimento.
c) Errada. No método indireto, as Perdas com Clientes e os Adiantamentos de Clientes Ocorri-
dos no Período são ajustados na variação da conta clientes. Por isso, não entram na variação
do resultado líquido do período.
d) Errada. No método indireto, a Reversão de PCLD é ajustada na variação da conta clientes ou
duplicatas a receber. Por isso, não entra na variação do resultado líquido do período.
O Resultado de Equivalência Patrimonial deve ser ajustado ao resultado líquido do período,
pois não afeta o caixa da empresa.
e) Errada. A Amortização de Intangíveis deve ser ajustada ao resultado líquido do período, pois
não afeta o caixa da empresa.
Contudo, a aquisição de propriedade para investimentos é fato permutativo, não afetando o
resultado e nem o caixa da empresa.
Letra a.

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034. (FCC/CONTADOR/ALEMS/2016) A Cia. Falta Caixa apresentou a seguinte Demonstra-


ção do Resultado do Exercício referente ao ano de 2015:
Demonstração do Resultado do Exercício (em R$)

Com base nos dados apresentados acima, na elaboração da Demonstração dos Fluxos de
Caixa pelo Método Indireto, o Lucro Líquido Ajustado pelos efeitos das transações que não
envolvem caixa e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa
das atividades de investimento ou de financiamento tem o valor de, em reais,
a) 98.000,00.
b) 86.000,00.
c) 80.000,00.
d) 104.000,00.
e) 90.000,00.

Inicialmente, precisamos observar que o examinador pede o valor do Lucro Líquido Ajustado
no Fluxo de Caixa Operacional elaborado de acordo com o Método Indireto.
No Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais da DFC, a partir do lucro do exercício devemos
efetuar os ajustes necessários, ou seja, devemos somar ao lucro as despesas que não foram
efetivamente pagas ou subtrair as receitas que não foram efetivamente recebidas ou que se
relacionam com as Atividades de Investimento ou Financiamento na DFC.
Fluxos de caixa das atividades operacionais – Método Indireto:
Lucro Líquido 88.000,00
+ Prejuízo na venda de imobilizado¹ 6.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial² (18.000,00)
+ Depreciação³ 10.000,00
= Lucro Líquido Ajustado 86.000,00

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1. O prejuízo na venda de imobilizado diminui o lucro da entidade. Porém, como não pertencem
às atividades operacionais, devem ser somados ao lucro líquido.
2. O resultado positivo de equivalência patrimonial aumenta o lucro, mas não aumenta o caixa.
Por isso, deve ser subtraído do lucro líquido.
3. Despesas de depreciação reduzem o lucro, mas não reduzem o caixa. Portanto, devem ser
revertidas (somadas) ao lucro líquido.
Letra b.

035. (FCC/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM-GO/2015) O procedimento contábil


para elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa, que evidencia as principais classes de
recebimentos e pagamentos a partir de ajustes ao resultado patrimonial é o método
a) ajustado.
b) indireto.
c) isolado.
d) simplificado.
e) direto.

Existem dois métodos de elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC):


1. Método Direto;
2. Método Indireto.
Com essa informação, já descartamos as alternativas A, C e D.
De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais
é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos
e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável; e
c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimen-
to e de financiamento.
Pela informação acima, constatamos que o método indireto da DFC evidencia as principais
classes de recebimentos e pagamentos a partir de ajustes ao resultado patrimonial.
A questão traz a cópia literal do que consta na Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 16.6
(R1) – Demonstrações Contábeis, aprovada pelo Conselho Federal de Contabilidade:
Método indireto: o procedimento contábil para elaboração da Demonstração dos Fluxos de
Caixa, que evidencia as principais classes de recebimentos e pagamentos a partir de ajustes
ao resultado patrimonial, nos seguintes elementos:

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a) de transações que não envolvem caixa e seus equivalentes;


b) de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência sobre recebimentos ou
pagamentos;
c) de itens de receita ou despesa orçamentária associados com fluxos de caixa e seus equiva-
lentes das atividades de investimento ou de financiamento.

Método turbo para resolução no dia da prova:


Existem dois métodos de elaboração da DFC:
1. Método Direto;
2. Método Indireto.
A principal diferença entre os dois métodos limita-se à apresentação dos fluxos das atividades
operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e de investimento são demonstrados
de forma igual nos dois métodos.
Esquematizando:

Letra b.

Atenção: Utilize as informações a seguir para responder às próximas duas questões. A Co-
mércio Natalino S.A. apresentou, em 31/12/2013, as seguintes demonstrações contábeis:

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036. (FCC/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM-GO/2015) Sabendo que a venda


dos imóveis foi realizada à vista e que as despesas financeiras não foram pagas no período, o
fluxo de caixa gerado pelas Atividades Operacionais da Comércio Natalino S.A. foi, em reais,
a) 170.000,00.
b) 230.000,00.
c) 210.000,00.
d) 310.000,00.
e) 160.000,00.

Vamos calcular o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais a partir do lucro líquido,
utilizando o método indireto.
Lucro Líquido R$ 180.000,00
+ Despesa Financeira¹ R$ 20.000,00
+ Despesa com Depreciação² R$ 30.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial³ (R$ 10.000,00)
(–) Lucro na Venda de Imóveis4 (R$ 50.000,00)
= Lucro Ajustado R$ 170.000,00
(–) Aumento de Duplicatas a Receber (R$ 75.000,00)
(–) Aumento de Estoques (R$ 40.000,00)
+ Aumento de Fornecedores R$ 45.000,00
+ Aumento de IR/CSLL a Pagar R$ 60.000,00
= Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais R$ 160.000,00

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1. De acordo com os dados da questão, as despesas financeiras não foram pagas no período.
Assim, estas despesas não alteraram o caixa da empresa, por isso, precisam ser ajustadas.
2. Despesas de depreciação reduzem o lucro, mas não reduzem o caixa. Portanto, devem ser
revertidas (somadas) ao lucro líquido.
3. O resultado positivo de equivalência patrimonial aumenta o lucro, mas não aumenta o caixa.
Por isso, deve ser subtraído do lucro líquido.
4. O ganho na venda à vista de ativos não circulantes aumenta o lucro da entidade e o Caixa.
Porém, como não pertencem às atividades operacionais, devem ser subtraídos do lucro líquido.
Letra e.

037. (FCC/AUDITOR CONSELHEIRO SUBSTITUTO/TCM-GO/2015) O valor que a Comércio


Natalino S.A. recebeu de clientes em 2013 foi, em reais,
a) 850.000,00.
b) 665.000,00.
c) 525.000,00.
d) 740.000,00.
e) 600.000,00.

Os clientes geram as receitas, portanto, a receita bruta de venda representa as vendas do perío-
do da empresa. Como no balanço patrimonial não existe uma conta específica para os clientes,
as vendas a prazo estão registradas na conta Duplicatas a Receber. Vamos aos cálculos:
Saldo Inicial de clientes (Duplicatas a Receber em 31/12/2012) 110.000,00
+ Receita Bruta de Vendas 740.000,00
(-) Saldo Final de clientes (Duplicatas a Receber em 31/12/2013) (185.000,00)
Valores recebidos dos Clientes em 2013 665.000,00
Ou

Duplicatas a Receber

Saldo Inicial R$ 110.000,00 Recebimentos

Vendas R$ 740.000,00

Saldo Final R$ 185.000,00

110.000,00 + 740.000,00 - Recebimentos = 185.000,00


Recebimentos = R$ 665.000,00.
Letra b.

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Instruções: Utilize os dados das demonstrações contábeis e as informações complementares


apresentadas, a seguir, para responder às próximas duas questões.
Os Balanços Patrimoniais em 31/12/2011 e 31/12/2012 e a Demonstração do Resultado refe-
rente ao exercício de 2012 da empresa Importados Chineses Comercial S.A. são apresentados
nos dois quadros a seguir, em reais:
Importados Chineses Comercial S.A.
Balanços Patrimoniais em 31/12/2011 e 31/12/2012

Informações complementares:
Sabe-se que no ano de 2012 a empresa não vendeu participações societárias e nem veículos,
não liquidou qualquer empréstimo, não pagou as despesas financeiras do ano e a integraliza-
ção do capital social foi em dinheiro.

038. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-PI/2015) O valor correspondente ao caixa consumido


ou gerado pelas Atividades Operacionais no ano de 2012 foi, em reais,
a) 116.000 (positivo).
b) 108.000 (negativo).
c) 108.000 (positivo).
d) 116.000 (negativo).
e) 52.000 (negativo).
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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

A partir do resultado líquido, iremos calcular o fluxo de caixa consumido ou gerado pelas ativi-
dades operacionais.
O primeiro ajuste é realizado pelas receitas e despesas que, embora presentes na Demonstra-
ção do Resultado, não afetam o caixa da empresa, respectivamente, pelo efetivo recebimento
ou desembolso, bem como não pertencem as atividades operacionais da entidade.
Existe uma informação no enunciado de que as despesas financeiras do ano ainda não foram
pagas. Por isso, temos que ajustar o lucro líquido, pois tais despesas não tiveram influên-
cia no caixa da empresa. As despesas financeiras estão registradas na DRE pelo valor de R$
96.000,00.
Também devem ser ajustadas as despesas com provisão, as perdas estimadas e a deprecia-
ção, já que não representam efetivos desembolsos. Ainda, o resultado de equivalência patri-
monial também será ajustado porque não representa efetivo recebimento de dinheiro.
Além disso, também temos que eliminar eventuais receitas e despesas que não se relacionam
com as Atividades Operacionais, como é o caso do resultado na venda de um imobilizado.
Depois de encontrado o lucro ajustado, iremos fazer os ajustes decorrentes da variação dos
ativos e passivos ligados as Atividades Operacionais.
Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:
Lucro Líquido R$ 38.400,00
+ Despesa com Depreciação R$ 48.000,00
+ Despesa Financeira R$ 96.000,00
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial (R$ 24.000,00)
(–) Lucro na Venda de Terrenos (R$ 56.000,00)
(=) Lucro Ajustado R$ 102.400,00
(–) Aumento do saldo de Valores a Receber de Clientes (R$ 168.000,00)
+ Diminuição do saldo de Perdas Estimadas com Clientes R$ 8.000,00
(–) Aumento do saldo de Estoques (R$ 128.000,00)
(–) Diminuição do saldo de Fornecedores (R$ 2.400,00)
+ Aumento do saldo Prov. Riscos Trabalhistas R$ 8 0.000,00
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais (R$ 108.000,00)
Letra b.

039. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-PI/2015) Os valores correspondentes ao caixa consumi-


do ou gerado pelas Atividades de Investimentos e ao caixa consumido ou gerado pelas Ativida-
des de Financiamentos no ano de 2012 foram, respectivamente, em reais,
a) 64.000,00 (negativo) e 616.000,00 (negativo).
b) 40.000,00 (negativo) e 520.000,00 (positivo).

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c) 64.000,00 (positivo) e 616.000,00 (positivo).


d) 64.000,00 (negativo) e 520.000,00 (positivo).
e) 96.000,00 (negativo) e 32.000,00 (negativo).

Inicialmente, vamos analisar a atividade de investimento.


Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
O enunciado diz que, no ano de 2012, a empresa não vendeu participações societárias e
nem veículos.
O valor da compra de participações societárias é igual ao saldo final de 2012 menos o saldo
final de 2011 e o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial.
1. Compra de Participações Societárias = 144.000 - 56.000 - 24.000
Compra de Participações Societárias = R$ 64.000,00
2. Compra de Veículos = 528.000 - 336.000 + 48.000 (Depreciação)
Compra de veículos = R$ 240.000,00
3. Venda de Terrenos = valor contábil do terreno + lucro na venda
Venda de Terrenos = 184.000+ 56.000 (informação na DRE)
Venda de Terrenos = 240.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento será de:
Compra de Participações Societárias (64.000,00)
Compra de Veículos (240.000,00)
Venda de Terrenos 240.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos (R$ 64.000,00)
Agora, iremos analisar as atividades de financiamento.
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Como o valor de R$ 96.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, esse valor foi con-
tabilizado no Passivo Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 2012 é igual ao saldo da conta de emprés-
timos em 2012 menos o saldo dessa conta em 2011 e das despesas financeiras não pagas.
1. Contratação de novos empréstimos = 776.000 - 360.000 - 96.000
Contratação de novos empréstimos = R$ 320.000,00
2. Integralização do Capital Social = 600.000 - 400.000
Integralização do Capital Social = R$ 200.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:
Obtenção de Empréstimos 320.000,00
Integralização do Capital Social 200.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 520.000,00
Letra d.

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Para esta questão, tenho uma dica SENSACIONAL, denominada de Método FELIPHE, pois
respondi desta forma na prova da SEFAZ Piauí, concurso no qual fui aprovado.
Lembrando que, em alguns casos, não dá para responder à questão por completo, mas sem-
pre conseguimos eliminar algumas alternativas. Ainda, precisamos dos valores dos três flu-
xos: operacional, de investimento e de financiamento.
Para responder por este método, iremos utilizar os dados dessa questão e da anterior.
Variação do disponível = 388.000 - 40.000 = R$ 348.000,00
Variação do disponível = FAO + FAI + FAF
FAO = Variação do disponível – FAI - FAF
Agora, vamos fazer os cálculos utilizando os dados de cada alternativa desta questão compa-
rando com as alternativas da questão anterior. Substituindo os dados, temos que:
a) FAI = 64.000,00 (negativo) e FAF = 616.000,00 (negativo).
FAO = Variação do disponível – FAI - FAF
FAO = 348.000 - (- 64.000) - (- 616.000) = R$ 1.028.000,00.
Esta alternativa está incorreta, porque não temos na questão anterior nenhuma alternativa
com o valor de R$ 1.028.000,00 positivo para o Fluxo das Atividades Operacionais (FAO).
b) FAI = 40.000,00 (negativo) e FAF = 520.000,00 (positivo).
FAO = Variação do disponível – FAI - FAF
FAO = 348.000 - (- 40.000) - 520.000 = -R$ 132.000,00.
Esta alternativa está incorreta, porque não temos na questão anterior nenhuma alternativa
com o valor de R$ 132.000,00 negativo para o Fluxo das Atividades Operacionais (FAO).
c) FAI = 64.000,00 (positivo) e FAF = 616.000,00 (positivo).
FAO = Variação do disponível – FAI - FAF
FAO = 348.000 - 64.000 - 616.000 = -R$ 332.000,00.
Esta alternativa está incorreta, porque não temos na questão anterior nenhuma alternativa
com o valor de R$ 332.000,00 negativo para o Fluxo das Atividades Operacionais (FAO).
d) FAI = 64.000,00 (negativo) e FAF = 520.000,00 (positivo).
FAO = Variação do disponível – FAI - FAF
FAO = 348.000 - (- 64.000) - 520.000 = -R$ 108.000,00.
Esta alternativa pode ser a correta, porque temos na questão anterior uma alternativa com o
valor de R$ 108.000,00 negativo para o Fluxo das Atividades Operacionais (FAO).
e) FAI = 96.000,00 (negativo) e FAF = 32.000,00 (negativo).
FAO = Variação do disponível – FAI - FAF
FAO = 348.000 - (- 96.000) - (- 32.000) = R$ 476.000,00.
Esta alternativa está incorreta, porque não temos na questão anterior nenhuma alternativa
com o valor de R$ 476.000,00 positivo para o Fluxo das Atividades Operacionais (FAO).
Assim, a resposta desta questão é a letra D e a da questão anterior é a letra B.

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Lembrando mais uma vez que, em alguns casos, não dá para responder à questão por com-
pleto, mas sempre conseguimos eliminar algumas alternativas.
Assim, pode ser uma alternativa para o dia da prova em virtude do tempo. É importante ob-
servar também que precisamos dos valores dos três fluxos: operacional, de investimento e
de financiamento.
Gostou? Você está no curso certo. Vamos juntos gabaritar as provas de Contabilidade de
qualquer concurso do mundo .
Letra d.
Atenção: Para responder as próximas duas questões, considere os balanços patrimoniais da
Cia. Batucada, em 31/12/2017 e 30/06/2018, e a demonstração do resultado do primeiro se-
mestre de 2018 apresentados a seguir:

As seguintes informações adicionais são conhecidas:


− As despesas financeiras (juros) do período não foram pagas;
− Os investimentos são avaliados pelo método de equivalência patrimonial;
− O terreno foi vendido à vista;

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− Não houve venda de máquinas no período;


− O aumento de capital foi realizado com os seguintes recursos: R$ 25.000,00 em máquinas e
o restante com reservas de lucros;
− Não houve pagamento de empréstimos.

040. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) O fluxo de caixa decorrente das Atividades


Operacionais gerado pela Cia. Batucada no primeiro semestre de 2018 foi, em reais,
a) 57.000,00, positivo.
b) 11.000,00, negativo.
c) 27.000,00, positivo.
d) 26.000,00, negativo.
e) 19.000,00, positivo.

Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:


Lucro Líquido 89.000
+ Despesa Financeira 9.000
+ Prejuízo na Venda de Terrenos 38.000
(–) Resultado de Equivalência Patrimonial (16.000)
+ Despesa com Depreciação 25.000
(=) Lucro Ajustado 145.000
+ Diminuição do saldo de Duplicatas a Receber 15.000
(–) Aumento do saldo de Estoques (42.000)
(-) Aumento do saldo de seguros antecipados (36.000)
(–) Diminuição do saldo de Fornecedores (35.000)
(-) Diminuição do saldo de imposto de renda a pagar (13.000)
(-) Diminuição do saldo de Adiantamento de Clientes (22.000)
+ Aumento do saldo de Provisões 15.000
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais 27.000
Se fizesse pelo MÉTODO FELIPHE, acharíamos a resposta dessa questão e ficaríamos em
dúvida em duas alternativas da próxima questão. Acho que já ajudaria muito. Neste sentido,
bastava encontrar um dos fluxos e marcar a resposta das duas questões.
Letra c.

041. (FCC/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-SC/2018) O fluxo de caixa decorrente das Atividades de


Investimento e das Atividades de Financiamento apurado pela Cia. Batucada no primeiro se-
mestre de 2018 foram, respectivamente, em reais,
a) 109.000,00 e 36.000,00, positivos.
b) 109.000,00 e 45.000,00, positivos.

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c) 125.000,00 e 36.000,00, positivos.


d) 100.000,00 e 61.000,00, positivos.
e) 125.000,00 e 45.000,00, positivos.

Inicialmente, vamos analisar a atividade de investimento.


Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento
1. Os investimentos são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Como a diferença
entre o saldo de investimento – Cia. A é igual a 16.000, que corresponde ao resultado de equiva-
lência patrimonial do resultado, não houve compra nem venda de investimento no ano de 2019.
2. Compra de Máquinas = 242.000 - 200.000 - 25.000 (integralização de capital)
Compra de Máquinas = R$ 17.000,00
* A Cia. já tinha 200.000 de saldo de máquinas e 25.000 foi de integralização de capital social,
ou seja, nestes casos não houve saída de recursos para aquisição dos bens. Com isso, a dife-
rença entre os valores traz os 17.000 de aquisição.
3. Venda de Terreno = valor contábil do terreno – prejuízo na venda
Venda de Terreno = 180.000 - 38.000 (informação na DRE)
Venda de Terreno = 142.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento será de:
Compra de Máquinas (17.000,00)
Venda de Terrenos 142.000,00

Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos R$ 125.000,00


Agora, iremos analisar as atividades de financiamento.
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Como o valor de R$ 9.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, esse valor foi conta-
bilizado no Passivo Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 2018 é igual ao saldo da conta de emprés-
timos em 2018 menos o saldo dessa conta em 2017 e das despesas financeiras não pagas.
1. Contratação de novos empréstimos = 245.000 - 200.000 - 9.000
Contratação de novos empréstimos = R$ 36.000,00
2. Como o capital social foi integralizado em bens móveis e com recursos de reservas, não
temos impacto na DFC.
O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:
Obtenção de Empréstimos 36.000,00
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 36.000,00
Letra c.

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Atenção: Com base nas informações a seguir, responda as próximas duas questões.
As demonstrações contábeis da Cia. Só Pizza são apresentadas a seguir, sendo constituídas
dos Balanços Patrimoniais em 31/12/2016 e 31/12/2017, e da Demonstração do Resulta-
do de 2017:

As seguintes informações adicionais são conhecidas:


• A despesa financeira (juros) não foi paga.
• O terreno foi vendido à vista.
• O aumento de capital foi integralizado com R$ 50.000,00 em dinheiro e R$ 50.000,00 em
imóveis.
• • Do valor dos imóveis adquiridos, R$ 50.000,00 foram pagos com recursos obtidos de
um novo empréstimo e o restante com recursos da Cia.

042. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/CONTABILIDADE/SABESP/2018) É correto afirmar que o


fluxo de caixa das Atividades de
a) Investimento foi R$ 10.000,00, positivo.
b) Financiamento foi R$ 150.000,00, positivo.

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c) Investimento foi R$ 20.000,00, negativo.


d) Investimento foi R$ 70.000,00, negativo.
e) Financiamento foi R$ 107.000,00, positivo.

Inicialmente, vamos calcular o fluxo de investimento.


Terreno
O valor de venda do terreno corresponde ao custo registrado no balanço mais o lucro na venda.
Lucro na venda (DRE) = Valor de venda do terreno - valor contábil (balanço)
Valor de venda do terreno = 150.000 (balanço) + 80.000 (DRE) = 230.000
Imóveis
O valor de imóveis aumentou 300.000 de um ano para o outro.
Conforme enunciado, o aumento de capital foi integralizado com 50.000,00 em dinheiro e
50.000,00 em imóveis. Com isso, dos 300.000,00 de imóveis, a empresa pagou 250.000,00
em caixa e os outros 50.000,00 foram decorrentes de integralização de capital social, que não
afeta o caixa.
Compra de imóveis = 300.000 - 50.000 = 250.000
Feliphe, e os 50.000 de recursos de empréstimos que foram utilizados para compra de imó-
veis também não deveriam ser reduzidos?
Não.
Ao contrair o empréstimo, entrou 50.000 no caixa da empresa decorrente da geração de caixa
da atividade de financiamento.
A empresa aumentou o saldo de imóveis no valor de 300.000. Deste valor, 50.000 foram de-
correntes de integralização de capital social (não há impacto no caixa), 50.000 provenientes
do empréstimo que entrou no caixa pelo fluxo de financiamento e saiu do caixa pelo fluxo de
investimento (consumo de caixa no fluxo de investimento) e 200.000 que já tinham em caixa
(consumo de caixa no fluxo de investimento).

Professor, por que o valor da depreciação não entrou no cálculo do fluxo de


investimento?
Querido (a) aluno (a), para entrar na DFC tem que ocorrer entrada ou saída de
disponível. Depreciação não gera entrada ou saída de caixa, logo, não entra na DFC.

1. Fluxo de Investimento:
+ Venda de terreno 230.000
(-) Compra de imóveis (250.000)
= Fluxo de investimento (20.000)
Com isso, o gabarito é a letra C.
Vamos agora calcular o fluxo de financiamento.

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Empréstimos
A conta empréstimos aumentou 57.000 de um ano para outro.
A empresa contratou empréstimos no valor de 50.000, que impactou positivamente o fluxo de
financiamento.
A conta empréstimos aumentou 7.000 proveniente das despesas financeiras não pagas.
D – Despesa financeira 7.000
C – Empréstimos 7.000
Este fato não impacta o caixa da empresa.
Contratação de novos empréstimos = 50.000
Capital Social
O capital social aumentou 100.000 de um ano para outro. Só há impacto no caixa a integrali-
zação em dinheiro.
Integralização de capital social em dinheiro = 50.000
2. Fluxo de financiamento:
+ Contratação de novos empréstimos 50.000
+ Aumento de capital social em dinheiro 50.000
= Fluxo de financiamento 100.000

Método turbo para resolução no dia da prova:


1. Fluxo de Investimento:
+ Venda de terreno 230.000
(-) Compra de imóveis (250.000)
= Fluxo de investimento (20.000)
2. Fluxo de financiamento:
+ Contratação de novos empréstimos 50.000
+ Aumento de capital social em dinheiro 50.000
= Fluxo de financiamento 100.000
Letra c.

043. (FCC/ANALISTA DE GESTÃO/CONTABILIDADE/SABESP/2018) O fluxo de caixa das


Atividades Operacionais gerado no ano de 2017 foi, em reais,
a) 123.000,00.
b) 173.000,00.
c) 93.000,00.
d) 63.000,00.
e) 143.000,00.

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Método turbo para resolução no dia da prova:


Vamos utilizar os dados da questão anterior.
Variação do disponível = Fluxo Operacional + Fluxo de Investimento + Fluxo de Financiamento
323.000 - 180.000 = Fluxo Operacional - 20.000 + 100.000
Fluxo Operacional + 80.000 = 143.000
Fluxo Operacional = R$ 63.000,00
Com isso, o gabarito é a letra D.
Cálculo do Fluxo de Caixa da Atividades Operacionais pelo método indireto:
Lucro Líquido R$ 136.000,00
+ Despesa com Depreciação R$ 30.000,00
+ Despesas Financeiras R$ 7.000,00
(–) Lucro na Venda do Terreno (R$ 80.000,00)
(=) Lucro Ajustado R$ 93.000,00
(–) Aumento do saldo de Duplicatas a Receber (R$ 25.000,00)
+ Diminuição do saldo de Estoques R$ 30.000,00
(-) Diminuição do saldo de Fornecedores (R$ 40.000,00)
+ Aumento do saldo de Impostos a Pagar R$ 5.000,00
(=) Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais R$ 63.000,00
Letra d.

044. (FCC/AGENTE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA/TCE-SP/2012) Da Demonstração dos Flu-


xos de Caixa elaborada pela Cia. Araxá, relativa ao exercício findo em 31-12-2011, foram extra-
ídas as seguintes informações:
I – O valor do Disponível da Cia. Araxá aumentou R$ 186.500,00 entre 31-12-2010 e 31-12-2011.
II – Houve uma saída líquida de caixa e equivalentes-caixa das atividades de investimento no
valor de R$ 54.680,00.
III – O fluxo de caixa das atividades de financiamento registrou uma entrada líquida de R$
38.640,00.
À vista dessas informações, conclui-se que, no exercício de 2011, houve uma entrada líquida
de caixa das atividades operacionais no valor de, em reais,
a) 170.360,00
b) 170.460,00
c) 182.500,00
d) 202.540,00
e) 208.520,00

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Questão bem tranquila. Só é preciso ter atenção aos dados fornecidos no enunciado.
A variação do disponível, no valor de R$ 186.500,00, entre 31/12/2010 e 31/12/2011, corres-
ponde à variação líquida do caixa no exercício de 2011. Isso quer dizer que a soma de todo o
caixa gerado/consumido nos fluxos das atividades operacionais, de investimento e de finan-
ciamento deverá ser igual a R$ 186.500,00. Assim, temos que:
Caixa gerado nas atividades operacionais X
Caixa consumido nas atividades de investimento (54.680,00)
Caixa gerado nas atividades de financiamento 38.640,00
= Variação líquida de caixa e equivalente de caixa 186.500,00
X – 54.680 + 38.640 = 186.500
X – = 202.540,00.
O caixa gerado nas atividades operacionais foi de R$ 202.540,00.
Letra d.

045. (FCC/CONTADOR/INFRAERO/2011) São dadas as seguintes informações, em R$, extra-


ídas da escrituração contábil da Cia. ABC, que elabora a Demonstração dos Fluxos de Caixa
pelo método direto:
Saldo da conta Duplicatas a Receber em 31-12-2009 385.890,00
Saldo da conta Duplicatas a Pagar em 31-12-2010 388.650,00
Vendas efetuadas pela companhia no exercício de 2010 956.230,00
Compras efetuadas pela companhia no exercício de 2010 487.340,00
Saldo da conta Duplicatas a Pagar em 31-12-2009 416.220,00
Saldo da conta Duplicatas a Receber em 31-12-2010 352.810,00
O valor das vendas recebidas dos clientes no exercício de 2010 foi, em R$,
a) 923.150,00
b) 928.660,00
c) 983.800,00
d) 989.310,00
e) 738.000,00

Recebimento de Clientes (duplicatas a receber)


Saldo Inicial da conta duplicatas a receber (31-12-2009) = 385.890,00
(+) Entradas (vendas) = 956.230,00
(-) Saídas (recebimentos) =???
= Saldo Final da conta duplicatas a receber (31-12-2010) = 352.810,00

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
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385.890,00 + 956.230,00 - Recebimentos de Clientes = 352.810,00


Recebimentos de Clientes = 385.890 + 956.230 - 352.810 = R$ 989.310,00.
O total das vendas recebidas dos clientes foi de R$ 989.310,00 em 2010.
Letra d.

FGV

046. (FGV/ANALISTA CONTÁBIL/IMBEL/2021) Uma empresa apresentou a seguinte De-


monstração do Resultado do Exercício, em 31/12/X0.

Assinale a opção que indica o Lucro Ajustado, evidenciado na Atividade Operacional da De-
monstração dos Fluxos de Caixa, pelo método indireto.
a) R$ 38.400
b) R$ 54.400
c) R$ 56.400
d) R$ 62.400
e) R$ 72.400

Vamos calcular o Lucro Ajustado pela Método Indireto:


Lucro Líquido 26.400
+ Depreciação 30.000
+ Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa 6.000* --> A FGV considera ajuste
(-) Resultado de Equivalência Patrimonial (18.000)
+ Prejuízo na venda de máquina 10.000
= Lucro Ajustado 54.400
* Inicialmente é importante destacar que o mais correto é tratar as perdas estimadas em cré-
dito de liquidação duvidosa junto com a variação do saldo de valores a receber (como Clientes
ou Duplicatas a Receber). Ou seja, nas variações das contas do ativo e do passivo após o lucro
líquido ajustado.

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Porém, no método indireto de elaboração da DFC, a FGV considera as perdas estimadas em


crédito de liquidação duvidosa como ajuste do lucro do exercício. Muito cuidado, pois a banca
tem entendimento diverso do aplicado pelas normas de contabilidade.
Letra b.

047. (FGV/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFIN-RO/2018) A Cia. B efetuou


as seguintes transações, em 2017.
• Integralização de capital social, por meio de um imóvel no valor de R$ 200.000;
• Compra de computadores, para pagamento em agosto de 2018, por R$ 10.000;
• Pagamento de empréstimo bancário, contraído em 2014, no valor de R$ 30.000;
• Pagamento de despesas diversas, no valor de R$ 50.000;
• Resgate de debênture, no valor de R$ 18.000;
• Pagamento de dividendos, que haviam sido reconhecidos no ano anterior, no valor de R$
15.000;
• Venda de mercadorias à vista, por R$ 300.000;
• Reconhecimento dos custos das mercadorias vendidas, no valor de R$ 200.000;
• Compra de participações em empresa coligada, no valor de R$ 40.000.

Sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa da Cia. B, com base nas recomendações do Pronun-
ciamento Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, assinale a afirmativa correta.
a) A atividade operacional gerou R$ 50.000.
b) A atividade de investimento consumiu R$ 70.000.
c) A atividade de investimento consumiu R$ 88.000.
d) A atividade de financiamento consumiu R$ 63.000.
e) A atividade de financiamento gerou R$ 185.000.

Vamos analisar as transações ocorridas no período, sob a óptica da DFC:


• Integralização de capital social, por meio de um imóvel no valor de R$ 200.000;
− Não movimentou Caixa e Equivalentes de Caixa.
• Compra de computadores, para pagamento em agosto de 2018, por R$ 10.000;
− Não movimentou Caixa e Equivalentes de Caixa.
• Pagamento de empréstimo bancário, contraído em 2014, no valor de R$ 30.000;
− Consumo de atividades de financiamento no valor de R$ 30.000
• Pagamento de despesas diversas, no valor de R$ 50.000;
− Consumo de atividades operacionais no valor de R$ 50.000
• Resgate de debênture, no valor de R$ 18.000;
− Consumo de atividades de financiamento no valor de R$ 18.000

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• Pagamento de dividendos, que haviam sido reconhecidos no ano anterior, no valor de R$


15.000;
− Consumo de atividades de financiamento no valor de R$ 15.000
• Venda de mercadorias à vista, por R$ 300.000;
− Geração de atividades operacionais no valor de R$ 300.000
• Reconhecimento dos custos das mercadorias vendidas, no valor de R$ 200.000;
− Não movimentou Caixa e Equivalentes de Caixa.
• Compra de participações em empresa coligada, no valor de R$ 40.000.
− Consumo de atividades de investimento no valor de R$ 40.000

Consolidando as informações, temos:


• Consumo de atividades de financiamento no valor de R$ 30.000
• Consumo de atividades de financiamento no valor de R$ 18.000
• Consumo de atividades de financiamento no valor de R$ 15.000

TOTAL: as atividades de financiamento consumiram R$ 63.000


Consumo de atividades operacionais no valor de R$ 50.000
Geração de atividades operacionais no valor de R$ 300.000
TOTAL: as atividades operacionais geraram R$ 250.000
Consumo de atividades de investimento no valor de R$ 40.000
TOTAL: as atividades de investimento consumiram R$ 40.000
Letra d.

048. (FGV/CONTADOR/MPE-AL/2018) Uma entidade emitiu uma debênture, em 2014, no va-


lor de R$ 500.000, com juros de 8% ao ano. O valor recebido foi utilizado para a compra de
máquinas, que foram utilizadas no negócio da entidade.
Em 2017, a entidade liquidou integralmente o passivo.
Assinale a opção que indica a classificação do resgate da debênture na Demonstração dos
Fluxos de Caixa (método direto) da entidade, em 31/12/2017.
a) Fluxo de caixa consumido pela atividade operacional.
b) Fluxo de caixa consumido pela atividade de investimento.
c) Fluxo de caixa consumido pela atividade de financiamento.
d) Fluxo de caixa gerado pela atividade de investimento.
e) Fluxo de caixa gerado pela atividade de financiamento.

Exemplo de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:


- caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos
de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos.
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Emissão de debêntures: Fluxo de caixa gerado pela atividade de financiamento.


Resgate de debêntures (pagamento de passivo): Fluxo de caixa consumido pela atividade de
financiamento.
Letra c.

049. (FGV/CONTADOR/SEFIN-RO/2018) Uma sociedade empresária apresentava os seguin-


tes balanços patrimoniais, em 31/12/2016 e em 31/12/2017.

Além disso, a Demonstração do Resultado do Exercício, em 31/12/2017, era a seguinte:

Assinale a opção que indica o fluxo de caixa gerado pela atividade operacional da sociedade
empresária, em 2017.
a) R$ 81.200.
b) R$ 88.000.
c) R$ 108.000.
d) R$ 138.000.
e) R$ 158.000.

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Método turbo para resolução no dia da prova:


Vamos calcular o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais a partir do lucro líquido,
utilizando o método indireto.
Lucro Líquido R$ 13.200
(–) Lucro na venda do terreno1 (R$ 20.000)
= Lucro Ajustado (R$ 6.800)
+ Diminuição do saldo da conta Estoques R$ 80.000
(-) Aumento do saldo da conta Aluguel Antecipado (R$ 12.000)
+ Aumento do saldo da conta Despesas a Pagar R$ 20.000
+ Aumento do saldo da conta IR a Pagar R$ 6.800
= Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais R$ 88.000

1. O ganho na venda à vista de ativos não circulantes aumenta o lucro da entidade e o Caixa.
Porém, como não pertencem às atividades operacionais, devem ser subtraídos do lucro líquido.
No caso da questão, a venda do ativo imobilizado foi a prazo. Neste caso, tal valor só vai alterar
o fluxo de investimento quando for recebido pela empresa.
Letra b.

050. (FGV/CONTADOR/MPE-AL/2018) Uma entidade apresentava, em 31/12/2016, o seguin-


te balanço patrimonial:

Durante o ano de 2017, a empresa efetuou as seguintes operações:


• Venda de todo o estoque por R$ 20.000, sendo metade à vista e metade para recebimen-
to em 2018. Os contadores da empresa estimam risco de inadimplência de 5%.
• Reconhecimento de despesa de depreciação dos veículos no valor de R$ 8.000.
• Venda dos terrenos por R$ 12.000, à vista.

Com base nas informações acima, assinale a opção que indica o valor total dos ajustes dos
itens que afetaram o lucro para conciliação entre Lucro Líquido e Fluxo de Caixa operacional,
em 31/12/2017, na elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo método indireto.

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a) -R$ 3.000,00.
b) R$ 5.500,00.
c) R$ 8.500,00.
d) R$ 11.500,00.
e) R$ 12.000,00

Ajuste do Lucro Líquido:


1. + Prejuízo na Venda do Terreno 3.000
2. + Depreciação 8.000
= Valor total dos ajustes 11.000
1. Em 31/12/2016, a empresa tinha terrenos no valor de R$ 15.000,00. Durante o ano de 2017,
os terrenos foram vendidos por R$ 12.000,00 à vista. Com isso, a empresa teve prejuízo na
venda do terreno no montante de R$ 3.000,00:
Prejuízo na venda do terreno = 12.000 - 15.000 = -R$ 3.000,00
O prejuízo na venda à vista de ativos não circulantes diminui o lucro da entidade e o Caixa.
Porém, como não pertencem às atividades operacionais, devem ser somados ao lucro líquido.
2. Despesas de depreciação reduzem o lucro, mas não reduzem o caixa. Portanto, devem ser
revertidas (somadas) ao lucro líquido.
Portanto, o valor correto dos ajustes seria de R$ 11.000,00. Diante disso, a questão deveria
ser anulada.
Porém, para chegarmos a resposta, temos que considerar um entendimento específico da FGV.
Ajuste do Lucro Líquido:
1. + Prejuízo na Venda do Terreno 3.000
2. + Depreciação 8.000
3. + Constituição de PECLD 500 (10.000 x 5%) --> A FGV considera ajuste
= Valor total dos ajustes 11.500
3. Inicialmente, é importante destacar que o mais correto é tratar as perdas estimadas com
crédito de liquidação duvidosa junto com a variação do saldo de valores a receber (como Clien-
tes ou Duplicatas a Receber) nas variações das contas do ativo e do passivo após o lucro
líquido ajustado.
Porém, no método indireto de elaboração da DFC, a FGV considera as perdas estimadas em
crédito de liquidação duvidosa como ajuste do lucro do exercício. Muito cuidado, pois a banca
tem entendimento diverso do aplicado pelas normas de contabilidade.
De acordo com os dados da questão, a empresa ficou com um saldo de R$ 10.000,00 na conta
clientes para recebimento em 2018 após venda do estoque (metade foi a prazo). A constitui-
ção das perdas estimadas em crédito de liquidação duvidosa (EPCLD) é:
Constituição de EPCLD = 5% x 10.000 = R$ 500,00
Letra d.

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051. (FGV/ANALISTA LEGISLATIVO/CONTABILIDADE/ALE-RO/2018) Em 01/12/2016, uma


empresa de consultoria adquiriu computadores para utilizar em sua atividade de prestação de
serviços por R$50.000. Do valor, metade foi pago à vista e o restante foi pago em 02/01/2017.
Assinale a opção que indica a correta classificação na Demonstração dos Fluxos de Caixa da
empresa em 31/12/2016 e em 31/12/2017, respectivamente.
a) Atividade de investimento e atividade operacional.
b) Atividade de investimento e atividade de financiamento.
c) Atividade operacional e atividade de financiamento.
d) Atividade operacional e atividade operacional.
e) Atividade de investimento e atividade de investimento.

Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:


a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de
longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento
ativados e aos ativos imobilizados de construção própria;
Portanto, o valor pago à vista é classificado no fluxo de investimento.
Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento são:
a) amortização do principal de empréstimos e financiamentos obtidos, sendo que os juros são
classificados como atividade operacional (classificação principal); e
Já a parcela a prazo é considerada financiamento. Assim, ao pagar o principal do financiamen-
to, classificamos na DFC como fluxo de financiamento.
Letra b.

052. (FGV/TNS II - CIÊNCIAS CONTÁBEIS - PREF. SALVADOR-BA/2017) A Cia. Branca tem


participação no Capital Social da Cia. Azul.
Em dezembro de 2016, a Cia. Azul transferiu à Cia. Branca, R$ 20.000 relativos a juros de capi-
tal próprio da empresa.
Assinale a opção que indica a correta classificação da transação na Demonstração dos Fluxos
de Caixa da Cia. Branca, dado que a sociedade empresária não divulgou nota explicativa evi-
denciando o tratamento contábil.
a) Caixa e equivalente de caixa.
b) Atividade operacional.
c) Atividade de investimento.
d) Atividade de financiamento.
e) Ajuste do lucro.

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O Pronunciamento encoraja fortemente as empresas a seguirem a classificação princi-


pal abaixo:

Classificação
Classificação principal
alternativa

Atividades de
Juros Pagos Atividades operacionais
financiamento

Atividades de
Juros Recebidos Atividades operacionais
investimento

Dividendos e JSCP Atividades de


Atividades operacionais
Pagos financiamento

Dividendos e JSCP Atividades de


Atividades operacionais
Recebidos investimento

JSCP = Juros sobre Capital Próprio


Porém, as entidades poderão utilizar a classificação alternativa, desde que seja evidenciada
em nota explicativa.
Como não divulgou em nota explicativa, a Cia. Branca utilizou a classificação principal para
classificar os juros de capital próprio.
Assim, os juros sobre capital próprio recebidos pela Cia. Branca são classificados na DFC
como atividade operacional.
Letra b.

053. (FGV/AUDITOR FISCAL - ISS CUIABÁ-MT/2016) Em janeiro de 2015 uma entidade reali-
zou as seguintes operações.
• Integralização de capital social no valor de R$ 120.000,00, sendo R$ 80.000,00 em di-
nheiro e R$ 40.000,00 em um automóvel a ser utilizado pela entidade.
• Pagamento do seguro mensal do automóvel por R$ 2.000,00.
• Pagamento do aluguel antecipado de dois anos por R$ 60.000,00.
• Venda de mercadorias por R$ 100.000,00, sendo metade à vista e metade para recebi-
mento em 2016. As mercadorias estavam avaliadas por R$ 60.000,00.
• Compra à vista de um computador para ser utilizado na empresa por R$ 6.000,00.
• Reconhecimento de despesas de salários no valor de R$ 12.000,00, que serão pagas no
mês seguinte.
• Contração de empréstimo bancário no valor de R$ 30.000,00.

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Assinale a opção que indica o fluxo de caixa gerado ou consumido pela entidade operacional e
evidenciado na Demonstração dos Fluxos de Caixa, em 31/01/2015.
a) Consumo de R$ 12.000,00.
b) Consumo de R$ 10.000,00.
c) Geração de R$ 18.000,00.
d) Geração de R$ 48.000,00.
e) Geração de R$ 68.000,00.

A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período classifica-
dos por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
Exemplos de entradas e saídas que decorrem das atividades operacionais:
1. Exemplos de entradas:
a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços à vista; rece-
bimento de contas a receber, no caso de vendas a prazo;
b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas;
c) recebimentos de juros sobre empréstimos concedidos e sobre aplicações financeiras em
outras entidades, bem como o recebimento de dividendos e juros sobre capital próprio pela
participação no patrimônio de outras entidades;
d) outros recebimentos não classificados como atividades de investimento ou financiamento,
tais como o recebimento de prêmios de sinistros, indenizações (salvo as relacionadas às ativi-
dades de financiamento ou investimento).
2. Exemplos de saídas:
a) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;
b) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;
c) pagamentos de tributos aos governos federal, estadual e municipal;
d) pagamentos de juros dos empréstimos e financiamentos obtidos. A amortização do em-
préstimo (do valor principal) é considerado como atividade de financiamento
e) pagamentos de despesas de seguro, aluguel e salários;
Vamos analisar cada operação:
1. Integralização de capital social no valor de R$ 120.000,00, sendo R$ 80.000,00 em dinheiro
e R$ 40.000,00 em um automóvel a ser utilizado pela entidade.
Atividade de Financiamento.
2. Pagamento do seguro mensal do automóvel por R$ 2.000,00.
Atividade Operacional.
3. Pagamento do aluguel antecipado de dois anos por R$ 60.000,00.
Atividade Operacional.
4. Venda de mercadorias por R$ 100.000,00, sendo metade à vista e metade para recebimento
em 2016. As mercadorias estavam avaliadas por R$ 60.000,00.

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Atividade Operacional. Recebimento no valor de R$ 50.000,00.


5. Compra à vista de um computador para ser utilizado na empresa por R$ 6.000,00.
Atividade de Investimento.
6. Reconhecimento de despesas de salários no valor de R$ 12.000,00, que serão pagas no
mês seguinte.
Não afeta a DFC, pois não há pagamento, mas apenas reconhecimento das despesas.
7. Contração de empréstimo bancário no valor de R$ 30.000,00.
Atividade de Financiamento.
Fluxos das Atividades Operacionais
(-) Pagamento do seguro mensal (2.000,00)
(-) Pagamento do aluguel antecipado (60.000,00)
+ Recebimento pela venda de mercadorias à vista 50.000,00
= Caixa consumido nas atividades operacionais (12.000,00)
Letra a.

054. (FGV/FISCAL DE TRIBUTOS DE NITERÓI – RJ/2015) Os fluxos de caixa da Cia. Iota du-
rante o exercício de x1 foram os seguintes, em milhares de reais:

De acordo como o CPC 03 (R2): Demonstração dos Fluxos de Caixa, o menor montante pelo
qual o caixa líquido consumido nas atividades de investimento da Cia. Iota poderá ser apre-
sentado é de:
a) R$ 24.100.000;
b) R$ 25.000.000;
c) R$ 26.800.000;
d) R$ 27.700.000;
e) R$ 30.000.000.

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Classificação
Classificação principal
alternativa

Atividades de
Juros Pagos Atividades operacionais
financiamento

Atividades de
Juros Recebidos Atividades operacionais
investimento

Dividendos e JSCP Atividades de


Atividades operacionais
Pagos financiamento

Dividendos e JSCP Atividades de


Atividades operacionais
Recebidos investimento

Para se chegar ao menor montante do caixa líquido consumido pelas atividades de investimen-
to da Cia. Iota S.A., devemos considerar a classificação alternativa dos juros recebidos e dos
dividendos recebidos. Os juros recebidos e os dividendos recebidos serão reconhecidos no
fluxo das atividades de investimento.
Fluxo das Atividades de Investimento
+ Juros Recebidos 2.700,00
+ Dividendos Recebidos 900,00
+ Alienação de participações societárias 2.300,00
(-) Aquisição de Imobilizado (30.000,00)
= Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (24.100,00)

 Obs.: No dia da prova, caso tenha dúvida, você pode encontrar todas as possíveis respostas
utilizando cada classificação (principal e/ou alternativa por conta) e escolher aquela
que responde à pergunta do examinador.

Letra a.

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

055. (FGV/CONTADOR/SMF/NITERÓI – RJ/2015) Os fluxos de caixa da Eta S.A. durante o


exercício de x1 foram os seguintes, em milhares de reais:

De acordo como o CPC 03 (R2): Demonstração dos Fluxos de Caixa, o menor valor pelo qual o
caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento da Eta S.A. poderá ser apresentado é de:
a) R$ 11.600.000;
b) R$ 14.600.000;
c) R$ 15.400.000;
d) R$ 18.400.000;
e) R$ 20.400.000.

Classificação principal Classificação alternativa

Juros Pagos Atividades operacionais Atividades de financiamento

Juros Recebidos Atividades operacionais Atividades de investimento

Dividendos e JSCP Pagos Atividades de financiamento Atividades operacionais

Dividendos e JSCP Recebidos Atividades operacionais Atividades de investimento

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CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA
Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

Para se chegar ao menor valor do caixa líquido gerado pelas atividades de financiamento da
Eta S.A., devemos considerar a classificação alternativa dos juros pagos. Os juros pagos serão
reconhecidos no fluxo das atividades de financiamento.
Fluxo das Atividades de Financiamento
+ Emissão de ações 32.000,00
(-) Dividendos pagos (3.000,00)
(-) Juros pagos (3.800,00)
(-) Amortização de empréstimos e financiamentos (13.600,00)
= Caixa líquido gerado nas atividades de financiamento 11.600,00
Letra a.

Considere as informações a seguir, relativas à Cia Novo Tempo:


Quadro I
Balanço Patrimonial

ATIVO 20X1 20X2 PASSIVO 20X1 20X2

Ativo Circulante 4.500 6.200 Passivo Circulante 4.200 3.400


Caixa e equivalentes 1.300 1.800 Fornecedores (Estoques) 1.300 600
Contas a receber 1.200 2.600 Fornecedores
Estoques 1.550 1.250 (Imobilizado) 800 1.100
Seguros antecipados 450 550 Empréstimos 1.250 850
Ativo Não Circulante 5.800 8.000 Dividendos 500 300
Ativo Realizável IR a pagar 350 550
a longo prazo 1.800 1.800 Passivo Não Circulante
Investimentos 1.500 2.500 Empréstimos 3.000 5.000
Imobilizado 5.500 7.700 Patrimônio Líquido 3.100 5.800
Depreciação Capital Social 2.800 4.800
Acumulada 3.000 4.000 Reservas de Lucros 300 1.000

Total 10.300 14.200 Total 10.300 14.200

Demonstração do Resultado do Exercício de 20x2

Receita de Vendas 10.000,00


(-) CMV – 4.000,00
Lucro Bruto 6.000,00
Despesas comerciais – 1.500,00
Despesas com seguros – 600,00
Despesas com depreciação – 1.000,00
Despesas financeiras – 500,00
Resultado de Equivalência Patrimonial 400,00
Lucro antes do IR/CSLL 2.800,00
(-) IR/CSLL – 900,00
Lucro Líquido 1.900,00

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

Informações adicionais:
a) o aumento de capital foi efetivado em dinheiro;
b) as despesas financeiras foram pagas no exercício;
c) as despesas com seguros referem-se às apropriações de despesas pagas antecipadamente.

056. (FGV/CONTADOR/TJ-BA/2015) O Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais


da Cia Novo Tempo (Quadro I), no exercício de 20x2, foi de:
a) 500,00;
b) 800,00;
c) 1.200,00;
d) 1.600,00;
e) 2.200,00.

Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais – Método Indireto:


Lucro Líquido 1.900,00
+ Despesa com depreciação 1.000,00
(-) Resultado de Equivalência Patrimonial (400,00)
= Lucro Líquido do Exercício Ajustado 2.500,00
(-) Aumento de Contas a Receber (1.400,00)
+ Redução de Estoques 300,00
(-) Aumento da Conta Seguros Antecipados (100,00)
(-) Redução Fornecedores (Estoques) (700,00)
+ Aumento da conta IR a Pagar 200,00
= Caixa gerado nas atividades operacionais 800,00

 Obs.: As despesas financeiras, neste caso, não vão entrar pois foram pagas à vista.

1º Ajuste: Os decorrentes de Receitas e Despesas que não tem efeito no caixa e que não per-
tencem as Atividades Operacionais. Exemplos:
a) Despesas de depreciação reduzem o lucro, mas não reduzem o caixa. Portanto, devem ser
revertidas (somadas) ao lucro líquido.
b) O resultado positivo de equivalência patrimonial (ganho) aumenta o lucro, mas não aumenta
o caixa. Por isso, deve ser subtraído do lucro líquido.
Depois de feito esse 1º ajuste você encontra o LUCRO AJUSTADO.
2º Ajuste: Os decorrentes da variação dos ativos e passivos ligados as Atividades Operacionais.
a) Somar as reduções nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo
vinculadas às operações, exceto disponível.

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Demonstração do Fluxo de Caixa (CPC 03)
Feliphe Araújo

A redução do saldo da conta clientes indica que os recebimentos do período (créditos) supe-
raram as vendas a prazo. Em outras palavras, a redução do saldo da conta clientes, de um ano
para o outro, mostra que a empresa recebeu mais do que o valor das vendas computadas no
período. Assim, a redução na conta clientes (e outros ativos circulantes e realizável a longo
prazo) deve ser somada ao lucro líquido. Exemplo: Estoques e conta Seguros Antecipados.
Algumas pessoas têm dúvida no que se refere a conta despesa com seguros. Entendem que
deveriam somar esta despesa ao lucro líquido na DFC, uma vez que já foi paga em período
passado. A análise deve ser feita a partir da conta patrimonial de seguros antecipados (ativo).
Vamos entender o porquê de não somar a despesa com seguros na DFC.
Conta Seguros Antecipados:
Saldo Inicial + Entradas (pagamentos) - Saídas (Apropriações) = Saldo Final
450 + Entradas (pagamentos) - 600 = 550
Entradas (pagamentos) = 550 + 600 - 450 = 700
Portanto, em relação aos seguros, houve uma saída de caixa de 700.
Neste caso, foram contabilizados 600 na DRE como despesa com seguros e os 100 restantes
diretamente na DFC como aumento da Conta Seguros Antecipados.
b) subtrair os acréscimos nos saldos das contas do Ativo Circulante e Realizável a Longo prazo
vinculadas às operações, exceto disponível.
O aumento dos saldos das contas a receber, de um ano para o outro, evidencia que apenas
parte das receitas de vendas foram, de fato, recebidas pela empresa. A outra parte foi vendida
a prazo, não aumentando o Caixa.

 Obs.: O Caixa e os Equivalentes de Caixa não integram as variações das contas do Ativo
Circulante.

c) somar os acréscimos nos saldos das contas do Passivo Circulante e Passivo Não Circulante
vinculados às operações.
Os acréscimos nos saldos das contas do Passivo Exigível, em contas vinculadas às operações,
significam que os pagamentos em dinheiro foram menores que as despesas efetivamente in-
corridas pela entidade. Por isso, estes acréscimos são somados ao Lucro. Exemplo: Aumento
da conta IR a pagar.
d) subtrair as reduções nos saldos das contas do Passivo circulante e Passivo Não Circulante
vinculadas às operações.
Aqui, o raciocínio é inverso o do item c. As reduções nos saldos das contas de Passivo Exigível
dão a entender que os desembolsos financeiros realizados pela entidade foram maiores que
as despesas efetivamente incorridas no período e, por isso, tais valores devem ser subtraídos
do lucro líquido. Exemplo: Redução de Fornecedores Estoques.

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Obs.: Fornecedores (Imobilizado) => ATIVIDADE DE INVESTIMENTO;


 Empréstimo e Dividendos => ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO.

Letra b.

057. (FGV/CONTADOR/TJ-BA/2015) O Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Financia-


mento da Cia Novo Tempo (Quadro I), no exercício de 20x2, foi de:
a) 2.200,00;
b) 2.600,00;
c) 3.600,00;
d) 3.800,00;
e) 3.400,00.

Cálculo dos dividendos pagos.


Lucro líquido do período pode ser destinado para:
a) dividendos a pagar.
b) reservas de lucros.
c) aumento de capital.
Como o aumento de capital foi efetivado em dinheiro e foi destinado para reserva de lucros o
valor de R$ 700, subtende-se que o restante do lucro líquido no valor de R$ 1.200 (1.900 - 700)
foi destinado para dividendos a pagar.
Vamos analisar a conta Dividendos do Passivo. Para calcular dividendos pagos, basta usar a
seguinte formula universal para todas as contas.
Saldo Inicial + Entradas (distribuição) - Saídas (dividendos pagos) = Saldo Final
500 + 1200 - Saídas (dividendos pagos) = 300
Saídas (dividendos pagos) = 1.700 - 300 = 1.400.
Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Financiamento:
+ Aumento do capital em dinheiro 2.000,00
+ Aumento dos Empréstimos (Passivo Não Circulante) 2.000,00
(-) Pagamentos dos Empréstimos (Passivo Circulante) (400,00)
(-) Dividendos Pagos (1.400,00)
= Caixa gerado nas atividades de financiamento 2.200,00
Letra a.

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VUNESP

058. (VUNESP/CONTADOR/VALIPREV/2020) Uma entidade realizou aplicações financeiras


com as seguintes características: (1) risco mínimo de mudanças no valor do investimento; (2)
prazo de resgate de 40 dias a contar da data da aplicação e (3) liquidez imediata.
Neste sentido, esses instrumentos financeiros devem ser classificados, conforme os padrões
contábeis atualmente vigentes no Brasil, como:
a) Caixa e Equivalentes de Caixa.
b) Investimentos em intangíveis mensurados a valor justo para outros resultados abrangentes.
c) Investimentos financeiros mensurados ao custo amortizado para resultado do exercício.
d) Investimentos Financeiros mensurados a valor justo para outros resultados abrangentes.
e) Investimentos Financeiros mensurados a valor justo para resultado do exercício.

a) Certa. De acordo com CPC 03, equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto
prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e
que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
Para que um investimento seja qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversi-
bilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de
mudança de valor. Portanto, um investimento normalmente qualifica-se como equivalente de
caixa somente quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a
contar da data da aquisição.
b, c, d e e) Erradas. Os investimentos patrimoniais mencionados nessas alternativas não apre-
sentam as características de vencimento no curto prazo e não estão sujeitos a insignificante
risco de mudança de valor.
Letra a.

059. (VUNESP/AUDITOR FISCAL/ISS CAMPINAS/2019) Dados informados pela contabilida-


de da Cia. ABC relativos ao exercício findo em 2018:

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1. O acréscimo do imobilizado em 2018 deve-se à aquisição de uma máquina, paga à vista, por
R$ 180.000,00.
2. As variações cambiais passivas são decorrentes de empréstimos de longo prazo obtidos
no exterior.
3. A companhia obteve um novo aporte de empréstimos externos de longo prazo em 2018 no
valor de R$ 75.000,00.
4. A conta de Passivo Circulante, Contas a Pagar, é utilizada exclusivamente para registrar a
contrapartida credora de despesas operacionais ainda não quitadas pela companhia.
O valor dos fluxos de caixa das atividades operacionais em 2018 correspondeu, em R$, a:
a) 285.000,00
b) 215.000,00
c) 220.000,00
d) 170.000,00
e) 235.000,00

O examinador solicita o fluxo de caixa operacional em 2018.


Lucro Líquido 170.000
+ Despesas de Depreciação 140.000
+ Variações Monetárias Passivas 45.000
(–) Receita de Equiv. Patrimonial (70.000)
= Lucro Ajustado 285.000
+ Diminuição em Clientes 50.000
(-) Aumento em Estoques (40.000)
(-) Diminuição em Fornecedores (70.000)
+ Aumento em Contas a Pagar 10.000
= Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais 235.000
Letra e.

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ESAF

060. (ESAF/CONTADOR/FUNAI/2016) A Cia. de Comércio Marítimo S.A. apresentou as se-


guintes demonstrações contábeis:

De acordo com as demonstrações contábeis acima e sabendo-se que os juros não foram pa-
gos, o fluxo de caixa gerado pelas Atividades Operacionais no ano de 2015 foi, em reais, de
a) 129.000,00.
b) 174.000,00.
c) 105.000,00.
d) 120.000,00.
e) 139.000.00.

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Vamos calcular o fluxo de caixa gerado pelas atividades operacionais a partir do lucro líquido,
utilizando o método indireto.
Lucro Líquido R$ 129.000,00
+ Despesa Financeira¹ R$ 15.000,00
+ Despesa com Depreciação² R$ 30.000,00
= Lucro Ajustado R$ 174.000,00
(–) Aumento de Duplicatas a Receber (R$ 10.000,00)
+ Diminuição de Estoques R$ 15.000,00
(-) Diminuição de Fornecedores (R$ 49.000,00)
(-) Diminuição de IR/CSLL a Pagar (R$ 10.000,00)
= Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais R$ 120.000,00

1. De acordo com os dados da questão, as despesas financeiras não foram pagas no período.
Assim, estas despesas não alteraram o caixa da empresa, por isso, precisam ser ajustadas.
2. Despesas de depreciação reduzem o lucro, mas não reduzem o caixa. Portanto, devem ser
revertidas (somadas) ao lucro líquido.
Com a finalidade de responder mais rápido no dia da prova, a partir do lucro ajustado, você po-
deria somar as contas do ativo e do passivo que são operacionais e fazer a análise da variação
por agrupamento de contas, economizando seu tempo. Veja abaixo como seria:
= Lucro Ajustado R$ 174.000,00
(–) Diminuição do Ativo¹ (Duplicatas a Receber e Estoques) R$ 5.000,00
+ Diminuição do Passivo² (R$ 59.000,00)
= Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais R$ 120.000,00

1.

Contas 31/12/14 31/12/15 Variação

Duplicatas a Receber 50.000,00 60.000,00 10.000,00

Estoques 40.000,00 25.000,00 15.000,00

Total 90.000,00 85.000,00 5.000,00

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2.

Contas 31/12/14 31/12/15 Variação

Fornecedores 70.000,00 21.000,00 49.000,00

IR/CSLL a Pagar 20.000,00 10.000,00 10.000,00

Total 90.000,00 31.000,00 59.000,00

Como alternativa, você pode responder da seguinte maneira:


Variação do disponível = 215.000 - 110.000 = R$ 105.000,00
A variação do disponível, no valor de R$ 105.000,00, entre 31/12/2014 e 31/12/2015, corres-
ponde à variação líquida do caixa no exercício de 2015. Isso quer dizer que a soma de todo o
caixa gerado/consumido nos fluxos das atividades operacionais, de investimento e de finan-
ciamento deverá ser igual a R$ 105.000,00.
Variação do disponível = Fluxo Operacional + Fluxo de Investimento + Fluxo de Financiamento
Antes de utilizar a fórmula acima, precisamos encontrar o fluxo de caixa das atividades de in-
vestimento e financiamento:
1. Fluxo de Investimento = R$ 0,00 (zero)
Os itens que provocam alterações no fluxo de investimentos são as contas do Ativo Não Cir-
culante Investimento, Imobilizado e Intangível. A empresa só tem equipamentos no seu ativo
imobilizado e eles não sofreram variação de valor durante o ano de 2015.
2. Fluxo de Financiamento = (R$ 15.000,00)
Observa-se pela análise do balanço patrimonial que não houve integralização de Capital Social.
Vamos analisar as contas de Empréstimos e Dividendos.
2.1. Como o valor de R$ 15.000,00 das despesas financeiras não foram pagas, esse valor foi
contabilizado no Passivo Circulante como Empréstimos.
Assim, o valor da contratação de empréstimos em 2015 é igual ao saldo da conta de emprés-
timos em 2015 menos o saldo dessa conta em 2014 e das despesas financeiras não pagas.
Contratação de novos empréstimos = 115.000 - 100.000 - 15.000
Contratação de novos empréstimos = R$ 0,00
2.2. Distribuição do Lucro Líquido de R$ 129.000,00:
Reservas de Lucros (aumentou o saldo)¹ R$ 95.000,00
Dividendos (aumentou o saldo de Dividendos a Pagar)² R$ 34.000,00
1. Aumento das Reservas de Lucros = 140.000 - 45.000 = R$ 95.000,00
2. Se a empresa distribuiu dividendos com base nas informações do lucro líquido, subtende-se
que o valor dos dividendos registrados no balanço de 2014, no valor de R$ 15.000,00, foram
pagos durante o ano de 2015. Assim, temos que:
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Dividendos Pagos em 2015 = R$ 15.000,00


O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:
(-) Pagamento de Dividendos (15.000,00)
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ (15.000,00)
Assim, temos que:
Variação do disponível = Fluxo Operacional + Fluxo de Investimento + Fluxo de Financiamento
105.000 = Fluxo Operacional + 0 - 15.000
105.000 + 15.000 = Fluxo Operacional
Fluxo Operacional = 120.000
O fluxo de caixa gerado pelas Atividades Operacionais no ano de 2015 foi de R$ 120.000,00.
Letra d.

061. (ESAF/AFRFB/2014) O lucro obtido na Venda de Imobilizado e o Resultado de Equivalên-


cia Patrimonial representam, na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC):
a) ingresso de caixa na atividade de investimento.
b) aumento de atividades operacionais.
c) ajustes do resultado na elaboração da DFC.
d) ingressos por Receita Operacional.
e) aumento de investimentos.

Para encontrar o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, o método indireto de elabo-
ração da DFC parte do lucro ou prejuízo líquido ajustando-o pelas receitas e despesas que não
tem efeito no caixa e que não pertençam as atividades operacionais.
Como a venda de ativos do imobilizado representam ingressos de caixa na Atividade de In-
vestimento, o lucro obtido na venda de imobilizado deve ser ajustado no fluxo das atividades
operacionais.
Como o Resultado de Equivalência Patrimonial foi considerado como receita ou despesa na
DRE, mas não representou um ingresso ou uma saída efetiva de caixa, ele deve ser ajustado na
análise do fluxo de caixa das atividades operacionais pelo método indireto.
Por isso, de acordo com o método indireto de elaboração da DFC, o lucro obtido na venda de
imobilizado e o resultado de equivalência patrimonial representam ajustes do resultado na ela-
boração da DFC para se chegar ao fluxo de caixa líquido das atividades operacionais.
Letra c.

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Dos registros da Cia. Boreal, foram extraídos os dados relativos aos exercícios contábeis de
2009/2010, a seguir:

Informação adicional
I – Títulos com vencimento previsto para 30 dias.
II – Com relação a PCLD, a provisão em 2010 correspondeu a R$400,00. Não houve registro de
reversão dos saldos anteriores.
III – O Resultado c/Venda do Imobilizado corresponde a 75% do valor líquido do bem vendido.
Com base nos dados fornecidos, responder as próximas duas questões.

062. (ESAF/AFRFB/2012) O resultado apurado no período:


a) gerou um ingresso total de caixa de R$ 16.300,00.
b) quando ajustado, é negativo em R$ 8.700,00.
c) contribuiu para ingresso financeiro de R$ 12.800,00.
d) representa um uso total de disponibilidades de R$ 12.300,00.
e) indica que a atividade operacional foi positiva em R$ 1.300,00.

Para resolver esta questão, basta encontrar o Fluxo das Atividades Operacionais pelo método
indireto a partir do ajuste do Resultado Líquido do Exercício.
Lucro líquido do exercício 12.800
+ Despesas de Depreciações¹ 3.000
+ Despesas de Amortização¹ 500
(-) Resultado de equivalência patrimonial² (10.000)

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(-) Resultado com venda do imobilizado³ (15.000)


= Resultado do período ajustado (8.700)*
(–) Aumento do saldo de Estoques (R$ 2.900,00)
(–) Aumento do saldo de Clientes (R$ 1.700,00)
+ Diminuição do saldo de PCLD R$ 100,00
+ Aumento do saldo de Contas a Pagar R$ 1.000,00
(–) Diminuição do saldo de Fornecedores (R$ 7.100,00)
+ Aumento do saldo de Prov. p/ IR e Contribuições R$ 700,00
+ Aumento de Títulos a Pagar4 R$ 5.000,00
= Fluxo de Caixa das Atividade Operacionais (R$ 13.600,00)

* Com esta informação, já teríamos a resposta e você poderia marcar a letra B como alternativa.
1. As despesas de depreciação e a despesa de amortização reduzem o lucro do exercício, mas
não reduzem o caixa. Portanto, devem ser revertidas (somadas) ao lucro líquido.
2. O resultado positivo de equivalência patrimonial (ganho) aumenta o lucro, mas não aumenta
o caixa. Por isso, deve ser subtraído do lucro líquido.
3. O resultado positivo com venda do imobilizado aumenta o lucro da entidade. Porém, como
não pertencem às atividades operacionais, devem ser subtraídos ao lucro líquido.
4. Não sabemos a que se refere estes títulos. Como é de curto prazo, subtende-se que eles
estão ligados a atividade operacional da empresa.
O resultado apurado no período, quando ajustado, é negativo em R$ 8.700,00. Portanto, o ga-
barito é a letra B.
As demais alternativas estão incorretas, porque o resultado apurado no período indica que a
atividade operacional foi negativa em R$ 13.600,00.

1. As despesas financeiras só são revertidas do lucro líquido caso não sejam pagas ou perten-
çam ao fluxo de financiamento (classificação alternativa). Além disso, subtende-se que não
foi paga todo ou uma parte da despesa financeira quando há uma conta de empréstimo, que
aumenta de valor de um ano para outro, e não há informação sobre contratação de novos em-
préstimos. Em todos os casos, deve haver uma informação adicional.
No caso da questão, não há informação adicional sobre as despesas financeiras. Por isso, con-
clui-se que as despesas financeiras foram pagas e pertencem ao fluxo de caixa das atividades
operacionais.

2. Conta PCLD é retificadora do ativo.


Na análise da conta PCLD, não ocorreu aumento, mas sim diminuição quando analisamos os
dados sem ser em módulo. Olhem bem, o saldo não saiu de 300 para 400, mas sim de menos
300 para menos 400. Neste caso, observe que ao passar de menos 300 para menos 400 há um

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aumento no saldo da conta de PCLD, porém, é uma diminuição em 100 no ativo. Analisando
pelo ativo, temos que somar então essa diminuição. Geralmente, recomendo fazer esse cál-
culo da PCLD conjugado com a conta clientes ou duplicatas a receber que fica mais fácil para
provas objetivas.
Outra forma de fazer seria a seguinte.
Crédito é origem de recurso –> Na DFC, origem de recurso é somada.
Débito é aplicação de recurso –> Na DFC, aplicação de recurso é diminuída.
Observe como fazemos:
+ Diminuição das contas do Ativo Circulante e do ANC RLP, exceto Disponível –> Uma conta do
ativo diminui de saldo por meio de crédito, logo, é uma origem de recurso, por isso, você soma.
(-) Aumento das contas do Ativo Circulante e do ANC RLP, exceto Disponível –> Uma conta
do ativo aumenta de saldo por meio de débito, logo, é uma aplicação de recurso, por isso,
você diminui.
+ Aumento das contas do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante –> Uma conta do pas-
sivo aumenta de saldo por meio de crédito, logo, é uma origem de recurso, por isso, você soma.
(-) Diminuição das contas Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante –> Uma conta
do passivo diminui de saldo por meio de débito, logo, é uma aplicação de recurso, por isso,
você diminui.
Se você observar, a conta PCLD é retificadora do ativo e, por isso, tem natureza credora. Assim,
ao aumentar de saldo a CONTA de 300 para 400 (AUMENTOU o saldo da CONTA e não do ATI-
VO), tivemos que creditar. Se crédito é uma origem, você adiciona na DFC, por isso, somou 100.
Letra b.

063. (ESAF/AFRFB/2012) Para a elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa da Cia.


Boreal, deve-se considerar que
a) ocorreu uma aquisição de participações societárias em outras empresas.
b) as atividades operacionais foram alteradas pelo ganho com a venda do Imobilizado.
c) os dividendos distribuídos devem ser demonstrados como atividade de investimento.
d) as atividades de financiamento geram um ingresso positivo no fluxo do caixa.
e) a movimentação dos Fornecedores provoca aumento nas atividades de financiamentos.

Analisando as alternativas, temos que:


a) Errada. Veja que houve um aumento de saldo na conta de Participações Societárias no Ati-
vo. Contudo, a DRE da empresa nos indica um Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial
no montante de R$ 10.000,00 no mesmo valor da variação do saldo das Participações. Portan-
to, concluímos que a variação do investimento se deu em razão da Equivalência Patrimonial, e
não por causa de aquisição de novas participações.

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b) Errada. O caixa recebido pela venda de imobilizado irá alterar o fluxo de caixa das atividades
de investimento, como entrada de caixa.
c) Errada. Dividendos distribuídos são apresentados como atividades de financiamento.
d) Certa. As atividades de financiamento geram um ingresso positivo no fluxo do caixa, con-
forme abaixo:
1. O capital social da empresa aumentou de R$ 28.400,00, em 31/12/2009, para R$ 40.000,00,
em 31/12/2010. Como não há informação de como foi esta integralização de capital, subten-
de-se que ela foi realizada em dinheiro. Assim, temos um aumento deste fluxo no valor de R$
11.600,00 (40.000,00 - 28.400,00).
Integralização do Capital Social = 40.000 - 28.400 = R$ 11.600,00.
2. Distribuição do Lucro Líquido de R$ 12.800,00:
Reservas Legal (aumentou o saldo)2.1 R$ 640,00
Reservas de Lucros (aumentou o saldo)2.2 R$ 5.760,00
Dividendos (aumentou o saldo de Dividendos a Pagar)2.3 R$ 6.400,00
2.1. Aumento da Reserva Legal = 740 - 100 = R$ 640,00
2.2. Aumento das Reservas de Lucros = 7.760 - 2.000 = R$ 5.760,00
2.3. Portanto, se a empresa distribuiu dividendos com base nas informações do lucro líqui-
do, subtende-se que o valor dos dividendos registrados no balanço de 2009, no valor de R$
4.000,00, foram pagos durante o ano de 2010. Assim, temos que:
Dividendos Pagos = R$ 4.000,00
O Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento será de:
Integralização de Capital Social em dinheiro 11.600,00
(-) Pagamento de Dividendos (4.000,00)
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento R$ 7.600,00
Com isso, as atividades de financiamento contribuíram de forma positiva no fluxo de caixa.
e) Errada. A movimentação do saldo de Fornecedores é considerada no fluxo das atividades
operacionais.
Letra d.

Outras Bancas

064. (PUC-PR/AUDITOR FISCAL/ISS CAMPO GRANDE/2019) Analise as alternativas a


respeito da Demonstração do Fluxo de Caixa conforme a NBC TG 03 e assinale a alternati-
va CORRETA.
I – Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de cai-
xa de curto prazo e não para investimento ou outros propósitos. Para que um investimento seja
qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante
conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor. Portanto,
um investimento normalmente qualifica-se como equivalente de caixa somente quando tem
vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar da data da aquisição.

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II – A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades operacionais,
de investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada aos seus negócios.
A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o
impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e
equivalentes de caixa.
III – Os fluxos de caixa advindos das atividades financiamentos são basicamente derivados
das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam
de transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo.
a) Somente a alternativa II está correta.
b) Somente a alternativa I está correta.
c) Somente as alternativas I e II estão corretas.
d) Somente a alternativa III está correta.
e) Somente as alternativas II e III estão corretas.

I – Certo. Equivalente de Caixa são aplicações financeiras de curto prazo (3 meses ou menos),
de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que
estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.
II – Certo. de acordo com o CPC 03 – DFC:

A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de investi-
mento e de financiamento da forma que seja mais apropriada aos seus negócios. A classificação
por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais ativi-
dades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa.

III – Errado. Os fluxos de caixa advindos das atividades financiamentos operacionais são ba-
sicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto,
eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro
líquido ou prejuízo.
Letra c.

065. (FEPESE/FISCAL DE RENDAS/ISS CRICIÚMA/2017) Identifique abaixo os termos


cujos significados estão em exato acordo com a NBC TG 03 (R3) – Demonstração dos Flu-
xos de Caixa.
1. Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis.
2. Equivalentes de caixa: são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insigni-
ficante risco de mudança de valor.
3. Fluxos de caixa: são as entradas e saídas de caixa.

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4. Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da entidade e ou-


tras atividades que não são de investimento e tampouco de financiamento.
5. Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo
e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.
6. Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na
composição do capital de terceiros da entidade.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
b) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 5.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 6.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 4 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 3, 4, 5 e 6.

Cobrança literal do item 6 do CPC 03 (R1) – Demonstração dos Fluxos de Caixa.


Caixa compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. (Item 1 correto).
Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo (por exemplo, três meses ou
menos, a contar da data da aquisição), de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em
montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de
valor. (Item 2 correto)
Fluxos de caixa são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. (Item 3 incorreto).
Falto mencionar a expressão equivalentes de caixa.
A DFC deve evidenciar os fluxos de caixa das atividades operacionais, de financiamento e de
investimentos.

Os itens 4 e 5 estão corretos.


O item 6 está incorreto. Falta a expressão “capital próprio”.
Portanto, são corretas apenas as afirmativas 1, 2, 4 e 5.
Letra d.

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GABARITO
1. C 37. b
2. b 38. b
3. d 39. d
4. C 40. c
5. b 41. c
6. C 42. c
7. a 43. d
8. a 44. d
9. b 45. d
10. c 46. b
11. e 47. d
12. C 48. c
13. E 49. b
14. E 50. d
15. c 51. b
16. e 52. b
17. b 53. a
18. E 54. a
19. c 55. a
20. d 56. b
21. b 57. a
22. C 58. a
23. E 59. e
24. E 60. d
25. c 61. c
26. e 62. b
27. b 63. d
28. a 64. c
29. a 65. d
30. e
31. e
32. b
33. a
34. b
35. b
36. e

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Feliphe Araújo
Bacharel em Ciências Contábeis. Pós-graduado em Direito Tributário. Ex-analista tributário e ex-auditor-
fiscal da Receita Federal do Brasil, atualmente é auditor-fiscal da SEFAZ-PI. Professor de Contabilidade em
cursos preparatórios para concursos públicos, Exame de Suficiência, graduação e pós-graduação.

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