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AULA 03
PROFESSOR FÁBIO VASCONCELOS
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................... 4
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS....................................................................................................................... 5
UNIVERSALIDADE ......................................................................................................................................... 6
EXCLUSIVIDADE ............................................................................................................................................ 7
LEGALIDADE .................................................................................................................................................. 7
PUBLICIDADE ................................................................................................................................................ 8
TRANSPARÊNCIA .......................................................................................................................................... 8
Previsão....................................................................................................................................................22
Lançamento .............................................................................................................................................22
Arrecadação .............................................................................................................................................22
Recolhimento ..........................................................................................................................................23
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Fixação .....................................................................................................................................................31
Empenho ..................................................................................................................................................32
Liquidação................................................................................................................................................32
Pagamento...............................................................................................................................................33
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APRESENTAÇÃO
Salve, salve, amigos da Contabilidade! Tudo tranquilo com vocês?
Recuperados da aula passada? Hahahaha... Sei o quão complicado é, mas vale a pena entender com
calma. Nessa aula falaremos de um tema mais simples, no meu entendimento, e que é cobrado no
Exame de Suficiência. É um assunto mais orçamentário, algo não tão abordado na graduação.
tudo com profundidade a aula vai ficar imensa e o custo-benefício fica comprometido. Confie em
mim e vamos rumo à aprovação!
Forte abraço!
Fábio Vasconcelos.
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despesas, impostos pela Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
É relevante destacar que a relação entre a receita e a despesa é fundamental para o processo
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim de conferir
federativos – União, estados, Distrito Federal e municípios – são estabelecidos e disciplinados por
normas constitucionais, infraconstitucionais e pela doutrina.
Na aula de hoje, falarei de alguns princípios que podem ser objeto de cobrança por parte da
CONSULPLAN.
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UNIDADE OU TOTALIDADE
Esse é um princípio que foi consagrado pela Constituição e determina a existência de orçamento
único para cada um dos entes federados – União, estados, Distrito Federal e municípios – com
a finalidade de se evitarem múltiplos orçamentos paralelos dentro da mesma pessoa política.
Deve existir apenas um só orçamento para um exercício financeiro (coincide com o ano civil).
Dessa forma, todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem
integrar um único documento legal dentro de cada esfera federativa: a Lei Orçamentária Anual
(LOA). Cada pessoa política da federação elaborará a sua própria LOA. A LOA, apesar de ser uma Lei,
é o Orçamento propriamente dito. Por exemplo, o Município que você mora tem a sua LOA, o seu
Estado também tem uma LOA própria, etc.
Esse princípio é também chamado de TOTALIDADE pelo fato de a Lei Orçamentária compor esses
três orçamentos. Resumindo:
UNIVERSALIDADE
Também é um princípio consagrado pela Constituição Federal e determina que a LOA de cada ente
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ANUALIDADE OU PERIODICIDADE
Delimita o exercício financeiro orçamentário: período de tempo ao qual a previsão das receitas e
a fixação das despesas registradas na LOA irão se referir. O exercício financeiro coincidirá com o
ano civil, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.
Paludo (2020) em sua obra nos diz que o princípio da anualidade apregoa que as estimativas de
receitas e as autorizações de despesas devem referir-se a um período LIMITADO de tempo, em geral,
EXCLUSIVIDADE
Estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa (ou seja, a LOA só pode tratar de receitas e despesas). As exceções a essa proibição são:
• autorização para abertura de crédito suplementar; e
ORÇAMENTO BRUTO
Obriga registrarem-se receitas e despesas na LOA pelos seus VALORES BRUTOS, sem qualquer tipo
de dedução. Portanto, exige a inclusão de receitas e despesas pelos valores totais e impede,
veda, proíbe a inclusão de valores líquidos.
LEGALIDADE
Segundo ensina Paludo (2020), o princípio da legalidade exige que o gestor público observe os
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Legislativo respectivo, tornando-se uma Lei. Também deve ser objeto de Lei as Diretrizes
Orçamentárias e o Plano Plurianual (art. 165 da CF/1988), bem como os créditos adicionais.
Pelo MCASP 8ª edição, esse princípio apresenta o mesmo fundamento do princípio da legalidade
aplicado à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer
somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos ditames da lei.
A Constituição Federal de 1988, no art. 37, estabelece os princípios explícitos da administração
pública, dentre os quais o da legalidade e, no seu art. 165, estabelece a necessidade de formalização
legal das leis orçamentárias:
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
PUBLICIDADE
Princípio básico da atividade da Administração Pública no regime democrático, está previsto no
caput do art. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser
fixado em lei, sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas. Tem o OBJETIVO
TRANSPARÊNCIA
Aplica-se também ao orçamento público, pelas disposições contidas nos arts. 48, 48-A e 49 da LRF,
que determinam ao governo, por exemplo: divulgar o orçamento público de forma ampla à
Assim, conforme ensina Paludo (2020), os ITENS DA LRF tanto podem ser cobrados dentro do
princípio da PUBLICIDADE ou separadamente como princípio da TRANSPARÊNCIA – e visam
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contribuições) a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria Constituição
Federal. Mas por que isso? O produto da arrecadação dos IMPOSTOS, por essência, é de LIVRE
APLICAÇÃO. IPVA e IPTU, por exemplo, quando o ente público arrecada, ele não tem OBRIGAÇÃO
de utilizar com manutenção de estradas, ruas ou qualquer outra coisa. Mas, como dito, há exceções
produto da arrecadação dos impostos aos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Fundos
de Participação dos Municípios (FPM), Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte (FNO),
Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO), bem como à destinação de recursos para as áreas de saúde
e educação (FUNDEB), além do oferecimento de garantias às operações de crédito por
antecipação de receitas.
Além desses princípios que eu trouxe em aula, a doutrina traz alguns outros. São vários. Daria uma
aula somente para isso. Mas como nos últimos Exames não houve uma cobrança aprofundada do
assunto, não vale a pena explanar mais do que esses que são elencados pelo MCASP em sua 8ª
edição.
Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os entes federativos – União, Estados, Distrito Federal e
Municípios – são estabelecidos e disciplinados por normas constitucionais, infraconstitucionais e
pela doutrina” (MCASP, 2019, p. 28). Considerando o seguinte enunciado “[...] cabe ao Poder Público
fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos
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ditames da Lei”. Para o cumprimento desse princípio, o Poder Executivo deverá estabelecer o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. O enunciado refere-se ao Princípio
a) da Unidade.
b) da Legalidade.
c) da Exclusividade.
d) da Universalidade.
Comentários: o princípio da LEGALIDADE diz que cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer
somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos ditames da Lei. Para o
cumprimento desse princípio, o Poder Executivo deverá estabelecer o plano plurianual, as diretrizes
2. (INÉDITA) Julgue o item a seguir como CERTO ou ERRADO de acordo com os Princípios
todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas
e mantidas pelo Poder Público.
Comentários: essa confunde muita gente. O princípio da UNIDADE fala da existência de UM ÚNICO
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controle do orçamento público. Sobre o princípio que obriga o registro de receitas e despesas na
LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções, assinale a alternativa correta.
a) Unidade
b) Totalidade
c) Não-afetação
d) Orçamento bruto
e) Publicidade
Bruto! Fácil!
Gabarito: D.
4. (INÉDITA) Julgue o item abaixo como CERTO ou ERRADO de acordo com os princípios
Comentários: esse conceito acima realmente é do princípio da exclusividade. Acontece que ele tem
sim duas exceções (tente lembrar, pois cai em prova), a saber:
Gabarito: ERRADO.
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a) discriminação;
b) exclusividade;
c) orçamento bruto;
d) publicidade;
e) transparência.
Comentários: questão simples, basta ler com calma e entender o que o enunciado quer. Apesar de
ter citado o termo "publicação", a questão não tem a ver com esse princípio. Perceba que houve
inclusão na LOA de algo que não é PREVISÃO DE RECEITA e FIXAÇÃO DE DESPESA. Portanto, FERE
o princípio da EXCLUSIVIDADE, lembra? Pois é!
Gabarito: B.
RECEITA ORÇAMENTÁRIA
O orçamento é um importante instrumento de planejamento de qualquer entidade, seja pública ou
privada, e representa o fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em determinado
período. Na Contabilidade Societária entendemos por RECEITA, de acordo com o CPC 00, como
aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em aumentos no patrimônio
O enfoque PATRIMONIAL é bem mais parecido com o âmbito da Contabilidade Geral. A receita
patrimonial é chamada de VPA (Variação Patrimonial Aumentativa) e registrada pelo regime de
competência.
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Já o enfoque ORÇAMENTÁRIO tem a ver com o Orçamento Público em si. A receita orçamentária
é aquela PREVISTA na LOA, que passa por mais 3 estágios (lançamento, arrecadação e recolhimento),
além da previsão, até chegar aos cofres públicos. Nesse momento do curso, quero que você foque
neste aspecto ORÇAMENTÁRIO.
orçamentárias são fontes de recursos utilizadas pelo Estado em programas e ações cuja finalidade
precípua é atender às necessidades públicas e demandas da sociedade.
Essas receitas pertencem ao Estado, transitam pelo patrimônio do Poder Público e, via de
regra, por força do princípio orçamentário da universalidade, estão previstas na Lei
Orçamentária Anual – LOA. Por exemplo... um ente público fez a PREVISÃO em sua LOA que iria
arrecadar R$ 124.000.000,00 em tributos no ano seguinte. À medida que esse ente for arrecadando
esses valores com tributos, vai sendo feito o registro contábil dessa entrada de recursos. Entendidos
até o momento?
A matéria pertinente à receita orçamentária vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 57, e
autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipação
[...]
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como
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[...]
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
Então, futuro(a) contador(a), lembre-se que, pelo enfoque ORÇAMENTÁRIO, as receitas são
INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS
Ingressos extraorçamentários são recursos financeiros de caráter temporário, do qual o Estado
é mero agente depositário. Sua devolução não se sujeita a autorização legislativa, portanto, não
integram a Lei Orçamentária Anual (LOA). Por serem constituídos por ativos e passivos exigíveis,
os ingressos extraorçamentários, em geral, não têm reflexos no Patrimônio Líquido da
Entidade.
São exemplos de ingressos extraorçamentários: os depósitos em caução, as fianças, as operações
Sobre as ARO, entenda que as operações de crédito, em regra são receitas orçamentárias. As
operações de crédito POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO) são exceção e
6. (FAFIPA/Contador) A receita pública que não consta na Lei Orçamentária Anual e compreende
a) Receita orçamentária.
b) Receita extraorçamentária.
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c) Receita Corrente.
d) Receita de Capital.
Comentários: quando se falar em entradas nos cofres públicos e que o Estado tem a obrigação de
nos cofres públicos não são receitas. Mas, para fins de prova, apesar de não ser tecnicamente
correto, leve consigo que INGRESSO extraorçamentário e RECEITA extraorçamentária sejam a
mesma coisa.
Gabarito: B.
d) Transferências correntes.
e) Amortização de empréstimos.
Comentários: conforme falei para você, a única receita perante as alternativas que, conforme a Lei
Gabarito: B.
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no art. 11 dessa lei, serão identificados por números de código decimal. Convencionou-se
denominar este código de natureza de receita.
Essa é uma classificação utilizada por TODOS os entes da Federação e visa identificar a ORIGEM do
recurso segundo o fato gerador (que é o acontecimento REAL que ocasionou o ingresso da receita
nos cofres públicos). Ou seja, essa classificação diz se a receita veio de tributos, de serviços que o
ente público presta, de venda de elemento do patrimônio, de empréstimos, etc.
A associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 dígitos, cujas posições ordinais
passam a ter o seguinte significado:
Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido dos trabalhadores, aloca-se a
receita pública correspondente na natureza de receita código “1.1.1.3.01.1.1”, segundo esquema
abaixo:
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Categoria Econômica
• Industriais
• Serviços
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8. (VUNESP/Câmara Municipal de Poá) Assinale a alternativa correta que, nos termos da Lei nº
Comentários: questão mais simples que essa não existe, né? Rsrs... a receita orçamentária classificar-
Além da Categoria Econômica (receita corrente ou de capital), temos outros desdobramentos para
• ORIGEM - Após isso questionamos: que tipo de receita corrente? Sabemos que é TRIBUTÁRIA
(dígito 1. Se fosse Contribuições seria dígito 2. Patrimonial, dígito 3 e assim vai);
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• ESPÉCIE - Depois vem a pergunta: que tipo de tributo é? É um imposto, taxa ou contribuição
de melhoria? Sabemos que IRPF é um IMPOSTO (dígito 1. Se fosse taxa era dígito 2 e
Dívida ativa por não ter pago esse imposto? (no exemplo temos o dígito 1, indicando ser uma
arrecadação normal).
9. (INÉDITA) De acordo com a categoria econômica da receita, marque a alternativa abaixo que
b) Receita de serviços
c) Receita de operações de crédito
d) Receita agropecuária
e) Receita de tributos
Comentários: conforme estudado, as receitas de CAPITAL são: OPERA ALI AMOR TRANSOU
Gabarito: C.
10. (INÉDITA) De acordo com MCASP 8ª edição, qual das alternativas abaixo não faz parte da
classificação da receita orçamentária?
a) Categoria econômica
b) Modalidade
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c) Desdobramento
d) Tipo
e) Origem
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Por essa visão, as ETAPAS da receita orçamentária não se confundem com os ESTÁGIOS da receita
DICA: essa visão parece ser mais adequada para concurso público que cobre a disciplina de
Orçamento Público. Portanto, acredito que a CONSULPLAN não entrará nesse mérito e nem
tentará te confundir quanto etapas e estágios. O que você precisa levar para a sua prova é:
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Previsão
Lançamento
É o ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe
é devedora e inscreve o débito desta. O lançamento é quando o ente público (por meio dos
auditores fiscais):
imagem acima.
Uma vez ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro contábil do crédito tributário em favor da
fazenda pública em contrapartida a uma variação patrimonial aumentativa. Ou seja, via de regra, é
no momento do LANÇAMENTO que é feito o registro de uma VPA (receita pelo enfoque
PATRIMONIAL). Guarde isso. Vou explorar mais sobre essa parte quando tratarmos das VPAs na
nossa aula sobre Procedimentos Contábeis Patrimoniais.
Arrecadação
Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro pelos contribuintes ou devedores, por
meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. É o
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momento em que você está munido do seu boleto do IPVA e vai até uma casa lotérica, por exemplo,
efetuar o pagamento desse imposto. Vale destacar novamente que, segundo o art. 35 da Lei nº
Recolhimento
da unidade de tesouraria ou de caixa. Ou seja, é quando a casa lotérica manda o dinheiro do seu
pagamento do IPVA para o Estado.
Temos então uma cronologia das etapas da receita orçamentária, conforme imagem abaixo:
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11. (INÉDITA) De acordo o MCASP 8ª edição, marque, diante das alternativas abaixo, aquela que
NÃO faz parte as etapas da receita orçamentária.
a) Lançamento
b) Empenho
c) Arrecadação
d) Recolhimento
e) Previsão
Comentários: essa é fácil. As etapas da receita orçamentárias, de acordo com o que diz o MCASP
8ª edição, são: PREVISÃO – LANÇAMENTO – ARRECADAÇÃO – RECOLHIMENTO (PLAR). Empenho é
De acordo com o que diz o MCASP em sua 8ª edição, a receita orçamentária passa por etapas nas
quais deve seguir. Dentre essas etapas temos a da arrecadação que consiste na transferência dos
caixa.
arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente (casas lotéricas, por exemplo). Já o
RECOLHIMENTO é a transferência dos valores arrecadados à conta específica do Tesouro,
Gabarito: ERRADO.
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DESPESA ORÇAMENTÁRIA
O orçamento é o instrumento de planejamento de qualquer entidade, pública ou privada, e
representa o fluxo de ingressos e aplicação de recursos em determinado período.
Para o setor público, é de vital importância, pois é a lei orçamentária que fixa a despesa pública
autorizada para um exercício financeiro. A despesa orçamentária pública é o conjunto de
dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços
públicos prestados à sociedade.
Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que depende de autorização legislativa,
na forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada.
PROGRAMÁTICA e por NATUREZA. Estudaremos apenas a por NATUREZA, pois, para fins de Exame
de Suficiência, vem sendo cobrada apenas ela. Mas deixo você avisado(a) que a despesa pública
pode ser classificada de acordo com os pontos citados (quer saber mais? Inscreva-se no meu canal
do YouTube que lá eu falo de CASP o tempo todo: Prof. Fábio Vasconcelos).
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“c.g.mm.ee.dd”, onde:
• “c” representa a categoria econômica;
O código da natureza de despesa orçamentária é composto por seis dígitos, desdobrado até o
Categoria Econômica
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de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais
grupos de natureza de despesa.
constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.
ou mobiliária.
dotações destinadas à aquisição de imóveis ou de bens de capital que estão em utilização devem
ser classificadas como:
Comentários: as despesas que um ente público tem com a aquisição de imóveis ou de bens de
capital que ESTÃO EM UTILIZAÇÃO devem ser classificadas como INVERSÕES FINANCEIRAS. Por
exemplo: uma prefeitura comprou uma casa de um morador para fazer um posto de saúde para o
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bairro. Concorda comigo que essa casa é um imóvel que está em utilização? Portanto, a despesa é
classificada como de CAPITAL - INVERSÕES FINANCEIRAS.
Gabarito: C.
Modalidade de Aplicação
Trata-se de informação gerencial que tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados
diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da
Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela
Temos uma tabela de codificação enorme para a modalidade de aplicação. Acho inviável trazer aqui
e pedir que você decore. Por isso, para fins de prova do Exame de Suficiência, guarde a modalidade
90 (aplicações diretas).
Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros,
diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções
sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros
que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. Para fins de Exame de Suficiência,
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orçamentária.
Exemplo: Suponhamos que um ente público municipal queira contratar uma empresa para limpeza
da fachada do prédio onde funciona as suas atividades principais. Vamos aos passos...
3 – Despesas Correntes; ou
4 – Despesas de Capital.
Um serviço de limpeza de fachada NÃO CONTRIBUI para formação ou aquisição de bem de capital.
Logo, é uma despesa CORRENTE (dígito 3).
5 – Inversões Financeiras; ou
6 – Amortização da Dívida.
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nem investimento (4 e é uma despesa de CAPITAL), nem inversões (5 e é uma despesa de CAPITAL)
e nem amortização de dívida (6 que também é uma despesa de capital).
mais utilizada e quer dizer que o próprio ente aplicou os créditos na despesa.
Passo 5 – Por fim, far-se-á a identificação do elemento de despesa, ou seja, o objeto fim do gasto.
Nesse caso do exemplo, como é um SERVIÇO DE PESSOA JURÍDICA, é relacionado com o elemento
39. Logo, a classificação dessa despesa fica com o código 3.3.90.39 – OUTROS SERVIÇOS DE
TERCEIROS – PESSOA JURÍDICA.
Fixação
A etapa do planejamento abrange, de modo geral, toda a análise para a formulação do plano e
ações governamentais que servirão de base para a fixação da despesa orçamentária, a
descentralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira, e o processo
de licitação e contratação.
A fixação da despesa refere-se aos limites de gastos, incluídos nas leis orçamentárias com base
nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades públicas. A fixação da despesa
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O processo da fixação da despesa orçamentária é concluído com a autorização dada pelo poder
legislativo por meio da lei orçamentária anual, ressalvadas as eventuais aberturas de créditos
Empenho
É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
aluguéis.
Liquidação
Conforme dispõe o art. 63 da Lei nº 4.320/1964, a liquidação consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito
e tem por objetivo apurar:
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§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II – a nota de empenho;
III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
Pagamento
O pagamento consiste na entrega de numerário ao credor por meio de cheque nominativo, ordens
de pagamentos ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa.
b) no ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente, ou não, de implemento de condição.
e) na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo credito.
despesa.
Gabarito: E.
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orçamentária anual (LOA), constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento
das empresas estatais não dependentes. Acontece que o orçamento, no decorrer do exercício, pode
ser alterado por créditos adicionais. Por crédito adicional, entendem-se as autorizações de
despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual.
II – especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica;
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção
de R$ 10.000,00 para fazer uma reforma numa escola. Ao executar a obra, percebe que esses R$
10.000,00 serão insuficientes e a obra passa a ser R$ 18.000,00. Logo, o crédito SUPLEMENTAR é
uma alternativa para reforçar esse orçamento com mais R$ 8.000,00 e a obra ser concluída.
O crédito adicional ESPECIAL é para despesas que não vieram com orçamento específico na
LOA. Por exemplo... um ente público estadual, por algum motivo, não fixou em seu orçamento
dotação para executar uma despesa com recapeamento de uma estrada que acabou precisando de
manutenção. Logo, uma alternativa para isso é a abertura de um crédito adicional ESPECIAL, visto
que é uma despesa NOVA e não tinha dotação orçamentária anterior.
E por fim, o crédito adicional EXTRAORDINÁRIO. Esse, como dito mais acima, é destinado a
despesas que sejam urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção interna ou
calamidade pública. Por exemplo... houve uma enchente devastadora numa determinada área do
Estado X. Para esses reparos, pode ser aberto um crédito adicional EXTRAORDINÁRIO, visto que é
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Créditos
Adicionais
RESTOS A PAGAR
São Restos a Pagar todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício atual ou anterior,
mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente. Distingue-
se dois tipos de restos a pagar: os PROCESSADOS (despesas já liquidadas); e os NÃO PROCESSADOS
MAS NÃO PAGAS. Representam, portanto, as despesas em que o credor já cumpriu com sua
obrigação (entrega do bem ou prestação do serviço) tendo, assim, direito líquido e certo ao
pagamento. O MCASP 8ª edição destaca que, em geral, os RP processados não podem ser
cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e
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despesas cujos fatos geradores ocorreram em exercícios anteriores àquele em que deva
ocorrer o pagamento.
obrigação;
• Restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como restos a pagar
cobra do ente público esse serviço, que só percebe seu erro em X2. Logo, é deve ser emitido um
empenho no elemento 92 – DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES, para liquidação e o devido
pagamento à empresa.
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SUPRIMENTO DE FUNDOS
O suprimento de fundos é caracterizado por ser um adiantamento de valores a um servidor para
futura prestação de contas. Esse adiantamento constitui despesa orçamentária, ou seja, para
também a incorporação de um ativo, que representa o direito de receber um bem ou serviço, objeto
do gasto a ser efetuado pelo suprido, ou a devolução do numerário adiantado.
processo normal de aplicação. O suprimento de fundos deve ser utilizado nos seguintes casos:
• Para atender a despesas eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais, que exijam
pronto pagamento;
• Quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento;
e
• Para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim de mais uma aula, futuro(a) contador(a)! Aula um tanto complexa à primeira vista,
mas com calma você consegue entender e acertar as questões que porventura vierem a cair na sua
prova.
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fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou seja, subordina-se aos
ditames da Lei”. Para o cumprimento desse princípio, o Poder Executivo deverá estabelecer o plano
b) da Legalidade.
c) da Exclusividade.
d) da Universalidade.
2. (INÉDITA) Julgue o item a seguir como CERTO ou ERRADO de acordo com os Princípios
Orçamentários descritos no MCASP 8ª edição.
De acordo com o princípio orçamentário da Unidade, a LOA de cada ente federado deverá conter
todas as receitas e despesas de todos os poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas
controle do orçamento público. Sobre o princípio que obriga o registro de receitas e despesas na
LOA pelo valor total e bruto, vedadas quaisquer deduções, assinale a alternativa correta.
a) Unidade
b) Totalidade
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c) Não-afetação
d) Orçamento bruto
e) Publicidade
4. (INÉDITA) Julgue o item abaixo como CERTO ou ERRADO de acordo com os princípios
orçamentários expostos no MCASP 8ª edição.
O princípio da Exclusividade estabelece que a LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, sem exceção.
Oficial, um ente da Federação, ao elaborar a Lei Orçamentária Anual, incluiu, no mesmo dispositivo
legal, autorização de créditos adicionais especiais e de descentralização de créditos. Essa prática
b) exclusividade;
c) orçamento bruto;
d) publicidade;
e) transparência.
6. (FAFIPA/Contador) A receita pública que não consta na Lei Orçamentária Anual e compreende
as entradas de caixa ou créditos de terceiros que o Estado tem a obrigação de devolução ou
recolhimento é a:
a) Receita orçamentária.
b) Receita extraorçamentária.
c) Receita Corrente.
d) Receita de Capital.
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a) Alienação de bens.
b) Operações de crédito por antecipação da receita.
c) Receita agropecuária.
d) Transferências correntes.
e) Amortização de empréstimos.
8. (VUNESP/Câmara Municipal de Poá) Assinale a alternativa correta que, nos termos da Lei nº
4.320/64, apresenta a classificação da receita nas categorias econômicas.
9. (INÉDITA) De acordo com a categoria econômica da receita, marque a alternativa abaixo que
indica uma receita de capital.
a) Receita patrimonial
b) Receita de serviços
e) Receita de tributos
10. (INÉDITA) De acordo com MCASP 8ª edição, qual das alternativas abaixo não faz parte da
classificação da receita orçamentária?
a) Categoria econômica
b) Modalidade
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c) Desdobramento
d) Tipo
e) Origem
11. (INÉDITA) De acordo o MCASP 8ª edição, marque, diante das alternativas abaixo, aquela que
NÃO faz parte as etapas da receita orçamentária.
a) Lançamento
b) Empenho
c) Arrecadação
d) Recolhimento
e) Previsão
quais deve seguir. Dentre essas etapas temos a da arrecadação que consiste na transferência dos
valores arrecadados à conta específica do Tesouro, responsável pela administração e controle da
classificadas como despesas de capital e despesas correntes. De acordo com a Lei nº 4.320/1964, as
dotações destinadas à aquisição de imóveis ou de bens de capital que estão em utilização devem
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b) no ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento
pendente, ou não, de implemento de condição.
e) na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo credito.
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3. D
4. ERRADO
5. B
6. B
7. B
8. A
9. C
10. B
11. B
12. ERRADO
13. C
14. E
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