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COMO ELABORAR E JULGAR A PLANILHA

DE FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO


COM A IN Nº 05/2017
Passo a passo da elaboração e
memorial de cálculo - Aspectos
trabalhistas, previdenciários e
tributários

08 a 12 de novembro de 2021
Agradecemos sua participação no Zênite Online “COMO ELA-
BORAR E JULGAR A PLANILHA DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017”, realizado de 08 a 12 de
novembro de 2021.

Este material, elaborado em conjunto com a equipe Zênite, reú-


ne o teor da exposição dos Professores Anadricea Vicente de
Almeida, Isis Chamma Doetzer e Reinaldo Luiz Lunelli, expres-
sando o entendimento sobre a temática abordada e as questões
polêmicas que serão tratadas durante o evento.

Esperamos que o conteúdo aqui exposto e os ensinamentos dos


Palestrantes contribuam para seu aperfeiçoamento profissional,
bem como para a resolução das dificuldades vividas no exercício
de sua atividade.

A revisão linguística do conteúdo desta apostila é realizada de acordo com a norma culta da Língua Por-
tuguesa. As citações doutrinárias, jurisprudenciais e legislativas são reproduzidas conforme o original. É
proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta apostila sem a permissão expressa da Zênite.

ZÊNITE EDITORA
SUMÁRIO

AULA 1

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO


JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A
PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017
SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

QUESTÃO 01.......................................................................................................10
Em quais modelos de contratação de serviços deve ser
elaborada a planilha de custos na etapa de planejamento?

QUESTÃO 02.......................................................................................................20
Quais planilhas devem instruir o processo nas
contratações de terceirização com dedicação exclusiva
de mão de obra?

QUESTÃO 03.......................................................................................................26
A Administração pode indicar no edital o sindicato a
que as licitantes devem ser filiadas para que todos
tenham como base um mesmo documento laboral na
formação de seus preços?
QUESTÃO 04.......................................................................................................37
Pode ser definido o salário dos empregados envolvidos
na prestação dos serviços acima do piso da categoria?

QUESTÃO 05.......................................................................................................47
É possível estabelecer em edital benefícios aos
empregados e seus valores?

QUESTÃO 06.......................................................................................................51
Qual a natureza dos custos que integram a composição
da planilha de custos e formação de preços? Quais
custos podem ser alterados pelo licitante e quais não
podem variar? Custos que decorrem de determinação
legal podem variar?

QUESTÃO 07.......................................................................................................70
Se, no momento do julgamento, o pregoeiro identifica
erros cometidos pelo licitante na elaboração de sua
planilha, qual procedimento deve ser adotado? Quais
as orientações e os limites para o saneamento de vícios
na planilha?
AULAS 2, 3 E 4
ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA
ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE
PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E
OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CONTEXTUALIZAÇÃO.....................................................82

ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE


PREÇOS.......................................................................................... 85

CONTA VINCULADA E O PROVISIONAMENTO DE VERBAS


TRABALHISTAS.............................................................................. 93

MÓDULO 1 – COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO.......................... 101

Salário-base.......................................................................................................101

Adicional de periculosidade .........................................................................132

Adicional de insalubridade............................................................................134

Adicional noturno............................................................................................141

Adicional de hora noturna reduzida............................................................141

Outros (especificar)..........................................................................................155
MÓDULO 2 – ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E
DIÁRIOS........................................................................................ 174

Submódulo 2.1 – 13º (décimo terceiro) salário, férias e adicional


de férias...............................................................................................................174

13º (décimo terceiro) salário.................................................................... 175

Férias e adicional de férias....................................................................... 177

Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários (GPS), Fundo de


Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições.............183

Submódulo 2.3 – Benefícios mensais e diários........................... 195

Transporte.................................................................................................... 195

Auxílio-refeição/alimentação.................................................................. 197

Assistência médica e familiar.................................................................. 200

Outros (especificar).................................................................................... 200

MÓDULO 3 – PROVISÃO PARA RESCISÃO..................................... 205

Aviso-prévio indenizado.................................................................................207

Incidência do FGTS sobre o aviso-prévio indenizado..............................210

Multa do FGTS e contribuição social sobre o aviso-prévio


indenizado.........................................................................................................211

Aviso-prévio trabalhado.................................................................................216
Incidência dos encargos do Submódulo 2.2 sobre o aviso-prévio
trabalhado..........................................................................................................217

Multa do FGTS e contribuição social sobre o aviso-prévio


trabalhado..........................................................................................................218

MÓDULO 4 – CUSTO DE REPOSIÇÃO DO PROFISSIONAL


AUSENTE...................................................................................... 221

Submódulo 4.1 – Substituto nas ausências legais...................................221

Substituto na cobertura de férias........................................................... 222

Substituto na cobertura de ausências legais....................................... 226

Substituto na cobertura de licença-paternidade............................... 229

Substituto na cobertura de ausência por acidente de trabalho..... 231

Substituto na cobertura de afastamento maternidade.................... 231

Substituto na cobertura de outras ausências (especificar).............. 231

Submódulo 4.2 – Substituto na intrajornada............................................254

Substituto na cobertura de Intervalo para repouso ou


alimentação........................................................................................254
AULA 5
ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA
DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A
ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA
TRABALHISTA

MÓDULO 5 – INSUMOS DIVERSOS............................................... 258

Uniformes...........................................................................................................257

Materiais.............................................................................................................257

Equipamentos...................................................................................................261

MÓDULO 6 – CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO................ 264

Custos indiretos................................................................................................265

Lucro....................................................................................................................269

Tributos...............................................................................................................273

C.1. Tributos Federais (especificar)......................................................... 281

C.2. Tributos Estaduais (especificar)....................................................... 283

C.3. - Tributos Municipais (especificar) ................................................. 285

MATERIAL COMPLEMENTAR
A compreensão da natureza dos custos que formam o preço
dos serviços como condição para o julgamento seguro da
planilha da IN nº 05/2017............................................................ 298
AULA 1

Aspectos pontuais do planejamento e


do julgamento da licitação relacionados
com a planilha de custos de acordo com
a IN nº 05/2017 Seges/MP – Principais
orientações do TCU

Professora:

Anadricea Vicente de Almeida


Advogada, consultora jurídica e pales-
trante na área de licitações e contratos.
Especialista em Direito Administrativo
pela Faculdade de Direito de Curitiba
e MBA em Gestão Estratégica de Em-
presas pela ISAE/FGV. Vice-Presidente
executiva da Zênite, integra a Supervi-
são do Serviço de Consultoria Zênite e a
Coordenação e Revisão Geral da Revista
ILC – Informativo de Licitações e Contra-
tos. Atualmente exerce o cargo de Vice-
-Presidente Executiva da Zênite. Autora
de diversos artigos jurídicos.
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

QUESTÃO 01

Em quais modelos de contratação de serviços


deve ser elaborada a planilha de custos na
etapa de planejamento?

MODELO DE
EXECUÇÃO DO CONTRATO

Prestação de serviços Prestação de serviços


SEM COM
dedicação exclusiva de dedicação exclusiva de
mão de obra mão de obra

CONTRATOS SEM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA

$
Inviabilidade de definir, de forma
precisa e detalhada, a composição de
custos de cada parcela

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

IN nº 40/2020
Art. 7º Com base no documento de formalização da demanda, as
seguintes informações deverão ser produzidas e registradas no
Sistema ETP digital:
[...]
VI - estimativa do valor da contratação, acompanhada dos preços uni-
tários referenciais, das memórias de cálculo e dos documentos que lhe
dão suporte, que poderão constar de anexo classificado, se a adminis-
tração optar por preservar o seu sigilo até a conclusão da licitação;

IN nº 05/2017
ANEXO V – DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSI-
CO (PB) OU TERMO DE REFERÊNCIA (TR)
2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de Refe-
rência ou Projeto Básico
[...]
2.9 Estimativa de preços e preços referenciais:
a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios de pre-
visão de preços referenciais realizados nos Estudos Preliminares;
ANEXO VII-D - MODELO DE PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO
DE PREÇOS
Nota 2: As provisões constantes desta planilha poderão ser des-
necessárias quando se tratar de determinados serviços que pres-
cindam da dedicação exclusiva dos trabalhadores da contratada
para com a Administração.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

CONTRATOS COM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA

CUSTO DA
MÃO DE OBA + CUSTO DOS
DEMAIS INSUMOS = $

IN nº 05/2017
ANEXO I - DEFINIÇÕES
XV - PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS: documento
a ser utilizado para detalhar os componentes de custo que inci-
dem na formação do preço dos serviços, podendo ser adequado
pela Administração em função das peculiaridades dos serviços a
que se destina, no caso de serviços continuados.
ANEXO V – DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSI-
CO (PB) OU TERMO DE REFERÊNCIA (TR)
2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de Refe-
rência ou Projeto Básico
[...]
2.9 Estimativa de preços e preços referenciais:
a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios de pre-
visão de preços referenciais realizados nos Estudos Preliminares;

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de


mão de obra, o custo estimado da contratação deve contemplar
o valor máximo global e mensal estabelecido em decorrência da
identificação dos elementos que compõem o preço dos serviços,
definidos da seguinte forma:
b.1. por meio do preenchimento da planilha de custos e formação
de preços, observados os custos dos itens referentes ao serviço,
podendo ser motivadamente dispensada naquelas contratações
em que a natureza do seu objeto torne inviável ou desnecessário
o detalhamento dos custos para aferição da exequibilidade dos
preços praticados;
b.2. por meio de fundamentada pesquisa dos preços praticados
no mercado em contratações similares; ou ainda por meio da
adoção de valores constantes de indicadores setoriais, tabelas de
fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas públicas ou ou-
tros equivalentes, se for o caso; e
ANEXO VII-A - DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
7.7. O modelo de planilha de custos e formação de preços previs-
to no Anexo VII-D desta Instrução Normativa deverá ser adaptado
às especificidades do serviço e às necessidades do órgão ou enti-
dade contratante, de modo a permitir a identificação de todos os
custos envolvidos na execução do serviço, e constituirá anexo do
ato convocatório a ser preenchido pelos proponentes;

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

ANEXO VII-D - MODELO DE PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO


DE PREÇOS
Nota 1: Esta tabela poderá ser adaptada às características do ser-
viço contratado, inclusive no que concerne às rubricas e suas res-
pectivas provisões e/ou estimativas, desde que haja justificativa.
Nota 2: As provisões constantes desta planilha poderão ser des-
necessárias quando se tratar de determinados serviços que pres-
cindam da dedicação exclusiva dos trabalhadores da contratada
para com a Administração.

Finalidades da planilha de custos e formação de preços:

Retratar a efetiva composição dos custos e


do preço do serviço pretendido

Servir como referência para avaliar a


previsão orçamentária

Auxiliar na definição dos critérios de


aceitabilidade das propostas que serão
empregados no julgamento da licitação

Subsidiar a análise da exequibilidade do preço


cotado pelo licitante

Subsidiar o acompanhamento e a fiscalização do


cumprimento dos encargos contratuais – prevenção
das responsabilidades trabalhista e previdenciária

6 Subsidiar a análise dos pedidos de


repactuação de preços

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 1.170/2018 – Plenário


Voto
33. Nos termos da jurisprudência selecionada deste Tribunal, “é
dever do gestor, mesmo nas contratações diretas por inexigibi-
lidade de licitação, elaborar orçamento detalhado em planilhas
que expressem a composição de todos os custos unitários do ob-
jeto a ser contratado, pois se trata de documento indispensável à
avaliação dos preços propostos (art. 7º, § 2º, inciso II, e § 9º, c/c o
art. 26, inciso III, da Lei 8.666/1993)” (Acórdão 3.289/2014 – Plená-
rio – Relator: Ministro Walton Alencar Rodrigues).
34. Foi juntado ao processo licitatório, apenas o “quadro compa-
rativo, referente à cotação de preços” (peça 113, pp. 24-25), com
o valor médio global, que foi indicado, no edital de concorrência,
como o estimado para a contratação. Não foi elaborada planilha
com o orçamento dos custos unitários, contrariando o disposto
na Lei 8.666/1993, art. 7º, § 2º, inciso II; e art. 40, inciso X, e § 2º, in-
ciso II, e incorrendo, ainda, em descumprimento a determinação
do TCU exarada no Acórdão 158/2008 – Plenário, de 14/2/2008,
itens 9.2 e 9.2.4.
35. Os dispositivos legais indicados, bem como a determinação do
TCU, não são mera formalidade, eles têm o objetivo de avaliar se
o preço orçado é aceitável. Nesse sentido é o seguinte enunciado
da jurisprudência selecionada “é irregular a ausência da compo-
sição de todos os custos unitários estimados pela Administração

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

para execução de serviços a serem contratados, pois impossibilita


que se conheçam os critérios utilizados para a formação do pre-
ço admissível” (Acórdão 2.823/2012 – Plenário – Relator: Ministro
José Jorge).
(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 23/05/2018)

TCU – Acórdão nº 1.094/2018 – Plenário


Relatório
130. Em que pese as informações prestadas por meio do Ofício
542/2017/GR, de 30/11/2017 (peça 41), não há nos autos plani-
lha estimativa de custos e formação de preços que indiquem a
composição dos valores de aceitabilidade definidos no Termo de
Referência (peça 14, p. 122-125), ferindo, portanto, os normativos
que regem a matéria. Note-se que a IN MP 2/2008 foi revogada
pela IN MP 5/2017, a qual também estabelece a necessidade de
que o termo de referência ou projeto básico contenha estimativas
detalhadas dos preços (art. 30, inciso X, da IN MP 5/2017).
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 16/05/2018)

TCU – Acórdão nº 50/2012 – Primeira Câmara


1.7. Recomendar:
1.7.1. à [...], com fundamento no art. 250, inicio III, do Regimento
Interno/TCU, que observe e aplique, na elaboração de editais para
contratação de serviços continuados, os preceitos e modelos de
planilhas de custos e formação de preços previstos na IN/MPOG

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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nº 2/2008, alterada pelas IN/MPOG nºs 3, 4 e 5/2009, bem como


pela Portaria MPOG nº 7/2011;
(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 24/01/2012)

TCU – Acórdão nº 604/2009 – Plenário


Acórdão
9.2.2. com base no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do
TCU, nos futuros procedimentos licitatórios realizado pelo órgão:
[...]
9.2.2.5. estime os custos previstos para as contratações, publican-
do-os no Projeto Básico ou no Termo de Referência, por meio da
planilha de custos e formação de preços, conforme disposto no
art. 15, inciso XII, alínea “a”, da Instrução Normativa SLTI/MPOG
02/2008, c/c art. 7º, § 2º, inciso II, da Lei 8.666/93;
(Relator: Augusto Sherman Cavalcanti; Data do Julgamento: 01/04/2009)

TCU – Acórdão nº 2.444/2008 – Plenário


Relatório
4.6.5. Análise: Pelo que se depreende das afirmações do CITEx,
as estimativas de preços foram anexadas ao processo licitatório,
conforme cópias de fls. 400-467. Todavia, essa documentação não
corresponde ao orçamento detalhado em planilhas a que alude
o art. 7º, § 2º, inciso II, da Lei 8.666/1993. Trata-se de estimativas
fornecidas por várias empresas, cada qual com seu valor. Na reali-
dade, deveria a Administração compilar tais dados e confeccionar

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seu próprio orçamento, o que não restou comprovado no caso em


apreço.
[...]
Acórdão
9.9.4. determinar ao [...] que:
[...]
9.4.2. faça constar dos futuros processos licitatórios o orçamento
detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os
seus custos unitários, a fim de dar cumprimento ao art. 7º, § 2º,
inciso II, da Lei 8.666/1993;
(Relator: Augusto Sherman Cavalcanti; Data do Julgamento: 05/11/2008)

TCU – Acórdão nº 658/2011 – Primeira Câmara


1.5. Recomendar à [...] que adote em suas licitações para a contra-
tação de serviços, continuados ou não, a utilização de planilhas
de composição detalhada de todos os custos diretos e indiretos
envolvidos na prestação dos serviços, nos moldes do modelo pre-
visto na Instrução Normativa nº 2 da Secretaria de Logística e Tec-
nologia da Informação do MPOG, com vistas a dispor de parâme-
tros mais confiáveis para futuras negociações de preço visando
à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 08/02/2011)

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ATENÇÃO
Mas, então, quando
NOS CONTRATOS COM DEDICAÇÃO realizar pesquisa de
EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA: preços?
Principal referência para definir os valores
estimado e máximo é a planilha que será
elaborada pela Administração e comporá o
termo de referência.

Custos cuja referência é mercado, como materiais, insumos, custos


indiretos e lucro

Pode ser realizada pesquisa de valores globais praticados no


mercado ➦ permite validar os valores globais da planilha da
Administração

! Na avaliação dos valores globais:

cuidado com a descrição dos serviços: jornada, quantidade de


postos, unidade de medida;
cuidado com o local da prestação do serviço.

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QUESTÃO 02
Quais planilhas devem instruir o processo nas contratações de terceirização com
dedicação exclusiva de mão de obra?

AS PLANILHAS DE PREÇOS DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO

PLANILHA FUNDAMENTO FINALIDADE


D Principal instrumento para a definição dos preços
Planilha 1 – Elaborada pela
Anexo V, Item 2.9, estimado e máximo (critérios de aceitabilidade da
Administração na fase de
da IN nº 05/2017 proposta).
planejamento da licitação.
D Auxilia na avaliação em torno da previsão orçamentária.
Planilha 2 – Modelo anexo ao Anexo VII-A, Itens
edital a ser preenchido pelos 6.3 e 7.6, da IN nº D Modelo para preenchimento pelos licitantes na licitação.
licitantes. 05/2017
Planilha 3 – Preenchida pelo D Demonstra custos e formação dos preços dos licitantes.
licitante vencedor e que Anexo VII-A, Itens
D Instrumento para análise da exequibilidade do preço.
retrata a formação de sua 7.6 e 7.7, da IN nº
proposta, com quantitativos e 05/2017 D Auxilia nos processos de repactuação e alterações
custos unitários. contratuais.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

1ª Planilha – Preenchida pela Administração

IN nº 05/2017
ANEXO V - DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSI-
CO (PB) OU TERMO DE REFERÊNCIA (TR)
2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de Refe-
rência ou Projeto Básico:
[...]
2.9 Estimativa de preços e preços referenciais:
a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios de pre-
visão de preços referenciais realizados nos Estudos Preliminares;
b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de
mão de obra, o custo estimado da contratação deve contemplar
o valor máximo global e mensal estabelecido em decorrência da
identificação dos elementos que compõem o preço dos serviços,
definidos da seguinte forma:
b.1. por meio do preenchimento da planilha de custos e for-
mação de preços, observados os custos dos itens referentes ao
serviço, podendo ser motivadamente dispensada naquelas con-
tratações em que a natureza do seu objeto torne inviável ou des-
necessário o detalhamento dos custos para aferição da exequibi-
lidade dos preços praticados;
b.2. por meio de fundamentada pesquisa dos preços praticados
no mercado em contratações similares; ou ainda por meio da
adoção de valores constantes de indicadores setoriais, tabelas de
fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas públicas ou ou-
tros equivalentes, se for o caso; e (Grifo nosso)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

2ª Planilha – Modelo do edital a ser preenchido pelos licitantes

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A - DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
6. Da proposta:
[...]
6.3. Quando se tratar de serviços com fornecimento de mão de
obra exclusiva, o modelo de planilha de custos e formação de
preços, Anexo VII-D, constituirá anexo do ato convocatório e de-
verá ser preenchido pelos proponentes para análise da exequibi-
lidade prevista do subitem 7.6 deste Anexo;
[...]
7. Da aceitabilidade da proposta vencedora:
[...]
7.7. O modelo de planilha de custos e formação de preços pre-
visto no Anexo VII-D desta Instrução Normativa deverá ser adap-
tado às especificidades do serviço e às necessidades do órgão
ou entidade contratante, de modo a permitir a identificação de
todos os custos envolvidos na execução do serviço, e constituirá
anexo do ato convocatório a ser preenchido pelos proponentes;
(Grifo nosso)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

3ª Planilha – Preenchida pelos licitantes (proposta)

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A - DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
6. Da proposta:
6.3. Quando se tratar de serviços com fornecimento de mão de
obra exclusiva, o modelo de planilha de custos e formação de
preços, Anexo VII-D, constituirá anexo do ato convocatório e de-
verá ser preenchido pelos proponentes para análise da exequi-
bilidade prevista do subitem 7.6 deste Anexo;
[...]
7. Da aceitabilidade da proposta vencedora:
[...]
7.6. A análise da exequibilidade da proposta de preços nos servi-
ços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra deverá
ser realizada com o auxílio da planilha de custos e formação de
preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua proposta
final;
7.7. O modelo de planilha de custos e formação de preços previsto
no Anexo VII-D desta Instrução Normativa deverá ser adaptado às
especificidades do serviço e às necessidades do órgão ou entidade
contratante, de modo a permitir a identificação de todos os cus-
tos envolvidos na execução do serviço, e constituirá anexo do ato
convocatório a ser preenchido pelos proponentes; (Grifo nosso)

23
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

ATENÇÃO
A Administração precisará contar com agentes
qualificados na elaboração de orçamentos e
levantamentos de preços estimados
(= ORÇAMENTISTA).

A composição de custos e a formação de preços devem


retratar a realidade de cada empresa. A Planilha 1,
elaborada pela Administração, serve para orientar os
licitantes na formação de suas propostas, bem como a
Administração quando do julgamento. A Planilha 1 não
deve engessar/vincular a elaboração das planilhas pelos
licitantes; será referência para a formação dos preços e
para o julgamento pela Administração.

Nesse contexto, é preciso conhecer a lógica da planilha


de custos e da formação dos preços, com especial
atenção para a estrutura e composição dos módulos e
submódulos trazidos pela IN nº 05/2017. É
fundamental a razoabilidade dos cálculos que
envolvem essa construção, o que justifica a
necessidade de conhecimento dos institutos
trabalhistas, previdenciários e tributários essenciais
para desenvolver os cálculos efetuados nas planilhas,
bem como para analisar a realidade do contrato e os
frequentes problemas a serem enfrentados.

24
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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03
02 Planilha 1
X

Planilha 1 deve
Regimes
tributários
Planilha 1
X
Dados estatísticos –
04
ter memorial de A IN nº 05/2017
cálculo objetivo reforça a
necessidade de
dados

01 05
históricos

EM RESUMO
Planilha 1 não Planilha 1
engessa X
Planilha 3

25
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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QUESTÃO 03

A Administração pode indicar no edital o


sindicato a que as licitantes devem ser filiadas
para que todos tenham como base um mesmo
documento laboral na formação de seus preços?

Contratação de serviços COM


dedicação exclusiva de mão de obra

Maior parcela dos custos:


mão de obra

Documento laboral da categoria: define


direitos e obrigações que formam a grande
parcela dos custos da mão de obra

Então, é fundamental conhecer o documen-


to laboral que rege a categoria para planejar
a contratação e elaborar a planilha, julgar o
pregão, fiscalizar e gerir o contrato.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Decreto nº 9.507/2018
Art. 9º Os contratos de prestação de serviços continuados que
envolvam disponibilização de pessoal da contratada de forma
prolongada ou contínua para consecução do objeto contratual
exigirão:
[...]
II - o cumprimento das obrigações estabelecidas em acordo, con-
venção, dissídio coletivo de trabalho ou equivalentes das catego-
rias abrangidas pelo contrato; e

VEDAÇÃO À DETERMINAÇÃO DO SINDICATO NO EDITAL

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
7. Da aceitabilidade da proposta vencedora:
[...]
7.11. É vedado ao órgão ou entidade contratante exercer inge-
rências na formação de preços privados por meio da proibição de
inserção de custos ou exigência de custos mínimos que não es-
tejam diretamente relacionados à exequibilidade dos serviços e
materiais ou decorram de encargos legais.
6. Da proposta:
6.2. As disposições para apresentação das propostas deverão pre-
ver que estas sejam apresentadas de forma clara e objetiva, este-

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jam em conformidade com o ato convocatório, preferencialmente


na forma do modelo previsto Anexo VII-C, e contenham todos os
elementos que influenciam no valor final da contratação, deta-
lhando, quando for o caso:
[...]
c) a indicação dos sindicatos, Acordos, Convenções ou Dissídios
Coletivos de Trabalho que regem as categorias profissionais que
executarão o serviço e as respectivas datas-bases e vigências, com
base na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO);

Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 1.097/2019 – Plenário


Voto
11. Discute-se, inicialmente, a possibilidade de utilização por li-
citantes, na elaboração de suas propostas, de norma coletiva do
trabalho diversa daquela utilizada pelo órgão ou entidade licitan-
te para a elaboração do orçamento estimado da contratação. Esse
foi um dos motivos de desclassificação da representante.
12. O objeto da licitação envolveu a prestação de serviços, com
dedicação exclusiva de mão de obra, com alocação de postos de
trabalho de Apoio Administrativo Níveis I e II e Coordenador Ad-
ministrativo.
13. A RCS Tecnologia Ltda. formulou sua proposta com base em
CCT celebrada entre o Sindicato Interestadual dos Trabalhadores

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nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos e


Eletrônicos do DF, GO e TO e o Sindicato das Indústrias Metalúrgi-
cas, Mecânicas e de Materiais Elétricos e Eletrônicos do DF, tendo
em vista que o ramo de instalações e manutenção elétrica seria
sua atividade econômica preponderante.
14. O instrumento convocatório não fixou ou exigiu, como real-
mente não o poderia, a CCT a ser utilizada cogentemente pelos
licitantes na formação de seus preços. O edital informa quais con-
venções coletivas foram utilizadas para fins de orçamentação, res-
salvando, até mesmo, que não seria obrigatória a utilização dessas
pelos licitantes (itens 7.2.3.2.1 e 7.3 do edital).
15. Não obstante, o pregoeiro desclassificou a proposta da empresa
sob o argumento da inaplicabilidade da CCT por ela adotada. Para
a ANTT, a aceitação da proposta representaria sérios riscos de res-
ponsabilização subsidiária da Administração, por culpa in elegendo
e que feriria o princípio da isonomia, pois das 4 empresas convoca-
das na fase de comprovação da habilitação apenas a RCS teria utili-
zado CCT diversa da celebrada entre o SEAC-DF e o SINDSERVIÇOS,
o que consistiria em vantagem na composição de custos.
16. A decisão do pregoeiro não encontra amparo nas normas de
regência do certame tampouco na legislação do pregão, confor-
me análise abaixo.
[...]
19. Por óbvio, a própria Administração, ao planejar a contratação
e elaborar o orçamento estimado, deve também identificar, me-
diante pesquisa de mercado, e adotar a norma coletiva de traba-

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lho da qual extrairá as informações quanto a direitos e benefícios


devidos aos trabalhadores cujas categorias serão empregadas na
execução dos serviços. Essa obrigação decorre de desdobramen-
tos inerentes à licitação e à contratação desses serviços, a destacar:
elaborar a planilha do orçamento estimado; verificar se o licitante
apresentou salário inferior ao salário normativo fixado pela CCT a
cuja observância está obrigada; auxiliar na fiscalização contratual
e minimizar riscos de futuras demandas trabalhistas; bem como
servir de parâmetros para eventuais repactuações contratuais.
20. No caso concreto, a questão reside, então, em identificar qual
CCT deveria ser utilizada na formação dos preços pelos propo-
nentes: se aquela pactuada por entidade sindical representativa
do segmento do negócio vinculado à atividade econômica pre-
ponderante do licitante; ou aquela efetuada por sindicato que
melhor representa a categoria profissional objeto da contratação.
Das manifestações constantes dos autos, identificam-se correntes
interpretativas distintas.
21. Uma no sentido de que o sistema sindical vigente prevê o en-
quadramento sindical com base na atividade econômica prepon-
derante do empregador, no caso aquela que ocupa maior espaço
em seu empreendimento e não pela função do empregado, con-
forme os artigos 570, 577 e 581, § 2º, da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) e do art. 8º, inciso II, da Constituição Federal,
argumento defendido pela representante.
22. A outra, defendida pelo pregoeiro, é no sentido de que, nas
empresas prestadoras de serviços com locação de mão de obra,
não há uma definição clara da atividade preponderante, pois, por

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vezes, a empresa fornece mão de obra nos mais variados setores


da atividade produtiva, como, por exemplo, apoio administrativo,
limpeza, brigadista, entre outros. Nesse sentido, aplicar-se-ia em
cada contratação a convenção coletiva dirigida especificamente a
esses empregados.
23. Embora a matéria possa ser objeto de alguma controvérsia ou até
mesmo de certa confusão por parte de compradores públicos, o en-
quadramento sindical no Brasil é matéria de ordem pública e decorre
de previsão legal, sendo definido, via de regra, pela atividade econô-
mica preponderante do empregador e não em função da atividade
desenvolvida pelo empregado, nos termos dos normativos acima ci-
tados e do § 2º do art. 511 da CLT, que reproduzo:
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coorde-
nação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos
os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalha-
dores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectiva-
mente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profis-
sões similares ou conexas.
[...]
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou tra-
balho em comum, em situação de emprego na mesma atividade
econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas,
compõe a expressão social elementar compreendida como cate-
goria profissional. (destaquei)
24. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho vai na li-
nha de que o enquadramento sindical do trabalhador é definido

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pela atividade econômica preponderante do empregador. Veja-


-se, para ilustrar, a ementa a seguir do julgado no AIRR - 11390-
49.2016.5.15.0038, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello
Filho, Data de Julgamento: 3/4/2019, 7ª Turma, Data de Publica-
ção: DEJT 05/04/2019 (destaquei):
“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - INSTRU-
ÇÃO NORMATIVA N° 40 DO TST - ENQUADRAMENTO SINDICAL -
ATIVIDADE PREPONDERANTE DA EMPRESA. Nos termos do art.
511, § 1º, da CLT, o enquadramento sindical do empregado, no
Direito do Trabalho brasileiro, é realizado em função da ativida-
de econômica preponderante do empregador, tendo em vista a
base territorial da prestação dos serviços. No caso, o Tribunal de
origem verificou que a reclamada não é entidade beneficente ou
filantrópica, sendo inaplicáveis as normas coletivas indicadas pela
autora. Agravo de instrumento desprovido.”
25. Depreende-se então que um empregador não pode ser obri-
gado a observar uma norma coletiva do trabalho de cuja forma-
ção não tenha participado, seja diretamente (acordo coletivo) ou
por sua entidade de classe (convenção coletiva).
26. Ainda que se empreguem trabalhadores integrantes de cate-
gorias profissionais diferenciadas na execução dos serviços, cujo
conceito é dado pelo § 3º do art. 511 da CLT, a norma coletiva a ser
aplicada e observada pelo empregador é aquela pactuada pelo
órgão de classe que o representa. Esse é o teor da Súmula 374 do
TST que enuncia que “o empregado integrante de categoria pro-
fissional diferenciada não tem o direito de haver de seu emprega-

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dor vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a em-


presa não foi representada por órgão de classe de sua categoria”.
27. Assim, como já dito acima, o enquadramento sindical de uma
empresa, mesmo para aquelas que prestam serviços diversos
mediante cessão da mão de obra, é definido por sua atividade
econômica preponderante e não para cada uma das categorias
profissionais empregadas na prestação de serviços.
28. Da praxe em contratações dessa natureza, não é incomum si-
tuações assemelhadas à discutida nestes autos. Por vezes, com o
intuito de supostamente limitar condições remuneratórias outras
que não aquelas definidas como satisfatórias pelo promotor do
certame, compradores públicos adotam o entendimento de que
prevaleceria o enquadramento sindical mais favorável ao empre-
gado – adotando normas coletivas que contemplam direitos, be-
nefícios e vantagens comparativamente mais onerosas. Tal prá-
tica não deve ocorrer, pois, reitera-se, o enquadramento sindical
dá-se por aplicação pelo critério legalmente aceito, qual seja, em
função da atividade econômica preponderante da empresa e não
por imposição de terceiros, muito menos por conta de licitações
públicas.
29. Feito esse registro necessário, conclui-se que, conforme ex-
posto anteriormente, a desclassificação da empresa RCS por ter
oferecido proposta de preços fundada em norma coletiva diversa
da adotada pela Agência foi irregular.
[...]

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Acórdão
9.3. dar ciência à Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), com fundamento no art. 7º da Resolução – TCU 265/2014,
sobre as seguintes impropriedades/falhas, identificadas no Pre-
gão Eletrônico 30/2018, que resultaram na desclassificação inde-
vida de licitante, para que sejam adotadas medidas internas com
vistas à prevenção de ocorrências semelhantes:
9.3.1. utilização na planilha de formação de preços de norma co-
letiva do trabalho diversa da utilizada pela Agência para a ela-
boração do orçamento estimado da contratação, tendo em vista
que o enquadramento sindical é aquele relacionado à atividade
principal da empresa licitante e não da categoria profissional a ser
contratada, em atenção aos artigos 570, 577 e 581, § 2º da CLT e
ao art. 8º, II, da Constituição Federal;
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 15/05/2019)

TCU – Acórdão nº 369/2012 – Primeira Câmara


1.7. Recomendar à [...] que:
1.7.1. abstenha-se de indicar, em suas licitações, o acordo ou con-
venção coletiva de trabalho que deverá ser respeitado, não dei-
xando de exigir, de todo modo, que as convenções coletivas sejam
cumpridas pelos licitantes e/ou contratantes, conforme jurispru-
dência desta Corte de Contas e do Tribunal Superior do Trabalho;
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 31/01/2012)

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TCU – Acórdão nº 2.637/2015 – Plenário


Acórdão
9.3. [...], para que sejam adotadas medidas internas com vistas à
prevenção de ocorrências semelhantes:
[...]
9.3.4. aplicação da Convenção Coletiva de Trabalho pactuada entre
o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, Ser-
viços de Informática e Similares do Estado do Ceará (SINDPD-CE)
e o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do
Ceará (SEAC-CE), quando da avaliação da proposta da [...], muito
embora a empresa, devido a sua atividade econômica preponde-
rante, não se vincular a esse último sindicato, mas ao Sindicato
das Empresas de Informática, Telecomunicações e Automação do
Ceará (SEITAC), conforme as regras estabelecidas nos artigos 511,
570 e seguintes do Decreto-Lei 5.452/1943 (Consolidação das Leis
do Trabalho), o que infringiu o princípio da legalidade, nos termos
do art. 3º, caput, da Lei 8.666/1993;
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 21/10/2015)

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BOAS PRÁTICAS
Prever expressamente no edital que, na elaboração
da Planilha 1, a Administração considerou o
Sindicato X, mais específico quanto às
atividades/categorias envolvidas na prestação do
serviço.

Caso o licitante esteja vinculado a outro sindicato, deve


elaborar sua Planilha 3 de acordo com este, indicando
em sua proposta essa realidade e o sindicato ao qual
está vinculado, para que a Administração tenha
condições de fazer a análise de exequibilidade de sua
planilha.

Em caso de dúvida sobre o enquadramento sindical e a


composição da planilha, a Administração realizará
diligências, cabendo ao licitante demonstrar a
adequação de sua oferta.

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QUESTÃO 04

Pode ser definido o salário dos empregados


envolvidos na prestação dos serviços acima do
piso da categoria?

IN nº 05/2017
ANEXO I - DEFINIÇÕES
XXII - SALÁRIO: valor a ser efetivamente pago ao profissional en-
volvido diretamente na execução contratual, não podendo ser in-
ferior ao estabelecido em Acordo ou Convenção Coletiva, Senten-
ça Normativa ou lei. Quando da inexistência destes, o valor poderá
ser aquele praticado no mercado ou apurado em publicações ou
pesquisas setoriais para a categoria profissional correspondente.

IN nº 05/2017
Art. 5º É vedado à Administração ou aos seus servidores praticar
atos de ingerência na administração da contratada, a exemplo de:
[...]
VI - definir o valor da remuneração dos trabalhadores da empre-
sa contratada para prestar os serviços, salvo nos casos específicos
em que se necessitam de profissionais com habilitação/experiên-
cia superior a daqueles que, no mercado, são remunerados pelo
piso salarial da categoria, desde que justificadamente; e
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DEFINIÇÃO DO SALÁRIO PELA


ADMINISTRAÇÃO

REGRA EXCEÇÃO

Impossibilidade de Possibilidade de definir piso em edital


definir piso em edital acima da CCT em casos específicos para os
acima da CCT quais sejam necessários profissionais com
habilitação/experiência superior aos
daqueles que, no mercado, são
remunerados pelo piso salarial da categoria,
desde que justificadamente
Cautela na realização da pesquisa e da
motivação do piso que será fixado no edital.
(Nesse sentido, ver Acórdão nº 1.479/2020 -
Plenário e Acórdão n° 3.140/2020 - Primeira
Câmara, ambos do TCU)

Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 2.799/2017 – Primeira Câmara


Voto
11. No tocante à ocorrência 1, a jurisprudência do TCU é no sentido
de que a regra é a vedação de fixação de piso salarial mínimo para
as contratações de serviços. Entretanto, existem vários preceden-
tes que admitem a flexibilização de tal regra em situações especí-
ficas (p.ex., Acórdãos 256/2005, 290/2006, 1.327/2006, 332/2010,
1.584/2010 e 189/2011, todos do Plenário).

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12. No presente caso, os gestores alegam que o piso salarial mí-


nimo superior à convenção teria sido fixado com vistas a garantir
o desenvolvimento de serviços com a qualidade necessária e que
teria levado em conta a contratação anterior. A reitora, [...], inclu-
sive reafirma que “o ato praticado foi INTENCIONAL realizado com
CONVICÇÃO da legalidade” e com suposto respaldo em decisões
do TCU.
13. Contudo, conforme exposto pela Secex-AM, deixou-se de de-
monstrar a superioridade da mão-de-obra contratada, bem como
as especificidades da [...] que justificassem a alegada maior quali-
ficação dos terceirizados contratados para o desempenho de ati-
vidades rotineiras: atendimento ao público, expedição de docu-
mentos, tramitação de papeis, telefonista, entre outras.
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 09/05/2017)

TCU – Acórdão nº 1.097/2019 – Plenário


Voto
44. Feita essa singela introdução, passo, então, à análise da fixa-
ção de salário para serviços terceirizados em atos convocatórios
de licitações.
45. Embora aceita em algumas situações, até mesmo pela juris-
prudência deste Tribunal, essa prática não se amolda perfeita-
mente ao art. 40, X, da Lei 8.666/1993, o qual dispõe que o edital
indicará o critério de aceitabilidade de preços unitário e global,
conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e veda-
dos a fixação de preços mínimos.

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46. De uma forma geral, a jurisprudência e a doutrina admitem


essa prática em casos excepcionais. Para tanto, é essencial a as-
sunção de dois requisitos: i) a justificativa de que os serviços de-
mandem, por suas características e particularidades, demons-
tradas tecnicamente, a execução por profissional com nível de
qualificação acima da média, comprovável objetivamente por
exame de documentos exigidos no ato convocatório, a justificar
a percepção de salários acima do piso da categoria profissional; e
ii) a devida pesquisa de preços, que demonstre a compatibilidade
com os preços de mercado, pelo menos para contratações simila-
res, ou seja, que se demonstre que no mercado exista tal distinção
salarial em função da qualificação do trabalhador.
47. Como exceção, a fixação de salários não pode se embasar em
justificativas genéricas ou simplórias. Ao contrário, essa estipula-
ção deve ser alicerçada em robustos estudos antes da sua adoção,
demonstrando que a medida seria primordial e imprescindível
para o interesse público ali envolvido.
48. A IN 5/2017 admite, em caráter excepcional, a fixação de salá-
rios acima do piso, desde que justificadamente, para casos espe-
cíficos em que se necessita de profissionais com habilitação/ex-
periência superior à daqueles, que, no mercado, são remunerados
pelo piso salarial da categoria (art. 5º, VI).
49. Por óbvio, a fixação de salários não deve ocorrer em contratos
nos quais tenha sido pactuada a medição e pagamento por resul-
tado objetivamente aferível ou níveis de serviço, pois são institu-
tos incompatíveis.

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50. A fixação de salários, sob outro ângulo, revela-se medida con-


traditória. De um lado a Administração busca maior eficiência e
produtividade; de outro, fixa previamente aos níveis de salários
a serem praticados pelo fornecedor. Essa modelagem é incon-
gruente. Questiona-se: como incentivar a performance, o resulta-
do, que legitima e determina a remuneração devida ao fornece-
dor contratado, se a própria Administração fixa os salários a serem
praticados e, com agravante, acima do piso da categoria?
51. Nessa linha, a remuneração por posto de serviço com salário
fixado não traz, em geral, grande preocupação por parte da em-
presa contratada em otimizar os resultados e a qualidade do que
está sendo prestado. Para ela, quanto mais postos de serviços, em
tese, maior o lucro.
52. Outra consequência sensível da fixação de salários, pela Admi-
nistração, em contratos com dedicação exclusiva de mão de obra
é o aumento da pessoalidade na escolha e continuidade do labor,
chegando à quase “perpetuação” de terceirizados em alguns entes.
Ao fixar os salários, os contratantes sinalizam a continuidade dos
contratos de trabalho aos terceirizados que lá estão nos mesmos
níveis remuneratórios que sempre receberam. Isso acontece devi-
do à suposta impossibilidade de redução salarial de empregados,
preservada pela fixação dos salários, que, via de regra, não serão
inferiores aos que estariam vigentes no contrato a ser substituído.
53. Ou seja, induz-se a uma perpetuação dessa prática nos con-
tratos subsequentes, pois é razoável supor que alguns gestores
almejem, com as terceirizações, a manutenção da equipe de tra-
balhadores que executam as atividades, por evidente quando os

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serviços estão sendo prestados a contento, mediante a contrata-


ção desses pela empresa vencedora do certame. Dessa forma, não
haveria custo de capacitar novos colaboradores, especialmente
em massa, como ocorreria na eventual mudança de todos os tra-
balhadores.
54. Não é uma questão somente de estabelecer padrões compa-
tíveis com eventuais demandas dos serviços, mas, sim, de asse-
gurar aos atuais terceirizados a não redução salarial, caso sejam
contratados por um licitante que venha a oferecer proposta mais
econômica para a Administração em certame subsequente.
[...]
58. Não excluo a possibilidade, por um lado, de que haja ganhos
com a manutenção de terceirizados, pois há, em geral, custos de
reposição quando da rotação de trabalhadores, especialmente
com treinamento e qualificação em algumas atividades inerentes
a determinado órgão ou entidade. No entanto, a fixação de salário
não pode gerar “grupos ou categorias” diferenciadas de terceiri-
zados em determinados órgãos ou para determinadas atividades
em detrimento de contratos que deveriam ser regidos, notada-
mente, pelos valores de mercado alcançados mediante disputa
aberta em pregões eletrônicos, sem fixação de piso salarial.
59. Um dos argumentos invocados para a defesa em favor do paga-
mento por postos de serviços com salário mínimo fixado pela Admi-
nistração é a suposta segurança ao se afastar o risco de selecionar
colaboradores com capacitação inferior à necessária. Ora, isto não é
uma verdade absoluta, que tenha sido, até o momento, demonstra-

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

da objetivamente. Embora não haja muita dúvida de que certos pa-


tamares salariais sejam mais importantes para algumas atividades,
especialmente para aquelas especiais em que se admita a fixação de
salário, em geral, o balizador para tanto deveria ser o comportamen-
to usual de mercado e não a Administração Pública contratante.
60. Em nenhum momento abro qualquer margem de entendi-
mento de que se pretenda com esta discussão precarizar os servi-
ços ou incentivar o aviltamento salarial de terceirizados nas con-
tratações de serviços promovidas pela Administração Pública. O
que não se admite é a Administração Pública criar artificialmente
um “status” salarial privilegiado em alguns órgãos ou atividades
sem que restem evidentes e transparentes as justificativas, os cri-
térios, a oportunidade e os salários pesquisados, equilibrando,
por óbvio, as necessidades e o interesse público com as práticas
de mercado.
61. A Administração Pública é a maior contratante individual de
serviços terceirizados no Brasil e tem papel fundamental no equi-
líbrio desse segmento de mercado, interna e externamente. A or-
dem e tendência atuais são no sentido de que as práticas do setor
público se amoldem e se aproximem cada vez mais daquelas pra-
ticadas no setor privado.
[...]
68. Mesmo que a fixação de salários seja ainda exceção na Admi-
nistração Pública quando se fala em terceirização de mão de obra,
essa prática vem crescendo. Há uma forte preocupação de que,
com a aprovação de uma lei para disciplinar as terceirizações, com

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

a redução de concursos públicos e escassez de alguns setores no


que tange a algumas categorias profissionais, a terceirização na
Administração Pública venha a aumentar significantemente, o
que demandará cuidados dos órgãos reguladores, executores e
de controle no sentido de acompanhar tais gastos.
69. Nesse sentido, mesmo não sendo a matéria aqui tratada ob-
jeto de uma ação macro no âmbito da Administração por falta
de maiores dados, proponho que a deliberação seja encaminhada
para o Ministério da Economia, em especial para a Secretaria de
Gestão, na qualidade de órgão governante superior na área de
contratações públicas, no sentido de que essa Secretaria Minis-
terial tome ciência das ponderações que a integram, com vistas a
subsidiar eventuais trabalhos quanto à normatização e à orienta-
ção das unidades do Sisg quanto à prática de fixação de salários
ou no estabelecimento de diretrizes para nortear objetivamente
a possibilidade de tal excepcional prática.
70. Para o caso que ora se aprecia, entendo que a fixação de sa-
lários, bem como a própria modelagem da contratação, deva ser
objeto de maiores e aprofundadas análises na fase de planeja-
mento da licitação, em especial nos estudos técnicos prelimina-
res que embasam a elaboração do termo de referência, tendo em
vista o encaminhamento pela não renovação do contrato vigente.
[...]
Acórdão
9.2. determinar à Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), com fundamento no art. 250, inciso II, do Regimento In-

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terno/TCU, que somente prorrogue o Contrato 32/2018, celebra-


do com a empresa Plansul Planejamento e Consultoria – EIRELI
pelo prazo necessário para a realização de novo certame, caso ne-
cessária a continuidade dos serviços, e que adote, nesse caso, as
providências para assegurar a realização tempestiva de processo
licitatório, atentando para que os seguintes quesitos sejam ana-
lisados quando da realização dos estudos técnicos preliminares
referentes à fase de planejamento da licitação:
[...]
9.2.2.1. a necessidade de fixação de salários em valores superio-
res aos pisos estabelecidos em Convenções Coletivas de Trabalho,
fundamentada em estudos e pesquisas de mercado que conside-
rem objetivamente a complexidade das atividades e as aptidões
necessárias para seus exercícios; (Grifo nosso)
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 15/05/2019)

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DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017


Planejamento Julgamento – Valor
– Base para Edital – Disciplina aceitável para efeito de
estimativa do custo exequibilidade da proposta
REGRA: Vedação de criação no edital de piso salarial mínimo para as contratações de serviços.
Piso da categoria, Exigência de observância,
Categoria COM piso No mínimo, o piso da
mercado, outros no mínimo, do piso da
previsto em CCT categoria definido na CCT
contratos categoria
Exigência de observância, No mínimo, o salário mínimo
Categoria SEM piso Mercado e outros
no mínimo, do salário nacional ou estadual,
previsto em CCT contratos
mínimo conforme o caso
EXCEÇÃO: definição,
CCT, mercado e Exigência de observância, No mínimo, o piso definido
pela Administração
outros contratos no mínimo, do piso definido no edital
de piso em edital
IMPORTANTE
empresas podem praticar salários acima do piso a que estão vinculadas.
DAs
fiscalização do contrato de prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão de obra, a
DNa
Administração deve verificar se os empregados estão, de fato, recebendo o salário a que têm direito, bem
como se o contratado está observando o valor de salário cotado em sua proposta na licitação (conforme
Acórdãos nºs 1.009/2011 e 719/2019, ambos do Plenário do TCU).
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QUESTÃO 05

É possível estabelecer em edital benefícios


aos empregados e seus valores?

Decreto nº 9.507/2018
Art. 9º Os contratos de prestação de serviços continuados que en-
volvam disponibilização de pessoal da contratada de forma prolon-
gada ou contínua para consecução do objeto contratual exigirão:
[...]
III - a relação de benefícios a serem concedidos pela contratada a
seus empregados, que conterá, no mínimo, o auxílio-transporte e
o auxílio-alimentação, quando esses forem concedidos pela con-
tratante.

IN nº 05/2017
ANEXO I – DEFINIÇÕES
II - BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS: benefícios concedidos ao
empregado, estabelecidos em legislação, Acordo ou Convenção
Coletiva, tais como os relativos a transporte, auxílio-alimentação,
assistência médica e familiar, seguro de vida, invalidez, funeral,
dentre outros.

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ANEXO VII-B - DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA ELABORAÇÃO DO


ATO CONVOCATÓRIO
2. Das vedações:
2.1. É vedado à Administração fixar nos atos convocatórios:
[...]
b) os benefícios, ou seus valores, a serem concedidos pela con-
tratada aos seus empregados, devendo adotar os benefícios e
valores previstos em Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de
Trabalho, como mínimo obrigatório, quando houver;

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)


Art. 611. Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter
normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de
categorias econômicas e profissionais estipulam condições de
trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às
relações individuais de trabalho.

BENEFÍCIOS

Definição pela Definição pela


Administração (P1) empresa (P3)

DEVE adotar
É VEDADO benefícios e DEVE adotar o PODE criar e
criar e ampliar valores previstos mínimo ampliar
benefícios na CCT previsto na CCT benefícios

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Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 1.248/2009 – Segunda Câmara


1.5. Determinações à [...] que:
1.5.1. abstenha-se de fixar, no instrumento convocatório, quando
de licitação com vistas à contratação de mão-de-obra terceiriza-
da, valores pertinentes a salários ou benefícios (tais como vale-
-alimentação), bem como de exigir a concessão aos empregados
contratados de benefícios adicionais aos legalmente estabele-
cidos (tais como planos de saúde), por representar interferência
indevida na política de pessoal de empresa privada e represen-
tar ônus adicional à Administração sem contrapartida de bene-
fício direto (item 7.1.1.1 do Relatório de Avaliação de Gestão nº
175.828);
(Relator: Raimundo Carreiro; Data do Julgamento: 31/03/2009)

TCU – Acórdão nº 3.340/2011 – Primeira Câmara


Acórdão
9.8.2. determinar à [...] que:
[...]
9.8.2.5. abstenha-se de estipular em instrumento convocatório,
como condições de habilitação em licitações, a comprovação da
existência de vínculo empregatício prévio entre interessados no
certame e seus prepostos, a fixação prévia de valor remunerató-
rio mínimo e a imposição de concessão, pela contratada, de be-

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nefícios adicionais não exigíveis para a categoria profissional, por


caracterizarem restrição à competitividade no certame, com in-
fração ao previsto no art. 3º da Lei nº 8.666/1993 e inobservância
do disposto no art. 40, inciso X, da mesma lei, quanto à vedação
de fixação de preços mínimos na licitação;
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 24/05/2011)

50
QUESTÃO 06
Qual a natureza dos custos que integram a
composição da planilha de custos e formação de
preços? Quais custos podem ser alterados pelo
licitante e quais não podem variar? Custos que
decorrem de determinação legal podem variar?

RESUMO DA PLANILHA – OS CUSTOS QUE FORMAM O PREÇO


DO SERVIÇO – DE ACORDO COM O ANEXO VII-D

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)

A Módulo 1 - Composição da Remuneração (salário e adicionais)

Módulo 2 - Encargos e Benefícios Anuais, Mensais e Diários


Sub. 2.1 - 13º, férias e 1/3;
B
Sub. 2.2 - INSS, FGTS e 3ªs entidades;
Sub. 2.3 - Transporte, VA e VR, assistência médica e familiar

Módulo 3 - Provisão para Rescisão (API, APT, incidências e


C
multa do FGTS)

Módulo 4 - Custo de Reposição do Profissional Ausente


Sub. 4.1 - Substituto das férias, ausências legais, licença
D paternidade, acidente de trabalho, afastamento
maternidade;
Sub. 4.2 - Substituto da intrajornada

Módulo 5 - Insumos Diversos (uniformes, materiais e


E
equipamentos)

Subtotal (A + B + C + D + E)

F Módulo 6 - Custos Indiretos, Tributos e Lucro

Valor total por empregado

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IMPORTANTE

Existem custos da planilha que se baseiam em indicadores


de incidência, dados estatísticos. Ex.: Qual o percentual de
homens que terão direito à licença-paternidade?

MELHOR PRÁTICA

Dispor de histórico documentado de contratações anteriores,


com base em estatísticas de incidência que retratem a
realidade concreta da Administração.

A IN nº 05/2017 reforça, em vários dispositivos, a importância


de acompanhar, controlar e dispor de dados históricos dos
contratos que auxiliarão no planejamento da contratação
(art. 46, art. 47, § 1º e art. 70).

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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NATUREZA DOS CUSTOS QUE COMPÕEM A PLANILHA

+ = $
Custos que Custos que decorrem
decorrem de da realidade
lei/instrumento empresarial e de
legal mercado

Direito decorre de
R$ mercado lei/CCT, mas
depende de %
incidência

CUSTOS QUE DECORREM DA


CUSTOS QUE DECORREM DE REALIDADE EMPRESARIAL DE CADA
INSTRUMENTOS LEGAIS LICITANTE

No planejamento: a Administração
No planejamento: a Administração deve cotar, na Planilha 1, valores que
deve cotar, na Planilha 1, valores de se aproximem, ao máximo, à praxe
acordo com o previsto pela ordem verificada no mercado, buscando
jurídica. indicadores no histórico de seus
contratos.

No julgamento: a Administração No julgamento: licitante tem


deverá exigir que as determinações liberdade para cotar esses custos
legais sejam cumpridas pelos na formação de seu preço
licitantes na elaboração da Planilha (Planilha 3) de acordo com sua
3 (trabalhistas de acordo com a CLT realidade empresarial, devendo
e CCT, tributárias de acordo com o comprovar a exequibilidade de
regime tributário da empresa). sua proposta.

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IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
8. Do julgamento das propostas:
[...]
8.8. As propostas apresentadas deverão ser analisadas e julgadas
de acordo com o disposto nas normas legais vigentes e ainda em
consonância com o estabelecido no ato convocatório, conforme
previsto nos arts. 43, 44, 45, 46 e 48 da Lei nº 8.666, de 1993, e na
Lei nº 10.520, de 2002;

Entendimento do TCU

TCU – Acórdão nº 614/2008 – Plenário


Relatório
95. Preliminarmente, cumpre esclarecer que, o exame da legisla-
ção que rege a matéria apontou que alguns dos elementos inte-
grantes da planilha de custos são variáveis e dependem da ca-
racterística e estrutura de custos de cada organização. Outros são
decorrentes de lei ou acordos coletivos, sendo responsabilidade
da licitante informá-los corretamente.
[...]
98. Em que pese as peculiaridades inerentes a cada licitante resul-
tarem na apresentação de propostas com as mais variadas cota-
ções para encargos e insumos, bem como a possibilidade de que

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

variem até mesmo as alíquotas de impostos, em razão de bene-


fícios fiscais específicos, faz-se necessário que o edital preveja a
responsabilidade das empresas participantes de apresentar pro-
postas em observância à legislação vigente, bem como aos acor-
dos ou convenções trabalhistas celebrados.
99. Nesse sentido, propõe-se determinar ao [...] que, nos próximos
editais, faça constar previsão expressa quanto à obrigatoriedade
de observância pelas licitantes, dos percentuais legalmente esta-
belecidos para impostos e encargos trabalhistas e ainda das dis-
posições constantes de acordo ou convenção coletiva de trabalho.
(Relator: Augusto Sherman Cavalcanti; Data do Julgamento: 09/04/2008)

CUSTOS QUE DECORREM DE IMPOSIÇÃO LEGAL

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
9. Da desclassificação das propostas:
[...]
9.3. A inexequibilidade dos valores referentes a itens isolados da
planilha de custos e formação de preços não caracteriza motivo
suficiente para a desclassificação da proposta, desde que não
contrariem exigências legais;

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TCU – Acórdão nº 669/2008 – Plenário


Acórdão
9.4. determinar ao [...], com fulcro nos arts. 43, I, da Lei nº 8.443/1992
e 250, II, do Regimento Interno do TCU, que:
[...]
9.4.16. observe os diversos dispositivos legais atinentes ao Direito
Tributário e ao Direito Trabalhista com vistas à correta análise dos
demonstrativos de formação de preços quando das futuras con-
tratações de prestação de serviços de tecnologia da informação
por alocação de postos de trabalho, rejeitando as propostas que
eventualmente contenham parcelas ou percentuais indevidos,
por exemplo, no item referente a seguro por acidente de trabalho;
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 16/04/2008)

Entendimentos dos tribunais superiores

TRF 5ª Região – AG nº 73.513/RN – Quarta Turma


Ementa
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DAS EXIGÊN-
CIAS EDITALÍCIAS. VALOR IRRISÓRIO PARA OS UNIFORMES DOS
TRABALHADORES. § 3º DO ARTIGO 44 DA LEI Nº 8.666/93. INO-
BSERVÂNCIA DE CONVENÇÃO COLETIVA PARA A CATEGORIA DE
SUPERVISORES. DESCONTO VALE ALIMENTAÇÃO.
[...]

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

III - Não sendo observado pela licitante, quando da apresentação


da proposta de preços, as normas e convenções coletivas de tra-
balho, onde se estabelecem certos percentuais a título de gratifi-
cação para determinadas categorias, fica incompleta sua propos-
ta, podendo o fato influenciar no valor da oferta.
IV - AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
(Relatora: Margarida Cantarelli; Data do Julgamento: 29/05/2007)

TRF 5ª Região – AGTR nº 67.014/RN – Terceira Turma


Ementa
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. SERVIÇO DE VIGILÂNCIA. PROPOS-
TA INEXEQÜÍVEL.
- Na medida em que a legislação dite custos mínimos a serem
considerados pelos licitantes, é legítimo à administração exigir
demonstrativo do preço ofertado para o objeto do certame, a fim
de evidenciar possíveis propostas inexeqüíveis.

(Relator: Ridalvo Costa; Data do Julgamento: 06/07/2006)

MELHOR PRÁTICA

Prever em edital que o licitante deve indicar expressamente


em sua proposta a qual regime legal está vinculado, ou seja,
qual seu enquadramento sindical e seu regime tributário.

São informações fundamentais para que o pregoeiro possa


avaliar de forma segura a planilha apresentada.

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CUSTOS QUE NÃO DECORREM DE IMPOSIÇÃO LEGAL

Custos variáveis decorrentes de eventos futuros e incertos

LEMBRE

Na elaboração da Planilha 3, cada empresa é livre para cotar


o quantitativo de custos variáveis decorrentes de eventos
futuros e incertos, devendo complementá-los caso o previsto
inicialmente em sua proposta não seja suficiente para a
execução do contrato e para o pagamento dos direitos dos
empregados.

IN nº 05/2017
ANEXO VII-B – DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA ELABORAÇÃO
DO ATO CONVOCATÓRIO
2. Das vedações:
2.1. É vedado à Administração fixar nos atos convocatórios:
[...]
i) quantitativos ou valores mínimos para custos variáveis decor-
rentes de eventos futuros e imprevisíveis, tais como o quantitativo
de vale-transporte a ser fornecido pela eventual contratada aos
seus trabalhadores, ficando a contratada com a responsabilidade
de prover o quantitativo que for necessário, conforme dispõe o
art. 63 desta Instrução Normativa.

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

IN nº 05/2017
Art. 63. A contratada deverá arcar com o ônus decorrente de
eventual equívoco no dimensionamento dos quantitativos de
sua proposta, devendo complementá-los caso o previsto inicial-
mente em sua proposta não seja satisfatório para o atendimento
ao objeto da licitação, exceto quando ocorrer algum dos eventos
arrolados nos incisos do § 1º do art. 57 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 1º O disposto no caput deve ser observado ainda para os custos
variáveis decorrentes de fatores futuros e incertos, tais como os
valores providos com o quantitativo de vale-transporte.
§ 2º Caso o eventual equívoco no dimensionamento dosquanti-
tativos se revele superior às necessidades da contratante, aAd-
ministração deverá efetuar o pagamento seguindo estritamente
asregras contratuais de faturamento dos serviços demandados e
executados,concomitantemente com a realização, se necessário e
cabível,de adequação contratual do quantitativo necessário, com
basena alínea "b" do inciso I do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Esses dispositivos permitem a formação das seguintes regras:

A Administração deverá considerar, na


elaboração da Planilha 1, o número de
vales-transporte com base na realidade dos
últimos contratos.

Cada empresa é livre para cotar o número


de vales-transporte em sua planilha.

Se a empresa cotar menos vales-transporte (2


por empregado/dia) do que efetivamente paga
a seus funcionários (4 por empregado/dia), o
prejuízo deve ser arcado pela empresa.

Se a empresa cotar mais vales-transporte (4 por


empregado/dia) do que efetivamente paga a
seus funcionários (2 por empregado/dia), será
lucro da empresa, podendo ser objeto de
negociação.
Independentemente do número de
vales-transporte cotado na planilha, a
Administração deve verificar se a empresa
cumpre a obrigação legal de fornecer a seus
empregados o número de vales devido.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Entendimentos dos tribunais superiores e do TCU

TRF 5ª Região – AGTR nº 67.014/RN – Terceira Turma


Ementa
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. SERVIÇO DE VIGILÂNCIA. PROPOS-
TA INEXEQÜÍVEL.
[...]
- Com relação aos serviços de vigilância, os custos com “auxílio
doença”, “licença paternidade/maternidade”, “faltas legais” e “aci-
dente de trabalho” dependem fundamentalmente, das políticas
de recursos humanos e de segurança do trabalho de cada empre-
sa, inexistindo parâmetros legais que permitam taxá-los de sim-
bólicos ou irrisórios.
(Relator: Ridalvo Costa; Data do Julgamento: 06/07/2006)

TCU – Acórdão nº 4.911/2015 – Primeira Câmara


Voto
Por conseguinte, de um lado, é ressalvada a não obrigatorieda-
de de a empresa descontar do empregado o vale-transporte. En-
tretanto, uma vez que ela se dispôs a fazê-lo, não há óbices para
que o pregoeiro diligencie a empresa e solicite a correção dos
cálculos. Ainda que, na nova planilha apresentada pela empre-
sa, o percentual de 6% não tenha sido aplicado sobre o total da
remuneração dos empregados, vários argumentos impediriam a
desclassificação da empresa em razão desse fato: 1) valor variável
do vale-transporte, fazendo com que esse item constitua mera

61
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

estimativa; 2) pouca expressividade do valor anual do item em


relação ao valor anual do contrato; 3) o disposto no art. 23 da IN
2/2008 SLTI/MPOG.
[...]
Por fim, quanto ao conjunto probatório apresentado pelo então
pregoeiro, constituído de cálculos matemáticos, rejeitado, segun-
do os embargantes sem fundamentação (omissão), improceden-
te tal afirmação. Os cálculos efetuados pelo então pregoeiro são
mera estimativa, uma vez que os valores de vale transporte são
variáveis, conforme bem colocou a unidade técnica, no trecho do
relatório que transcrevo a seguir:
[...]
83. Entretanto, considerando que os valores indicados a título de
vale transporte constituem mera estimativa, que pode ou não se
confirmar no decorrer da execução do contrato, e, ainda, o pouco
expressivo valor da diferença anual entre as duas propostas em
cotejo, conclui-se, desde já, por não restar caracterizada a ocor-
rência de dano ao erário.’
Dessa forma, não houve rejeição do conjunto probatório apresentado
pelos responsáveis sem fundamentação. Ao contrário, foram citados
os dispositivos legais que regulamentam a concessão do vale-trans-
porte e a parcela passível de ser descontada do beneficiário, bem
como a convenção coletiva do trabalho que disciplina o desconto na
importância de 5,5% do valor da cesta-básica a título de manutenção
do cartão, a instrução normativa que rege a contratação de serviços
continuados ou não por órgãos ou entidades integrantes do Sistema

62
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de Serviços Gerais (SISG), dispositivos da Lei 8.666/1993 e os princí-


pios constitucionais considerados.
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 01/09/2015)

TCU – Acórdão nº 587/2012 – Plenário


Voto
A segunda irregularidade apontada pela representante também
foi bem enfrentada pela unidade técnica. Alinho-me às conclu-
sões manifestadas. O fato de a licitante vencedora ter estipulado
em sua proposta um valor para fazer frente aos custos com vale-
-transporte inferior ao previsto na licitação não configura irregu-
laridade, por si só. Isso porque, conforme asseverou o titular da
subunidade técnica da Secex/RJ, a renúncia expressa do empre-
gado ao vale-transporte é considerada válida pela jurisprudência
do Tribunal Superior do Trabalho e, nesse aspecto, cabe à adminis-
tração pública contratante apenas certificar-se de que a empresa
contratada paga regularmente o vale-transporte aos trabalhado-
res que façam jus a esse direito, acautelando-se quanto à respon-
sabilidade subsidiária decorrente das obrigações trabalhistas.
Quanto à previsão de custo zero para as rubricas “uniformes” e
“EPI’s”, acompanho a unidade técnica no sentido de que tal si-
tuação não configura, de pronto, irregularidade. Essa questão é
resolvida pela verificação da exequibilidade da proposta do lici-
tante, que deve ser um juízo feito a cada caso e não importa em
presunção absoluta de invalidação da proposta. Sobre esse tema,

63
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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esta Corte até já sumulou entendimento, por meio da Súmula


262/2010:
[...]
Acórdão
9.2. dar ciência à [...] de que, quanto ao pregão eletrônico [...], as
condições iniciais da proposta vencedora, ausentes justificativas
supervenientes, deverão ser mantidas ao longo da execução do
contrato assim como, em caso de eventual renovação contratu-
al, não deverão ser acrescidas despesas a título de “uniformes” e
“EPIs”, nem despesas com vale-transporte acima das previstas na
proposta vencedora;
(Relatora: Ana Arraes; Data do Julgamento: 14/03/2012)

JUSTIFICATIVA PARA A UTILIZAÇÃO DE PERCENTUAL


DIVERSO DAQUELE INDICADO PELA ADMINISTRAÇÃO EM
SUA PLANILHA NO CASO DE ITENS QUE DECORREM DE
INSTRUMENTO LEGAL

TRF 1ª Região – AMS nº 2000.34.00.040508-0/DF –


Quinta Turma
Ementa

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURAN-


ÇA. LICITAÇÃO. DECISÃO EM QUE SE NEGOU SEGUIMENTO À APE-
LAÇÃO POR MANIFESTA INADMISSIBILIDADE (INTEMPESTIVIDA-
DE). AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. DESCLASSIFICAÇÃO DE

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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PROPOSTA. ALEGAÇÃO DE PREÇO EM DESACORDO COM O MER-


CADO. PISO SALARIAL ESTABELECIDO EM CONVENÇÃO FIRMADA
PELO SINDICATO DA IMPETRANTE. PROPOSTA EM CONFORMIDA-
DE COM O EDITAL. MENOR PREÇO OFERTADO. DIREITO À ADJUDI-
CAÇÃO. SEGURANÇA DEFERIDA. SENTENÇA MANTIDA. REMESSA
OFICIAL NÃO PROVIDA.

[...]

4. A proposta da impetrante, em que não se adotaram termos de


convenção coletiva invocada pelas demais licitantes, foi desclas-
sificada pela Comissão de Licitação ao fundamento de que “em
desacordo com o mercado”.

5. A impetrante é filiada ao sindicato de empregadores do ramo


hoteleiro e similares e, por isso, legitimamente, adotou na formu-
lação de seus preços de mão de obra os termos da convenção co-
letiva firmada por aquele sindicato.

6. No edital da concorrência permitiu-se a participação de qual-


quer empresa que, em suma, atendesse às exigências do regu-
lamento, não se definindo segmento mercadológico ou ramo de
atuação ou nível de especialização.

7. No espelho da planilha de custos não se vinculou piso salarial a


qualquer convenção coletiva de trabalho.

8. À luz do edital, não se vislumbra vantagem indevida obtida


pela impetrante.

65
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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9. A proposta da impetrante está de acordo com o edital e apre-


sentou o menor preço, devendo a ela deve ser adjudicado o obje-
to da licitação, nos termos da Lei nº 8.666/93, art. 45, inciso I.
10. Remessa oficial a que nega provimento.
(Relator: João Batista Moreira; Data do Julgamento: 26/09/2007)

TCU – Acórdão nº 1.619/2008 – Plenário


Sumário
REPRESENTAÇÃO. PREGÃO PRESENCIAL Nº 004/2008. EXIGÊNCIA
DE COMPROVAÇÃO DE FORMA DE TRIBUTAÇÃO. NEGATIVA DE RE-
CURSO. CONCESSÃO DE CAUTELAR. AGRAVO. INSUBSISTÊNCIA DA
CAUTELAR. AUTORIZADA A EXECUÇÃO DO CONTRATO JÁ FIRMA-
DO. OITIVAS. PROCEDÊNCIA PARCIAL. DETERMINAÇÕES. CIÊNCIA
AO REPRESENTANTE.
Não ofende a Lei de Licitações e Contratos a previsão, em editais
licitatórios, de apresentação, pelas empresas licitantes, de infor-
mações acerca do regime tributário a que estão submetidas, com
o objetivo de subsidiar a análise da pertinência das alíquotas in-
seridas nas Planilhas de Custo e Formação de Preços, ou outro ins-
trumento equivalente.
[...]
Acórdão
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos
em Sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:
[...]

66
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

9.3. alertar a [...], que nas suas licitações em geral, tanto na fase
de orçamentação, quanto na fase de análise das propostas, aten-
te para a possibilidade de que as alíquotas referentes ao PIS e à
COFINS, no que se refere às licitantes que sejam tributadas pelo
Lucro Real, sejam diferentes do percentual limite previsto em lei,
devido às possibilidades de descontos e/ou compensações pre-
vistas, devendo exigir, se for o caso, que as alíquotas indicadas,
nominais ou efetivas reduzidas, sejam por elas justificadas, em
adendo à Planilha de Custo ou Formação de Preços, ou outro ins-
trumento equivalente;
(Relator: André Luís de Carvalho; Data do Julgamento: 13/08/2008)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)
MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO
Salário-BaseAdicional de periculosidade
A Adicional de insalubridadeAdicional noturno
Hora noturna reduzidaAdicional de hora extra
no feriado
MÓDULO 2 - ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS,
MENSAIS E DIÁRIOS
Sub. 2.1: 13º salárioFérias Adicional de férias
B Sub. 2.2: INSSSalário-educaçãoSAT
Terceiras entidadesFGTS
Sub. 2.3: TransporteAuxílio refeição/alimentação
Assistência médica e familiar
MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO
C APIFGTS sobre APIIncidências sobre APT
Multa FGTS
MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO
PROFISSIONAL AUSENTE
Sub. 4.1: FériasAusências legaisLicença-
D -paternidadeAcidente do trabalho
Afastamento maternidade
Sub. 4.2: Intervalo para repouso ou alimentação
MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS
E
UniformesMateriaisEquipamentos
Subtotal (A + B + C + D + E)
MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO
F
Custos indiretosLucroTributos
Valor total por empregado
68
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)

MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO


Salário-BaseAdicional de periculosidade
A Adicional de insalubridadeAdicional noturno
Hora noturna reduzidaAdicional de hora extra
no feriado
MÓDULO 2 - ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS,
MENSAIS E DIÁRIOS
Sub. 2.1: 13º salárioFérias Adicional de férias
B Sub. 2.2: INSSSalário-educaçãoSAT
Terceiras entidadesFGTS
Sub. 2.3: TransporteAuxílio refeição/alimentação
Assistência médica e familiar
MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO
C APIFGTS sobre APIIncidências sobre APT
Multa FGTS
MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO
PROFISSIONAL AUSENTE
Sub. 4.1: FériasAusências legaisLicença-
D -paternidadeAcidente do trabalho
Afastamento maternidade
Sub. 4.2: Intervalo para repouso ou alimentação
MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS
E
UniformesMateriaisEquipamentos
Subtotal (A + B + C + D + E)
MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO
F
Custos indiretosLucroTributos
Valor total por empregado
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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

QUESTÃO 07

Se, no momento do julgamento, o pregoeiro


identifica erros cometidos pelo licitante
na elaboração de sua planilha, qual
procedimento deve ser adotado? Quais as
orientações e os limites para o saneamento de
vícios na planilha?

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
7.8. Quando a modalidade de licitação for pregão, realizado na
forma eletrônica, a planilha de custos e formação de preços de-
verá ser entregue e analisada no momento da aceitação do lance
vencedor;
7.9. Erros no preenchimento da planilha não são motivos suficien-
tes para a desclassificação da proposta, quando a planilha puder
ser ajustada sem a necessidade de majoração do preço ofertado,
e desde que se comprove que este é o bastante para arcar com
todos os custos da contratação;

70
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

LEMBRE

A composição de custos e a formação de preços devem retratar


a realidade de cada empresa. A Planilha 1, elaborada pela
Administração, serve para orientar os licitantes na formação
de suas propostas, bem como a Administração quando
do julgamento. A Planilha 1 não deve engessar/vincular a
elaboração das planilhas pelos licitantes; será referência para a
formação dos preços e para o julgamento pela Administração.

IMPORTANTE

Na análise da exequibilidade, a planilha p


 oderá ser corrigida,
desde que:
o preço global seja exequível (suficiente para arcar com todos
os custos da contratação);

não haja majoração do preço global ofertado.

Entendimentos dos tribunais superiores e do TCU

TCU – Acórdão nº 830/2018 – Plenário


Acórdão
9.4. determinar, nos termos do art. 250, II, do RITCU, que a Fun-
dação Universidade do Amazonas atente para a observância dos
seguintes aspectos:

71
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

9.4.1. as omissões nas planilhas de custos e preços das licitantes


não ensejam necessariamente a antecipada desclassificação das
respectivas propostas, devendo a administração pública promo-
ver as adequadas diligências junto às licitantes para a devida cor-
reção das eventuais falhas, sem a alteração, contudo, do valor glo-
bal originalmente proposto, em consonância, por exemplo, com
os Acórdãos 2.546/2015, 1811/2014 e 187/2014, do Plenário do
TCU;
(Relator: André de Carvalho; Data do Julgamento: 18/04/2018)

TCU – Acórdão nº 719/2018 – Plenário


Acórdão
9.2. responder ao consulente que:
[...]
9.2.6. em face do princípio do formalismo moderado e da supre-
macia do interesse público, que permeiam os processos licitató-
rios, o fato de o licitante apresentar composição de custo unitário
contendo salário de categoria profissional inferior ao piso estabe-
lecido em instrumento normativo negociado é, em tese, somente
erro formal, o qual não enseja a desclassificação da proposta, po-
dendo ser saneado com a apresentação de nova composição de
custo unitário desprovida de erro;
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 04/04/2018)

72
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

É possível limitar no edital o número máximo de


? correções aceitáveis?

TCU – Acórdão nº 2.357/2014 – Plenário


1.6. Determinações:
[...]
1.6.1.1. restrição indevida e injustificada ao exercício da prerro-
gativa prevista no § 2º do art. 29-A da Instrução Normativa - SLTI/
MPOG 2/2008, mediante o estabelecimento de quantidade limi-
tada de autorização para a realização de retificações, por parte
das licitantes, de eventuais erros sanáveis constantes de suas
planilhas de preços, conforme registrado na ata do menciona-
do certame, mais especificamente em mensagens enviadas às
11h18min52 do dia 4/7/2014, bem como às 15h15min44 do dia
28/7/2014;
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 10/09/2014)

73
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Caso prático
Determinado licitante cotou percentual de 10% para o INSS, e a
Lei nº 8.212/1990 prevê 20%.

Todos os demais itens cujos custos decorrem de instrumentos


legais foram cotados adequadamente.

O defeito apontado provoca uma diferença de R$ 100,00 se o per-


centual correto de 20% tivesse sido utilizado.

A proposta do licitante contempla um lucro de R$ 500,00.

Qual deve ser a decisão do pregoeiro? O defeito


apontado na proposta pode ser saneado?

74
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Cautelas na condução do saneamento

IMPORTANTE

Oportunizar a possibilidade de correção

Indicar onde estão os erros

Quantidade de correções

Alteração de itens variáveis e/ou do lucro

Na dúvida sobre a composição da planilha, valores e


percentuais, o caminho é diligenciar, permitir que o licitante
comprove a exequibilidade da sua proposta (Súmula nº 262
do TCU e item 9.4 do Anexo VII-A da IN nº 05/2017).

No exemplo: se cotasse 25% de INSS?

a) Corrige a planilha e desconta do valor global


b) Corrige a planilha e mantém o valor global (lucro será
ampliado)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Entendimentos do TCU e dos tribunais superiores

TCU – Acórdão nº 4.621/2009 – Segunda Câmara


Voto
Releva ainda saber o procedimento a ser adotado quando a Ad-
ministração constata que há evidente equívoco em um ou mais
dos itens indicados pelas licitantes.
Não penso que o procedimento seja simplesmente desclassificar
o licitante. Penso sim que deva ser avaliado o impacto financei-
ro da ocorrência e verificar se a proposta, mesmo com a falha,
continuaria a preencher os requisitos da legislação que rege as
licitações públicas - preços exeqüíveis e compatíveis com os de
mercado.
[...]
Exemplifico. Digamos que no quesito férias legais, em evidente
desacerto com as normas trabalhistas, uma licitante aponha o
porcentual de zero por cento. Entretanto, avaliando-se a margem
de lucro da empresa, verifica-se que poderia haver uma diminui-
ção dessa margem para cobrir os custos de férias e ainda garantir-
-se a exeqüibilidade da proposta.
Em tendo apresentado essa licitante o menor preço, parece-me
que ofenderia os princípios da razoabilidade e da economicidade
desclassificar a proposta mais vantajosa e exeqüível por um erro
que, além de poder ser caracterizado como formal, também não
prejudicou a análise do preço global de acordo com as normas
pertinentes.
[...] 76
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Raciocínio idêntico aplica-se quando a cotação de item da plani-


lha apresenta valor maior do que o esperado. Ora, o efeito prático
de tal erro, mantendo-se o mesmo preço global, seria que o lucro
indicado na proposta deveria ser acrescido do equivalente finan-
ceiro à redução de valor do referido item da planilha.
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 01/09/2009)

TCU – Acórdão nº 2.836/2008 – Plenário


Voto
A Representante admite o erro material cometido no que se refe-
re ao percentual do Seguro de Acidentes de Trabalho - SAT para
as atividades predominantes desenvolvidas pela empresa que, de
acordo com a legislação vigente, deveria ser 1% e não 2%, como
constou na sua proposta de preços. Defende, porém, a tese de
que deve ser mantido o valor integral de tal proposta, caso seja
contratada, em virtude de a licitação de ter previsto o regime de
empreitada por preço global, diluindo-se o valor do SAT nos de-
mais itens.
O Acórdão 1.828/2008 - Plenário declarou a irregularidade da
cobrança pelas empresas contratadas do percentual do SAT e
determinou a redução desse valor no pagamento da fatura. No
mesmo sentido, recentemente, abordei questão relativa ao Segu-
ro de Acidentes de Trabalho - SAT no Voto condutor do Acórdão
1.990/2008 - Plenário, onde concluí que as desconformidades sa-
náveis na proposta de preços afiguram-se insuficientes para ma-
cular o certame.

77
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Estou convicto de que, no caso vertente, ainda que o percentual


esteja incorreto, não há gravidade suficiente para ensejar a des-
classificação da [...]. A uma, porque não se está falando de refor-
mulação de proposta, como propugnou a Representante, o que
não caracteriza vantagem indevida à licitante, e sim de redução
de valores quando da assinatura do contrato. A duas, porque essa
redução diminuirá o valor global cotado pela empresa o que re-
sultará em reflexos positivos para a proposta no que se refere à
Administração.
[...]
Pelos motivos que acabo de expor, concluo que houve excesso de
formalismo por parte da [...], vez que a redução desses valores im-
plica tão-somente o enquadramento dos percentuais aplicados
à legislação vigente e torna, como já dito anteriormente, a pro-
posta de preços da [...] mais vantajosa para a Administração, em
conformidade com as regras do Edital de Concorrência 04/2008 e
em atendimento ao interesse público.
Saliento, por oportuno, que, por todo o exposto, não assiste razão
ao Representante no tocante à manutenção dos valores originais
da proposta de preços da [...].
(Relator: Raimundo Carreiro; Data do Julgamento: 03/12/2008)

78
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

DICAS PRÁTICAS PARA A CONDUÇÃO DO JULGAMENTO DA


PLANILHA DE CUSTOS NA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS COM
DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA:

Verificar o sindicato que baseou a formação da


planilha do licitante. Caso o licitante esteja
vinculado a sindicato diferente do que baseou
D ic a a Administração para a elaboração da Planilha
nº 01 1, deve indicar em sua proposta essa realidade
e o sindicato ao qual está vinculado, para que a
Administração tenha condições de fazer a
análise de exequibilidade de sua planilha. Tudo
isso deve estar devidamente disciplinado no
edital de licitação.

Analisar se a planilha retrata a composição de


custos considerando características, prazos e
condições de execução do serviço (ou seja, do
Dica
encargo definido pela Administração no termo
de referência e no edital).
nº 02

Exigir que tudo que decorre de imposição legal


D ic a (encargos trabalhistas, previdenciários e
tributários), de acordo com as obrigações de
nº 03 cada empresa (observando o enquadramento
sindical e o regime tributário), seja por ela
observado.

Avaliar a razoabilidade dos percentuais variáveis


e dos indicadores estatísticos decorrentes de
Dica
eventos incertos. nº 04

D ic a Verificar a exequibilidade da produtividade


adotada, se for o caso.
nº 05 79
Observar o preço máximo estabelecido em edital
Avaliar a razoabilidade dos percentuais variáveis
e dos indicadores AULA 1
estatísticosAULA 2 AULA 3
decorrentes AULA 4
de AULA 5
Dica
eventos
ASPECTOS incertos.
PONTUAIS DO PLANEJAMENTO nº 04
E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

D ic a Verificar a exequibilidade da produtividade


adotada, se for o caso.
nº 05
Observar o preço máximo estabelecido em edital
e o referencial mínimo previsto nas portarias em: Dica
<https://www.comprasgovernamentais.gov.br/i
ndex.php/cadernos-tecnicos-e-valores-limites> nº 06

Na dúvida sobre valores e percentual cotados, o


caminho é diligenciar para compreender os
motivos e as justificativas da formação da
D ic a composição da planilha e do preço proposto.
nº 07 Nunca se deve desclassificar de plano a
proposta, sem conceder ao licitante a
oportunidade para demonstrar a exequibilidade
de seu preço. Dica
A orientação é priorizar a correção e o
saneamento da planilha, desde que o preço
global seja exequível (suficiente para arcar com
Dica
todos os custos da contratação) e que não haja nº 08
majoração do preço global ofertado.

80
AULAS 2 ❘ 3 ❘ 4

Aspectos trabalhistas e previdenciários


na elaboração da planilha de custos e
formação de preços de
acordo com a estrutura da IN nº 05/2017
e os impactos da reforma trabalhista

Professora:

Isis Chamma Doetzer


Advogada. Mestre pela FAE Centro
Universitário. Pós-Graduada pela Aca-
demia Paranaense de Estudos Jurídi-
cos. Consultora e instrutora de cursos.
Professora da FAE Centro Universitá-
rio, da Escola Superior de Advocacia,
da Pós-Graduação da UniCuritiba e da
ESIC do Paraná e de Santa Catarina.
Autora de diversos artigos jurídicos.
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CONTEXTUALIZAÇÃO

Relação entre o Direito do Trabalho, a Previdência Social e a


elaboração da planilha de preços

D Contratação de serviços – Procedimento licitatório regular


D Respeito e cumprimento à legislação – Escolha do parceiro
idôneo
D Objetivo da planilha: demonstrar o custo dos trabalhado-
res da empresa contratada

IN nº 05/2017
ANEXO I - DEFINIÇÕES
XV - PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS: documento
a ser utilizado para detalhar os componentes de custo que inci-
dem na formação do preço dos serviços, podendo ser adequado
pela Administração em função das peculiaridades dos serviços a
que se destina, no caso de serviços continuados.

D Modelo adotado: Anexo VII-D da IN nº 05/2017, com as al-


terações da IN nº 07/2018

82
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ATENÇÃO

A planilha de custos é formada por cálculos que retratam


custos com direitos trabalhistas (entre eles o FGTS)
dos empregados da contratada, além de custos com
algumas obrigações previdenciárias. Daí a importância de
compreender a lógica da formação do preço!

> Alterações na legislação que devem ser conhecidas para a


formação do preço

D A planilha de custos no cenário de alterações trabalhis-


tas – O que deve ser previamente conhecido?

83
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

2017-2019
A reforma trabalhista, principalmente a Lei
Cuidado 13.467/2017, promoveu grandes alterações
trabalhistas que impactaram mudança na forma dos
nº 01 cálculos.
A MP nº 808, de novembro de 2017, alterou a
reforma, mas vigorou apenas até 23/04/2018.
A MP nº 881, posteriormente convertida na Lei nº
13.874/2019, também trouxe importantes alterações.

2019-2020
A MP nº 905/2019 alterou vários pontos da CLT e Cuidado
instituiu o contrato de trabalho “verde e amarelo”. nº 02
A Lei nº 13.932/2019 extinguiu, a contar de
01/01/2020, a contribuição social de 10% devida
pelos empregadores em caso de despedida sem
justa causa.
A MP nº 905/2019 deveria ser votada até 20 de abril
de 2020. Como não foi votada, perdeu sua eficácia.

2020-2021 - Pandemia
Cuidado Lei nº 13.979/2020 (medidas de enfrentamento) e
nº 03 Decreto Legislativo nº 6/2020 (reconhece estado de
calamidade pública - efeitos até 31/12/2020)
MP nº 927/2020 vigorou até 19/07/2020 – várias
medidas.
MP nº 936/2020 (convertida na Lei nº 14.020/2020),
Decreto nº 10.422/2020 – redução salário/jornada e
suspensão contratual – Decreto nº 10.470/2020 e
Decreto nº 10.517/2020.
MP nº 1.045/2021 (redução do salário/jornada e
suspensão contratual) e MP nº 1.046/2021 (demais
medidas de enfrentamento).

84
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E


FORMAÇÃO DE PREÇOS

COMPREENSÃO DO CUSTO DA MÃO DE OBRA NA PLANILHA E A


LÓGICA DOS CÁLCULOS

D Planilha da IN nº 05/2017.
D A Administração deve conhecer o custo da mão de obra
para anexar a planilha ao edital e, após a apresentação da
planilha pelos licitantes, julgar a proposta mais vantajosa.

Lógica do cálculo da planilha


1º PASSO
Em quais itens é necessário o dado indicador
antes do cálculo?
Melhor prática: histórico indicador dos contratos
vivenciados.
2º PASSO
Conhecimento do instituto trabalhista/previdenciário
para compreensão da formação e do julgamento da
planilha.

3º PASSO
Realização dos cálculos.

4º PASSO
Análise dos dados indicadores referenciais e dos
cálculos apresentados na planilha do licitante por
ocasião do julgamento da licitação.

85
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

VISÃO GERAL DA PLANILHA DE ACORDO COM A ESTRUTURA


DA IN Nº 05/2017, COM AS ALTERAÇÕES DA IN Nº 07/2018
D Demonstração dos itens da planilha com menção à neces-
sidade de fonte de dados indicadores referenciais

Legenda
Necessidade de fonte dos dados dos indicadores referenciais (RI)

ANEXO VII-D – MODELO DE PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS


Nº Processo

Licitação Nº

Dia / / às : horas

DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS (DADOS REFERENTES À CONTRATAÇÃO)

A Data de apresentação da proposta (dia/mês/ano)

B Município/UF

Ano Acordo, Convenção ou Sentença Normativa em


C
Dissídio Coletivo

D Nº de meses de execução contratual

IDENTIFICAÇÃO DO SERVIÇO
TIPO DE UNIDADE DE QUANTIDADE TOTAL A CONTRATAR
SERVIÇO MEDIDA (EM FUNÇÃO DA UNIDADE DE MEDIDA)

Nota 1: Esta tabela poderá ser adaptada às características do serviço contratado, inclusive no que concerne às rubricas
e suas respectivas provisões e/ou estimativas, desde que haja justificativa.
Nota 2: As provisões constantes desta planilha poderão ser desnecessárias quando se tratar de determinados serviços
que prescindam da dedicação exclusiva dos trabalhadores da contratada para com a Administração.

86
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULOS

MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO CONTRATUAL

DADOS COMPLEMENTARES PARA COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS REFERENTE À MÃO


DE OBRA

Tipo de serviço (mesmo serviço com


1
características distintas)

2 Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)

3 Salário normativo da categoria profissional

Categoria profissional (vinculada à execução


4
contratual)

5 Data-base da categoria (dia/mês/ano)

Nota 1: Deverá ser elaborado um quadro para cada tipo de serviço.


Nota 2: A planilha será calculada considerando o valor mensal do empregado.

MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO (Redação alterada pela IN nº 07/2018


SEGES/MP)

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base

B Adicional de Periculosidade

C Adicional de Insalubridade

D Adicional Noturno

E Adicional de Hora Noturna Reduzida

F Outros (especificar)

Total

Nota 1: O Módulo 1 refere-se ao valor mensal devido ao empregado pela prestação do serviço no período de 12 meses.

87
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 2: ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS

Submódulo 2.1 - 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e Adicional de Férias


13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E
2 .1 VALOR (R$)
ADICIONAL DE FÉRIAS
A 13º (décimo terceiro) Salário
B Férias e Adicional de Férias
TOTAL
Nota 1: Como a planilha de custos e formação de preços é calculada mensalmente, provisiona-se proporcionalmente
1/12 (um doze avos) dos valores referentes a gratificação natalina, férias e adicional de férias. (Redação alterada pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).
Nota 2: O adicional de férias contido no Submódulo 2.1 corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração, que, por sua
vez, é divido por 12 (doze), conforme Nota 1 acima.
Nota 3: Levando em consideração a vigência contratual prevista no art. 57 da Lei nº 8.666, de 23 de junho de 1993,
a rubrica férias tem como objetivo principal suprir a necessidade do pagamento das férias remuneradas ao final do
contrato de 12 meses. Esta rubrica, quando da prorrogação contratual, torna-se custo não renovável. (Incluído pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).

Submódulo 2.2 - Encargos Previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por


Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições
2.2 GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES % VALOR (R$)
A INSS 20,00%
B Salário Educação 2,50%
C SAT
D SESC ou SESI 1,50%
E SENAI - SENAC 1,00%
F SEBRAE 0,60%
G INCRA 0,20%
H FGTS 8,00%
TOTAL
Nota 1: Os percentuais dos encargos previdenciários, do FGTS e demais contribuições são aqueles estabelecidos pela
legislação vigente.
Nota 2: O SAT a depender do grau de risco do serviço irá variar entre 1% para risco leve, 2% para risco médio e 3%
para risco grave.
Nota 3: Esses percentuais incidem sobre o Módulo 1, o Submódulo 2.1. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº 7,
Seges/MP, de 20.09.2018).

88
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Submódulo 2.3 - Benefícios Mensais e Diários

2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS VALOR (R$)

A Transporte

B Auxílio-Refeição/Alimentação

C Assistência Médica e Familiar

D Outros (especificar) (RI)

TOTAL
Nota 1: O valor informado deverá ser o custo real do benefício (descontado o valor eventualmente pago pelo empre-
gado).
Nota 2: Observar a previsão dos benefícios contidos em acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho e aten-
tar-se ao disposto no art. 6º desta Instrução Normativa.

Quadro-Resumo do Módulo 2 - Encargos e Benefícios anuais, mensais e


diários

ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E


2 VALOR (R$)
DIÁRIOS

2.1 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e Adicional de Férias

2.2 GPS, FGTS e outras contribuições

2.3 Benefícios Mensais e Diários

TOTAL

89
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO (Redação alterada pela IN nº 07/2018 SEGES/MP)

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado (RI) 

B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio


C
Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado (RI)

Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o


E
Aviso-Prévio Trabalhado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio


F
Trabalhado

TOTAL

MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO PROFISSIONAL AUSENTE


Nota 1: Os itens que contemplam o módulo 4 se referem ao custo dos dias trabalhados pelo repositor/substituto,
quando o empregado alocado na prestação de serviço estiver ausente, conforme as previsões estabelecidas na legis-
lação. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).

Submódulo 4.1 - Substituto nas Ausências Legais (Redação alterada pela IN nº 07/2018 Seges/MP)
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)

A Substituto na cobertura de férias

B Substituto na cobertura de ausências legais (RI)

C Substituto na cobertura de licença-paternidade (RI)

D Substituto na cobertura de ausência por acidente de trabalho (RI)

E Substituto na cobertura de afastamento maternidade (RI)

F Substituto na cobertura de outras ausências (especificar) (RI)

TOTAL

90
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Submódulo 4.2 - Substituto Na Intrajornada (Redação alterada pela IN nº 07/2018 Seges/MP)

4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA VALOR (R$)

Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou


A
alimentação

TOTAL

QUADRO-RESUMO DO MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO


PROFISSIONAL AUSENTE (Redação alterada pela IN nº 07/2018 Seges/MP)

CUSTO DE REPOSIÇÃO DO PROFISSIONAL


4 VALOR (R$)
AUSENTE

4.1 Substituto nas ausências legais

4.2 Substituto nas intrajornada

TOTAL

MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS

5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)

A Uniformes

B Materiais

C Equipamentos

D Outros (especificar)

TOTAL
Nota: Valores mensais por empregado.

91
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO

CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E


6 % VALOR (R$)
LUCRO

A Custos Indiretos

B Lucro

C Tributos

  C.1. Tributos Federais (especificar)

  C.2. Tributos Estaduais (especificar)

  C.3. Tributos Municipais (especificar)

TOTAL
Nota 1: Custos Indiretos, Tributos e Lucro por empregado.
Nota 2: O valor referente a tributos é obtido aplicando-se o percentual sobre o valor do faturamento.

QUADRO-RESUMO DO CUSTO POR EMPREGADO (Redação alterada pela IN


nº 07/2018 Seges/MP)

MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO CONTRATUAL (R$)

A Módulo 1 - Composição da Remuneração Valor

B Módulo 2 - Encargos e Benefícios Anuais, Mensais e Diários

C Módulo 3 - Provisão para Rescisão

D Módulo 4 - Custo de Reposição do Profissional Ausente

E Módulo 5 - Insumos Diversos

Subtotal (A + B +C+ D + E)

F Módulo 6 - Custos Indiretos, Tributos e Lucro

VALOR TOTAL POR EMPREGADO

92
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CONTROLES INTERNOS PARA TRATAMENTO


DOS RISCOS DE DESCUMPRIMENTO
DE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS,
PREVIDENCIÁRIAS E RELATIVAS AO FGTS DA
CONTRATADA – PREVISÃO DA IN Nº 05/2017
– SERVIÇOS COM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE
MÃO DE OBRA – IMPACTOS NA PLANILHA

DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA – TRATAMENTO DO


RISCO

Previsão – Decreto nº 9.507/2018 (arts. 6º e 8º) – Paga-


mento dos serviços mediante ocorrência de fato gerador
ou instituição de depósito em conta-vinculada

IN nº 05/2017 – Critérios adotados pelos controles inter-


nos para tratamento do risco: conta depósito-vinculada
ou fato gerador

93
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

INSTRUMENTOS DE CONTROLE INTERNO PARA A GESTÃO DO RISCO TRABALHISTA NAS TERCEIRIZAÇÕES

CONTA VINCULADA BLOQUEADA PARA MOVIMENTAÇÃO PAGAMENTO PELO FATO GERADOR

O que é? D A conta-depósito vinculada – bloqueada para movimentação Tal metodologia visa garantir que a
é um instrumento de gestão e gerenciamento de riscos para as Administração se responsabilize tão
contratações de serviços continuados com dedicação exclusiva de somente pelo pagamento dos custos
mão de obra pela Administração Pública Federal direta, autárquica e decorrentes de eventos efetivamente
fundacional. ocorridos, mitigando pagamentos
D O principal objetivo desse instituto reside na garantia de existência dos custos estimados existentes nas
de saldo financeiro para fazer frente aos encargos trabalhistas propostas de prestação de serviços
devidos aos empregados contratados pelas empresas terceirizadas que, muitas vezes, não se realizam,
para a prestação de serviços em órgãos e entidades. a exemplo de valores para rescisão,
ausências legais e auxílios maternidade
D Destina-se exclusivamente à provisão dos valores referentes ao e paternidade, entre outros.
pagamento das férias, 1/3 constitucional de férias e 13º salário, dos
(Caderno de Logística – Pagamento
encargos previdenciários incidentes sobre as rubricas citadas, bem
pelo Fato Gerador)
como dos valores devidos em caso de pagamento de multa sobre
o saldo do FGTS na demissão sem justa causa, dos empregados
da empresa contratada que se encontram alocados no órgão.
Dessa maneira, os recursos ficam resguardados e somente serão
liberados com expressa autorização do órgão contratante, mediante
comprovação das despesas por parte da empresa, não constituindo,
portanto, um fundo de reserva.
(Caderno de Logística – Conta Vinculada)
94
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Decreto nº 9.507/2018, art. 8º D Decreto nº 9.507/2018, art. 8º


D IN nº 05/2017, art. 18, Anexo VII-B – D IN nº 05/2017, art. 18, Anexo VII-B – Diretrizes específicas
Fundamento Diretrizes específicas para elaboração para elaboração do ato convocatório
normativo do ato convocatório e Anexo XII -
Conta-depósito vinculada - bloqueada
para movimentação
Anexo XII da IN nº 05/2017 Montante 1: pagamento mês a mês (Anexo VII-B – Item 1.7,
O montante dos depósitos da conta- alínea “a”, da IN nº 05/2017):
depósito vinculada - bloqueada para D 1. Módulo 1: Composição da Remuneração;
movimentação será igual ao somatório D 2. Submódulo 2.2: Encargos Previdenciários e FGTS;
dos valores das seguintes provisões/ D 3. Submódulo 2.3: Benefícios Mensais e Diários;
percentuais:
D 4. Submódulo 4.2: Intrajornada;
D 13º (décimo terceiro) salário – 8,33%
D 5. Módulo 5: Insumos; e
D férias e 1/3 (um terço) constitucional
D 6. Módulo 6: Custos Indiretos, Tributos e Lucro (CITL), que
Envolvem de férias – 12,10%
será calculado tendo por base as alíneas acima.
quais rubricas? D multa sobre o FGTS e contribuição
Montante 2: pagamento na ocorrência do direito (Anexo VII-B –
social para as rescisões sem justa
Item 1.7, alíneas “b” e “c”, da IN nº 05/2017):
causa – 5%*; e
D Valores referentes a férias, 1/3 (um terço) de férias previsto
D incidência do Submódulo 2.2 sobre
na Constituição, 13º (décimo terceiro) salários, ausências
férias, 1/3 e 13º salário – 7,39% -
legais, verbas rescisórias, devidos aos trabalhadores, bem
7,60% - 7,82%
como outros de evento futuro e incerto, não serão parte
Atenção: Tribunais e Conselhos: colocar o integrante dos pagamentos mensais à contratada, devendo
percentual de cada rubrica ser pagos pela Administração à contratada somente na
ocorrência do seu fato gerador.

95
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Sim
(Regras sobre as tarifas bancárias)
Previsão edital Sim
Atenção: Tribunais e Conselhos: colocar
o percentual de cada rubrica
Escolha Escolha de um dos critérios mediante avaliação de custo benefício.
Elaboração da Percentuais previstos na IN – Tabela do
planilha da fase de Anexo XII da IN nº 05/2017 Percentuais levantados em pesquisa e históricos dos
planejamento (P1) – Judiciário – Percentuais devem ser contratos
Administração previstos em edital)
Percentual de acordo com a realidade de cada empresa.
Elaboração da planilha/
Percentuais previstos na IN – Tabela do Os encargos que dependem de percentual de incidência
proposta na licitação devem ser cotados pela empresa e considerados no
Anexo XII da IN nº 05/2017
(P3) – Licitante julgamento. O pagamento do Montante 2, na ocorrência
do direito, estará limitado aos percentuais cotados.

96
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Discriminação dos valores provisionados – Percentuais e


rubricas

> Administração Pública em geral – IN nº 05/2017,


ANEXO XII, item 14
RESERVA MENSAL PARA O PAGAMENTO DE ENCARGOS TRABALHISTAS –
PERCENTUAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO
ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento)

Férias e 1/3 Constitucional 12,10% (doze vírgula dez por cento)

**Multa sobre FGTS e contribuição


social sobre o aviso-prévio indenizado **5,00% (cinco por cento)
e sobre o aviso-prévio trabalhado

25,43% (vinte e cinco vírgula quarenta e três por


Subtotal
cento)

Incidência do Submódulo 2.2 sobre 7,39% (sete 7,60% (sete 7,82% (sete
férias, 1/3 (um terço) constitucional de vírgula trinta e vírgula seis vírgula oitenta e
férias e 13º (décimo terceiro) salário* nove por cento) por cento) dois por cento)

33,03%
32,82% (trinta 33,25% (trinta
(trinta e
e dois vírgula e três vírgula
Total três vírgula
oitenta e dois vinte e cinco por
zero três por
por cento) cento)
cento)
*Considerando as alíquotas de contribuição de 1% (um por cento), 2% (dois por cento) ou 3% (três por cento) referentes ao
grau de risco de acidente do trabalho, previstas no inc. II do art. 22 da Lei nº 8.212/1991.
Atenção: **A Lei nº 13.932/2019 extingue a contribuição social. Por esse motivo, o percentual de reserva mensal para fazer
frente à multa sobre o FGTS e à contribuição social de 5% na tabela acima deve ser adaptado para 4%. Nesse sentido, ver no-
tícia no seguinte endereço eletrônico: www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/1238-extincao-contribuicao-social-
-sobre-o-fgts.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Em síntese, a Secretaria de Gestão orienta os órgãos e as enti-


dades da Administração Pública federal, autárquica e funda-
cional, no que tange à conta vinculada, o que segue:

“ (i) Nos contratos vigentes/em andamento: [...]


b) No caso da Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada
para Movimentação, apresentado no item 14 do
Anexo XII da IN nº 5, de 2017, proceder a adequação
de planilha de formação de preços, desde 1º de
janeiro de 2020, referente à "Multa sobre FGTS e
contribuição social sobre o aviso prévio indenizado
e sobre o aviso prévio trabalhado". O percentual
que antes era de 5% (cinco por cento) passa a ser de
4% (quatro por cento).
(ii) Para as novas contratações: [...]
b) Para a Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada
para Movimentação, adequar a planilha de formação
de preços, observado o percentual explicado na
alínea ‘b’ do item (i) acima.”


ATENÇÃO

Toda a construção dos nossos exemplos parte do


pressuposto da adoção de conta vinculada como estratégia
adotada pela Administração para tratamento dos riscos.

98
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Referenciais para a definição dos percentuais

IN CJF nº 01/2016
Anexo - Quadro-resumo das retenções a serem realizadas nas con-
tratações de mão de obra residente nas dependências do órgão
PERCENTUAIS PARA CONTINGENCIAMENTO DE ENCARGOS TRABALHISTAS A
SEREM APLICADOS SOBRE A NF

VARIAÇÃO RAT AJUSTADO 0,50% A 6,00%

TÍTULO EMPRESAS SIMPLES

MÍNIMO MÁXIMO MÍNIMO MÁXIMO


Grupo A - Submódulo 4.1 - IN nº
34,30% 39,80% 28,50% 34,00%
02/08 MPOG:
RAT 0,50% 6,00% 0,50% 6,00%
13º salário 9,09 9,09 9,09 9,09
Férias 9,09 9,09 9,09 9,09
1/3 Constitucional 3,03 3,03 3,03 3,03
Subtotal 21,21 21,21 21,21 21,21
Incidência do Grupo A* 7,28 8,44 6,04 7,21
***Multa do FGTS 4,36 4,36 4,36 4,36

Encargos a contingenciar 32,85 34,01 31,61 32,78


Taxa da conta deposito vinculada
(inc. IV, art. 3º da IN)**
Total a contingenciar
* A incidência recai sobre as verbas de 13º salário, férias e 1/3 constitucional, variando de acordo com o RAT ajustado
da empresa.
** Caso o contrato firmado entre a empresa e o banco oficial tenha precisão de desconto da taxa de abertura e manu-
tenção diretamente na conta-depósito vinculada, esse valor deverá ser retido da fatura e devolvido à conta-depósito
vinculada, nos termos do inc. VIII do art. 17 da Resolução CNJ nº 169/2013.
*** Observar que o percentual de 4,36 comportava a incidência da Contribuição Social (10%), que, atualmente, en-
contra-se revogada, desde janeiro de 2020, pela Lei nº 13.932/2019, art. 12.

99
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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IN STJ Nº 15/2019 – ANEXO I


PERCENTUAIS PARA CONTINGENCIAMENTO DE ENCARGOS TRABALHISTAS A SEREM APLICADOS SOBRE A
REMUNERAÇÃO
VARIAÇÃO RAT AJUSTADO 0,50% A 6,00%
OPTANTES DA
TÍTULO OUTROS REGIMES OPTANTES DO CONTRIBUIÇÃO
DE TRIBUTAÇÃO SIMPLES PREVIDENCIÁRIA SOBRE
A RECEITA BRUTA

Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín.


34,30% 39,80% 28,50% 34,00% 14,30% 19,80%
0,50% 6,00% 0,50% 6,00% 0,50% 6,00%

13º salário 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33%


Férias 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33%
1/3 Constitucional 2,78% 2,78% 2,78% 2,78% 2,78% 2,78%
Subtotal 19,44% 19,44% 19,44% 19,44% 19,44% 19,44%
Incidência do Mód. 4.1 (encargos
previdenciários e FGTS e outras 6,67% 7,74% 5,54% 6,61% 2,78% 3,85%
contribuições) sobre férias +1/3 e 13º salário
*Multa do FGTS incidente sobre a
4,30% 4,30% 4,30% 4,30% 4,30% 4,30%
remuneração, férias +1/3 e 13º salário
Encargos a contingenciar 30,41% 31,48% 29,28% 30,35% 26,52% 27,59%
Taxa da conta depósito vinculada
Total a contingenciar
1) A retenção em conta-depósito vinculada incidirá sobre os valores das rubricas previstas no art. 4º da Resolução CNJ nº 169/2013.
2) No primeiro e no último mês de vigência do contrato, a Administração reterá integralmente a parcela relativa aos encargos de férias e 13º salário, quando a
prestação de serviços for igual ou superior a 15 dias.
3) Eventuais despesas para abertura e manutenção da conta-depósito vinculada deverão ser suportadas pelos custos administrativos constantes na proposta
comercial da contratada.
4) Os valores referentes à abertura da conta-depósito vinculada, à sua manutenção e às demais taxas serão retidos do pagamento mensal devido à contratada e credi-
tados na conta, caso o banco oficial promova o desconto diretamente na conta.
5) Os saldos da conta depósito vinculada serão remunerados pelo índice de poupança.
* Observar que o percentual de 4,30 comportava a incidência da contribuição social (10%), que, atualmente, encontra-se revogada, desde janeiro de 2020, pela
Lei nº 13.932/2019, art. 12.

ATENÇÃO
Toda a construção dos nossos exemplos parte do pressuposto
da adoção de conta vinculada como estratégia adotada pela
Administração para tratamento dos riscos.
100
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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PLANILHA DE CUSTOS E COMPOSIÇÃO DE


PREÇOS

MÓDULO 1 – COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

SALÁRIO-BASE
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
ADICIONAL NOTURNO
ADICIONAL DE HORA NOTURNA REDUZIDA
OUTROS (ESPECIFICAR)

SALÁRIO-BASE

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


A Salário-Base
Nota 1: O Módulo 1 refere-se ao valor mensal devido ao empregado pela prestação do serviço no período de 12 meses.

Salário (CLT, arts. 457 e 458) – Salário-utilidades –


Parcelas não integrantes
D A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não apresenta con-
ceitos específicos de salário e de remuneração. Por sua vez, a
doutrina convencionou denominar "salário" tudo aquilo que
é devido e pago diretamente ao empregado pelo emprega-
dor. Já a "remuneração" é entendida como o montante que
o empregado recebe de seu empregador acrescido do mon-
tante que recebe de terceiros.
101
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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D Muito embora a CLT não apresente conceitos de salário e de remuneração, o art. 457, caput, discipli-
na que a remuneração é composta pelo salário acrescido das gorjetas, e seu § 1º traz a composição
salarial.

O QUE É O QUE NÃO É


SALÁRIO SALÁRIO

Fixo, gratificações legais e comissões (CLT, art. Diárias para viagem (CLT, art. 457, § 2º)
457, § 1º)
Abonos (CLT, art. 457, § 2º)
Salário in natura (CLT, art. 458, caput) Ajuda de custo (CLT, art. 457, § 2º)
Alimentação, habitação e outras verbas que a Prêmios – Liberalidades em forma de bens, serviços ou valores
empresa, por força do contrato ou do costume, em dinheiro a empregado ou grupo de empregados, em razão
conceder com habitualidade, exceto aquelas do desempenho superior ao ordinariamente esperado no
que a lei excepciona exercício de suas atividades (CLT, art. 457, §§ 2º e 4º)
Adicionais: salário-condição Utilidades expressas

Auxílio-alimentação (vedado o pagamento em dinheiro) (CLT,


art. 457, § 2º)

Assistências médica e odontológica, próprias ou não, reembolso


de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
próteses, órteses, bem como de despesas médico-hospitalares e
similares, mesmo quando concedidos em diferentes
modalidades de planos e coberturas (CLT, art. 457, § 5º)

102
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Proporcionalidade no pagamento do salário – Jornada


reduzida x J ornada de trabalho a tempo parcial

> Legislação

D Regra geral: máximo de 8 horas diárias e 44 horas sema-


nais.

D Possibilidade: contratação por menos tempo do que o li-


mite máximo, a depender da necessidade de trabalho.

CONTRATAÇÃO POR
MENOS TEMPO
discricioná ia
Co m p e t ê n c

Jornada reduzida Jornada a


inferior a 44 horas tempo parcial
ria

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DICA

Observe o documento coletivo de trabalho

> Jornada reduzida

D Salário proporcional.

D Demais direitos integrais.

D Entendimento do TST:

TST – Orientação Jurisprudencial SDI1 nº 358


SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA
REDUZIDA. EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO (redação altera-
da na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.2.2016) – Res.
202/2016, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.02.2016
I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida,
inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou qua-
renta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou
do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.

> Jornada a tempo parcial

D Até 26 horas semanais (com possibilidade de realização de


até 6 horas extras por semana) ou até 30 horas semanais
(sem possibilidade de realização de horas extras). Quando
viável, as horas extras poderão ser compensadas direta-

104
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mente até a semana imediatamente posterior à de sua exe-


cução, ou deverão ser quitadas na folha de pagamento do
mês subsequente (caso não sejam compensadas).

D O pagamento do salário será realizado de forma proporcional.

ATENÇÃO

Quais os cuidados principais?

Não confundir com trabalho intermitente.

Cautelas – Possibilidade de contratação sem as


especificidades desse contrato.

? Pergunta: E o que é um trabalho intermitente?

> Trabalho intermitente

CONTRATO
INTERMITENTE

ALTERNA QUALQUER
SUBORDINAÇÃO PRESTAÇÃO DE ATIVIDADE,
NÃO CONTÍNUA SERVIÇOS E EXCETO
INATIVIDADE AERONAUTA

105
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PERÍODO DE
INATIVIDADE

PODE TRABALHAR
NÃO É TEMPO À NÃO É PARA OUTRO
DISPOSIÇÃO REMUNERADO EMPREGADOR EM
QUALQUER
JORNADA

PARÂMETROS: HORA DO
EMPREGADO É SALÁRIO MÍNIMO OU HORA
VALOR HORA DOS DEMAIS EMPREGADOS
CONTRATADO
NA MESMA FUNÇÃO

Empregado não Silêncio = recusa.


responde Não pode
Empregador convoca penalizar.
(3 dias antes) e
informa a jornada Não aparece: multa
Empregado aceita de 50% da
remuneração.

Trabalha:
empregador efetua
pagamento.

106
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DINÂMICA DO PAGAMENTO

Verbas: Forma e obrigação:


remuneração imediato (ao final do
período)
férias proporcionais
+ 1/3 CF/1988 discriminado
13º salário proporcional recolhe INSS/FGTS e
fornece comprovante
RSR
adicionais legais

ATENÇÃO

A Portaria nº 349, de 23 de maio de 2018, do Ministério


do Trabalho, ao estabelecer regras voltadas à execução da
Lei nº 13.467/2017, versa sobre a dinâmica do trabalho
intermitente.
É possível que essa forma de contratação seja mais utilizada
para fazer frente às substituições.

107
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Adequação do salário ao documento coletivo

D Importância para a formatação da planilha

D Negociação coletiva: consenso de normas aplicáveis a em-


pregados e empregadores

D Instrumentos da negociação – Documentos coletivos (acor-


do, convenção ou dissídio)

> Documento coletivo de trabalho – Acordo ou convenção


coletiva – Utilização para elaborar a planilha de custos

Convenção coletiva de trabalho (CCT)

Sindicato dos Sindicato dos


empregados empregadores

Abrangência:
toda a categoria

108
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Acordo coletivo de trabalho (ACT)

Uma ou mais Um ou mais


empresas sindicatos

Abrangência:
somente quem
negociou

D Obs.: a falta de negociação pode ensejar dissídio coleti-


vo e, nesse caso, teremos uma sentença normativa.

109
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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DOCUMENTO LABORAL A SER CONSIDERADO PARA


ELABORAÇÃO DA PLANILHA PELA ADMINISTRAÇÃO E PELO
LICITANTE – LINHAS GERAIS

Contratação de serviços COM


dedicação exclusiva de mão de obra

Maior parcela dos custos:


mão de obra

Documento laboral da categoria: define


direitos e obrigações que formam a grande
parcela dos custos da mão de obra

Então, é fundamental conhecer o documen-


to laboral que rege a categoria para planejar
a contratação e elaborar a planilha, julgar o
pregão, fiscalizar e gerir o contrato.

Documento coletivo  Cautelas para


preenchimento da planilha

110
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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PRIMEIRA CAUTELA – O DOCUMENTO COLETIVO DA PLANILHA


DA ADMINISTRAÇÃO

D Para a elaboração da planilha de custos na fase de plane-


jamento, o documento coletivo que a Administração deve
seguir é o que reflete o serviço a ser executado, ou seja, o
mais específico quanto às atividades/categorias envolvi-
das na prestação do serviço, no local em que o serviço será
prestado.

D Conduta da Administração: verificar, na localidade da pres-


tação de serviços, qual o sindicato mais específico quanto às
atividades/categorias envolvidas na prestação de serviços.

DICAS

O documento coletivo que será adotado em regra é o do


local da prestação do serviço e não poderá existir mais de
um sindicato representando a mesma categoria econômica
no mesmo município.
Se não houver sindicato que represente a categoria no
município, é importante checar se existe documento da
Federação ou da Confederação que alcance aquela base
municipal.

111
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Constituição Federal
Art. 8º [...]
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação
de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas
ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em
qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econô-
mica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalha-
dores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à
área de um Município;

TST – AIRR nº 651/2008-002-10-40.8 – Oitava Turma


AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. CONVEN-
ÇÃO COLETIVA DE TRABALHO. BASE TERRITORIAL. O Regional con-
cluiu ser aplicável à reclamante a convenção coletiva do Distrito
Federal, uma vez que este foi o local da prestação dos serviços,
não havendo falar em aplicação da convenção coletiva do Estado
de São Paulo. Essa decisão não viola o art. 620 da CLT, inclusive
porque o Regional relata que a reclamada não comprovou se a
norma coletiva de São Paulo era mais benéfica. Arestos inválidos
ou inespecíficos. Agravo de instrumento conhecido e não provido.
Destaque do voto:
“À luz do princípio da territorialidade, o âmbito de eficácia de uma
convenção coletiva de trabalho é definido com base no efetivo
local da prestação de serviços.

112
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


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Tendo em vista a extensão e diferenciações regionais vivenciadas


neste país, o princípio da territorialidade visa a atender às condi-
ções de trabalho peculiares ao local da prestação de serviços, sob
pena de se promover discriminação de tratamento entre traba-
lhadores de uma mesma categoria.”
“O Regional asseverou que o local da prestação de serviços é que
define o campo de aplicação da convenção coletiva de trabalho e,
por conseguinte, manteve a sentença que deferiu à reclamante os
quinquênios assegurados por força de norma coletiva celebrada
pelo Sindicato dos Empregados no comércio do Distrito Federal,
ao argumento de que os serviços foram prestados no âmbito des-
ta localidade. Assim, concluiu que não há como estender os direi-
tos previstos na convenção coletiva de São Paulo, como pretende
o reclamado, ainda que mais benéficos, uma vez que contemplam
apenas os integrantes da categoria da respectiva área territorial.”
(Relatora: Dora Maria da Costa; Data do Julgamento: 26/08/2009)

BOA PRÁTICA

Prever expressamente no edital que, na elaboração da


Planilha 1, a Administração considerou o Sindicato XX, mais
específico quanto às atividades/categorias envolvidas na
prestação do serviço.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SEGUNDA CAUTELA – O DOCUMENTO COLETIVO DA PLANILHA


DO LICITANTE

D Caso o licitante esteja vinculado a outro sindicato, deve ela-


borar sua Planilha de acordo com este, indicando em sua
proposta essa realidade e o sindicato ao qual está vincula-
do, para que a Administração tenha condições de fazer a
análise de exequibilidade de sua planilha. Portanto, é possí-
vel que o licitante elabore sua planilha com base em docu-
mento coletivo diverso do adotado pela Administração na
fase de planejamento.

D Conduta da Administração: proceder à análise do docu-


mento coletivo apresentado pelo licitante para que a Admi-
nistração tenha condições de analisar a exequibilidade da
proposta.

BOAS PRÁTICAS

Em caso de dúvida sobre o enquadramento sindical


e a composição da planilha, a Administração realizará
diligências, cabendo ao licitante demonstrar a adequação de
sua oferta.
Incluir cláusula em edital no sentido de que a empresa deve
apresentar o documento coletivo – Convenção coletiva de
trabalho (CCT) Acordo coletivo de trabalho (ACT).

114
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


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Conhecer a diferença entre os documentos coletivos e


qual poderá ser adotado, conhecer o conteúdo desses
documentos a fim de identificar se os direitos ali apontados
estão devidamente retratados na proposta da empresa.

Lembre que a CCT deve ser observada por toda a categoria


na base territorial e que o ACT deve ser observado pelas
partes que negociarem.

A CCT e o ACT prevalecem sobre a lei (art. 611-A da CLT) e o


ACT prevalece sobre a CCT (art. 620 da CLT).

Não é permitido estipular duração de ACT/CCT superior a 2


anos, sendo vedada a ultratividade.

TERCEIRA CAUTELA – ENQUADRAMENTO SINDICAL

D Entender as principais regras de enquadramento sindical é


primordial para iniciar o preenchimento da planilha da Ad-
ministração, julgar a planilha do licitante e realizar a gestão
contratual.

D O enquadramento sindical é realizado pela atividade pre-


ponderante da empresa prestadora, já que é esta que faz o
enquadramento no sindicato.

115
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ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


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Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 581. [...]
§ 2º Entende-se por atividade preponderante a que caracterizar
a unidade de produto, operação ou objetivo final, para cuja ob-
tenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente em
regime de conexão funcional.

D Quando a empresa prestadora exerce mais de uma ativi-


dade e há a possibilidade de identificar, entre elas, qual é
a preponderante, ela seguirá o sindicato que representa a
atividade preponderante.

TRT 9ª R – Acórdão nº 6.398/2000 – Terceira Turma


Ementa
ENQUADRAMENTO SINDICAL. ATIVIDADES EMPRESARIAIS DIVERSAS.
[...]
2. Pode ocorrer de o empreendimento se desenvolver através de
vários segmentos que convergem para uma única atividade dita
preponderante. No caso dos autos, verifica-se esta última hipóte-
se, sendo a atividade preponderante a da construção civil, para a
qual convergem os serviços destinados [...].
(Relatora: Rosalie Michaele Bacila Batista; Data do Julgamento: 23/04/2000)

TCU – Acórdão nº 1.097/2019 – Plenário


Voto
23. Embora a matéria possa ser objeto de alguma controvérsia
ou até mesmo de certa confusão por parte de compradores pú-

116
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

blicos, o enquadramento sindical no Brasil é matéria de ordem


pública e decorre de previsão legal, sendo definido, via de regra,
pela atividade econômica preponderante do empregador e não
em função da atividade desenvolvida pelo empregado, nos ter-
mos dos normativos acima citados e do § 2º do art. 511 da CLT. [...]
24. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho vai na li-
nha de que o enquadramento sindical do trabalhador é definido
pela atividade econômica preponderante do empregador. Veja-
-se, para ilustrar, a ementa a seguir do julgado no AIRR - 11390-
49.2016.5.15.0038, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello
Filho, Data de Julgamento: 3/4/2019, 7ª Turma, Data de Publica-
ção: DEJT 05/04/2019 (destaquei):
"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - INSTRU-
ÇÃO NORMATIVA N° 40 DO TST - ENQUADRAMENTO SINDICAL -
ATIVIDADE PREPONDERANTE DA EMPRESA. Nos termos do art.
511, § 1º, da CLT, o enquadramento sindical do empregado, no
Direito do Trabalho brasileiro, é realizado em função da ativi-
dade econômica preponderante do empregador, tendo em vis-
ta a base territorial da prestação dos serviços. No caso, o Tribunal
de origem verificou que a reclamada não é entidade beneficente
ou filantrópica, sendo inaplicáveis as normas coletivas indicadas
pela autora. Agravo de instrumento desprovido."
[...]
Acórdão
9.3.1. utilização na planilha de formação de preços de norma co-
letiva do trabalho diversa da utilizada pela Agência para a ela-
boração do orçamento estimado da contratação, tendo em vista

117
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

que o enquadramento sindical é aquele relacionado à atividade


principal da empresa licitante e não da categoria profissional a ser
contratada, em atenção aos artigos 570, 577 e 581, § 2º da CLT e
ao art. 8º, II, da Constituição Federal; (Grifo nosso)
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 15/05/2019)

D Se não for possível identificar a atividade preponderante


da empresa prestadora porque ela exerce várias ativida-
des, cada atividade econômica por ela exercida seguirá o
sindicato correspondente à categoria econômica.

TRT 9ª Região – Acórdão nº 6.398/2000 – 3ª Turma


Ementa
ENQUADRAMENTO SINDICAL. ATIVIDADES EMPRESARIAIS DIVERSAS.
1. Atividades empresariais diversas, quando distintas e indepen-
dentes, justificam enquadramento sindical correspondentes às
respectivas categorias econômicas.
(Relatora: Rosalie Michaele Bacila Batista; Data do Julgamento: 23/04/2000)

D O assunto é controvertido e exige cautela.

TST – RR nº 54900-80.2004.5.04.0122 – Sexta Turma


Ementa
RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. ENQUADRAMENTO SIN-
DICAL. TERCEIRIZAÇÃO. Se a empregadora presta serviços varia-
dos em processos de terceirização e opta por filiar-se a sindica-
to que desenvolve atividade econômica específica, como é o da

118
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ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

construção pesada, o fato de ela desenvolver outra atividade (a


intermediação de mão-de-obra em fábrica de fertilizantes, onde
empregou o reclamante) impede que possa impor aos respecti-
vos empregados o enquadramento na categoria, para eles estra-
nha, dos trabalhadores da construção pesada. Entre os males da
unicidade sindical não se inclui o de impedir que o empregador
adapte sua nova atividade preponderante à categoria econômica
pertinente, sempre que tal se fizer necessário. Recurso de revista
conhecido e provido.
(Relator: Augusto Cesar Leite de Carvalho; Data do Julgamento: 28/04/2010)

QUARTA CAUTELA – DOCUMENTO COLETIVO DA CATEGORIA


DIFERENCIADA

D Tratando-se de categoria diferenciada, o documento sindi-


cal a ser utilizado pode ser o correspondente à categoria
diferenciada. Para tanto, a negociação sindical deve ter sido
estabelecida entre a empresa e o sindicato da categoria di-
ferenciada ou entre o sindicato que representa a empresa e
o sindicato da categoria diferenciada.
D Art. 511, § 3º, CLT – Empregados – Profissões ou funções
diferenciadas: estatuto profissional especial ou condições
singulares de vida.
D Rol de categorias diferenciadas:
- Aeronautas
- Aeroviários

119
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

- Agenciadores de publicidade
- Artistas e técnicos em espetáculos de diversões (cenó-
grafos e cenotécnicos, atores teatrais, inclusive corpos de
corais e bailados, atores cinematográficos e trabalhadores
circenses, manequins e modelos)
- Cabineiros (ascensoristas)
- Carpinteiros navais
- Classificadores de produtos de origem vegetal
- Condutores de veículos rodoviários (motoristas)
- Empregados desenhistas técnicos, artísticos, industriais,
copistas, projetistas técnicos e auxiliares
- Jornalistas profissionais (redatores, repórteres, revisores,
fotógrafos, etc.)
- Maquinistas e foguistas (de geradores termoelétricos e
congêneres, exclusive marítimos)
- Músicos profissionais
- Oficiais gráficos
- Operadores de mesas telefônicas (telefonistas em geral)
- Práticos de farmácia
- Professores
- Profissionais de enfermagem, técnicos, duchistas, massa-
gistas e empregados em hospitais e casas de saúde

120
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

- Profissionais de relações públicas


- Propagandistas, propagandistas vendedores e vendedo-
res de produtos farmacêuticos
- Publicitários
- Radiotelegrafistas (dissociada)
- Radiotelegrafistas da Marinha Mercante
- Secretárias
- Técnicos de segurança do trabalho
- Tratoristas (excetuados os rurais)
- Trabalhadores em atividades subaquáticas e afins
- Trabalhadores em agências de propaganda
- Trabalhadores na movimentação de mercadorias em geral
- Vendedores e viajantes do comércio

TST – Súmula nº 374


Norma Coletiva. Categoria Diferenciada. Abrangência.
Empregado integrante de categoria profissional diferenciada não
tem o direito de haver de seu empregador vantagens previstas em
instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por
órgão de classe de sua categoria.
(Resolução nº 129/2005; DJ de 20/04/2005)

121
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS


Demais empregados
Motorista

Sindicato dos motoristas Sindicato das empresas


prestadoras de serviços

NEGOCIOU?
NÃO: CONSEQUÊNCIA =
S I M : CONSEQUÊNCIA =
sindicato das empresas
sindicato dos motoristas
prestadoras de serviços

ATENÇÃO

Não deixe de observar: veja o que pode e o que não pode


ser negociado no documento coletivo (arts. 611-A e 611-B
da CLT).
Veja com atenção a regra do § 3º do art. 614 da CLT sobre a
ultratividade das normas coletivas.

122
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Acordos e convenções coletivas de trabalho – Quadro


comparativo – R eforma trabalhista

REDAÇÃO
REFORMA: LEI Nº 13.467/2017
DA CLT

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de


trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais;
II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de
trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; a
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata
a Lei 13.189, de 19 de novembro de 2015;
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a
condição pessoal do empregado, bem como identificação
dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI - regulamento empresarial;
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho
intermitente;
IX - remuneração por produtividade, incluídas gorjetas
percebidas pelo empregado, e remuneração por
desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem
licença prévia das autoridades competentes do Ministério do
Trabalho;
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços,
eventualmente concedidos em programas de incentivo;
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.

123
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO
REFORMA: LEI Nº 13.467/2017
DA CLT

§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a


jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de
trabalho deverão prever a proteção dos empregados
contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do
instrumento coletivo.
Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção
coletiva ou de acordo coletivo de trabalho,
exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes
direitos:
I - normas de identificação profissional, inclusive as
anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
involuntário;
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
IV - salário mínimo;
V - valor nominal do décimo terceiro salário;
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
sua retenção dolosa;
VIII - salário- família;
IX - repouso semanal remunerado;
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal;
XI - número de dias de férias devidas ao empregado;
XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
um terço a mais do que o salário normal;
XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e
vinte dias;
XIV - licença- paternidade nos termos fixados em lei;
XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei;

124
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO
REFORMA: LEI Nº 13.467/2017
DA CLT

XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo


no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho
previstas em lei ou em normas regulamentadoras do
Ministério do Trabalho;
XVIII - adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou periculosas;
XIX - aposentadoria;
XX - seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do
empregador;
XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho;
XXII - proibição de qualquer discriminação no tocante
a salário e critérios de admissão do trabalhador com
deficiência;
XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz,
a partir dos quatorze anos;
XXIV - medidas de proteção legal de crianças e
adolescentes;
XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;
XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical
do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem
sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou
desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho;
XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os
interesses que devam por meio dele defender;

125
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

XXVIII - definição legal sobre os


serviços ou atividades essenciais
e disposições legais sobre o
atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade em caso
de greve;
XXIX - tributos e outros créditos de
terceiros;
XXX - disposições previstas nos arts.
373- A, 390, 392, 392- A, 394, 394-A,
395, 396 e 400 desta Consolidação.
Parágrafo único. Regras sobre
duração do trabalho e intervalos
não são consideradas como normas
de saúde, higiene e segurança do
trabalho para os fins do disposto
neste artigo.
Art. 614. Os Sindicatos convenentes
ou as empresas acordantes
promoverão, conjunta ou
separadamente, dentro de 8 (oito)
dias da assinatura da Convenção
ou Acordo, o depósito de uma via
do mesmo, para fins de registro e
arquivo, no Departamento Nacional
do Trabalho, em se tratando de
instrumento de caráter nacional
ou interestadual, ou nos órgãos
regionais do Ministério do Trabalho e
Previdência Social, nos demais casos.

126
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

§ 1º As Convenções e os Acordos
entrarão em vigor 3 (três) dias após
a data da entrega dos mesmos no
órgão referido neste artigo.
§ 2º Cópias autênticas das
Convenções e dos Acordos deverão
ser afixados de modo visível,
pelos Sindicatos convenentes,
nas respectivas sedes e nos
estabelecimentos das empresas
compreendidas no seu campo de
aplicação, dentro de 5 (cinco) dias
da data do depósito previsto neste
artigo.
§ 3º Não será permitido estipular § 3º Não será permitido estipular
duração de Convenção ou Acordo duração de convenção coletiva
superior a 2 (dois) anos. ou acordo coletivo de trabalho
superior a dois anos, sendo vedada
a ultratividade.

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

Art. 620. As condições estabelecidas Art. 620. As condições estabelecidas


em Convenção quando mais em acordo coletivo de trabalho
favoráveis, prevalecerão sobre as sempre prevalecerão sobre as
estipuladas em Acordo. estipuladas em convenção coletiva
de trabalho.

127
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Súmula do TST impactada

D A Súmula nº 277 do TST, antes da reforma, já havia sido


suspensa por liminar monocrática do Ministro Gilmar
Mendes, na ADPF nº 323 (Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental).

TST – Súmula nº 277


CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE
TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE - RES. 185/2012, DEJT 25,
26 E 27.09.2012
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções co-
letivas integram os contratos individuais de trabalho e somente
poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação co-
letiva de trabalho.

BOAS PRÁTICAS

Em caso de dúvida sobre o enquadramento sindical


e a composição da planilha, a Administração realizará
diligências, cabendo ao licitante demonstrar a adequação de
sua oferta.
Incluir cláusula em edital no sentido de que a empresa deve
apresentar o documento coletivo – CCT/ACT.

128
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Conhecer a diferença entre os documentos coletivos e


qual poderá ser adotado, conhecer o conteúdo desses
documentos a fim de identificar se os direitos ali apontados
estão devidamente retratados na proposta da empresa.
Lembre: a CCT deve ser observada por toda categoria na
base territorial – O ACT deve ser observado pelas partes que
negociarem.
A CCT e o ACT prevalecem sobre a lei (art. 611-A da CLT), e o
ACT prevalece sobre a CCT (art. 620 da CLT).
Não é permitido estipular duração de ACT/CCT superior a 2
anos, sendo vedada a ultratividade.

ATENÇÃO

Não deixe de observar: veja o que pode e o que não pode


ser negociado no documento coletivo (arts. 611-A e 611-B
da CLT).

VEJA COM ATENÇÃO A REGRA DA CLT SOBRE A


ULTRATIVIDADE DAS NORMAS COLETIVAS

129
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

IMPORTANTE

Como o salário aparece na planilha? Dicas iniciais:

O salário pode ter várias denominações. Observe a realidade


fática.

A relação entre a jornada e o consequente salário pode


impactar o cálculo da planilha.

Avalie a necessidade de serviço a fim de definir o


quantitativo da jornada e se essa necessidade está dentro do
limite legal de horas trabalhadas.

O salário-base (que aparece na letra "A" do Módulo 1) deve


ser isolado das demais parcelas componentes do salário, que
deverão constar na letra "F - Outros" do Módulo 1.

Os adicionais (salários condição) devem aparecer em título


próprio. Veja quais incidem na realização do serviço.

Se houver necessidade de algum adicional que não esteja


discriminado no modelo da planilha, coloque o custo
correspondente na letra "F" do Módulo 1, especificando
adequadamente.

130
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

E se, em razão da reforma trabalhista, existirem parcelas


que, mesmo sendo consideradas como custo da empresa
prestadora, não mais se caracterizam como parcelas
de natureza salarial? Como esses custos aparecem na
planilha?

Parcelas que não compõem mais o salário em razão da


reforma trabalhista devem aparecer fora do Módulo 1.
Essas parcelas devem, sim, ser consideradas como custo da
empresa, mas não apresentam reflexos no cálculo de toda
a planilha. É o caso, por exemplo, do intervalo intrajornada
trabalhado, que vamos abordar posteriormente.

131
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (CLT, ART. 193 E SEGUINTES


– CF/1988, ART. 7º, INC. XXIII)
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


B Adicional de Periculosidade

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente
do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. [...]
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de traba-
lhos em motocicleta.

Caracterização – Perícia (CLT, art. 195)


Consolidação das Leis do Trabalho
Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho,
far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou En-
genheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

132
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Adicional correspondente e base de cálculo (CLT, art. 193)


Consolidação das Leis do Trabalho
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, [...]
§ 1º O trabalho em condições de periculosidade assegura ao em-
pregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário
sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou parti-
cipações nos lucros da empresa.
[...]
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da
mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por
meio de acordo coletivo.

E o cálculo?
CÁLCULO DE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Salário mensal R$ 2.100,00
Adicional de periculosidade R$ 630,00 R$ 2.100,00 x 30 %

Sobre periculosidade
D Portaria MT nº 1.885/2013 – Aprova o Anexo 3 – Atividades
e operações perigosas com exposição a roubos ou outras
espécies de violência física nas atividades profissionais de
segurança pessoal ou patrimonial – da Norma Regulamen-
tadora nº 16 – Atividades e operações perigosas.

133
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Portaria nº 1.078/2014 – Aprova o Anexo 4 – Atividades e


operações perigosas com energia elétrica – da Norma Re-
gulamentadora nº 16 – Atividades e operações perigosas.

D Portaria MTE nº 1.565/2014 – Aprova o Anexo 5 – Ativida-


des perigosas em motocicleta – da Norma Regulamentado-
ra nº 16 – Atividades e operações perigosas.1

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (CLT, ART. 189 E SEGUINTES –


CF/1988, ART. 7º, INC. XXIII)
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


C Adicional de Insalubridade

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres
aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de traba-
lho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima
dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da inten-
sidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

1 Várias portarias do Ministério do Trabalho suspenderam os efeitos da Portaria MTE nº 1.565/2014, por vezes
de forma integral, por vezes apenas para algumas empresas, associações ou sindicatos. No ano de 2018, a
Portaria MTB nº 458 anulou a Portaria que anulava os efeitos da Portaria MTE nº 1.565/2014 relativamente
às empresas associadas à ABEPREST. Assim, para as empresas dessa associação, a norma voltou a produzir
seus efeitos normalmente. Ainda, cumpre observar que os efeitos da Portaria MTE nº 1.565/2014 haviam
sido suspensos (integralmente) pela Portaria MTE nº 1.930/2014, que, por sua vez, em menos de um mês, foi
revogada pela Portaria MTE nº 5/2015. O assunto deve ser devidamente acompanhado.

134
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Caracterização e classificação
Consolidação das Leis do Trabalho
Art. 190. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das ativi-
dades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios
de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos
agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de ex-
posição do empregado a esses agentes.
Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho,
far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou En-
genheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

Adicional correspondente e base de cálculo

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima
dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Traba-
lho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento)
do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus
máximo, médio e mínimo.

135
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Na determinação da base de cálculo, considere:

TST – Súmula nº 228


Adicional de insalubridade. Base de cálculo.
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vin-
culante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalu-
bridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais
vantajoso fixado em instrumento coletivo.
(Resolução nº 148, de 26 de junho de 2008, do Pleno do
TST, publicada no DJ nº 127, de 04/07/2008)

Obs.: mediante liminar em Reclamação Constitucional nº 6.266,


movida pela Confederação Nacional da Indústria, em julho de
2008, o STF suspendeu a execução da Súmula nº 228 do TST.

D Em 12 de janeiro de 2009, o TST veiculou em seu site (www.


tst.gov.br) notícia com o seguinte teor:

- "No julgamento que deu origem à Súmula Vinculante nº


4, esta Corte entendeu que 'o adicional de insalubridade
deve continuar sendo calculado com base no salário míni-
mo, enquanto não superada a inconstitucionalidade por
meio de lei ou convenção coletiva', reafirmou o ministro
Gilmar na ocasião. O teor dessa decisão tem sido mencio-
nado pelo ministro Moura França nos despachos em que
nega seguimento aos recursos extraordinários."

136
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Em consequência, até que seja editada lei sobre a matéria


ou celebrada convenção coletiva que regule o adicional de
insalubridade, a base de cálculo dessa parcela, de acordo
com o entendimento mais atual do TST, continua a ser o sa-
lário mínimo.

TST – ROAR nº 273/2006-000-17-00 – SDI-2


Voto
O v. acórdão embargado deu provimento ao recurso ordinário in-
terposto pela autora - Companhia Vale do Rio Doce - CVRD -, ao
entendimento assim ementado, verbis:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. VIOLAÇÃO LI-
TERAL DE LEI. ARTIGO 192 DA CLT. SUPERVENIÊNCIA DA SÚMULA
VINCULANTE Nº 04 DO STF.
Nos termos da liminar concedida pelo Egrégio Supremo Tribunal
Federal suspendendo a aplicação da nova redação da Súmula nº
228 do TST, que, com base na Súmula Vinculante nº 4 do Supremo
Tribunal Federal, dispôs que o adicional de insalubridade não de-
veria ser calculado mais sobre o salário mínimo, mas sim sobre o
salário básico, não há que se falar em mudança do critério adota-
do para a base de cálculo do adicional de insalubridade – do salá-
rio mínimo para o salário básico. Portanto, até que se tenha base
normativa regulamentando a situação, continua-se entendendo
que a base de cálculo para o adicional de insalubridade é o salário
mínimo. Recurso ordinário provido.
(Relator: Renato de Lacerda Paiva; Data do Julgamento: 23/09/2009)

137
E o cálculo?

CÁLCULO DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE


Salário mínimo R$ 1.100,00
Ex.: médio (20%)
Grau de insalubridade
Observar a graduação da perícia

Adicional de
R$ 220,00 R$ 1.100,00 x 20%
insalubridade

A Súmula nº 448 do TST versa sobre insalubridade e instala-


ções sanitárias de grande circulação.

TST – Súmula nº 448


ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NOR-
MA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO
TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do
item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adi-
cional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na
relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou cole-
tivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se
equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o paga-
mento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo
o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78
quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.

138
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


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Sobre o assunto, veja a seguinte notícia do Tribunal Supe-


rior do Trabalho:

Notícias – Servente que limpa banheiros de fórum


receberá adicional de insalubridade
Para a 1ª Turma, o caso não se equipara à limpeza de residência e
escritórios
21/01/20 - A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Liderança Limpeza e Conservação Ltda., de Criciúma
(SC), a pagar o adicional de insalubridade a uma servente que tra-
balhava na limpeza de banheiros do Fórum de Justiça local. Se-
gundo a Turma, circula pelo local um número indeterminado de
pessoas com rotatividade considerável, o que justifica o deferi-
mento da parcela.
A empregada afirmou na reclamação trabalhista que ela e mais
quatro empregados higienizavam e recolhiam o lixo de nove ba-
nheiros do fórum, dos quais cinco eram usados por servidores e
quatro pelo público geral. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região (SC), no entanto, entendeu que não havia a caracterização
da limpeza de banheiros de uso público ou coletivo de grande
circulação no local periciado.
Grau máximo
O relator do recurso de revista da servente, ministro Dezena da Sil-
va, observou que, de acordo com o entendimento do TST em casos
semelhantes, a atividade de se enquadra no Anexo 14 da Norma Re-
gulamentadora 15 do extinto Ministério do Trabalho, por se tratar de
estabelecimento em que circula indeterminado número de pessoas
e de considerável rotatividade. Segundo o relator, a situação não se

139
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equipara à limpeza em residências e escritórios e, nos termos da Sú-


mula 448 do TST, garante ao empregado o adicional de insalubridade
em grau máximo, equivalente a 40% do salário mínimo.
A decisão foi unânime. Processo: RR-325-15.2017.5.12.0003
(TST – Tribunal Superior do Trabalho. Servente que limpa banheiros
de fórum receberá adicional de insalubridade. 21 jan. 2020. Disponível
em: http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/
servente-que-limpa-banheiros-de-forum-recebera-adicional-de-in
salubridade?inheritRedirect=false. Acesso em: 10 mar. 2020.)

Gestação e lactação em trabalho insalubre – Reforma


trabalhista

ATENÇÃO

Você deve saber que o Plenário do Supremo Tribunal


Federal (STF), em 29/05/2019, por maioria de votos, julgou
procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº
5.938 para declarar inconstitucionais trechos de dispositivos
da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inseridos pela
reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), que admitiam
a possibilidade de trabalhadoras grávidas e lactantes
desempenharem atividades insalubres em algumas hipóteses.
Para a corrente majoritária, a expressão “quando apresentar
atestado de saúde, emitido por médico de confiança da
mulher”, contida nos incs. II e III do art. 394-A da CLT, afronta a
proteção constitucional à maternidade e à criança.

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ADICIONAL NOTURNO (CLT, ART. 73 – CF/1988, ART. 7º, INC.


IX) – ADICIONAL DE HORA NOTURNA REDUZIDA
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


D Adicional Noturno
E Adicional de Hora Noturna Reduzida

D Diferença entre hora noturna e hora diurna – Determinação


constitucional (CF/1988, art. 7º, inc. IX)

D CLT em sintonia com o mandamento constitucional – Adi-


cional conferido

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...] o trabalho noturno terá remuneração superior à do
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de
20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

Período considerado noturno

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho
executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco)
horas do dia seguinte.

141
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Hora ficta noturna

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cin-
qüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

IMPORTANTE

A cada 52 minutos e 30 segundos trabalhados no período


noturno, o empregado conquista 1 hora de trabalho. Assim,
importa conhecer o demonstrativo de um horário de trabalho
noturno.

TABELA - DEMONSTRATIVO DE HORAS DE


TRABALHO NOTURNO - CONTAGEM

das 22h às 22h 52min 30s (1ª h noturna)


das 22h 52min 30s às 23h 45min (2ª h noturna)
das 23h 45min à 00h 37min 30s (3ª h noturna)
da 00h 37min 30s à 01h 30min (4ª h noturna)
da 01h 30min às 02h 22min 30s (5ª h noturna)
das 02h 22min 30s às 03h 15min (6ª h noturna)
das 03h 15min às 04h 07min 30s (7ª h noturna)
das 04h 07min 30s às 05h (8ª h noturna)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ATENÇÃO

O horário demonstrado apresenta a contagem corrida das


horas. Contudo, se a jornada definida for de 8 horas diárias, é
necessário um intervalo que, a princípio, será de, no mínimo, 1
hora e, no máximo, 2 horas, não computado na jornada.
O intervalo dentro da jornada não comporta contagem ficta
porque não é trabalhado. Assim, para jornada diária superior
a 6 horas ele será de, no mínimo, 60 minutos, como veremos
oportunamente.

TABELA DE DEMONSTRATIVO DA JORNADA


COM EXEMPLO DE INTERVALO MÍNIMO PARA
REPOUSO E ALIMENTAÇÃO DE 1 HORA

das 22h às 22h 52min 30s (1ª h noturna)


das 22h 52min 30s às 23h 45min (2ª h noturna)
das 23h 45min à 00h 37min 30s (3ª h noturna)
da 00h 37min 30s à 01h 30min (4ª h noturna)
da 01h 30min às 02h 30min (intervalo)
da 02h 30min às 03h 22min 30s (5ª h noturna)
das 03h 22min 30s às 04h 15min (6ª h noturna)
das 04h 15min às 05h 07min 30s (7ª h noturna)
das 05h 07min 30s às 06h (8ª h noturna)

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Horários mistos

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem pe-
ríodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno
o disposto neste artigo e seus parágrafos.

O adicional noturno em jornadas mistas (parte realizada no


período diurno e parte no noturno) repercute sempre no perí-
odo considerado noturno. Assim, para o cálculo, importa sepa-
rar o período diurno do noturno, aplicando a redução da hora
e o adicional noturno somente em relação ao período noturno.

Prorrogação do trabalho noturno

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto
neste Capítulo.

TST – Súmula nº 60
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e pror-
rogada esta, devido é também o adicional noturno quanto às ho-
ras prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º da CLT.

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Integração do adicional noturno


TST – Súmula nº 60
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário
do empregado para todos os efeitos.

Repercussão do adicional noturno na planilha


O adicional noturno, uma vez devido, ainda impactará os
seguintes módulos e submódulos da planilha:
Módulo 1 - Composição da remuneração
O que tem repercussão:
D adicional noturno
D hora noturna adicional
* Repercussão no repouso semanal remunerado.
Módulo 2 - Encargos e Benefícios Anuais, Mensais e Diários
Submódulo 2.1 - 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e Adicional de Férias

A 13º (décimo terceiro) Salário

B Férias e Adicional de Férias

Submódulo 2.2 - Encargos Previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e outras contribuições

A INSS

B Salário Educação

C SAT

D SESC ou SESI

E SENAI - SENAC

F SEBRAE

G INCRA

H FGTS

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Módulo 3 - Provisão para Rescisão

A Aviso-Prévio Indenizado

B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado

C Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado

Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o Aviso-Prévio


E
Trabalhado

F Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio Trabalhado

Módulo 4 - Custo de Reposição do Profissional Ausente


Submódulo 4.1 - Substituto nas ausências legais

A Substituto na cobertura de férias*

B Substituto na cobertura de ausências legais

C Substituto na cobertura de licença-paternidade

D Substituto na cobertura de ausência por acidente de trabalho

E Substituto na cobertura de afastamento maternidade

F Substituto na cobertura de outras ausências (especificar)

Submódulo 4.2 - Substituto na intrajornada

A Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou alimentação

E o cálculo do adicional no período noturno?

A depender de situações concretas, o adicional noturno


será calculado de forma diferente. Assim, podemos consi-
derar duas grandes premissas, a saber:

CRITÉRIO TÉCNICO

ADICIONAL
NOTURNO - CÁLCULO

CRITÉRIO PRÁTICO

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ATENÇÃO

A CLT, ao tratar do trabalho noturno, registra que a duração


da hora noturna é menor do que 60 minutos e que sobre ela
será calculado o adicional noturno. Assim, o critério técnico é
o que retrata a transformação inicial das horas para a devida
aplicação do correspondente adicional noturno.

> Critério técnico para cálculo do adicional no período


noturno – Procedimento

Pa s s o Soma quantidade de horas


nº 01 (60 minutos)

Transforma em horas de 52 Pas s o


minutos e 30 segundos nº 02

QUANTIDADE DE HORAS
Resultado NOTURNAS

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Transformação da hora: divide-se 60 por 52,5 e se obtém um


coeficiente (1,1428571), o qual, aplicado sobre o montante de
horas trabalhadas (consideradas como de 60 minutos), é capaz
de identificar o quantitativo de horas noturnas efetivamente
trabalhadas (computadas como de 52 minutos e 30 segundos).

Calcula o valor Valor do


do adicional adicional RESULTADO
noturno noturno final

Preencher:
Valor do adicional adicional noturno
20% de 1 hora noturno sobre a
de trabalho Zerar: adicional
quantidade de
de hora noturna
horas notunas
reduzida

O modelo da planilha apresenta outra forma para cálculo do


adicional noturno. É o que denominamos “critério prático”. Por
esse motivo, o cálculo pelo critério técnico deve ser considera-
do, em especial, para fins de julgamento. Se a Administração
vai seguir o modelo da planilha, os cálculos serão realizados
em separado (critério prático), mas existe a possibilidade de
cálculo diferente (critério técnico) apresentado na planilha do
licitante.

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> Critério prático para cálculo do adicional noturno –


Procedimento

D Esse cálculo divide o cálculo do adicional noturno em


duas etapas, já que, primeiramente, calcula-se o adicio-
nal noturno sobre o quantitativo de horas trabalhadas
consideradas como de 60 minutos e, depois, calcula-se
novamente o adicional sobre a diferença de minutos
existentes entre hora com duração de 60 minutos e hora
com duração de 52 minutos e 30 segundos.

D De toda sorte, o somatório das duas etapas deverá sem-


pre corresponder ao resultado final do cálculo efetuado
pelo critério prático.

D Como visto, a planilha apresenta o cálculo do adicional


noturno em duas etapas. Em nosso exemplo, apresenta-
mos o cálculo do adicional noturno como adotado pela
planilha.

> Veja o cálculo do critério prático no passo a passo, que


deve ser feito em duas etapas

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PRIMEIRA ETAPA DO CÁLCULO


Passo a passo do adicional noturno com exemplo de
cálculo pelo critério prático

1º PASSO
Somar a quantidade de horas trabalhadas
no relógio (considerar a duração de 60
minutos) que recaírem no período noturno.

2º PASSO
Aplicar sobre o somatório das horas de 60
minutos o adicional noturno (20%).

3º PASSO
Apor no campo “adicional noturno".

> Entendendo o cálculo


Atenção: antes de iniciar o cálculo é necessário entender
o racional. Nosso exemplo parte do seguinte racional:
D jornada semanal de 44 horas, de segunda-feira a sábado
D dias úteis: 25
D quantidade de repousos no mês: 5
D jornada diária: 7 horas e 20 minutos, que equivalem, em
centesimal, a 7,33 (7,33 x 6 = 44)
D equivalência dos dias úteis: 7,3333 x 25 = 183,33 (25 dias
com horas consideradas como de 52 minutos e 30 segundos)

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LEMBRE

Se dividirmos o total de 183,33 pelo coeficiente, teremos o


total de horas no relógio, como de 60 minutos. Veja: 183,33
÷ 1,1428571 = 160,41

Se multiplicarmos o total de 160,41 pelo coeficiente, tere-


mos o total de horas noturnas, como de 52 minutos e 30
segundos. Veja: 160,41 x 1,1428571 = 183,33

Então, para que o empregado trabalhe 7,33 durante 25


dias (jornada de 44 horas semanais), em período noturno,
deverá trabalhar mensalmente 160,41 no relógio (160 ho-
ras e 25 minutos).

EXEMPLO: CÁLCULO DO ADICIONAL NOTURNO (AN)


Soma da quantidade de horas
Horas noturnas
160,41 trabalhadas (contadas no
(duração de 60
(160 horas e relógio como de 60 minutos)
minutos)
25 minutos) que recaírem no período
Veja direto no relógio
noturno

Valor do adicional R$ 2.730,00 ÷ 220 = R$ 12,41


R$ 2,48
noturno de 1 hora R$ 12,41 x 20%

Valor total do
adicional noturno
160,41 x 2,48 (valor do adicional
do mês R$ 397,82
noturno)
Aplique direto o AN sobre
as horas do relógio

151
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SEGUNDA ETAPA DO CÁLCULO


Passo a passo do adicional de hora noturna reduzida com
exemplo de cálculo pelo critério prático

1º PASSO
Olhar a quantidade de horas no relógio
(considerar a duração de 60 minutos) que
apurou para calcular o adicional noturno.

2º PASSO
Apurar a diferença entre hora noturna e hora diurna
(de 52 minutos e 30 segundos para 60 minutos, que
resulta em 7 minutos e 30 segundos) e multiplicar pela
quantidade de horas trabalhadas em período noturno
(contadas como de 60 minutos).

3º PASSO
Aplicar sobre o somatório das horas o adicional
noturno (20%).

4º PASSO
Apor no campo “adicional de hora noturna reduzida”.

LEMBRE

O somatório do critério prático (com separação entre


“adicional noturno” e “adicional de hora noturna reduzida”)
corresponde ao mesmo cálculo do critério técnico (em
que, primeiramente, é feita a transformação das horas de
60 minutos para 52 minutos e 30 segundos e, depois, é
calculado o “adicional noturno”).

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EXEMPLO: CÁLCULO DO ADICIONAL DA HORA NOTURNA REDUZIDA

Em jornada de 7 horas e 20 minutos


(7,3333 na máquina) de segunda a
sábado durante 25 dias, temos um
total de *183,33 (7h33 min. x 25d)
Do total de 183,33, diminuímos
a soma da quantidade de horas
Horas noturnas trabalhadas (contadas no relógio
(diferença 22,92 como de 60min), que recaíram
entre 60min e no período noturno, já apuradas
(22h55min)
52min30s) (**160,41, que equivalem a
160h25min)
183,33 – 160,41 = horas noturnas
*horas com duração de 52h30min
**horas com duração de 60min
160,41 x 1.1428571 = 183,33
183,33 ÷ 1.1428571 = 160,41

Valor do adicional Sobre as horas noturnas, aplique


noturno sobre a o valor do adicional noturno já
diferença da hora R$ 56,84 calculado anteriormente
normal para a hora 22,92 x 2,48 (valor do adicional
noturna reduzida noturno)

Cálculo do reflexo do adicional noturno no repouso semanal


remunerado pelo critério prático:

D Como visto, em nosso exemplo calculamos somente o adi-


cional noturno sobre os dias úteis. Considerando que a re-
muneração do repouso semanal do empregado comporta
também o adicional noturno, dada sua habitualidade, será

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necessário, ainda, fazer o reflexo do adicional noturno sobre


o repouso semanal remunerado. Esse cálculo será explicado
em título próprio.

Na planilha de custos, o cálculo do critério prático será assim


aportado:

MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-base R$ 2.100,00

B Adicional de periculosidade R$ 630,00


C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno R$ 397,82

E Adicional de hora noturna reduzida R$ 56,84

Outros (especificar)
F X 
Reflexo do adicional noturno no RSR*
Total da remuneração  
*Vide explicação do cálculo e estrutura em título próprio.

ATENÇÃO

Se a prestação de serviço que se pretende contratar envolver


a jornada de 12 x 36 prestada em jornada mista (parte do
período diurno e parte do período noturno), o trabalho
noturno deve ser adaptado à legislação que a reforma
trabalhista apresentou para a jornada 12 x 36.

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OUTROS (ESPECIFICAR)
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


F Outros (especificar)

Principais considerações para a composição da letra "F" –


Outros, devidamente especificados
D Considerando que o Módulo 1 registra a composição da re-
muneração conferida ao empregado que vai realizar o serviço,
é importante que todas as parcelas que podem ser entendi-
das como componentes da remuneração, pagas com caráter
salarial, estejam aqui retratadas, devidamente especificadas
e com o memorial de cálculo respectivo.

D Assim, lembre de colocar aqui as demais parcelas compo-


nentes da remuneração do trabalhador, de acordo com a
necessidade de contratação, avaliando, inclusive, se o docu-
mento coletivo utilizado para a composição do preço prevê
alguma parcela de natureza salarial. É o caso, por exemplo
do reflexo do adicional noturno sobre o repouso sema-
nal remunerado, bem como das demais verbas conferidas
(mesmo por força de documento coletivo da categoria) que
possam ser consideradas como componentes da remune-
ração.

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D Contudo, tenha a cautela de verificar se todas as verbas aqui


alocadas vão ou não compor o cálculo dos demais módulos
e submódulos. Se essa composição não acontecer, é impor-
tante destacar essas parcelas para que não impliquem gor-
dura na planilha.

LEMBRE

Tudo o que é considerado salário, exceto o salário-base e os


adicionais que já foram discriminados, deve constar aqui.

EXEMPLO DE CÁLCULO APORTADO NA LETRA “F” – OUTROS,


DO MÓDULO 1 DA PLANILHA DE CUSTOS

Feriados e repouso semanal remunerado (RSR) –


Repercussões na planilha

D A Lei nº 605/1949 regula a questão dos dias de feriados e


repousos semanais em nosso ordenamento jurídico.

Lei nº 605/1949
Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remune-
rado [...] nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição
local.

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D A remuneração do repouso semanal, para os empregados


que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês é de um
dia de serviço. Portanto, algumas verbas percebidas em ra-
zão de horas ou dias devem refletir no cálculo do repouso.

D O adicional de insalubridade e o adicional de periculosi-


dade, por serem calculados sobre uma base mensal, e não
sobre uma base de hora, não repercutem no cálculo do re-
pouso semanal remunerado.

D A Lei nº 605/1949, em seu art. 7º, alíneas “a” e “b”, determina
a integração das horas extras habitualmente realizadas no
cálculo do repouso semanal remunerado.
D Da mesma forma que as horas extras integram o cálculo do
repouso, o adicional noturno também o integra. Contudo,
quando todo o trabalho for prestado em período noturno, é
comum que o adicional noturno seja computado direto sobre
o salário. Nesse caso, automaticamente, o adicional noturno
já está refletindo no repouso, não necessitando que nenhum
cálculo em separado seja realizado.
D O cálculo do reflexo do repouso semanal remunerado deve
ser realizado em separado do salário e dos adicionais, po-
dendo ser detalhado no campo “Outros” (letra “F”) da “Re-
muneração”, desde que devidamente especificado.

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> Cautelas – Entendimento do Tribunal Superior do


Trabalho

TST – Orientação Jurisprudencial SDI1 nº 394


REPOUSO SEMANAL REMUNERADO (RSR). INTEGRAÇÃO DAS HO-
RAS EXTRAS. NÃO REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DO
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, DO AVISO-PRÉVIO E DOS DEPÓSITOS
DO FGTS. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)
A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em ra-
zão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não
repercute no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso-
-prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de bis in idem.

D Assim, muito embora o reflexo do repouso semanal remu-


nerado conste no campo “Outros”, esse valor deve ser exclu-
ído da base de cálculo do 13º salário, das férias acrescidas
do terço e do aviso-prévio*.

*Divergências de entendimentos nos tribunais trabalhistas


culminaram no julgamento recente de um caso que discu-
tia o tema, o qual foi objeto de recurso repetitivo no TST
(TST-IRR-10169-57.2013.5.05.0024), com julgamento pela
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais – SBDI-
1. A decisão da SBDI-1 do TST foi em sentido contrário à
OJ 394. Cautela: o posicionamento do TST sobre o assunto
poderá ser formalmente alterado.

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Como deve ser o cálculo do reflexo das horas noturnas no


repouso ?

D Para o cálculo do reflexo das horas noturnas no repouso,


pode ser considerado um mês base qualquer. Assim, o total
das horas noturnas do mês deve ser dividido pela quantida-
de de dias úteis do mês e multiplicado pela quantidade de
repousos e feriados do mês.

D Ainda, por meio desse mesmo racional, é possível substi-


tuir esse mês base por uma base anual (considerando o ca-
lendário anual), que será dividida pelos dias úteis do ano e
multiplicada pelos repousos e feriados do ano, ou, ainda,
pode ser considerado um percentual mediano aplicado so-
bre o salário.

> Exemplo de cálculo do reflexo do adicional noturno no


RSR em percentual

D Dados a serem considerados:

- Total do adicional noturno no mês: R$ 454,66 (consideran-


do o somatório das letras “d” e “e”, respectivamente “adi-
cional noturno” e “adicional de hora noturna reduzida").

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- Dica: RSR de 20% aplicado sobre a remuneração: consi-


dera como média um mês de 30 dias com 25 dias úteis e 5
RSR (domingos/feriados).

- 5 ÷ 25% = 20. Assim, o percentual é de 20% a ser aplicado


sobre o total do adicional noturno.

CÁLCULO DO REFLEXO DO ADICIONAL NOTURNO NO RSR

Reflexo do adicional noturno


R$ 90,93 R$ 454,66 X 20%
no RSR

Como fica na planilha o cálculo do reflexo do adicional


noturno no rsr ?

MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO


COMPOSIÇÃO DA
1 VALOR (R$)
REMUNERAÇÃO
A Salário-base R$ 2.100,00
B Adicional de periculosidade R$ 630,00
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno 397,82
Adicional de hora noturna
E 56,84
reduzida
Outros (especificar) R$ 90,93
Reflexo do adicional noturno
F R$ 397,82 + R$ 56,84 = R$ 454,66
no repouso semanal
remunerado [ATENÇÃO*] R$ 454,66 x 20% = R$ 90,93

Total  

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ATENÇÃO

Não esqueça que esse reflexo é computado para os encargos


de INSS, FGTS e outras contribuições, mas não é computado
para as demais verbas! Sugestão:

MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO –


SUGESTÃO PARA ESTRUTURA

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-base R$ 2.100,00
B Adicional de periculosidade R$ 630,00
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno 397,82
E Adicional de hora noturna reduzida 56,84
SUBTOTAL – Pode-se denominar de total do
Módulo 1, e essa será a base de cálculo para
o apuração dos valores de férias, 13º salário, R$ 3.184,66
aviso-prévio e FGTS correspondentes a
essas verbas.
R$ 90,93
Outros (especificar)
R$ 397,82 + R$ 56,84 =
Reflexo do adicional noturno no
F R$ 454,66
repouso semanal remunerado
[ATENÇÃO*] R$ 454,66 x 20% =
R$ 90,93
Total geral – Pode-se denominar de custo
R$ 3.275,59
geral da composição da remuneração

*ATENÇÃO: sobre a letra “F” deve ser


Base de cálculo sobre a qual
calculado o Submódulo 2.2 – Encargos
serão recolhidos os encargos =
previdenciários, o FGTS e outras
R$ 3.275,59
contribuições (R$ 90,93 + Subtotal)

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> E se o dia de feriado for trabalhado, existirá algum cálculo


a ser aportado na planilha?

Lei nº 605/1949
Art. 6º [...]
§ 3º Nos serviços em que for permitido o trabalho nos feriados ci-
vis e religiosos, a remuneração dos empregados que trabalharem
nesses dias será paga em dobro, salvo se a empresa determinar
outro dia de folga.

D Se o mesmo empregado que presta serviços vai trabalhar


normalmente em dia do feriado, sem ter a folga correspon-
dente, o feriado será pago em dobro.
D Se for esse o caso, importa, então, considerar na planilha
esse custo, apurando o quantitativo médio de feriados do
ano em dobro.
D Na prática, o trabalho realizado em dia de feriado é bem mais
comum em jornadas de 12 x 36, mas a reforma trabalhista, ao
regular a jornada 12 x 36, determinou que dias de repouso e
feriados já estão compensados pelas 36 horas de descanso
seguidas das 12 horas de trabalho. Nessa jornada, não cabe a
dobra do repouso ou do feriado.
D Se a jornada não for de 12 x 36 e se houver necessidade
de trabalho em dia de feriado sem a correspondente folga
compensatória semanal, o custo deve ser aportado, e essa
realidade deve ser apresentada na planilha, na letra “F”- Ou-
tros, devidamente especificada.
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Intervalos trabalhados dentro da jornada – Repercussões na


planilha

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de
6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para re-
pouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e,
salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não pode-
rá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a dura-
ção ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração
do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição po-
derá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Co-
mércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência
Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente
às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quan-
do os respectivos empregados não estiverem sob regime de tra-
balho prorrogado a horas suplementares.

D O intervalo intrajornada deverá ser sempre concedido em


um só período, de uma única vez. Ainda que o período tra-
balhado seja noturno, o intervalo corresponderá a, no míni-
mo, 60 minutos.

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> E se o intervalo não for concedido, qual é o efeito?

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 71. [...]
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intra-
jornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados ur-
banos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória,
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquen-
ta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho. (Redação alterada pela Lei nº 13.467/2017)
[...]
Art. 75. Os infratores dos dispositivos do presente Capítulo incor-
rerão na multa de cinquenta a cinco mil cruzeiros, segundo a na-
tureza da infração, sua extensão e a intenção de quem a praticou,
aplicada em dobro no caso de reincidência e oposição à fiscaliza-
ção ou desacato à autoridade. (Grifo nosso)

> Se o intervalo for trabalhado, como ele será calculado?

D Se o intervalo for trabalhado, o cálculo que o retrata é


do período trabalhado no intervalo acrescido de 50%.
Ainda, considerando que agora sua natureza é indeniza-
tória, esse montante não será computado para nenhum
reflexo trabalhista, ou seja, não comporá o cálculo do re-
flexo no repouso semanal remunerado, das incidências
de INSS, FGTS e outras contribuições, das férias acres-
cidas do terço constitucional, do 13º salário, do aviso-
-prévio, etc.

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> Portanto, cautela!

D Embora o intervalo trabalhado não tenha caráter sala-


rial, sem outros impactos na planilha, ainda constitui
custo da contratada. Assim, sugerimos que o cálculo
desse custo siga retratado em quadro separado do Mó-
dulo 1.

> Exemplo do cálculo do intervalo trabalhado:

CÁLCULO DO INTERVALO INTRAJORNADA TRABALHADO


Salário mensal R$ 2.100,00
Periculosidade R$ 630,00
R$ 2.100,00 + R$ 630,00 =
Valor de 1 hora de R$ 2.730,00
R$ 12,41
trabalho
R$ 2.730,00 ÷ 220 = R$ 12,41
Valor do intervalo
R$ 18,62 R$ 12,41 + 50%
trabalho
Valor mensal do intervalo R$ 18,62 x 25 dias*
R$ 465,50
trabalhado *Pode ser utilizada uma média de dias úteis do mês.

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MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-base R$ 2.100,00
B Adicional de periculosidade R$ 630,00
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno

E Adicional de hora noturna reduzida

F Outros (especificar)
Total R$ 2.730,00
Lembre: sobre o valor total deverá ser calculado o Submódulo 2.2 – Encargos
previdenciários, FGTS e outras contribuições sobre o total

ATENÇÃO

O quadro a seguir não deverá compor nenhum dos demais


módulos até o Módulo 5. A partir desse módulo, o valor
deverá ser avaliado.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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QUADRO 1-A - SUGESTÃO


COMPOSIÇÃO
1-A DAS PARCELAS VALOR (R$)
INDENIZATÓRIAS
A (especificar) R$ 465,50
Intervalo trabalhado R$ 2.100,00 + R$ 630,00 = R$ 2.730,00
R$ 2.730,00 ÷ 220 = R$ 12,41
R$ 12,41 + 50% = R$ 18,62
R$ 18,62 x 25 dias* = R$ 465,50
*Pode ser utilizada uma média de dias úteis do mês.

Total R$ 465,50

D Demais parcelas pagas aos empregados que constituem


custo da empresa, mas que não têm caráter salarial (princi-
palmente, em razão da reforma trabalhista), podem ter seu
custo, como sugestão, alocado nesse quadro.

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TEMA POLÊMICO: JORNADA 12 X 36

A reforma trabalhista alterou as regras de compensação de


jornada de trabalho e regulou a adoção da jornada 12 x 36.

Jornada 12 x 36 – Quadro comparativo – Reforma


trabalhista

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta


Consolidação, é facultado às partes, mediante
acordo individual escrito, CCT ou ACT, estabelecer
horário de trabalho de 12 horas seguidas por
36 horas ininterruptas de descanso, observados
ou indenizados os intervalos para repouso e
alimentação.
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada
pelo horário previsto no caput deste artigo abrange
os pagamentos devidos pelo DSR e pelo descanso
em feriados, e serão considerados compensados
os feriados e as prorrogações de trabalho noturno,
quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do
art. 73 desta Consolidação.

Em resumo, a reforma trabalhista:

> Adoção da jornada 12 x 36


D Permitiu a adoção dessa jornada por acordo individual.

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> Adicional noturno e hora noturna reduzida

D Entendeu compensados o adicional noturno e a redu-


ção da hora noturna no período que excede as 5h da
manhã. Portanto, o adicional noturno e o cômputo da
hora reduzida acontecerão somente no período das 22h
às 5h. Esse reflexo, consequentemente, também incidi-
rá no cálculo do repouso semanal remunerado, que terá
pequena diminuição no montante do adicional noturno.

> Feriado

D Excluiu a dobra do trabalho em feriado para a jornada


12 x 36, motivo pelo qual, para essa jornada, a letra “F”
(adicional da hora extra no feriado trabalhado) do Mó-
dulo 1 (composição da remuneração) deixará de ser pre-
enchida. Como já mencionado, a revogação desse item
pela IN nº 07/2018 adaptou o modelo da planilha às al-
terações da reforma trabalhista.

> Intervalo dentro da jornada

D Determinou que os intervalos para repouso e alimenta-


ção podem ser indenizados ou compensados.

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Como será feito o cálculo na planilha da jornada 12 x 36 com


horários mistos de acordo com a reforma trabalhista ?

Nesse caso, é importante separar o período considerado diur-


no (sem adicional) e o período considerado noturno (com adi-
cional e com hora reduzida).

Se a jornada tem início às 19h e término às 7h do dia seguinte,


tem-se:

D das 19h às 22h, a jornada é normal (cada hora é computada


com duração de 60 minutos e paga sem nenhum adicional);

D das 22h até às 5h da manhã, a jornada é noturna (cada hora


é computada com duração de 52 minutos e 30 segundos e
paga com adicional noturno);

D das 5h às 7h da manhã, a jornada volta a ser normal (cada


hora é computada com duração de 60 minutos e paga sem
nenhum adicional).

Ainda, seria possível apurar o cálculo em percentual do tem-


po noturno. O cálculo dessa forma é mais simples, mas sempre
deve ser observado o documento coletivo da categoria, que
pode, a depender do caso concreto, eliminar a redução da hora.
Se for esse o caso, deverá ser realizado o ajuste no quantitativo
de horas, eliminando a hora noturna reduzida.

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> Exemplo de cálculo do adicional noturno na jornada 12 x 36


em percentual

D Dados para o cálculo:


- Salário R$ 2.100,00 + Adicional de periculosidade R$
630,00
- Base de cálculo: R$ 2.730,00 (salário-base + adicional
de periculosidade)

D Jornada: das 19h às 7h.


- Proporção de horas noturnas: das 22h às 5h = 7h -
60min (intervalo) = 6h.
- Assim, serão computadas 6 horas das 12 horas totais
da jornada (período das 22h até as 5h do dia seguin-
te), excluído o período do intervalo, que será calcula-
do em separado.
- Número de horas sobre as quais incide o adicional no-
turno dividido pelo número total de horas da jornada de
trabalho = proporção de horas noturnas em percentual.
6 ÷ 12 = 0,5
0,5 x 100 = 50%

D Valor de adicional noturno: Base de cálculo x Proporção


x Percentual
2.730,00 x 50% = 1.365,00
1.365,00 x 20% = 273,00
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Base de
Categoria Proporção Percentual Valor
Cálculo
Vigilante
2.730,00 50% 20% 273,00
12 x 36N

> Exemplo de cálculo da hora noturna reduzida na jornada


12 x 36 em percentual

D Base de cálculo: R$ 2.730,00 (salário-base + adicional de


periculosidade).
60min - 52,5 = 7,5 min
7,5 min x 6h (quantidade de horas noturnas) = 45
45 ÷ 52,5 = 0,86 (redução de hora noturna)

Proporção de horas noturnas reduzidas: a hora de redução noturna


é igual a 0,86.

0,86 (redução da hora noturna) ÷ 12 = 0,0717


x 100 = 7,17% da escala de 12h
R$ 2.730,00 x 7,17% = 195,74
195,74 x 1,20 = 234,89
Base de
Categoria Proporção Percentual Valor
Cálculo

20% (mais o valor


Vigilante 12 x 36N 2.730,00 7,17% 234,89
da hora = 1,20)

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CÁLCULO DO MÓDULO 1

Calcule o Módulo 1 a partir destes dados:


Salário = R$ 2.100,00
Jornada diurna de 44 horas
Trabalho com periculosidade

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base
B Adicional de Periculosidade
C Adicional de Insalubridade
D Adicional Noturno  
E Adicional de Hora Noturna Reduzida  
F Outros (especificar)  
TOTAL DA REMUNERAÇÃO  

ENCARTE – CÁLCULO DO MÓDULO 1

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ATENÇÃO: ENCARGOS SOBRE O MÓDULO 1

VOCÊ TEM 2 ALTERNATIVAS:

Abrir uma linha no Módulo1 - Abrir uma coluna no


alocar os encargos. Submódulo 2.2 com esse
Assim, 1º apure o Submódulo título
2.2 em %s, (regime de Assim, apure na coluna
tributação). Depois, na linha correspondente os encargos
criada, aplique o % sobre o sobre o Módulo1
Módulo1.

SUGESTÃO – ENCARGOS SOBRE O MÓDULO 1

Abrir uma linha no Módulo1 – finalidade: alocar os encargos


sobre o Módulo1. Assim, de posse do % de encargos, de acor-
do com o regime de tributação, preencha a linha.

LUCRO REAL E PRESUMIDO

Incidência dos Encargos do Submódulo


G
2.2 sobre o total da remuneração

SIMPLES NACIONAL

Incidência dos Encargos do Submódulo


G
2.2 sobre o total da remuneração

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MÓDULO 2 – ENCARGOS E BENEFÍCIOS


ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS


E ADICIONAL DE FÉRIAS
SUBMÓDULO 2.2 - ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS (GPS),
FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS) E
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES
SUBMÓDULO 2.3 - BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS

CV SUBMÓDULO 2.1 – 13º (DÉCIMO TERCEIRO)


SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO,


FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E VALOR


2.1
ADICIONAL DE FÉRIAS (R$)
A 13º (décimo terceiro) salário  

B Férias e adicional de férias

Nota 1: Como a planilha de custos e formação de preços é calculada mensalmente, provisiona-se proporcionalmente
1/12 (um doze avos) dos valores referentes a gratificação natalina, férias e adicional de férias. (Redação alterada pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).
Nota 2: O adicional de férias contido no Submódulo 2.1 corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração, que, por sua
vez, é dividido por 12 (doze), conforme Nota 1.
Nota 3: Levando em consideração a vigência contratual prevista no art. 57 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
a rubrica férias tem como objetivo principal suprir a necessidade do pagamento das férias remuneradas ao final do
contrato de 12 meses. Esta rubrica, quando da prorrogação contratual, torna-se custo não renovável. (Incluído pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).

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13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E


ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E VALOR


2.1
ADICIONAL DE FÉRIAS (R$)
A 13º (décimo terceiro) salário  

D CF/1988, art. 7º, inc. VIII – Leis nºs 4.090/1962 e 4.749/1965


– Decreto nº 57.155/1965.

D Direito: 1/12 da remuneração de dezembro, multiplicado


pelo número de meses de trabalho (ou fração igual ou su-
perior a 15 dias) no ano.

D Forma de pagamento/valor:

- 1ª parcela: até 30 de novembro;

- 2ª parcela: até 20 de dezembro.

D Encargos (Lei nº 8.036/1990, art. 15 e RPS, art. 214, §§ 6º e


7º).

ATENÇÃO

Nosso exemplo parte do pressuposto de adoção da conta-


depósito vinculada (CDV).

176
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017

ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%

CÁLCULO DA LETRA "A" DO SUBMÓDULO 2.1 –


COM CONTA-VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-A: 13º SALÁRIO – CÁLCULO - CDV
Memória do cálculo Total da Remuneração x Percentual da Tabela
Cálculo R$ 2.730,00 x 8,33%
Valor do Submódulo
R$ 227,41
2.1-A – 13º salário

CÁLCULO DA LETRA "A" DO SUBMÓDULO 2.1. –


SEM CONTA-VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-A: 13º SALÁRIO – CÁLCULO – SEM CDV
Memória do cálculo Total da Remuneração ÷ Meses do ano
[(1 ÷ 12) x 100]
Memória do cálculo
em percentual 0,0833 x 100 = 8,3333% (a ser aplicado sobre a
remuneração)

177
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

FÉRIAS E TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS


SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO,
FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E


2.1 VALOR (R$)
ADICIONAL DE FÉRIAS
B Férias e adicional de férias

D CF/1988, art. 7º, inc. XVII, e CLT, arts. 129 a 153

D Períodos aquisitivo e concessivo

PERÍODO AQUISITIVO

Contagem: data de
Período de 12 meses Exemplo:
início ao dia ime-
correspondente à 04.11.2019
diatamente anterior
aquisição do direito a 03.11.2020
do ano seguinte

PERÍODO CONCESSIVO

Contagem: data de
Período de 12 meses Exemplo:
início ao dia ime-
seguintes à data da 04.11.2020
diatamente anterior
aquisição do direito a 03.11.2021
do ano seguinte

178
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Direito e concessão


FALTAS DIREITO A FÉRIAS
até 05 30 dias
de 06 a 14 24 dias
de 15 a 23 18 dias
de 24 a 32 12 dias

> Remuneração e pagamento


D Acréscimo de 1/3 – CF/1988
D De acordo com a data da concessão
D Parcelas componentes
D Prazo para pagamento: 2 dias antes do gozo

ATENÇÃO

Nosso exemplo parte do pressuposto de adoção da conta-


depósito vinculada (CDV).
Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017
ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%

179
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CÁLCULO DA LETRA "B" DO SUBMÓDULO 2.1 –


COM CONTA-VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-B: FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS – CÁLCULO –
CDV

Memória do cálculo Total da Remuneração x Percentual da Tabela

Cálculo R$ 2.730,00 x 12,10%


Valor do Submódulo 2.1-B –
R$ 330,33
Férias e adicional de férias

CÁLCULO DA LETRA "B" DO SUBMÓDULO 2.1 –


SEM CONTA VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-B: FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS – CÁLCULO –
SEM CDV
Memória do cálculo Férias: (Total da Remuneração ÷ Meses do ano)
Terço Constitucional de Férias:
(Total da Remuneração ÷ 1/3) ÷ Meses do ano
Memória do cálculo em Férias: [(1 ÷ 12) x 100] = 8,3333%
percentual Terço Constitucional de Férias:
[(0,3333 ÷ 12) x 100] = 2,7775%
Total - 8,3333% + 2,7775% = 11,11%

> Atenção quanto ao cálculo da incidência do Submódulo


2.2 sobre o Submódulo 2.1 – Sugestão:

D O modelo atual da planilha de custos apresenta a inci-


dência de encargos previdenciários, de FGTS e de outras
contribuições no Submódulo 2.2.

180
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Para melhor organizar a planilha, sugerimos que essas


incidências sejam calculadas logo abaixo de cada módu-
lo/submódulo, zerando, assim, o Submódulo 2.2.

D O mesmo pode ser feito com relação ao Módulo 1.

D Trata-se apenas de uma sugestão. Uma vez adotada a


sugestão, cuide para que não haja cálculo desses valores
no Submódulo 2.2, sob pena de duplicação de custos. O
mesmo raciocínio deve ser utilizado se for adotado ra-
cional igual para a formação do cálculo do Módulo 1.

D Portanto, com relação aos encargos dobre 13º, férias e


terço constitucional de férias, é possível vislumbrar duas
alternativas:

- abrir uma coluna no Submódulo 2.2 com títulos próprios


para alocar os encargos sobre o Submódulo 2.1; ou

- abrir uma linha ao final de cada módulo ou submódulo


para alocar sobre eles os encargos do Submódulo 2.2.
Nesse caso, o preenchimento do Submódulo 2.2 será base
para alocar os valores abaixo de cada módulo ou Submó-
dulo pertinente. Cuidado para não aportar encargos duas
vezes. Se vai alocar os encargos embaixo de cada módulo
ou submódulo, o que constar no Submódulo 2.2 será me-
ramente referencial e aparecerá em percentual para justi-
ficar os cálculos.

181
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Nesse caso, a estrutura do Submódulo 2.1 ficaria assim:

TOTAL DO SUBMÓDULO 2.1 – 13º SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE


FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E VALOR


2.1
ADICIONAL DE FÉRIAS (R$)
A 13º (décimo terceiro) salário  

B Férias e adicional de férias


TOTAL
C Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos
previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições*
*Esse montante é calculado sobre o valor do total
do Submódulo 2.1 (se não for adotado a CV) ou
sobre o valor da Remuneração (se for adotada a CV)

CÁLCULO DA SUGESTÃO PARA APORTAR OS ENCARGOS DO


SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O SUBMÓDULO 2.1 – ABRIR UMA
LINHA NO SUBMÓDULO 2.1

ATENÇÃO

Nosso exemplo parte do pressuposto de adoção da conta-


depósito vinculada (CDV).

182
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017

ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%

CÁLCULO DA LETRA "C" DO SUBMÓDULO 2.1 –


COM CONTA VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-C: INCIDÊNCIA DO SUBMÓDULO 2.2 – CDV
Total da Remuneração x Percentual da
Memória do cálculo
Tabela
Cálculo R$ 2.730,00 x 7,82%
Valor do Submódulo 2.1-C –
R$ 213,49
encargos do Submódulo 2.2

CÁLCULO DA LETRA "C" DO SUBMÓDULO 2.1 –


SEM CONTA VINCULADA (CDV) – PARA CONHECIMENTO

D Primeiro, apure o Submódulo 2.2 em percentuais, de acor-


do com o regime de tributação adotado, se Lucro Real/Pre-
sumido ou se Simples Nacional.

SUBMÓDULO 2.1-C: INCIDÊNCIA DO SUBMÓDULO 2.2 – SEM CDV


Memória do cálculo – Lucro
Incidência dos encargos do Submódulo 2.2, em
Real/Presumido ou Simples
percentual, sobre o total do Submódulo 2.1
Nacional
183
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 2.2 – ENCARGOS


PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FUNDO DE GARANTIA
POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS) E OUTRAS
CONTRIBUIÇÕES

Submódulo 2.2 - Encargos Previdenciários (GPS), Fundo de


Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições
VALOR
2.2 GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES %
(R$)
A INSS2 20,00%
B Salário Educação 2,50%
C SAT
D SESC ou SESI 1,50%
E SENAI - SENAC 1,00%
F SEBRAE 0,60%
G INCRA 0,20%
H FGTS 8,00%
TOTAL
Nota 1: Os percentuais dos encargos previdenciários, do FGTS e demais contribuições são aqueles estabelecidos pela
legislação vigente.
Nota 2: O SAT a depender do grau de risco do serviço irá variar entre 1% para risco leve, 2% para risco médio e 3%
para risco grave.
Nota 3: Esses percentuais incidem sobre o Módulo 1, o Submódulo 2.1. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº
7, Seges/MP, de 20.09.2018).

2 Para mais informações sobre como encontrar o percentual a ser recolhido a título de INSS, de acordo com FPAS da
empresa, e o percentual a ser recolhido a título de outras contribuições (SESI/SESC, SENAI/SENAC, INCRA, SEBRAE
e salário-educação), vide IN RFB nº 971/2009.

184
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

IMPORTANTE

A depender do regime de tributação, se Lucro Real ou


Presumido ou se Simples Nacional, o recolhimento de outras
contribuições (SESI/SESC, SENAI/SENAC, INCRA, SEBRAE e
salário-educação) será diferenciado. As empresas do Simples
Nacional não se sujeitam a esse recolhimento. Assim, para
efeitos de cálculo desse Submódulo, é importante ter um
referencial diferenciado do cálculo para Lucro Real/Presumido
e outro para Simples Nacional.

SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO (SAT) (ATUAL RISCOS


AMBIENTAIS DO TRABALHO (RAT)) – ART. 22, INC. II, ALÍNEAS
“A”, “B” E “C”, DA LEI Nº 8.212/1991

D Finalidade de custeio: aposentadoria especial e benefícios


concedidos em razão de incidência de incapacidade labora-
tiva decorrente dos riscos ambientais do trabalho.

D Percentual variável – Riscos leve, médio e grave (1%, 2% ou 3%).

D Enquadramento – Base de cálculo.

D Atividades sujeitas à aposentadoria especial: acréscimo de


12%, 9% ou 6% para aposentadoria com 15, 20 ou 25 anos
de contribuição.

185
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Obs.: para definição do grau de risco, consultar Anexo do Regula-


mento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999,
na redação dos Decretos nºs 6.047/2007 e 10.410/2020, e confir-
mar no Anexo I da IN RFB nº 971, de 13.11.2009, com a redação
dada pela IN RFB nº 1.071, de 15.09.2010, publicada no DOU de
16.09.2010, disponível no endereço eletrônico: <www.mpas.gov.
br>, link legislação.

Possibilidade de redução ou acréscimo – Cautelas


D Adequações ao FAP (Fator Acidentário de Prevenção) – Arts.
202-A, 303, 305 e 307 do Regulamento da Previdência So-
cial, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999.

D Cálculo do RAT ajustado fórmula: RAT X FAP.

D O RAT ajustado pode variar entre 0,5% a 6% (resultado da


aplicação máxima ou mínima do FAP – 0,5 a 2,00 – sobre as
alíquotas do RAT – 1%, 2% e 3%).

D O licitante comprova o percentual que indicou na proposta


mediante juntada de certidão que contenha o percentual
do FAP.

186
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Anexo do Regulamento da Previdência Social:


CNAE 2.0 DESCRIÇÃO ALÍQUOTA
8011-1/01 Atividades de vigilância e segurança privada 3
8011-1/02 Serviços de adestramento de cães de guarda 2
8012-9/00 Atividades de transporte de valores 3
Atividades de monitoramento de sistemas de
8020-0/00 3
segurança
8030-7/00 Atividades de investigação particular 2
Serviços combinados para apoio a edifícios,
8111-7/00 3
exceto condomínios prediais
8112-5/00 Condomínios prediais 2
8121-4/00 Limpeza em prédios e em domicílios 3
8122-2/00 Imunização e controle de pragas urbanas 3
Atividades de limpeza não especificadas
8129-0/00 3
anteriormente

187
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ATENÇÃO

Na Planilha 1 (a ser preenchida pela Administração para fins


de mensurar o preço), o RAT poderia ser considerado pela
alíquota-base ou máxima, conforme enquadramento. Muito
embora a Nota 2 abaixo do Submódulo 2.2 mencione que, a
depender do grau de risco, ele variará entre 1% (risco leve), 2%
(risco médio) e 3% (risco grave), é possível efetuar o cálculo
considerando a alíquota-base (1%, 2% ou 3%) ou a alíquota
máxima (alíquota-base acrescida de 100%).
Para fins de julgamento, a Administração deve observar
se a licitante preencheu sua planilha com o RAT ajustado
e comprovou esse percentual mediante apresentação de
documento competente.

IMPORTANTE

A IN nº 07/2018 alterou a redação da Nota 3 do Submódulo


2.2 e apresentou a incidência dos percentuais do Submódulo
2.2 somente sobre o Módulo 1 e o Submódulo 2.1.
Cautela: Apesar da falta de previsão expressa, há a incidência
dos percentuais do Submódulo 2.2 sobre o Módulo 4 - Custo
de Reposição do Profissional Ausente.

188
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Possibilidade de organização do submódulo

D Como visto, é possível organizar de forma diferente esse


submódulo, seja abrindo uma coluna e transportando os
valores para ali à medida em que a planilha vai sendo cal-
culada, seja abrindo uma linha abaixo de cada módulo/sub-
módulo e calculando ali as incidências. Veja o que prefere e
ajuste esse submódulo.

LEMBRE

Existe impacto no Submódulo 2.2 para quem adota a


conta-depósito vinculada. Veja como organizou e proceda a
adequação.
Em nossos exemplos, no encarte de cálculos, optamos por
abrir linhas abaixo de cada módulo ou submódulo sobre
os quais recaem as incidências para aportar os valores
correspondentes. Dessa forma, no Submódulo 2.2 constam
apenas os totais dos percentuais. Para essa prática, perceba
que o Submódulo 2.2 poderia ser o primeiro a ser calculado
somente em percentual para facilitar a dinâmica dos
cálculos.

189
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

APURAÇÃO DO CÁLCULO EM PERCENTUAL

LUCRO REAL/PRESUMIDO
GPS, FGTS E OUTRAS VALOR
2.2 %
CONTRIBUIÇÕES (R$)
A INSS 20,00%
B Salário Educação 2,50%
6% (no exemplo, adotamos
C SAT
alíquota máxima)
D SESC ou SESI 1,50%
E SENAI - SENAC 1,00%
F SEBRAE 0,60%
G INCRA 0,20%
H FGTS 8,00%
TOTAL 39,8%

SIMPLES NACIONAL
GPS, FGTS E OUTRAS VALOR
2.2 %
CONTRIBUIÇÕES (R$)
A INSS 20,00%
B Salário Educação --
6% (no exemplo, adotamos
C SAT
alíquota máxima)
D SESC ou SESI --
E SENAI - SENAC --
F SEBRAE --
G INCRA --
H FGTS 8,00%
TOTAL 34,00%

190
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Visualizando a composição dos encargos abaixo de cada mó-


dulo:

MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base

B Adicional de Periculosidade

C Adicional de Insalubridade

D Adicional Noturno

E Adicional de Hora Noturna Reduzida

F Outros (especificar)

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DA


REMUNERAÇÃO.
Aplicar o percentual de encargos sobre a Remuneração, conforme
exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre a remuneração
- Simples Nacional: 34% sobre a remuneração

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL


2 .1 VALOR (R$)
DE FÉRIAS

A 13º (décimo terceiro) Salário

B Férias e Adicional de Férias

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DO SUBMÓDULO


2.1
Se adota a CDV: aplicar o percentual da Tabela sobre a Remuneração.
Se não adota a CDV: aplicar o percentual de encargos sobre o total do
Submódulo 2.1, conforme exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre o total do Submódulo 2.1
- Simples Nacional: 34% sobre o total do Submódulo 2.1

191
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 2.2 - ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO


DE SERVIÇO (FGTS) E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES

VALOR (R$) Zerar


GPS, FGTS
os valores, já que
2.2 E OUTRAS %
são meramente
CONTRIBUIÇÕES
referenciais

A INSS 20,00% 0,0

LR/P: 2,50%
B Salário Educação 0,0
Simples: 0%

6%, alíquota máxima,


C SAT 0,0
conforme exemplo

LR/P: 1,50%
D SESC ou SESI 0,0
Simples: 0%

LR/P: 1,0%
E SENAI - SENAC 0,0
Simples: 0%

LR/P: 0,6%
F SEBRAE 0,0
Simples: 0%

LR/P: 0,2%
G INCRA 0,0
Simples: 0%

H FGTS 8,00% 0,0

LR/P: 39,8%
TOTAL
Simples: 34%

MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado

Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio


B Aplicar 8% sobre a letra “A”
Indenizado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


C
Aviso-Prévio Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado

Incidência de GPS, FGTS e outras Aplicar LR/P: 39,8%


E contribuições sobre o Aviso-Prévio Simples: 34%
Trabalhado Sobre a letra “D”

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


F
Aviso-Prévio Trabalhado

TOTAL

192
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 4.1 - SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias

B Substituto na cobertura de ausências legais

C Substituto na cobertura de licença-paternidade

Substituto na cobertura de ausência por acidente de


D
trabalho

E Substituto na cobertura de afastamento maternidade

Substituto na cobertura de outras ausências


F
(especificar)

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DO SUBMÓDULO


4.1
Aplicar o percentual de encargos sobre o Submódulo 4.1, conforme
exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre o Submódulo 4.1
- Simples Nacional: 34% sobre o Submódulo 4.1

SUBMÓDULO 4.2 - SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA

4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA VALOR (R$)

Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou


A
alimentação

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DO SUBMÓDULO


4.2
Aplicar o percentual de encargos sobre o Submódulo 4.2, conforme
exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre o Submódulo 4.2
- Simples Nacional: 34% sobre o Submódulo 4.2

193
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

COMPOSIÇÃO DOS ENCARGOS ABRINDO COLUNAS


CORRESPONDENTES
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base

B Adicional de Periculosidade

C Adicional de Insalubridade

D Adicional Noturno

E Adicional de Hora Noturna Reduzida

F Outros (especificar)

TOTAL

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E


2 .1 VALOR (R$)
ADICIONAL DE FÉRIAS

A 13º (décimo terceiro) Salário

B Férias e Adicional de Férias

TOTAL

SUBMÓDULO 2.2 - ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO


DE SERVIÇO (FGTS) E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES

VALOR VALOR VALOR


GPS, FGTS VALOR DO
DO SUB- DO SUB- DO SUB-
2.2 E OUTRAS % MÓDULO 1
MÓDULO MÓDULO MÓDULO
CONTRIBUIÇÕES (R$)
2.1 4.1 4.2

A INSS 20,00%

LR/P:
2,50%
B Salário Educação
Simples:
0%

6%,
alíquota
C SAT máxima,
conforme
exemplo

LR/P:
D SESC ou SESI 1,50%
Simples: 0%

LR/P: 1,0%
E SENAI - SENAC
Simples: 0%

194
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

LR/P: 0,6%
F SEBRAE
Simples: 0%

LR/P: 0,2%
G INCRA
Simples: 0%

H FGTS 8,00%

LR/P: 39,8%
TOTAL
Simples: 34%

MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado

Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio


B Aplicar 8% sobre a letra “A”
Indenizado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


C
Aviso-Prévio Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado

Aplicar LR/P: 39,8%


Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições
E Simples: 34%
sobre o Aviso-Prévio trabalhado
Sobre a letra “D”

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


F
Aviso-Prévio Trabalhado

TOTAL

SUBMÓDULO 4.1 - SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias

B Substituto na cobertura de ausências legais

C Substituto na cobertura de licença-paternidade

Substituto na cobertura de ausência por


D
acidente de trabalho

Substituto na cobertura de afastamento


E
maternidade

Substituto na cobertura de outras ausências


F
(especificar)

TOTAL

SUBMÓDULO 4.2 - SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA

4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA VALOR (R$)

Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou


A
alimentação

TOTAL

195
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 2.3 – BENEFÍCIOS MENSAIS E


DIÁRIOS

TRANSPORTE
AUXÍLIO-REFEIÇÃO/ALIMENTAÇÃO
ASSISTÊNCIA MÉDICA E FAMILIAR
OUTROS (ESPECIFICAR)
Nota 1: O valor informado deverá ser o custo real do benefício (descontado o valor eventualmente pago pelo empre-
gado).
Nota 2: Observar a previsão dos benefícios contidos em acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho e aten-
tar-se ao disposto no art. 6º desta Instrução Normativa.

Previsão de indicador para a formação do cálculo.

TRANSPORTE

SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
A Transporte  

D Vale-transporte: Lei nº 7.418/1985 – Exercício do direito.

D Participação do empregador e participação do empre-


gado.

196
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Efetivo custo do vale-transporte – Aporte na planilha

D O custo do vale-transporte para a empresa prestadora


de serviço corresponde ao montante que exceder a 6%
do salário do empregado, limitado ao custo real do vale-
-transporte.

D O desconto da parte do empregado corresponde a 6%


de seu salário básico.

D Apuração da média de dias úteis – Sugestão

[Quantidade de dias no ano – (Quantidade de domin-


gos no ano + Quantidade de feriados que não coinci-
dem com domingos)] ÷ Meses do ano
(365 – 60) ÷ 12 = 25,42

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "A" DO


SUBMÓDULO 2.3.

197
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Dados para o cálculo:

D Média de dias úteis do mês = 25,42

D Desconto da parte do empregado (6% de seu salário bási-


co)

R$ 2.100,00 x 6%

Memória do cálculo:

(Valor do vale-transporte x Quantidade de vales utiliza-


dos por dia x Média dos dias úteis do mês) – Desconto
da parte do empregado

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO (VALES, CESTA BÁSICA, ENTRE


OUTROS)

SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
B Auxílio-alimentação/refeição

198
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ATENÇÃO

Como visto anteriormente, a reforma trabalhista, no § 2º do


art. 457 da CLT, menciona que as importâncias, ainda que
habituais, pagas a título de auxílio-alimentação, vedado seu
pagamento em dinheiro, não integram a remuneração do
empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e
não constituem base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.
Assim, a alimentação que não for concedida em dinheiro
é entendida como benefício, e seu valor será aqui alocado.
Avalie se existe previsão de desconto em documento
coletivo da categoria e qual é o valor concedido a título de
alimentação.
Caso o montante da alimentação seja concedido pela
empresa por meio do Programa de Alimentação ao
Trabalhador (PAT), é possível, segundo legislação própria
(Lei nº 6.321/1976 e suas regulações), que seja efetuado um
desconto no salário do empregado no importe de 20% do
custo da alimentação, salvo disposição expressa em contrário
em documento coletivo da categoria.

199
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "B" DO


SUBMÓDULO 2.3.

Dados para o cálculo:

D Média de dias úteis do mês = 25,42, conforme exemplo an-


terior

D Valor da alimentação por dia útil: R$ 20,00

D Desconto da parte do empregado (20% do custo da alimen-


tação)

(Custo da alimentação dia x


Média de dias úteis do mês) x 20%

(R$ 20,00 x 25,42) = R$ 508,40


(custo da alimentação mensal)

R$ 508,40 X 20% = R$ 101,68


(custo assumido pelo empregado)

Memória do cálculo:

(Valor do auxílio-alimentação diário x Média dos dias


úteis do mês) - Custo do vale-alimentação assumido
pelo empregado

200
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


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ASSISTÊNCIAS MÉDICA E FAMILIAR

SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
C Assistências médica e familiar

D Observe o documento coletivo da categoria

D Atenção! Referência de valor: CCT/mercado

D Apuração

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "C" DO


SUBMÓDULO 2.3.

OUTROS (ESPECIFICAR)
D A Nota 2 abaixo do Submódulo 2.3 orienta observar a pre-
visão de benefícios contidos em acordos, convenções e dis-
sídios coletivos de trabalho e atentar para o disposto no art.
6º da IN nº 05/2017.
SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
D Outros (especificar)

201
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

LEMBRE

O art. 6º da IN nº 05/2017 menciona que a Administração


não se vincula às disposições contidas em acordos,
convenções ou dissídios coletivos de trabalho que tratem
de pagamento de participação nos lucros ou resultados
da empresa contratada, de matéria não trabalhista, ou
que estabeleçam direitos não previstos em lei, tais como
valores ou índices obrigatórios de encargos sociais ou
previdenciários, bem como de preços para os insumos
relacionados ao exercício da atividade.

Auxílio-creche

> Direito

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 389. [...]
§ 1º Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30
(trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão
local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob
vigilância e assistência os seus filhos no período de amamenta-
ção.

202
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de ado-
ção, até que este complete 6 (seis) meses de idade [...]. (Redação
dada pela Lei nº 13.509, de 2017)

> Cautela – Necessidade de avaliação: o auxílio-creche


pode decorrer de obrigação legal ou de disposição em
documento coletivo da categoria

D Atenção! Referência de valor: CCT/mercado

> Referências exemplificativas para o cálculo

D Valor mensal do auxílio-creche: verificar na CCT/merca-


do

D Meses de concessão

D Incidência de ocorrência (indicador)

Memória do cálculo
(Valor mensal do auxílio-creche x Meses de concessão x Indica-
dor) ÷ Meses do ano

203
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Outros exemplos

ATENÇÃO

Se o valor do benefício for percebido mensalmente pelo


empregado, o valor aportado é o valor mensal diminuídos
os descontos, conforme previsão contratual ou em CCT. De
outro modo, se somente será concedido quando diante
de alguma condição, deverá ser apurada a incidência de
ocorrência mediante dado indicador.

> Seguros de vida, por invalidez e funeral

Apuração

> Despesas odontológicas

Apuração

204
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Auxílio funeral

Apuração

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "D" DO


SUBMÓDULO 2.3.

QUADRO-RESUMO DO MÓDULO 2 – ENCARGOS E


BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS

LUCRO REAL E PRESUMIDO


2 ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, VALOR (R$)
MENSAIS E DIÁRIOS
2.1 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e  
Adicional de Férias
2.2 GPS, FGTS e outras contribuições  
2.3 Benefícios Mensais e Diários  
TOTAL  

SIMPLES NACIONAL
2 ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, VALOR (R$)
MENSAIS E DIÁRIOS
2.1 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e  
Adicional de Férias
2.2 GPS, FGTS e outras contribuições  
2.3 Benefícios Mensais e Diários  

TOTAL  

205
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 3 – PROVISÃO PARA RESCISÃO

AVISO-PRÉVIO INDENIZADO
INCIDÊNCIA DO FGTS SOBRE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO
MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-PRÉVIO
INDENIZADO
AVISO-PRÉVIO TRABALHADO
INCIDÊNCIA DE GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOBRE O
AVISO-PRÉVIO TRABALHADO
MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-PRÉVIO
TRABALHADO

D Obs.: previsão de indicador para formação do cálculo

ENTENDENDO O AVISO-PRÉVIO – CONSIDERAÇÕES INICIAIS

206
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

AVISO-PRÉVIO NA DISPENSA SEM JUSTA CAUSA

Empregado com até 1 ano de trabalho – Aviso-prévio de 30 dias

EMPREGADOR
CONCEDE
EMPREGADOR ESCOLHE
AVISO-PRÉVIO AO
EMPREGADO

Aviso-prévio Aviso-prévio
Objetivo do aviso trabalhado indenizado
Custo: 7 dias Custo: 30 dias

Empregado encontra Empregado Empregador paga


novo emprego trabalha 30 dias

Empregado escolhe
CLT, art. 488

Reduzir 2 horas/dia
Reduzir 7 dias
corridos

Empregado com mais de 1 ano de trabalho (Lei nº 12.506/2011) –


Acréscimo de 3 dias/ano, até máximo de 60 dias, com total de
90 dias de serviço

207
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Premissa para os empregados que têm até 1 ano de serviço na empresa


– Custo da empresa prestadora excedente à remuneração dos dias
trabalhados, a ser planilhado
Lógica do APT Lógica do API

APT de 30 dias: empregado trabalha API de 30 dias: empregado


23 e fica 7 em casa não trabalha
Custo com a ausência do trabalho: 7 Custo com a ausência do trabalho:
dias 30 dias

AVISO-PRÉVIO INDENIZADO
MÓDULO 3
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
A Aviso-Prévio Indenizado  

D CF/1988, art. 7º, inc. XXI – CLT, arts. 477, 487 e 491

IMPORTANTE

Observar a lógica e a coerência para avisos e multas


correspondentes.
Verificar o montante de dias custeados no API.

208
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Formas diferentes de estruturar o cálculo – Exemplos mais


comuns

> Possibilidade 1: todos os empregados serão demitidos ao


término do contrato administrativo

API
APT x % de rotatividade
100% durante o contrato
(de APT ou API)

APT API
100% + x % de x % de rotatividade
rotatividade de APT de API durante o
durante o contrato contrato
administrativo administrativo

> Possibilidade 2: nem todos os empregados serão


demitidos ao término do contrato administrativo

DEMISSÃO APT Proporcionalidade de


SEM JUSTA acordo com o
CAUSA demonstrativo da
API realidade da empresa

209
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ATENÇÃO

Construímos nosso exemplo de acordo com a Possibilidade 1,


considerando 100% em APT e taxa média de rotatividade em
API.
Em tempo: ainda que o racional utilizado não seja considerar
100% de APT e taxa média de rotatividade para API, o
memorial de cálculo será o mesmo, devendo ser adaptado
apenas o percentual das demissões.

> Cálculo

D Considerar a taxa média de rotatividade para o API.


Após, para o APT, considerar 100% de demissões.

LEMBRE

A taxa de substituição depende da realidade dos contratos.


Para o cálculo do API, adotamos, a título de exemplo, 5% de
substituições sem justa causa e calculamos tudo no lugar do
API (ainda que a rotatividade seja de API e APT).

210
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "A" DO


MÓDULO 3.

Memória do cálculo:
(Total da remuneração ÷ Meses do ano) x Indicador de rotativida-
de de dispensa sem justa causa
Atenção: necessidade de dado indicador da rotatividade de dis-
pensa sem justa causa

D Referências exemplificativas para o cálculo:

- Indicador de rotatividade de dispensa sem justa causa: 5%

INCIDÊNCIA DO FGTS SOBRE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO

MÓDULO 3 - LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E SIMPLES NACIONAL

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

B Incidência do FGTS sobre Aviso-Prévio Indenizado  

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – Incidências


legais

TST – Súmula nº 305


O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou
não, está sujeito à contribuição para o FGTS.
(Resolução nº 121/2003; DJ de 19/11/2003)

211
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "B" DO


MÓDULO 3.

Memória de cálculo
Aviso-prévio indenizado x Porcentagem de recolhimento mensal
do FGTS

MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-


PRÉVIO INDENIZADO

MÓDULO 3
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
Multa do FGTS e contribuição social sobre o
C  
Aviso-Prévio Indenizado

> FGTS – Direito à multa rescisória

D Base de cálculo

> Contribuição social instituída pela Lei Complementar


nº 110/2001 – Impacto na planilha

D Em 11 de dezembro de 2019, foi publicada a Lei nº 13.932,


que, em seu art. 12, extingue, a contar de janeiro de 2020, a
cobrança da contribuição social de 10% (dez por cento) de-
vida pelos empregadores em caso de despedida sem justa
causa, instituída pela Lei Complementar nº 110/2001.

212
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Secretaria de Gestão – orientação aos órgãos e às en-


tidades da Administração Pública federal, autárquica e
fundacional – Procedimentos:
“(i) Nos contratos vigentes/em andamento:
a) Proceder a revisão dos contratos, com base no § 5º do
art. 65 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, visando
a adequação de planilha de formação de preços, desde
1º de janeiro de 2020, com vistas à exclusão da rubrica
“Contribuição Social” de 10% sobre o FGTS em caso de
demissão sem justa causa, prevista no Módulo 'Provisão
para Rescisão' da Planilha de Custo (Anexo VII-D da In nº
5, de 26 de maio de 2017); e
b) No caso da Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada
para Movimentação, apresentado no item 14 do Anexo
XII da IN nº 5, de 2017, proceder a adequação de plani-
lha de formação de preços, desde 1º de janeiro de 2020,
referente à "Multa sobre FGTS e contribuição social so-
bre o aviso prévio indenizado e sobre o aviso prévio tra-
balhado". O percentual que antes era de 5% (cinco por
cento) passa a ser de 4% (quatro por cento).
(ii) Para as novas contratações:
a) Devem ser adequadas à nova lei, ou seja, devem ex-
cluir da planilha de formação de preços - Módulo 'Provi-
são para Rescisão' da Planilha de Custo (Anexo VII-D da
In nº 5, de 26 de maio de 2017) - a rubrica “Contribuição

213
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Social” de 10% sobre o FGTS em caso de demissão sem


justa causa, prevista no Módulo 'Provisão para Rescisão'
da Planilha de Custo (Anexo VII-D da In nº 5, de 26 de
maio de 2017); e
b) Para a Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada para
Movimentação, adequar a planilha de formação de pre-
ços, observado o percentual explicado na alínea ‘b’ do
item (i) acima."
(BRASIL. Portal de Compras do Governo Federal. Extinção da Contribuição Social
de 10% sobre o FGTS e os contratos administrativos. 27 jan. 2020. Disponível
em: https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/noticias/1238-
extincao-contribuicao-social-sobre-o-fgts. Acesso em: 10 mar. 2020)

> Com conta-depósito vinculada (cdv)


Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017

ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%
*Considerando as alíquotas de 1%, 2% ou 3% - grau de risco.
** A Lei nº 13.932/2019 extingue a contribuição social. Por esse
motivo, o percentual de reserva mensal para fazer frente à multa
sobre o FGTS e à contribuição social de 5% na tabela acima deve ser
adaptado para 4%. Nesse sentido, ver notícia no seguinte endereço
eletrônico: https://www.gov.br/compras/pt-br/centrais-de-conteudo/
orientacoes-e-procedimentos/26-extincao-da-contribuicao-social-
de-10-sobre-o-fgts-e-os-contratos-administrativos.
214
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Percentual único para a multa sobre o FGTS, independente-


mente do quantitativo de API ou APT.

D Sugestão: zerar a multa do API (Módulo 3-C) e aportar a


multa junto ao APT (Módulo 3-F), excluída a contribuição
social.

D Anote o que fez para lembrar:

- “O percentual da Tabela (4%) referente à multa do FGTS


(40%) será aposto, na totalidade na letra “F” desse módu-
lo, motivo pelo qual a letra “C” do módulo restou zerada.”

> Sem conta-depósito vinculada (CDV) – Entendendo o


racional

ATENÇÃO

Cuidado com o racional da multa, pois cada vez que existir


movimentação de trabalhadores, o custo é de um aviso-
prévio inteiro (seja API, seja APT), mas a multa é sempre
proporcional ao tempo da duração do contrato de emprego.
A depender da estrutura construída, é possível alocar todo o
custo em um único título (ex.: APT), zerando o outro (ex.: API),
ou desmembrar o custo, proporcionalizando entre APT e API o
total das demissões provisionadas.

215
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Assim, se o empregado é dispensado sem justa causa


no decorrer do contrato, a multa recai somente sobre o
período que ele trabalhou.

100%

TÉRMINO DO
SAI Nº 1 CONTRATO
E ENTRA SAI Nº 2
Nº 2
INÍCIO DO
CONTRATO ENTRA
EMPREGADO Nº 1

D Resultado: independentemente da quantidade de API e


APT e da rotatividade do contrato, a multa, por ser linear,
será calculada considerando 100% dos empregados.

216
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

AVISO-PRÉVIO TRABALHADO

MÓDULO 3

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

D Aviso-Prévio Trabalhado  

Cálculo
D Lembre que considerou a taxa média de rotatividade para
o API. Agora, para cálculo do APT, deve considerar 100%
de demissões.

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "D" DO


MÓDULO 3.

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Dias do mês) ÷ Meses do


ano] x 7 dias de redução da jornada} x 100%

217
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

INCIDÊNCIA DE GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOBRE


O AVISO-PRÉVIO TRABALHADO
MÓDULO 3 - LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições  
E
sobre o Aviso-Prévio Trabalhado

MÓDULO 3 - SIMPLES NACIONAL


3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições  
E
sobre o Aviso-Prévio Trabalhado

D Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – Incidên-


cias legais

TST – Súmula nº 305


O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou
não, está sujeito à contribuição para o FGTS.

D Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) – Incidências legais

D RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 (art. 214)

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "E" DO


MÓDULO 3.
Memória de cálculo: aplique o percentual de encargos, con-
forme seja Lucro Real/Presumido ou Simples Nacional sobre o
valor do APT.
218
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-


PRÉVIO TRABALHADO
MÓDULO 3

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-  


F
Prévio Trabalhado

> Com conta-depósito vinculada (CDV)

D Lembre: a Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017


estabelece percentual único (5%) para a multa. Esse per-
centual deverá ser adaptado em razão da exclusão de 10%
da contribuição social que incidia sobre a mesma base de
cálculo da multa do FGTS (40%). Assim, o percentual único
resultará em 4%.
D Se você seguiu nossa sugestão, você zerou a multa do FGTS so-
bre o aviso indenizado (Módulo 3-C) e calculará toda ela aqui,
junto ao APT (Módulo 3-F), excluída a contribuição social

D Anote o que fez para lembrar:


- “O percentual da Tabela adaptado com a exclusão da con-
tribuição social (4%) foi aplicado sobre a remuneração e
alocado nesse item. Esse percentual considera a multa do
FGTS (40%) tanto sobre o API quanto sobre o APT. Assim,
foi zerada a letra “C” desse módulo, que previa a aplicação
da multa do FGTS sobre o API.”

219
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "F" DO


MÓDULO 3.

Memória do cálculo

Total da remuneração x Percentual adaptado da Tabela do


Anexo XII da IN nº 05/2017

> Sem conta-depósito vinculada (CDV) – Entendendo o


racional

ATENÇÃO

Não sendo adotada a conta-depósito vinculada, é


possível considerar 100% de demissões com APT. Lembre:
considerando que a multa do FGTS é linear, será calculada
aqui com base em 100% dos empregados.

Memória do cálculo da multa do FGTS (40%), sem adoção de


CDV

{[(Total da remuneração + 13º + Férias e 1/3) x Multa so-


bre o FGTS] x Alíquota de recolhimento mensal de FGTS}
x 100%

220
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

QUADRO-RESUMO DO MÓDULO 3 – PROVISÃO PARA RESCISÃO

LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado  
B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado  
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
C
Indenizado
D Aviso-Prévio Trabalhado
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o
E
Aviso-Prévio Trabalhado
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
F
Trabalhado
TOTAL

*A Lei nº 13.932/2019, em seu art. 12, extingue a contribuição social a contar de janeiro de 2020.

SIMPLES NACIONAL
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
A Aviso-Prévio Indenizado  
B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado  
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
C
Indenizado
D Aviso-Prévio Trabalhado
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o
E
Aviso-Prévio Trabalhado
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
F
Trabalhado
TOTAL
*A Lei nº 13.932/2019, em seu art. 12, extingue a contribuição social a contar de janeiro de 2020.

221
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 4 – CUSTO DE REPOSIÇÃO DO


PROFISSIONAL AUSENTE

SUBMÓDULO 4.1 - SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS


SUBMÓDULO 4.2 - SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA
Nota 1: Os itens que contemplam o módulo 4 se referem ao custo dos dias trabalhados pelo repositor/substituto,
quando o empregado alocado na prestação de serviço estiver ausente, conforme as previsões estabelecidas na legis-
lação. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).
Nota 2: Revogada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018.

ATENÇÃO

Necessidade de dado indicador para formação do cálculo.

SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias  


B Substituto na cobertura de ausências legais  
C Substituto na cobertura de licença-paternidade
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho
Substituto na cobertura de afastamento
E
maternidade
Substituto na cobertura de outras ausências
F
(especificar)
TOTAL
Nota: Revogada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018.

222
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE FÉRIAS

D Avalie adequadamente a permanência desse custo racioci-


nando os valores pertinentes a esse título em toda a plani-
lha.

SUBMÓDULO 4.1
SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AUSÊNCIAS VALOR (R$)
4.1
LEGAIS
A Substituto na cobertura de férias  

Qual a reserva necessária para pagamentos por ocasião das


férias ao empregado ?

Reserva para pagamento


30 dias de remuneração +
dos 30 dias de férias + 1/3
1/3 CF/1988
CF/1988 ao empregado

Reserva para pagamento


de 30 dias de
30 dias de remuneração
remuneração para o
substituto

223
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Como os custos necessários para cobertura de férias podem


ser entendidos e alocados na planilha ?

SUBMÓDULO 2.1
MÓDULO 1
30 dias de
30 dias de
remuneração + 1/3
remuneração
CF/1988

Sobre 30 dias de
Sobre 30 dias de SUBMÓDULO 2.2
remuneração +
remuneração (INSS/FGTS)
1/3 CF/1988

Reserva para Reserva para


pagamento ao pagamento ao
substituto empregado

224
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

E qual é a estrutura da planilha para cobertura desses custos?

SUBMÓDULO 2.1
MÓDULO 1
30 dias de SUBMÓDULO 4.1-A
30 dias de
remuneração + 1/3 Férias
remuneração
CF/1988

Sobre 30 dias de
Sobre 30 dias de SUBMÓDULO 2.2
remuneração +
remuneração (INSS/FGTS)
1/3 CF/1988

Reserva para Reserva para


pagamento ao
substituto
pagamento ao
empregado
?

225
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

BOA PRÁTICA
Sugerimos zerar o Submódulo 4.1–A (férias).
De toda sorte, a avaliação deverá ser cautelosa. Se adotar
o modelo da planilha na composição de seus custos com
preenchimento normal do Módulo 1 (Remuneração), do
Submódulo 2.1 (Férias + 1/3 CF/88) e do Submódulo 4.1 – A
(Férias), não se esqueça de excluir o valor das férias (30 dias)
do Submódulo 2.1, como consta na nota 3 inserida na IN nº
05/2017 para aquele submódulo, que considera que esse
custo, quando da prorrogação contratual, torna-se custo não
renovável.

> E as férias do empregado substituto? Não se trata de


custo a ser retratado na planilha?
D Sim, desde que proporcionalizada ao tempo da substi-
tuição. Ocorre que o substituto também terá direito ao
terço constitucional de férias, ao aviso-prévio, à multa
do FGTS, aos benefícios etc.

> Então, onde deverá ser planilhado esse custo?


D Esse custo deverá ser comportado na letra “F” do Submó-
dulo 4.1 – Ausências legais, ou em quadro abaixo de cada
submódulo, mediante análise do custo correspondente,
sempre proporcionalizado ao tempo da substituição.

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "A" DO


SUBMÓDULO 4.1.
226
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AUSÊNCIAS LEGAIS

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
B Substituto na cobertura de ausências legais

> Injustificadas – Tratativa

> Justificadas ou abonadas por lei

IMPORTANTE

O art. 473 da CLT apresenta uma lista de eventos que podem


justificar a falta de empregado. Nesse caso, a empresa deverá
efetuar normalmente o pagamento do dia de trabalho para o
empregado e, como terá de repor o serviço, também deverá
efetuar o pagamento do dia para o substituto.

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem
prejuízo do salário: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua
carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência
econômica; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

227
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso


incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da pri-
meira semana; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de
doação voluntária de sangue devidamente comprovada; (Inciso in-
cluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar
eleitor, nos têrmos da lei respectiva. (Inciso incluído pelo Decreto-lei
nº 229, de 28.2.1967)
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17
de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Incluído pelo Decreto-lei
nº 757, de 12.8.1969)
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas
de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino
superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997)
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que compa-
recer a juízo. (Incluído pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999)
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de
representante de entidade sindical, estiver participando de reunião
oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
(Incluído pela Lei nº 11.304, de 2006)
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames
complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou
companheira; Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

228
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis)
anos em consulta médica. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho,
em caso de realização de exames preventivos de câncer de-
vidamente comprovada. (Incluído pela Lei nº 13.767, de 2018)

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "B" DO


SUBMÓDULO 4.1.

Memória do cálculo

[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano] x


Indicador da média de ausências por ano

D Referências exemplificativas para o cálculo:

- Indicador da média de ausências por ano – Necessidade

229
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE LICENÇA-PATERNIDADE

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
C Substituto na cobertura de licença-paternidade

D CF/1988, art. 7º, inc. XIX – Ato das Disposições Constitucio-


nais Transitórias (ADCT), art. 10, § 1º

D Direito – 5 dias

D Possibilidade de ampliação – Situações

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "C" DO


SUBMÓDULO 4.1.

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano]


x Dias de licença} x Indicador da incidência de ocor-
rência da licença-paternidade

D Referências exemplificativas para o cálculo:

- Indicador da incidência de ocorrência da licença-paterni-


dade – Necessidade

230
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AUSÊNCIA POR ACIDENTE DE


TRABALHO
SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho

D Lei nº 8.213/1991, arts. 19 a 23


D Conceito
D Equiparação
D Afastamento

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "D" DO


SUBMÓDULO 4.1.

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano]


x Dias de licença} x Indicador da incidência de ocor-
rência de acidentes
D Referências exemplificativas para o cálculo:

- Porcentagem de incidência de acidentes

- Média de dias pagos pela empresa

231
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

TEMA POLÊMICO

AFERIÇÃO DO CUSTO DO SALÁRIO-MATERNIDADE NA


PLANILHA – SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AFASTAMENTO
MATERNIDADE

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de afastamento
E
maternidade

Em razão da complexidade da formação desse custo, sugere-


-se:

D que a rubrica seja preenchida aqui somente quando a


licença=maternidade for de mais de 120 dias (cadastro pro-
grama empresa cidadã - pelo excedente a 120 dias

D que o custo do afastamento maternidade seja aportado em


separado.

No exemplo do Estudo de Caso, optamos por aportar o custo


em quadro separado, criando o item 4.1.1.

232
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE OUTRAS AUSÊNCIAS


(ESPECIFICAR)

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de outras ausências
F
(especificar)

D Demais custos decorrentes da cobertura do profissional au-


sente, desde que especificados.
D Considerações:
- Nota 1 do Módulo 4: custo dos dias trabalhados pelo re-
positor/substituto
- Ainda que o modelo da planilha faça referência apenas a “cus-
to de dias trabalhados pelo repositor/substituto”, é certo que
a empresa prestadora terá outros custos trabalhistas, previ-
denciários e de FGTS com o substituto/repositor, a exemplo
de férias, 13º salário, benefícios, custos rescisórios etc.
- Por constituírem custo da empresa prestadora com a
substituição para a prestação do serviço, devem aparecer
na planilha de forma especificada.
- É importante avaliar a possibilidade de ser criado um novo
grupo para a composição desses custos ou, ainda, de se-
rem criados quadros para custo de substituição abaixo de
cada módulo em que esse custo se fizer necessário.

233
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

EXEMPLOS DE OUTROS CUSTOS E SUBSTITUTO NA COBERTURA


DE OUTRAS AUSÊNCIAS – NECESSIDADE DE ESPECIFICAÇÃO

Ausência por doença

D Conceito - Lei nº 8.213/1991, arts. 59 a 64 – RPS, arts. 71 a


80

D Período a ser suportado pela empresa prestadora de servi-


ços

D Período a ser suportado pelo INSS

D Repercussões na prestação de serviços:

- contribuição previdenciária

- FGTS

Obs.: previsão de indicador conforme a categoria envolvida.

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de outras ausências -
F
Ausência por doença

234
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "F" DO


SUBMÓDULO 4.1.
Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano] x Mé-


dia de dias pagos pela empresa} x Porcentagem de inci-
dência de ocorrência de ausências por doença

D Referências exemplificativas para o cálculo:

- Porcentagem da incidência de ocorrência e média de dias


pagos pela empresa – Necessidade

INCIDÊNCIA DO SUBMÓDULO 2.2 – ENCARGOS


PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES –
SOBRE O SUBMÓDULO 4.1

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "G" DO


SUBMÓDULO 4.1 – SUGESTÃO
CONFORME ANTERIORMENTE
EXPLICITADO.

235
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Lembre: muito embora o modelo da planilha na Nota 3 do


Submódulo 2.2 determine a aplicação dos percentuais ali
especificados apenas sobre o Módulo 1 e o Submódulo 2.1,
sugerimos sua inclusão em letra “G”, destacada ao término
desse módulo.

Memória do cálculo

D Subtotal do custo de reposição do profissional ausente x Inci-


dência do Submódulo 2.2 (Lucro Real e Presumido / Simples)

SUGESTÃO FINAL PARA O SUBMÓDULO 4.1

D Lembre: o modelo atual da planilha de custos apresenta a


incidência de encargos previdenciários, de FGTS e outras
contribuições no Submódulo 2.2.

D Para melhor organizar a planilha, sugerimos que essas inci-


dências sejam calculadas logo abaixo de cada módulo, ze-
rando assim o Submódulo 2.2.

D Outra sugestão para esse Submódulo, por razões já especi-


ficadas, é zerar a letra “A” – férias.

D Ainda, sugerimos aportar a letra “E” – Afastamento Maternidade


em separado, em razão da complexidade do custo envolvido.

D Trata-se apenas de sugestões. Uma vez adotadas as suges-


tões, a estrutura do Submódulo 4.1 ficaria assim:

236
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


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SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUGESTÃO – LUCRO REAL/PRESUMIDO

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias


B Substituto na cobertura de ausências legais
C Substituto na cobertura de licença-paternidade
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho
Substituto na cobertura de outras ausências
E
(especificar)
TOTAL
Incidência do Submódulo 2.2 – encargos previdenciários (GPS), Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições*
*CALCULAR SOBRE O VALOR DO TOTAL DO SUBMÓDULO 4.1

SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUGESTÃO – SIMPLES NACIONAL
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias  


B Substituto na cobertura de ausências legais  
C Substituto na cobertura de licença-paternidade
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho
Substituto na cobertura de outras ausências
E
(especificar)
TOTAL
Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários (GPS), Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições*
*CALCULAR SOBRE O VALOR DO TOTAL DO SUBMÓDULO 4.1

237
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

TEMA POLÊMICO

AFERIÇÃO DO CUSTO DO AFASTAMENTO MATERNIDADE NA


PLANILHA – SUGESTÃO PARA O CÁLCULO DO AFASTAMENTO
MATERNIDADE

SUBMÓDULO 4.1 – SUGESTÃO PARA O CÁLCULO DO


AFASTAMENTO MATERNIDADE

VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de afastamento
E maternidade

D CF/1988, art. 7º, inc. XVIII, Lei nº 8.213/1991, art. 93 e se-


guintes e Lei nº 10.421/2002.

D Parto, aborto ou adoção – Duração da licença.

D Salário-maternidade – Valor

- pagamento do salário-maternidade;

- encargos sociais devidos durante a licença.

238
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ATENÇÃO

O Plenário do STF, no julgamento do RE nº 576.967, com


repercussão geral reconhecida, declarou inconstitucional
a incidência de contribuição previdenciária a cargo do
empregador sobre o salário-maternidade.

D No mês de dezembro de 2020, de acordo com a Nota Téc-


nica nº 20/2020, foram realizadas mudanças no layout do
e-social para adequação da decisão do STF.

D A FAQ 4.119 de orientação do E-SOCIAL indica que a ru-


brica 22 que se refere ao 13º salário não deve compor a
base de cálculo das contribuições previdenciárias, o que
conduz ao racional de que o próprio layout do e-social já
teve esse ajuste para não incidir o INSS também no 13º
salário da licença-maternidade.

• “FAQ 4.119 (03/12/2020) – Com a recente decisão do


STF, que declarou inconstitucional a incidência de con-
tribuições patronais (Previdência, RAT e “Terceiros”)
sobre o salário-maternidade, é necessário fazer algum
ajuste na incidência da rubrica de salário-maternidade?

• Não é necessário alterar a incidência da rubrica referen-


te ao salário-maternidade. Deve-se continuar utilizan-
do a incidência de contribuição previdência igual a 21
(Salário-maternidade mensal pago pelo Empregador),
22 (Salário-maternidade - 13º Salário, pago pelo Em-
239
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

pregador), 25 (Salário-maternidade mensal pago pelo


INSS) e 26 (Salário maternidade - 13° salário, pago pelo
INSS), para que o sistema calcule a contribuição do se-
gurado.

• Foi feita uma alteração no cálculo do e-Social para que


as rubricas com {codIncCP}=[21,22,25,26] não compo-
nham a base de cálculo das contribuições patronais”.

D Período de afastamento da empregada – Custo da em-


presa prestadora de serviços

- empregada afastada – INSS;

- substituto – custo já considerado.

- Obs.: previsão de indicador para a formação do cálculo.

D Possibilidade de ampliação – Situações

240
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

VAMOS EXERCITAR A AFERIÇÃO DO CUSTO DO AFASTAMENTO


MATERNIDADE NA PLANILHA

Análise inicial – Rubricas envolvidas: remuneração, 13º sa-


lário, férias acrescidas de 1/3 CF/88 e encargos de FGTS/
INSS correspondentes

O que precisamos acomodar na planilha

> Empregada em licença – Rubrica: Remuneração e


encargos correspondentes

Pagamento Reserva
30 dias Não
INSS de valor?

Pagamento Reserva
Encargos FGTS Sim
empresa de valor?

Pagamento não. Reserva


Encargos INSS Não
Decisão STF de valor?

241
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Empregado substituto em licença – Rubrica: Remuneração


e encargos correspondentes

Pagamento Reserva
30 dias Sim
empresa de valor?

Pagamento Reserva
Encargos FGTS Sim
empresa de valor?

6 Encargos INSS Pagamento


empresa
Reserva
de valor?
Sim

> Empregada em licença – Rubrica: 13º salário e encargos


correspondentes

7 Pagamento Reserva
1/12 avos Não
INSS de valor?

8 Encargos FGTS Pagamento


empresa
Reserva
de valor?
Sim

Pagamento não. Reserva


Encargos INSS Não
Decisão STF de valor?

242
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Empregado substituto – Rubrica: 13º salário e encargos


correspondentes

Pagamento Reserva
1/12 avos Sim
empresa de valor?

Pagamento Reserva
Encargos FGTS Sim
empresa de valor?

Pagamento Reserva
Encargos INSS Sim
empresa de valor?

> Empregada em licença – Rubrica: Férias acrescidas de 1/3


CF/88 e encargos correspondentes

Pagamento Reserva
1/12 avos Sim
empresa de valor?

Pagamento Reserva
Encargos FGTS Sim
empresa de valor?

Pagamento Reserva
Encargos INSS Sim
empresa de valor?

243
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Empregado substituto – Rubrica: Férias acrescidas de 1/3


CF/88 e encargos correspondentes

Pagamento Reserva
1/12 avos Sim
empresa de valor?

7 Encargos FGTS Pagamento


empresa
Reserva
de valor?
Sim

8 Encargos INSS Pagamento


empresa
Reserva
de valor?
Sim

O que temos já acomodado na planilha

> Remuneração

Rubrica Local da Planilha


Remuneração de 30 dias Módulo 1
Encargos FGTS Submódulo 2.2, ou abaixo Módulo 1
Encargos INSS Submódulo 2.2, ou abaixo Módulo 1

244
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> 13º salário

Rubrica Local da Planilha


1/12 avos 13º salário Submódulo 2.1 - A
Encargos FGTS Submódulo 2.2, ou abaixo
Submódulo 2.1
Encargos INSS Submódulo 2.2, ou abaixo
Submódulo 2.1

> Férias + 1/3 CF/88

Rubrica Local da Planilha


1/12 Aavos 13º salário Submódulo 2.1 - B
Encargos FGTS Submódulo 2.2, ou abaixo
Submódulo 2.1
Encargos INSS Submódulo 2.2, ou abaixo
Submódulo 2.1

Comparação entre “a” e “b” – Acomodação dos custos –


Identificação do que já está alocado na planilha

LEMBRE

Rubricas que não exigem custo: todas as correspondentes


aos números 1, 3, 7 e 9 da letra “A”.
Rubricas que já podem estar acomodadas na Planilha:

245
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Remuneração

Números
correspondentes Local da Planilha da
Rubrica da letra “B”
às rubricas da letra “B”
letra “A”
4 Remuneração de 30 dias Módulo 1
Submódulo 2.2, ou
2 Encargos FGTS
abaixo Módulo 1
Submódulo 2.2, ou
6 Encargos INSS
abaixo Módulo 1

> 13º salário

Números
correspondentes Local da Planilha da
Rubrica da letra “B”
às rubricas da letra “B”
letra “A”
10 1/12 avos 13º salário Submódulo 2.1 - A
Submódulo 2.2, ou
8 Encargos FGTS
abaixo Submódulo 2.1
Submódulo 2.2, ou
12 Encargos INSS
abaixo Submódulo 2.1

246
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Férias + 1/3 CF/88

Números
correspondentes Local da Planilha da letra
Rubrica da letra “B”
às rubricas da “B”
letra “A”
13 1/12 avos 13º salário Submódulo 2.1 - B
Submódulo 2.2, ou abaixo
14 Encargos FGTS
Submódulo 2.1
Submódulo 2.2, ou abaixo
15 Encargos INSS
Submódulo 2.1

Comparação entre “a” e “b” – Acomodação dos custos –


identificação do que ficou faltando de reserva financeira para
acomodar na planilha para fazer frente às rubricas faltantes

Descrição da rubrica Números correspondentes


da letra “A”
Encargos FGTS sobre remuneração 5
Encargos FGTS sobre 13º salário 11
Férias + 1/3 16
Encargos FGTS sobre férias + 1/3 17
Encargos INSS sobre férias + 1/3 18

247
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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RESUMO

Números 1, 3, 7, 9 Não exigem custo

Números 2, 4, 6,
Já estão acomodados na
8 , 10, 12, 13, 14,
Planilha
15

Falta reserva financeira


Resultado para dar conta dos nºs 5,
11, 16, 17 e 18

ATENÇÃO

Veja, a reserva financeira para dar conta das rubricas faltantes


(correspondentes aos números 5, 11, 16, 17 e 18) deve
acontecer proporcional ao tempo do afastamento por
maternidade (120 dias).

248
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Sugestão

Resultado: sugerimos criar um quadro específico para o


afastamento maternidade. Assim, a letra “E” do Submódu-
lo 4.1, que sugerimos destacar e criar o Quadro 4.1.1, não
deve comportar previsão de salário-maternidade.

DICA

Raciocine, sob essa ótica os demais custos previstos na


planilha (benefícios, rescisórios e substituições), com
razoabilidade!

D Avalie: o afastamento-maternidade apresenta, ain-


da, outros custos. Dessa forma, como destacado
na “acomodação do custo do substituto na Plani-
lha”, deverá ser planilhado, minimamente, o custo
faltante (Férias mais 1/3 da CF/1988 e reflexos de
encargos de FGTS/INSS cabíveis sobre férias + 1/3
CF/1988, e de encargos de FGTS salários e 13º salá-
rio referentes ao período de afastamento).

249
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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AGORA, VAMOS MONTAR OS CÁLCULOS PARA RETRATAR A


RESERVA FINANCEIRA NECESSÁRIA ÀS RUBRICAS FALTANTES?

Sugestão 1

D Apuração das férias + 1/3 CF/1988 do substituto referente


ao afastamento maternidade.

D Cotar: férias + 1/3 CF/1988 e correspondentes encargos


(INSS/FGTS) – Pagamento ao substituto da empregada
afastada por licença, tendo como referência os 120 dias do
afastamento – Sugestão:

SUBMÓDULO 4.1.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AFASTAMENTO MATERNIDADE
SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –
VALOR
4.1.1 SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AFASTAMENTO
(R$)
MATERNIDADE
Afastamento maternidade (férias + 1/3 CF/1988 pagas  
A
ao Substituto pelos 120 dias de reposição)

LUCROS REAL E PRESUMIDO SIMPLES NACIONAL


Incidência do Submódulo
Incidência do Submódulo 2.2
2.2 sobre as férias +
sobre as férias + 1/3 CF/1988
B B 1/3 CF/1988 pagas ao
pagas ao substituto pelos
substituto pelos 120 dias
120 dias de substituição
de substituição

250
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ATENÇÃO

Incidência dos encargos do Submódulo 2.2 sobre o


afastamento maternidade – Sugestão: aportar aqui, em
separado, ou no Submódulo 2.2, discriminado.

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "E" DO


SUBMÓDULO 4.1 – SUGESTÃO:
SUBMÓDULO 4.1.1, LETRA
"A" E "B".

SUBMÓDULO 4.1.1-A: AFASTAMENTO MATERNIDADE (FÉRIAS


+ 1/3 CF/1988 PAGAS AO SUBSTITUTO PELOS 120 DIAS DE
REPOSIÇÃO

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração + Terço constitucional) x


(Meses de afastamento por licença-maternidade ÷
Meses do ano)] ÷ Meses do ano} x Indicador
D Referências exemplificativas para o cálculo
D Incidência de ocorrência (indicador) – Necessidade

SUBMÓDULO 4.1.1-B: INCIDÊNCIAS DO SUBMÓDULO 2.2

Memória do cálculo

251
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Afastamento maternidade (Férias + 1/3 CF/1988 pagas ao


substituto pelos 120 dias de reposição) x Incidência do Sub-
módulo 2.2 (Lucro Real e Presumido / Simples Nacional)

Sugestão 2
D Apuração de FGTS sobre salários e o 13º do substituto refe-
rente ao afastamento maternidade.
D Acomodação possível: Cotar encargos de FGTS referentes
aos salários* e aos avos de 13º salário percebidos pelo subs-
tituto da empregada afastada durante os 120 dias da licen-
ça-maternidade.
*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade
sobre INSS do salário-maternidade.

SUBMÓDULO 4.1.1 – LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO/SIMPLES


NACIONAL
SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
4.1.1 – SUBSTITUTO NA COBERTURA DE VALOR (R$)
AFASTAMENTO MATERNIDADE
Incidência do FGTS sobre a remuneração*
e 13º salário proporcionais aos 120 dias de
C  
reposição em razão da licença-
-maternidade
*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre INSS
do salário-maternidade.

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "E" DO


SUBMÓDULO 4.1 – SUGESTÃO:
SUBMÓDULO 4.1.1, LETRA "C".
252
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Memória de cálculo para encargos sobre salário e 13º salário


proporcionais a 120 dias
[( Remuneração* + 13º salário ) x (Meses de afasta-
mento por licença-maternidade ÷ Meses do ano) x
Indicador] x Incidência do FGTS (Lucro Real e Presumi-
do / Simples)
D Referências exemplificativas para o cálculo
D Indicador de ocorrência de licença-maternidade – Necessidade
*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre
INSS do salário-maternidade.

ENCARTE – CÁLCULO DA LETRA "E" DO


SUBMÓDULO 4.1 – SUGESTÃO:
SUBMÓDULO 4.1.1, LETRA "D".
D Nessa rubrica, é possível aportar todos os demais custos re-
ferentes à substituição por afastamento maternidade, com
os correspondentes encargos, inclusive eventuais benefí-
cios mensais e diários devidos ao substituto. Avalie o que a
planilha já comporta para o título que se pretende e o que
está faltando, para não incluir custo em duplicidade.

253
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

RESUMO DA SUGESTÃO FINAL PARA O SUBMÓDULO 4.1.1

D Lembre: o modelo atual da planilha de custos apresenta a


letra “E” – Afastamento Maternidade no Submódulo 4.1 e as
incidências de encargos previdenciários, de FGTS e outras
contribuições no Submódulo 2.2.

D Para melhor organizar a planilha, sugerimos que as incidên-


cias sejam calculadas logo abaixo de cada módulo, zerando
assim o Submódulo 2.2 e, ainda, que a letra “E” – Afasta-
mento Maternidade do Submódulo 4.1 fosse aportada em
separado, em razão da complexidade do custo envolvido.

D Trata-se apenas de sugestões. Uma vez adotadas as suges-


tões, a estrutura do Submódulo 4.1.1 ficaria assim:

254
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 4.1.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AFASTAMENTO MATERNIDADE –
REFLEXOS – LUCRO REAL/PRESUMIDO/SIMPLES NACIONAL
SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
4.1 .1 – SUBSTITUTO NA COBERTURA DE VALOR (R$)
AFASTAMENTO MATERNIDADE
Afastamento maternidade (férias + 1/3  
A CF/1988 pagas ao substituto pelos 120 dias de
reposição)
Incidência do Submódulo 2.2 sobre as férias +  
B 1/3 CF/1988 pagas ao substituto pelos 120 dias
de substituição
Incidência do FGTS sobre a remuneração*
e 13º salário proporcionais aos 120 dias de
C
reposição em razão da licença-maternidade

TOTAL

*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre INSS


do salário-maternidade.

SUBMÓDULO 4.2 – SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA

VALOR
4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA
(R$)
Substituto na cobertura de intervalo para repouso
A
ou alimentação
Nota: Revogada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018.

255
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Quando o empregado usufrui o intervalo intrajornada, será


necessário prever uma turma de jantista / almocista para a
cobertura do tempo de ausência referente ao intervalo .

D Nesse caso, a empresa contratada destaca um substituto


para realizar o serviço nesse período. Ato reflexo, deverá
efetuar o pagamento da hora correspondente ao intervalo.
D Cuidado: nesse caso, o pagamento é da hora simples traba-
lhada, sem acréscimo de nenhum adicional.
D Lembre: se não houver previsão de jantista/almocista e, as-
sim, o empregado não usufruir de seu intervalo intrajorna-
da pelo fato de trabalhar em período destinado a repouso e
alimentação, o valor a ser pago é da hora trabalhada acres-
cida de 50%, considerada a natureza indenizatória da par-
cela. Nesse caso, como já mencionado, o custo do intervalo
trabalhado, como sugestão, deverá aparecer em quadro se-
parado do Módulo 1.
D Avaliar onde será alocado esse custo.
D Resumo:
- A letra “A” do Submódulo 4.2 somente será preenchida
quando for destacado um jantista/almocista para a co-
bertura do intervalo. Nesse caso, considerando que cor-
responderá a uma hora de trabalho simples, ainda será
necessário aportar as incidências de encargos previdenci-
ários, de FGTS e de outras contribuições.

256
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE


ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Se for esse o caso, sugerimos, a despeito da previsão na Nota


3 do Submódulo 2.2 (incidência dos encargos ali previstos
somente sobre o Módulo 1 e Submódulo 2.1), alterada pela
IN nº 7/2018, que seja criada uma linha “B” ao Submódulo
4.2, de acordo com o regime de tributação (Lucro Real/Pre-
sumido ou Simples Nacional) para prever:

D “Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários


(GPS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e ou-
tras contribuições sobre a letra “A” do Submódulo 4.2.”

D Após, totalize o Submódulo.

SUBMÓDULO 4.2 – SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA

VALOR
4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA
(R$)
Substituto na cobertura de intervalo para repouso
A
ou alimentação
Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos
B previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições

257
AULA 5

Aspectos tributários na elaboração da


planilha de custos e formação de
preços de acordo com a estrutura da
IN nº 05/2017 e os impactos da reforma
trabalhista

Professor:

Reinaldo Luiz Lunelli


Contador formado pela FAE Centro Uni-
versitário. Auditor contábil. Consultor de
empresas nas áreas contábil e tributária.
Professor universitário de diversas discipli-
nas da área contábil. Autor de vários livros
técnicos e de artigos de matérias contábil
e tributária. Idealizador do Caderno de
Negócios (www.cadernodenegocios.com.
br). Membro ativo da redação do Portal
Tributário (www.portaltributario.com.br) e
do Portal de Contabilidade (www.portal-
decontabilidade.com.br).
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 5 – INSUMOS DIVERSOS

UNIFORMES
MATERIAIS
EQUIPAMENTOS
OUTROS (ESPECIFICAR)

MÓDULO 5- INSUMOS DIVERSOS

5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)


A Uniformes  
B Materiais  
C Equipamentos
D Outros (especificar)
Total

D Alerta: valores mensais, por empregado.

Inclui todos os itens que irão


UNIFORMES
compor o uniforme do empregado.

Custo relativo aos materiais diversos


MATERIAIS utilizados diretamente na execução dos
serviços e os equipamentos de proteção
individual de uso obrigatório.

Todos os bens necessários para à


EQUIPAMENTOS
execução dos serviços.

259
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

UNIFORMES

D Espécie: custo direto e fixo.

D Exemplo: uniforme para o vigilante.

D Composição do uniforme: calça, meias, camisas, jaquetas, sapatos,


coturnos, quepe, colete, etc. (observar a convenção coletiva de tra-
balho).

D Fórmula de cálculo: (valor anual dos uniformes ÷ número de me-


ses) + previsão de perdas

Preenchimento da planilha
5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)
A Uniformes  

MATERIAIS

D Espécie: custo direto e variável.

D Exemplos: vassouras, rodos, panos, detergentes, desinfetante, etc.

D Fórmula de cálculo: (valor anual dos materiais ÷ número de meses)

260
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Qual a forma de tributação dos materiais utilizados na


prestação de serviços?

Material de consumo X Mercadoria

Material aplicado na execução do serviço = ISS

Mercadoria vendida sem relação direta com a prestação do


serviço = ICMS

Preenchimento da planilha
5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)
B Materiais  

261
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

EQUIPAMENTOS

D Espécie: custo direto e fixo – bem durável.

D Base legal: art. 313 do Decreto nº 9.580/2018 (vida útil superior a 1


ano ou valor maior que R$ 1.200,00).

D Responsabilidade: verificar as responsabilidades da empresa con-


tratada com relação aos equipamentos utilizados nos serviços de
vigilância (Lei nº 7.102/1983).

D Exemplos para vigilância: cassetete, apito, rádio, revólver, cinturão,


coldre, laterna, munição, colete, etc.

D Exemplos para limpeza: enceradeira, aspirador de pó, secador de


pisos, lavadora de pressão, etc.

D Metodologia: depreciação de equipamentos.

D Fórmula de cálculo: (valor total do equipamento ÷ número de me-


ses de vida útil)

262
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Como deve ser calculada a depreciação de máquinas e


equipamentos?
A depreciação é o reconhecimento do desgaste que o bem
sofre durante seu uso.

A depreciação não pode ser reconhecida quando for cobrado


o valor total do bem.

Percentuais estabelecidos no Anexo III da IN SRF nº 1.700/2017.

INÍCIO DA VIDA ÚTIL FIM DA VIDA ÚTIL

DEPRECIAÇÃO MENSAL

IMPORTANTE

Alerta: a legislação societária permite que as empresas


utilizem outros critérios de depreciação que não o estabelecido
no Anexo III da IN SRF nº 1.700/2017.

263
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ATENÇÃO

Equipamentos: a Administração precisa indicar, na estimativa


de preços referenciais, qual critério adotou para o cálculo da
depreciação dos equipamentos.

Previsão da IN nº 05/2017, Anexo V, item 2.9, b.3.

Preenchimento da planilha
5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)
C Equipamentos

MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS

5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)


A Uniformes  
B Materiais  
C Equipamentos
D Outros (especificar)
Total

IMPORTANTE

Esses valores independem do regime de tributação adotado


pela empresa.

264
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 6 – CUSTOS INDIRETOS,


TRIBUTOS E LUCRO

A – CUSTOS INDIRETOS
B – LUCRO
C – TRIBUTOS
C.1 Tributos federais (especificar)
C.2 Tributos estaduais (especificar)
C.3 Tributos municipais (especificar)

São os gastos da contratada com


sua estrutura administrativa,
CUSTOS INDIRETOS
organizacional e gerenciamento de
seus contratos.

É o ganho decorrente da
LUCRO exploração da atividade
econômica.

São os valores inerentes aos impostos


TRIBUTOS e contribuições que incidam sobre o
faturamento, conforme estabelecido
na legislação vigente.

265
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO

6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)

A Custos indiretos  
B Lucro
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
TOTAL

CUSTOS INDIRETOS

CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS

São aqueles que podem ser São aqueles que não podem ser
atribuídos diretamente ao produto atribuídos diretamente ao produto.
ou departamento.
Não são empregados de forma direta
São utilizados diretamente na na prestação dos serviços.
execução dos serviços.
Necessitam ser rastreados.
Não necessitam de critérios de
rateio.

266
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

IN nº 05/2017 – Anexo I
VI - CUSTOS INDIRETOS: os custos envolvidos na execução con-
tratual decorrentes dos gastos da contratada com sua estrutura
administrativa, organizacional e gerenciamento de seus contra-
tos, calculados mediante incidência de um percentual sobre o so-
matório do efetivamente executado pela empresa, a exemplo da
remuneração, benefícios mensais e diários, insumos diversos, en-
cargos sociais e trabalhistas, tais como os dispêndios relativos a:
a) funcionamento e manutenção da sede, aluguel, água, luz, tele-
fone, Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), dentre outros;
b) pessoal administrativo;
c) material e equipamentos de escritório;
d) preposto; e
e) seguros.

Definição dos valores


D O montante atribuído aos custos indiretos varia de empresa para
empresa.

D Percentual médio praticado pelas empresas do mesmo ramo de


atuação.

IMPORTANTE

Alerta: Não pode ser encontrado na simples análise dos


relatórios contábeis.
267
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Se a licitante cotar percentual de custos indiretos em


apenas 0,01%, é possível afirmar que o preço é inexequível?
Art. 44, § 3º, da Lei nº 8.666/1993

Anexo VII-A, item 9.3, da IN nº 05/2017

Lei nº 8.666/1993
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em con-
sideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os
quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos
por esta Lei.
[...]
§ 3º Não se admitirá proposta que apresente preços global ou
unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis
com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos
encargos,[...] exceto quando se referirem a materiais e instalações
de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a
parcela ou à totalidade da remuneração.

IN nº 05/2017 – Anexo VII-A


9.3. A inexequibilidade dos valores referentes a itens isolados da
planilha de custos e formação de preços não caracteriza motivo
suficiente para a desclassificação da proposta, desde que não
contrariem exigências legais;

268
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Forma de cálculo

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4) e dos insumos (Módulo 5).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

Preenchimento da planilha
MÓDULO 6 – LUCROS REAL E PRESUMIDO
6 Custos indiretos, tributos e lucro % VALOR (R$)
A Custos indiretos

MÓDULO 6 – SIMPLES NACIONAL


6 Custos indiretos, tributos e lucro % VALOR (R$)
A Custos indiretos

269
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

LUCRO

Conceitos

D Retorno positivo decorrente da exploração da atividade econômica.

D Ganho do empresário com a realização de sua atividade.

D Rentabilidade esperada na execução do contrato.

IN nº 05/2017 – Anexo I
XI - LUCRO: ganho decorrente da exploração da atividade eco-
nômica, calculado mediante incidência percentual sobre o efe-
tivamente executado pela empresa, a exemplo da remuneração,
benefícios mensais e diários, encargos sociais e trabalhistas, insu-
mos diversos e custos indiretos.

Definição dos valores


D O montante atribuído ao lucro varia de empresa para empresa.

D Percentual médio praticado pelas empresas do mesmo ramo de


atuação.

IMPORTANTE

Alerta: não pode ser encontrado na simples análise dos


relatórios contábeis.

270
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Impactos do IRPJ e da CSLL – Ponderações sobre os recentes


entendimentos do TCU

TCU – Súmula nº 254


O IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica - e a CSLL - Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido - não se consubstanciam em despesa
indireta passível de inclusão na taxa de Bonificações e Despesas
Indiretas - BDI do orçamento-base da licitação, haja vista a natu-
reza direta e personalística desses tributos, que oneram pessoal-
mente o contratado.
(Sessão de 31/03/2010; Acórdão AC-0625-10/10-P)

TCU – Acórdão nº 1.591/2008 – Plenário


Voto
De se ver contudo que a exclusão do IRPJ ou CSSL na composição
do BDI não significa que os preços para as obras licitados serão
menores. Trata-se apenas de uma regra orçamentária sem reper-
cussões econômicas. Isso porque, as licitantes, ao elaborarem suas
propostas, sabem da incidência desses tributos e os considerarão
quando do cálculo dos custos e rentabilidade [...]
Sendo o IRPJ e a CSLL tributos diretos, devem ser considerados
individualmente pelas empresas como item do lucro bruto, a ser
cotado no BDI. Ou seja, não pode haver transferência automática
desses tributos para a contratante, sobretudo porque o regime

271
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

tributário – especialmente no tocante ao IRPJ – pode diferir de


empresa para empresa.
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 13/08/2008)

TCU – Acórdão nº 264/2012 – Plenário


Relatório
24. Assim sendo, caso a inclusão do IRPJ e da CSLL não ocorra des-
tacadamente no BDI, certamente esses tributos estarão incluídos
na rubrica destinada ao lucro bruto. Ou seja, o lucro bruto abran-
ge o IRPJ e a CSLL, enquanto o lucro líquido os destaca, o que não
influencia o preço oferecido pelo licitante.
(Relator: Aroldo Cedraz; Data do Julgamento: 08/02/2012)

TCU – Informativo de Jurisprudência nº 279


2. A inclusão, na composição do BDI constante das propostas das
licitantes, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Con-
tribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) não é vedada nem
acarreta, por si só, prejuízos ao erário, pois é legítimo que empre-
sas considerem esses tributos quando do cálculo da equação eco-
nômico-financeira de suas propostas, desde que os preços prati-
cados estejam de acordo com os paradigmas de mercado. O que
é vedado é a inclusão do IRPJ e da CSLL no orçamento estimativo
da licitação. Acórdão 648/2016 Plenário, Tomada de Contas Es-
pecial, Relator Ministro Benjamin Zymler

272
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Forma de cálculo

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5) e dos
custos indiretos (Módulo 6-A).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

Preenchimento da planilha
MÓDULO 6 – LUCROS REAL E PRESUMIDO
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)
B Lucro

MÓDULO 6 – SIMPLES NACIONAL


6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)
B Lucro  

273
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

TRIBUTOS
D Espécies: impostos, taxas e contribuição de melhoria

D Realidade brasileira: 93 tributos

D Participação no PIB: 37,65%

D Carga tributária: entre as maiores do mundo

D Obrigações acessórias: 4% do faturamento

D Normativos: uma nova norma a cada 2 horas

D Tributos são os valores referentes ao recolhimento de impostos e às


contribuições incidentes sobre o faturamento, conforme estabele-
cido pela legislação vigente.

Lucro Lucro
Presumido Arbitrado

Lucro Simples
Real REGIMES DE Nacional
TRIBUTAÇÃO

IMPORTANTE

Atenção especial às empresas optantes pelo Simples Nacional.

274
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Lucro Real

D Forma de apuração: contabilidade (RIR/2018).

D Exigências legais: escriturações contábil e fiscal devidamente com-


provadas.

D Obrigatoriedade: art. 313 do Decreto nº 9.580/2018.

D Opção: todos os contribuintes.

JANEIRO DEZEMBRO
OPÇÃO TRIBUTÁRIA

OPÇÃO DEFINITIVA

D Anual: DARF pago mensalmente.

D Trimestral: DARF pago ao final de cada trimestre.

> Lucro Real – Alteração

D Periodicidade: anual.

D Motivos: por opção da empresa; pelos limites de faturamento


ou por deixar de prestar atividade obrigada à tributação com
base no Lucro Real.

275
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Lucro Presumido

D Forma de apuração: receita bruta (presunção).

D Exigências legais: escrituração contábil não obrigatória. Exigência


de livro-caixa.

D Opção: todos os contribuintes que não estejam obrigados à tribu-


tação com base no Lucro Real.

D Limite da receita bruta: O limite de receita bruta total é de R$


78.000.000,00/ano ou R$ 6.500.000,00 multiplicados pelo número
de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior
a 12 meses.

JANEIRO DEZEMBRO
OPÇÃO TRIBUTÁRIA

OPÇÃO DEFINITIVA

D Trimestral: DARF pago ao final de cada trimestre.

> Lucro Presumido – Alteração

D Periodicidade: anual.

D Motivos: por opção da empresa; por atingir os limites de fatura-


mento ou por prestar atividade obrigada à tributação com base
no Lucro Presumido.

276
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Simples Nacional

D Forma de apuração: receita bruta mensal.

D Exigências legais: enquadramento como ME ou EP.

D Tributação: baseada em cinco tabelas que contém as alíquotas e os


valores de dedução.

D Limite da receita bruta: R$ 4.800.000,00 a partir de 2018.

JANEIRO DEZEMBRO
RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA

POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO

Receita Federal ou contribuinte

D Mensal: DAS pago mensalmente.

> Simples Nacional – Hipóteses de exclusão

D De ofício.

D Por comunicação do contribuinte optante.

D Base legal: arts. 29 e 30 da LC nº 123/2006.

277
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Simples Nacional – Exclusão por comunicação do


contribuinte optante

Opcionalmente quando a empresa desejar.

Obrigatoriamente quando ocorrerem situações de vedação.

Obrigatoriamente quando a empresa ultrapassar o limite da re-


ceita bruta para o ano-calendário.

Prazos para comunicação:

D opção: janeiro de cada ano-calendário;

D vedação: até o último dia do mês seguinte àquele em que ocor-


reu a situação de vedação;

D faturamento: até o último dia do mês seguinte ao que o limite


foi ultrapassado.

278
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Efeitos tributários:

D opção: a partir do 1º dia útil de janeiro;

D vedação: a partir do mês seguinte à ocorrência da situação im-


peditiva;

D faturamento: a partir de 1º de janeiro do ano seguinte, se não


ultrapassar 20% do limite.

IMPORTANTE

Na hipótese de o excesso de faturamento ser superior a 20%


do limite de receita bruta estabelecida em lei, a exclusão
produzirá seus efeitos a partir do mês seguinte à ocorrência
do fato.

Exequibilidade: o aumento da carga tributária pode ter


reflexos na execução dos contratos.

> Simples Nacional – Exclusão de ofício

Falta de comunicação de exclusão obrigatória (art. 29, inc. I).

Empresa constituída por pessoas interpostas (art. 29, inc. IV).

Despesas superam em 20% o valor das receitas (art. 29, inc. IX).

279
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Efeitos tributários:

D exclusão a partir do mês em que ocorrer o fato, com lançamen-


to dos tributos apurados aos devidos entes tributantes.

D não têm impacto nos preços de contratos em vigência.

D Quais os efeitos das desonerações tributárias decorrentes da


pandemia COVID19 nas planilhas de custos dos contratos vi-
gentes

Principais diferenças
LUCRO SIMPLES
LUCRO REAL
PRESUMIDO NACIONAL
Percentual Receita bruta
BASE DE CÁLCULO Lucro efetivo
definido em lei mensal
OPÇÃO 1º Recolhimento 1º Recolhimento Termo de opção
COMPROVAÇÃO DARF DARF Site RFB / DAS
LIMITES - 78 milhões/ano 4,8 milhões/ano
Faturamento
Faturamento
VEDAÇÕES - Atividade social
Atividade social
Constituição
PIS e COFINS PIS e COFINS Fator de
PECULIARIDADES
não cumulativos cumulativos enquadramento

280
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Podem optar pelo Simples Nacional as empresas que


realizam cessão e locação de mão de obra?
Não poderão recolher impostos e contribuições na forma do
Simples Nacional ME ou EPP que realizem cessão ou locação
de mão de obra.

As vedações não se aplicam às pessoas jurídicas que se


dediquem exclusivamente às atividades de vigilância, limpeza
e conservação ou as exerçam em conjunto com outras
atividades não vedadas.

Base legal: art. 17 da LC nº 123/2006.

IMPORTANTE

Serviço de apoio administrativo


Atividade muito abrangente.

Não é vedada a opção pelo Simples Nacional, a não ser que


execute sua atividade mediante cessão e locação de mão de
obra.

281
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

TRIBUTOS

Tributos: principal fonte de receita do Estado. Abrangem os im-


postos, as taxas e as contribuições.
D Impostos: sem destinação específica. Em geral, utilizados para a
manutenção dos serviços públicos de interesse coletivo.
D Taxas: vinculadas à contraprestação de um serviço específico
(coleta de lixo, passaporte, entre outros).
D Contribuições: melhoria ou especiais.

Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)


D Classificação: tributo direto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: resultado positivo em suas operações (lucro) + ga-


nhos de capital + outras receitas não operacionais.

D Finalidade: imposto (sem finalidade específica).

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)


D Classificação: tributo direto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: resultado positivo em suas operações (lucro) + ga-


nhos de capital + outras receitas não operacionais.

D Finalidade: Imposto/Seguridade Social.

282
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

PIS/PASEP

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: faturamento mensal (com fins lucrativos) ou folha


de pagamentos (sem fins lucrativos).

D Créditos tributários: art. 3º da Lei nº 10.637/2002.

D Finalidade: abono anual e seguro-desemprego.

> Apuração não cumulativa – Lucro Real

BASE DE CÁLCULO VALOR – R$ ALÍQUOTA – %


Valor do serviço 10.000,00
(-) Aluguel pago a PJ 1.500,00
(-) Depreciação 700,00
(-) Insumos 4.000,00
(=) Base de cálculo do PIS 3.800,00
Valor do PIS a
62,70 0,6270%
pagar (1,65%)

283
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

COFINS

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: faturamento mensal (com fins lucrativos) ou folha


de pagamentos (sem fins lucrativos).

D Créditos tributários: art. 3º da Lei nº 10.833/2003.

D Finalidade: financiamento da Seguridade Social.

> Apuração não cumulativa – Lucro Real

BASE DE CÁLCULO VALOR – R$ ALÍQUOTA – %


Valor do serviço 10.000,00
(-) Aluguel pago a PJ 1.500,00
(-) Depreciação 700,00
(-) Insumos 4.000,00
(=) Base de Cálculo
3.800,00
da COFINS
Valor do COFINS a
288,80 2,8880%
pagar (7,60%)

284
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Quais os impactos da adoção do regime não cumulativo


na elaboração da planilha de preços?
Solicitar demonstrativo detalhado de cálculos com a
composição dos créditos utilizados na apuração.

A alíquota aportada na planilha de preços deve ser a alíquota


efetiva e, portanto, poderá ser menor que a estabelecida na
legislação.

ICMS

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União/estados e DF.

D Base de cálculo: valor total da operação, incluindo frete e despesas


acessórias cobradas do adquirente/consumidor.

D Finalidade: imposto (sem finalidade específica).

285
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ISS

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União/municípios.

D Base de cálculo: valor do serviço prestado.

D Recolhimento: no local da prestação do serviço.

D Finalidade: imposto (sem finalidade específica).

Alíquota dos impostos – Lucro Real


TRIBUTO ALÍQUOTA
ISS 5,00%
PIS 1,65%
COFINS 7,60%
TOTAL 14,25%

Alíquota dos impostos – Lucro Presumido


TRIBUTO ALÍQUOTA
ISS 5,00%
PIS 0,65%
COFINS 3,00%
TOTAL 8,65%

286
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Alíquota dos impostos – Simples Nacional

ANEXO IV DA LC Nº 123/2006

(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)


(Vigente a partir de 01.01.2018)

VALOR A
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA DEDUZIR
(EM R$)

1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% -


2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00
De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 22,00% 183.780,00
3.600.000,00
De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 33,00% 828.000,00
4.800.000,00

287
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS

IRPJ CSLL Cofins PIS/ ISS (*)


Pasep
1ª Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%
2ª Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%
3ª Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%
4ª Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%
5ª Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00%(*)
6ª Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% -
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma propor-
cional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a
alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será:

Faixa IRPJ CSLL Cofins PIS/ ISS


Pasep
5ª Faixa, com (Alíquota (Alíquota (Alíquota (Alíquota Percentual de
alíquota efetiva efetiva efetiva efetiva efetiva ISS fixo em 5%
superior a – 5%) x – 5%) x – 5%) x – 5%) x
12,5% 31,33% 32,00% 30,13% 6,54%

> Serviços de limpeza

TRIBUTO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


PIS 1,65% 0,65%
COFINS 7,60% 3,00%

288
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Serviços de vigilância

TRIBUTO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO

PIS 0,65% 0,65%


COFINS 3,00% 3,00%

Preenchimento da planilha
6. CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (ICMS)
C.3. Tributos municipais (ISS)

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Como as retenções na fonte interferem na elaboração da


planilha de custos?
As retenções são meras antecipações de tributos e não trazem
nenhum impacto à planilha de custos e formação de preços,
uma vez que os valores retidos serão abatidos quando da
apuração do tributo devido no período.

289
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

A LC nº 128/2008 altera o estatuto da ME e da EPP. Quais


os reflexos desse texto na elaboração da planilha?
A retenção do ISS para as empresas optantes pelo Simples
será realizada de acordo com seu enquadramento na tabela,
não importando a alíquota estabelecida pelo município.

O percentual a ser retido deverá ser destacado no corpo da nota


fiscal. Na ausência dessa informação, a Administração reterá 5%.

FORMA DE CÁLCULO – LUCRO REAL

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição do
profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5), dos custos
indiretos (Módulo 6-A) e do lucro (Módulo 6-B).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

290
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Preenchimento da planilha – Lucro Real


VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
PIS
COFINS
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
ISS

VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
A Custos indiretos
B Lucro (IRPJ + CSLL + Retorno)  
C Tributos
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (ISS)
TOTAL

291
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

FORMA DE CÁLCULO – LUCRO PRESUMIDO

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5), dos
custos indiretos (Módulo 6-A) e do lucro (Módulo 6-B).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

Preenchimento da planilha – Lucro Presumido


VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
PIS
COFINS
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
ISS

292
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
A Custos indiretos
B Lucro (IRPJ + CSLL + Retorno)  
C Tributos
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (ISS)
TOTAL

FORMA DE CÁLCULO – SIMPLES NACIONAL

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5), dos
custos indiretos (Módulo 6-A) e do lucro (Módulo 6-B).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as ru-
bricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item 1.7).

D Para obtenção da alíquota aplicável, é necessário conhecer a recei-


ta bruta acumulada nos últimos 12 meses de operação (incluir em
edital).

293
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D O cálculo é realizado pela incidência da alíquota efetiva que será


apurada mediante aplicação da fórmula:

(RBT12 X Alíquota) - PD ÷ RBT12

D Em que:

RBT12 = Receita Bruta Total dos últimos 12 meses


Alíquota = Alíquota nominal correspondente à faixa de enqua-
dramento da empresa
PD = Parcela a deduzir prevista na faixa de enquadramento da
empresa

Alíquota efetiva:
(RBT12 x Alíquota) – PD ÷ RBT12
(1.850.000 x 22%) – 183.780 ÷ 1.850.000
223.220 ÷ 1.850.000
0,1207 = 12,07%

Lembre-se: 12,07% = (IRPJ + CSLL + COFINS + PIS + ISS)


Alíquota IRPJ: 12,07 x 18,80% = 2,27%

Alíquota CSLL: 12,07 x 19,20% = 2,32%

Alíquota COFINS: 12,07 x 18,08% = 2,18%

Alíquota PIS: 12,07 x 3,92% = 0,47%

Alíquota ISS: 12,07 x 40,00% = 4,83%

Total Tributos s/ Faturamento = (2,18 + 0,47 + 4,83) = 7,48%

294
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Preenchimento da planilha – Simples Nacional


VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
PIS
COFINS
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
ISS

VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
A Custos indiretos
B Lucro (IRPJ + CSLL + Retorno)  
C Tributos
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (ISS)
TOTAL

295
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

QUADRO-RESUMO DO CUSTO POR


EMPREGADO
LUCRO REAL
MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO
(R$)
CONTRATUAL (VALOR POR EMPREGADO)
A Módulo 1 - Composição da remuneração  
B Módulo 2 - Encargos e benefícios anuais, mensais e diários  
C Módulo 3 - Provisão para rescisão  
D Módulo 4 - Custo de reposição do profissional ausente  
E Módulo 5 - Insumos Diversos  
SUBTOTAL (A + B +C+ D + E)  
F Módulo 6 - Custos indiretos, tributos e lucro
VALOR TOTAL POR EMPREGADO  

LUCRO PRESUMIDO
MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO
(R$)
CONTRATUAL (VALOR POR EMPREGADO)
A Módulo 1 - Composição da remuneração  
B Módulo 2 - Encargos e benefícios anuais, mensais e diários  
C Módulo 3 - Provisão para rescisão  
D Módulo 4 - Custo de reposição do profissional ausente  
E Módulo 5 - Insumos Diversos  
SUBTOTAL (A + B +C+ D + E)  
F Módulo 6 - Custos indiretos, tributos e lucro
VALOR TOTAL POR EMPREGADO  

296
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SIMPLES NACIONAL
MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO
(R$)
CONTRATUAL (VALOR POR EMPREGADO)
A Módulo 1 - Composição da remuneração  
B Módulo 2 - Encargos e benefícios anuais, mensais e diários  
C Módulo 3 - Provisão para rescisão  
D Módulo 4 - Custo de reposição do profissional ausente  
E Módulo 5 - Insumos Diversos  
SUBTOTAL (A + B +C+ D + E)  
F Módulo 6 - Custos indiretos, tributos e lucro
VALOR TOTAL POR EMPREGADO  

297
MATERIAL COMPLEMENTAR
A compreensão da natureza dos
custos que formam o preço dos
serviços como condição para o
julgamento seguro da planilha
da IN nº 05/2017

298
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

A COMPREENSÃO DA NATUREZA DOS CUSTOS


QUE FORMAM O PREÇO DOS SERVIÇOS COMO
CONDIÇÃO PARA O JULGAMENTO SEGURO DA
PLANILHA DA IN Nº 05/2017

ANADRICEA VICENTE DE ALMEIDA


Advogada. Consultora jurídica e palestrante na área de licitações e contratos.
Especialista em Direito Administrativo pela Faculdade de Direito de
Curitiba e MBA em Gestão Estratégica de Empresas pela ISAE/FGV. Atua na
Supervisão do Serviço de Consultoria Zênite e na Coordenação e Revisão
Geral da Revista Zênite ILC – Informativo de Licitações e Contratos. Vice-
Presidente Executiva da Zênite. Autora de diversos artigos jurídicos.

A análise de exequibilidade e o julgamento da planilha de custos nos


contratos de serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de
obra representam, atualmente, um grande desafio para o pregoeiro
e a equipe de apoio, bem como para a Administração. A avaliação se-
gura da planilha da IN nº 05/2017, da Secretaria de Gestão/MP, envol-
ve conhecimentos das áreas trabalhista, previdenciária, tributária e
contábil e do regime das contratações públicas (Lei nº 8.666/1993, Lei
nº 13.303/2016, lei e decretos do pregão, normatizações específicas
de terceirização, Decreto nº 9.507/2018, Portaria nº 443/2018 e IN nº
05/2017), minimamente.

Os valores envolvidos nos contratos de terceirização são vultosos.


Também é preciso considerar o risco de responsabilização subsidiária
trabalhista da Administração na condição de tomadora do serviço,1 ce-
nário que justifica várias exigências e controles previstos no Decreto nº

299
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

9.507/2018 e na IN nº 05/2017, o que potencializa o peso da responsa-


bilidade relativa à análise de exequibilidade da planilha.

Passaremos, neste estudo, ao largo de eventual discussão e polêmica


sobre o cabimento ou não de a Administração avaliar, validar, fiscalizar
e acompanhar toda a composição dos custos trabalhistas das empre-
sas, na medida em que o objeto contratado é a prestação do serviço,
com foco no resultado. Fato é que o entendimento hoje vigente é de
que a Administração deve verificar o cumprimento dos encargos tra-
balhistas tanto no momento do julgamento da licitação quanto na fis-
calização de seu cumprimento efetivo durante a execução contratual.
Inclusive, quanto mais acurado esse controle, assim como sua docu-
mentação, mais se reduz o risco de responsabilidade trabalhista.2

Diante desse contexto, vamos apresentar algumas diretrizes e boas


práticas para o julgamento das planilhas de custos da IN nº 05/2017.
Essas orientações, algumas até simples, nem sempre têm sido adota-
das, e isso pode gerar demandas, questionamentos e inseguranças,
muitas vezes, só identificados na fase contratual.

As orientações que seguem têm como objetivo guiar e auxiliar a avaliação


de exequibilidade de preços nos serviços terceirizados com dedicação ex-
clusiva de mão de obra, para os quais se exige a apresentação de planilha
de custos, conforme o modelo previsto no Anexo VII-D da IN nº 05/2017.

Como grande parte desses serviços terceirizados é comum, a regra é


que eles sejam contratados por pregão eletrônico, conforme o art. 1º,
§ 3º, do Decreto nº 10.024/2019.

300
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Seguindo o fluxo do novo decreto, a ordem do procedimento será a


seguinte: finalizada a etapa de lances, passa-se à fase de negociação
(art. 38); logo após, o pregoeiro examinará a proposta classificada em
primeiro lugar quanto à adequação ao objeto e à compatibilidade do
preço em relação ao máximo estipulado (art. 39). Nesse momento e
para fins de julgamento do preço, será exigida a apresentação da pla-
nilha de custos, que deverá ser encaminhada exclusivamente via siste-
ma, observado o prazo fixado no edital, com os valores adequados ao
lance vencedor (art. 43, § 5º).

Passemos às diretrizes e às boas práticas que podem ser adotadas para


a avaliação da planilha e o julgamento do pregão.

I – Para realizar o julgamento da planilha, é necessário que o pre-


goeiro e a equipe que o apoiará, assim como os profissionais que
auxiliarão tecnicamente o julgamento, conheçam a estrutura da
planilha (composição dos módulos e submódulos), sua lógica e os
encargos trabalhistas, previdenciários e tributários que formam o
preço do serviço.

Sem esse conhecimento, que permite um senso apurado e crítico so-


bre os cálculos e a razoabilidade de quantitativos, de valores e de per-
centuais da planilha, estará ampliado o risco de erros no julgamento e
de prejuízo à celeridade trazida pelo pregão.

Lembramos que alguns encargos e custos trabalhistas não têm uma


única forma de serem calculados, o que nos leva à segunda diretriz.

301
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

II – A planilha elaborada pela Administração na fase de planeja-


mento não vincula e não engessa o licitante.

Essa planilha, principal referência para se chegar aos preços estimado


e máximo da licitação,3 é uma diretriz para que o pregoeiro realize a
análise de exequibilidade e o julgamento do pregão. Portanto, a plani-
lha da Administração não engessa a planilha do licitante!

Nesse sentido, é possível que o licitante tenha justificativa para pra-


ticar valores, quantitativos e percentuais diversos dos adotados pela
Administração na estruturação de sua planilha, inclusive com relação
aos encargos que decorrem de determinação legal. E, aqui, a terceira
diretriz ganha relevância.

III – Para julgar a planilha, o pregoeiro precisa conhecer o enqua-


dramento sindical e o regime tributário da empresa.

O ponto de partida para a avaliação segura da exequibilidade da pla-


nilha de custos é o conhecimento do regime legal ao qual a empresa
está vinculada – encargos trabalhistas (que decorrem do enquadra-
mento sindical e norma coletiva) e tributários (conforme a opção de
regime tributário feito pela empresa).

Nesse sentido, uma boa prática é prever em edital que, juntamente à


planilha de custos, o licitante deve informar os seguintes dados que
embasaram a formação de sua planilha: enquadramento sindical, do-
cumento coletivo ao qual está vinculado (acordo, convenção ou sen-
tença normativa) e regime tributário.

302
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Na falta dessas informações ou em caso de dúvida, deverá ser realiza-


da diligência, questionando o licitante.

Veja que estamos tratando de dois principais grupos de custos que


formam o preço do serviço: da mão de obra e dos tributos. Sem saber
o regime legal ao qual a empresa está vinculada, não é possível fazer
uma avaliação criteriosa e segura da planilha apresentada.

IV – É ilegal determinar qual deve ser o enquadramento sindical da


empresa.

Dessa realidade decorre a discussão sobre a possibilidade de a Admi-


nistração determinar o documento laboral a ser considerado por to-
dos os licitantes na formação de seus preços. Nesse sentido, pode a
Administração determinar em edital que todos os licitantes observem
determinado sindicato e, assim, uma mesma norma coletiva balizado-
ra da formação dos custos?

De pronto, refutamos essa possibilidade.

Ainda que o tema enquadramento sindical comporte discussão, regra


geral, deve ser realizado pela atividade preponderante da empresa.
Veja que é a própria empresa quem faz seu enquadramento. O docu-
mento coletivo a ser adotado é o do local da prestação dos serviços,
base municipal, como regra (princípio da territorialidade).

Tratando-se de categoria diferenciada, o documento sindical a ser uti-


lizado pode ser o correspondente à categoria diferenciada.4 Para tanto,
a empresa ou o sindicato que a representa devem ter sido chamados à
negociação com o sindicato da categoria diferenciada.5

303
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Considerando que existem regras constitucionais e legais que definem


e orientam o enquadramento sindical das empresas, não cabe ao Po-
der Público interferir nas questões sindicais,6 o que caracterizaria inge-
rência indevida na gestão das empresas privadas. É bom lembrar que,
de acordo com o art. 5º da IN nº 05/2017, é vedado à Administração
e aos seus servidores praticar atos de ingerência na administração da
contratada.

Nesse sentido, se a Administração, a partir da avaliação da atividade a


ser contratada e da prática observada no mercado, baseia-se em um
sindicato e na respectiva norma coletiva para elaboração de sua pla-
nilha na fase de planejamento, não significa que os licitantes deverão
considerar esse mesmo documento laboral. Sendo diversa a atividade
preponderante,7 o enquadramento sindical da empresa será outro, e
esta estará vinculada, então, a outra norma coletiva.

Imagine que a Administração está contratando serviços de copeira-


gem e que, no local da prestação dos serviços, exista sindicato das em-
presas prestadoras de serviços de copeiragem. A Administração pode-
rá adotar a convenção coletiva vigente desse sindicato para estimar
os custos da contratação por meio do preenchimento da planilha de
custos.

Na situação descrita, seria possível que a empresa mais bem coloca-


da na fase de lances apresentasse planilha com valores de salário e
de benefícios diferentes (maiores ou menores)? Sim, se essa empresa,
em razão de seu enquadramento sindical, estivesse vinculada a ou-
tra norma coletiva. É possível cogitar que a atividade preponderante
da empresa seja a prestação de serviços no ramo hoteleiro, estando

304
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

vinculada a outra organização sindical (sindicato das empresas presta-


doras do ramo hoteleiro, no local da prestação do serviço) e, portanto,
a outra convenção coletiva, que pratica outro piso salarial e outros be-
nefícios, mas, entre as suas atividades, está a prestação dos serviços de
copeiragem.8

Essa realidade foi recentemente apreciada pelo TCU (Acórdão nº


1.097/2019 do Plenário). No caso, o pregoeiro desclassificou a empre-
sa que se baseou em sindicato diverso do adotado pela Administração
na orçamentação. Para o pregoeiro, o enquadramento sindical deveria
ser realizado pela atividade efetivamente desempenhada pelo empre-
gado. Esse entendimento foi refutado pelo TCU, para quem

Embora a matéria possa ser objeto de alguma controvérsia ou até


mesmo de certa confusão por parte de compradores públicos, o
enquadramento sindical no Brasil é matéria de ordem pública e
decorre de previsão legal, sendo definido, via de regra, pela ativi-
dade econômica preponderante do empregador e não em função
da atividade desenvolvida pelo empregado [...].9

Considerando essa realidade e as possíveis variações e repercussões


no julgamento da licitação, reforçamos a importância de o licitante in-
formar expressamente seu enquadramento sindical e seu regime tri-
butário em sua proposta. Caso o documento laboral que a empresa
deva cumprir seja diverso do que aquele em que a Administração se
baseou para a elaboração da planilha de orçamentação, o pregoeiro
deverá conhecer esse documento para, então, ter condições de avaliar
e julgar a planilha apresentada.

305
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Ressaltamos que mesmo os encargos que decorrem de imposição le-


gal, como os encargos trabalhistas previstos no documento laboral
(por exemplo, salário e benefícios) e tributários, podem ser diferen-
tes dos previstos na planilha da Administração, a depender do regime
legal (enquadramento sindical e regime tributário) a que o licitante
esteja vinculado.

V – É fundamental ter a clareza de que existem dois grandes gru-


pos de custos que compõem os preços de serviços terceirizados na
estrutura da IN nº 05/2017: os custos que decorrem de imposição
legal e os custos variáveis.

Com relação aos custos e aos encargos que decorrem de determina-


ção legal/normativa, caberá à Administração, no momento do julga-
mento, verificar que sejam cumpridos todos os encargos, os valores e
os percentuais, de acordo com o regime legal do licitante.

O segundo grupo é formado pelos custos variáveis que decorrem da


realidade de mercado, como os custos de materiais, de insumos ou o
percentual de lucro; e os custos que variam de acordo com a realidade
de cada empresa, de cada organização.

Nessa segunda categoria de custos variáveis, é possível que o encargo/


direito tenha previsão em normas específicas, mas o valor a ser aporta-
do na planilha para fazer frente ao encargo dependa de um indicador
de incidência. Por exemplo, qual percentual de homens terá direito
à licença-paternidade, qual a quantidade de empregados que terão
faltas justificadas e quantos empregados serão desligados com paga-
mento de aviso-prévio, trabalhado ou indenizado?

306
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Como alguns desses direitos não serão usufruídos por todos os em-
pregados, a formação de seu custo baseia-se em um indicador de inci-
dência. Mas, onde podem ser encontrados esses indicadores? O ideal
é que a Administração e as empresas tenham histórico dos contratos
para subsidiar a elaboração da planilha. O histórico dos contratos da
contratante (que podem ser informados em edital) é um referencial
importante a ser considerado pela empresa, somado à realidade dos
próprios contratos. A composição dessas duas informações (históricos
do contratante e da contratada) representa a melhor base de informa-
ção para a estruturação dos custos variáveis que decorrem de percen-
tual ou de quantitativo de incidência.

A IN nº 05/2017 reforça a importância de acompanhar, controlar e dis-


por de dados históricos dos contratos que auxiliarão no planejamento
da contratação (art. 46, art. 47, § 1º, art. 70 e Anexo III, 2, “b” – Estudos
preliminares).

Assim, os encargos que decorrem de lei devem ser observados pela


empresa, cabendo à Administração exigir seu cumprimento no julga-
mento e na avaliação da exequibilidade da planilha, de acordo com
seu regime legal. A prática indica que a grande dificuldade sobre a
exequibilidade/inexequibilidade no momento do julgamento estará
nos encargos variáveis, cujo valor é definido pelo mercado ou decorre
de indicadores de incidência.

Com relação aos valores de mercado, como valores de materiais e in-


sumos, é fundamental a realização de pesquisas de preços praticados
para que haja condições de inferir se os valores propostos estão ali-
nhados com os de mercado.10

307
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

De acordo com o art. 44, § 3º, da Lei nº 8.666/1993, o licitante pode abrir
mão, total ou parcialmente, dos custos relativos a materiais e equipa-
mentos de sua propriedade. Assim, seria possível o licitante cotar um
valor reduzido ou até zerado, por exemplo, para um equipamento cujo
custo a empresa já tenha absorvido em sua operação, deixando sua
proposta mais competitiva em determinado certame. Em que pese
essa possibilidade, é importante ter cautela quanto à exequibilidade
de proposta no que se refere aos insumos e aos equipamentos, confor-
me acórdão da Segunda Câmara do TCU:11

32. Apesar da oportunidade oferecida para que [...] comprovas-


se a exequibilidade dos preços dos materiais cotados, foi cons-
tatado, in loco, que não possuía sequer local de armazenamento
desses materiais. Também não foi apresentada comprovação da
compatibilidade dos preços ofertados na licitação com os pratica-
dos pelo mercado. Portanto, não houve descumprimento do art.
48 da Lei 8.666/1993 pela administração, nos termos da jurispru-
dência do TCU.

[...]

34. Foi adequado, portanto, o procedimento adotado pela Abin


ao verificar, de forma isolada, a exequibilidade dos materiais lici-
tados. Não seria razoável permitir o ajuste de preços de 700 itens
até 53,20% abaixo do Sinapi; muito menos contratar empresa
com esses preços. Da mesma forma, não é razoável considerar
erros no preenchimento de 700 itens como itens isolados. E tam-
bém não podem ser considerados exequíveis preços de materiais,
em média, 35% abaixo daqueles estimados pela Administração

308
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

sem que a licitante, principal interessada, demonstre cabalmente


a exequibilidade de sua proposta.

35. Além disso, no caso concreto, trata-se de serviço de nature-


za continuada. Assim, os reflexos de uma proposta de preço sub-
dimensionada poderiam perdurar por até cinco anos e, excep-
cionalmente, por mais doze meses, nos termos do art. 57 da Lei
8.666/1993. O administrador deve, pois, ser ainda mais cauteloso.
(TCU, Acórdão nº 3.001/2015, Segunda Câmara, grifamos.)

Com relação aos demais custos variáveis cujo direito tem previsão le-
gal/normativa, mas que dependem de indicadores de incidência para
seu aporte na planilha, não existem referências objetivas e determi-
nadas para tais valores. Por isso constata-se a relevância de conhecer
a lógica da planilha e os encargos que formam o preço do serviço, de
modo a ser desenvolvido um senso crítico quanto à razoabilidade na
formação dos preços.

Nesse sentido, é possível que o licitante cote aviso-prévio trabalho


para 100% dos empregados (considerando que todos serão desliga-
dos ao final do contrato administrativo) e, ainda, cote um percentual
de aviso-prévio indenizado? Sim, é razoável, pois pode haver substi-
tuições no decorrer da execução contratual que levem à rescisão dos
contratos de trabalho com pagamento de aviso indenizado. E é possí-
vel que o licitante zere licença-paternidade em um contrato de servi-
ços de copeiragem com poucos postos de serviços? Sim, em princípio,
é possível que a empresa opte por não alocar homens nessa contra-
tação, não havendo de se cogitar tal custo concretamente. Essas são
algumas entre as muitas variações que podem surgir no julgamento.

309
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Diante de dúvidas na formação dos preços e percentuais, especial-


mente dos custos variáveis, o caminho será diligenciar para entender a
formação dos preços do licitante. Mas, a fim de objetivar o julgamento,
não seria possível a previsão de preços máximos unitários?

VI – Podem ser previstos preços máximos unitários e global.

Ainda que a legislação discipline a possibilidade de estabelecimento


de preços máximos unitários e global12, fato é que, na prática, a regra
atual nas contratações de serviços terceirizados com dedicação exclu-
siva de mão de obra é a previsão de valores máximos globais13-14, e não
unitários15.

A possibilidade de variações dos custos unitários, considerando o en-


quadramento sindical da empresa, certamente contribui para que não
se adote tal medida. Isso não afasta a possibilidade, todavia, de que
sejam previstos valores máximos unitários para alguns custos, como
para insumos e materiais, por exemplo.

VII – A planilha dividida em blocos de custos de acordo com a natu-


reza auxilia o julgamento da planilha.

Feitas as considerações anteriores e compreendida a natureza dos


custos que formam o preço dos serviços, apresentaremos a planilha
resumida da IN nº 05/2017. O objetivo dessa planilha, que apresenta
os custos reunidos em blocos, é chamar atenção para a natureza (as
características) dos custos e como eles devem ser tratados para que
facilitem o momento do julgamento.

310
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Portanto, esse “olhar em blocos” para a planilha16 facilita e organiza sua


avaliação e seu julgamento.

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)

MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO


Salário-BaseAdicional de periculosidade
A Adicional de insalubridadeAdicional noturno
Hora noturna reduzidaAdicional de hora extra
no feriado
MÓDULO 2 - ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS,
MENSAIS E DIÁRIOS
Sub. 2.1: 13º salárioFérias Adicional de férias
B Sub. 2.2: INSSSalário-educaçãoSAT
Terceiras entidadesFGTS
Sub. 2.3: TransporteAuxílio refeição/alimentação
Assistência médica e familiar
MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO
C APIFGTS sobre APIIncidências sobre APT
Multa FGTS
MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO
PROFISSIONAL AUSENTE
Sub. 4.1: FériasAusências legaisLicença-
D -paternidadeAcidente do trabalho
Afastamento maternidade
Sub. 4.2: Intervalo para repouso ou alimentação
MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS
E
UniformesMateriaisEquipamentos
Subtotal (A + B + C + D + E)

311
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO


F
Custos indiretosLucroTributos
Valor total por empregado

VIII – Orientações gerais no julgamento

Bloco 1 – Encargos destacados em verde: são os custos que decorrem


de determinação legal (legislações trabalhista, previdenciária, tributá-
ria). Além de tratativa em leis e atos normativos, tais encargos podem
ter tratamento específico no documento laboral da categoria.

Para a avaliação de adequação e de exequibilidade desses encargos,


é fundamental conhecer o enquadramento sindical da empresa e a
norma coletiva ao qual ela está vinculada, assim como seu regime tri-
butário.

Por exemplo, a empresa não pode zerar 13º salário ou férias (direitos
com proteção constitucional). Tanto a empresa, ao elaborar sua pla-
nilha, quanto a Administração, na ocasião do julgamento, devem ob-
servar e exigir que os custos e os encargos que decorrem de determi-
nação legal/normativa sejam cumpridos, inclusive no que diz respeito
aos valores e aos percentuais. Com relação aos encargos trabalhistas,
a determinação legal deve ser entendida, a rigor, como mínimo obri-
gatório a ser observado, podendo a empresa ampliar direitos e benefí-
cios aos seus empregados.

Perceba que nem todos os encargos destacados nesse bloco serão de-
vidos em todas as contratações. Isso dependerá das condições de sua
execução ou do serviço em si. Nesse sentido, haverá o custo de hora

312
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

noturna se o serviço for prestado em horário noturno nos termos da


legislação de regência; haverá adicional de periculosidade se as condi-
ções de prestação ou a regulamentação do serviço determinarem tal
pagamento; e assim por diante.

Dessa forma, é fundamental que o pregoeiro e a equipe envolvida no


julgamento conheçam as condições de execução, como jornada, uni-
dade de medida, produtividade (se for o caso), características do local
da prestação, pois essas condicionantes podem impactar a incidência
de eventuais encargos.

Bloco 2 – Encargos destacados em azul: são os encargos que têm trata-


tiva específica no documento laboral da categoria, os quais devem ser
cumpridos como mínimo obrigatório.

Se não previstos na norma coletiva da categoria, não são direitos da


categoria e podem não ser considerados pela empresa. No entanto, a
empresa poderá criar ou ampliar os benefícios e os direitos decorren-
tes de lei por meio do contrato de trabalho ou do regulamento inter-
no. Dessa forma, é possível que o licitante cote determinado benefício
(vale-refeição, por exemplo) não previsto no documento laboral ao
qual está vinculado ou amplie o direito (valor diário do vale-refeição
maior que o previsto na CCT).

Nesse caso, tratando-se de encargo que tem fundamento na norma


coletiva (ou seja, de custos não variáveis), se o licitante cria ou amplia
direitos e benefícios, ele se vincula aos termos de sua proposta. Então,
durante a execução contratual, deverá, a rigor, repassar aos emprega-
dos os valores e os benefícios nos termos de sua proposta comercial.17

313
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Bloco 3 – Encargos destacados em rosa: são os encargos cujo direito


tem fundamento legal/normativo/documento laboral, mas o custo a
ser aportado na planilha passa por um indicador de incidência ou por
um quantitativo.

Como já tratamos, o ideal é que a Administração tenha um histórico


desses percentuais e quantitativos para que possa guiar a análise de
aceitabilidade da planilha. Esses percentuais e quantitativos são refe-
rências no momento do julgamento, pois as empresas podem praticar
valores diversos, justificando a formação de seu preço. Com relação aos
custos variáveis, a empresa tem liberdade, mas terá responsabilidade
em prover o quantitativo que for necessário para dar conta de cumprir
o direito trabalhista dos empregados alocados na prestação dos servi-
ços. Nesse sentido dispõem o art. 63 e seu § 1º da IN nº 05/2017.18

Em acórdão recente, o TCU reforçou a natureza variável de custos da


planilha:

3. Como visto no relatório precedente, as alegações da represen-


tante foram devidamente abordadas em sede recursal e rejeita-
das pelo pregoeiro.

4. Nessa seara, verificou-se que descabe a alegação da Provac


Terceirização de Mão de Obra Ltda. quanto à questão do subdi-
mensionamento do item relativo a faltas legais na planilha de
custos da vencedora, eis que se trata de risco do negócio, como
bem esclarecido, e também porque a própria vencedora alegou o
compromisso de arcar com os ônus de eventuais equívocos nos
quantitativos da proposta, asseverando ser capaz de executar os

314
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

serviços com base nos percentuais ofertados. (TCU, Acórdão nº


90/2019, Plenário, Rel. Min. Aroldo Cedraz, j. em 30.01.2019, gri-
famos.)

Assim, se a empresa considerou que 3% dos homens gozariam de li-


cença-paternidade e, na execução do contrato, 5% tiveram tal direito,
terá de arcar com o custo para 5%, e a fiscalização do contrato deverá
cobrar a observância dessa diretriz. Trata-se do risco envolvido na for-
mação do preço dos serviços em relação aos custos variáveis: cotou
para mais, é lucro, cotou para menos, tem de arcar com a diferença. De
toda forma, o direito dos empregados deve ser cumprido.19

Bloco 4 – Encargos destacados em marron: são os encargos variáveis


referenciados pela prática de mercado e pela realidade de cada em-
presa.

Para fins de julgamento, a Administração deve verificar que os valores


estejam adequados aos praticados no mercado balizados por preços
públicos praticados.

Em geral, no julgamento, a avaliação relativa à excessividade de preço


global é realizada de forma objetiva, com base no valor estimado/má-
ximo global previsto.20

Os encargos que decorrem de lei devem ser cumpridos e exigidos de


acordo com o regime legal ao qual a empresa está vinculada. Os en-
cargos trabalhistas, inclusive aqueles que têm fundamento em docu-
mento laboral da categoria, serão valores mínimos a ser observados.

315
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

A discussão, na maioria das vezes, estará centrada na inexequibilidade.


Isso porque é comum a cotação de valores e de percentuais variáveis
relativamente reduzidos. Nessa hipótese, é fundamental que a Admi-
nistração atue com cautela na avaliação da exequibilidade da propos-
ta como um todo.21 Veja que a inexequibilidade de um custo isolado
não determina a inexequibilidade da proposta como um todo.22 É ne-
cessário verificar a composição da planilha globalmente, sempre lem-
brando que tudo que decorre de lei deve ser cumprido.

Vale reforçar: no caso de dúvidas sobre a adequação e a exequibilida-


de dos valores, a orientação é diligenciar, solicitando que o licitante
justifique a formação do preço e sua exequibilidade.

E se a planilha apresentada pelo licitante contiver erros com relação


aos custos que decorrem de determinação legal? O caminho é sanear
e permitir que a empresa corrija sua planilha, desde que o preço global
seja exequível e o saneamento não leve ao aumento do valor global
proposto. Essa é a orientação prevista na IN nº 05/201723 e recomenda-
da em reiterados precedentes da jurisprudência e do TCU24.

CONCLUSÕES

Não existe fórmula pronta para realizar o julgamento da planilha de


custos e formação de preços. Cada licitação terá uma planilha adequa-
da à contratação (condições de execução, jornada, local de execução),
e as empresas podem ter justificativa em seu regime jurídico para pra-
ticar valores e percentuais diversos daquele que a Administração con-
siderou para elaborar a planilha de orçamentação no planejamento,

316
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

inclusive com relação aos encargos que decorrem de determinação


legal.

A análise de exequibilidade passa pela avaliação crítica da planilha do


licitante e, para tanto, é fundamental conhecer sua estrutura e sua ló-
gica, bem como a disciplina legal dos encargos trabalhistas, previden-
ciários e tributários. Assim, é essencial ter a clareza da natureza dos
custos que formam o preço dos serviços, bem como de seu regime e
das possíveis variações para fins de julgamento.

Para auxiliar e contribuir com esse desafio, construímos, a partir da ex-


periência aplicada, algumas diretrizes e boas práticas que considera-
mos como um ponto de partida seguro para a atividade de avaliação e
julgamento das planilhas nos contratos de terceirização.

________________

1
Conforme Súmula 331 do TST: “[...] IV - O inadimplemento das obri-
gações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabili-
dade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações,
desde que haja participado da relação processual e conste também
do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da administra-
ção pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mes-
mas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa
no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/1993, especialmente
na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilida-
de não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada. VI - A responsabi-

317
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

lidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas de-


correntes da condenação referentes ao período da prestação laboral”.

2
Válido lembrar o entendimento atual sobre o ônus da prova em re-
lação à responsabilidade trabalhista da Administração: “Em recente
decisão proferida no RE 760.931-DF, com repercussão geral, o Excelso
Pretório reforçou a necessidade de configuração da culpa in vigilan-
do para o reconhecimento da responsabilidade subsidiária do Poder
Público, bem como atribuiu o ônus da prova da ausência de fiscaliza-
ção ao trabalhador. Assim, na hipótese sub judice, deve ser excluída a
responsabilidade subsidiária do Município de São Paulo. Recurso de
revista conhecido por má aplicação do artigo 71, § 1º, da Lei 8666/93 e
provido. Prejudicado o exame dos demais temas do recurso de revista”
(TST, RR nº 10020706020165020024, 3ª Turma, j. em 20.09.2019, grifa-
mos).

3
É bom lembrar que, na fase de planejamento, a planilha deverá ser
elaborada pela Administração, conforme a IN nº 05/2017, Anexo V –
Diretrizes para elaboração do projeto básico (PB) ou termo de referên-
cia (TR): “[...] 2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de
Referência ou Projeto Básico [...] 2.9 Estimativa de preços e preços re-
ferenciais: a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios
de previsão de preços referenciais realizados nos Estudos Preliminares;
b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de
obra, o custo estimado da contratação deve contemplar o valor máxi-
mo global e mensal estabelecido em decorrência da identificação dos
elementos que compõem o preço dos serviços, definidos da seguinte
forma: b.1. por meio do preenchimento da planilha de custos e forma-

318
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

ção de preços, observados os custos dos itens referentes ao serviço,


podendo ser motivadamente dispensada naquelas contratações em
que a natureza do seu objeto torne inviável ou desnecessário o deta-
lhamento dos custos para aferição da exequibilidade dos preços prati-
cados; b.2. por meio de fundamentada pesquisa dos preços praticados
no mercado em contratações similares; ou ainda por meio da adoção
de valores constantes de indicadores setoriais, tabelas de fabricantes,
valores oficiais de referência, tarifas públicas ou outros equivalentes,
se for o caso;” (Grifamos).

4
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu art. 511, §?3º conceitua:
“Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados
que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto
profissional especial ou em consequência de condições de vida singu-
lares”.

5
TST – Súmula nº?374: “Norma Coletiva. Categoria Diferenciada.
Abrangência. Empregado integrante de categoria profissional diferen-
ciada não tem o direito de haver de seu empregador vantagens previs-
tas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada
por órgão de classe de sua categoria” (Resolução nº 129/2005; DJ de
20.04.2005).

6
Conforme a Constituição Federal: “Art. 8º?[...] I - a lei não poderá exigir
autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o re-
gistro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência
e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais
de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de ca-
tegoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será

319
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não po-


dendo ser inferior à área de um Município”.

7
Conforme a CLT: “Art. 581. [...] § 2º Entende-se por atividade prepon-
derante a que caracterizar a unidade de produto, operação ou objetivo
final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclu-
sivamente em regime de conexão funcional”.

8
Caso semelhante foi levado à apreciação do TRF 1ª Região, no AMS nº
2000.34.00.040508-0/DF, Quinta Turma.

9
Confira precedentes trabalhistas que reforçam a polêmica sobre o
tema: “ENQUADRAMENTO SINDICAL. ATIVIDADES EMPRESARIAIS DI-
VERSAS. 1. Atividades empresariais diversas, quando distintas e in-
dependentes, justificam enquadramento sindical correspondentes
às respectivas categorias econômicas” (TRT 9ª Região, Acórdão nº
6.398/2000, Terceira Turma, Rel. Rosalie Michaele Bacila Batista, j. em
23.04.2000). “RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. ENQUADRA-
MENTO SINDICAL. TERCEIRIZAÇÃO. Se a empregadora presta serviços
variados em processos de terceirização e opta por filiar-se a sindicato
que desenvolve atividade econômica específica, como é o da cons-
trução pesada, o fato de ela desenvolver outra atividade (a interme-
diação de mão-de-obra em fábrica de fertilizantes, onde empregou
o reclamante) impede que possa impor aos respectivos empregados
o enquadramento na categoria, para eles estranha, dos trabalhado-
res da construção pesada. Entre os males da unicidade sindical não se
inclui o de impedir que o empregador adapte sua nova atividade pre-
ponderante à categoria econômica pertinente, sempre que tal se fizer
necessário. Recurso de revista conhecido e provido” (TST, RR nº 54900-

320
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

80.2004.5.04.0122, Sexta Turma, Rel. Augusto Cesar Leite de Carvalho,


j. em 28.04.2010).

10
A pesquisa de preços deve seguir os procedimentos e as orientações
previstas na IN nº 05/2014, que trata de pesquisa de preços.

No sentido mesmo sentido: Acórdão nº 2.186/2013 da Segunda Câ-


11

mara do TCU.

12
Nos termos do art. 40, inc. X, da Lei de Licitações e da alínea “d” do
item 2.8 do Anexo V da IN nº 05/2017.

13
Nesse sentido já entendeu o TCU: “5.1. abstenha-se de incluir, nos
seus instrumentos convocatórios, cláusula que permita a apresenta-
ção de propostas com valor superior ao estimado pela Administração
da entidade para o objeto licitado, em dissonância com a jurisprudên-
cia desta Corte de Contas” (TCU, Acórdão nº 3.895/2014, Plenário). Vale
lembrar que, de acordo com o regime de contratação das estatais, art.
56, inc. IV da Lei nº 13.303/2016, devem ser desclassificadas as propos-
tas acima do orçamento estimado. A prática largamente adotada por
toda Administração é de não aceitar proposta acima do preço estima-
do global. Portanto, o estimado é aplicado como máximo.

14
Como já exposto, no pregão eletrônico, a avaliação relativa ao valor
máximo global é realizada logo após a fase de lances e negociação,
em relação ao mais bem colocado e ao qual será solicitado o envio da
planilha adequada ao lance vencedor.

15
Em obras e serviços de engenharia, a previsão de preços máximos
unitários e global é obrigatória, nos termos da Súmula do TCU nº 259:

321
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

“Nas contratações de obras e serviços de engenharia, a definição do


critério de aceitabilidade dos preços unitários e global, com fixação de
preços máximos para ambos, é obrigação e não faculdade do gestor”.

16
O modelo da planilha da IN nº 05/2017 foi adaptado e resumido para
o presente trabalho.

17
O TCU já determinou que a empresa se vincula ao valor de salário
constante da proposta comercial, mesmo quando acima do piso da
categoria (Acórdãos nºs 614/2008 e 1.009/2011, ambos do Plenário).
Lembramos que o racional é diverso no caso de obras, contrato de em-
preitada de construção civil, conforme bem destacado no Acórdão nº
719/2018 do Plenário.

18
“Art. 63. A contratada deverá arcar com o ônus decorrente de eventual
equívoco no dimensionamento dos quantitativos de sua proposta, de-
vendo complementá-los caso o previsto inicialmente em sua proposta
não seja satisfatório para o atendimento ao objeto da licitação, exceto
quando ocorrer algum dos eventos arrolados nos incisos do § 1º do art.
57 da Lei nº 8.666, de 1993. § 1º O disposto no caput deve ser observado
ainda para os custos variáveis decorrentes de fatores futuros e incertos,
tais como os valores providos com o quantitativo de vale-transporte.”

19
Tratando-se de custos variáveis e que não se renovam, já tendo sido
pagos ou amortizados no primeiro período do contrato, poderão ser
excluídos ou reduzidos na prorrogação do contrato, conforme previsto
na IN nº 05/2017, Anexo VII-F: “ 1 - Vigência contratual e custos reno-
váveis: [...] 1.2. Regras estabelecendo que nas eventuais prorrogações
dos contratos com dedicação exclusiva de mão de obra, os custos não

322
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

renováveis já pagos ou amortizados no primeiro ano da contratação


deverão ser eliminados como condição para a renovação”. É importan-
te que a minuta do contrato preveja quais os custos não renováveis
que, a depender da realidade contratual, poderão ser reduzidos ou ex-
cluídos na prorrogação, assim como a forma de cálculo de sua exclu-
são e de sua reinclusão, conforme o caso.

20
Vale lembrar que o Ministério da Economia divulga valores máximos
por estado da federação para os serviços de limpeza e de vigilância,
os quais devem ser observados, em regra, pela Administração federal
direta, autárquica e fundacional.

21
O Ministério da Economia divulga também valores mínimos aceitá-
veis para limpeza e vigilância. Valores próximos ou inferiores aos míni-
mos exigem uma acurada avaliação de exequibilidade para que sejam
aceitos.

22
IN nº 05/2017, Anexo VII-A – Diretrizes gerais para elaboração do ato
convocatório: “9.3. A inexequibilidade dos valores referentes a itens
isolados da planilha de custos e formação de preços não caracteriza
motivo suficiente para a desclassificação da proposta, desde que não
contrariem exigências legais” (Grifamos).

23
IN nº 05/2017, Anexo VII-A – Diretrizes gerais para elaboração do ato
convocatório: “7.9. Erros no preenchimento da planilha não são moti-
vos suficientes para a desclassificação da proposta, quando a planilha
puder ser ajustada sem a necessidade de majoração do preço ofer-
tado, e desde que se comprove que este é o bastante para arcar com
todos os custos da contratação”.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

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“A jurisprudência do TCU no tocante ao art. 43, § 3º, da Lei 8.666/1993,
que serviu de inspiração para os arts. 24 e 29-A, caput e § 2º, da IN-
-SLTI/MPOG 2/2008, se firmou no sentido de estabelecer a possibili-
dade de aproveitamento das propostas com erros materiais sanáveis
e irrelevantes em suas respectivas planilhas de custo e de formação
de preços, que não prejudiquem o teor das ofertas, em homenagem
ao princípio da razoabilidade e quando isso não se mostra danoso
aos demais princípios exigíveis na atuação da Administração Pública”
(TCU, Acórdão nº 834/2015, Plenário). Nesse mesmo sentido: TRF 5ª
Região, AG nº 117.634/PE, Primeira Turma; TCU, Acórdão nº 943/2014,
Primeira Câmara; TCU, Acórdão nº 830/2018, Plenário; TCU, Acórdão nº
719/2018, Plenário; entre outros.

Como citar este texto:

ALMEIDA, Anadricea Vicente de. A compreensão da natureza dos cus-


tos que formam o preço dos serviços como condição para o julgamen-
to seguro da planilha da IN nº 05/2017. Revista Zênite ILC – Informati-
vo de Licitações e Contratos, Curitiba: Zênite, n. 310, p. 1205-1215, dez.
2019, seção Doutrina.

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