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COMO ELABORAR E JULGAR A PLANILHA

DE FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO


COM A IN Nº 05/2017
Passo a passo da elaboração e
memorial de cálculo - Aspectos
trabalhistas, previdenciários e
tributários

31 de agosto a 4 de setembro de 2020


Agradecemos sua participação no Zênite Online “COMO ELA-
BORAR E JULGAR A PLANILHA DE FORMAÇÃO DE PREÇOS
DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017”, realizado de 31 de agosto
a 4 de setembro de 2020.

Este material, elaborado em conjunto com a equipe Zênite, reú-


ne o teor da exposição dos Professores Anadricea Vicente de
Almeida, Isis Chamma Doetzer e Reinaldo Luiz Lunelli, expres-
sando o entendimento sobre a temática abordada e as questões
polêmicas que serão tratadas durante o evento.

Esperamos que o conteúdo aqui exposto e os ensinamentos dos


Palestrantes contribuam para seu aperfeiçoamento profissional,
bem como para a resolução das dificuldades vividas no exercício
de sua atividade.

A revisão linguística do conteúdo desta apostila é realizada de acordo com a norma culta
da Língua Portuguesa. As citações doutrinárias, jurisprudenciais e legislativas são repro-
duzidas conforme o original. É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta
apostila sem a permissão expressa da Zênite.
SUMÁRIO
AULA 1

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO


JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A
PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017
SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS.............................................. 10

QUESTÃO 01.......................................................................................................21
Em quais modelos de contratação de serviços deve ser
elaborada a planilha de custos na etapa de planejamento?

QUESTÃO 02.......................................................................................................35
Quais planilhas devem instruir o processo nas
contratações de terceirização com dedicação exclusiva
de mão de obra?

QUESTÃO 03.......................................................................................................42
A Administração pode indicar no edital o sindicato a
que as licitantes devem ser filiadas para que todos
tenham como base um mesmo documento laboral na
formação de seus preços?
QUESTÃO 04.......................................................................................................52
Pode ser definido o salário dos empregados envolvidos
na prestação dos serviços acima do piso da categoria?

QUESTÃO 05.......................................................................................................63
É possível estabelecer em edital benefícios aos
empregados e seus valores?

QUESTÃO 06.......................................................................................................67
Qual a natureza dos custos que integram a composição
da planilha de custos e formação de preços? Quais
custos podem ser alterados pelo licitante e quais não
podem variar? Custos que decorrem de determinação
legal podem variar?

QUESTÃO 07.......................................................................................................89
Se, no momento do julgamento, o pregoeiro identifica
erros cometidos pelo licitante na elaboração de sua
planilha, qual procedimento deve ser adotado? Quais
as orientações e os limites para o saneamento de vícios
na planilha?
AULAS 2, 3 E 4
ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA
ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE
PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E
OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CONTEXTUALIZAÇÃO................................................... 104

ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE


PREÇOS......................................................................................... 107

CONTA VINCULADA E O PROVISIONAMENTO DE VERBAS


TRABALHISTAS............................................................................. 115

MÓDULO 1 – COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO.......................... 123

Salário-base.......................................................................................................123

Adicional de periculosidade .........................................................................155

Adicional de insalubridade............................................................................157

Adicional noturno............................................................................................164

Adicional de hora noturna reduzida............................................................164

Outros (especificar)..........................................................................................176
MÓDULO 2 – ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E
DIÁRIOS........................................................................................ 195

Submódulo 2.1 – 13º (décimo terceiro) salário, férias e adicional


de férias...............................................................................................................195

13º (décimo terceiro) salário.................................................................... 196

Férias e adicional de férias....................................................................... 198

Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários (GPS), Fundo de


Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições.............205

INSS................................................................................................................ 205

Salário educação......................................................................................... 205

SAT.................................................................................................................. 206

SESC ou SESI................................................................................................. 211

SENAI – SENAC............................................................................................ 211

SEBRAE.......................................................................................................... 211

INCRA............................................................................................................. 211

FGTS............................................................................................................... 211

Submódulo 2.3 – Benefícios mensais e diários........................... 217

Transporte.................................................................................................... 217

Auxílio-refeição/alimentação.................................................................. 219

Assistência médica e familiar.................................................................. 222

Outros (especificar).................................................................................... 222


MÓDULO 3 – PROVISÃO PARA RESCISÃO..................................... 227

Aviso-prévio indenizado.................................................................................230

Incidência do FGTS sobre o aviso-prévio indenizado..............................233

Multa do FGTS e contribuição social sobre o aviso-prévio


indenizado.........................................................................................................234

Aviso-prévio trabalhado.................................................................................239

Incidência dos encargos do Submódulo 2.2 sobre o aviso-prévio


trabalhado..........................................................................................................240

Multa do FGTS e contribuição social sobre o aviso-prévio


trabalhado..........................................................................................................241

MÓDULO 4 – CUSTO DE REPOSIÇÃO DO PROFISSIONAL


AUSENTE...................................................................................... 248

Submódulo 4.1 – Substituto nas ausências legais...................................249

Substituto na cobertura de Férias.......................................................... 249

Substituto na cobertura de Ausências legais...................................... 251

Substituto na cobertura de Licença-paternidade.............................. 254

Substituto na cobertura de Ausência por acidente de trabalho.... 256

Substituto na cobertura de Afastamento maternidade................... 257

Substituto na cobertura de Outras ausências (especificar)............. 257

Submódulo 4.2 – Substituto na intrajornada............................................274

Substituto na cobertura de Intervalo para repouso ou


alimentação........................................................................................274
AULA 5
ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA
DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A
ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA
TRABALHISTA

MÓDULO 5 – INSUMOS DIVERSOS............................................... 276

Uniformes...........................................................................................................277

Materiais.............................................................................................................277

Equipamentos...................................................................................................279

MÓDULO 6 – CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO................ 282

Custos indiretos................................................................................................283

Lucro....................................................................................................................287

Tributos...............................................................................................................291

C.1. Tributos Federais (especificar)......................................................... 299

C.2. Tributos Estaduais (especificar)....................................................... 302

C.3. - Tributos Municipais (especificar) ................................................. 302

MATERIAL COMPLEMENTAR
A compreensão da natureza dos custos que formam o preço
dos serviços como condição para o julgamento seguro da
planilha da IN nº 05/2017............................................................ 316
AULA 1

Aspectos pontuais do planejamento e


do julgamento da licitação relacionados
com a planilha de custos de acordo com
a IN nº 05/2017 Seges/MP – Principais
orientações do TCU

Professora:

Anadricea Vicente de Almeida


Advogada, consultora jurídica e pales-
trante na área de licitações e contratos.
Especialista em Direito Administrativo
pela Faculdade de Direito de Curitiba
e MBA em Gestão Estratégica de Em-
presas pela ISAE/FGV. Vice-Presidente
executiva da Zênite, integra a Supervi-
são do Serviço de Consultoria Zênite e a
Coordenação e Revisão Geral da Revista
ILC – Informativo de Licitações e Contra-
tos. Atualmente exerce o cargo de Vice-
-Presidente Executiva da Zênite. Autora
de diversos artigos jurídicos.
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

Têm necessidades que


ADMINISTRAÇÃO Para são atendidas pela
DIRETA E cumprimento de execução de
INDIRETA suas funções atividades/serviços, que
podem ser feitos de duas
formas:

Execução direta – Por seus meios/sua estrutura


Execução indireta – Contrata terceiros  Terceirização

REGIME JURÍDICO DA TERCEIRIZAÇÃO, INCLUSIVE ESTATAIS –


DECRETO Nº 9.507/2018, PORTARIA MPDG Nº 443/2018 E
IN SEGES/MP Nº 05/2017

Decreto nº 9.507/2018
Art. 1º Este Decreto dispõe sobre a execução indireta, mediante
contratação, de serviços da administração pública federal dire-
ta, autárquica e fundacional e das empresas públicas e das so-
ciedades de economia mista controladas pela União.
[...]
Art. 15. O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Ges-
tão expedirá normas complementares ao cumprimento do dis-
posto neste Decreto. (Grifo nosso)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Portaria nº 443/2018 – MPDG


Art. 1º No âmbito da administração pública federal direta, au-
tárquica e fundacional, serão preferencialmente objeto de exe-
cução indireta, dentre outros, os seguintes serviços:
I - alimentação;
II - armazenamento;
III - atividades técnicas auxiliares de arquivo e biblioteconomia;
IV - atividades técnicas auxiliares de laboratório;
V - carregamento e descarregamento de materiais e equipamen-
tos;
VI - comunicação social, incluindo jornalismo, publicidade, rela-
ções públicas e cerimonial, diagramação, design gráfico, web de-
sign, edição, editoração e atividades afins;
VII - conservação e jardinagem;
VIII - copeiragem;
IX - cultivo, extração ou exploração rural, agrícola ou agropecuá-
ria;
X - elaboração de projetos de arquitetura e engenharia e acompa-
nhamento de execução de obras;
XI - geomensuração;
XII - georeferenciamento;
XIII - instalação, operação e manutenção de máquinas e equipa-
mentos, incluindo os de captação, tratamento e transmissão de
áudio, vídeo e imagens;

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

XIV - limpeza;
XV -manutenção de prédios e instalações, incluindo montagem,
desmontagem, manutenção, recuperação e pequenas produções
de bens móveis;
XVI - mensageria;
XVII - monitoria de atividades de visitação e de interação com pú-
blico emparques, museus e demais órgãos e entidades da Admi-
nistração Pública federal;
XVIII - recepção, incluindo recepcionistas com habilidade de se
comunicar na Linguagem Brasileira de Sinais - Libras;
XIX - reprografia, plotagem, digitalização e atividades afins;
XX - secretariado, incluindo o secretariado executivo;
XXI - segurança, vigilância patrimonial e brigada de incêndio;
XXII - serviços de escritório e atividades auxiliares de apoio à ges-
tão de documentação, incluindo manuseio, digitação ou digitali-
zação de documentos e a tramitação de processos em meios físi-
cos ou eletrônicos (sistemas de protocolo eletrônico);
XXIII - serviços de tecnologia da informação e prestação de servi-
ços de informação;
XXIV - teleatendimento;
XXV - telecomunicações;
XXVI - tradução, inclusive tradução e interpretação de Língua Bra-
sileira de Sinais (Libras);
XXVII – de gravação;

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

XXVIII - transportes;
XXIX - tratamento de animais;
XXX - visitação domiciliar e comunitária para execução de ativida-
des relacionadas a programas e projetos públicos, em áreas urba-
nas ou rurais;
XXXI - monitoria de inclusão e acessibilidade; e
XXXII - certificação de produtos e serviços, respeitado o contido
no art. 3º, § 2º do Decreto nº 9.507, de 2018.
Parágrafo único. Outras atividades que não estejam contempla-
das na presente lista poderão ser passíveis de execução indireta,
desde que atendidas as vedações constantes no Decreto nº 9.507,
de 2018.
Art. 2º Cabe ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão expedir normas complementares ao cumprimento do dis-
posto nesta Portaria.
Art. 3º Fica revogada a Portaria nº 409, de 21 de dezembro de
2016.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor em 22 de janeiro de 2019. (Gri-
fo nosso)

IN nº 05/2017 – SEGES/MP
Art. 1º As contratações de serviços para a realização de tarefas
executivas sob o regime de execução indireta, por órgãos ou en-
tidades da Administração Pública federal direta, autárquica e
fundacional, observarão, no que couber: (Grifo nosso)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL –


MARCO REGULATÓRIO

Lei nº 6.019/1974 – Lei da Terceirização

Decreto-Lei nº 200/1967

Decreto nº 9.507/2018

Portaria nº 443/2018

IN nº 02/2008 da SLTI/MP – Contratos formalizados

IN nº 05/2017 da Seges/MP

Tecnologia da Informação: IN nº 04/2014 da SLTI/MP e os seguin-


tes normativos da Secretaria de Governo Digital do Ministério da
Economia: IN nº 01/2019, IN nº 02/2019, Portaria nº 01/2019 e
Portaria nº 778/2019.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Então:

LEI Nº 8.666/1993 – LEI Nº 13.303/2016 – LEI DO


PREGÃO/DECRETO Nº 10.024/2019

DECRETO Nº 9.507/2018 – ATO DO PRESIDENTE

PORTARIA Nº 443/2018 – ATO DO MINISTRO DO


PLANEJAMENTO*

IN Nº 05/2017 – ATO DO SECRETÁRIO DE GESTÃO/MP*

* Hoje: Responsável pela orientação e normatização


Ministério da Economia

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

IMPORTANTE
VANTAGENS DA
ADOÇÃO DO
É uma realidade a adoção, ainda que MODELO DA
referencial, dos normativos sobre
terceirização por toda a Administração IN Nº 05/2017
(estados, municípios, Poder Judiciário,
Ministério Público, estatais, etc.).

Padronização de regulamentação na Administração


Pública, o que facilita a troca de experiência
Conhecimento das regras pelos agentes públicos
Conhecimento das regras pelo mercado – Potenciais
licitantes
Padronização dos procedimentos
Otimização de soluções

AS FASES DA CONTRATAÇÃO E AS PRINCIPAIS ETAPAS DO


PLANEJAMENTO E A ESTIMATIVA DE PREÇOS/ELABORAÇÃO DA
PLANILHA

Fases da contratação

Planejamento Seleção do Gestão do


da contratação fornecedor contrato

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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IN nº 05/2017
Art. 19. As contratações de serviços de que tratam esta Instrução
Normativa serão realizadas observando-se as seguintes fases:
I - Planejamento da Contratação;
II - Seleção do Fornecedor; e
III - Gestão do Contrato.
Parágrafo único. O nível de detalhamento de informações neces-
sárias para instruir cada fase da contratação deverá considerar a
análise de risco do objeto contratado.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Etapas do planejamento

ESTUDOS PRELIMINARES
IN nº 40/2020
Equipe Planejamento
Conteúdo mínimo:
 Necessidade  Solução GERENCIAMENTO DE RISCOS
 Quantidade  Preços
 Parcelamento  PAC
Equipe Planejamento
 Mapa de riscos
 Viabilidade

PROJETO BÁSICO OU TERMO DE REFERÊNCIA


PROCEDIMENTOS INICIAIS Setor requisitante
Setor requisitante Conteúdo:
Conteúdo: ETAPAS DO  ETP  Mapa de risco  Modelo de execução e
 Necessidade de gestão do contrato  Critérios de seleção
 Quantidade  Data PLANEJAMENTO  Preços e planilha

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

IN nº 05/2017
Art. 21. Os procedimentos iniciais do Planejamento da Contrata-
ção consistem nas seguintes atividades:
I - elaboração do documento para formalização da demanda pelo
setor requisitante do serviço, conforme modelo do Anexo II, que
contemple:
a) a justificativa da necessidade da contratação explicitando a op-
ção pela terceirização dos serviços e considerando o Planejamen-
to Estratégico, se for o caso;
b) a quantidade de serviço a ser contratada;
c) a previsão de data em que deve ser iniciada a prestação dos
serviços; e
d) a indicação do servidor ou servidores para compor a equipe que
irá elaborar os Estudos Preliminares e o Gerenciamento de Risco e,
se necessário, daquele a quem será confiada a fiscalização dos ser-
viços, o qual poderá participar de todas as etapas do planejamento
da contratação, observado o disposto no § 1º do art. 22;
II - envio do documento de que trata o inciso I deste artigo ao se-
tor de licitações do órgão ou entidade; e
III - designação formal da equipe de Planejamento da Contrata-
ção pela autoridade competente do setor de licitações.
Art. 20. O Planejamento da Contratação, para cada serviço a ser
contratado, consistirá nas seguintes etapas:
I - Estudos Preliminares;
II - Gerenciamento de Riscos; e
III - Termo de Referência ou Projeto Básico.
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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

A PESQUISA DE PREÇOS E A ELABORAÇÃO DA


PLANILHA PELA ADMINISTRAÇÃO –
TRATATIVA DA IN Nº 05/2017

Nos estudos preliminares, realizar a


pesquisa de preços com memórias de
cálculo (art. 7º, inc. VI, da IN nº 40/2020).

No termo de referência, refinar a estimativa de


preços e, no caso de serviços com regime de
dedicação exclusiva de mão de obra, preencher a
planilha de custos e formação de preços, que
deverá ser adaptada à realidade do serviço a ser
contratado (Item 2.9 do ANEXO V - DIRETRIZES
PARA ELABORAÇÃO DO TR)

A pesquisa de preços deverá seguir os procedimentos e


as orientações da IN nº 73/2020 da Seges/ME que
revogou a IN nº 05/2014 da SLTI

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

QUESTÃO 01

Em quais modelos de contratação de serviços


deve ser elaborada a planilha de custos na
etapa de planejamento?

MODELO DE
EXECUÇÃO DO CONTRATO

Prestação de serviços Prestação de serviços


SEM COM
dedicação exclusiva de dedicação exclusiva de
mão de obra mão de obra

CONTRATOS SEM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA

$
Inviabilidade de definir, de forma
precisa e detalhada, a composição de
custos de cada parcela

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

IN nº 05/2017
Art. 24. Com base no documento que formaliza a demanda, a
equipe de Planejamento da Contratação deve realizar os Estu-
dos Preliminares, conforme estabelecido em ato do Secretário de
Gestão da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Go-
verno Digital do Ministério da Economia. (Redação alterada pela
Instrução Normativa nº 49, SEDGGD da Secretaria de Gestão, de
30.06.2020)

IN nº 40/2020
Art. 7º Com base no documento de formalização da demanda, as
seguintes informações deverão ser produzidas e registradas no
Sistema ETP digital:
[...]
VI - estimativa do valor da contratação, acompanhada dos preços
unitários referenciais, das memórias de cálculo e dos documentos
que lhe dão suporte, que poderão constar de anexo classificado,
se a administração optar por preservar o seu sigilo até a conclusão
da licitação;

IN nº 05/2017
ANEXO V – DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSI-
CO (PB) OU TERMO DE REFERÊNCIA (TR)
2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de Refe-
rência ou Projeto Básico
[...]

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

2.9 Estimativa de preços e preços referenciais:


a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios de
previsão de preços referenciais realizados nos Estudos Preliminares;
b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de
mão de obra, o custo estimado da contratação deve contemplar
o valor máximo global e mensal estabelecido em decorrência da
identificação dos elementos que compõem o preço dos serviços,
definidos da seguinte forma:
b.1. por meio do preenchimento da planilha de custos e for-
mação de preços, observados os custos dos itens referentes ao
serviço, podendo ser motivadamente dispensada naquelas
contratações em que a natureza do seu objeto torne inviável ou
desnecessário o detalhamento dos custos para aferição da exe-
quibilidade dos preços praticados;
b.2. por meio de fundamentada pesquisa dos preços pratica-
dos no mercado em contratações similares; ou ainda por meio
da adoção de valores constantes de indicadores setoriais, tabelas
de fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas públicas ou
outros equivalentes, se for o caso; e
ANEXO VII-D - MODELO DE PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO
DE PREÇOS
[...]
Nota 2: As provisões constantes desta planilha poderão ser des-
necessárias quando se tratar de determinados serviços que pres-
cindam da dedicação exclusiva dos trabalhadores da contratada
para com a Administração. (Grifo nosso)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Decreto nº 10.024/2019
Definições
Art. 3º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se:
[...]
XI - termo de referência - documento elaborado com base nos es-
tudos técnicos preliminares, que deverá conter:
a) os elementos que embasam a avaliação do custo pela adminis-
tração pública, a partir dos padrões de desempenho e qualidade
estabelecidos e das condições de entrega do objeto, com as se-
guintes informações:
[...]
2. o valor estimado do objeto da licitação demonstrado em plani-
lhas, de acordo com o preço de mercado; e

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

CONTRATOS COM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA

CUSTO DA
MÃO DE OBA + CUSTO DOS
DEMAIS INSUMOS = $

IN nº 05/2017
ANEXO V – DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSI-
CO (PB) OU TERMO DE REFERÊNCIA (TR)
2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de Refe-
rência ou Projeto Básico
[...]
2.9 Estimativa de preços e preços referenciais:
a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios de
previsão de preços referenciais realizados nos Estudos Prelimina-
res;
b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de
mão de obra, o custo estimado da contratação deve contemplar
o valor máximo global e mensal estabelecido em decorrência da
identificação dos elementos que compõem o preço dos serviços,
definidos da seguinte forma:

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

b.1. por meio do preenchimento da planilha de custos e for-


mação de preços, observados os custos dos itens referentes ao
serviço, podendo ser motivadamente dispensada naquelas con-
tratações em que a natureza do seu objeto torne inviável ou des-
necessário o detalhamento dos custos para aferição da exequibi-
lidade dos preços praticados;
b.2. por meio de fundamentada pesquisa dos preços praticados
no mercado em contratações similares; ou ainda por meio da
adoção de valores constantes de indicadores setoriais, tabelas de
fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas públicas ou ou-
tros equivalentes, se for o caso; e
b.3. previsão de regras claras quanto à composição dos custos
que impactem no valor global das propostas das licitantes, prin-
cipalmente no que se refere a regras de depreciação de equipa-
mentos a serem utilizados no serviço.
ANEXO I - DEFINIÇÕES
XV - PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS: documento
a ser utilizado para detalhar os componentes de custo que inci-
dem na formação do preço dos serviços, podendo ser adequado
pela Administração em função das peculiaridades dos serviços a
que se destina, no caso de serviços continuados.
[...]
ANEXO VII-D - MODELO DE PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO
DE PREÇOS
Nota 1: Esta tabela poderá ser adaptada às características do
serviço contratado, inclusive no que concerne às rubricas e suas

26
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

respectivas provisões e/ou estimativas, desde que haja justificati-


va.
Nota 2: As provisões constantes desta planilha poderão ser des-
necessárias quando se tratar de determinados serviços que pres-
cindam da dedicação exclusiva dos trabalhadores da contratada
para com a Administração.
[...]
ANEXO VII-A - DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
7.6. A análise da exequibilidade da proposta de preços nos servi-
ços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra deverá
ser realizada com o auxílio da planilha de custos e formação de
preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua proposta
final;
7.7. O modelo de planilha de custos e formação de preços pre-
visto no Anexo VII-D desta Instrução Normativa deverá ser adap-
tado às especificidades do serviço e às necessidades do órgão
ou entidade contratante, de modo a permitir a identificação de
todos os custos envolvidos na execução do serviço, e constituirá
anexo do ato convocatório a ser preenchido pelos proponentes;
(Grifo nosso)

27
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Finalidades da planilha de custos e formação de preços:

Retratar a efetiva composição dos custos e


do preço do serviço pretendido

Servir como referência para avaliar a


previsão orçamentária

Auxiliar na definição dos critérios de


aceitabilidade das propostas que serão
empregados no julgamento da licitação

Subsidiar a análise da exequibilidade do preço


cotado pelo licitante

Subsidiar o acompanhamento e a fiscalização do


cumprimento dos encargos contratuais – prevenção
das responsabilidades trabalhista e previdenciária

6 Subsidiar a análise dos pedidos de


repactuação de preços.

28
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 1.170/2018 – Plenário


Voto
33. Nos termos da jurisprudência selecionada deste Tribunal, “é
dever do gestor, mesmo nas contratações diretas por inexigibi-
lidade de licitação, elaborar orçamento detalhado em planilhas
que expressem a composição de todos os custos unitários do ob-
jeto a ser contratado, pois se trata de documento indispensável à
avaliação dos preços propostos (art. 7º, § 2º, inciso II, e § 9º, c/c o
art. 26, inciso III, da Lei 8.666/1993)” (Acórdão 3.289/2014 – Plená-
rio – Relator: Ministro Walton Alencar Rodrigues).
34. Foi juntado ao processo licitatório, apenas o “quadro compa-
rativo, referente à cotação de preços” (peça 113, pp. 24-25), com
o valor médio global, que foi indicado, no edital de concorrência,
como o estimado para a contratação. Não foi elaborada planilha
com o orçamento dos custos unitários, contrariando o disposto
na Lei 8.666/1993, art. 7º, § 2º, inciso II; e art. 40, inciso X, e § 2º, in-
ciso II, e incorrendo, ainda, em descumprimento a determinação
do TCU exarada no Acórdão 158/2008 – Plenário, de 14/2/2008,
itens 9.2 e 9.2.4.
35. Os dispositivos legais indicados, bem como a determinação do
TCU, não são mera formalidade, eles têm o objetivo de avaliar se o
preço orçado é aceitável. Nesse sentido é o seguinte enunciado da
jurisprudência selecionada “é irregular a ausência da composição
de todos os custos unitários estimados pela Administração para

29
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

execução de serviços a serem contratados, pois impossibilita que se


conheçam os critérios utilizados para a formação do preço admissí-
vel” (Acórdão 2.823/2012 – Plenário – Relator: Ministro José Jorge).
[...]
39. Esse recorrente insiste em afirmar que a pesquisa de preços re-
alizada não estava em desacordo com as normas e com a jurispru-
dência do TCU que regem a matéria. No entanto, não apresentou
qualquer prova de que houve a fixação dos custos unitários dos
itens que seriam contratados.
[...]
54. Em que pese a juntada das novas informações, lembro que o
Tribunal proferiu o acordão guerreado já considerando a ausência
de dano. Desse modo, a novel documentação não tem o condão
de alterar o juízo anteriormente firmado. Reforço que, mesmo não
havendo dano decorrente das ações do agente público, o ato pra-
ticado com grave infração à norma legal, nos termos do art. 58,
inciso II, da Lei 8.443/1992, é bastante para a aplicação de multa,
previsão que se amolda à situação vertente.
(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 23/05/2018)

TCU – Acórdão nº 1.094/2018 – Plenário


Relatório
130. Em que pese as informações prestadas por meio do Ofício
542/2017/GR, de 30/11/2017 (peça 41), não há nos autos plani-
lha estimativa de custos e formação de preços que indiquem a
composição dos valores de aceitabilidade definidos no Termo

30
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

de Referência (peça 14, p. 122-125), ferindo, portanto, os norma-


tivos que regem a matéria. Note-se que a IN MP 2/2008 foi revo-
gada pela IN MP 5/2017, a qual também estabelece a necessidade
de que o termo de referência ou projeto básico contenha estima-
tivas detalhadas dos preços (art. 30, inciso X, da IN MP 5/2017).
[...]
Acórdão
9.4. dar ciência à Universidade Federal de Santa Catarina sobre
as seguintes impropriedades, para que sejam adotadas medidas
com vistas à prevenção de ocorrências futuras:
[...]
9.4.6. estimativa de preços dos serviços licitados incompleta ou
insuficientemente justificada, contrariando disposto nos dos
arts. 6º, inc. IX, alínea “f”, 7º, § 2º, 14, 23 e 40, § 2º, inc. II, da Lei
8666/1993, c/c art. 3º, § 2º, do Decreto 2271/1997, e também da
art. 24, § 1º, inc. VI, da IN MP 5/2017; (Grifo nosso)
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 16/05/2018)

TCU – Acórdão nº 50/2012 – Primeira Câmara


1.7. Recomendar:
1.7.1. à [...], com fundamento no art. 250, inicio III, do Regimento
Interno/TCU, que observe e aplique, na elaboração de editais para
contratação de serviços continuados, os preceitos e modelos de
planilhas de custos e formação de preços previstos na IN/MPOG
nº 2/2008, alterada pelas IN/MPOG nºs 3, 4 e 5/2009, bem como
pela Portaria MPOG nº 7/2011;
(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 24/01/2012)

31
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

TCU – Acórdão nº 604/2009 – Plenário


Acórdão
9.2.2. com base no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do
TCU, nos futuros procedimentos licitatórios realizado pelo órgão:
[...]
9.2.2.5. estime os custos previstos para as contratações, publican-
do-os no Projeto Básico ou no Termo de Referência, por meio da
planilha de custos e formação de preços, conforme disposto no
art. 15, inciso XII, alínea “a”, da Instrução Normativa SLTI/MPOG
02/2008, c/c art. 7º, § 2º, inciso II, da Lei 8.666/93;
(Relator: Augusto Sherman Cavalcanti; Data do Julgamento: 01/04/2009)

TCU – Acórdão nº 2.444/2008 – Plenário


Relatório
4.6.5. Análise: Pelo que se depreende das afirmações do CITEx,
as estimativas de preços foram anexadas ao processo licitatório,
conforme cópias de fls. 400-467. Todavia, essa documentação não
corresponde ao orçamento detalhado em planilhas a que alude
o art. 7º, § 2º, inciso II, da Lei 8.666/1993. Trata-se de estimativas
fornecidas por várias empresas, cada qual com seu valor. Na reali-
dade, deveria a Administração compilar tais dados e confeccionar
seu próprio orçamento, o que não restou comprovado no caso em
apreço.
[...]

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Acórdão
9.9.4. determinar ao [...] que:
[...]
9.4.2. faça constar dos futuros processos licitatórios o orçamento
detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os
seus custos unitários, a fim de dar cumprimento ao art. 7º, § 2º,
inciso II, da Lei 8.666/1993;
(Relator: Augusto Sherman Cavalcanti; Data do Julgamento: 05/11/2008)

TCU – Acórdão nº 658/2011 – Primeira Câmara


1.5. Recomendar à [...] que adote em suas licitações para a con-
tratação de serviços, continuados ou não, a utilização de pla-
nilhas de composição detalhada de todos os custos diretos e
indiretos envolvidos na prestação dos serviços, nos moldes do
modelo previsto na Instrução Normativa nº 2 da Secretaria de Lo-
gística e Tecnologia da Informação do MPOG, com vistas a dispor
de parâmetros mais confiáveis para futuras negociações de preço
visando à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do
contrato. (Grifo nosso)
(Relator: José Múcio Monteiro; Data do Julgamento: 08/02/2011)

33
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

ATENÇÃO
Mas, então, quando
NOS CONTRATOS COM DEDICAÇÃO realizar pesquisa de
EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA: preços?
Principal referência para definir os valores
estimado e máximo é a planilha que será
elaborada pela Administração e comporá o
termo de referência.

Custos cuja referência é mercado, como materiais, insumos, custos


indiretos e lucro

Pode ser realizada pesquisa de valores globais praticados no


mercado ➦ permite validar os valores globais da planilha da
Administração

! Na avaliação dos valores globais:

cuidado com a descrição dos serviços: jornada, quantidade de


postos, unidade de medida;
cuidado com o local da prestação do serviço.

34
QUESTÃO 02
Quais planilhas devem instruir o processo nas contratações de terceirização com
dedicação exclusiva de mão de obra?

NA CONTRATAÇÃO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CONTÍNUOS COM DEDICAÇÃO DE MÃO DE OBRA EM


REGIME DE EXCLUSIVIDADE, EXISTIRÃO, EM PRINCÍPIO, TRÊS PLANILHAS DE PREÇOS

PLANILHA FUNDAMENTO FINALIDADE


D Principal instrumento para a definição dos preços
Planilha 1 – Elaborada pela
Anexo V, Item 2.9, estimado e máximo (critérios de aceitabilidade da
Administração na fase de
da IN nº 05/2017 proposta).
planejamento da licitação.
D Auxilia na avaliação em torno da previsão orçamentária.
Planilha 2 – Modelo anexo ao Anexo VII-A, Itens
edital a ser preenchido pelos 6.3 e 7.6, da IN nº D Modelo para preenchimento pelos licitantes na licitação.
licitantes. 05/2017
Planilha 3 – Preenchida pelo D Demonstra custos e formação dos preços dos licitantes.
licitante vencedor e que Anexo VII-A, Itens
D Instrumento para análise da exequibilidade do preço.
retrata a formação de sua 7.6 e 7.7, da IN nº
proposta, com quantitativos e 05/2017 D Auxilia nos processos de repactuação e alterações
custos unitários. contratuais.

35
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

1ª Planilha – Preenchida pela Administração

IN nº 05/2017
ANEXO V - DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSI-
CO (PB) OU TERMO DE REFERÊNCIA (TR)
2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de Refe-
rência ou Projeto Básico:
[...]
2.9 Estimativa de preços e preços referenciais:
a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios de pre-
visão de preços referenciais realizados nos Estudos Preliminares;
b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de
mão de obra, o custo estimado da contratação deve contemplar
o valor máximo global e mensal estabelecido em decorrência da
identificação dos elementos que compõem o preço dos serviços,
definidos da seguinte forma:
b.1. por meio do preenchimento da planilha de custos e for-
mação de preços, observados os custos dos itens referentes ao
serviço, podendo ser motivadamente dispensada naquelas con-
tratações em que a natureza do seu objeto torne inviável ou des-
necessário o detalhamento dos custos para aferição da exequibi-
lidade dos preços praticados;
b.2. por meio de fundamentada pesquisa dos preços praticados
no mercado em contratações similares; ou ainda por meio da
adoção de valores constantes de indicadores setoriais, tabelas de
fabricantes, valores oficiais de referência, tarifas públicas ou ou-
tros equivalentes, se for o caso; e (Grifo nosso)

36
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

2ª Planilha – Modelo do edital a ser preenchido pelos licitantes

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A - DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
6. Da proposta:
[...]
6.3. Quando se tratar de serviços com fornecimento de mão de
obra exclusiva, o modelo de planilha de custos e formação de
preços, Anexo VII-D, constituirá anexo do ato convocatório e de-
verá ser preenchido pelos proponentes para análise da exequibi-
lidade prevista do subitem 7.6 deste Anexo;
[...]
7. Da aceitabilidade da proposta vencedora:
[...]
7.7. O modelo de planilha de custos e formação de preços pre-
visto no Anexo VII-D desta Instrução Normativa deverá ser adap-
tado às especificidades do serviço e às necessidades do órgão
ou entidade contratante, de modo a permitir a identificação de
todos os custos envolvidos na execução do serviço, e constituirá
anexo do ato convocatório a ser preenchido pelos proponentes;
(Grifo nosso)

37
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

3ª Planilha – Preenchida pelos licitantes (proposta)

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A - DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
6. Da proposta:
6.3. Quando se tratar de serviços com fornecimento de mão de
obra exclusiva, o modelo de planilha de custos e formação de
preços, Anexo VII-D, constituirá anexo do ato convocatório e de-
verá ser preenchido pelos proponentes para análise da exequi-
bilidade prevista do subitem 7.6 deste Anexo;
[...]
7. Da aceitabilidade da proposta vencedora:
[...]
7.6. A análise da exequibilidade da proposta de preços nos servi-
ços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra deverá
ser realizada com o auxílio da planilha de custos e formação de
preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua proposta
final;
7.7. O modelo de planilha de custos e formação de preços previsto
no Anexo VII-D desta Instrução Normativa deverá ser adaptado às
especificidades do serviço e às necessidades do órgão ou entidade
contratante, de modo a permitir a identificação de todos os cus-
tos envolvidos na execução do serviço, e constituirá anexo do ato
convocatório a ser preenchido pelos proponentes; (Grifo nosso)

38
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

ATENÇÃO

A Administração precisará contar com agentes


qualificados na elaboração de orçamentos e
levantamentos de preços estimados
(= ORÇAMENTISTA).

A composição de custos e a formação de preços devem


retratar a realidade de cada empresa. A Planilha 1,
elaborada pela Administração, serve para orientar os
licitantes na formação de suas propostas, bem como a
Administração quando do julgamento. A Planilha 1 não
deve engessar/vincular a elaboração das planilhas pelos
licitantes; será referência para a formação dos preços e
para o julgamento pela Administração.

Nesse contexto, é preciso conhecer a lógica da planilha


de custos e da formação dos preços, com especial
atenção para a estrutura e composição dos módulos e
submódulos trazidos pela IN nº 05/2017. É
fundamental a razoabilidade dos cálculos que
envolvem essa construção, o que justifica a
necessidade de conhecimento dos institutos
trabalhistas, previdenciários e tributários essenciais
para desenvolver os cálculos efetuados nas planilhas,
bem como para analisar a realidade do contrato e os
frequentes problemas a serem enfrentados.

39
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

03
02 Planilha 1
X

Planilha 1 deve
Regimes
tributários
Planilha 1
X
Dados estatísticos –
04
ter memorial de A IN nº 05/2017
cálculo objetivo reforça a
necessidade de
dados

01 05
históricos

EM RESUMO
Planilha 1 não Planilha 1
engessa X
Planilha 3

40
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

QUESTÃO 03

A Administração pode indicar no edital o


sindicato a que as licitantes devem ser filiadas
para que todos tenham como base um mesmo
documento laboral na formação de seus preços?

Contratação de serviços COM


dedicação exclusiva de mão de obra

Maior parcela dos custos:


mão de obra

Documento laboral da categoria: define


direitos e obrigações que formam a grande
parcela dos custos da mão de obra

Então, é fundamental conhecer o documen-


to laboral que rege a categoria para planejar
a contratação e elaborar a planilha, julgar o
pregão, fiscalizar e gerir o contrato.

41
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Decreto nº 9.507/2018
Art. 9º Os contratos de prestação de serviços continuados que
envolvam disponibilização de pessoal da contratada de forma
prolongada ou contínua para consecução do objeto contratual
exigirão:
[...]
II - o cumprimento das obrigações estabelecidas em acordo, con-
venção, dissídio coletivo de trabalho ou equivalentes das catego-
rias abrangidas pelo contrato; e

BOAS PRÁTICAS
Prever expressamente no edital que, na elaboração
da Planilha 1, a Administração considerou o
Sindicato X, mais específico quanto às
atividades/categorias envolvidas na prestação do
serviço.

Caso o licitante esteja vinculado a outro sindicato, deve


elaborar sua Planilha 3 de acordo com este, indicando
em sua proposta essa realidade e o sindicato ao qual
está vinculado, para que a Administração tenha
condições de fazer a análise de exequibilidade de sua
planilha.

Em caso de dúvida sobre o enquadramento sindical e a


composição da planilha, a Administração realizará
diligências, cabendo ao licitante demonstrar a
adequação de sua oferta.

42
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

DETERMINAÇÃO DO SINDICATO NO EDITAL

A Administração pode determinar o sindicato/CCT que todas as


licitantes devem observar para elaborar suas propostas?

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
7. Da aceitabilidade da proposta vencedora:
[...]
7.11. É vedado ao órgão ou entidade contratante exercer inge-
rências na formação de preços privados por meio da proibição
de inserção de custos ou exigência de custos mínimos que não
estejam diretamente relacionados à exequibilidade dos serviços
e materiais ou decorram de encargos legais.
6. Da proposta:
6.2. As disposições para apresentação das propostas deverão
prever que estas sejam apresentadas de forma clara e objetiva,
estejam em conformidade com o ato convocatório, preferencial-
mente na forma do modelo previsto Anexo VII-C, e contenham
todos os elementos que influenciam no valor final da contrata-
ção, detalhando, quando for o caso:
[...]

43
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

c) a indicação dos sindicatos, Acordos, Convenções ou Dissídios


Coletivos de Trabalho que regem as categorias profissionais
que executarão o serviço e as respectivas datas-bases e vigências,
com base na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO); (Grifo
nosso)

Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 1.097/2019 – Plenário


Voto
11. Discute-se, inicialmente, a possibilidade de utilização por li-
citantes, na elaboração de suas propostas, de norma coletiva do
trabalho diversa daquela utilizada pelo órgão ou entidade licitan-
te para a elaboração do orçamento estimado da contratação. Esse
foi um dos motivos de desclassificação da representante.
12. O objeto da licitação envolveu a prestação de serviços, com
dedicação exclusiva de mão de obra, com alocação de postos de
trabalho de Apoio Administrativo Níveis I e II e Coordenador Ad-
ministrativo.
13. A RCS Tecnologia Ltda. formulou sua proposta com base em
CCT celebrada entre o Sindicato Interestadual dos Trabalhadores
nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos e
Eletrônicos do DF, GO e TO e o Sindicato das Indústrias Metalúrgi-
cas, Mecânicas e de Materiais Elétricos e Eletrônicos do DF, tendo
em vista que o ramo de instalações e manutenção elétrica seria
sua atividade econômica preponderante.

44
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

14. O instrumento convocatório não fixou ou exigiu, como re-


almente não o poderia, a CCT a ser utilizada cogentemente pe-
los licitantes na formação de seus preços. O edital informa quais
convenções coletivas foram utilizadas para fins de orçamentação,
ressalvando, até mesmo, que não seria obrigatória a utilização
dessas pelos licitantes (itens 7.2.3.2.1 e 7.3 do edital).
15. Não obstante, o pregoeiro desclassificou a proposta da empresa
sob o argumento da inaplicabilidade da CCT por ela adotada. Para
a ANTT, a aceitação da proposta representaria sérios riscos de res-
ponsabilização subsidiária da Administração, por culpa in elegendo
e que feriria o princípio da isonomia, pois das 4 empresas convoca-
das na fase de comprovação da habilitação apenas a RCS teria utili-
zado CCT diversa da celebrada entre o SEAC-DF e o SINDSERVIÇOS,
o que consistiria em vantagem na composição de custos.
16. A decisão do pregoeiro não encontra amparo nas normas
de regência do certame tampouco na legislação do pregão,
conforme análise abaixo.
[...]
19. Por óbvio, a própria Administração, ao planejar a contratação
e elaborar o orçamento estimado, deve também identificar, me-
diante pesquisa de mercado, e adotar a norma coletiva de traba-
lho da qual extrairá as informações quanto a direitos e benefícios
devidos aos trabalhadores cujas categorias serão empregadas na
execução dos serviços. Essa obrigação decorre de desdobramen-
tos inerentes à licitação e à contratação desses serviços, a destacar:
elaborar a planilha do orçamento estimado; verificar se o licitante

45
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

apresentou salário inferior ao salário normativo fixado pela CCT a


cuja observância está obrigada; auxiliar na fiscalização contratual
e minimizar riscos de futuras demandas trabalhistas; bem como
servir de parâmetros para eventuais repactuações contratuais.
20. No caso concreto, a questão reside, então, em identificar
qual CCT deveria ser utilizada na formação dos preços pelos
proponentes: se aquela pactuada por entidade sindical repre-
sentativa do segmento do negócio vinculado à atividade eco-
nômica preponderante do licitante; ou aquela efetuada por
sindicato que melhor representa a categoria profissional ob-
jeto da contratação. Das manifestações constantes dos autos,
identificam-se correntes interpretativas distintas.
21. Uma no sentido de que o sistema sindical vigente prevê o
enquadramento sindical com base na atividade econômica pre-
ponderante do empregador, no caso aquela que ocupa maior
espaço em seu empreendimento e não pela função do emprega-
do, conforme os artigos 570, 577 e 581, § 2º, da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) e do art. 8º, inciso II, da Constituição Fede-
ral, argumento defendido pela representante.
22. A outra, defendida pelo pregoeiro, é no sentido de que, nas
empresas prestadoras de serviços com locação de mão de obra,
não há uma definição clara da atividade preponderante, pois, por
vezes, a empresa fornece mão de obra nos mais variados setores
da atividade produtiva, como, por exemplo, apoio administrativo,
limpeza, brigadista, entre outros. Nesse sentido, aplicar-se-ia em
cada contratação a convenção coletiva dirigida especificamen-
te a esses empregados.

46
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23. Embora a matéria possa ser objeto de alguma controvérsia ou


até mesmo de certa confusão por parte de compradores públicos,
o enquadramento sindical no Brasil é matéria de ordem pública e
decorre de previsão legal, sendo definido, via de regra, pela ativi-
dade econômica preponderante do empregador e não em função
da atividade desenvolvida pelo empregado, nos termos dos nor-
mativos acima citados e do § 2º do art. 511 da CLT, que reproduzo:
Art. 511. É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coorde-
nação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos
os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalha-
dores autônomos ou profissionais liberais exerçam, respectiva-
mente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profis-
sões similares ou conexas.
[...]
§ 2º A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou
trabalho em comum, em situação de emprego na mesma ati-
vidade econômica ou em atividades econômicas similares ou
conexas, compõe a expressão social elementar compreendida
como categoria profissional. (destaquei)
24. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho vai na li-
nha de que o enquadramento sindical do trabalhador é definido
pela atividade econômica preponderante do empregador. Veja-
-se, para ilustrar, a ementa a seguir do julgado no AIRR - 11390-
49.2016.5.15.0038, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello
Filho, Data de Julgamento: 3/4/2019, 7ª Turma, Data de Publica-
ção: DEJT 05/04/2019 (destaquei):

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“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - INSTRU-


ÇÃO NORMATIVA N° 40 DO TST - ENQUADRAMENTO SINDICAL -
ATIVIDADE PREPONDERANTE DA EMPRESA. Nos termos do art.
511, § 1º, da CLT, o enquadramento sindical do empregado, no
Direito do Trabalho brasileiro, é realizado em função da ativi-
dade econômica preponderante do empregador, tendo em vis-
ta a base territorial da prestação dos serviços. No caso, o Tribunal
de origem verificou que a reclamada não é entidade beneficente
ou filantrópica, sendo inaplicáveis as normas coletivas indicadas
pela autora. Agravo de instrumento desprovido.”
25. Depreende-se então que um empregador não pode ser obri-
gado a observar uma norma coletiva do trabalho de cuja for-
mação não tenha participado, seja diretamente (acordo coleti-
vo) ou por sua entidade de classe (convenção coletiva).
26. Ainda que se empreguem trabalhadores integrantes de cate-
gorias profissionais diferenciadas na execução dos serviços, cujo
conceito é dado pelo § 3º do art. 511 da CLT, a norma coletiva a ser
aplicada e observada pelo empregador é aquela pactuada pelo
órgão de classe que o representa. Esse é o teor da Súmula 374 do
TST que enuncia que “o empregado integrante de categoria pro-
fissional diferenciada não tem o direito de haver de seu emprega-
dor vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a em-
presa não foi representada por órgão de classe de sua categoria”.
27. Assim, como já dito acima, o enquadramento sindical de uma
empresa, mesmo para aquelas que prestam serviços diversos
mediante cessão da mão de obra, é definido por sua atividade

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econômica preponderante e não para cada uma das categorias


profissionais empregadas na prestação de serviços.
28. Da praxe em contratações dessa natureza, não é incomum si-
tuações assemelhadas à discutida nestes autos. Por vezes, com o
intuito de supostamente limitar condições remuneratórias outras
que não aquelas definidas como satisfatórias pelo promotor do
certame, compradores públicos adotam o entendimento de que
prevaleceria o enquadramento sindical mais favorável ao empre-
gado – adotando normas coletivas que contemplam direitos, be-
nefícios e vantagens comparativamente mais onerosas. Tal prá-
tica não deve ocorrer, pois, reitera-se, o enquadramento sindical
dá-se por aplicação pelo critério legalmente aceito, qual seja, em
função da atividade econômica preponderante da empresa e não
por imposição de terceiros, muito menos por conta de licitações
públicas.
29. Feito esse registro necessário, conclui-se que, conforme ex-
posto anteriormente, a desclassificação da empresa RCS por ter
oferecido proposta de preços fundada em norma coletiva diversa
da adotada pela Agência foi irregular.
[...]
Acórdão
VISTOS, relatados e discutidos estes autos que tratam de repre-
sentação a respeito de possíveis irregularidades ocorridas na
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), relacionadas
ao Pregão Eletrônico 30/2018, que tem por objeto a contratação
de empresa especializada na prestação de serviços de apoio ad-

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ministrativo ao processamento e cobrança de multas lavradas, na


forma de autos físicos e/ou eletrônicos, oriundos da fiscalização
realizada pelos agentes da Agência e órgãos conveniados;
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos
em Sessão do Plenário, diante das razões expostas pelo Relator, em:
[...]
9.3. dar ciência à Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), com fundamento no art. 7º da Resolução – TCU 265/2014,
sobre as seguintes impropriedades/falhas, identificadas no Pre-
gão Eletrônico 30/2018, que resultaram na desclassificação inde-
vida de licitante, para que sejam adotadas medidas internas com
vistas à prevenção de ocorrências semelhantes:
9.3.1. utilização na planilha de formação de preços de norma co-
letiva do trabalho diversa da utilizada pela Agência para a ela-
boração do orçamento estimado da contratação, tendo em vista
que o enquadramento sindical é aquele relacionado à atividade
principal da empresa licitante e não da categoria profissional a ser
contratada, em atenção aos artigos 570, 577 e 581, § 2º da CLT e
ao art. 8º, II, da Constituição Federal; (Grifo nosso)
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 15/05/2019)

TCU – Acórdão nº 369/2012 – Primeira Câmara


Acórdão
1.7. Recomendar à [...] que:
1.7.1. abstenha-se de indicar, em suas licitações, o acordo ou con-
venção coletiva de trabalho que deverá ser respeitado, não dei-

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xando de exigir, de todo modo, que as convenções coletivas sejam


cumpridas pelos licitantes e/ou contratantes, conforme jurispru-
dência desta Corte de Contas e do Tribunal Superior do Trabalho;
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 31/01/2012)

TCU – Acórdão nº 2.637/2015 – Plenário


Acórdão
9.3. [...], para que sejam adotadas medidas internas com vistas à
prevenção de ocorrências semelhantes:
[...]
9.3.4. aplicação da Convenção Coletiva de Trabalho pactuada entre
o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, Ser-
viços de Informática e Similares do Estado do Ceará (SINDPD-CE)
e o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do
Ceará (SEAC-CE), quando da avaliação da proposta da [...], muito
embora a empresa, devido a sua atividade econômica preponde-
rante, não se vincular a esse último sindicato, mas ao Sindicato
das Empresas de Informática, Telecomunicações e Automação do
Ceará (SEITAC), conforme as regras estabelecidas nos artigos 511,
570 e seguintes do Decreto-Lei 5.452/1943 (Consolidação das Leis
do Trabalho), o que infringiu o princípio da legalidade, nos termos
do art. 3º, caput, da Lei 8.666/1993;
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 21/10/2015)

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QUESTÃO 04

Pode ser definido o salário dos empregados


envolvidos na prestação dos serviços acima do
piso da categoria?

IN nº 05/2017
ANEXO I - DEFINIÇÕES
XXII - SALÁRIO: valor a ser efetivamente pago ao profissional en-
volvido diretamente na execução contratual, não podendo ser in-
ferior ao estabelecido em Acordo ou Convenção Coletiva, Senten-
ça Normativa ou lei. Quando da inexistência destes, o valor poderá
ser aquele praticado no mercado ou apurado em publicações ou
pesquisas setoriais para a categoria profissional correspondente.

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DEFINIÇÃO DO SALÁRIO
PELA
ADMINISTRAÇÃO

REGRA EXCEÇÃO

Impossibilidade de Possibilidade de definir piso em edital acima


definir piso em edital da CCT em casos específicos para os quais
acima da CCT sejam necessários profissionais com
habilitação/experiência superior aos daqueles
que, no mercado, são remunerados pelo piso
salarial da categoria, desde que
justificadamente
Cautela na realização da pesquisa e da
motivação do piso que será fixado no edital.
(Nesse sentido, ver Acórdão nº 1.479/2020 -
Plenário e Acórdão n° 3.140/2020 - Primeira
Câmara, ambos do TCU)

IN nº 05/2017
Art. 5º É vedado à Administração ou aos seus servidores praticar
atos de ingerência na administração da contratada, a exemplo
de:
[...]
VI - definir o valor da remuneração dos trabalhadores da empre-
sa contratada para prestar os serviços, salvo nos casos específicos
em que se necessitam de profissionais com habilitação/experiên-
cia superior a daqueles que, no mercado, são remunerados pelo
piso salarial da categoria, desde que justificadamente; e (Grifo
nosso)

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Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 2.799/2017 – Primeira Câmara


Voto
11. No tocante à ocorrência 1, a jurisprudência do TCU é no sentido
de que a regra é a vedação de fixação de piso salarial mínimo para
as contratações de serviços. Entretanto, existem vários preceden-
tes que admitem a flexibilização de tal regra em situações especí-
ficas (p.ex., Acórdãos 256/2005, 290/2006, 1.327/2006, 332/2010,
1.584/2010 e 189/2011, todos do Plenário).
12. No presente caso, os gestores alegam que o piso salarial mí-
nimo superior à convenção teria sido fixado com vistas a garantir
o desenvolvimento de serviços com a qualidade necessária e que
teria levado em conta a contratação anterior. A reitora, [...], inclu-
sive reafirma que “o ato praticado foi INTENCIONAL realizado com
CONVICÇÃO da legalidade” e com suposto respaldo em decisões
do TCU.
13. Contudo, conforme exposto pela Secex-AM, deixou-se de de-
monstrar a superioridade da mão-de-obra contratada, bem como
as especificidades da [...] que justificassem a alegada maior quali-
ficação dos terceirizados contratados para o desempenho de ati-
vidades rotineiras: atendimento ao público, expedição de docu-
mentos, tramitação de papeis, telefonista, entre outras.
14. Quanto a isso, afasto a responsabilidade de [...] e [...], o pri-
meiro porque não competia ao pregoeiro elaborar a composição
de custos e o demonstrativo de formação de preços do edital, e

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o segundo porque não restou demonstrado que tenha praticado


algum ato que tenha levado à previsão de tais pagamentos no
edital. Assim, rejeito as razões de justificativa de [...], responsá-
vel pela homologação do certame e pela assinatura do contrato,
aplicando-lhe a multa correspondente.
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 09/05/2017)

TCU – Acórdão nº 1.097/2019 – Plenário


Voto
44. Feita essa singela introdução, passo, então, à análise da fixa-
ção de salário para serviços terceirizados em atos convocató-
rios de licitações.
45. Embora aceita em algumas situações, até mesmo pela juris-
prudência deste Tribunal, essa prática não se amolda perfeita-
mente ao art. 40, X, da Lei 8.666/1993, o qual dispõe que o edital
indicará o critério de aceitabilidade de preços unitário e global,
conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e veda-
dos a fixação de preços mínimos.
46. De uma forma geral, a jurisprudência e a doutrina admi-
tem essa prática em casos excepcionais. Para tanto, é essencial
a assunção de dois requisitos: i) a justificativa de que os serviços
demandem, por suas características e particularidades, demons-
tradas tecnicamente, a execução por profissional com nível de
qualificação acima da média, comprovável objetivamente por
exame de documentos exigidos no ato convocatório, a justificar
a percepção de salários acima do piso da categoria profissional; e

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ii) a devida pesquisa de preços, que demonstre a compatibilidade


com os preços de mercado, pelo menos para contratações simila-
res, ou seja, que se demonstre que no mercado exista tal distinção
salarial em função da qualificação do trabalhador.
47. Como exceção, a fixação de salários não pode se embasar
em justificativas genéricas ou simplórias. Ao contrário, essa
estipulação deve ser alicerçada em robustos estudos antes da
sua adoção, demonstrando que a medida seria primordial e
imprescindível para o interesse público ali envolvido.
48. A IN 5/2017 admite, em caráter excepcional, a fixação de salá-
rios acima do piso, desde que justificadamente, para casos espe-
cíficos em que se necessita de profissionais com habilitação/ex-
periência superior à daqueles, que, no mercado, são remunerados
pelo piso salarial da categoria (art. 5º, VI).
49. Por óbvio, a fixação de salários não deve ocorrer em contratos
nos quais tenha sido pactuada a medição e pagamento por resul-
tado objetivamente aferível ou níveis de serviço, pois são institu-
tos incompatíveis.
50. A fixação de salários, sob outro ângulo, revela-se medida
contraditória. De um lado a Administração busca maior efici-
ência e produtividade; de outro, fixa previamente aos níveis de
salários a serem praticados pelo fornecedor. Essa modelagem é
incongruente. Questiona-se: como incentivar a performance, o
resultado, que legitima e determina a remuneração devida ao for-
necedor contratado, se a própria Administração fixa os salários a
serem praticados e, com agravante, acima do piso da categoria?

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51. Nessa linha, a remuneração por posto de serviço com salário


fixado não traz, em geral, grande preocupação por parte da
empresa contratada em otimizar os resultados e a qualidade
do que está sendo prestado. Para ela, quanto mais postos de ser-
viços, em tese, maior o lucro.
52. Outra consequência sensível da fixação de salários, pela Ad-
ministração, em contratos com dedicação exclusiva de mão de
obra é o aumento da pessoalidade na escolha e continuidade
do labor, chegando à quase “perpetuação” de terceirizados em
alguns entes. Ao fixar os salários, os contratantes sinalizam a con-
tinuidade dos contratos de trabalho aos terceirizados que lá estão
nos mesmos níveis remuneratórios que sempre receberam. Isso
acontece devido à suposta impossibilidade de redução salarial de
empregados, preservada pela fixação dos salários, que, via de re-
gra, não serão inferiores aos que estariam vigentes no contrato a
ser substituído.
53. Ou seja, induz-se a uma perpetuação dessa prática nos con-
tratos subsequentes, pois é razoável supor que alguns gestores
almejem, com as terceirizações, a manutenção da equipe de tra-
balhadores que executam as atividades, por evidente quando os
serviços estão sendo prestados a contento, mediante a contrata-
ção desses pela empresa vencedora do certame. Dessa forma, não
haveria custo de capacitar novos colaboradores, especialmente
em massa, como ocorreria na eventual mudança de todos os tra-
balhadores.
54. Não é uma questão somente de estabelecer padrões compa-
tíveis com eventuais demandas dos serviços, mas, sim, de asse-

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gurar aos atuais terceirizados a não redução salarial, caso sejam


contratados por um licitante que venha a oferecer proposta mais
econômica para a Administração em certame subsequente.
[...]
58. Não excluo a possibilidade, por um lado, de que haja ganhos
com a manutenção de terceirizados, pois há, em geral, custos de
reposição quando da rotação de trabalhadores, especialmente
com treinamento e qualificação em algumas atividades ineren-
tes a determinado órgão ou entidade. No entanto, a fixação de
salário não pode gerar “grupos ou categorias” diferenciadas de
terceirizados em determinados órgãos ou para determinadas
atividades em detrimento de contratos que deveriam ser regi-
dos, notadamente, pelos valores de mercado alcançados me-
diante disputa aberta em pregões eletrônicos, sem fixação de
piso salarial.
59. Um dos argumentos invocados para a defesa em favor do pa-
gamento por postos de serviços com salário mínimo fixado pela
Administração é a suposta segurança ao se afastar o risco de
selecionar colaboradores com capacitação inferior à necessá-
ria. Ora, isto não é uma verdade absoluta, que tenha sido, até o
momento, demonstrada objetivamente. Embora não haja muita
dúvida de que certos patamares salariais sejam mais importantes
para algumas atividades, especialmente para aquelas especiais
em que se admita a fixação de salário, em geral, o balizador para
tanto deveria ser o comportamento usual de mercado e não a Ad-
ministração Pública contratante.

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60. Em nenhum momento abro qualquer margem de entendi-


mento de que se pretenda com esta discussão precarizar os servi-
ços ou incentivar o aviltamento salarial de terceirizados nas con-
tratações de serviços promovidas pela Administração Pública. O
que não se admite é a Administração Pública criar artificialmente
um “status” salarial privilegiado em alguns órgãos ou atividades
sem que restem evidentes e transparentes as justificativas, os cri-
térios, a oportunidade e os salários pesquisados, equilibrando,
por óbvio, as necessidades e o interesse público com as práticas
de mercado.
61. A Administração Pública é a maior contratante individual de
serviços terceirizados no Brasil e tem papel fundamental no equi-
líbrio desse segmento de mercado, interna e externamente. A or-
dem e tendência atuais são no sentido de que as práticas do setor
público se amoldem e se aproximem cada vez mais daquelas pra-
ticadas no setor privado.
[...]
68. Mesmo que a fixação de salários seja ainda exceção na Admi-
nistração Pública quando se fala em terceirização de mão de obra,
essa prática vem crescendo. Há uma forte preocupação de que,
com a aprovação de uma lei para disciplinar as terceirizações, com
a redução de concursos públicos e escassez de alguns setores no
que tange a algumas categorias profissionais, a terceirização na
Administração Pública venha a aumentar significantemente, o
que demandará cuidados dos órgãos reguladores, executores e
de controle no sentido de acompanhar tais gastos.

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69. Nesse sentido, mesmo não sendo a matéria aqui tratada ob-
jeto de uma ação macro no âmbito da Administração por falta
de maiores dados, proponho que a deliberação seja encaminha-
da para o Ministério da Economia, em especial para a Secretaria
de Gestão, na qualidade de órgão governante superior na área
de contratações públicas, no sentido de que essa Secretaria Mi-
nisterial tome ciência das ponderações que a integram, com
vistas a subsidiar eventuais trabalhos quanto à normatização e
à orientação das unidades do Sisg quanto à prática de fixação
de salários ou no estabelecimento de diretrizes para nortear
objetivamente a possibilidade de tal excepcional prática.
70. Para o caso que ora se aprecia, entendo que a fixação de
salários, bem como a própria modelagem da contratação, deva
ser objeto de maiores e aprofundadas análises na fase de pla-
nejamento da licitação, em especial nos estudos técnicos pre-
liminares que embasam a elaboração do termo de referência,
tendo em vista o encaminhamento pela não renovação do con-
trato vigente.
[...]
Acórdão
VISTOS, relatados e discutidos estes autos que tratam de repre-
sentação a respeito de possíveis irregularidades ocorridas na
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), relacionadas
ao Pregão Eletrônico 30/2018, que tem por objeto a contratação
de empresa especializada na prestação de serviços de apoio ad-
ministrativo ao processamento e cobrança de multas lavradas, na

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forma de autos físicos e/ou eletrônicos, oriundos da fiscalização


realizada pelos agentes da Agência e órgãos conveniados;
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos
em Sessão do Plenário, diante das razões expostas pelo Relator,
em:
[...]
9.2. determinar à Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), com fundamento no art. 250, inciso II, do Regimento In-
terno/TCU, que somente prorrogue o Contrato 32/2018, celebra-
do com a empresa Plansul Planejamento e Consultoria – EIRELI
pelo prazo necessário para a realização de novo certame, caso ne-
cessária a continuidade dos serviços, e que adote, nesse caso, as
providências para assegurar a realização tempestiva de processo
licitatório, atentando para que os seguintes quesitos sejam ana-
lisados quando da realização dos estudos técnicos preliminares
referentes à fase de planejamento da licitação:
[...]
9.2.2.1. a necessidade de fixação de salários em valores superio-
res aos pisos estabelecidos em Convenções Coletivas de Trabalho,
fundamentada em estudos e pesquisas de mercado que conside-
rem objetivamente a complexidade das atividades e as aptidões
necessárias para seus exercícios; (Grifo nosso)
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 15/05/2019)

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DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017


Planejamento Julgamento – Valor
– Base para Edital – Disciplina aceitável para efeito de
estimativa do custo exequibilidade da proposta
REGRA: Vedação de criação no edital de piso salarial mínimo para as contratações de serviços.
Piso da categoria, Exigência de observância,
Categoria COM piso No mínimo, o piso da
mercado, outros no mínimo, do piso da
previsto em CCT categoria definido na CCT
contratos categoria
Exigência de observância, No mínimo, o salário mínimo
Categoria SEM piso Mercado e outros
no mínimo, do salário nacional ou estadual,
previsto em CCT contratos
mínimo conforme o caso
EXCEÇÃO: definição,
CCT, mercado e Exigência de observância, No mínimo, o piso definido
pela Administração
outros contratos no mínimo, do piso definido no edital
de piso em edital
IMPORTANTE
empresas podem praticar salários acima do piso a que estão vinculadas.
DAs
fiscalização do contrato de prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão de obra, a
DNa
Administração deve verificar se os empregados estão, de fato, recebendo o salário a que têm direito, bem
como se o contratado está observando o valor de salário cotado em sua proposta na licitação (conforme
Acórdãos nºs 1.009/2011 e 719/2019, ambos do Plenário do TCU).
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QUESTÃO 05

É possível estabelecer em edital benefícios


aos empregados e seus valores?

BENEFÍCIOS

Definição pela Definição pela


Administração (P1) empresa (P3)

DEVE adotar
É VEDADO criar benefícios e DEVE adotar o PODE criar e
e ampliar valores mínimo ampliar
benefícios previstos na CCT previsto na CCT benefícios

Decreto nº 9.507/2018
Art. 9º Os contratos de prestação de serviços continuados que en-
volvam disponibilização de pessoal da contratada de forma prolon-
gada ou contínua para consecução do objeto contratual exigirão:
[...]
III - a relação de benefícios a serem concedidos pela contratada a seus
empregados, que conterá, no mínimo, o auxílio-transporte e o auxí-
lio-alimentação, quando esses forem concedidos pela contratante.

63
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

IN nº 05/2017
ANEXO I – DEFINIÇÕES
II - BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS: benefícios concedidos ao
empregado, estabelecidos em legislação, Acordo ou Convenção
Coletiva, tais como os relativos a transporte, auxílio-alimentação,
assistência médica e familiar, seguro de vida, invalidez, funeral,
dentre outros.
ANEXO VII-B - DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA ELABORAÇÃO DO
ATO CONVOCATÓRIO
2. Das vedações:
2.1. É vedado à Administração fixar nos atos convocatórios:
[...]
b) os benefícios, ou seus valores, a serem concedidos pela con-
tratada aos seus empregados, devendo adotar os benefícios e va-
lores previstos em Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Tra-
balho, como mínimo obrigatório, quando houver; (Grifo nosso)

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)


Art. 611. Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter
normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de
categorias econômicas e profissionais estipulam condições de
trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações,
às relações individuais de trabalho. (Grifo nosso)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Entendimentos do TCU

TCU – Acórdão nº 1.248/2009 – Segunda Câmara


1.5. Determinações à [...] que:
1.5.1. abstenha-se de fixar, no instrumento convocatório, quando
de licitação com vistas à contratação de mão-de-obra terceiriza-
da, valores pertinentes a salários ou benefícios (tais como vale-
-alimentação), bem como de exigir a concessão aos empregados
contratados de benefícios adicionais aos legalmente estabele-
cidos (tais como planos de saúde), por representar interferência
indevida na política de pessoal de empresa privada e represen-
tar ônus adicional à Administração sem contrapartida de bene-
fício direto (item 7.1.1.1 do Relatório de Avaliação de Gestão nº
175.828);
(Relator: Raimundo Carreiro; Data do Julgamento: 31/03/2009)

TCU – Acórdão nº 3.340/2011 – Primeira Câmara


Acórdão
9.8.2. determinar à [...] que:
[...]
9.8.2.5. abstenha-se de estipular em instrumento convocatório,
como condições de habilitação em licitações, a comprovação da
existência de vínculo empregatício prévio entre interessados no
certame e seus prepostos, a fixação prévia de valor remunerató-
rio mínimo e a imposição de concessão, pela contratada, de be-

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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nefícios adicionais não exigíveis para a categoria profissional, por


caracterizarem restrição à competitividade no certame, com in-
fração ao previsto no art. 3º da Lei nº 8.666/1993 e inobservância
do disposto no art. 40, inciso X, da mesma lei, quanto à vedação
de fixação de preços mínimos na licitação;
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 24/05/2011)

66
QUESTÃO 06
Qual a natureza dos custos que integram a
composição da planilha de custos e formação de
preços? Quais custos podem ser alterados pelo
licitante e quais não podem variar? Custos que
decorrem de determinação legal podem variar?

RESUMO DA PLANILHA – OS CUSTOS QUE FORMAM O PREÇO


DO SERVIÇO – DE ACORDO COM O ANEXO VII-D

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)

A Módulo 1 - Composição da Remuneração (salário e adicionais)


Módulo 2 - Encargos e Benefícios Anuais, Mensais e Diários
Sub. 2.1 - 13º, férias e 1/3;
B
Sub. 2.2 - INSS, FGTS e 3ªs entidades;
Sub. 2.3 - Transporte, VA e VR, assistência médica e familiar
Módulo 3 - Provisão para Rescisão (API, APT, incidências e
C
multa do FGTS)
Módulo 4 - Custo de Reposição do Profissional Ausente
Sub. 4.1 - Substituto das férias, ausências legais, licença
D paternidade, acidente de trabalho, afastamento
maternidade;
Sub. 4.2 - Substituto da intrajornada
Módulo 5 - Insumos Diversos (uniformes, materiais e
E
equipamentos)

Subtotal (A + B + C + D + E)

F Módulo 6 - Custos Indiretos, Tributos e Lucro

Valor total por empregado


AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Existem custos da planilha que se


baseiam em indicadores de incidência,
dados estatísticos. Ex.: Qual o percentual
IMPORTANTE de homens que terão direito à
licença-paternidade?

Dispor de histórico documentado de


contratações anteriores, com base em
MELHOR estatísticas de incidência que retratem a
PRÁTICA realidade concreta da Administração.
A IN nº 05/2017 reforça, em vários
dispositivos, a importância de
acompanhar, controlar e dispor de
dados históricos dos contratos que
auxiliarão no planejamento da
contratação (art. 46, art. 47, § 1º, art. 70
e Anexo III, item 2, alínea “b” - Estudos
Preliminares).

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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NATUREZA DOS CUSTOS QUE COMPÕEM A PLANILHA

+ = $
Custos que Custos que decorrem
decorrem de da realidade
lei/instrumento empresarial e de
legal mercado

Direito decorre de
R$ mercado lei/CCT, mas
depende de %
incidência

CUSTOS QUE DECORREM DA


CUSTOS QUE DECORREM DE REALIDADE EMPRESARIAL DE CADA
INSTRUMENTOS LEGAIS LICITANTE

No planejamento: a Administração
No planejamento: a Administração deve cotar, na Planilha 1, valores que
deve cotar, na Planilha 1, valores de se aproximem, ao máximo, à praxe
acordo com o previsto pela ordem verificada no mercado, buscando
jurídica. indicadores no histórico de seus
contratos.

No julgamento: a Administração No julgamento: licitante tem


deverá exigir que as determinações liberdade para cotar esses custos
legais sejam cumpridas pelos na formação de seu preço
licitantes na elaboração da Planilha (Planilha 3) de acordo com sua
3 (trabalhistas de acordo com a CLT realidade empresarial, devendo
e CCT, tributárias de acordo com o comprovar a exequibilidade de
regime tributário da empresa). sua proposta.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
8. Do julgamento das propostas:
[...]
8.8. As propostas apresentadas deverão ser analisadas e julgadas
de acordo com o disposto nas normas legais vigentes e ainda em
consonância com o estabelecido no ato convocatório, conforme
previsto nos arts. 43, 44, 45, 46 e 48 da Lei nº 8.666, de 1993, e na
Lei nº 10.520, de 2002;

Entendimento do TCU

TCU – Acórdão nº 614/2008 – Plenário


Relatório
95. Preliminarmente, cumpre esclarecer que, o exame da legisla-
ção que rege a matéria apontou que alguns dos elementos in-
tegrantes da planilha de custos são variáveis e dependem da
característica e estrutura de custos de cada organização. Ou-
tros são decorrentes de lei ou acordos coletivos, sendo responsa-
bilidade da licitante informá-los corretamente.
[...]
98. Em que pese as peculiaridades inerentes a cada licitante resul-
tarem na apresentação de propostas com as mais variadas cota-
ções para encargos e insumos, bem como a possibilidade de que

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

variem até mesmo as alíquotas de impostos, em razão de bene-


fícios fiscais específicos, faz-se necessário que o edital preveja a
responsabilidade das empresas participantes de apresentar
propostas em observância à legislação vigente, bem como aos
acordos ou convenções trabalhistas celebrados.
99. Nesse sentido, propõe-se determinar ao [...] que, nos próximos
editais, faça constar previsão expressa quanto à obrigatorieda-
de de observância pelas licitantes, dos percentuais legalmente
estabelecidos para impostos e encargos trabalhistas e ainda
das disposições constantes de acordo ou convenção coletiva
de trabalho. (Grifo nosso)
(Relator: Augusto Sherman Cavalcanti; Data do Julgamento: 09/04/2008)

CUSTOS QUE DECORREM DE IMPOSIÇÃO LEGAL

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
9. Da desclassificação das propostas:
[...]
9.3. A inexequibilidade dos valores referentes a itens isolados da
planilha de custos e formação de preços não caracteriza motivo
suficiente para a desclassificação da proposta, desde que não
contrariem exigências legais; (Grifo nosso)

71
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

TCU – Acórdão nº 669/2008 – Plenário


Acórdão
9.4. determinar ao [...], com fulcro nos arts. 43, I, da Lei nº 8.443/1992
e 250, II, do Regimento Interno do TCU, que:
[...]
9.4.16. observe os diversos dispositivos legais atinentes ao
Direito Tributário e ao Direito Trabalhista com vistas à corre-
ta análise dos demonstrativos de formação de preços quando
das futuras contratações de prestação de serviços de tecnologia
da informação por alocação de postos de trabalho, rejeitando as
propostas que eventualmente contenham parcelas ou percen-
tuais indevidos, por exemplo, no item referente a seguro por aci-
dente de trabalho; (Grifo nosso)
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 16/04/2008)

Entendimentos dos tribunais superiores

TRF 5ª Região – AG nº 73.513/RN – Quarta Turma


Ementa
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. DESCUMPRIMENTO DAS EXIGÊN-
CIAS EDITALÍCIAS. VALOR IRRISÓRIO PARA OS UNIFORMES DOS
TRABALHADORES. § 3º DO ARTIGO 44 DA LEI Nº 8.666/93. INO-
BSERVÂNCIA DE CONVENÇÃO COLETIVA PARA A CATEGORIA DE
SUPERVISORES. DESCONTO VALE ALIMENTAÇÃO.
[...]

72
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

III - Não sendo observado pela licitante, quando da apresenta-


ção da proposta de preços, as normas e convenções coletivas
de trabalho, onde se estabelecem certos percentuais a título
de gratificação para determinadas categorias, fica incompleta
sua proposta, podendo o fato influenciar no valor da oferta.
IV - AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO. (Grifo nosso)
(Relatora: Margarida Cantarelli; Data do Julgamento: 29/05/2007)

TRF 5ª Região – AGTR nº 67.014/RN – Terceira Turma


Ementa
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. SERVIÇO DE VIGILÂNCIA. PROPOS-
TA INEXEQÜÍVEL.
- Na medida em que a legislação dite custos mínimos a serem
considerados pelos licitantes, é legítimo à administração exigir
demonstrativo do preço ofertado para o objeto do certame, a
fim de evidenciar possíveis propostas inexeqüíveis. (Grifo nosso)

(Relator: Ridalvo Costa; Data do Julgamento: 06/07/2006)

Prever em edital que o licitante deve


indicar expressamente em sua proposta
MELHOR a qual regime legal está vinculado, ou
PRÁTICA seja, qual seu enquadramento sindical e
seu regime tributário.
São informações fundamentais para que
o pregoeiro possa avaliar de forma
segura a planilha apresentada.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

CUSTOS QUE NÃO DECORREM DE IMPOSIÇÃO LEGAL

Custos variáveis decorrentes de eventos futuros e incertos

Na elaboração da Planilha 3, cada


empresa é livre para cotar o quantitativo
de custos variáveis decorrentes de
LEMBRE eventos futuros e incertos, devendo
complementá-los caso o previsto
inicialmente em sua proposta não seja
suficiente para a execução do contrato e
para o pagamento dos direitos dos
empregados.

IN nº 05/2017
ANEXO VII-B – DIRETRIZES ESPECÍFICAS PARA ELABORAÇÃO
DO ATO CONVOCATÓRIO
2. Das vedações:
2.1. É vedado à Administração fixar nos atos convocatórios:
[...]
i) quantitativos ou valores mínimos para custos variáveis decor-
rentes de eventos futuros e imprevisíveis, tais como o quantitativo
de vale-transporte a ser fornecido pela eventual contratada aos
seus trabalhadores, ficando a contratada com a responsabilidade
de prover o quantitativo que for necessário, conforme dispõe o
art. 63 desta Instrução Normativa.

74
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

IN nº 05/2017
Art. 63. A contratada deverá arcar com o ônus decorrente de
eventual equívoco no dimensionamento dos quantitativos de
sua proposta, devendo complementá-los caso o previsto ini-
cialmente em sua proposta não seja satisfatório para o atendi-
mento ao objeto da licitação, exceto quando ocorrer algum dos
eventos arrolados nos incisos do § 1º do art. 57 da Lei nº 8.666, de
1993.
§ 1º O disposto no caput deve ser observado ainda para os custos
variáveis decorrentes de fatores futuros e incertos, tais como
os valores providos com o quantitativo de vale-transporte. (Grifo
nosso)

75
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Esses dispositivos permitem a formação das seguintes regras:

A Administração deverá considerar, na


elaboração da Planilha 1, o número de
vales-transporte com base na realidade dos
últimos contratos.

Cada empresa é livre para cotar o número


de vales-transporte em sua planilha.

Se a empresa cotar menos vales-transporte (2


por empregado/dia) do que efetivamente paga
a seus funcionários (4 por empregado/dia), o
prejuízo deve ser arcado pela empresa.

Se a empresa cotar mais vales-transporte (4 por


empregado/dia) do que efetivamente paga a
seus funcionários (2 por empregado/dia), será
lucro da empresa, podendo ser objeto de
negociação.
Independentemente do número de
vales-transporte cotado na planilha, a
Administração deve verificar se a empresa
cumpre a obrigação legal de fornecer a seus
empregados o número de vales devido.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Entendimentos dos tribunais superiores e do TCU

TRF 5ª Região – AGTR nº 67.014/RN – Terceira Turma


Ementa
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO. SERVIÇO DE VIGILÂNCIA. PROPOS-
TA INEXEQÜÍVEL.
[...]
- Com relação aos serviços de vigilância, os custos com “auxílio
doença”, “licença paternidade/maternidade”, “faltas legais” e
“acidente de trabalho” dependem fundamentalmente, das
políticas de recursos humanos e de segurança do trabalho de
cada empresa, inexistindo parâmetros legais que permitam taxá-
-los de simbólicos ou irrisórios. (Grifo nosso)
(Relator: Ridalvo Costa; Data do Julgamento: 06/07/2006)

TCU - Acórdão nº 90/2019 – Plenário


Voto
3. Como visto no relatório precedente, as alegações da represen-
tante foram devidamente abordadas em sede recursal e rejeita-
das pelo pregoeiro.
4. Nessa seara, verificou-se que descabe a alegação da Provac
Terceirização de Mão de Obra Ltda. quanto à questão do subdi-
mensionamento do item relativo a faltas legais na planilha de
custos da vencedora, eis que se trata de risco do negócio, como
bem esclarecido, e também porque a própria vencedora alegou o
compromisso de arcar com os ônus de eventuais equívocos nos

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

quantitativos da proposta, asseverando ser capaz de executar os


serviços com base nos percentuais ofertados.
5. E consoante abordado pela Selog, a unidade jurisdicionada desta-
cou que os preços ofertados estariam compatíveis com os de serviços
equivalentes aos que já veem sendo prestados na própria PPSA.
[...]
Acórdão
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Representação for-
mulada por licitante, com pedido de concessão de medida cau-
telar, noticiando possíveis irregularidades no Pregão Eletrônico
119/2018, da Pré-Sal Petróleo S.A., tendo como objeto a contra-
tação de empresa especializada para a prestação de serviços de
limpeza, higiene e conservação, com fornecimento de materiais,
insumos e equipamentos, bem como prestação de serviços auxi-
liares de manutenção elétrica, hidráulica e civil, copa, mensagei-
ros e recepção;
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos
em Sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:
9.1. conhecer da Representação, por adimplir os requisitos de ad-
missibilidade estabelecidos no art. 87, § 2º, da Lei 13.303/2016,
c/c o art. 113, § 1º, da Lei 8.666/93, e arts. 235 e 237, do Regimen-
to Interno do TCU, para, no mérito, considerá-la improcedente;
9.2. indeferir o pedido de concessão de medida cautelar, tendo em
vista a inexistência de elementos necessários para a sua adoção;
(Relator: Aroldo Cedraz; Data do Julgamento: 30/01/2019)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

TCU – Acórdão nº 4.911/2015 – Primeira Câmara


Voto
Por conseguinte, de um lado, é ressalvada a não obrigatorieda-
de de a empresa descontar do empregado o vale-transporte. En-
tretanto, uma vez que ela se dispôs a fazê-lo, não há óbices para
que o pregoeiro diligencie a empresa e solicite a correção dos cál-
culos. Ainda que, na nova planilha apresentada pela empresa, o
percentual de 6% não tenha sido aplicado sobre o total da remu-
neração dos empregados, vários argumentos impediriam a des-
classificação da empresa em razão desse fato: 1) valor variável
do vale-transporte, fazendo com que esse item constitua mera
estimativa; 2) pouca expressividade do valor anual do item em
relação ao valor anual do contrato; 3) o disposto no art. 23 da
IN 2/2008 SLTI/MPOG.
[...]
Por fim, quanto ao conjunto probatório apresentado pelo então
pregoeiro, constituído de cálculos matemáticos, rejeitado, segun-
do os embargantes sem fundamentação (omissão), improceden-
te tal afirmação. Os cálculos efetuados pelo então pregoeiro são
mera estimativa, uma vez que os valores de vale transporte são
variáveis, conforme bem colocou a unidade técnica, no trecho do
relatório que transcrevo a seguir:
‘57. A IN SLTI/MPOG 02/2008 exemplifica, de forma explícita no
art. 23, § 1º, que o quantitativo de vale transporte, informado na
planilha de custo e formação de preços, integra o rol de custos
variáveis, decorrentes de fatores futuros e incertos. De fato, não

79
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

há como a empresa saber de antemão o quantitativo exato de


vale transporte que será concedido aos empregados. Trata-se,
portanto, de mera estimativa de custos.
[...]
83. Entretanto, considerando que os valores indicados a título
de vale transporte constituem mera estimativa, que pode ou
não se confirmar no decorrer da execução do contrato, e, ain-
da, o pouco expressivo valor da diferença anual entre as duas
propostas em cotejo, conclui-se, desde já, por não restar carac-
terizada a ocorrência de dano ao erário.’
Dessa forma, não houve rejeição do conjunto probatório apresentado
pelos responsáveis sem fundamentação. Ao contrário, foram citados
os dispositivos legais que regulamentam a concessão do vale-trans-
porte e a parcela passível de ser descontada do beneficiário, bem
como a convenção coletiva do trabalho que disciplina o desconto na
importância de 5,5% do valor da cesta-básica a título de manutenção
do cartão, a instrução normativa que rege a contratação de serviços
continuados ou não por órgãos ou entidades integrantes do Sistema
de Serviços Gerais (SISG), dispositivos da Lei 8.666/1993 e os princí-
pios constitucionais considerados. (Grifo nosso)
(Relator: Walton Alencar Rodrigues; Data do Julgamento: 01/09/2015)

TCU – Acórdão nº 587/2012 – Plenário


Voto
A segunda irregularidade apontada pela representante também
foi bem enfrentada pela unidade técnica. Alinho-me às conclu-

80
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

sões manifestadas. O fato de a licitante vencedora ter estipula-


do em sua proposta um valor para fazer frente aos custos com
vale-transporte inferior ao previsto na licitação não configura
irregularidade, por si só. Isso porque, conforme asseverou o ti-
tular da subunidade técnica da Secex/RJ, a renúncia expressa do
empregado ao vale-transporte é considerada válida pela jurispru-
dência do Tribunal Superior do Trabalho e, nesse aspecto, cabe
à administração pública contratante apenas certificar-se de que
a empresa contratada paga regularmente o vale-transporte aos
trabalhadores que façam jus a esse direito, acautelando-se quan-
to à responsabilidade subsidiária decorrente das obrigações tra-
balhistas.
Quanto à previsão de custo zero para as rubricas “uniformes” e
“EPI’s”, acompanho a unidade técnica no sentido de que tal si-
tuação não configura, de pronto, irregularidade. Essa questão
é resolvida pela verificação da exequibilidade da proposta do
licitante, que deve ser um juízo feito a cada caso e não importa
em presunção absoluta de invalidação da proposta. Sobre esse
tema, esta Corte até já sumulou entendimento, por meio da Sú-
mula 262/2010:
[...]
Acórdão
9.2. dar ciência à [...] de que, quanto ao pregão eletrônico [...], as
condições iniciais da proposta vencedora, ausentes justificativas
supervenientes, deverão ser mantidas ao longo da execução do
contrato assim como, em caso de eventual renovação contratual,

81
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

não deverão ser acrescidas despesas a título de “uniformes” e


“EPIs”, nem despesas com vale-transporte acima das previstas
na proposta vencedora; (Grifo nosso)
(Relatora: Ana Arraes; Data do Julgamento: 14/03/2012)

JUSTIFICATIVA PARA A UTILIZAÇÃO DE PERCENTUAL


DIVERSO DAQUELE INDICADO PELA ADMINISTRAÇÃO EM
SUA PLANILHA NO CASO DE ITENS QUE DECORREM DE
INSTRUMENTO LEGAL

TRF 1ª Região – AMS nº 2000.34.00.040508-0/DF –


Quinta Turma
Ementa
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURAN-
ÇA. LICITAÇÃO. DECISÃO EM QUE SE NEGOU SEGUIMENTO À APE-
LAÇÃO POR MANIFESTA INADMISSIBILIDADE (INTEMPESTIVIDA-
DE). AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. DESCLASSIFICAÇÃO DE
PROPOSTA. ALEGAÇÃO DE PREÇO EM DESACORDO COM O MER-
CADO. PISO SALARIAL ESTABELECIDO EM CONVENÇÃO FIRMADA
PELO SINDICATO DA IMPETRANTE. PROPOSTA EM CONFORMIDA-
DE COM O EDITAL. MENOR PREÇO OFERTADO. DIREITO À ADJUDI-
CAÇÃO. SEGURANÇA DEFERIDA. SENTENÇA MANTIDA. REMESSA
OFICIAL NÃO PROVIDA.
[...]
4. A proposta da impetrante, em que não se adotaram termos de
convenção coletiva invocada pelas demais licitantes, foi desclas-

82
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

sificada pela Comissão de Licitação ao fundamento de que “em


desacordo com o mercado”.
5. A impetrante é filiada ao sindicato de empregadores do ramo
hoteleiro e similares e, por isso, legitimamente, adotou na for-
mulação de seus preços de mão de obra os termos da conven-
ção coletiva firmada por aquele sindicato.
6. No edital da concorrência permitiu-se a participação de qual-
quer empresa que, em suma, atendesse às exigências do regu-
lamento, não se definindo segmento mercadológico ou ramo de
atuação ou nível de especialização.
7. No espelho da planilha de custos não se vinculou piso salarial a
qualquer convenção coletiva de trabalho.
8. À luz do edital, não se vislumbra vantagem indevida obtida
pela impetrante.
9. A proposta da impetrante está de acordo com o edital e apre-
sentou o menor preço, devendo a ela deve ser adjudicado o
objeto da licitação, nos termos da Lei nº 8.666/93, art. 45, inciso I.
10. Remessa oficial a que nega provimento. (Grifo nosso)
(Relator: João Batista Moreira; Data do Julgamento: 26/09/2007)

TCU – Acórdão nº 1.619/2008 – Plenário


Sumário
REPRESENTAÇÃO. PREGÃO PRESENCIAL Nº 004/2008. EXIGÊNCIA
DE COMPROVAÇÃO DE FORMA DE TRIBUTAÇÃO. NEGATIVA DE RE-
CURSO. CONCESSÃO DE CAUTELAR. AGRAVO. INSUBSISTÊNCIA DA

83
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

CAUTELAR. AUTORIZADA A EXECUÇÃO DO CONTRATO JÁ FIRMA-


DO. OITIVAS. PROCEDÊNCIA PARCIAL. DETERMINAÇÕES. CIÊNCIA
AO REPRESENTANTE.
Não ofende a Lei de Licitações e Contratos a previsão, em editais
licitatórios, de apresentação, pelas empresas licitantes, de infor-
mações acerca do regime tributário a que estão submetidas, com
o objetivo de subsidiar a análise da pertinência das alíquotas in-
seridas nas Planilhas de Custo e Formação de Preços, ou outro ins-
trumento equivalente.
[...]
Acórdão
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos
em Sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:
[...]
9.3. alertar a [...], que nas suas licitações em geral, tanto na fase
de orçamentação, quanto na fase de análise das propostas, aten-
te para a possibilidade de que as alíquotas referentes ao PIS e
à COFINS, no que se refere às licitantes que sejam tributadas
pelo Lucro Real, sejam diferentes do percentual limite previsto
em lei, devido às possibilidades de descontos e/ou compensações
previstas, devendo exigir, se for o caso, que as alíquotas indicadas,
nominais ou efetivas reduzidas, sejam por elas justificadas, em
adendo à Planilha de Custo ou Formação de Preços, ou outro
instrumento equivalente; (Grifo nosso)
(Relator: André Luís de Carvalho; Data do Julgamento: 13/08/2008)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)
MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO
Salário-BaseAdicional de periculosidade
A Adicional de insalubridadeAdicional noturno
Hora noturna reduzidaAdicional de hora extra
no feriado
MÓDULO 2 - ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS,
MENSAIS E DIÁRIOS
Sub. 2.1: 13º salárioFérias Adicional de férias
B Sub. 2.2: INSSSalário-educaçãoSAT
Terceiras entidadesFGTS
Sub. 2.3: TransporteAuxílio refeição/alimentação
Assistência médica e familiar
MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO
C APIFGTS sobre APIIncidências sobre APT
Multa FGTS
MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO
PROFISSIONAL AUSENTE
Sub. 4.1: FériasAusências legaisLicença-
D -paternidadeAcidente do trabalho
Afastamento maternidade
Sub. 4.2: Intervalo para repouso ou alimentação
MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS
E
UniformesMateriaisEquipamentos
Subtotal (A + B + C + D + E)
MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO
F
Custos indiretosLucroTributos
Valor total por empregado
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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)

MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO


Salário-BaseAdicional de periculosidade
A Adicional de insalubridadeAdicional noturno
Hora noturna reduzidaAdicional de hora extra
no feriado
MÓDULO 2 - ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS,
MENSAIS E DIÁRIOS
Sub. 2.1: 13º salárioFérias Adicional de férias
B Sub. 2.2: INSSSalário-educaçãoSAT
Terceiras entidadesFGTS
Sub. 2.3: TransporteAuxílio refeição/alimentação
Assistência médica e familiar
MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO
C APIFGTS sobre APIIncidências sobre APT
Multa FGTS
MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO
PROFISSIONAL AUSENTE
Sub. 4.1: FériasAusências legaisLicença-
D -paternidadeAcidente do trabalho
Afastamento maternidade
Sub. 4.2: Intervalo para repouso ou alimentação
MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS
E
UniformesMateriaisEquipamentos
Subtotal (A + B + C + D + E)
MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO
F
Custos indiretosLucroTributos
Valor total por empregado
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Legenda:

Bloco 1 – Encargos destacados em verde: são os custos que decorrem


de determinação legal (legislações trabalhista, previdenciária, tributá-
ria). Além de tratativa em leis e atos normativos, tais encargos podem
ter tratamento específico no documento laboral da categoria.

D Para a avaliação de adequação e de exequibilidade desses encar-


gos, é fundamental conhecer o enquadramento sindical da empre-
sa e a norma coletiva ao qual ela está vinculada, assim como seu
regime tributário.

Bloco 2 – Encargos destacados em azul: são os encargos que têm tra-


tativa específica no documento laboral da categoria, os quais devem
ser cumpridos como mínimo obrigatório.

D Se não previstos na norma coletiva da categoria, não são direitos da


categoria e podem não ser considerados pela empresa. No entanto,
a empresa poderá criar ou ampliar os benefícios e os direitos decor-
rentes de lei por meio do contrato de trabalho ou do regulamento
interno. Dessa forma, é possível que o licitante cote determinado
benefício (vale-refeição, por exemplo) não previsto no documento
laboral ao qual está vinculado ou amplie o direito (valor diário do
vale-refeição maior que o previsto na CCT).

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Bloco 3 – Encargos destacados em rosa: são os encargos cujo direito


tem fundamento legal/normativo/documento laboral, mas o custo a
ser aportado na planilha passa por um indicador de incidência ou por
um quantitativo.

D O ideal é que a Administração tenha um histórico desses percentu-


ais e quantitativos para que possa guiar a análise de aceitabilidade
da planilha. Esses percentuais e quantitativos são referências no mo-
mento do julgamento, pois as empresas podem praticar valores di-
versos, justificando a formação de seu preço. Com relação aos custos
variáveis, a empresa tem liberdade, mas terá responsabilidade em
prover o quantitativo que for necessário para dar conta de cumprir o
direito trabalhista dos empregados alocados na prestação dos servi-
ços. Nesse sentido dispõem o art. 63 e seu § 1º da IN nº 05/2017.

Bloco 4 – Encargos destacados em marrom: são os encargos variáveis re-


ferenciados pela prática de mercado e pela realidade de cada empresa.

D Para fins de julgamento, a Administração deve verificar que os va-


lores estejam adequados aos praticados no mercado, priorizando
referência em preços públicos praticados.

Quer Saber Mais?

  Clique aqui e confira o artigo "A compreensão da natureza


dos custos que formam o preço dos serviços como condição
para o julgamento seguro da planilha da IN nº 05/2017", de
Anadricea Vicente de Almeida (disponível no Zênite Fácil).

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

QUESTÃO 07

Se, no momento do julgamento, o pregoeiro


identifica erros cometidos pelo licitante
na elaboração de sua planilha, qual
procedimento deve ser adotado? Quais as
orientações e os limites para o saneamento de
vícios na planilha?

Decreto nº 10.024/2019
Art. 43. [...]
§ 5º Na hipótese de contratação de serviços comuns em que a
legislação ou o edital exija apresentação de planilha de compo-
sição de preços, esta deverá ser encaminhada exclusivamente via
sistema, no prazo fixado no edital, com os respectivos valores re-
adequados ao lance vencedor.

IN nº 05/2017
ANEXO VII-A – DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ATO
CONVOCATÓRIO
7.8. Quando a modalidade de licitação for pregão, realizado na
forma eletrônica, a planilha de custos e formação de preços deve-

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

rá ser entregue e analisada no momento da aceitação do lance


vencedor;
7.9. Erros no preenchimento da planilha não são motivos sufi-
cientes para a desclassificação da proposta, quando a planilha
puder ser ajustada sem a necessidade de majoração do preço
ofertado, e desde que se comprove que este é o bastante para
arcar com todos os custos da contratação; (Grifo nosso)

A composição de custos e a formação de


preços devem retratar a realidade de cada
empresa. A Planilha 1, elaborada pela
LEMBRE Administração, serve para orientar os
licitantes na formação de suas propostas,
bem como a Administração quando do
julgamento. A Planilha 1 não deve
engessar/vincular a elaboração das
planilhas pelos licitantes; será referência
para a formação dos preços e para o
julgamento pela Administração.

Na análise da exequibilidade, a planilha


poderá ser corrigida, desde que:
o preço global seja exequível (suficiente
IMPORTANTE para arcar com todos os custos da
contratação);
não haja majoração do preço global
ofertado.

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Entendimentos dos tribunais superiores e do TCU

TCU – Acórdão nº 830/2018 – Plenário


Acórdão
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de representação, com
pedido de cautelar suspensiva, formulada pela Secex-AM, a par-
tir de manifestação da Ouvidoria (Peça nº 2), sobre possíveis irre-
gularidades no RDC Eletrônico nº 6/2017-Ufam destinado à sub-
sequente contratação de empresa para a construção do Bloco 4
do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia – ICSEZ/
UFAM, no Município de Parintins – AM, sob o valor estimado de
R$ 7.563.233,49;
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos
em Sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:
9.1. conhecer da presente representação, já que preenchidos os
requisitos de admissibilidade previstos no 237, VI, do RITCU, para,
no mérito, considerá-la procedente;
9.2. assinar o prazo de 15 (quinze) dias, contados da ciência da
presente deliberação, para que, nos termos do art. 71, IX, da Cons-
tituição de 1988 e do art. 45 da Lei 8.443, de 1992, a Fundação Uni-
versidade do Amazonas (Ufam) adote as medidas cabíveis para a
anulação da suscitada desclassificação da JJ Barroso Ltda., no âm-
bito do RDC Eletrônico nº 6/2017-Ufam, com a consequente nu-
lidade de todos os atos subsequentes, promovendo o retorno do
certame à etapa de julgamento, para a reanálise das propostas de

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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todas as licitantes, em plena sintonia com o princípio da seleção


da proposta mais vantajosa para a administração pública;
9.3. determinar, nos termos do art. 250, II, do RITCU, que, no pra-
zo de 45 (quarenta e cinco) dias contados da ciência da presente
deliberação, a Fundação Universidade do Amazonas informe o
TCU sobre o resultado do efetivo cumprimento do item 9.2 deste
Acórdão:
9.4. determinar, nos termos do art. 250, II, do RITCU, que a Fun-
dação Universidade do Amazonas atente para a observância dos
seguintes aspectos:
9.4.1. as omissões nas planilhas de custos e preços das licitantes
não ensejam necessariamente a antecipada desclassificação das
respectivas propostas, devendo a administração pública promo-
ver as adequadas diligências junto às licitantes para a devida cor-
reção das eventuais falhas, sem a alteração, contudo, do valor glo-
bal originalmente proposto, em consonância, por exemplo, com
os Acórdãos 2.546/2015, 1811/2014 e 187/2014, do Plenário do
TCU;
(Relator: André de Carvalho; Data do Julgamento: 18/04/2018)

TCU – Acórdão nº 719/2018 – Plenário


Acórdão
VISTOS, relatados e discutidos estes autos que tratam de consul-
ta formulada pelo Presidente da Comissão de Trabalho, de Admi-
nistração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, sobre a
existência de determinação legal que obrigue os participantes de

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

licitações para a execução de obras públicas e serviços de enge-


nharia a levar em consideração, na formulação de suas propostas,
as despesas decorrentes do cumprimento de acordos e conven-
ções coletivas de trabalho,
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos
em Sessão Plenária, diante das razões expostas pelo Relator, em:
9.1. conhecer da presente consulta, com fulcro no art. 1º, inciso
XVII, da Lei 8.443/1992, c/c art. 264, inciso IV, do Regimento Inter-
no do TCU;
9.2. responder ao consulente que:
[...]
9.2.6. em face do princípio do formalismo moderado e da supre-
macia do interesse público, que permeiam os processos licitató-
rios, o fato de o licitante apresentar composição de custo unitário
contendo salário de categoria profissional inferior ao piso estabe-
lecido em instrumento normativo negociado é, em tese, somente
erro formal, o qual não enseja a desclassificação da proposta, po-
dendo ser saneado com a apresentação de nova composição de
custo unitário desprovida de erro;
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 04/04/2018)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

É possível limitar no edital o número máximo de


? correções aceitáveis?

TCU – Acórdão nº 2.357/2014 – Plenário


1.6. Determinações:
[...]
1.6.1.1. restrição indevida e injustificada ao exercício da prerro-
gativa prevista no § 2º do art. 29-A da Instrução Normativa - SLTI/
MPOG 2/2008, mediante o estabelecimento de quantidade limi-
tada de autorização para a realização de retificações, por parte
das licitantes, de eventuais erros sanáveis constantes de suas
planilhas de preços, conforme registrado na ata do menciona-
do certame, mais especificamente em mensagens enviadas às
11h18min52 do dia 4/7/2014, bem como às 15h15min44 do dia
28/7/2014;
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 10/09/2014)

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Caso Prático!
Determinado licitante cotou percentual de 10% para o INSS,
e a Lei nº 8.212/1990 prevê 20%.
Todos os demais itens cujos custos decorrem de
instrumentos legais foram cotados adequadamente.
O defeito apontado provoca uma diferença de R$ 100,00 se
o percentual correto de 20% tivesse sido utilizado.
A proposta do licitante contempla um lucro de R$ 500,00.
Qual deve ser a decisão do pregoeiro? O defeito
apontado na proposta pode ser saneado?

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Cautelas na condução do saneamento

Oportunizar a possibilidade de correção


Indicar onde estão os erros
IMPORTANTE Quantidade de correções
Alteração de itens variáveis e/ou do
lucro
Na dúvida sobre a composição da
planilha, valores e percentuais, o caminho
é diligenciar, permitir que o licitante
comprove a exequibilidade da sua
proposta (Súmula nº 262 do TCU e item
9.4 do Anexo VII-A da IN nº 05/2017).
No exemplo: se cotasse 25% de INSS?
a) Corrige a planilha e desconta do valor
global
b) Corrige a planilha e mantém o valor
global (lucro será ampliado)

Entendimentos do TCU e dos tribunais superiores

TCU – Acórdão nº 4.621/2009 – Segunda Câmara


Voto
Releva ainda saber o procedimento a ser adotado quando a Ad-
ministração constata que há evidente equívoco em um ou mais
dos itens indicados pelas licitantes.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

Não penso que o procedimento seja simplesmente desclassificar o


licitante. Penso sim que deva ser avaliado o impacto financeiro da
ocorrência e verificar se a proposta, mesmo com a falha, continu-
aria a preencher os requisitos da legislação que rege as licitações
públicas - preços exeqüíveis e compatíveis com os de mercado.
[...]
Exemplifico. Digamos que no quesito férias legais, em evidente
desacerto com as normas trabalhistas, uma licitante aponha o
porcentual de zero por cento. Entretanto, avaliando-se a mar-
gem de lucro da empresa, verifica-se que poderia haver uma
diminuição dessa margem para cobrir os custos de férias e ain-
da garantir-se a exeqüibilidade da proposta.
Em tendo apresentado essa licitante o menor preço, parece-me
que ofenderia os princípios da razoabilidade e da economicida-
de desclassificar a proposta mais vantajosa e exeqüível por um
erro que, além de poder ser caracterizado como formal, também
não prejudicou a análise do preço global de acordo com as nor-
mas pertinentes.
[...]
Raciocínio idêntico aplica-se quando a cotação de item da plani-
lha apresenta valor maior do que o esperado. Ora, o efeito prá-
tico de tal erro, mantendo-se o mesmo preço global, seria que o
lucro indicado na proposta deveria ser acrescido do equivalente
financeiro à redução de valor do referido item da planilha. (Grifo
nosso)
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 01/09/2009)

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TCU – Acórdão nº 2.836/2008 – Plenário


Voto
A Representante admite o erro material cometido no que se re-
fere ao percentual do Seguro de Acidentes de Trabalho - SAT
para as atividades predominantes desenvolvidas pela empresa
que, de acordo com a legislação vigente, deveria ser 1% e não
2%, como constou na sua proposta de preços. Defende, porém,
a tese de que deve ser mantido o valor integral de tal proposta,
caso seja contratada, em virtude de a licitação de ter previsto o re-
gime de empreitada por preço global, diluindo-se o valor do SAT
nos demais itens.
O Acórdão 1.828/2008 - Plenário declarou a irregularidade da
cobrança pelas empresas contratadas do percentual do SAT e
determinou a redução desse valor no pagamento da fatura. No
mesmo sentido, recentemente, abordei questão relativa ao Segu-
ro de Acidentes de Trabalho - SAT no Voto condutor do Acórdão
1.990/2008 - Plenário, onde concluí que as desconformidades sa-
náveis na proposta de preços afiguram-se insuficientes para ma-
cular o certame.
Estou convicto de que, no caso vertente, ainda que o percentu-
al esteja incorreto, não há gravidade suficiente para ensejar a
desclassificação da [...]. A uma, porque não se está falando de
reformulação de proposta, como propugnou a Representante,
o que não caracteriza vantagem indevida à licitante, e sim de
redução de valores quando da assinatura do contrato. A duas,
porque essa redução diminuirá o valor global cotado pela em-

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ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

presa o que resultará em reflexos positivos para a proposta no


que se refere à Administração.
[...]
Pelos motivos que acabo de expor, concluo que houve excesso
de formalismo por parte da [...], vez que a redução desses va-
lores implica tão-somente o enquadramento dos percentuais
aplicados à legislação vigente e torna, como já dito anterior-
mente, a proposta de preços da [...] mais vantajosa para a Ad-
ministração, em conformidade com as regras do Edital de Con-
corrência 04/2008 e em atendimento ao interesse público.
Saliento, por oportuno, que, por todo o exposto, não assiste ra-
zão ao Representante no tocante à manutenção dos valores
originais da proposta de preços da [...]. (Grifo nosso)
(Relator: Raimundo Carreiro; Data do Julgamento: 03/12/2008)

TCU – Boletim de Jurisprudência nº 023


Acórdão nº 117/2014 – Plenário
Contrato. Superfaturamento. Erro em composição de preço.
O regime jurídico-administrativo a que estão sujeitos os particu-
lares contratantes com a Administração não lhes dá direito ad-
quirido à manutenção de erros observados nas composições de
preços unitários, precipuamente quando em razão de tais falhas
estiver ocorrendo o pagamento de serviços acima dos custos ne-
cessários e realmente incorridos para a sua realização.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

TCU – Acórdão nº 2.440/2014 – Plenário


Enunciado
Independentemente do regime de execução contratual, na hipó-
tese de a empresa deixar de recolher determinado tributo embu-
tido em seu BDI, ao ser favorecida por regime tributário dife-
renciado ou qualquer benefício legal, essa desoneração deve
ser repassada ao contrato pactuado, de forma a garantir o paga-
mento apenas por tributos que representam gastos efetivamente
incorridos pela contratada. (Grifo nosso)
(Relator: Marcos Bemquerer Costa; Data do Julgamento: 17/09/2014)

100
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

DICAS PRÁTICAS PARA A CONDUÇÃO DO JULGAMENTO DA


PLANILHA DE CUSTOS NA TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS COM
DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA:

Verificar o sindicato que baseou a formação da


planilha do licitante. Caso o licitante esteja
vinculado a sindicato diferente do que baseou
D ic a a Administração para a elaboração da Planilha
nº 01 1, deve indicar em sua proposta essa realidade
e o sindicato ao qual está vinculado, para que a
Administração tenha condições de fazer a
análise de exequibilidade de sua planilha. Tudo
isso deve estar devidamente disciplinado no
edital de licitação.

Analisar se a planilha retrata a composição de


custos considerando características, prazos e
condições de execução do serviço (ou seja, do
Dica
encargo definido pela Administração no termo
de referência e no edital).
nº 02

Exigir que tudo que decorre de imposição legal


D ic a (encargos trabalhistas, previdenciários e
tributários), de acordo com as obrigações de
nº 03 cada empresa (observando o enquadramento
sindical e o regime tributário), seja por ela
observado.

Avaliar a razoabilidade dos percentuais variáveis


e dos indicadores estatísticos decorrentes de
Dica
eventos incertos. nº 04

D ic a Verificar a exequibilidade da produtividade


adotada, se for o caso.
nº 05 101
Observar o preço máximo estabelecido em edital
observado.

AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

Avaliar a razoabilidade dos percentuais variáveis


Dica
ASPECTOS PONTUAIS DO PLANEJAMENTO E DO JULGAMENTO DA LICITAÇÃO RELACIONADOS COM A PLANILHA DE CUSTOS DE ACORDO COM A IN Nº 05/2017 SEGES/MP – PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DO TCU

e dos indicadores estatísticos decorrentes de


eventos incertos. nº 04

D ic a Verificar a exequibilidade da produtividade


adotada, se for o caso.
nº 05
Observar o preço máximo estabelecido em edital
e o referencial mínimo previsto nas portarias em: Dica
<https://www.comprasgovernamentais.gov.br/i
ndex.php/cadernos-tecnicos-e-valores-limites> nº 06

Na dúvida sobre valores e percentual cotados, o


caminho é diligenciar para compreender os
motivos e as justificativas da formação da
D ic a composição da planilha e do preço proposto.
nº 07 Nunca se deve desclassificar de plano a
proposta, sem conceder ao licitante a
oportunidade para demonstrar a exequibilidade
de seu preço. Dica
A orientação é priorizar a correção e o
saneamento da planilha, desde que o preço
global seja exequível (suficiente para arcar com
Dica
todos os custos da contratação) e não haja nº 08
majoração do preço global ofertado.

102
AULAS 2 ❘ 3 ❘ 4

Aspectos trabalhistas e previdenciários


na elaboração da planilha de custos e
formação de preços de
acordo com a estrutura da IN nº 05/2017
e os impactos da reforma trabalhista

Professora:

Isis Chamma Doetzer


Advogada. Mestre pela FAE Centro
Universitário. Pós-Graduada pela Aca-
demia Paranaense de Estudos Jurídi-
cos. Consultora e instrutora de cursos.
Professora da FAE Centro Universitá-
rio, da Escola Superior de Advocacia,
da Pós-Graduação da UniCuritiba e da
ESIC do Paraná e de Santa Catarina.
Autora de diversos artigos jurídicos.
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CONTEXTUALIZAÇÃO

Relação entre o Direito do Trabalho, a Previdência Social e a


elaboração da planilha de preços

D Contratação de serviços – Procedimento licitatório regular

D Respeito e cumprimento à legislação – Escolha do parceiro idôneo

D Objetivo da planilha: demonstrar o custo dos trabalhadores da em-


presa contratada

IN nº 05/2017
ANEXO I - DEFINIÇÕES
XV - PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS: documento
a ser utilizado para detalhar os componentes de custo que inci-
dem na formação do preço dos serviços, podendo ser adequado
pela Administração em função das peculiaridades dos serviços a
que se destina, no caso de serviços continuados.

D Modelo adotado: Anexo VII-D da IN nº 05/2017, com as alterações


da IN nº 07/2018

104
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

A planilha de custos é formada por


Alerta:
cálculos que retratam custos com
direitos trabalhistas (entre eles o
ATENÇÃO FGTS) dos empregados da contratada,
além de custos com algumas
obrigações previdenciárias. Daí a
importância de compreender a lógica
da formação do preço!

Alterações na legislação que devem ser conhecidas para a formação


do preço

D A planilha de custos no cenário de alterações trabalhistas – O que


deve ser previamente conhecido?

105
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

2017-2019
A reforma trabalhista, principalmente a Lei
Cuidado 13.467/2017, promoveu grandes alterações
trabalhistas que impactaram mudança na
nº 01 forma dos cálculos.
A MP nº 808, de novembro de 2017, alterou a
reforma, mas vigorou apenas até 23/04/2018.
A MP nº 881, posteriormente convertida na Lei
nº 13.874/2019 também trouxe importantes
alterações.

2019-2020
A MP nº 905/2019 alterou vários pontos da CLT e Cuidado
instituiu o contrato de trabalho “verde e
amarelo” nº 02
A Lei nº 13.932/2019 extinguiu, a contar de
01/01/2020, a contribuição social de 10% devida
pelos empregadores em caso de despedida sem
justa causa.
A MP nº 905/2019 deveria ser votada até 20 de
abril de 2020. Como não foi votada, perdeu sua
eficácia.

2020 - Pandemia
Cuidado Lei nº 13.979/2020 (medidas de enfrentamento)
nº 03 e Decreto Legislativo nº 6/2020 (reconhece
Estado de Calamidade Pública - efeitos até
31/12/2020)
MP nº 927/2020 vigorou até 19/07/2020 – várias
medidas
MP nº 936/2020 (convertida na Lei nº 14.020/2020),
Decreto nº 10.422/2020 – redução salário/jornada e
suspensão contratual – e Decreto nº 10.470/2020.

Contratos de emprego firmados


REFORMA antes da vigência da lei –
TRABALHISTA Atentar para decisões do
Judiciário trabalhista

106
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E


FORMAÇÃO DE PREÇOS

COMPREENSÃO DO CUSTO DA MÃO DE OBRA NA PLANILHA E A


LÓGICA DOS CÁLCULOS

D Planilha da IN nº 05/2017.

D A Administração deve conhecer o custo da mão de obra para ane-


xar a planilha ao edital e, após a apresentação da planilha pelos
licitantes, julgar a proposta mais vantajosa.

Lógica do cálculo da planilha


1º PASSO
Em quais itens é necessário o dado indicador
antes do cálculo?
Melhor prática: histórico indicador dos contratos
vivenciados.

2º PASSO
Conhecimento do instituto trabalhista/previdenciário
para compreensão da formação e do julgamento da
planilha.

3º PASSO
Realização dos cálculos.

4º PASSO
Análise dos dados indicadores referenciais e dos
cálculos apresentados na planilha do licitante por
ocasião do julgamento da licitação.

107
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

VISÃO GERAL DA PLANILHA DE ACORDO COM A ESTRUTURA


DA IN Nº 05/2017, COM AS ALTERAÇÕES DA IN Nº 07/2018
D Demonstração dos itens da planilha com menção à necessidade de
fonte de dados indicadores referenciais

Legenda
Necessidade de fonte dos dados dos indicadores referenciais (RI)

ANEXO VII-D – MODELO DE PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS


Nº Processo

Licitação Nº

Dia / / às : horas

DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS (DADOS REFERENTES À CONTRATAÇÃO)

A Data de apresentação da proposta (dia/mês/ano)

B Município/UF

Ano Acordo, Convenção ou Sentença Normativa em


C
Dissídio Coletivo

D Nº de meses de execução contratual

IDENTIFICAÇÃO DO SERVIÇO
TIPO DE UNIDADE DE QUANTIDADE TOTAL A CONTRATAR
SERVIÇO MEDIDA (EM FUNÇÃO DA UNIDADE DE MEDIDA)

Nota 1: Esta tabela poderá ser adaptada às características do serviço contratado, inclusive no que concerne às rubricas
e suas respectivas provisões e/ou estimativas, desde que haja justificativa.
Nota 2: As provisões constantes desta planilha poderão ser desnecessárias quando se tratar de determinados serviços
que prescindam da dedicação exclusiva dos trabalhadores da contratada para com a Administração.

108
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULOS

MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO CONTRATUAL

DADOS COMPLEMENTARES PARA COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS REFERENTE À MÃO


DE OBRA

Tipo de serviço (mesmo serviço com


1
características distintas)

2 Classificação Brasileira de Ocupações (CBO)

3 Salário normativo da categoria profissional

Categoria profissional (vinculada à execução


4
contratual)

5 Data-base da categoria (dia/mês/ano)

Nota 1: Deverá ser elaborado um quadro para cada tipo de serviço.


Nota 2: A planilha será calculada considerando o valor mensal do empregado.

MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO (Redação alterada pela IN nº 07/2018


SEGES/MP)

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base

B Adicional de Periculosidade

C Adicional de Insalubridade

D Adicional Noturno

E Adicional de Hora Noturna Reduzida

F Outros (especificar)

Total

Nota 1: O Módulo 1 refere-se ao valor mensal devido ao empregado pela prestação do serviço no período de 12 meses.

109
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 2: ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS

Submódulo 2.1 - 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e Adicional de Férias


13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E
2 .1 VALOR (R$)
ADICIONAL DE FÉRIAS
A 13º (décimo terceiro) Salário
B Férias e Adicional de Férias
TOTAL
Nota 1: Como a planilha de custos e formação de preços é calculada mensalmente, provisiona-se proporcionalmente
1/12 (um doze avos) dos valores referentes a gratificação natalina, férias e adicional de férias. (Redação alterada pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).
Nota 2: O adicional de férias contido no Submódulo 2.1 corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração, que, por sua
vez, é divido por 12 (doze), conforme Nota 1 acima.
Nota 3: Levando em consideração a vigência contratual prevista no art. 57 da Lei nº 8.666, de 23 de junho de 1993,
a rubrica férias tem como objetivo principal suprir a necessidade do pagamento das férias remuneradas ao final do
contrato de 12 meses. Esta rubrica, quando da prorrogação contratual, torna-se custo não renovável. (Incluído pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).

Submódulo 2.2 - Encargos Previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por


Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições
2.2 GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES % VALOR (R$)
A INSS 20,00%
B Salário Educação 2,50%
C SAT
D SESC ou SESI 1,50%
E SENAI - SENAC 1,00%
F SEBRAE 0,60%
G INCRA 0,20%
H FGTS 8,00%
TOTAL
Nota 1: Os percentuais dos encargos previdenciários, do FGTS e demais contribuições são aqueles estabelecidos pela
legislação vigente.
Nota 2: O SAT a depender do grau de risco do serviço irá variar entre 1% para risco leve, 2% para risco médio e 3%
para risco grave.
Nota 3: Esses percentuais incidem sobre o Módulo 1, o Submódulo 2.1. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº 7,
Seges/MP, de 20.09.2018).

110
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Submódulo 2.3 - Benefícios Mensais e Diários

2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS VALOR (R$)

A Transporte

B Auxílio-Refeição/Alimentação

C Assistência Médica e Familiar

D Outros (especificar) (RI)

TOTAL
Nota 1: O valor informado deverá ser o custo real do benefício (descontado o valor eventualmente pago pelo empre-
gado).
Nota 2: Observar a previsão dos benefícios contidos em acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho e aten-
tar-se ao disposto no art. 6º desta Instrução Normativa.

Quadro-Resumo do Módulo 2 - Encargos e Benefícios anuais, mensais e


diários

ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E


2 VALOR (R$)
DIÁRIOS

2.1 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e Adicional de Férias

2.2 GPS, FGTS e outras contribuições

2.3 Benefícios Mensais e Diários

TOTAL

111
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO (Redação alterada pela IN nº 07/2018 SEGES/MP)

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado (RI) 

B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio


C
Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado (RI)

Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o


E
Aviso-Prévio Trabalhado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio


F
Trabalhado

TOTAL

MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO PROFISSIONAL AUSENTE


Nota 1: Os itens que contemplam o módulo 4 se referem ao custo dos dias trabalhados pelo repositor/substituto,
quando o empregado alocado na prestação de serviço estiver ausente, conforme as previsões estabelecidas na legis-
lação. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).

Submódulo 4.1 - Substituto nas Ausências Legais (Redação alterada pela IN nº 07/2018 Seges/MP)
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)

A Substituto na cobertura de férias

B Substituto na cobertura de ausências legais (RI)

C Substituto na cobertura de licença-paternidade (RI)

D Substituto na cobertura de ausência por acidente de trabalho (RI)

E Substituto na cobertura de afastamento maternidade (RI)

F Substituto na cobertura de outras ausências (especificar) (RI)

TOTAL

112
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Submódulo 4.2 - Substituto Na Intrajornada (Redação alterada pela IN nº 07/2018 Seges/MP)

4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA VALOR (R$)

Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou


A
alimentação

TOTAL

QUADRO-RESUMO DO MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO


PROFISSIONAL AUSENTE (Redação alterada pela IN nº 07/2018 Seges/MP)

CUSTO DE REPOSIÇÃO DO PROFISSIONAL


4 VALOR (R$)
AUSENTE

4.1 Substituto nas ausências legais

4.2 Substituto nas intrajornada

TOTAL

MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS

5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)

A Uniformes

B Materiais

C Equipamentos

D Outros (especificar)

TOTAL
Nota: Valores mensais por empregado.

113
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO

CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E


6 % VALOR (R$)
LUCRO

A Custos Indiretos

B Lucro

C Tributos

  C.1. Tributos Federais (especificar)

  C.2. Tributos Estaduais (especificar)

  C.3. Tributos Municipais (especificar)

TOTAL
Nota 1: Custos Indiretos, Tributos e Lucro por empregado.
Nota 2: O valor referente a tributos é obtido aplicando-se o percentual sobre o valor do faturamento.

QUADRO-RESUMO DO CUSTO POR EMPREGADO (Redação alterada pela IN


nº 07/2018 Seges/MP)

MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO CONTRATUAL (R$)

A Módulo 1 - Composição da Remuneração Valor

B Módulo 2 - Encargos e Benefícios Anuais, Mensais e Diários

C Módulo 3 - Provisão para Rescisão

D Módulo 4 - Custo de Reposição do Profissional Ausente

E Módulo 5 - Insumos Diversos

Subtotal (A + B +C+ D + E)

F Módulo 6 - Custos Indiretos, Tributos e Lucro

VALOR TOTAL POR EMPREGADO

114
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CONTROLES INTERNOS PARA TRATAMENTO


DOS RISCOS DE DESCUMPRIMENTO
DE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS,
PREVIDENCIÁRIAS E RELATIVAS AO FGTS DA
CONTRATADA – PREVISÃO DA IN Nº 05/2017
– SERVIÇOS COM DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE
MÃO DE OBRA – IMPACTOS NA PLANILHA

DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA – TRATAMENTO DO


RISCO

Previsão – Decreto nº 9.507/2018 (arts. 6º e 8º) – Pagamento dos ser-


viços mediante ocorrência de fato gerador ou instituição de depósito
em conta-vinculada

IN nº 05/2017 – Critérios adotados pelos controles internos para trata-


mento do risco: conta depósito-vinculada ou fato gerador

115
INSTRUMENTOS DE CONTROLE INTERNO PARA A GESTÃO DO RISCO TRABALHISTA NAS TERCEIRIZAÇÕES

CONTA VINCULADA BLOQUEADA PARA MOVIMENTAÇÃO PAGAMENTO PELO FATO GERADOR

O que é? D A conta-depósito vinculada – bloqueada para Tal metodologia visa garantir que a
movimentação é um instrumento de gestão e Administração se responsabilize tão
gerenciamento de riscos para as contratações de serviços somente pelo pagamento dos custos
continuados com dedicação exclusiva de mão de obra decorrentes de eventos efetivamente
pela Administração Pública Federal direta, autárquica e ocorridos, mitigando pagamentos
fundacional. dos custos estimados existentes nas
D O principal objetivo desse instituto reside na garantia propostas de prestação de serviços
de existência de saldo financeiro para fazer frente que, muitas vezes, não se realizam,
aos encargos trabalhistas devidos aos funcionários a exemplo de valores para rescisão,
contratados pelas empresas terceirizadas para a prestação ausências legais e auxílios maternidade
de serviços em órgãos e entidades. e paternidade, entre outros.
(Caderno de Logística – Pagamento
D Destina-se exclusivamente à provisão dos valores
pelo Fato Gerador)
referentes ao pagamento das férias, 1/3 constitucional
de férias e 13º salário, dos encargos previdenciários
incidentes sobre as rubricas citadas, bem como dos valores
devidos em caso de pagamento de multa sobre o saldo
do FGTS na demissão sem justa causa, dos funcionários da
empresa contratada que se encontram alocados no órgão.
Dessa maneira, os recursos ficam resguardados e somente
serão liberados com expressa autorização do órgão
contratante, mediante comprovação das despesas por
parte da empresa, não constituindo, portanto, um fundo
de reserva.
(Caderno de Logística – Conta Vinculada)
116
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Decreto nº 9.507/2018, art. 8º D Decreto nº 9.507/2018, art. 8º


D IN nº 05/2017, art. 18, Anexo VII-B – D IN nº 05/2017, art. 18, Anexo VII-B – Diretrizes específicas
Fundamento Diretrizes específicas para elaboração para elaboração do ato convocatório
normativo do ato convocatório e Anexo XII -
Conta-depósito vinculada - bloqueada
para movimentação
Anexo XII da IN nº 05/2017 Montante 1: pagamento mês a mês (Anexo VII-B – Item 1.7,
O montante dos depósitos da conta- alínea “a”, da IN nº 05/2017):
depósito vinculada - bloqueada para D 1. Módulo 1: Composição da Remuneração;
movimentação será igual ao somatório D 2. Submódulo 2.2: Encargos Previdenciários e FGTS;
dos valores das seguintes provisões/ D 3. Submódulo 2.3: Benefícios Mensais e Diários;
percentuais:
D 4. Submódulo 4.2: Intrajornada;
D 13º (décimo terceiro) salário – 8,33%
D 5. Módulo 5: Insumos; e
D férias e 1/3 (um terço) constitucional
D 6. Módulo 6: Custos Indiretos, Tributos e Lucro (CITL), que
de férias – 12,10%
Envolvem quais será calculado tendo por base as alíneas acima.
D multa sobre o FGTS e contribuição
rubricas? Montante 2: pagamento na ocorrência do direito (Anexo
social para as rescisões sem justa
VII-B – Item 1.7, alíneas “b” e “c”, da IN nº 05/2017):
causa – 5%*; e
D Valores referentes a férias, 1/3 (um terço) de férias
D incidência do Submódulo 2.2 sobre
previsto na Constituição, 13º (décimo terceiro) salários,
férias, 1/3 e 13º salário – 7,39% -
ausências legais, verbas rescisórias, devidos aos
7,60% - 7,82%
trabalhadores, bem como outros de evento futuro e
incerto, não serão parte integrante dos pagamentos
mensais à contratada, devendo ser pagos pela
Administração à contratada somente na ocorrência do
seu fato gerador.
117
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Sim
Previsão edital Sim
(Regras sobre as tarifas bancárias)

Escolha Escolha de um dos critérios mediante avaliação de custo benefício.

Elaboração da Percentuais previstos na IN – Tabela do


planilha da fase de Anexo XII da IN nº 05/2017 Percentuais levantados em pesquisa e históricos dos
planejamento (P1) (Judiciário – percentuais devem ser contratos.
– Administração previstos em edital)

D Percentual de acordo com a realidade de cada empresa.


Elaboração da Percentuais previstos na IN – Tabela do
planilha/proposta Anexo XII da IN nº 05/2017 D Os encargos que dependem de percentual de incidência
na licitação (P3) – devem ser cotados pela empresa e considerados no
(Judiciário – Percentuais devem ser
Licitante julgamento. O pagamento do Montante 2, na ocorrência
previstos em edital)
do direito, estará limitado aos percentuais cotados.

118
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Discriminação dos valores provisionados – Percentuais e


rubricas

> Administração Pública em geral – IN nº 05/2017,


ANEXO XII, item 14
RESERVA MENSAL PARA O PAGAMENTO DE ENCARGOS TRABALHISTAS –
PERCENTUAIS INCIDENTES SOBRE A REMUNERAÇÃO
ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento)

Férias e 1/3 Constitucional 12,10% (doze vírgula dez por cento)

**Multa sobre FGTS e contribuição


social sobre o aviso-prévio indenizado **5,00% (cinco por cento)
e sobre o aviso-prévio trabalhado

25,43% (vinte e cinco vírgula quarenta e três por


Subtotal
cento)

Incidência do Submódulo 2.2 sobre 7,39% (sete 7,60% (sete 7,82% (sete
férias, 1/3 (um terço) constitucional de vírgula trinta e vírgula seis vírgula oitenta e
férias e 13º (décimo terceiro) salário* nove por cento) por cento) dois por cento)

33,03%
32,82% (trinta 33,25% (trinta
(trinta e
e dois vírgula e três vírgula
Total três vírgula
oitenta e dois vinte e cinco por
zero três por
por cento) cento)
cento)
*Considerando as alíquotas de contribuição de 1% (um por cento), 2% (dois por cento) ou 3% (três por cento) referentes ao
grau de risco de acidente do trabalho, previstas no inc. II do art. 22 da Lei nº 8.212/1991.
Atenção: **A Lei nº 13.932/2019 extingue a contribuição social. Por esse motivo, o percentual de reserva mensal para fazer
frente à multa sobre o FGTS e à contribuição social de 5% na tabela acima deve ser adaptado para 4%. Nesse sentido, ver no-
tícia no seguinte endereço eletrônico: www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/1238-extincao-contribuicao-social-
-sobre-o-fgts.

119
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Em síntese, a Secretaria de Gestão orienta os órgãos e as entidades da


Administração Pública federal, autárquica e fundacional, no que tange
à conta vinculada, o que segue:

“ (i) Nos contratos vigentes/em andamento: [...]


b) No caso da Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada
para Movimentação, apresentado no item 14 do
Anexo XII da IN nº 5, de 2017, proceder a adequação
de planilha de formação de preços, desde 1º de
janeiro de 2020, referente à "Multa sobre FGTS e
contribuição social sobre o aviso prévio indenizado
e sobre o aviso prévio trabalhado". O percentual
que antes era de 5% (cinco por cento) passa a ser de
4% (quatro por cento).
(ii) Para as novas contratações: [...]
b) Para a Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada
para Movimentação, adequar a planilha de formação
de preços, observado o percentual explicado na
alínea ‘b’ do item (i) acima.”

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> Referenciais para a definição dos percentuais

IN CJF nº 01/2016
Anexo - Quadro-resumo das retenções a serem realizadas nas con-
tratações de mão de obra residente nas dependências do órgão
PERCENTUAIS PARA CONTINGENCIAMENTO DE ENCARGOS TRABALHISTAS A
SEREM APLICADOS SOBRE A NF

VARIAÇÃO RAT AJUSTADO 0,50% A 6,00%

TÍTULO EMPRESAS SIMPLES

MÍNIMO MÁXIMO MÍNIMO MÁXIMO


Grupo A - Submódulo 4.1 - IN nº
34,30% 39,80% 28,50% 34,00%
02/08 MPOG:
RAT 0,50% 6,00% 0,50% 6,00%
13º salário 9,09 9,09 9,09 9,09
Férias 9,09 9,09 9,09 9,09
1/3 Constitucional 3,03 3,03 3,03 3,03
Subtotal 21,21 21,21 21,21 21,21
Incidência do Grupo A* 7,28 8,44 6,04 7,21
***Multa do FGTS 4,36 4,36 4,36 4,36

Encargos a contingenciar 32,85 34,01 31,61 32,78


Taxa da conta deposito vinculada
(inc. IV, art. 3º da IN)**
Total a contingenciar
* A incidência recai sobre as verbas de 13º salário, férias e 1/3 constitucional, variando de acordo com o RAT ajustado
da empresa.
** Caso o contrato firmado entre a empresa e o banco oficial tenha precisão de desconto da taxa de abertura e manu-
tenção diretamente na conta-depósito vinculada, esse valor deverá ser retido da fatura e devolvido à conta-depósito
vinculada, nos termos do inc. VIII do art. 17 da Resolução CNJ nº 169/2013.
*** Observar que o percentual de 4,36 comportava a incidência da Contribuição Social (10%), que, atualmente, en-
contra-se revogada, desde janeiro de 2020, pela Lei nº 13.932/2019, art. 12.

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IN STJ Nº 15/2019 – ANEXO I


PERCENTUAIS PARA CONTINGENCIAMENTO DE ENCARGOS TRABALHISTAS A SEREM
APLICADOS SOBRE A REMUNERAÇÃO
VARIAÇÃO RAT AJUSTADO 0,50% A 6,00%
OPTANTES DA
TÍTULO OUTROS CONTRIBUIÇÃO
OPTANTES DO
REGIMES DE PREVIDENCIÁRIA
SIMPLES
TRIBUTAÇÃO SOBRE A RECEITA
BRUTA
Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín.
34,30% 39,80% 28,50% 34,00% 14,30% 19,80%
0,50% 6,00% 0,50% 6,00% 0,50% 6,00%
13º salário 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33%
Férias 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33% 8,33%
1/3 Constitucional 2,78% 2,78% 2,78% 2,78% 2,78% 2,78%
Subtotal 19,44% 19,44% 19,44% 19,44% 19,44% 19,44%
Incidência do Mód. 4.1 (encargos
previdenciários e FGTS e outras
6,67% 7,74% 5,54% 6,61% 2,78% 3,85%
contribuições) sobre férias +1/3 e
13º salário
*Multa do FGTS incidente sobre
a remuneração, férias +1/3 e 13º 4,30% 4,30% 4,30% 4,30% 4,30% 4,30%
salário
Encargos a contingenciar 30,41% 31,48% 29,28% 30,35% 26,52% 27,59%
Taxa da conta depósito vinculada
Total a contingenciar
1) A retenção em conta-depósito vinculada incidirá sobre os valores das rubricas previstas no art. 4º da Resolução CNJ
nº 169/2013.
2) No primeiro e no último mês de vigência do contrato, a Administração reterá integralmente a parcela relativa aos
encargos de férias e 13º salário, quando a prestação de serviços for igual ou superior a 15 dias.
3) Eventuais despesas para abertura e manutenção da conta-depósito vinculada deverão ser suportadas pelos custos
administrativos constantes na proposta comercial da contratada.
4) Os valores referentes à abertura da conta-depósito vinculada, à sua manutenção e às demais taxas serão retidos do
pagamento mensal devido à contratada e creditados na conta, caso o banco oficial promova o desconto diretamente na
conta.
5) Os saldos da conta depósito vinculada serão remunerados pelo índice de poupança.
* Observar que o percentual de 4,30 comportava a incidência da contribuição social (10%), que, atualmente, encon-
tra-se revogada, desde janeiro de 2020, pela Lei nº 13.932/2019, art. 12.

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PLANILHA DE CUSTOS E COMPOSIÇÃO DE


PREÇOS

MÓDULO 1 – COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

SALÁRIO-BASE
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
ADICIONAL NOTURNO
ADICIONAL DE HORA NOTURNA REDUZIDA
OUTROS (ESPECIFICAR)

SALÁRIO-BASE

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


A Salário-Base
Nota 1: O Módulo 1 refere-se ao valor mensal devido ao empregado pela prestação do serviço no período de 12 meses.

Salário (CLT, arts. 457 e 458) – Salário-utilidades –


Parcelas não integrantes
D A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não apresenta conceitos
específicos de salário e de remuneração. Por sua vez, a doutrina con-
vencionou denominar "salário" tudo aquilo que é devido e pago di-
retamente ao empregado pelo empregador. Já a "remuneração" é
entendida como o montante que o empregado recebe de seu em-
pregador acrescido do montante que recebe de terceiros.

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D Muito embora a CLT não apresente conceitos de salário e de remune-


ração, o art. 457, caput, disciplina que a remuneração é composta pelo
salário acrescido das gorjetas, e seu § 1º traz a composição salarial.

O QUE É O QUE NÃO É


O QUE É SALÁRIO
SALÁRIO SALÁRIO

Fixo, gratificações legais e Diárias para viagem (CLT, art. 457, § 2º)
comissões (CLT, art. 457, § 1º) Abonos (CLT, art. 457, § 2º)
Salário in natura (CLT, art. 458, Ajuda de custo (CLT, art. 457, § 2º)
caput)
Prêmios – Liberalidades em forma de bens,
Alimentação, habitação e outras serviços ou valores em dinheiro a empregado
verbas que a empresa, por força do ou grupo de empregados, em razão do
contrato ou do costume, conceder desempenho superior ao ordinariamente
com habitualidade, exceto aquelas esperado no exercício de suas atividades. (CLT,
que a lei excepciona. art. 457, §§ 2º e 4º)
Adicionais: salario-condição Utilidades expressas
Auxílio-alimentação (vedado o pagamento
em dinheiro) (CLT, art. 457, § 2º)
Assistências médica e odontológica, próprias
ou não, reembolso de despesas com
medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
próteses, órteses, bem como de despesas
médico-hospitalares e similares, mesmo
quando concedidos em diferentes
modalidades de planos e coberturas. (CLT, art.
457, § 5º)

Lembre do princípio da primazia da


Alerta:
realidade do fato – essência do Direito
do Trabalho – e atente para eventuais
ATENÇÃO considerações sobre salário expressas no
corpo do documento coletivo.

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Proporcionalidade no pagamento do salário – Jornada


reduzida x J ornada de trabalho a tempo parcial

D A legislação, em nosso ordenamento jurídico, como regra, prevê um


máximo de contratação diária (8 horas) e semanal normal de trabalho
(44 horas), mas não especifica um mínimo de jornada a ser contratada,
sendo possível, dessa forma, contratar um empregado por menos tem-
po do que o limite máximo, a depender da necessidade de trabalho.

D O salário guarda relação com a jornada desenvolvida. Assim, a depen-


der da necessidade, tanto é possível que o serviço seja prestado por
um trabalhador cuja jornada seja inferior a 44 horas semanais (jornada
reduzida) quanto por um trabalhador que foi contratado a tempo par-
cial. Observe sempre o disposto em documento coletivo de trabalho.

> Jornada reduzida

D Como visto, é possível que o empregado tenha um contrato de tra-


balho com jornada reduzida. Nesse caso, os direitos trabalhistas e
as regras que regem a relação de emprego são os mesmos de qual-
quer outro empregado da organização.

D Os empregados contratados com jornada de trabalho reduzida, por


adequação lógica, desde que inexistente regramento diverso em
documento coletivo da categoria, receberão salário proporcional ao
tempo trabalhado. Todos os demais direitos trabalhistas permane-
cerão iguais, e os empregados poderão realizar normalmente horas
suplementares, compensar as horas suplementares, etc.

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D Nesse sentido é o entendimento do TST:

TST – Orientação Jurisprudencial SDI1 nº 358


SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA
REDUZIDA. EMPREGADO. SERVIDOR PÚBLICO (redação altera-
da na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.2.2016) – Res.
202/2016, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.02.2016
I - Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida,
inferior à previsão constitucional de oito horas diárias ou qua-
renta e quatro semanais, é lícito o pagamento do piso salarial ou
do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.

> Jornada a tempo parcial

D O contrato de trabalho a tempo parcial, pode ser firmado por


até 26 horas semanais (com possibilidade de realização de até
6 horas extras por semana) ou até 30 horas semanais (sem pos-
sibilidade de realização de horas extras). Quando possíveis, as
horas extras poderão ser compensadas diretamente até a se-
mana imediatamente posterior à de sua execução, ou deverão
ser quitadas na folha de pagamento do mês subsequente (caso
não sejam compensadas).

D O pagamento do salário será realizado de forma proporcional.

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Quais os cuidados principais?


Alerta:
Não confundir com trabalho
intermitente.
ATENÇÃO
Cautelas – Possibilidade de contratação
sem as especificidades desse contrato.

? Pergunta: E o que é um trabalho


intermitente?

> Trabalho intermitente

D Contrato de trabalho intermitente – Prestação de serviços com


subordinação não é contínua – Alterna períodos de prestação
de serviços e de inatividade – Determinados em horas, dias ou
meses – Qualquer que seja a atividade do empregado e do em-
pregador, exceto para os aeronautas.

D Contrato celebrado por escrito, com previsão do valor hora de


trabalho. Valor hora de trabalho: não poderá ser inferior ao va-
lor hora do salário mínimo ou àquele devido aos demais em-
pregados do estabelecimento que exerçam a mesma função
em contrato intermitente ou não.

D Convocação do empregador:

- Qualquer meio de comunicação eficaz – Informação da jorna-


da – Prazo: pelo menos 3 dias corridos de antecedência.

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D Resposta do empregado:

- Prazo – 1 dia útil da convocação – Silêncio – Presumida a re-


cusa.

- Recusa – Não descaracteriza a subordinação.

D Aceite da oferta para o comparecimento ao trabalho e posterior


descumprimento sem justo motivo – Obrigação, da parte que
descumprir, de pagar em 30 dias-multa de 50% da remunera-
ção que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.

D Recebimento imediato – Ao final de cada período:

- remuneração;

- férias proporcionais + 1/3;

- 13º proporcional;

- repouso semanal remunerado;

- adicionais legais.

D O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos va-


lores pagos relativos a cada uma das referidas parcelas.

D A cada 12 meses – Direito a usufruir 1 mês de férias nos 12 me-


ses seguintes – Não poderá ser convocado para prestar serviços
pelo mesmo empregador.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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D Período de inatividade:

- não é tempo à disposição do empregador – não será remune-


rado;

- possibilidade de prestação de serviços a outros tomadores em


qualquer modalidade de contrato de trabalho (intermitente
ou não).

D Empregador – Recolhimento de INSS e FGTS sobre os valores


pagos no período mensal – Fornecimento de comprovante ao
empregado.

A Portaria nº 349, de 23 de maio de


Alerta:
2018, do Ministério do Trabalho, ao
estabelecer regras voltadas à execução
ATENÇÃO da Lei nº 13.467/2017, versa sobre a
dinâmica do trabalho intermitente.

É possível que essa forma de


contratação seja mais utilizada para
fazer frente às substituições.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Trabalho intermitente – Quadro comparativo – Reforma


trabalhista

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

Art. 443. O contrato Art. 443. O contrato individual de


individual de trabalho trabalho poderá ser acordado tácita
poderá ser acordado ou expressamente, verbalmente ou
tácita ou expressamente, por escrito, por prazo determinado ou
verbalmente ou por escrito indeterminado, ou para prestação de
e por prazo determinado ou trabalho intermitente.
indeterminado.
§ 3º Considera-se como intermitente o
contrato de trabalho no qual a prestação
de serviços, com subordinação, não é
contínua, ocorrendo com alternância de
períodos de prestação de serviços e de
inatividade, determinados em horas, dias
ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador,
exceto para os aeronautas, regidos por
legislação própria.
Art. 452-A. O contrato de trabalho
intermitente deve ser celebrado por escrito
e deve conter especificamente o valor da
hora de trabalho, que não pode ser inferior
ao valor horário do salário mínimo ou
àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma
função em contrato intermitente ou não.
§ 1º O empregador convocará, por
qualquer meio de comunicação eficaz, para
a prestação de serviços, informando qual
será a jornada, com, pelo menos, três dias
corridos de antecedência.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

§ 2º Recebida a convocação, o empregado


terá o prazo de um dia útil para responder
ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a
recusa.
§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza
a subordinação para fins do contrato de
trabalho intermitente.
§ 4º Aceita a oferta para o comparecimento
ao trabalho, a parte que descumprir,
sem justo motivo, pagará à outra parte,
no prazo de trinta dias, multa de 50%
(cinquenta por cento) da remuneração que
seria devida, permitida a compensação em
igual prazo.
§ 5º O período de inatividade não será
considerado tempo à disposição do
empregador, podendo o trabalhador
prestar serviços a outros contratantes.
§ 6º Ao final de cada período de prestação
de serviço o empregado receberá o
pagamento imediato das seguintes
parcelas:
I – remuneração;
I – férias proporcionais com acréscimo de
um terço;
III – décimo terceiro salário proporcional;
V – repouso semanal remunerado; e
V – adicionais legais.
§ 7º O recibo de pagamento deverá conter
a discriminação dos valores pagos relativos
a cada uma das parcelas referidas no § 6º
deste artigo.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

§ 8º O empregador efetuará o recolhimento


da contribuição previdenciária e o depósito
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço,
na forma da lei, com base nos valores
pagos no período mensal e fornecerá ao
empregado comprovante do cumprimento
dessas obrigações.
§ 9º A cada doze meses o empregado
adquire direito a usufruir, nos doze meses
subsequentes, um mês de férias, período
no qual não poderá ser convocado para
prestar serviços pelo mesmo empregador.

Adequação do salário ao documento coletivo

D Importância para a formatação da planilha

D Negociação coletiva: consenso de normas aplicáveis a empregados


e empregadores

D Instrumentos da negociação – Documentos coletivos (acordo, con-


venção ou dissídio)

132
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Documento coletivo de trabalho – Acordo ou convenção


coletiva – Utilização para elaborar a planilha de custos

Convenção coletiva de trabalho (CCT)

Sindicato dos Sindicato dos


empregados empregadores

Abrangência:
toda a categoria

Acordo coletivo de trabalho (ACT)

Uma ou mais Um ou mais


empresas sindicatos

Abrangência:
somente quem
negociou

D Obs.: a falta de negociação pode ensejar dissídio coletivo e,


nesse caso, teremos uma sentença normativa.
133
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

A reforma trabalhista disciplinou que a


Alerta:
CCT e o ACT prevalecem sobre a lei (art.
611-A da CLT) e que o ACT prevalece
ATENÇÃO sobre a CCT (art. 620 da CLT)

Não deixe de observar: veja o que pode


e o que não pode ser negociado no
documento coletivo (arts. 611-A e 611-B
da CLT)

Veja com atenção a regra do § 3º do art.


614 da CLT sobre a ultratividade das
normas coletivas

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Acordos e convenções coletivas de trabalho – Quadro


comparativo – R eforma trabalhista

REDAÇÃO
REFORMA: LEI Nº 13.467/2017
DA CLT

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de


trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros,
dispuserem sobre:
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites
constitucionais;
II - banco de horas anual;
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de
trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; a
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata
a Lei 13.189, de 19 de novembro de 2015;
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a
condição pessoal do empregado, bem como identificação
dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI - regulamento empresarial;
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho
intermitente;
IX - remuneração por produtividade, incluídas gorjetas
percebidas pelo empregado, e remuneração por
desempenho individual;
X - modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI - troca do dia de feriado;
XII - enquadramento do grau de insalubridade;
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem
licença prévia das autoridades competentes do Ministério do
Trabalho;
XIV - prêmios de incentivo em bens ou serviços,
eventualmente concedidos em programas de incentivo;
XV - participação nos lucros ou resultados da empresa.

135
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO
REFORMA: LEI Nº 13.467/2017
DA CLT

§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a


jornada, a convenção coletiva ou o acordo coletivo de
trabalho deverão prever a proteção dos empregados
contra dispensa imotivada durante o prazo de vigência do
instrumento coletivo.
Art. 611-B Constituem objeto ilícito de convenção coletiva
ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a
supressão ou a redução dos seguintes direitos:
I - normas de identificação profissional, inclusive as
anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego
involuntário;
III - valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
IV - salário mínimo;
V - valor nominal do décimo terceiro salário;
VI - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VII - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime
sua retenção dolosa;
VIII - salário- família;
IX - repouso semanal remunerado;
X - remuneração do serviço extraordinário superior, no
mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à do normal;
XI - número de dias de férias devidas ao empregado;
XII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
um terço a mais do que o salário normal;
XIII - licença-maternidade com a duração mínima de cento e
vinte dias;
XIV - licença- paternidade nos termos fixados em lei;
XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei;

136
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO
REFORMA: LEI Nº 13.467/2017
DA CLT

XVI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo


no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XVII - normas de saúde, higiene e segurança do trabalho
previstas em lei ou em normas regulamentadoras do
Ministério do Trabalho;
XVIII - adicional de remuneração para as atividades
penosas, insalubres ou periculosas; XIX - aposentadoria;
XX - seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do
empregador;
XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos
após a extinção do contrato de trabalho;
XXII - proibição de qualquer discriminação no tocante
a salário e critérios de admissão do trabalhador com
deficiência;
XXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
a menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz,
a partir dos quatorze anos;
XXIV - medidas de proteção legal de crianças e
adolescentes;
XXV - igualdade de direitos entre o trabalhador com
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;
XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical
do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem
sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou
desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho;
XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores
decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os
interesses que devam por meio dele defender;

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ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

XXVIII - definição legal sobre os


serviços ou atividades essenciais
e disposições legais sobre o
atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade em caso
de greve;
XXIX - tributos e outros créditos de
terceiros;
XXX - disposições previstas nos arts.
373- A, 390, 392, 392- A, 394, 394-A,
395, 396 e 400 desta Consolidação.
Parágrafo único. Regras sobre
duração do trabalho e intervalos
não são consideradas como normas
de saúde, higiene e segurança do
trabalho para os fins do disposto
neste artigo.
Art. 614. Os Sindicatos convenentes
ou as empresas acordantes
promoverão, conjunta ou
separadamente, dentro de 8 (oito)
dias da assinatura da Convenção
ou Acordo, o depósito de uma via
do mesmo, para fins de registro e
arquivo, no Departamento Nacional
do Trabalho, em se tratando de
instrumento de caráter nacional
ou interestadual, ou nos órgãos
regionais do Ministério do Trabalho e
Previdência Social, nos demais casos.

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REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

§ 1º As Convenções e os Acordos
entrarão em vigor 3 (três) dias após
a data da entrega dos mesmos no
órgão referido neste artigo.
§ 2º Cópias autênticas das
Convenções e dos Acordos deverão
ser afixados de modo visível,
pelos Sindicatos convenentes,
nas respectivas sedes e nos
estabelecimentos das empresas
compreendidas no seu campo de
aplicação, dentro de 5 (cinco) dias
da data do depósito previsto neste
artigo.
§ 3º Não será permitido estipular § 3º Não será permitido estipular
duração de Convenção ou Acordo duração de convenção coletiva
superior a 2 (dois) anos. ou acordo coletivo de trabalho
superior a dois anos, sendo vedada
a ultratividade.

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

Art. 620. As condições estabelecidas Art. 620. As condições estabelecidas


em Convenção quando mais em acordo coletivo de trabalho
favoráveis, prevalecerão sobre as sempre prevalecerão sobre as
estipuladas em Acordo. estipuladas em convenção coletiva
de trabalho.

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> Súmula do TST impactada

D A Súmula nº 277 do TST, antes da reforma, já havia sido sus-


pensa por liminar monocrática do Ministro Gilmar Mendes, na
ADPF nº 323 (Arguição de Descumprimento de Preceito Funda-
mental).

TST – Súmula nº 277


CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE
TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE - RES. 185/2012, DEJT 25,
26 E 27.09.2012
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções co-
letivas integram os contratos individuais de trabalho e somente
poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação co-
letiva de trabalho.

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CASO PRÁTICO!
Vamos trabalhar as regras do
enquadramento sindical!
A Administração realizará licitação para contratação de serviços
de motorista, os quais deverão ser prestados em Ribeirão do
Pinhal/PR. Em razão de seu histórico contratual, a Administração
já sabe que, por vezes, são contratadas empresas cuja atividade
preponderante não é a de motorista, mas de outro ramo de
prestação de serviços, que apresenta um piso salarial vigente de
R$ 1.350,00. Na elaboração da planilha na fase interna da
licitação (Planilha 1), a Administração verificou que o sindicato
dos motoristas de Ribeirão do Pinhal/PR apresenta um piso
salarial maior, de R$ 1.550,00. Considerando também o aspecto
da economicidade, é mais recomendável à Administração formar
seu preço considerando o salário de R$ 1.350,00? Quais cautelas
a Administração deverá tomar para sua decisão?

Premissas para a resposta

É vedado ao Poder Público interferir ou intervir nas questões sindi-


cais.

Constituição Federal
Art. 8º [...]
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação
de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas
ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical;

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II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em


qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econô-
mica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalha-
dores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à
área de um Município;

O documento coletivo que será adotado é o do local da prestação do


serviço.

TST – AIRR nº 651/2008-002-10-40.8 – Oitava Turma


AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. CONVENÇÃO
COLETIVA DE TRABALHO. BASE TERRITORIAL. O Regional concluiu
ser aplicável à reclamante a convenção coletiva do Distrito Federal,
uma vez que este foi o local da prestação dos serviços, não havendo
falar em aplicação da convenção coletiva do Estado de São Paulo.
Essa decisão não viola o art. 620 da CLT, inclusive porque o Regional
relata que a reclamada não comprovou se a norma coletiva de São
Paulo era mais benéfica. Arestos inválidos ou inespecíficos. Agravo
de instrumento conhecido e não provido.
Destaque do voto:
“À luz do princípio da territorialidade, o âmbito de eficácia de uma
convenção coletiva de trabalho é definido com base no efetivo
local da prestação de serviços.
Tendo em vista a extensão e diferenciações regionais vivenciadas
neste país, o princípio da territorialidade visa a atender às condi-
ções de trabalho peculiares ao local da prestação de serviços, sob

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pena de se promover discriminação de tratamento entre traba-


lhadores de uma mesma categoria.”
“O Regional asseverou que o local da prestação de serviços é que
define o campo de aplicação da convenção coletiva de trabalho e,
por conseguinte, manteve a sentença que deferiu à reclamante os
quinquênios assegurados por força de norma coletiva celebrada
pelo Sindicato dos Empregados no comércio do Distrito Federal,
ao argumento de que os serviços foram prestados no âmbito desta
localidade. Assim, concluiu que não há como estender os direitos
previstos na convenção coletiva de São Paulo, como pretende o re-
clamado, ainda que mais benéficos, uma vez que contemplam ape-
nas os integrantes da categoria da respectiva área territorial.”
(Relatora: Dora Maria da Costa; Data do Julgamento: 26/08/2009)

O enquadramento sindical é realizado pela atividade preponderan-


te da empresa prestadora, já que é esta que faz o enquadramento
no sindicato.

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 581. [...]
§ 2º Entende-se por atividade preponderante a que caracterizar
a unidade de produto, operação ou objetivo final, para cuja ob-
tenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente em
regime de conexão funcional.

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Quando a empresa prestadora exerce mais de uma atividade e há a


possibilidade de identificar, entre elas, qual é a preponderante, ela
seguirá o sindicato que representa a atividade preponderante.

TRT 9ª Região – Acórdão nº 6.398/2000 – Terceira


Turma
Ementa
ENQUADRAMENTO SINDICAL. ATIVIDADES EMPRESARIAIS DIVER-
SAS.
[...]
2. Pode ocorrer de o empreendimento se desenvolver através de
vários segmentos que convergem para uma única atividade dita
preponderante. No caso dos autos, verifica-se esta última hipóte-
se, sendo a atividade preponderante a da construção civil, para a
qual convergem os serviços destinados [...].
(Relatora: Rosalie Michaele Bacila Batista; Data do Julgamento: 23/04/2000)

TCU - Acórdão nº 1.097/2019 – Plenário


Voto
11. Discute-se, inicialmente, a possibilidade de utilização por li-
citantes, na elaboração de suas propostas, de norma coletiva do
trabalho diversa daquela utilizada pelo órgão ou entidade licitan-
te para a elaboração do orçamento estimado da contratação. Esse
foi um dos motivos de desclassificação da representante.
[...]

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14. O instrumento convocatório não fixou ou exigiu, como re-


almente não o poderia, a CCT a ser utilizada cogentemente pe-
los licitantes na formação de seus preços. O edital informa quais
convenções coletivas foram utilizadas para fins de orçamentação,
ressalvando, até mesmo, que não seria obrigatória a utilização
dessas pelos licitantes (itens 7.2.3.2.1 e 7.3 do edital).
15. Não obstante, o pregoeiro desclassificou a proposta da empresa
sob o argumento da inaplicabilidade da CCT por ela adotada. [...]
16. A decisão do pregoeiro não encontra amparo nas normas
de regência do certame tampouco na legislação do pregão,
conforme análise abaixo.
[...]
20. No caso concreto, a questão reside, então, em identificar
qual CCT deveria ser utilizada na formação dos preços pelos
proponentes: se aquela pactuada por entidade sindical repre-
sentativa do segmento do negócio vinculado à atividade eco-
nômica preponderante do licitante; ou aquela efetuada por
sindicato que melhor representa a categoria profissional ob-
jeto da contratação. Das manifestações constantes dos autos,
identificam-se correntes interpretativas distintas.
21. Uma no sentido de que o sistema sindical vigente prevê o
enquadramento sindical com base na atividade econômica pre-
ponderante do empregador, no caso aquela que ocupa maior
espaço em seu empreendimento e não pela função do emprega-
do, conforme os artigos 570, 577 e 581, § 2º, da Consolidação das

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Leis do Trabalho (CLT) e do art. 8º, inciso II, da Constituição Fede-


ral, argumento defendido pela representante.
22. A outra, defendida pelo pregoeiro, é no sentido de que, nas
empresas prestadoras de serviços com locação de mão de obra,
não há uma definição clara da atividade preponderante, pois, por
vezes, a empresa fornece mão de obra nos mais variados setores
da atividade produtiva, como, por exemplo, apoio administrativo,
limpeza, brigadista, entre outros. Nesse sentido, aplicar-se-ia em
cada contratação a convenção coletiva dirigida especificamen-
te a esses empregados.
23. Embora a matéria possa ser objeto de alguma controvérsia
ou até mesmo de certa confusão por parte de compradores pú-
blicos, o enquadramento sindical no Brasil é matéria de ordem
pública e decorre de previsão legal, sendo definido, via de re-
gra, pela atividade econômica preponderante do empregador
e não em função da atividade desenvolvida pelo empregado,
nos termos dos normativos acima citados e do § 2º do art. 511 da
CLT. [...]
24. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho vai na li-
nha de que o enquadramento sindical do trabalhador é definido
pela atividade econômica preponderante do empregador. Veja-
-se, para ilustrar, a ementa a seguir do julgado no AIRR - 11390-
49.2016.5.15.0038, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello
Filho, Data de Julgamento: 3/4/2019, 7ª Turma, Data de Publica-
ção: DEJT 05/04/2019 (destaquei):

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"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - INSTRU-


ÇÃO NORMATIVA N° 40 DO TST - ENQUADRAMENTO SINDICAL -
ATIVIDADE PREPONDERANTE DA EMPRESA. Nos termos do art.
511, § 1º, da CLT, o enquadramento sindical do empregado, no
Direito do Trabalho brasileiro, é realizado em função da ativi-
dade econômica preponderante do empregador, tendo em vis-
ta a base territorial da prestação dos serviços. No caso, o Tribunal
de origem verificou que a reclamada não é entidade beneficente
ou filantrópica, sendo inaplicáveis as normas coletivas indicadas
pela autora. Agravo de instrumento desprovido."
25. Depreende-se então que um empregador não pode ser obri-
gado a observar uma norma coletiva do trabalho de cuja for-
mação não tenha participado, seja diretamente (acordo coleti-
vo) ou por sua entidade de classe (convenção coletiva).
26. Ainda que se empreguem trabalhadores integrantes de cate-
gorias profissionais diferenciadas na execução dos serviços, cujo
conceito é dado pelo § 3º do art. 511 da CLT, a norma coletiva a ser
aplicada e observada pelo empregador é aquela pactuada pelo
órgão de classe que o representa. Esse é o teor da Súmula 374 do
TST que enuncia que “o empregado integrante de categoria pro-
fissional diferenciada não tem o direito de haver de seu emprega-
dor vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a em-
presa não foi representada por órgão de classe de sua categoria”.
27. Assim, como já dito acima, o enquadramento sindical de uma
empresa, mesmo para aquelas que prestam serviços diversos
mediante cessão da mão de obra, é definido por sua atividade

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econômica preponderante e não para cada uma das categorias


profissionais empregadas na prestação de serviços.
28. Da praxe em contratações dessa natureza, não é incomum si-
tuações assemelhadas à discutida nestes autos. Por vezes, com o
intuito de supostamente limitar condições remuneratórias outras
que não aquelas definidas como satisfatórias pelo promotor do cer-
tame, compradores públicos adotam o entendimento de que pre-
valeceria o enquadramento sindical mais favorável ao empregado
– adotando normas coletivas que contemplam direitos, benefícios
e vantagens comparativamente mais onerosas. Tal prática não deve
ocorrer, pois, reitera-se, o enquadramento sindical dá-se por aplica-
ção pelo critério legalmente aceito, qual seja, em função da ativida-
de econômica preponderante da empresa e não por imposição de
terceiros, muito menos por conta de licitações públicas.
[...]
Acórdão
9.3.1. utilização na planilha de formação de preços de norma co-
letiva do trabalho diversa da utilizada pela Agência para a ela-
boração do orçamento estimado da contratação, tendo em vista
que o enquadramento sindical é aquele relacionado à atividade
principal da empresa licitante e não da categoria profissional a ser
contratada, em atenção aos artigos 570, 577 e 581, § 2º da CLT e
ao art. 8º, II, da Constituição Federal; (Grifo nosso)
(Relator: Bruno Dantas; Data do Julgamento: 15/05/2019)

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Se não for possível identificar a atividade preponderante da em-


presa prestadora porque ela exerce várias atividades, cada ativida-
de econômica por ela exercida seguirá o sindicato correspondente
à categoria econômica.

TRT 9ª Região – Acórdão nº 6.398/2000 – 3ª Turma


Ementa
ENQUADRAMENTO SINDICAL. ATIVIDADES EMPRESARIAIS DIVERSAS.
1. Atividades empresariais diversas, quando distintas e indepen-
dentes, justificam enquadramento sindical correspondentes às
respectivas categorias econômicas.
(Relatora: Rosalie Michaele Bacila Batista; Data do Julgamento: 23/04/2000)

O assunto é controvertido e exige cautela.

TST – RR nº 54900-80.2004.5.04.0122 – Sexta Turma


Ementa
RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. ENQUADRAMENTO SIN-
DICAL. TERCEIRIZAÇÃO. Se a empregadora presta serviços varia-
dos em processos de terceirização e opta por filiar-se a sindica-
to que desenvolve atividade econômica específica, como é o da
construção pesada, o fato de ela desenvolver outra atividade (a
intermediação de mão-de-obra em fábrica de fertilizantes, onde
empregou o reclamante) impede que possa impor aos respecti-
vos empregados o enquadramento na categoria, para eles estra-
nha, dos trabalhadores da construção pesada. Entre os males da

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unicidade sindical não se inclui o de impedir que o empregador


adapte sua nova atividade preponderante à categoria econômica
pertinente, sempre que tal se fizer necessário. Recurso de revista
conhecido e provido.
(Relator: Augusto Cesar Leite de Carvalho; Data do Julgamento: 28/04/2010)

Tratando-se de categoria diferenciada, o documento sindical a ser


utilizado pode ser o correspondente à categoria diferenciada. Para
tanto, a negociação sindical deve ter sido estabelecida entre a em-
presa e o sindicato da categoria diferenciada ou entre o sindicato
que representa a empresa e o sindicato da categoria diferenciada.

D Art. 511, § 3º, CLT – Empregados – Profissões ou funções diferencia-


das: estatuto profissional especial ou condições singulares de vida.

D Rol de categorias diferenciadas:


- Aeronautas
- Aeroviários
- Agenciadores de publicidade
- Artistas e técnicos em espetáculos de diversões (cenógrafos e ce-
notécnicos, atores teatrais, inclusive corpos de corais e bailados,
atores cinematográficos e trabalhadores circenses, manequins e
modelos)
- Cabineiros (ascensoristas)
- Carpinteiros navais
- Classificadores de produtos de origem vegetal

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- Condutores de veículos rodoviários (motoristas)


- Empregados desenhistas técnicos, artísticos, industriais, copistas,
projetistas técnicos e auxiliares
- Jornalistas profissionais (redatores, repórteres, revisores, fotógra-
fos, etc.)
- Maquinistas e foguistas (de geradores termoelétricos e congêne-
res, exclusive marítimos)
- Músicos profissionais
- Oficiais gráficos
- Operadores de mesas telefônicas (telefonistas em geral)
- Práticos de farmácia
- Professores
- Profissionais de enfermagem, técnicos, duchistas, massagistas e
empregados em hospitais e casas de saúde
- Profissionais de relações públicas
- Propagandistas, propagandistas vendedores e vendedores de
produtos farmacêuticos
- Publicitários
- Radiotelegrafistas (dissociada)
- Radiotelegrafistas da Marinha Mercante
- Secretárias
- Técnicos de segurança do trabalho

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- Tratoristas (excetuados os rurais)


- Trabalhadores em atividades subaquáticas e afins
- Trabalhadores em agências de propaganda
- Trabalhadores na movimentação de mercadorias em geral
- Vendedores e viajantes do comércio

TST – Súmula nº 374


Norma Coletiva. Categoria Diferenciada. Abrangência.
Empregado integrante de categoria profissional diferenciada não
tem o direito de haver de seu empregador vantagens previstas
em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada
por órgão de classe de sua categoria.
(Resolução nº 129/2005; DJ de 20/04/2005)

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EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS


Demais empregados
Motorista

Sindicato dos motoristas Sindicato das empresas


prestadoras de serviços

NEGOCIOU?
NÃO: CONSEQUÊNCIA =
S I M : CONSEQUÊNCIA =
sindicato das empresas
sindicato dos motoristas
prestadoras de serviços

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Como o salário aparece na planilha? Dicas iniciais:


O salário pode ter várias denominações.
IMPORTANTE Observe a realidade fática.
A relação entre a jornada e o consequente
salário pode impactar o cálculo da planilha.
Avalie a necessidade de serviço a fim de definir
o quantitativo da jornada e se essa necessidade
está dentro do limite legal de horas trabalhadas.
O salário-base (que aparece na letra "A" do
Módulo 1) deve ser isolado das demais parcelas
componentes do salário, que deverão constar
na letra "F - Outros" do Módulo 1.
Os adicionais (salários condição) devem
aparecer em título próprio. Veja quais incidem
na realização do serviço.
Se houver necessidade de algum adicional que
não esteja discriminado no modelo da planilha,
coloque o custo correspondente na letra "F" do
Módulo 1, especificando adequadamente.

E se, em razão da reforma trabalhista,


existirem parcelas que, mesmo sendo
consideradas como custo da empresa
IMPORTANTE prestadora, não mais se caracterizam como
parcelas de natureza salarial? Como esses
custos aparecem na planilha?
Parcelas que não compõem mais o salário em
razão da reforma trabalhista devem aparecer
fora do Módulo 1. Essas parcelas devem, sim,
ser consideradas como custo da empresa, mas
não apresentam reflexos no cálculo de toda a
planilha. É o caso, por exemplo, do intervalo
intrajornada trabalhado, que vamos abordar
posteriormente.

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ADICIONAL DE PERICULOSIDADE (CLT, ART. 193 E SEGUINTES


– CF/1988, ART. 7º, INC. XXIII)
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


B Adicional de Periculosidade

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na
forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho,
impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente
do trabalhador a:
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. [...]
§ 4º São também consideradas perigosas as atividades de traba-
lhos em motocicleta.

Caracterização – Perícia (CLT, art. 195)


Consolidação das Leis do Trabalho
Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho,
far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou En-
genheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

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Adicional correspondente e base de cálculo (CLT, art. 193)


Consolidação das Leis do Trabalho
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, [...]
§ 1º O trabalho em condições de periculosidade assegura ao em-
pregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário
sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou parti-
cipações nos lucros da empresa.
[...]
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da
mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por
meio de acordo coletivo.

E o cálculo?
CÁLCULO DE ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Salário mensal R$ 2.100,00
Adicional de periculosidade R$ 630,00 R$ 2.100,00 x 30 %

Sobre periculosidade

D Portaria MT nº 1.885/2013 – Aprova o Anexo 3 – Atividades e ope-


rações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de
violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial – da Norma Regulamentadora nº 16 – Atividades e
operações perigosas.

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D Portaria nº 1.078/2014 – Aprova o Anexo 4 – Atividades e opera-


ções perigosas com energia elétrica – da Norma Regulamentadora
nº 16 – Atividades e operações perigosas.

D Portaria MTE nº 1.565/2014 – Aprova o Anexo 5 – Atividades peri-


gosas em motocicleta – da Norma Regulamentadora nº 16 – Ativi-
dades e operações perigosas.1

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE (CLT, ART. 189 E SEGUINTES –


CF/1988, ART. 7º, INC. XXIII)
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


C Adicional de Insalubridade

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres
aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de traba-
lho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima
dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da inten-
sidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.

1 Várias portarias do Ministério do Trabalho suspenderam os efeitos da Portaria MTE nº 1.565/2014, por vezes
de forma integral, por vezes apenas para algumas empresas, associações ou sindicatos. No ano de 2018, a
Portaria MTB nº 458 anulou a Portaria que anulava os efeitos da Portaria MTE nº 1.565/2014 relativamente
às empresas associadas à ABEPREST. Assim, para as empresas dessa associação, a norma voltou a produzir
seus efeitos normalmente. Ainda, cumpre observar que os efeitos da Portaria MTE nº 1.565/2014 haviam
sido suspensos (integralmente) pela Portaria MTE nº 1.930/2014, que, por sua vez, em menos de um mês, foi
revogada pela Portaria MTE nº 5/2015. O assunto deve ser devidamente acompanhado.

157
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Caracterização e classificação
Consolidação das Leis do Trabalho
Art. 190. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das ativi-
dades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios
de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos
agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de ex-
posição do empregado a esses agentes.
Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da
periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho,
far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou En-
genheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

Adicional correspondente e base de cálculo

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 192. O exercício de trabalho em condições insalubres, acima
dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Traba-
lho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento)
do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus
máximo, médio e mínimo.

158
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Na determinação da base de cálculo, considere:

TST – Súmula nº 228


Adicional de insalubridade. Base de cálculo.
A partir de 9 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vin-
culante nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalu-
bridade será calculado sobre o salário básico, salvo critério mais
vantajoso fixado em instrumento coletivo.
(Resolução nº 148, de 26 de junho de 2008, do Pleno do
TST, publicada no DJ nº 127, de 04/07/2008)

Obs.: mediante liminar em Reclamação Constitucional nº 6.266, movi-


da pela Confederação Nacional da Indústria, em julho de 2008, o STF
suspendeu a execução da Súmula nº 228 do TST.

D Em 12 de janeiro de 2009, o TST veiculou em seu site (www.tst.gov.


br) notícia com o seguinte teor:

- "No julgamento que deu origem à Súmula Vinculante nº 4, esta


Corte entendeu que 'o adicional de insalubridade deve continu-
ar sendo calculado com base no salário mínimo, enquanto não
superada a inconstitucionalidade por meio de lei ou convenção
coletiva', reafirmou o ministro Gilmar na ocasião. O teor dessa de-
cisão tem sido mencionado pelo ministro Moura França nos des-
pachos em que nega seguimento aos recursos extraordinários."

159
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Em consequência, até que seja editada lei sobre a matéria ou cele-
brada convenção coletiva que regule o adicional de insalubridade,
a base de cálculo dessa parcela, de acordo com o entendimento
mais atual do TST, continua a ser o salário mínimo.

TST – ROAR nº 273/2006-000-17-00 – SDI-2


Voto
O v. acórdão embargado deu provimento ao recurso ordinário in-
terposto pela autora - Companhia Vale do Rio Doce - CVRD -, ao
entendimento assim ementado, verbis:
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. VIOLAÇÃO LI-
TERAL DE LEI. ARTIGO 192 DA CLT. SUPERVENIÊNCIA DA SÚMULA
VINCULANTE Nº 04 DO STF.
Nos termos da liminar concedida pelo Egrégio Supremo Tribunal
Federal suspendendo a aplicação da nova redação da Súmula nº
228 do TST, que, com base na Súmula Vinculante nº 4 do Supremo
Tribunal Federal, dispôs que o adicional de insalubridade não de-
veria ser calculado mais sobre o salário mínimo, mas sim sobre o
salário básico, não há que se falar em mudança do critério adota-
do para a base de cálculo do adicional de insalubridade – do salá-
rio mínimo para o salário básico. Portanto, até que se tenha base
normativa regulamentando a situação, continua-se entendendo
que a base de cálculo para o adicional de insalubridade é o salário
mínimo. Recurso ordinário provido.
(Relator: Renato de Lacerda Paiva; Data do Julgamento: 23/09/2009)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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E o cálculo?

CÁLCULO DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE


Salário mínimo R$ 1.045,00
Ex.: médio (20%)
Grau de insalubridade
Observar a graduação da perícia

Adicional de
R$ 209,00 R$ 1.045,00 x 20%
insalubridade

A Súmula nº 448 do TST versa sobre insalubridade e instalações sanitá-


rias de grande circulação.

TST – Súmula nº 448


ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. PREVISÃO NA NOR-
MA REGULAMENTADORA Nº 15 DA PORTARIA DO MINISTÉRIO DO
TRABALHO Nº 3.214/78. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 com nova redação do
item II ) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014.
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adi-
cional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na
relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.
II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou cole-
tivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se
equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja o paga-
mento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo
o disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78
quanto à coleta e industrialização de lixo urbano.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Sobre o assunto, veja a seguinte notícia do Tribunal Superior do Traba-


lho:

Notícias – Servente que limpa banheiros de fórum


receberá adicional de insalubridade
Para a 1ª Turma, o caso não se equipara à limpeza de residência e
escritórios
21/01/20 - A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho
condenou a Liderança Limpeza e Conservação Ltda., de Criciúma
(SC), a pagar o adicional de insalubridade a uma servente que tra-
balhava na limpeza de banheiros do Fórum de Justiça local. Se-
gundo a Turma, circula pelo local um número indeterminado de
pessoas com rotatividade considerável, o que justifica o deferi-
mento da parcela.
A empregada afirmou na reclamação trabalhista que ela e mais
quatro empregados higienizavam e recolhiam o lixo de nove ba-
nheiros do fórum, dos quais cinco eram usados por servidores e
quatro pelo público geral. O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª
Região (SC), no entanto, entendeu que não havia a caracterização
da limpeza de banheiros de uso público ou coletivo de grande
circulação no local periciado.
Grau máximo
O relator do recurso de revista da servente, ministro Dezena da
Silva, observou que, de acordo com o entendimento do TST em
casos semelhantes, a atividade de se enquadra no Anexo 14 da
Norma Regulamentadora 15 do extinto Ministério do Trabalho,
por se tratar de estabelecimento em que circula indeterminado

162
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

número de pessoas e de considerável rotatividade. Segundo o re-


lator, a situação não se equipara à limpeza em residências e escri-
tórios e, nos termos da Súmula 448 do TST, garante ao empregado
o adicional de insalubridade em grau máximo, equivalente a 40%
do salário mínimo.
A decisão foi unânime. Processo: RR-325-15.2017.5.12.0003
(TST – Tribunal Superior do Trabalho. Servente que limpa banheiros
de fórum receberá adicional de insalubridade. 21 jan. 2020. Disponível
em: http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/
servente-que-limpa-banheiros-de-forum-recebera-adicional-de-in
salubridade?inheritRedirect=false. Acesso em: 10 mar. 2020.)

Gestação e lactação em trabalho insalubre – Reforma


trabalhista

Você deve saber que o Plenário do


Alerta:
Supremo Tribunal Federal (STF), em
29/05/2019, por maioria de votos, julgou
ATENÇÃO procedente a Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) nº 5.938
para declarar inconstitucionais trechos
de dispositivos da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) inseridos pela reforma
trabalhista (Lei nº 13.467/2017) que
admitiam a possibilidade de
trabalhadoras grávidas e lactantes
desempenharem atividades insalubres
em algumas hipóteses. Para a corrente
majoritária, a expressão “quando
apresentar atestado de saúde, emitido
por médico de confiança da mulher”,
contida nos incs. II e III do art. 394-A da
CLT, afronta a proteção constitucional à
maternidade e à criança.

163
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ADICIONAL NOTURNO (CLT, ART. 73 – CF/1988, ART. 7º, INC.


IX) – ADICIONAL DE HORA NOTURNA REDUZIDA
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


D Adicional Noturno
E Adicional de Hora Noturna Reduzida

D Diferença entre hora noturna e hora diurna – Determinação consti-


tucional (CF/1988, art. 7º, inc. IX)

D CLT em sintonia com o mandamento constitucional – Adicional


conferido

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...] o trabalho noturno terá remuneração superior à do
diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de
20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna.

Período considerado noturno

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho
executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco)
horas do dia seguinte.

164
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Hora ficta noturna

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cin-
qüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

A cada 52 minutos e 30 segundos


trabalhados no período noturno, o
empregado conquista 1 hora de
IMPORTANTE trabalho. Assim, importa conhecer o
demonstrativo de um horário de
trabalho noturno.

TABELA - DEMONSTRATIVO DE HORAS DE


TRABALHO NOTURNO - CONTAGEM

das 22h às 22h 52min 30s (1ª h noturna)


das 22h 52min 30s às 23h 45min (2ª h noturna)
das 23h 45min à 00h 37min 30s (3ª h noturna)
da 00h 37min 30s à 01h 30min (4ª h noturna)
da 01h 30min às 02h 22min 30s (5ª h noturna)
das 02h 22min 30s às 03h 15min (6ª h noturna)
das 03h 15min às 04h 07min 30s (7ª h noturna)
das 04h 07min 30s às 05h (8ª h noturna)

165
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

O horário demonstrado apresenta a


Alerta:
contagem corrida das horas. Contudo, se
a jornada definida for de 8 horas diárias,
ATENÇÃO é necessário um intervalo que, a
princípio, será de, no mínimo, 1 hora e,
no máximo, 2 horas, não computado na
jornada.

O intervalo dentro da jornada não


comporta contagem ficta porque não é
trabalhado. Assim, para jornada diária
superior a 6 horas ele será de, no
mínimo, 60 minutos, como veremos
oportunamente.

TABELA DE DEMONSTRATIVO DA JORNADA


COM EXEMPLO DE INTERVALO MÍNIMO PARA
REPOUSO E ALIMENTAÇÃO DE 1 HORA

das 22h às 22h 52min 30s (1ª h noturna)


das 22h 52min 30s às 23h 45min (2ª h noturna)
das 23h 45min à 00h 37min 30s (3ª h noturna)
da 00h 37min 30s à 01h 30min (4ª h noturna)
da 01h 30min às 02h 30min (intervalo)
da 02h 30min às 03h 22min 30s (5ª h noturna)
das 03h 22min 30s às 04h 15min (6ª h noturna)
das 04h 15min às 05h 07min 30s (7ª h noturna)
das 05h 07min 30s às 06h (8ª h noturna)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Horários mistos

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem pe-
ríodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno
o disposto neste artigo e seus parágrafos.

D O adicional noturno em jornadas mistas (parte realizada no pe-


ríodo diurno e parte no noturno) repercute sempre no período
considerado noturno. Assim, para o cálculo, importa separar o
período diurno do noturno, aplicando a redução da hora e o
adicional noturno somente em relação ao período noturno.

Prorrogação do trabalho noturno

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 73. [...]
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto
neste Capítulo.

TST – Súmula nº 60
II - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e pror-
rogada esta, devido é também o adicional noturno quanto às ho-
ras prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º da CLT.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Integração do adicional noturno


TST – Súmula nº 60
I - O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário
do empregado para todos os efeitos.

Repercussão do adicional noturno na planilha


D O adicional noturno, uma vez devido, ainda impactará os se-
guintes módulos e submódulos da planilha:

Módulo 1 - Composição da remuneração


O que tem repercussão:
D adicional noturno
D hora noturna adicional
* Repercussão no repouso semanal remunerado.
Módulo 2 - Encargos e Benefícios Anuais, Mensais e Diários
Submódulo 2.1 - 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e Adicional de Férias

A 13º (décimo terceiro) Salário

B Férias e Adicional de Férias

Submódulo 2.2 - Encargos Previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e outras contribuições

A INSS

B Salário Educação

C SAT

D SESC ou SESI

E SENAI - SENAC

F SEBRAE

G INCRA

H FGTS

168
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Módulo 3 - Provisão para Rescisão

A Aviso-Prévio Indenizado

B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado

C Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado

Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o Aviso-Prévio


E
Trabalhado

F Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio Trabalhado

Módulo 4 - Custo de Reposição do Profissional Ausente


Submódulo 4.1 - Substituto nas ausências legais

A Substituto na cobertura de férias*

B Substituto na cobertura de ausências legais

C Substituto na cobertura de licença-paternidade

D Substituto na cobertura de ausência por acidente de trabalho

E Substituto na cobertura de afastamento maternidade

F Substituto na cobertura de outras ausências (especificar)

Submódulo 4.2 - Substituto na intrajornada

A Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou alimentação

E o cálculo do adicional no período noturno?


D Forma de cálculo do adicional noturno – Variações

D A depender de situações concretas, o adicional noturno será calcu-


lado de forma diferente. Assim, podemos considerar duas grandes
premissas, a saber:

- Critério técnico

- Critério prático

169
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Critério técnico para cálculo do adicional no período


noturno – Procedimento

D O critério técnico determina o seguinte procedimento: primeiro,


soma-se a quantidade de horas no relógio (considerando a dura-
ção da hora como de 60 minutos), para depois transformar a hora
diurna para noturna, apurando a quantidade de horas noturnas*.
Após, calcula-se o valor do adicional noturno (20% de 1 hora de tra-
balho) e, por fim, aplica-se o adicional noturno sobre a quantida-
de de horas noturnas apuradas. O resultado será aposto no campo
“adicional noturno”, e o campo “adicional de hora noturna reduzi-
da” ficará zerado.
- Para transformação da hora de diurna (duração de 60 minutos)
para noturna (duração de 52 minutos e 30 segundos), divide-
-se 60 por 52,5 e se obtém um coeficiente (1,1428571), o qual,
aplicado sobre o montante de horas trabalhadas (consideradas
como de 60 minutos), é capaz de identificar o quantitativo de ho-
ras noturnas efetivamente trabalhadas (computadas como de 52
minutos e 30 segundos).

D Considere essa situação, em especial, para fins de julgamento, em


razão da possibilidade de cálculo diferente apresentado na plani-
lha do licitante.

D O modelo da planilha apresenta outra forma para cálculo do adicio-


nal noturno. É o que denominamos “critério prático”.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Critério prático para cálculo do adicional noturno –


Procedimento

D Esse cálculo divide o cálculo do adicional noturno em duas eta-


pas, já que, primeiramente, calcula-se o adicional noturno so-
bre o quantitativo de horas trabalhadas consideradas como de
60 minutos e, depois, calcula-se novamente o adicional sobre a
diferença de minutos existentes entre hora com duração de 60
minutos e hora com duração de 52 minutos e 30 segundos.

D De toda sorte, o somatório das duas etapas deverá sempre cor-
responder ao resultado final do cálculo efetuado pelo critério
prático.

D Como visto, a planilha apresenta o cálculo do adicional noturno


em duas etapas. Em nosso exemplo, apresentamos o cálculo do
adicional noturno como adotado pela planilha.

> Veja o cálculo do critério prático no passo a passo, que


deve ser feito em duas etapas

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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PRIMEIRA ETAPA DO CÁLCULO


Passo a passo do adicional noturno com exemplo de
cálculo pelo critério prático

1º PASSO
Somar a quantidade de horas trabalhadas
no relógio (considerar a duração de 60
minutos) que recaírem no período noturno.

2º PASSO
Aplicar sobre o somatório das horas de 60
minutos o adicional noturno (20%).

3º PASSO
Apor no campo “adicional noturno".

EXEMPLO: CÁLCULO DO ADICIONAL NOTURNO (AN)


Soma da quantidade de horas
Horas noturnas trabalhadas (contadas no
160,41
(duração de 60min) relógio como de 60 minutos)
(160h25min)
Veja direto no relógio que recaírem no período
noturno

Valor do adicional R$ 2.730,00 ÷ 220 = R$ 12,41


R$ 2,48
noturno de 1h R$ 12,41 x 20%

Valor total do
adicional noturno
160,41 x 2,48 (valor do adicional
do mês R$ 397,82
noturno)
Aplique direto o AN sobre
as horas do relógio

172
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SEGUNDA ETAPA DO CÁLCULO


Passo a passo do adicional de hora noturna reduzida com
exemplo de cálculo pelo critério prático

1º PASSO
Olhar a quantidade de horas no relógio
(considerar a duração de 60 minutos) que
apurou para calcular o adicional noturno.

2º PASSO
Apurar a diferença entre hora noturna e hora diurna
(de 52min 30s para 60min, que resulta em 7min. 30s) e
multiplicar pela quantidade de horas trabalhadas em
período noturno (contadas como de 60 minutos).

3º PASSO
Aplicar sobre o somatório das horas o adicional
noturno (20%).

4º PASSO
Apor no campo “adicional de hora noturna reduzida”.

O somatório do critério prático (com


separação entre “adicional noturno” e
“adicional de hora noturna reduzida”)
LEMBRE corresponde ao mesmo cálculo do critério
técnico (em que, primeiramente, é feita a
transformação das horas de 60min para
52min 30s e, depois, é calculado o
“adicional noturno”).

173
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

EXEMPLO: CÁLCULO DO ADICIONAL DA HORA NOTURNA REDUZIDA

Em jornada de 7h20 min. (7,3333


na máquina) de segunda a sexta
durante 25 dias, temos um total de
*183,33 (7h33 min. x 25d)
Do total de 183,33, diminuímos
a soma da quantidade de horas
Horas noturnas trabalhadas (contadas no relógio
(diferença 22,92 como de 60min), que recaíram
entre 60min e no período noturno, já apuradas
(22h55min)
52min30s) (**160,41, que equivalem a
160h25min)
183,33 – 160,41 = horas noturnas
*horas com duração de 52h30min
**horas com duração de 60min
160,41 x 1.1428571 = 183,33
183,33 ÷ 1.1428571 = 160,41

Valor do adicional Sobre as horas noturnas, aplique


noturno sobre a o valor do adicional noturno já
diferença da hora R$ 56,84 calculado anteriormente
normal para a hora 22,92 x 2,48 (valor do adicional
noturna reduzida noturno)

Cálculo do reflexo do adicional noturno no repouso semanal remune-


rado pelo critério prático:

D Nessa situação, será necessário, ainda, fazer o reflexo do adicional


noturno sobre o repouso semanal remunerado. Esse cálculo será
explicado em título próprio.

174
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Na planilha de custos, o cálculo do critério prático será assim


aportado:

MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-base R$ 2.100,00

B Adicional de periculosidade R$ 630,00


C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno R$ 397,82

E Adicional de hora noturna reduzida R$ 56,84

Outros (especificar)
F X 
Reflexo do adicional noturno no RSR*
Total da remuneração  
*Vide explicação do cálculo e estrutura em título próprio.

Se a prestação de serviço que se


Alerta:
pretende contratar envolver a jornada
de 12 x 36 prestada em jornada mista
ATENÇÃO (parte do período diurno e parte do
período noturno), o trabalho noturno
deve ser adaptado à legislação que a
reforma trabalhista apresentou para a
jornada 12 x 36.

175
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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OUTROS (ESPECIFICAR)
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)


F Outros (especificar)

Principais considerações para a composição da letra "F" –


Outros, devidamente especificados
D Considerando que o Módulo 1 registra a composição da remunera-
ção conferida ao empregado que vai realizar o serviço, é importante
que todas as parcelas que podem ser entendidas como componentes
da remuneração, pagas com caráter salarial, estejam aqui retratadas,
devidamente especificadas e com o memorial de cálculo respectivo.

D Assim, lembre de colocar aqui as demais parcelas componentes


da remuneração do trabalhador, de acordo com a necessidade de
contratação, avaliando, inclusive, se o documento coletivo utiliza-
do para a composição do preço prevê alguma parcela de natureza
salarial. É o caso, por exemplo do reflexo do adicional noturno so-
bre o repouso semanal remunerado, bem como das demais verbas
conferidas (mesmo por força de documento coletivo da categoria)
que possam ser consideradas como componentes da remuneração.

D Contudo, tenha a cautela de verificar se todas as verbas aqui aloca-


das vão ou não compor o cálculo dos demais módulos e submódu-
los. Se essa composição não acontecer, é importante destacar essas
parcelas para que não impliquem gordura na planilha.

176
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Tudo o que é considerado salário,


exceto o salário-base e os adicionais
LEMBRE que já foram discriminados, deve
constar aqui.

EXEMPLO DE CÁLCULO APORTADO NA LETRA “F” – OUTROS,


DO MÓDULO 1 DA PLANILHA DE CUSTOS

Feriados e repouso semanal remunerado (RSR) –


Repercussões na planilha

D A Lei nº 605/1949 regula a questão dos dias de feriados e repousos


semanais em nosso ordenamento jurídico.

Lei nº 605/1949
Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remune-
rado [...] nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição
local.

D A remuneração do repouso semanal, para os empregados que tra-


balham por dia, semana, quinzena ou mês é de um dia de serviço.
Portanto, algumas verbas percebidas em razão de horas ou dias de-
vem refletir no cálculo do repouso.

177
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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D O adicional de insalubridade e o adicional de periculosidade, por


serem calculados sobre uma base mensal, e não sobre uma base de
hora, não repercutem no cálculo do repouso semanal remunerado.

D A Lei nº 605/1949, em seu art. 7º, alíneas “a” e “b”, determina a in-
tegração das horas extras habitualmente realizadas no cálculo do
repouso semanal remunerado.

D Da mesma forma que as horas extras integram o cálculo do repou-


so, o adicional noturno também o integra. Contudo, quando todo o
trabalho for prestado em período noturno, é comum que o adicional
noturno seja computado direto sobre o salário. Nesse caso, automa-
ticamente, o adicional noturno já está refletindo no repouso, não ne-
cessitando que nenhum cálculo em separado seja realizado.

D O cálculo do reflexo do repouso semanal remunerado deve ser rea-


lizado em separado do salário e dos adicionais, podendo ser deta-
lhado no campo “Outros” (letra “F”) da “Remuneração”, desde que
devidamente especificado.

> Cautelas – Entendimento do Tribunal Superior do


Trabalho

TST – Orientação Jurisprudencial SDI1 nº 394


REPOUSO SEMANAL REMUNERADO (RSR). INTEGRAÇÃO DAS HO-
RAS EXTRAS. NÃO REPERCUSSÃO NO CÁLCULO DAS FÉRIAS, DO
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO, DO AVISO-PRÉVIO E DOS DEPÓSITOS
DO FGTS. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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A majoração do valor do repouso semanal remunerado, em ra-


zão da integração das horas extras habitualmente prestadas, não
repercute no cálculo das férias, da gratificação natalina, do aviso-
-prévio e do FGTS, sob pena de caracterização de bis in idem.

D Assim, muito embora o reflexo do repouso semanal remunerado


conste no campo “Outros”, esse valor deve ser excluído da base de
cálculo do 13º salário, das férias acrescidas do terço e do aviso-pré-
vio.

Como deve ser o cálculo do reflexo das horas noturnas no


repouso ?

D Para o cálculo do reflexo das horas noturnas no repouso, pode ser


considerado um mês base qualquer. Assim, o total das horas notur-
nas do mês deve ser dividido pela quantidade de dias úteis do mês
e multiplicado pela quantidade de repousos e feriados do mês.

D Ainda, por meio desse mesmo racional, é possível substituir esse


mês base por uma base anual (considerando o calendário anual),
que será dividida pelos dias úteis do ano e multiplicada pelos re-
pousos e feriados do ano, ou, ainda, pode ser considerado um per-
centual mediano aplicado sobre o salário.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Exemplo de cálculo do reflexo do adicional noturno no


RSR em percentual

D Dados a serem considerados:

- Total do adicional noturno no mês: R$ 454,66 (considerando o


somatório das letras “d” e “e”, respectivamente “adicional noturno”
e “adicional de hora noturna reduzida").

- Dica: RSR de 20% aplicado sobre a remuneração: considera como


média um mês de 30 dias com 25 dias úteis e 5 RSR (domingos/
feriados).

- 5 ÷ 25% = 20. Assim, o percentual é de 20% a ser aplicado sobre


o total do adicional noturno.

CÁLCULO DO REFLEXO DO ADICIONAL NOTURNO NO RSR

Reflexo do adicional noturno


R$ 90,93 R$ 454,66 X 20%
no RSR

180
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Como fica na planilha o cálculo do reflexo do adicional


noturno no rsr ?

MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO


COMPOSIÇÃO DA
1 VALOR (R$)
REMUNERAÇÃO
A Salário-base R$ 2.100,00
B Adicional de periculosidade R$ 630,00
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno 397,82
Adicional de hora noturna
E 56,84
reduzida
Outros (especificar) R$ 90,93
Reflexo do adicional noturno
F R$ 397,82 + R$ 56,84 = R$ 454,66
no repouso semanal
R$ 454,66 x 20% = R$ 90,93
remunerado [ATENÇÃO*]
Total  

Não esqueça que esse reflexo é


Alerta:
computado para os encargos de INSS,
FGTS e outras contribuições, mas não é
ATENÇÃO computado para as demais verbas!
Sugestão:

181
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO –


SUGESTÃO PARA ESTRUTURA

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-base R$ 2.100,00
B Adicional de periculosidade R$ 630,00
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno 397,82
E Adicional de hora noturna reduzida 56,84
SUBTOTAL – Pode-se denominar de total do
Módulo 1, e essa será a base de cálculo para
o apuração dos valores de férias, 13º salário, R$ 3.184,66
aviso-prévio e FGTS correspondentes a
essas verbas.
R$ 90,93
Outros (especificar)
R$ 397,82 + R$ 56,84 =
Reflexo do adicional noturno no
F R$ 454,66
repouso semanal remunerado
[ATENÇÃO*] R$ 454,66 x 20% =
R$ 90,93
Total geral – Pode-se denominar de custo
R$ 3.275,59
geral da composição da remuneração

*ATENÇÃO: sobre a letra “F” deve ser


Base de cálculo sobre a qual
calculado o Submódulo 2.2 – Encargos
serão recolhidos os encargos =
previdenciários, o FGTS e outras
R$ 3.275,59
contribuições (R$ 90,93 + Subtotal)

182
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> E se o dia de feriado for trabalhado, existirá algum cálculo


a ser aportado na planilha?

Lei nº 605/1949
Art. 6º [...]
§ 3º Nos serviços em que for permitido o trabalho nos feriados ci-
vis e religiosos, a remuneração dos empregados que trabalharem
nesses dias será paga em dobro, salvo se a empresa determinar
outro dia de folga.

D Se o mesmo empregado que presta serviços vai trabalhar normal-


mente em dia do feriado, sem ter a folga correspondente, o feriado
será pago em dobro.

D Se for esse o caso, importa, então, considerar na planilha esse cus-
to, apurando o quantitativo médio de feriados do ano em dobro.

D Na prática, o trabalho realizado em dia de feriado é bem mais co-


mum em jornadas de 12 x 36, mas a reforma trabalhista, ao regular a
jornada 12 x 36, determinou que dias de repouso e feriados já estão
compensados pelas 36 horas de descanso seguidas das 12 horas de
trabalho. Nessa jornada não cabe a dobra do repouso ou do feriado.

D Se a jornada não for de 12 x 36 e se houver necessidade de traba-


lho em dia de feriado sem a correspondente folga compensatória
semanal, o custo deve ser aportado, e essa realidade deve ser apre-
sentada na planilha, na letra “F”- Outros, devidamente especificada.

183
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Intervalos trabalhados dentro da jornada - Repercussões na


planilha

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de
6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para re-
pouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e,
salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não pode-
rá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,
obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a dura-
ção ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração
do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição po-
derá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Co-
mércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência
Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente
às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quan-
do os respectivos empregados não estiverem sob regime de tra-
balho prorrogado a horas suplementares.

D O intervalo intrajornada deverá ser sempre concedido em um só


período, de uma única vez. Ainda que o período trabalhado seja
noturno, o intervalo corresponderá a, no mínimo, 60 minutos.

184
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> E se o intervalo não for concedido, qual é o efeito?

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 71. [...]
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intra-
jornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados ur-
banos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória,
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquen-
ta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de
trabalho. (Redação alterada pela Lei nº 13.467/2017)
[...]
Art. 75. Os infratores dos dispositivos do presente Capítulo incor-
rerão na multa de cinquenta a cinco mil cruzeiros, segundo a na-
tureza da infração, sua extensão e a intenção de quem a praticou,
aplicada em dobro no caso de reincidência e oposição à fiscaliza-
ção ou desacato à autoridade. (Grifo nosso)

> Se o intervalo for trabalhado, como ele será calculado?

D Se o intervalo for trabalhado, o cálculo que o retrata é do perí-


odo trabalhado no intervalo acrescido de 50%. Ainda, conside-
rando que agora sua natureza é indenizatória, esse montante
não será computado para nenhum reflexo trabalhista, ou seja,
não comporá o cálculo do reflexo no repouso semanal remu-
nerado, das incidências de INSS, FGTS e outras contribuições,
das férias acrescidas do terço constitucional, do 13º salário, do
aviso-prévio, etc.

185
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Portanto, cautela!

D Embora o intervalo trabalhado não tenha caráter salarial, sem


outros impactos na planilha, ainda consitui custo da contrata-
da. Assim, sugerimos que o cálculo desse custo siga retratado
em quadro separado do Módulo 1.

> Exemplo do cálculo do intervalo trabalhado:

CÁLCULO DO INTERVALO INTRAJORNADA TRABALHADO


Salário mensal R$ 2.100,00
Periculosidade R$ 630,00
R$ 2.100,00 + R$ 630,00 =
Valor de 1 hora de R$ 2.730,00
R$ 12,41
trabalho
R$ 2.730,00 ÷ 220 = R$ 12,41
Valor do intervalo
R$ 18,62 R$ 12,41 + 50%
trabalho
Valor mensal do intervalo R$ 18,62 x 25 dias*
R$ 465,50
trabalhado *Pode ser utilizada uma média de dias úteis do mês.

186
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-base R$ 2.100,00
B Adicional de periculosidade R$ 630,00
C Adicional de insalubridade
D Adicional noturno

E Adicional de hora noturna reduzida

F Outros (especificar)
Total R$ 2.730,00
Lembre: sobre o valor total deverá ser calculado o Submódulo 2.2 – Encargos
previdenciários, FGTS e outras contribuições sobre o total

O quadro a seguir não deverá compor


Alerta:
nenhum dos demais módulos até o
Módulo 5. A partir desse módulo, o valor
ATENÇÃO deverá ser avaliado.

187
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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QUADRO 1-A - SUGESTÃO

COMPOSIÇÃO
1-A DAS PARCELAS VALOR (R$)
INDENIZATÓRIAS
A (especificar) R$ 465,50
Intervalo trabalhado R$ 2.100,00 + R$ 630,00 = R$ 2.730,00
R$ 2.730,00 ÷ 220 = R$ 12,41
R$ 12,41 + 50% = R$ 18,62
R$ 18,62 x 25 dias* = R$ 465,50
*Pode ser utilizada uma média de dias úteis do mês.

Total R$ 465,50

D Demais parcelas pagas aos empregados que constituem custo da


empresa, mas que não têm caráter salarial (principalmente, em ra-
zão da reforma trabalhista), podem ter seu custo, como sugestão,
alocado nesse quadro.

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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TEMA POLÊMICO: JORNADA 12 X 36

A reforma trabalhista alterou as regras de compensação de jornada de


trabalho e regulou a adoção da jornada 12 x 36.

Jornada 12 x 36 – Quadro comparativo – Reforma


trabalhista

REDAÇÃO DA CLT REFORMA: LEI Nº 13.467/2017

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta


Consolidação, é facultado às partes, mediante
acordo individual escrito, CCT ou ACT, estabelecer
horário de trabalho de 12 horas seguidas por
36 horas ininterruptas de descanso, observados
ou indenizados os intervalos para repouso e
alimentação.
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada
pelo horário previsto no caput deste artigo abrange
os pagamentos devidos pelo DSR e pelo descanso
em feriados, e serão considerados compensados
os feriados e as prorrogações de trabalho noturno,
quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do
art. 73 desta Consolidação.

Em resumo, a reforma trabalhista:

> Adoção da jornada 12 x 36


D Permitiu a adoção dessa jornada por acordo individual.

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> Adicional noturno e hora noturna reduzida

D Entendeu compensados o adicional noturno e a redução da


hora noturna no período que excede as 5h da manhã. Portanto,
o adicional noturno e o cômputo da hora reduzida acontecerão
somente no período das 22h às 5h. Esse reflexo, consequente-
mente, também incidirá no cálculo do repouso semanal remu-
nerado, que terá pequena diminuição no montante do adicio-
nal noturno.

> Feriado

D Excluiu a dobra do trabalho em feriado para a jornada 12 x 36,


motivo pelo qual, para essa jornada, a letra “F” (adicional da
hora extra no feriado trabalhado) do Módulo 1 (composição da
remuneração) deixará de ser preenchida. Como já mencionado,
a revogação desse item pela IN nº 07/2018 adaptou o modelo
da planilha às alterações da reforma trabalhista.

> Intervalo dentro da jornada

D Determinou que os intervalos para repouso e alimentação po-


dem ser indenizados ou compensados.

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Como será feito o cálculo na planilha da jornada 12 x 36 com


horários mistos de acordo com a reforma trabalhista ?

Se a jornada tem início às 19h e término às 7h do dia seguinte, tem-se:

D das 19h às 22h, a jornada é normal (cada hora é computada com


duração de 60 minutos e paga sem nenhum adicional);

D das 22h até às 5h da manhã, a jornada é noturna (cada hora é com-


putada com duração de 52min 30s e paga com adicional noturno);

D das 5h às 7h da manhã, a jornada volta a ser normal (cada hora é


computada com duração de 60 minutos e paga sem nenhum adi-
cional).

Ainda, seria possível apurar o cálculo em percentual do tempo notur-


no. O cálculo dessa forma é mais simples, mas sempre deve ser obser-
vado o documento coletivo da categoria, que pode, a depender do
caso concreto, eliminar a redução da hora.

> Exemplo de cálculo do adicional noturno na jornada 12 x 36


em percentual

D Dados para o cálculo:

- Salário R$ 2.100,00 + Adicional de periculosidade R$ 630,00

- Base de cálculo: R$ 2.730,00 (salário-base + adicional de peri-


culosidade)

191
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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D Jornada: das 19h às 7h.

- Proporção de horas noturnas: das 22h às 5h = 7h - 60min (in-


tervalo) = 6h.

- Assim, serão computadas 6 horas das 12 horas totais da jor-


nada (período das 22h até as 5h do dia seguinte), excluído o
período do intervalo, que será calculado em separado.

- Número de horas sobre as quais incide o adicional noturno


dividido pelo número total de horas da jornada de trabalho
= proporção de horas noturnas em percentual.
6 ÷ 12 = 0,5
0,5 x 100 = 50%

D Valor de adicional noturno: Base de cálculo x Proporção x Per-


centual
2.730,00 x 50% = 1.365,00
1.365,00 x 20% = 273,00

Base de
Categoria Proporção Percentual Valor
Cálculo
Vigilante
2.730,00 50% 20% 273,00
12 x 36N

192
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Exemplo de cálculo da hora noturna reduzida na jornada


12 x 36 em percentual

D Base de cálculo: R$ 2.730,00 (salário-base + adicional de peri-


culosidade).
60min - 52,5 = 7,5 min
7,5 min x 6h (quantidade de horas noturnas) = 45
45 ÷ 52,5 = 0,86 (redução de hora noturna)

Proporção de horas noturnas reduzidas: a hora de redução noturna


é igual a 0,86.

0,86 (redução da hora noturna) ÷ 12 = 0,0717


x 100 = 7,17% da escala de 12h
R$ 2.730,00 x 7,17% = 195,74
195,74 x 1,20 = 234,89
Base de
Categoria Proporção Percentual Valor
Cálculo

20% (mais o valor


Vigilante 12 x 36N 2.730,00 7,17% 234,89
da hora = 1,20)

193
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CÁLCULO DO MÓDULO 1

Calcule o Módulo 1 a partir desses dados:


Salário = R$ 2.100,00
Jornada diurna de 44 horas
Trabalho com periculosidade

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base
B Adicional de Periculosidade
C Adicional de Insalubridade
D Adicional Noturno  
E Adicional de Hora Noturna Reduzida  
F Outros (especificar)  
TOTAL DA REMUNERAÇÃO  

CÁLCULO DO MÓDULO 1
Alerta:
ENCARTE

194
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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MÓDULO 2 – ENCARGOS E BENEFÍCIOS


ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS


E ADICIONAL DE FÉRIAS
SUBMÓDULO 2.2 - ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS (GPS),
FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS) E
OUTRAS CONTRIBUIÇÕES
SUBMÓDULO 2.3 - BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS

CV SUBMÓDULO 2.1 – 13º (DÉCIMO TERCEIRO)


SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO,


FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E VALOR


2.1
ADICIONAL DE FÉRIAS (R$)
A 13º (décimo terceiro) salário  

B Férias e adicional de férias

Nota 1: Como a planilha de custos e formação de preços é calculada mensalmente, provisiona-se proporcionalmente
1/12 (um doze avos) dos valores referentes a gratificação natalina, férias e adicional de férias. (Redação alterada pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).
Nota 2: O adicional de férias contido no Submódulo 2.1 corresponde a 1/3 (um terço) da remuneração, que, por sua
vez, é dividido por 12 (doze), conforme Nota 1.
Nota 3: Levando em consideração a vigência contratual prevista no art. 57 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
a rubrica férias tem como objetivo principal suprir a necessidade do pagamento das férias remuneradas ao final do
contrato de 12 meses. Esta rubrica, quando da prorrogação contratual, torna-se custo não renovável. (Incluído pela
Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).

195
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E


ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E VALOR


2.1
ADICIONAL DE FÉRIAS (R$)
A 13º (décimo terceiro) salário  

D CF/1988, art. 7º, inc. VIII – Leis nºs 4.090/1962 e 4.749/1965 – Decre-
to nº 57.155/1965.

D Direito: 1/12 da remuneração de dezembro, multiplicado pelo nú-


mero de meses de trabalho (ou fração igual ou superior a 15 dias)
no ano.

D Forma de pagamento/valor:

- 1ª parcela: até 30 de novembro;

- 2ª parcela: até 20 de dezembro.

D Encargos (Lei nº 8.036/1990, art. 15 e RPS, art. 214, §§ 6º e 7º).

Alerta:
Nosso exemplo parte do pressuposto de
adoção da conta-depósito vinculada
ATENÇÃO (CDV).

196
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017

ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%

CÁLCULO DA LETRA "A" DO SUBMÓDULO 2.1 –


COM CONTA-VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-A: 13º SALÁRIO – CÁLCULO - CDV
Memória do cálculo Total da Remuneração x Percentual da Tabela
Cálculo R$ 2.730,00 x 8,33%
Valor do Submódulo
R$ 227,41
2.1-A – 13º salário

CÁLCULO DA LETRA "A" DO SUBMÓDULO 2.1. –


SEM CONTA-VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-A: 13º SALÁRIO – CÁLCULO – SEM CDV
Memória do cálculo Total da Remuneração ÷ Meses do ano
[(1 ÷ 12) x 100]
Memória do cálculo
em percentual 0,0833 x 100 = 8,3333% (a ser aplicado sobre a
remuneração)

197
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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FÉRIAS E TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS


SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO,
FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E


2.1 VALOR (R$)
ADICIONAL DE FÉRIAS
B Férias e adicional de férias

D CF/1988, art. 7º, inc. XVII e CLT, arts. 129 a 153

D Períodos aquisitivo e concessivo

PERÍODO AQUISITIVO

Contagem: data de
Período de 12 meses Exemplo:
início ao dia ime-
correspondente à 04.11.2018
diatamente anterior
aquisição do direito a 03.11.2019
do ano seguinte

PERÍODO CONCESSIVO

Contagem: data de
Período de 12 meses Exemplo:
início ao dia ime-
seguintes à data da 04.11.2019
diatamente anterior
aquisição do direito a 03.11.2020
do ano seguinte

198
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Direito e concessão


FALTAS DIREITO A FÉRIAS
até 05 30 dias
de 06 a 14 24 dias
de 15 a 23 18 dias
de 24 a 32 12 dias

> Remuneração e pagamento


D Acréscimo de 1/3 – CF/1988
D De acordo com a data da concessão
D Parcelas componentes
D Prazo para pagamento: 2 dias antes do gozo

Alerta:
Nosso exemplo parte do pressuposto de
adoção da conta-depósito vinculada
ATENÇÃO (CDV).

199
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017

ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%

CÁLCULO DA LETRA "B" DO SUBMÓDULO 2.1 –


COM CONTA-VINCULADA (CDV)

SUBMÓDULO 2.1-B: FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS – CÁLCULO - CDV

Total da Remuneração x Percentual da


Memória do cálculo
Tabela
Cálculo R$ 2.730,00 x 12,10%
Valor do Submódulo 2.1-B –
R$ 330,33
Férias e adicional de férias

CÁLCULO DA LETRA "B" DO SUBMÓDULO 2.1 –


SEM CONTA VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-B: FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS – CÁLCULO - SEM
CDV
Memória do cálculo Férias: (Total da Remuneração ÷ Meses do ano)
Terço Constitucional de Férias:
(Total da Remuneração ÷ 1/3) ÷ Meses do ano
Memória do cálculo em Férias: [(1 ÷ 12) x 100] = 8,3333%
percentual Terço Constitucional de Férias:
[(0,3333 ÷ 12) x 100] = 2,7775%
Total - 8,3333% + 2,7775% = 11,11%

200
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Atenção quanto ao cálculo da incidência do Submódulo


2.2 sobre o Submódulo 2.1 – Sugestão:

D O modelo atual da planilha de custos apresenta a incidência de


encargos previdenciários, de FGTS e de outras contribuições no
Submódulo 2.2.

D Para melhor organizar a planilha, sugerimos que essas incidên-


cias sejam calculadas logo abaixo de cada módulo/submódulo,
zerando, assim, o Submódulo 2.2.

D O mesmo pode ser feito com relação ao Módulo 1.

D Trata-se apenas de uma sugestão. Uma vez adotada a sugestão,


cuide para que não haja cálculo desses valores no Submódu-
lo 2.2, sob pena de duplicação de custos. O mesmo raciocínio
deve ser utilizado se for adotado racional igual para a formação
do cálculo do Módulo 1.

D Portanto, com relação aos encargos dobre 13º, férias e terço


constitucional de férias, é possível vislumbrar duas alternativas:

- abrir uma coluna no Submódulo 2.2 com títulos próprios para


alocar os encargos sobre o Submódulo 2.1; ou

- abrir uma linha ao final de cada módulo ou submódulo para


alocar sobre eles os encargos do Submódulo 2.2. Nesse caso,
o preenchimento do Submódulo 2.2 será base para alocar os
valores abaixo de cada módulo ou Submódulo pertinente.

201
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Cuidado para não aportar encargos duas vezes. Se vai alocar


os encargos embaixo de cada módulo ou submódulo, o que
constar no Submódulo 2.2 será meramente referencial e apa-
recerá em percentual para justificar os cálculos.

D Nesse caso, a estrutura do Submódulo 2.1 ficaria assim:

TOTAL DO SUBMÓDULO 2.1 – 13º SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE


FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E VALOR


2.1
ADICIONAL DE FÉRIAS (R$)
A 13º (décimo terceiro) salário  

B Férias e adicional de férias


TOTAL
C Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos
previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições*
*Calcular sobre o valor do total do Submódulo
2.1 (se não adota a CV) ou sobre o valor da
Remuneração (se adota a CV)

202
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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CÁLCULO DA SUGESTÃO PARA APORTAR OS ENCARGOS DO


SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O SUBMÓDULO 2.1 – ABRIR UMA
LINHA NO SUBMÓDULO 2.1

Alerta:
Nosso exemplo parte do pressuposto de
adoção da conta-depósito vinculada
ATENÇÃO (CDV).

Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017

ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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CÁLCULO DA LETRA "C" DO SUBMÓDULO 2.1 –


COM CONTA VINCULADA (CDV)
SUBMÓDULO 2.1-C: INCIDÊNCIA DO SUBMÓDULO 2.2 - CDV
Total da Remuneração x percentual da
Memória do cálculo
Tabela
Cálculo R$ 2.730,00 x 7,82%
Valor do Submódulo 2.1-C –
R$ 213,49
encargos do Submódulo 2.2

CÁLCULO DA LETRA "C" DO SUBMÓDULO 2.1 –


SEM CONTA VINCULADA (CDV)

D Primeiro, apure o Submódulo 2.2 em percentuais, de acordo com o


regime de tributação adotado, se Lucro Real/Presumido ou se Sim-
ples Nacional.

SUBMÓDULO 2.1-C: INCIDÊNCIA DO SUBMÓDULO 2.2 – SEM CDV


Memória do cálculo – Lucro
Incidência dos encargos do Submódulo 2.2, em
Real/Presumido ou Simples
percentual, sobre o total do Submódulo 2.1
Nacional

204
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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SUBMÓDULO 2.2 – ENCARGOS


PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FUNDO DE GARANTIA
POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS) E OUTRAS
CONTRIBUIÇÕES

Submódulo 2.2 - Encargos Previdenciários (GPS), Fundo de


Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições
VALOR
2.2 GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES %
(R$)
A INSS2 20,00%
B Salário Educação 2,50%
C SAT
D SESC ou SESI 1,50%
E SENAI - SENAC 1,00%
F SEBRAE 0,60%
G INCRA 0,20%
H FGTS 8,00%
TOTAL
Nota 1: Os percentuais dos encargos previdenciários, do FGTS e demais contribuições são aqueles estabelecidos pela
legislação vigente.
Nota 2: O SAT a depender do grau de risco do serviço irá variar entre 1% para risco leve, 2% para risco médio e 3%
para risco grave.
Nota 3: Esses percentuais incidem sobre o Módulo 1, o Submódulo 2.1. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº
7, Seges/MP, de 20.09.2018).

2 Para mais informações sobre como encontrar o percentual a ser recolhido a título de INSS, de acordo com FPAS da
empresa, e o percentual a ser recolhido a título de outras contribuições (SESI/SESC, SENAI/SENAC, INCRA, SEBRAE
e salário-educação), vide IN RFB nº 971/2009.

205
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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A depender do regime de tributação, se


Lucro Real ou Presumido ou se Simples
Nacional, o recolhimento de outras
IMPORTANTE contribuições (SESI/SESC, SENAI/SENAC,
INCRA, SEBRAE e salário-educação) será
diferenciado. As empresas do Simples
Nacional não se sujeitam a esse
recolhimento. Assim, para efeitos de
cálculo desse Submódulo, é importante
ter um referencial diferenciado do
cálculo para Lucro Real/Presumido e
outro para Simples Nacional.

SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO (SAT) (ATUAL RISCOS


AMBIENTAIS DO TRABALHO (RAT)) – ART. 22, INC. II, ALÍNEAS
“A”, “B” E “C”, DA LEI Nº 8.212/1991

D Finalidade de custeio: aposentadoria especial e benefícios concedi-


dos em razão de incidência de incapacidade laborativa decorrente
dos riscos ambientais do trabalho.

D Percentual variável – Riscos leve, médio e grave (1%, 2% ou 3%).

D Enquadramento – Base de cálculo.

D Atividades sujeitas à aposentadoria especial: acréscimo de 12%, 9%


ou 6% para aposentadoria com 15, 20 ou 25 anos de contribuição.

206
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Obs.: para definição do grau de risco, consultar Anexo do Regula-


mento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999,
na redação dos Decretos nºs 6.047/2007 e 10.410/2020, e confir-
mar no Anexo I da IN RFB nº 971, de 13.11.2009, com a redação
dada pela IN RFB nº 1.071, de 15.09.2010, publicada no DOU de
16.09.2010, disponível no endereço eletrônico: <www.mpas.gov.
br>, link legislação.

Possibilidade de redução ou acréscimo – Cautelas

D Adequações ao FAP (Fator Acidentário de Prevenção) – Arts. 202-A,


303, 305 e 307 do Regulamento da Previdência Social, aprovado
pelo Decreto nº 3.048/1999.

D Cálculo do RAT ajustado fórmula: RAT X FAP.

D O RAT ajustado pode variar entre 0,5% a 6% (resultado da aplicação


máxima ou mínima do FAP – 0,5 a 2,00 – sobre as alíquotas do RAT
– 1%, 2% e 3%).

D O licitante comprova o percentual que indicou na proposta me-


diante juntada de certidão que contenha o percentual do FAP.

207
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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Anexo do Regulamento da Previdência Social:

CNAE 2.0 DESCRIÇÃO ALÍQUOTA


8011-1/01 Atividades de vigilância e segurança privada 3
8011-1/02 Serviços de adestramento de cães de guarda 2
8012-9/00 Atividades de transporte de valores 3
Atividades de monitoramento de sistemas de
8020-0/00 3
segurança
8030-7/00 Atividades de investigação particular 2
Serviços combinados para apoio a edifícios,
8111-7/00 3
exceto condomínios prediais
8112-5/00 Condomínios prediais 2
8121-4/00 Limpeza em prédios e em domicílios 3
8122-2/00 Imunização e controle de pragas urbanas 3
Atividades de limpeza não especificadas
8129-0/00 3
anteriormente

208
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Na Planilha 1 (a ser preenchida pela


Alerta:
Administração para fins de mensurar o
preço), o RAT poderia ser considerado
ATENÇÃO pela alíquota-base ou máxima, conforme
enquadramento. Muito embora a Nota 2
abaixo do Submódulo 2.2 mencione que,
a depender do grau de risco, ele variará
entre 1% (risco leve), 2% (risco médio) e
3% (risco grave), é possível efetuar o
cálculo considerando a alíquota-base
(1%, 2% ou 3%) ou a alíquota máxima
(alíquota-base acrescida de 100%).

Para fins de julgamento, a Administração


deve observar se a licitante preencheu
sua planilha com o RAT ajustado e
comprovou esse percentual mediante
apresentação de documento competente.

A IN nº 07/2018 alterou a redação da


Nota 3 do Submódulo 2.2 e apresentou
a incidência dos percentuais do
IMPORTANTE Submódulo 2.2 somente sobre o
Módulo 1 e o Submódulo 2.1.
Cautela: Apesar da falta de previsão
expressa, há a incidência dos
percentuais do Submódulo 2.2 sobre o
Módulo 4 - Custo de Reposição do
Profissional Ausente.

209
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Possibilidade de organização do submódulo

D Como visto, é possível organizar de forma diferente esse submó-


dulo, seja abrindo uma coluna e transportando os valores para ali
à medida em que a planilha vai sendo calculada, seja abrindo uma
linha abaixo de cada módulo/submódulo e calculando ali as inci-
dências. Veja o que prefere e ajuste esse submódulo.

Existe impacto no Submódulo 2.2


para quem adota a conta-depósito
vinculada. Veja como organizou e
LEMBRE proceda a adequação.
Em nossos exemplos, no encarte de
cálculos, optamos por abrir linhas
abaixo de cada módulo ou
submódulo sobre os quais recaem as
incidências para aportar os valores
correspondentes. Dessa forma, no
Submódulo 2.2 constam apenas os
totais dos percentuais. Para essa
prática, perceba que o Submódulo
2.2 poderia ser o primeiro a ser
calculado somente em percentual
para facilitar a dinâmica dos
cálculos.

210
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

APURAÇÃO DO CÁLCULO EM PERCENTUAL

LUCRO REAL/PRESUMIDO
GPS, FGTS E OUTRAS VALOR
2.2 %
CONTRIBUIÇÕES (R$)
A INSS 20,00%
B Salário Educação 2,50%
6% (no exemplo, adotamos
C SAT
alíquota máxima)
D SESC ou SESI 1,50%
E SENAI - SENAC 1,00%
F SEBRAE 0,60%
G INCRA 0,20%
H FGTS 8,00%
TOTAL 39,8%

SIMPLES NACIONAL
GPS, FGTS E OUTRAS VALOR
2.2 %
CONTRIBUIÇÕES (R$)
A INSS 20,00%
B Salário Educação --
6% (no exemplo, adotamos
C SAT
alíquota máxima)
D SESC ou SESI --
E SENAI - SENAC --
F SEBRAE --
G INCRA --
H FGTS 8,00%
TOTAL 34,00%

211
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Visualizando a composição dos encargos abaixo de cada módulo:

MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base

B Adicional de Periculosidade

C Adicional de Insalubridade

D Adicional Noturno

E Adicional de Hora Noturna Reduzida

F Outros (especificar)

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DA REMUNERAÇÃO.


Aplicar o percentual de encargos sobre a Remuneração, conforme
exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre a remuneração
- Simples Nacional: 34% sobre a remuneração

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL


2 .1 VALOR (R$)
DE FÉRIAS

A 13º (décimo terceiro) Salário

B Férias e Adicional de Férias

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DO SUBMÓDULO 2.1


Se adota a CDV: aplicar o percentual da Tabela sobre a Remuneração.
Se não adota a CDV: aplicar o percentual de encargos sobre o total do
Submódulo 2.1, conforme exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre o total do Submódulo 2.1
- Simples Nacional: 34% sobre o total do Submódulo 2.1

212
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 2.2 - ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO


DE SERVIÇO (FGTS) E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES

VALOR (R$) Zerar


GPS, FGTS
os valores, já que
2.2 E OUTRAS %
são meramente
CONTRIBUIÇÕES
referenciais

A INSS 20,00% 0,0

LR/P: 2,50%
B Salário Educação 0,0
Simples: 0%

6%, alíquota máxima,


C SAT 0,0
conforme exemplo

LR/P: 1,50%
D SESC ou SESI 0,0
Simples: 0%

LR/P: 1,0%
E SENAI - SENAC 0,0
Simples: 0%

LR/P: 0,6%
F SEBRAE 0,0
Simples: 0%

LR/P: 0,2%
G INCRA 0,0
Simples: 0%

H FGTS 8,00% 0,0

LR/P: 39,8%
TOTAL
Simples: 34%

MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado

Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio


B Aplicar 8% sobre a letra “A”
Indenizado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


C
Aviso-Prévio Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado

Aplicar LR/P: 39,8%


Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições
E Simples: 34%
sobre o Aviso-Prévio Trabalhado
Sobre a letra “D”

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


F
Aviso-Prévio Trabalhado

TOTAL

213
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 4.1 - SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias

B Substituto na cobertura de ausências legais

C Substituto na cobertura de licença-paternidade

Substituto na cobertura de ausência por acidente de


D
trabalho

E Substituto na cobertura de afastamento maternidade

Substituto na cobertura de outras ausências


F
(especificar)

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DO SUBMÓDULO 4.1


Aplicar o percentual de encargos sobre o Submódulo 4.1, conforme
exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre o Submódulo 4.1
- Simples Nacional: 34% sobre o Submódulo 4.1

SUBMÓDULO 4.2 - SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA

4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA VALOR (R$)

Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou


A
alimentação

TOTAL

ENCARGOS DO SUBMÓDULO 2.2 SOBRE O TOTAL DO SUBMÓDULO 4.2


Aplicar o percentual de encargos sobre o Submódulo 4.2, conforme
exemplo que segue:
- Lucro Real/Presumido: 39,8% sobre o Submódulo 4.2
- Simples Nacional: 34% sobre o Submódulo 4.2

214
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

COMPOSIÇÃO DOS ENCARGOS ABRINDO COLUNAS


CORRESPONDENTES
MÓDULO 1: COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO

1 COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO VALOR (R$)

A Salário-Base

B Adicional de Periculosidade

C Adicional de Insalubridade

D Adicional Noturno

E Adicional de Hora Noturna Reduzida

F Outros (especificar)

TOTAL

SUBMÓDULO 2.1 - 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E ADICIONAL DE FÉRIAS

13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO, FÉRIAS E


2 .1 VALOR (R$)
ADICIONAL DE FÉRIAS

A 13º (décimo terceiro) Salário

B Férias e Adicional de Férias

TOTAL

SUBMÓDULO 2.2 - ENCARGOS PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO


DE SERVIÇO (FGTS) E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES

VALOR VALOR VALOR


GPS, FGTS VALOR DO
DO SUB- DO SUB- DO SUB-
2.2 E OUTRAS % MÓDULO 1
MÓDULO MÓDULO MÓDULO
CONTRIBUIÇÕES (R$)
2.1 4.1 4.2

A INSS 20,00%

LR/P:
2,50%
B Salário Educação
Simples:
0%

6%,
alíquota
C SAT máxima,
conforme
exemplo

LR/P:
D SESC ou SESI 1,50%
Simples: 0%

LR/P: 1,0%
E SENAI - SENAC
Simples: 0%

215
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

LR/P: 0,6%
F SEBRAE
Simples: 0%

LR/P: 0,2%
G INCRA
Simples: 0%

H FGTS 8,00%

LR/P: 39,8%
TOTAL
Simples: 34%

MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado

Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio


B Aplicar 8% sobre a letra “A”
Indenizado

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


C
Aviso-Prévio Indenizado

D Aviso-Prévio Trabalhado

Aplicar LR/P: 39,8%


Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições
E Simples: 34%
sobre o Aviso-Prévio trabalhado
Sobre a letra “D”

Multa do FGTS e contribuição social sobre o


F
Aviso-Prévio Trabalhado

TOTAL

SUBMÓDULO 4.1 - SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias

B Substituto na cobertura de ausências legais

C Substituto na cobertura de licença-paternidade

Substituto na cobertura de ausência por


D
acidente de trabalho

Substituto na cobertura de afastamento


E
maternidade

Substituto na cobertura de outras ausências


F
(especificar)

TOTAL

SUBMÓDULO 4.2 - SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA

4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA VALOR (R$)

Substituto na cobertura de intervalo para repouso ou


A
alimentação

TOTAL

216
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 2.3 – BENEFÍCIOS MENSAIS E


DIÁRIOS

TRANSPORTE
AUXÍLIO-REFEIÇÃO/ALIMENTAÇÃO
ASSISTÊNCIA MÉDICA E FAMILIAR
OUTROS (ESPECIFICAR)
Nota 1: O valor informado deverá ser o custo real do benefício (descontado o valor eventualmente pago pelo empre-
gado).
Nota 2: Observar a previsão dos benefícios contidos em acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho e aten-
tar-se ao disposto no art. 6º desta Instrução Normativa.

Previsão de indicador para a formação do cálculo.

TRANSPORTE

SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
A Transporte  

D Vale-transporte: Lei nº 7.418/1985 – Exercício do direito.

D Participação do empregador e participação do empregado.

217
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Efetivo custo do vale-transporte – Aporte na planilha

D O custo do vale-transporte para a empresa prestadora de ser-


viço corresponde ao montante que exceder a 6% do salário do
empregado, limitado ao custo real do vale-transporte.

D O desconto da parte do empregado corresponde a 6% de seu


salário básico.

D Apuração da média de dias úteis – Sugestão

[Quantidade de dias no ano – (Quantidade de domingos no


ano + Quantidade de feriados que não coincidem com do-
mingos)] ÷ Meses do ano
(365 – 60) ÷ 12 = 25,42

CÁLCULO DA LETRA "A" DO


SUBMÓDULO 2.3.
ENCARTE

218
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Dados para o cálculo:

D Média de dias úteis do mês = 25,42

D Desconto da parte do empregado (6% de seu salário básico)

R$ 2.100,00 x 6%

Memória do cálculo:

(Valor do vale-transporte x Quantidade de vales utilizados por


dia x Média dos dias úteis do mês) – Desconto da parte do
empregado

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO (VALES, CESTA BÁSICA, ENTRE


OUTROS)

SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
B Auxílio-alimentação/refeição

219
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Como visto anteriormente, a reforma


Alerta:
trabalhista, no § 2º do art. 457 da CLT,
menciona que as importâncias, ainda que
ATENÇÃO habituais, pagas a título de
auxílio-alimentação, vedado seu
pagamento em dinheiro, não integram a
remuneração do empregado, não se
incorporam ao contrato de trabalho e não
constituem base de incidência de
qualquer encargo trabalhista e
previdenciário.

Assim, a alimentação que não for


concedida em dinheiro é entendida como
benefício, e seu valor será aqui alocado.
Avalie se existe previsão de desconto em
documento coletivo da categoria e qual é
o valor concedido a título de alimentação.

Caso o montante da alimentação seja


concedido pela empresa por meio do
Programa de Alimentação ao Trabalhador
(PAT), é possível, segundo legislação
própria (Lei nº 6.321/1976 e suas
regulações), que seja efetuado um
desconto no salário do empregado no
importe de 20% do custo da alimentação,
salvo disposição expressa em contrário
em documento coletivo da categoria.

220
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CÁLCULO DA LETRA "B" DO


SUBMÓDULO 2.3.
ENCARTE

Dados para o cálculo:

D Média de dias úteis do mês = 25,42, conforme exemplo anterior

D Valor da alimentação por dia útil: R$ 20,00

D Desconto da parte do empregado (20% do custo da alimentação)

(Custo da alimentação dia x Média de dias úteis do mês) x 20%


(R$ 20,00 x 25,42) = R$ 508,40 (custo da alimentação mensal)
R$ 508,40 X 20% = R$ 101,68 (custo assumido pelo empregado)

Memória do cálculo:

(Valor do auxílio-alimentação diário x Média dos dias úteis do


mês) - Custo do vale-alimentação assumido pelo empregado

221
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ASSISTÊNCIAS MÉDICA E FAMILIAR

SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
C Assistências médica e familiar

D Observe o documento coletivo da categoria

D Atenção! Referência de valor: CCT/mercado

D Apuração

CÁLCULO DA LETRA "C" DO


SUBMÓDULO 2.3.
ENCARTE

OUTROS (ESPECIFICAR)
D A Nota 2 abaixo do Submódulo 2.3 orienta observar a previsão de
benefícios contidos em acordos, convenções e dissídios coletivos
de trabalho e atentar para o disposto no art. 6º da IN nº 05/2017.

SUBMÓDULO 2.3
VALOR
2.3 BENEFÍCIOS MENSAIS E DIÁRIOS
(R$)
D Outros (especificar)

222
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

O art. 6º da IN nº 05/2017 menciona


que a Administração não se vincula
às disposições contidas em acordos,
LEMBRE convenções ou dissídios coletivos de
trabalho que tratem de pagamento
de participação nos lucros ou
resultados da empresa contratada,
de matéria não trabalhista, ou que
estabeleçam direitos não previstos
em lei, tais como valores ou índices
obrigatórios de encargos sociais ou
previdenciários, bem como de
preços para os insumos relacionados
ao exercício da atividade.

Auxílio-creche

> Direito

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 389. [...]
§ 1º Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30
(trinta) mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão
local apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob
vigilância e assistência os seus filhos no período de amamenta-
ção.

223
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de ado-
ção, até que este complete 6 (seis) meses de idade [...]. (Redação
dada pela Lei nº 13.509, de 2017)

> Cautela – Necessidade de avaliação: o auxílio-creche


pode decorrer de obrigação legal ou de disposição em
documento coletivo da categoria

D Atenção! Referência de valor: CCT/mercado

> Referências exemplificativas para o cálculo

D Valor mensal do auxílio-creche: verificar na CCT/mercado

D Meses de concessão

D Incidência de ocorrência (indicador)

Memória do cálculo
(Valor mensal do auxílio-creche x Meses de concessão x Indica-
dor) ÷ Meses do ano

224
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Outros exemplos

Se o valor do benefício for percebido


Alerta:
mensalmente pelo empregado, o valor
aportado é o valor mensal diminuídos os
ATENÇÃO descontos, conforme previsão contratual
ou em CCT. De outro modo, se somente
será concedido quando diante de alguma
condição, deverá ser apurada a incidência
de ocorrência mediante dado indicador.

Seguros de vida, por invalidez e funeral

Apuração

Despesas odontológicas

Apuração

Auxílio funeral

Apuração

CÁLCULO DA LETRA "D" DO


SUBMÓDULO 2.3.
ENCARTE

225
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

QUADRO-RESUMO DO MÓDULO 2 – ENCARGOS E


BENEFÍCIOS ANUAIS, MENSAIS E DIÁRIOS

LUCRO REAL E PRESUMIDO


2 ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, VALOR (R$)
MENSAIS E DIÁRIOS
2.1 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e  
Adicional de Férias
2.2 GPS, FGTS e outras contribuições  
2.3 Benefícios Mensais e Diários  
TOTAL  

SIMPLES NACIONAL
2 ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS, VALOR (R$)
MENSAIS E DIÁRIOS
2.1 13º (décimo terceiro) Salário, Férias e  
Adicional de Férias
2.2 GPS, FGTS e outras contribuições  
2.3 Benefícios Mensais e Diários  

TOTAL  

226
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 3 – PROVISÃO PARA RESCISÃO

AVISO-PRÉVIO INDENIZADO
INCIDÊNCIA DO FGTS SOBRE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO
MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-PRÉVIO
INDENIZADO
AVISO-PRÉVIO TRABALHADO
INCIDÊNCIA DE GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOBRE O
AVISO-PRÉVIO TRABALHADO
MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-PRÉVIO
TRABALHADO

D Obs.: previsão de indicador para formação do cálculo

ENTENDENDO O AVISO-PRÉVIO – CONSIDERAÇÕES INICIAIS

D Cabimento do aviso-prévio

D Objetivo do aviso-prévio dado pelo empregador ao empregado

D Tipos de aviso-prévio – Trabalhado e indenizado

D Aviso-prévio trabalhado (APT) – Forma de cumprimento – Efeitos

D Aviso-prévio indenizado (API) – Efeitos

227
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Premissa para os empregados que tenham até 1 ano de serviço na


empresa – Custo da empresa prestadora excedente à remuneração dos
dias trabalhados, a ser planilhado
Lógica do APT Lógica do API

APT de 30 dias: empregado trabalha 23 API de 30 dias: empregado


e fica 7 em casa não trabalha
Custo com a ausência do trabalho: 7 Custo com a ausência do
dias trabalho: 30 dias

Proporcionalidade do aviso-prévio

D Previsão constitucional (CF/1988)

Constituição Federal
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mí-
nimo de trinta dias, nos termos da lei;

D Previsão da CLT

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 487. Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo
motivo, quiser rescindir o contrato, deverá avisar a outra da sua
resolução, com a antecedência mínima de 30 dias.

228
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

I – 8 dias, se o pagamento for efetuado por quinzena ou mês, ou


que tenham mais de 12 meses de serviço na empresa (prejudica-
do pela redação da CF/88, art. 7º, XXI, que prevê aviso prévio de,
no mínimo, 30 dias).
II - 30 dias aos que percebem por quinzena ou mês, ou que te-
nham mais de 12 meses de serviço na empresa.
[...]
Art. 488. O horário normal de trabalho do empregado, durante o
prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empre-
gador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do
salário integral.
Parágrafo único. É facultado ao empregado trabalhar sem a re-
dução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em
que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por
1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na
hipótese do inciso lI do art. 487 desta Consolidação.

> Lei nº 12.506/2011

D A Lei nº 12.506/2011, ao regular a proporcionalidade do aviso-


-prévio3, reporta-se a essa figura jurídica regida pelo Capítulo VI
do Título IV da CLT (arts. 487 a 491) e determina, em seu art. 1º,
que o aviso-prévio “será concedido na proporção de 30 (trinta)
dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na
mesma empresa”.
3 Para mais informações sobre o tema, vide o entendimento do Ministério do Trabalho expresso na Nota Técnica nº
184/2012.

229
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D O parágrafo único do art. 1º dessa lei assim estabelece: “Ao aviso-
-prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de
60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias”.

AVISO-PRÉVIO INDENIZADO

MÓDULO 3
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
A Aviso-Prévio Indenizado  

D CF/1988, art. 7º, inc. XXI – CLT, arts. 477, 487 e 491

Observar a lógica e a coerência para


avisos e multas correspondentes.

IMPORTANTE Verificar o montante de dias custeados


no API.

230
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Formas diferentes de estruturar o cálculo – Exemplos mais


comuns

D Possibilidade 1 – Considerar que todos serão demitidos ao término


do contrato com APT e que a rotatividade durante o contrato será
totalmente alocada em API (ainda que referentes a APT ou API).

D Possibilidade 2 – Considerar a quantidade de dispensa sem justa


causa separando proporcionalmente entre o APT e o API.

Construímos nosso exemplo de acordo


Alerta:
com a Possibilidade 1, considerando
100% em APT e taxa média de
ATENÇÃO rotatividade em API.

Em tempo: ainda que o racional utilizado


não seja considerar 100% de APT e taxa
média de rotatividade para API, o
memorial de cálculo será o mesmo,
devendo ser adaptado apenas o
percentual das demissões.

> Cálculo

D Considerar a taxa média de rotatividade para o API. Após, para


o APT, considerar 100% de demissões.

231
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

A taxa de substituição depende da


Alerta:
realidade dos contratos.

Para o exemplo, utilizamos 5% de


ATENÇÃO
substituições e calculamos tudo como API
(ainda que a rotatividade seja de API e
APT).

Ainda, seria possível raciocinar mais duas


possibilidades:

do quantitativo de substituições, “x”


seriam de 7 dias (APT) e “y” seriam de 30
dias (API). Realiza-se o cálculo em
separado e somam-se os valores,
aportando todo o resultado em API; ou

no APT, abre-se uma linha para prever o


quantitativo de rotatividade em APT,
que deverá ser somado com os 100% de
APT. No API, considera-se apenas o
quantitativo de rotatividade em API.

Para o cálculo do API, adotamos, a


título de exemplo, 5% de
substituições sem justa causa e
LEMBRE calculamos tudo no lugar do API
(ainda que a rotatividade seja de API
e APT).

232
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CÁLCULO DA LETRA "A" DO


MÓDULO 3.
ENCARTE

Memória do cálculo:
(Total da remuneração ÷ Meses do ano) x Indicador de rotativida-
de de dispensa sem justa causa
Atenção: necessidade de dado indicador da rotatividade de dis-
pensa sem justa causa

D Referências exemplificativas para o cálculo:

D Indicador de rotatividade de dispensa sem justa causa: 5%

INCIDÊNCIA DO FGTS SOBRE O AVISO-PRÉVIO INDENIZADO

MÓDULO 3 - LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO E SIMPLES NACIONAL

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

B Incidência do FGTS sobre Aviso-Prévio Indenizado  

233
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – Incidências


legais

TST – Súmula nº 305


O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou
não, está sujeito à contribuição para o FGTS.
(Resolução nº 121/2003; DJ de 19/11/2003)

CÁLCULO DA LETRA "B" DO


MÓDULO 3.
ENCARTE

Memória de cálculo
Aviso-prévio indenizado x Porcentagem de recolhimento mensal
do FGTS

MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-


PRÉVIO INDENIZADO

MÓDULO 3
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
Multa do FGTS e contribuição social sobre o
C  
Aviso-Prévio Indenizado

234
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> FGTS – Direito à multa rescisória

D Base de cálculo

> Contribuição social instituída pela Lei Complementar


nº 110/2001 – Impacto na planilha

D Contribuição social – Lei Complementar nº 110/2001

D Necessidade de cotação na planilha – Percentual

D Cabimento, duração e base de cálculo

D Em 11 de dezembro de 2019, foi publicada a Lei nº 13.932, que ex-


tingue a cobrança da contribuição social de 10% (dez por cento)
devida pelos empregadores em caso de despedida sem justa cau-
sa, instituída pela Lei Complementar nº 110/2001. O art. 12 da Lei
nº 13.932/2019 assim estabelece: "Art. 12. A partir de 1º de janeiro
de 2020, fica extinta a contribuição social instituída por meio do
art. 1º da Lei Complementar nº 110, de 29 de junho de 2001".

D Como visto, a extinção da contribuição social tem impacto au-


tomático nos contratos administrativos em andamento, e na
formação de preços para novos contratos, quando há mão de
obra exclusiva.

D Por esse motivo, a Secretaria de Gestão orientou os órgãos e as


entidades da Administração Pública federal, autárquica e fun-
dacional no seguinte procedimento:
“(i) Nos contratos vigentes/em andamento:

235
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

a) Proceder a revisão do contratos, com base no § 5º do art.


65 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, visando a adequa-
ção de planilha de formação de preços, desde 1º de janeiro de
2020, com vistas à exclusão da rubrica “Contribuição Social” de
10% sobre o FGTS em caso de demissão sem justa causa, pre-
vista no Módulo 'Provisão para Rescisão' da Planilha de Custo
(Anexo VII-D da In nº 5, de 26 de maio de 2017); e
b) No caso da Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada para Mo-
vimentação, apresentado no item 14 do Anexo XII da IN nº 5, de
2017, proceder a adequação de planilha de formação de pre-
ços, desde 1º de janeiro de 2020, referente à "Multa sobre FGTS
e contribuição social sobre o aviso prévio indenizado e sobre
o aviso prévio trabalhado". O percentual que antes era de 5%
(cinco por cento) passa a ser de 4% (quatro por cento).
(ii) Para as novas contratações:
a) Devem ser adequadas à nova lei, ou seja, devem excluir da
planilha de formação de preços - Módulo 'Provisão para Resci-
são' da Planilha de Custo (Anexo VII-D da In nº 5, de 26 de maio
de 2017) - a rubrica “Contribuição Social” de 10% sobre o FGTS
em caso de demissão sem justa causa, prevista no Módulo 'Pro-
visão para Rescisão' da Planilha de Custo (Anexo VII-D da In nº
5, de 26 de maio de 2017); e

236
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

b) Para a Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada para Movimen-


tação, adequar a planilha de formação de preços, observado o
percentual explicado na alínea ‘b’ do item (i) acima.
(BRASIL. Portal de Compras do Governo Federal. Extinção da Contribuição Social
de 10% sobre o FGTS e os contratos administrativos. 27 jan. 2020. Disponível
em: https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/noticias/1238-
extincao-contribuicao-social-sobre-o-fgts. Acesso em: 10 mar. 2020)

> Conta-depósito vinculada – Considerações

D Em razão de a conta-depósito vinculada prever percentual úni-


co para a multa sobre o FGTS, independentemente do quanti-
tativo de API ou APT, sugerimos zerar a multa do API (Módulo
3-C) e aportar a multa junto ao APT (Módulo 3-F), excluída a
contribuição social.

D Anote o que fez para lembrar:

- “O percentual da Tabela (4%) referente à multa do FGTS (40%)


será aposto, na totalidade na letra “F” desse módulo, motivo
pelo qual a letra “C” do módulo restou zerada.”

237
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Não sendo utilizada a conta-depósito


Alerta:
vinculada, tenha cuidado com o racional
da multa, pois cada vez que existir
ATENÇÃO movimentação de trabalhadores, o custo
é de um aviso-prévio inteiro (seja API,
seja APT), mas a multa é sempre
proporcional ao tempo da duração do
contrato de emprego. A depender da
estrutura que você construiu, é possível
alocar todo o custo em um único título
(ex.: APT) zerando o outro (ex.: API), ou
desmembrar o custo, proporcionalizando
entre APT e API o total das demissões
provisionadas.

D Assim, se o empregado é dispensado sem justa causa no decor-


rer do contrato, a multa recai somente sobre o período que ele
trabalhou.

100%

TÉRMINO DO
SAI Nº 1 CONTRATO
E ENTRA SAI Nº 2
Nº 2
INÍCIO DO
CONTRATO ENTRA
EMPREGADO Nº 1

238
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Resultado: independentemente da quantidade de API e APT e


da rotatividade do contrato, a multa, por ser linear, será calcula-
da considerando 100% dos empregados.

D Resultado: zere aqui e aporte na totalidade junto à letra “F”.

AVISO-PRÉVIO TRABALHADO

MÓDULO 3

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

D Aviso-Prévio Trabalhado  

Cálculo
D Lembre que considerou a taxa média de rotatividade para o API.
Agora, para cálculo do APT, deve considerar 100% de demissões.

CÁLCULO DA LETRA "D" DO


MÓDULO 3.
ENCARTE

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Dias do mês) ÷ Meses do ano] x 7


dias de redução da jornada} x 100%

239
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

INCIDÊNCIA DE GPS, FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOBRE


O AVISO-PRÉVIO TRABALHADO
MÓDULO 3 - LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições  
E
sobre o Aviso-Prévio Trabalhado

MÓDULO 3 - SIMPLES NACIONAL


3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições  
E
sobre o Aviso-Prévio Trabalhado

D Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) – Incidências legais

TST – Súmula nº 305


O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou
não, está sujeito à contribuição para o FGTS.

D Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) – Incidências legais

D RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999 (art. 214)

240
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CÁLCULO DA LETRA "E" DO


MÓDULO 3.
ENCARTE

Memória de cálculo: aplique o percentual de encargos, conforme seja


Lucro Real/Presumido ou Simples Nacional sobre o valor do APT.

MULTA DO FGTS E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O AVISO-


PRÉVIO TRABALHADO

MÓDULO 3

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-  


F
Prévio Trabalhado

D Em 11/12/2019, foi publicada a Lei nº 13.932, que, em seu art. 12,
extingue a cobrança da contribuição social de 10% devida pelos
empregadores em caso de despedida sem justa causa, a contar de
janeiro de 2020, instituída pela Lei Complementar nº 110/2001.

D A extinção da contribuição social, cujo impacto é automático tanto


nos contratos administrativos em andamento quanto na formação
de preços para novos contratos, quando há mão de obra exclusiva,
gerou manifestação da Secretaria de Gestão para orientar os ór-
gãos e as entidades da Administração Pública federal, autárquica e
fundacional no procedimento:

241
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

“(i) Nos contratos vigentes/em andamento:


a) Proceder a revisão do contratos, com base no § 5º do art. 65
da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, visando a adequação de
planilha de formação de preços, desde 1º de janeiro de 2020, com
vistas à exclusão da rubrica “Contribuição Social” de 10% sobre o
FGTS em caso de demissão sem justa causa, prevista no Módulo
'Provisão para Rescisão' da Planilha de Custo (Anexo VII-D da In nº
5, de 26 de maio de 2017); e
b) No caso da Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada para Mo-
vimentação, apresentado no item 14 do Anexo XII da IN nº 5, de
2017, proceder a adequação de planilha de formação de preços,
desde 1º de janeiro de 2020, referente à "Multa sobre FGTS e con-
tribuição social sobre o aviso prévio indenizado e sobre o aviso
prévio trabalhado". O percentual que antes era de 5% (cinco por
cento) passa a ser de 4% (quatro por cento).
(ii) Para as novas contratações:
a) Devem ser adequadas à nova lei, ou seja, devem excluir da pla-
nilha de formação de preços - Módulo 'Provisão para Rescisão'
da Planilha de Custo (Anexo VII-D da In nº 5, de 26 de maio de
2017) - a rubrica “Contribuição Social” de 10% sobre o FGTS em
caso de demissão sem justa causa, prevista no Módulo 'Provisão
para Rescisão' da Planilha de Custo (Anexo VII-D da In nº 5, de 26
de maio de 2017); e

242
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

b) Para a Conta-Depósito Vinculada - Bloqueada para Movimen-


tação, adequar a planilha de formação de preços, observado o
percentual explicado na alínea ‘b’ do item (i) acima.
(BRASIL. Portal de Compras do Governo Federal. Extinção da Contribuição Social
de 10% sobre o FGTS e os contratos administrativos. 27 jan. 2020. Disponível
em: https://www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/noticias/1238-
extincao-contribuicao-social-sobre-o-fgts. Acesso em: 10 mar. 2020)

> Adoção da conta vinculada:


Lembre: Tabela da CDV do Anexo XII da IN nº 05/2017

ITEM PERCENTUAIS

13º (décimo terceiro) salário 8,33%


Férias e 1/3 constitucional 12,10%
**Multa sobre FGTS / CS sobre o
5,00%
API e APT
Subtotal 25,43%
Incidência do Sub. 2.2 sobre
7,39% 7,60% 7,82%
férias + 1/3 e 13º salário*
Total 32,82% 33,03% 33,25%

*Considerando as alíquotas de 1%, 2% ou 3% - grau de risco.


** A Lei nº 13.932/2019 extingue a contribuição social. Por esse motivo o percentual
de reserva mensal para fazer frente à multa sobre o FGTS e à contribuição social de 5%
na tabela acima deve ser adaptado para 4%. Nesse sentido, ver notícia no seguinte
endereço eletrônico: www.comprasgovernamentais.gov.br/index.php/1238-extincao-
-contribuicao-social-sobre-o-fgts.

Memória do cálculo da multa do FGTS (40%), com adoção de CDV

D Total da remuneração X Percentual da tabela (4%)

243
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Relembre: o percentual das incidências no Anexo recai sobre API e


APT. Então, sugerimos zerar a letra “C” desse módulo, e aplicar aqui
o percentual da Tabela sobre a remuneração.

D Anote o que fez para lembrar:

- “O percentual da Tabela adaptado com a exclusão da contribui-


ção social (4%) foi aplicado sobre a remuneração e alocado nesse
item. Esse percentual considera a multa do FGTS (40%) tanto so-
bre o API quanto sobre o APT. Assim, foi zerada a letra “C” desse
módulo, que previa a aplicação da multa do FGTS sobre o API.”

CÁLCULO DA LETRA "F" DO


MÓDULO 3.
ENCARTE

Memória do cálculo

Total da remuneração x Percentual adaptado da Tabela do Anexo XII


da IN nº 05/2017

Não sendo adotada a conta-depósito


Alerta:
vinculada, é possível considerar 100% de
demissões com APT. Se essa foi a opção,
ATENÇÃO você zerou a multa do FGTS referente ao
API. Agora, considerando que a multa do
FGTS é linear, será calculada aqui com
base em 100% dos empregados.

244
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Memória do cálculo da multa do FGTS (40%), sem adoção de CDV

{[(Total da remuneração + 13º + Férias e 1/3) x Multa sobre o


FGTS] x Alíquota de recolhimento mensal de FGTS} x 100%

Distrato – Quadro comparativo – Reforma trabalhista


REDAÇÃO
REFORMA: LEI Nº 13.467/2017
DA CLT

Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por


acordo entre empregado e empregador, caso em que
serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
I – por metade:
a) o aviso prévio, se indenizado; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, prevista no § 1º do art. 18 da Lei nº
8.036, de 11 de maio de 1990;
II – na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
§ 1º A extinção do contrato prevista no caput deste
artigo permite a movimentação da conta vinculada do
trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de
maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do
valor dos depósitos.
§ 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput
deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de
Seguro desemprego.

245
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

COMO PODERÁ FICAR O MÓDULO 3 DA PLANILHA COM O


IMPACTO DA REFORMA TRABALHISTA?

D Se houver rescisões por acordo, tanto a multa do FGTS quanto o


aviso-prévio indenizado, se for o caso, comportam redução de 50%.

QUADRO-RESUMO DO MÓDULO 3 – PROVISÃO PARA RESCISÃO

LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO

3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)

A Aviso-Prévio Indenizado  
B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado  
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
C
Indenizado
D Aviso-Prévio Trabalhado
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o
E
Aviso-Prévio Trabalhado
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
F
Trabalhado
TOTAL

*A Lei nº 13.932/2019, em seu art. 12, extingue a contribuição social a contar de janeiro de 2020.

246
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SIMPLES NACIONAL
3 PROVISÃO PARA RESCISÃO VALOR (R$)
A Aviso-Prévio Indenizado  
B Incidência do FGTS sobre o Aviso-Prévio Indenizado  
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
C
Indenizado
D Aviso-Prévio Trabalhado
Incidência de GPS, FGTS e outras contribuições sobre o
E
Aviso-Prévio Trabalhado
*Multa do FGTS e contribuição social sobre o Aviso-Prévio
F
Trabalhado
TOTAL

*A Lei nº 13.932/2019, em seu art. 12, extingue a contribuição social a contar de janeiro de 2020.

247
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 4 – CUSTO DE REPOSIÇÃO DO


PROFISSIONAL AUSENTE

SUBMÓDULO 4.1 - SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS


SUBMÓDULO 4.2 - SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA
Nota 1: Os itens que contemplam o módulo 4 se referem ao custo dos dias trabalhados pelo repositor/substituto,
quando o empregado alocado na prestação de serviço estiver ausente, conforme as previsões estabelecidas na legis-
lação. (Redação alterada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018).
Nota 2: Revogada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018.

Alerta:
Necessidade de dado indicador para
formação do cálculo.
ATENÇÃO

248
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS


LEGAIS

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias  


B Substituto na cobertura de ausências legais  
C Substituto na cobertura de licença-paternidade
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho
Substituto na cobertura de afastamento
E
maternidade
Substituto na cobertura de outras ausências
F
(especificar)
TOTAL
Nota: Revogada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018.

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE FÉRIAS


D Avalie adequadamente a permanência desse custo raciocinan-
do os valores pertinentes a esse título em toda a planilha.

SUBMÓDULO 4.1
SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AUSÊNCIAS VALOR (R$)
4.1
LEGAIS
A Substituto na cobertura de férias  

249
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CUSTO DE UMA AUSÊNCIA POR MOTIVO DE FÉRIAS DO EMPREGADO


PAGAMENTO ACOMODAÇÃO NA CUSTO
CUSTO
PELA EMPRESA PLANILHA EXTRA
Empregado – Sim, como Sim
Não
Férias (30 dias) adiantamento. Submódulo 2.1 – B
Empregado
– Terço Sim
Sim, com as férias. Não
constitucional de Submódulo 2.1 – B
férias (30 dias)
Sim
Empregado – Ou no Submódulo
INSS/FGTS sobre 2.1, abaixo da
Sim Não
férias acrescidas letra “B”; ou no
de 1/3 (30 dias) Submódulo 2.2 –
Encargos
Sim
Substituto que Módulo 1 –
cobrirá as férias composição da
Sim, como salário Não
do empregado remuneração, na
(30 dias) letra “A” e demais, se
necessário
Substituto – INSS/
FGTS sobre salário Sim
durante as férias Sim Submódulo 2.2 – Não
do empregado Encargos
ausente (30 dias)

D E as férias do empregado substituto? Não se trata de custo a ser


retratado na planilha?

250
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Sim, desde que proporcionalizada ao tempo da substituição. Ocor-


re que o substituto também terá direito ao terço constitucional de
férias, ao aviso-prévio, à multa do FGTS, aos benefícios etc.

D Então, onde deverá ser planilhado esse custo?

D Esse custo deverá ser comportado na letra “F” do Submódulo 4.1


– Ausências legais, ou em quadro abaixo de cada submódulo, me-
diante análise do custo correspondente, sempre proporcionalizado
ao tempo da substituição.

CÁLCULO DA LETRA "A" DO


SUBMÓDULO 4.1.
ENCARTE

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AUSÊNCIAS LEGAIS

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
B Substituto na cobertura de ausências legais

251
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Injustificadas – Tratativa

> Justificadas ou abonadas por lei

O art. 473 da CLT apresenta uma lista de


eventos que podem justificar a falta de
empregado. Nesse caso, a empresa
IMPORTANTE deverá efetuar normalmente o
pagamento do dia de trabalho para o
empregado e, como terá de repor o
serviço, também deverá efetuar o
pagamento do dia para o substituto.

Consolidação das Leis do Trabalho


Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem
prejuízo do salário: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge,
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua
carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência
econômica; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso
incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da pri-
meira semana; (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de
doação voluntária de sangue devidamente comprovada; (Inciso in-
cluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

252
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar


eleitor, nos têrmos da lei respectiva. (Inciso incluído pelo Decreto-lei
nº 229, de 28.2.1967)
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do
Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17
de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Incluído pelo Decreto-lei
nº 757, de 12.8.1969)
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas
de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino
superior. (Inciso incluído pela Lei nº 9.471, de 14.7.1997)
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que compa-
recer a juízo. (Incluído pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999)
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de
representante de entidade sindical, estiver participando de reunião
oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
(Incluído pela Lei nº 11.304, de 2006)
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames
complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou
companheira; Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis)
anos em consulta médica. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho,
em caso de realização de exames preventivos de câncer de-
vidamente comprovada. (Incluído pela Lei nº 13.767, de 2018)

253
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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CÁLCULO DA LETRA "B" DO


SUBMÓDULO 4.1.
ENCARTE

Memória do cálculo

[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano] x Indica-


dor da média de ausências por ano

D Referências exemplificativas para o cálculo

D Indicador da média de ausências por ano – Necessidade

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE LICENÇA-PATERNIDADE

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
C Substituto na cobertura de licença-paternidade

D CF/1988, art. 7º, inc. XIX – Ato das Disposições Constitucionais Tran-
sitórias (ADCT), art. 10, § 1º

D Direito – 5 dias

D Possibilidade de ampliação – Situações

254
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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CÁLCULO DA LETRA "C" DO


SUBMÓDULO 4.1.
ENCARTE

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano] x Dias


de licença} x Indicador da incidência de ocorrência da li-
cença-paternidade

D Referências exemplificativas para o cálculo

D Indicador da incidência de ocorrência da licença-paternidade – Ne-


cessidade

255
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AUSÊNCIA POR ACIDENTE DE


TRABALHO
SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho

D Lei nº 8.213/1991, arts. 19 a 23

D Conceito

D Equiparação

D Afastamento

CÁLCULO DA LETRA "D"


"C" DO
SUBMÓDULO 4.1.
2.3.
ENCARTE

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano] x Dias


de licença} x Indicador da incidência de ocorrência da li-
cença-paternidade
D Referências exemplificativas para o cálculo
D Indicador da incidência de ocorrência da licença-paternidade – Ne-
cessidade

256
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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TEMA POLÊMICO

AFERIÇÃO DO CUSTO DO SALÁRIO-MATERNIDADE NA


PLANILHA – SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AFASTAMENTO
MATERNIDADE

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de afastamento
E
maternidade

D Em razão da complexidade da formação desse custo, sugere-se que


ele seja aportado em separado.

SUBSTITUTO NA COBERTURA DE OUTRAS AUSÊNCIAS


(ESPECIFICAR)

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de outras ausências
F
(especificar)

D Demais custos decorrentes da cobertura do profissional ausente,


desde que especificados.

257
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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D Considerações:

- Nota 1 do Módulo 4: custo dos dias trabalhados pelo repositor/


substituto

- Ainda que o modelo da planilha faça referência apenas a “custo


de dias trabalhados pelo repositor/substituto”, é certo que a em-
presa prestadora terá outros custos trabalhistas, previdenciários
e de FGTS com o substituto/repositor, a exemplo de férias, 13º
salário, benefícios, custos rescisórios etc.

- Por constituírem custo da empresa prestadora com a substitui-


ção para a prestação do serviço, devem aparecer na planilha de
forma especificada.

- É importante avaliar a possibilidade de ser criado um novo gru-


po para a composição desses custos ou, ainda, de serem criados
quadros para custo de substituição abaixo de cada módulo em
que esse custo se fizer necessário.

258
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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EXEMPLOS DE OUTROS CUSTOS E SUBSTITUTO NA COBERTURA


DE OUTRAS AUSÊNCIAS – NECESSIDADE DE ESPECIFICAÇÃO

Ausência por doença

D Conceito - Lei nº 8.213/1991, arts. 59 a 64 – RPS, arts. 71 a 80

D Período a ser suportado pela empresa prestadora de serviços

D Período a ser suportado pelo INSS

D Repercussões na prestação de serviços:

- contribuição previdenciária

- FGTS

Obs.: previsão de indicador conforme a categoria envolvida.

SUBMÓDULO 4.1
VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de outras ausências -
F
Ausência por doença

259
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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CÁLCULO DA LETRA "F" DO


SUBMÓDULO 4.1.
ENCARTE

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração ÷ Mês) ÷ Meses do ano] x Média de


dias pagos pela empresa} x Porcentagem de incidência de ocor-
rência de ausências por doença

D Referências exemplificativas para o cálculo

D Porcentagem da incidência de ocorrência e média de dias pagos


pela empresa – Necessidade

INCIDÊNCIA DO SUBMÓDULO 2.2 – ENCARGOS


PREVIDENCIÁRIOS (GPS), FGTS E OUTRAS CONTRIBUIÇÕES –
SOBRE O SUBMÓDULO 4.1

CÁLCULO DA LETRA "G" DO SUBMÓDULO 4.1


- SUGESTÃO CONFORME ANTERIORMENTE
ENCARTE EXPLICITADO

260
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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D Lembre: muito embora o modelo da planilha na Nota 3 do Submó-


dulo 2.2 determine a aplicação dos percentuais ali especificados
apenas sobre o Módulo 1 e o Submódulo 2.1, sugerimos sua inclu-
são em letra “G”, destacada ao término desse módulo.

Memória do cálculo

D Subtotal do custo de reposição do profissional ausente x Incidên-


cia do Submódulo 2.2 (Lucro Real e Presumido / Simples)

SUGESTÃO FINAL PARA O SUBMÓDULO 4.1

D Lembre: o modelo atual da planilha de custos apresenta a incidên-


cia de encargos previdenciários, de FGTS e outras contribuições no
Submódulo 2.2.

D Para melhor organizar a planilha, sugerimos que essas incidências


sejam calculadas logo abaixo de cada módulo, zerando assim o
Submódulo 2.2.

D Outra sugestão para esse Submódulo, por razões já especificadas, é


zerar a letra “A” – férias.

D Ainda, sugerimos aportar a letra “E” – Afastamento Maternidade


em separado, em razão da complexidade do custo envolvido.

D Trata-se apenas de sugestões. Uma vez adotadas as sugestões, a


estrutura do Submódulo 4.1 ficaria assim:

261
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUGESTÃO – LUCRO REAL/PRESUMIDO

4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias


B Substituto na cobertura de ausências legais
C Substituto na cobertura de licença-paternidade
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho
Substituto na cobertura de outras ausências
E
(especificar)
TOTAL
Incidência do Submódulo 2.2 – encargos previdenciários (GPS), Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições*
*CALCULAR SOBRE O VALOR DO TOTAL DO SUBMÓDULO 4.1

SUBMÓDULO 4.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUGESTÃO – SIMPLES NACIONAL
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS VALOR (R$)

A Substituto na cobertura de férias  


B Substituto na cobertura de ausências legais  
C Substituto na cobertura de licença-paternidade
Substituto na cobertura de ausência por acidente
D
de trabalho
Substituto na cobertura de outras ausências
E
(especificar)
TOTAL
Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários (GPS), Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições*
*CALCULAR SOBRE O VALOR DO TOTAL DO SUBMÓDULO 4.1

262
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

TEMA POLÊMICO

AFERIÇÃO DO CUSTO DO AFASTAMENTO MATERNIDADE NA


PLANILHA – SUGESTÃO PARA O CÁLCULO DO AFASTAMENTO
MATERNIDADE

SUBMÓDULO 4.1 – SUGESTÃO PARA O CÁLCULO DO


AFASTAMENTO MATERNIDADE

VALOR
4.1 SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
(R$)
Substituto na cobertura de afastamento
E maternidade

D CF/1988, art. 7º, inc. XVIII, Lei nº 8.213/1991, art. 93 e seguintes e


Lei nº 10.421/2002.

D Parto, aborto ou adoção – Duração da licença.

D Salário-maternidade – Valor

- pagamento do salário-maternidade;

- encargos sociais devidos durante a licença.


.

O Plenário do STF, no julgamento do RE


Alerta:
nº 576.967, com repercussão geral
reconhecida, declarou inconstitucional a
incidência de contribuição
ATENÇÃO previdenciária a cargo do empregador
sobre o salário-maternidade.

263
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Período de afastamento da empregada – Custo da empresa presta-


dora de serviços

- empregada afastada – INSS;

- substituto – custo já considerado.

- Obs.: previsão de indicador para a formação do cálculo.

D Possibilidade de ampliação – Situações

264
Aferição do custo do afastamento maternidade na planilha

CUSTO DO AFASTAMENTO MATERNIDADE

VERBA EMPREGADA SUBSTITUTO ACOMODAÇÃO NA PLANILHA CUSTO EXTRA

( ) empresa ( x ) empresa Sim


$120 dias Não
( x ) INSS ( ) INSS Mód. 1 - Comp. Remuneração
INSS/FGTS sobre ( x ) empresa* ( x ) empresa + - Apenas 1 vez no Sub. 2.2 1 vez, proporcional
$120 dias ( ) INSS ( ) INSS Encargos aos 120 dias

13º salário dos 120 ( ) empresa ( x ) empresa Sim


Não
dias ( x ) INSS ( ) INSS Sub. 2.1, A: 13º salário
INSS/FGTS sobre + - Apenas 1 vez
( x ) empresa ( x ) empresa 1 vez, proporcional
13º salário dos 120 Ou no Submódulo 2.1, abaixo da
( ) INSS ( ) INSS aos 120 dias
dias letra B; ou no Sub. 2.2, Encargos
Férias + 1/3 dos ( x ) empresa ( x ) empresa + - Apenas 1 vez 1 vez, proporcional
120 dias ( ) INSS ( ) INSS Sub. 2.1, B - Férias e Adic. férias aos 120 dias
INSS/FGTS sobre + - Apenas 1 vez
( x ) empresa ( x ) empresa 1 vez, proporcional
férias + 1/3 dos Ou no Submódulo 2.1, abaixo da
( ) INSS ( ) INSS aos 120 dias
120 dias letra B; ou no Sub. 2.2 Encargos

*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre INSS do salário-maternidade.

265
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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D Resultado: sugerimos criar um quadro específico para o afas-


tamento maternidade.

D A letra “E” do Submódulo 4.1, que sugerimos destacar e criar


o Quadro 4.1.1, não deve comportar previsão de salário-ma-
ternidade.

D Contudo, o afastamento-maternidade apresenta, ainda, ou-


tros custos. Assim, haverá, minimamente, impacto sobre o
cálculo do item Férias mais 1/3 CF/1988 e reflexos sobre os
salários e o 13º salário referentes ao período de afastamento.

Sugestão

D Apuração das férias mais 1/3 CF/1988 do substituto referente ao


afastamento maternidade

D No item Afastamento Maternidade, deve ser aposta a cotação re-


ferente às férias mais 1/3 CF/1988 que serão pagas ao substituto
da empregada afastada por licença, tendo como referência os 120
dias do afastamento, de acordo com a sugestão a seguir:

266
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 4.1.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AFASTAMENTO MATERNIDADE
SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
4.1.1 – SUBSTITUTO NA COBERTURA DE VALOR (R$)
AFASTAMENTO MATERNIDADE
Afastamento maternidade (férias mais 1/3 CF/1988  
A
pagas ao Substituto pelos 120 dias de reposição)

LUCROS REAL E PRESUMIDO SIMPLES NACIONAL


Incidência do Submódulo Incidência do Submódulo
2.2 sobre as férias mais 2.2 sobre as férias mais
B 1/3 CF/1988 pagas ao B 1/3 CF/1988 pagas ao
substituto pelos 120 dias substituto pelos 120 dias
de substituição de substituição

Incidência dos encargos do Submódulo


Alerta:
2.2 sobre o afastamento maternidade –
Sugestão: aportar aqui, em separado, ou
ATENÇÃO no Submódulo 2.2, discriminado.

CÁLCULO DA LETRA "E" DO SUBMÓDULO 4.1


- SUGESTÃO: SUBMÓDULO 4.1.1,
ENCARTE LETRA "A" E "B".

267
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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SUBMÓDULO 4.1.1-A: AFASTAMENTO MATERNIDADE (FÉRIAS


MAIS 1/3 CF/1988 PAGAS AO SUBSTITUTO PELOS 120 DIAS DE
REPOSIÇÃO

Memória do cálculo

{[(Total da remuneração + Terço constitucional) x (Me-


ses de afastamento por licença-maternidade ÷ Meses do
ano)] ÷ Meses do ano} x Indicador

D Referências exemplificativas para o cálculo

D Incidência de ocorrência (indicador) – Necessidade

SUBMÓDULO 4.1.1-B: INCIDÊNCIAS DO SUBMÓDULO 2.2

Apuração

D Obs.: de acordo com a nossa sugestão de cálculo, considerando


que calculamos as férias que seriam pagas ao substituto pela subs-
tituição realizada, agora, aportaremos as incidências legais sobre
esse evento.

Memória do cálculo

D Afastamento maternidade (Férias mais 1/3 CF/1988 pagas ao subs-


tituto pelos 120 dias de reposição) x Incidência do Submódulo 2.2
(Lucro Real e Presumido / Simples Nacional)

268
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

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> Sugestão – Encargos

D Apuração dos encargos sobre salários e o 13º do substituto re-


ferente ao afastamento maternidade.

D Impacto dos encargos referentes aos salários* (inclusive 13º)


percebidos pelo substituto da empregada afastada durante os
120 dias da licença-maternidade.
*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade
sobre INSS do salário-maternidade.

Conclusão:

D Atribuir apenas o reflexo para efeito de encargos de INSS, FGTS, RAT


e terceiras entidades sobre o salário percebido pelo substituto nos
120 dias* e sobre os avos proporcionais de 13º salário referentes ao
período de afastamento.
*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre
INSS do salário-maternidade.

> Sugestão

D Aportar aqui a incidência dos encargos do Submódulo 2.2 sobre o


salário* e 13º salário proporcionais ao afastamento maternidade,
percebidos pelo substituto, de acordo com a sugestão a seguir:
*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade
sobre INSS do salário-maternidade.

269
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 4.1.1 – LUCRO REAL E LUCRO PRESUMIDO


SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
4.1.1 – SUBSTITUTO NA COBERTURA DE VALOR (R$)
AFASTAMENTO MATERNIDADE
Incidência do Submódulo 2.2 sobre a
remuneração* e 13º salário proporcionais aos
C  
120 dias de reposição em razão da licença-
-maternidade
*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre INSS
do salário-maternidade.

CÁLCULO DA LETRA "E" DO SUBMÓDULO 4.1


- SUGESTÃO: SUBMÓDULO 4.1.1, LETRA "C".
ENCARTE

Memória de cálculo para encargos sobre salário e 13º salário propor-


cionais a 120 dias

[( Remuneração* + 13º salário ) x (Meses de afastamento


por licença-maternidade ÷ Meses do ano) x Indicador] x In-
cidência do Submódulo 2.2 (Lucro Real e Presumido / Simples)

D Referências exemplificativas para o cálculo

D Indicador de ocorrência de licença-maternidade – Necessidade


*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre
INSS do salário-maternidade.

270
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

CÁLCULO DA LETRA "E" DO SUBMÓDULO 4.1


- SUGESTÃO: SUBMÓDULO 4.1.1, LETRA “D”.
ENCARTE

D Nessa rubrica, é possível aportar todos os demais custos referentes


à substituição por afastamento maternidade, com os correspon-
dentes encargos, inclusive eventuais benefícios mensais e diários
devidos ao substituto.

SUGESTÃO FINAL PARA O SUBMÓDULO 4.1.1

D Lembre: o modelo atual da planilha de custos apresenta a letra “E”


– Afastamento Maternidade no Submódulo 4.1 e as incidências de
encargos previdenciários, de FGTS e outras contribuições no Sub-
módulo 2.2.

D Para melhor organizar a planilha, sugerimos que as incidências se-


jam calculadas logo abaixo de cada módulo, zerando assim o Sub-
módulo 2.2 e, ainda, que a letra “E” – Afastamento Maternidade do
Submódulo 4.1 fosse aportada em separado, em razão da comple-
xidade do custo envolvido.

D Trata-se apenas de sugestões. Uma vez adotadas as sugestões, a es-


trutura do Submódulo 4.1.1 ficaria assim:

271
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SUBMÓDULO 4.1.1 – SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS –


SUBSTITUTO NA COBERTURA DE AFASTAMENTO MATERNIDADE –
REFLEXOS – LUCRO REAL/PRESUMIDO
SUBSTITUTO NAS AUSÊNCIAS LEGAIS
4.1 .1 – SUBSTITUTO NA COBERTURA DE VALOR (R$)
AFASTAMENTO MATERNIDADE
Afastamento maternidade (férias mais 1/3  
A CF/1988 pagas ao substituto pelos 120 dias de
reposição)
Incidência do Submódulo 2.2 sobre as férias  
B mais 1/3 CF/1988 pagas ao substituto pelos
120 dias de substituição
Incidência do Submódulo 2.2 sobre a
remuneração* e 13º salário proporcionais aos
C
120 dias de reposição em razão da licença-
-maternidade
TOTAL

*ATENÇÃO: vide nota sobre declaração de inconstitucionalidade sobre INSS


do salário-maternidade.

SUBMÓDULO 4.2 – SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA

VALOR
4.2 SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA
(R$)
Substituto na cobertura de intervalo para repouso
A
ou alimentação
Nota: Revogada pela Instrução Normativa nº 7, Seges/MP, de 20.09.2018.

272
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

INTRAJORNADA

Quando o empregado usufrui o intervalo intrajornada, será


necessário prever uma turma de jantista / almocista para a
cobertura do tempo de ausência referente ao intervalo .

D Nesse caso, a empresa contratada destaca um substituto para reali-


zar o serviço nesse período. Ato reflexo, deverá efetuar o pagamen-
to da hora correspondente ao intervalo.

D Cuidado: nesse caso, o pagamento é da hora simples trabalhada,


sem acréscimo de nenhum adicional.

D Lembre: se não houver previsão de jantista/almocista e, assim, o


empregado não usufruir de seu intervalo intrajornada pelo fato de
trabalhar em período destinado a repouso e alimentação, o valor a
ser pago é da hora trabalhada acrescida de 50%, considerada a na-
tureza indenizatória da parcela. Nesse caso, como já mencionado, o
custo do intervalo trabalhado, como sugestão, deverá aparecer em
quadro separado do Módulo 1.

D Avaliar onde será alocado esse custo.

D Resumo:

- A letra “A” do Submódulo 4.2 somente será preenchida quando


for destacado um jantista/almocista para a cobertura do interva-
lo. Nesse caso, considerando que corresponderá a uma hora de
trabalho simples, ainda será necessário aportar as incidências de
encargos previdenciários, de FGTS e de outras contribuições.

273
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

D Se for esse o caso, sugerimos, a despeito da previsão na Nota 3 do


Submódulo 2.2 (incidência dos encargos ali previstos somente so-
bre o Módulo 1 e Submódulo 2.1), alterada pela IN nº 7/2018, que
seja criada uma linha “B” ao Submódulo 4.2, de acordo com o regi-
me de tributação (Lucro Real/Presumido ou Simples Nacional) para
prever:

D “Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos previdenciários (GPS),


Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribui-
ções sobre a letra “A” do Submódulo 4.2.”

D Após, totalize o Submódulo.

SUBMÓDULO 4.2 – SUBSTITUTO NA


INTRAJORNADA

SUBMÓDULO 4.2 – SUBSTITUTO NA INTRAJORNADA – SUGESTÃO

VALOR
4.2 INTRAJORNADA
(R$)
Substituto na cobertura de intervalo para repouso
A
ou alimentação
Incidência do Submódulo 2.2 – Encargos
B previdenciários (GPS), Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e outras contribuições

274
AULA 5

Aspectos tributários na elaboração da


planilha de custos e formação de
preços de acordo com a estrutura da
IN nº 05/2017 e os impactos da reforma
trabalhista

Professor:

Reinaldo Luiz Lunelli


Contador formado pela FAE Centro Uni-
versitário. Auditor contábil. Consultor de
empresas nas áreas contábil e tributária.
Professor universitário de diversas discipli-
nas da área contábil. Autor de vários livros
técnicos e de artigos de matérias contábil
e tributária. Idealizador do Caderno de
Negócios (www.cadernodenegocios.com.
br). Membro ativo da redação do Portal
Tributário (www.portaltributario.com.br) e
do Portal de Contabilidade (www.portal-
decontabilidade.com.br).
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 5 – INSUMOS DIVERSOS

UNIFORMES
MATERIAIS
EQUIPAMENTOS
OUTROS (ESPECIFICAR)

MÓDULO 5- INSUMOS DIVERSOS

5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)


A Uniformes  
B Materiais  
C Equipamentos
D Outros (especificar)
Total

D Alerta: valores mensais, por empregado.

Inclui todos os itens que irão


UNIFORMES
compor o uniforme do empregado.

Custo relativo aos materiais diversos


MATERIAIS utilizados diretamente na execução dos
serviços e os equipamentos de proteção
individual de uso obrigatório.

Todos os bens necessários para à


EQUIPAMENTOS
execução dos serviços.

276
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

UNIFORMES

D Espécie: custo direto e fixo.

D Exemplo: uniforme para o vigilante.

D Composição do uniforme: calça, meias, camisas, jaquetas, sapatos,


coturnos, quepe, colete, etc. (observar a convenção coletiva de tra-
balho).

D Fórmula de cálculo: (valor anual dos uniformes ÷ número de me-


ses) + previsão de perdas

Preenchimento da planilha
5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)
A Uniformes  

MATERIAIS

D Espécie: custo direto e variável.

D Exemplos: vassouras, rodos, panos, detergentes, desinfetante, etc.

D Fórmula de cálculo: (valor anual dos materiais ÷ número de meses)

277
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Qual a forma de tributação dos materiais utilizados na


prestação de serviços?

  Material de consumo X Mercadoria

  Material aplicado na execução do serviço = ISS

  Mercadoria vendida sem relação direta com a prestação


do serviço = ICMS

Preenchimento da planilha
5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)
B Materiais  

278
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

EQUIPAMENTOS

D Espécie: custo direto e fixo – bem durável.

D Base legal: art. 313 do Decreto nº 9.580/2018 (vida útil superior a 1


ano ou valor maior que R$ 1.200,00).

D Responsabilidade: verificar as responsabilidades da empresa con-


tratada com relação aos equipamentos utilizados nos serviços de
vigilância (Lei nº 7.102/1983).

D Exemplos para vigilância: cassetete, apito, rádio, revólver, cinturão,


coldre, laterna, munição, colete, etc.

D Exemplos para limpeza: enceradeira, aspirador de pó, secador de


pisos, lavadora de pressão, etc.

D Metodologia: depreciação de equipamentos.

D Fórmula de cálculo: (valor total do equipamento ÷ número de me-


ses de vida útil)

279
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Como deve ser calculada a depreciação de máquinas e


equipamentos?
  A depreciação é o reconhecimento do desgaste que o bem
sofre durante seu uso.

  A depreciação não pode ser reconhecida quando for


cobrado o valor total do bem.

  Percentuais estabelecidos no Anexo III da IN SRF nº


1.700/2017.

INÍCIO DA VIDA ÚTIL FIM DA VIDA ÚTIL

DEPRECIAÇÃO MENSAL

Alerta:
A legislação societária permite que as
empresas utilizem outros critérios de
IMPORTANTE depreciação que não o estabelecido no
Anexo III da IN SRF nº 1.700/2017.

Equipamentos: A Administração
precisa indicar, na estimativa de
preços referenciais, qual critério
ATENÇÃO adotou para o cálculo da depreciação
dos equipamentos.
Previsão da IN nº 05/2017, Anexo V,
item 2.9, b.3.

280
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Preenchimento da planilha
5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)
C Equipamentos

MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS

5 INSUMOS DIVERSOS VALOR (R$)


A Uniformes  
B Materiais  
C Equipamentos
D Outros (especificar)
Total

Esses valores independem do regime


de tributação adotado pela empresa.
IMPORTANTE

281
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 6 – CUSTOS INDIRETOS,


TRIBUTOS E LUCRO

A – CUSTOS INDIRETOS
B – LUCRO
C – TRIBUTOS
C.1 Tributos federais (especificar)
C.2 Tributos estaduais (especificar)
C.3 Tributos municipais (especificar)

São os gastos da contratada com


sua estrutura administrativa,
CUSTOS INDIRETOS
organizacional e gerenciamento de
seus contratos.

É o ganho decorrente da
LUCRO exploração da atividade
econômica.

São os valores inerentes aos impostos


TRIBUTOS e contribuições que incidam sobre o
faturamento, conforme estabelecido
na legislação vigente.

282
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO

6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)

A Custos indiretos  
B Lucro
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
TOTAL

CUSTOS INDIRETOS

CUSTOS DIRETOS CUSTOS INDIRETOS

É aquele que pode ser atribuído É aquele que não se pode apropriar
diretamente ao produto ou diretamente ao produto.
departamento.
Não são empregados de forma direta
São utilizados diretamente na na prestação dos serviços.
execução dos serviços.
Necessita ser rateado.
Não necessitam de critérios de
rateio.

283
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

IN nº 05/2017 – Anexo I
VI - CUSTOS INDIRETOS: os custos envolvidos na execução con-
tratual decorrentes dos gastos da contratada com sua estrutura
administrativa, organizacional e gerenciamento de seus contra-
tos, calculados mediante incidência de um percentual sobre o so-
matório do efetivamente executado pela empresa, a exemplo da
remuneração, benefícios mensais e diários, insumos diversos, en-
cargos sociais e trabalhistas, tais como os dispêndios relativos a:
a) funcionamento e manutenção da sede, aluguel, água, luz, tele-
fone, Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), dentre outros;
b) pessoal administrativo;
c) material e equipamentos de escritório;
d) preposto; e
e) seguros.

Definição dos valores


D O montante atribuído aos custos indiretos varia de empresa para
empresa.

D Percentual médio praticado pelas empresas do mesmo ramo de


atuação.

Alerta:
Não pode ser encontrado na simples
IMPORTANTE análise dos relatórios contábeis.

284
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Se a licitante cotar percentual de custos indiretos em apenas


0,01%, é possível afirmar que o preço é inexequível?
  Art. 44, § 3º, da Lei nº 8.666/1993

  Anexo VII-A, item 9.3, da IN nº 05/2017

Lei nº 8.666/1993
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão levará em con-
sideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os
quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos
por esta Lei.
[...]
§ 3º Não se admitirá proposta que apresente preços global ou
unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis
com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos
encargos,[...] exceto quando se referirem a materiais e instalações
de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a
parcela ou à totalidade da remuneração.

IN nº 05/2017 – Anexo VII-A


9.3. A inexequibilidade dos valores referentes a itens isolados da
planilha de custos e formação de preços não caracteriza motivo
suficiente para a desclassificação da proposta, desde que não
contrariem exigências legais;

285
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Forma de cálculo

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4) e dos insumos (Módulo 5).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

Preenchimento da planilha
MÓDULO 6 – LUCROS REAL E PRESUMIDO
6 Custos indiretos, tributos e lucro % VALOR (R$)
A Custos indiretos

MÓDULO 6 – SIMPLES NACIONAL


6 Custos indiretos, tributos e lucro % VALOR (R$)
A Custos indiretos

286
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

LUCRO

Conceitos

D Retorno positivo decorrente da exploração da atividade econômica.

D Ganho do empresário com a realização de sua atividade.

D Rentabilidade esperada na execução do contrato.

IN nº 05/2017 – Anexo I
XI - LUCRO: ganho decorrente da exploração da atividade eco-
nômica, calculado mediante incidência percentual sobre o efe-
tivamente executado pela empresa, a exemplo da remuneração,
benefícios mensais e diários, encargos sociais e trabalhistas, insu-
mos diversos e custos indiretos.

Definição dos valores

D O montante atribuído ao lucro varia de empresa para empresa.

D Percentual médio praticado pelas empresas do mesmo ramo de


atuação.

Alerta:
Não pode ser encontrado na simples
IMPORTANTE análise dos relatórios contábeis.

287
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Impactos do IRPJ e da CSLL – Ponderações sobre os recentes


entendimentos do TCU

TCU – Súmula nº 254


O IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica - e a CSLL - Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido - não se consubstanciam em despesa
indireta passível de inclusão na taxa de Bonificações e Despesas
Indiretas - BDI do orçamento-base da licitação, haja vista a natu-
reza direta e personalística desses tributos, que oneram pessoal-
mente o contratado.
(Sessão de 31/03/2010; Acórdão AC-0625-10/10-P)

TCU – Acórdão nº 1.591/2008 – Plenário


Voto
De se ver contudo que a exclusão do IRPJ ou CSSL na composição
do BDI não significa que os preços para as obras licitados serão
menores. Trata-se apenas de uma regra orçamentária sem reper-
cussões econômicas. Isso porque, as licitantes, ao elaborarem suas
propostas, sabem da incidência desses tributos e os considerarão
quando do cálculo dos custos e rentabilidade [...]
Sendo o IRPJ e a CSLL tributos diretos, devem ser considerados
individualmente pelas empresas como item do lucro bruto, a ser
cotado no BDI. Ou seja, não pode haver transferência automática
desses tributos para a contratante, sobretudo porque o regime

288
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

tributário – especialmente no tocante ao IRPJ – pode diferir de


empresa para empresa.
(Relator: Benjamin Zymler; Data do Julgamento: 13/08/2008)

TCU – Acórdão nº 264/2012 – Plenário


Relatório
24. Assim sendo, caso a inclusão do IRPJ e da CSLL não ocorra des-
tacadamente no BDI, certamente esses tributos estarão incluídos
na rubrica destinada ao lucro bruto. Ou seja, o lucro bruto abran-
ge o IRPJ e a CSLL, enquanto o lucro líquido os destaca, o que não
influencia o preço oferecido pelo licitante.
(Relator: Aroldo Cedraz; Data do Julgamento: 08/02/2012)

TCU – Informativo de Jurisprudência nº 279


2. A inclusão, na composição do BDI constante das propostas das
licitantes, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Con-
tribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) não é vedada nem
acarreta, por si só, prejuízos ao erário, pois é legítimo que empre-
sas considerem esses tributos quando do cálculo da equação eco-
nômico-financeira de suas propostas, desde que os preços prati-
cados estejam de acordo com os paradigmas de mercado. O que
é vedado é a inclusão do IRPJ e da CSLL no orçamento estimativo
da licitação. Acórdão 648/2016 Plenário, Tomada de Contas Es-
pecial, Relator Ministro Benjamin Zymler

289
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Forma de cálculo

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5) e dos
custos indiretos (Módulo 6-A).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

Preenchimento da planilha
MÓDULO 6 – LUCROS REAL E PRESUMIDO
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)
B Lucro

MÓDULO 6 – SIMPLES NACIONAL


6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)
B Lucro  

290
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

TRIBUTOS
D Espécies: impostos, taxas e contribuição de melhoria

D Realidade brasileira: 93 tributos

D Participação no PIB: 37,65%

D Carga tributária: entre as maiores do mundo

D Obrigações acessórias: 4% do faturamento

D Normativos: uma nova norma a cada 2 horas

D Tributos são os valores referentes ao recolhimento de impostos e às


contribuições incidentes sobre o faturamento, conforme estabele-
cido pela legislação vigente.

Lucro Lucro
Presumido Arbitrado

Lucro Simples
Real REGIMES DE Nacional
TRIBUTAÇÃO

Atenção especial às empresas optantes


pelo Simples Nacional.
IMPORTANTE

291
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Lucro Real

D Forma de apuração: contabilidade (RIR/2018).

D Exigências legais: escriturações contábil e fiscal devidamente com-


provadas.

D Obrigatoriedade: art. 313 do Decreto nº 9.580/2018.

D Opção: todos os contribuintes.

JANEIRO DEZEMBRO
OPÇÃO TRIBUTÁRIA

OPÇÃO DEFINITIVA

D Anual: DARF pago mensalmente.

D Trimestral: DARF pago ao final de cada trimestre.

> Lucro Real – Alteração

D Periodicidade: anual.

D Motivos: por opção da empresa; pelos limites de faturamento


ou por deixar de prestar atividade obrigada à tributação com
base no Lucro Real.

292
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Lucro Presumido

D Forma de apuração: receita bruta (presunção).

D Exigências legais: escrituração contábil não obrigatória. Exigência


de livro-caixa.

D Opção: todos os contribuintes que não estejam obrigados à tribu-


tação com base no Lucro Real.

D Limite da receita bruta a partir de 2014: de acordo com a Lei nº


12.814/2013, mantidas as demais vedações, a partir de 01/01/2014,
o limite de receita bruta total será de R$ 78.000.000,00/ano ou R$
6.500.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade do
ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses.

JANEIRO DEZEMBRO
OPÇÃO TRIBUTÁRIA

OPÇÃO DEFINITIVA

D Trimestral: DARF pago ao final de cada trimestre.

> Lucro Presumido – Alteração

D Periodicidade: anual.

D Motivos: por opção da empresa; por atingir os limites de fatura-


mento ou por prestar atividade obrigada à tributação com base
no Lucro Presumido.

293
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Simples Nacional

D Forma de apuração: receita bruta mensal.

D Exigências legais: enquadramento como ME ou EP.

D Tributação: baseada em cinco tabelas que contém as alíquotas e os


valores de dedução.

D Limite da receita bruta: R$ 4.800.000,00 a partir de 2018.

JANEIRO DEZEMBRO
RENOVAÇÃO AUTOMÁTICA

POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO

Receita Federal ou contribuinte

D Mensal: DAS pago mensalmente.

> Simples Nacional – Hipóteses de exclusão

D De ofício.

D Por comunicação do contribuinte optante.

D Base legal: arts. 29 e 30 da LC nº 123/2006.

294
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Simples Nacional – Exclusão por comunicação do


contribuinte optante

Opcionalmente quando a empresa desejar.

Obrigatoriamente quando ocorrerem situações de vedação.

Obrigatoriamente quando a empresa ultrapassar o limite da re-


ceita bruta para o ano-calendário.

Prazos para comunicação:

D opção: janeiro de cada ano-calendário;

D vedação: até o último dia do mês seguinte àquele em que ocor-


reu a situação de vedação;

D faturamento: até o último dia do mês seguinte ao que o limite


foi ultrapassado.

295
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Efeitos tributários:

D opção: a partir do 1º dia útil de janeiro;

D vedação: a partir do mês seguinte à ocorrência da situação im-


peditiva;

D faturamento: a partir de 1º de janeiro do ano seguinte, se não


ultrapassar 20% do limite.

Na hipótese de o excesso de
faturamento ser superior a 20% do limite
de receita bruta estabelecida em lei, a
IMPORTANTE exclusão produzirá seus efeitos a partir
do mês seguinte à ocorrência do fato.

Exequibilidade: o aumento da carga


tributária pode ter reflexos na execução
dos contratos.

> Simples Nacional – Exclusão de ofício

Falta de comunicação de exclusão obrigatória (art. 29, inc. I).

Empresa constituída por pessoas interpostas (art. 29, inc. IV).

Despesas superam em 20% o valor das receitas (art. 29, inc. IX).

296
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Efeitos tributários:

D exclusão a partir do mês em que ocorrer o fato, com lançamen-


to dos tributos apurados aos devidos entes tributantes.

D não têm impacto nos preços de contratos em vigência.

Principais diferenças
LUCRO SIMPLES
LUCRO REAL
PRESUMIDO NACIONAL
Percentual Receita bruta
BASE DE CÁLCULO Lucro efetivo
definido em lei mensal
OPÇÃO 1º Recolhimento 1º Recolhimento Termo de opção
COMPROVAÇÃO DARF DARF Site RFB / DAS
LIMITES - 78 milhões/ano 4,8 milhões/ano
Faturamento
Faturamento
VEDAÇÕES - Atividade social
Atividade social
Constituição
PIS e COFINS PIS e COFINS Fator de
PECULIARIDADES
não cumulativos cumulativos enquadramento

297
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Podem optar pelo Simples Nacional as empresas que


realizam cessão e locação de mão de obra?
  Não poderão recolher impostos e contribuições na forma
do Simples Nacional ME ou EPP que realizem cessão ou
locação de mão de obra.

  As vedações não se aplicam às pessoas jurídicas que se


dediquem exclusivamente às atividades de vigilância,
limpeza e conservação ou as exerçam em conjunto com
outras atividades não vedadas.

  Base legal: art. 17 da LC nº 123/2006.

Serviço de apoio administrativo


Atividade muito abrangente

IMPORTANTE Não é vedada a opção pelo Simples


Nacional, a não ser que execute sua
atividade mediante cessão e locação de
mão de obra.

298
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

TRIBUTOS

Tributos: principal fonte de receita do Estado. Abrangem os im-


postos, as taxas e as contribuições.
D Impostos: sem destinação específica. Em geral, utilizados para a
manutenção dos serviços públicos de interesse coletivo.
D Taxas: vinculadas à contraprestação de um serviço específico
(coleta de lixo, passaporte, entre outros).
D Contribuições: melhoria ou especiais.

Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)


D Classificação: tributo direto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: resultado positivo em suas operações (lucro) + ga-


nhos de capital + outras receitas não operacionais.

D Finalidade: imposto (sem finalidade específica).

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)


D Classificação: tributo direto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: resultado positivo em suas operações (lucro) + ga-


nhos de capital + outras receitas não operacionais.

D Finalidade: Imposto/Seguridade Social.

299
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

PIS/PASEP

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: faturamento mensal (com fins lucrativos) ou folha


de pagamentos (sem fins lucrativos).

D Créditos tributários: art. 3º da Lei nº 10.637/2002.

D Finalidade: abono anual e seguro-desemprego.

> Apuração não cumulativa – Lucro Real

BASE DE CÁLCULO VALOR – R$ ALÍQUOTA – %


Valor do serviço 10.000,00
(-) Aluguel pago a PJ 1.500,00
(-) Depreciação 700,00
(-) Insumos 4.000,00
(=) Base de cálculo do PIS 3.800,00
Valor do PIS a
62,70 0,6270%
pagar (1,65%)

300
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

COFINS

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União.

D Base de cálculo: faturamento mensal (com fins lucrativos) ou folha


de pagamentos (sem fins lucrativos).

D Créditos tributários: art. 3º da Lei nº 10.833/2003.

D Finalidade: financiamento da Seguridade Social.

> Apuração não cumulativa – Lucro Real

BASE DE CÁLCULO VALOR – R$ ALÍQUOTA – %


Valor do serviço 10.000,00
(-) Aluguel pago a PJ 1.500,00
(-) Depreciação 700,00
(-) Insumos 4.000,00
(=) Base de Cálculo
3.800,00
da COFINS
Valor do COFINS a
288,80 2,8880%
pagar (7,60%)

301
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Quais os impactos da adoção do regime não cumulativo na


elaboração da planilha de preços?
  Solicitar demonstrativo detalhado de cálculos com a
composição dos créditos utilizados na apuração.

  A alíquota aportada na planilha de preços deve ser a


alíquota efetiva e, portanto, poderá ser menor que a
estabelecida na legislação.

ICMS

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União/estados e DF.

D Base de cálculo: valor total da operação, incluindo frete e despesas


acessórias cobradas do adquirente/consumidor.

D Finalidade: imposto (sem finalidade específica).

302
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

ISS

D Classificação: tributo indireto.

D Competência: União/municípios.

D Base de cálculo: valor do serviço prestado.

D Recolhimento: no local da prestação do serviço.

D Finalidade: imposto (sem finalidade específica).

Alíquota dos impostos – Lucro Real


TRIBUTO ALÍQUOTA
ISS 5,00%
PIS 1,65%
COFINS 7,60%
TOTAL 14,25%

Alíquota dos impostos – Lucro Presumido


TRIBUTO ALÍQUOTA
ISS 5,00%
PIS 0,65%
COFINS 3,00%
TOTAL 8,65%

303
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Alíquota dos impostos – Simples Nacional

ANEXO IV DA LC Nº 123/2006

(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)


(Vigente a partir de 01.01.2018)

VALOR A
RECEITA BRUTA EM 12 MESES (EM R$) ALÍQUOTA DEDUZIR
(EM R$)

1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% -


2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00
De 1.800.000,01 a
5ª Faixa 22,00% 183.780,00
3.600.000,00
De 3.600.000,01 a
6ª Faixa 33,00% 828.000,00
4.800.000,00

304
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS

IRPJ CSLL Cofins PIS/ ISS (*)


Pasep
1ª Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%
2ª Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%
3ª Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%
4ª Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%
5ª Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00%(*)
6ª Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% -
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma propor-
cional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a
alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será:

Faixa IRPJ CSLL Cofins PIS/ ISS


Pasep
5ª Faixa, com (Alíquota (Alíquota (Alíquota (Alíquota Percentual de
alíquota efetiva efetiva efetiva efetiva efetiva ISS fixo em 5%
superior a – 5%) x – 5%) x – 5%) x – 5%) x
12,5% 31,33% 32,00% 30,13% 6,54%

> Serviços de limpeza

TRIBUTO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO


PIS 1,65% 0,65%
COFINS 7,60% 3,00%

305
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

> Serviços de vigilância

TRIBUTO LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO

PIS 0,65% 0,65%


COFINS 3,00% 3,00%

Preenchimento da planilha
6. CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO % VALOR (R$)
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (ICMS)
C.3. Tributos municipais (ISS)

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

Como as retenções na fonte interferem na elaboração da


planilha de custos?
  As retenções são meras antecipações de tributos e não
trazem nenhum impacto à planilha de custos e formação
de preços, uma vez que os valores retidos serão abatidos
quando da apuração do tributo devido no período.

306
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

?“ ... QUESTÃO POLÊMICA

A LC nº 128/2008 altera o estatuto da ME e da EPP. Quais os


reflexos desse texto na elaboração da planilha?
  A retenção do ISS para as empresas optantes pelo Simples
será realizada de acordo com seu enquadramento na tabela,
não importando a alíquota estabelecida pelo município.

  O percentual a ser retido deverá ser destacado no corpo da


nota fiscal. Na ausência dessa informação, a Administração
reterá 5%.

FORMA DE CÁLCULO – LUCRO REAL

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição do
profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5), dos custos
indiretos (Módulo 6-A) e do lucro (Módulo 6-B).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

307
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Preenchimento da planilha – Lucro Real


VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
PIS
COFINS
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
ISS

VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
A Custos indiretos
B Lucro (IRPJ + CSLL + Retorno)  
C Tributos
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (ISS)
TOTAL

308
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

FORMA DE CÁLCULO – LUCRO PRESUMIDO

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5), dos
custos indiretos (Módulo 6-A) e do lucro (Módulo 6-B).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

Preenchimento da planilha – Lucro Presumido


VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
PIS
COFINS
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
ISS

309
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
A Custos indiretos
B Lucro (IRPJ + CSLL + Retorno)  
C Tributos
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (ISS)
TOTAL

310
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

FORMA DE CÁLCULO – SIMPLES NACIONAL

D O cálculo é realizado pela incidência do percentual sobre o soma-


tório da remuneração (Módulo 1), dos encargos e benefícios sociais
(Módulo 2), provisão de rescisão (Módulo 3), custos de reposição
do profissional ausente (Módulo 4), dos insumos (Módulo 5), dos
custos indiretos (Módulo 6-A) e do lucro (Módulo 6-B).

D No pagamento realizado pelo fato gerador, será necessário adaptar


o cálculo mensal para que a incidência ocorra somente sobre as
rubricas que serão de fato pagas (IN nº 05/2017, Anexo VII-B, item
1.7).

D Para obtenção da alíquota aplicável, é necessário conhecer a recei-


ta bruta acumulada nos últimos 12 meses de operação (incluir em
edital).

D O cálculo é realizado pela incidência da alíquota efetiva que será


apurada mediante aplicação da fórmula:

(RBT12 X Alíquota) - PD ÷ RBT12

D Em que:

RBT12 = Receita Bruta Total dos últimos 12 meses


Alíquota = Alíquota nominal correspondente à faixa de enqua-
dramento da empresa
PD = Parcela a deduzir prevista na faixa de enquadramento da
empresa

311
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Alíquota efetiva:

(RBT12 x Alíquota) – PD ÷ RBT12

(1.850.000 x 22%) – 183.780 ÷ 1.850.000

223.220 ÷ 1.850.000

0,1207 = 12,07%

Lembre-se: 12,07% = (IRPJ + CSLL + COFINS + PIS + ISS)

Alíquota IRPJ: 12,07 x 18,80% = 2,27%

Alíquota CSLL: 12,07 x 19,20% = 2,32%

Alíquota COFINS: 12,07 x 18,08% = 2,18%

Alíquota PIS: 12,07 x 3,92% = 0,47%

Alíquota ISS: 12,07 x 40,00% = 4,83%

Total Tributos S/ Faturamento = (2,18 + 0,47 + 4,83) = 7,48%

312
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Preenchimento da planilha – Simples Nacional


VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
C Tributos  
C.1. Tributos federais (especificar)
PIS
COFINS
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (especificar)
ISS

VALOR
6 CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO %
(R$)
A Custos indiretos
B Lucro (IRPJ + CSLL + Retorno)  
C Tributos
C.1. Tributos federais (PIS e COFINS)
C.2. Tributos estaduais (especificar)
C.3. Tributos municipais (ISS)
TOTAL

313
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

QUADRO-RESUMO DO CUSTO POR


EMPREGADO
LUCRO REAL
MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO
(R$)
CONTRATUAL (VALOR POR EMPREGADO)
A Módulo 1 - Composição da remuneração  
B Módulo 2 - Encargos e benefícios anuais, mensais e diários  
C Módulo 3 - Provisão para rescisão  
D Módulo 4 - Custo de reposição do profissional ausente  
E Módulo 5 - Insumos Diversos  
SUBTOTAL (A + B +C+ D + E)  
F Módulo 6 - Custos indiretos, tributos e lucro
VALOR TOTAL POR EMPREGADO  

LUCRO PRESUMIDO
MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO
(R$)
CONTRATUAL (VALOR POR EMPREGADO)
A Módulo 1 - Composição da remuneração  
B Módulo 2 - Encargos e benefícios anuais, mensais e diários  
C Módulo 3 - Provisão para rescisão  
D Módulo 4 - Custo de reposição do profissional ausente  
E Módulo 5 - Insumos Diversos  
SUBTOTAL (A + B +C+ D + E)  
F Módulo 6 - Custos indiretos, tributos e lucro
VALOR TOTAL POR EMPREGADO  

314
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

ASPECTOS TRIBUTÁRIOS NA ELABORAÇÃO DA PLANILHA DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS DE ACORDO COM A ESTRUTURA DA IN Nº 05/2017 E OS IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

SIMPLES NACIONAL
MÃO DE OBRA VINCULADA À EXECUÇÃO
(R$)
CONTRATUAL (VALOR POR EMPREGADO)
A Módulo 1 - Composição da remuneração  
B Módulo 2 - Encargos e benefícios anuais, mensais e diários  
C Módulo 3 - Provisão para rescisão  
D Módulo 4 - Custo de reposição do profissional ausente  
E Módulo 5 - Insumos Diversos  
SUBTOTAL (A + B +C+ D + E)  
F Módulo 6 - Custos indiretos, tributos e lucro
VALOR TOTAL POR EMPREGADO  

315
MATERIAL COMPLEMENTAR
A compreensão da natureza dos
custos que formam o preço dos
serviços como condição para o
julgamento seguro da planilha
da IN nº 05/2017

316
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

A COMPREENSÃO DA NATUREZA DOS CUSTOS


QUE FORMAM O PREÇO DOS SERVIÇOS COMO
CONDIÇÃO PARA O JULGAMENTO SEGURO DA
PLANILHA DA IN Nº 05/2017

ANADRICEA VICENTE DE ALMEIDA


Advogada. Consultora jurídica e palestrante na área de licitações e contratos.
Especialista em Direito Administrativo pela Faculdade de Direito de
Curitiba e MBA em Gestão Estratégica de Empresas pela ISAE/FGV. Atua na
Supervisão do Serviço de Consultoria Zênite e na Coordenação e Revisão
Geral da Revista Zênite ILC – Informativo de Licitações e Contratos. Vice-
Presidente Executiva da Zênite. Autora de diversos artigos jurídicos.

A análise de exequibilidade e o julgamento da planilha de custos nos


contratos de serviços contínuos com dedicação exclusiva de mão de
obra representam, atualmente, um grande desafio para o pregoeiro
e a equipe de apoio, bem como para a Administração. A avaliação se-
gura da planilha da IN nº 05/2017, da Secretaria de Gestão/MP envol-
ve conhecimentos das áreas trabalhista, previdenciária, tributária e
contábil e do regime das contratações públicas (Lei nº 8.666/1993, Lei
nº 13.303/2016, lei e decretos do pregão, normatizações específicas
de terceirização, Decreto nº 9.507/2018, Portaria nº 443/2018 e IN nº
05/2017), minimamente.

Os valores envolvidos nos contratos de terceirização são vultosos.


Também é preciso considerar o risco de responsabilização subsidiária
trabalhista da Administração na condição de tomadora do serviço,1 ce-
nário que justifica várias exigências e controles previstos no Decreto nº

317
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

9.507/2018 e na IN nº 05/2017, o que potencializa o peso da responsa-


bilidade relativa à análise de exequibilidade da planilha.

Passaremos, neste estudo, ao largo de eventual discussão e polêmica


sobre o cabimento ou não de a Administração avaliar, validar, fiscalizar
e acompanhar toda a composição dos custos trabalhistas das empre-
sas, na medida em que o objeto contratado é a prestação do serviço,
com foco no resultado. Fato é que o entendimento hoje vigente é de
que a Administração deve verificar o cumprimento dos encargos tra-
balhistas tanto no momento do julgamento da licitação quanto na fis-
calização de seu cumprimento efetivo durante a execução contratual.
Inclusive, quanto mais acurado esse controle, assim como sua docu-
mentação, mais se reduz o risco de responsabilidade trabalhista.2

Diante desse contexto, vamos apresentar algumas diretrizes e boas


práticas para o julgamento das planilhas de custos da IN nº 05/2017.
Essas orientações, algumas até simples, nem sempre têm sido adota-
das, e isso pode gerar demandas, questionamentos e inseguranças,
muitas vezes, só identificados na fase contratual.

As orientações que seguem têm como objetivo guiar e auxiliar a avaliação


de exequibilidade de preços nos serviços terceirizados com dedicação ex-
clusiva de mão de obra, para os quais se exige a apresentação de planilha
de custos, conforme o modelo previsto no Anexo VII-D da IN nº 05/2017.

Como grande parte desses serviços terceirizados é comum, a regra é


que eles sejam contratados por pregão eletrônico, conforme o art. 1º,
§ 3º, do Decreto nº 10.024/2019.

318
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Seguindo o fluxo do novo decreto, a ordem do procedimento será a


seguinte: finalizada a etapa de lances, passa-se à fase de negociação
(art. 38); logo após, o pregoeiro examinará a proposta classificada em
primeiro lugar quanto à adequação ao objeto e à compatibilidade do
preço em relação ao máximo estipulado (art. 39). Nesse momento e
para fins de julgamento do preço, será exigida a apresentação da pla-
nilha de custos, que deverá ser encaminhada exclusivamente via siste-
ma, observado o prazo fixado no edital, com os valores adequados ao
lance vencedor (art. 43, § 5º).

Passemos às diretrizes e às boas práticas que podem ser adotadas para


a avaliação da planilha e o julgamento do pregão.

I – Para realizar o julgamento da planilha, é necessário que o pre-


goeiro e a equipe que o apoiará, assim como os profissionais que
auxiliarão tecnicamente o julgamento, conheçam a estrutura da
planilha (composição dos módulos e submódulos), sua lógica e os
encargos trabalhistas, previdenciários e tributários que formam o
preço do serviço.

Sem esse conhecimento, que permite um senso apurado e crítico so-


bre os cálculos e a razoabilidade de quantitativos, de valores e de per-
centuais da planilha, estará ampliado o risco de erros no julgamento e
de prejuízo à celeridade trazida pelo pregão.

Lembramos que alguns encargos e custos trabalhistas não têm uma


única forma de serem calculados, o que nos leva à segunda diretriz.

319
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

II – A planilha elaborada pela Administração na fase de planeja-


mento não vincula e não engessa o licitante.

Essa planilha, principal referência para se chegar aos preços estimado


e máximo da licitação,3 é uma diretriz para que o pregoeiro realize a
análise de exequibilidade e o julgamento do pregão. Portanto, a plani-
lha da Administração não engessa a planilha do licitante!

Nesse sentido, é possível que o licitante tenha justificativa para pra-


ticar valores, quantitativos e percentuais diversos dos adotados pela
Administração na estruturação de sua planilha, inclusive com relação
aos encargos que decorrem de determinação legal. E, aqui, a terceira
diretriz ganha relevância.

III – Para julgar a planilha, o pregoeiro precisa conhecer o enqua-


dramento sindical e o regime tributário da empresa.

O ponto de partida para a avaliação segura da exequibilidade da pla-


nilha de custos é o conhecimento do regime legal ao qual a empresa
está vinculada – encargos trabalhistas (que decorrem do enquadra-
mento sindical e norma coletiva) e tributários (conforme a opção de
regime tributário feito pela empresa).

Nesse sentido, uma boa prática é prever em edital que, juntamente à


planilha de custos, o licitante deve informar os seguintes dados que
embasaram a formação de sua planilha: enquadramento sindical, do-
cumento coletivo ao qual está vinculado (acordo, convenção ou sen-
tença normativa) e regime tributário.

320
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Na falta dessas informações ou em caso de dúvida, deverá ser realiza-


da diligência, questionando o licitante.

Veja que estamos tratando de dois principais grupos de custos que


formam o preço do serviço: da mão de obra e dos tributos. Sem saber
o regime legal ao qual a empresa está vinculada, não é possível fazer
uma avaliação criteriosa e segura da planilha apresentada.

IV – É ilegal determinar qual deve ser o enquadramento sindical da


empresa.

Dessa realidade decorre a discussão sobre a possibilidade de a Admi-


nistração determinar o documento laboral a ser considerado por to-
dos os licitantes na formação de seus preços. Nesse sentido, pode a
Administração determinar em edital que todos os licitantes observem
determinado sindicato e, assim, uma mesma norma coletiva balizado-
ra da formação dos custos?

De pronto, refutamos essa possibilidade.

Ainda que o tema enquadramento sindical comporte discussão, regra


geral, deve ser realizado pela atividade preponderante da empresa.
Veja que é a própria empresa quem faz seu enquadramento. O docu-
mento coletivo a ser adotado é o do local da prestação dos serviços,
base municipal, como regra (princípio da territorialidade).

Tratando-se de categoria diferenciada, o documento sindical a ser uti-


lizado pode ser o correspondente à categoria diferenciada.4 Para tanto,
a empresa ou o sindicato que a representa devem ter sido chamados à
negociação com o sindicato da categoria diferenciada.5

321
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Considerando que existem regras constitucionais e legais que definem


e orientam o enquadramento sindical das empresas, não cabe ao Po-
der Público interferir nas questões sindicais,6 o que caracterizaria inge-
rência indevida na gestão das empresas privadas. É bom lembrar que,
de acordo com o art. 5º da IN nº 05/2017, é vedado à Administração
e aos seus servidores praticar atos de ingerência na administração da
contratada.

Nesse sentido, se a Administração, a partir da avaliação da atividade a


ser contratada e da prática observada no mercado, baseia-se em um
sindicato e na respectiva norma coletiva para elaboração de sua pla-
nilha na fase de planejamento, não significa que os licitantes deverão
considerar esse mesmo documento laboral. Sendo diversa a atividade
preponderante,7 o enquadramento sindical da empresa será outro, e
esta estará vinculada, então, a outra norma coletiva.

Imagine que a Administração está contratando serviços de copeira-


gem e que, no local da prestação dos serviços, exista sindicato das em-
presas prestadoras de serviços de copeiragem. A Administração pode-
rá adotar a convenção coletiva vigente desse sindicato para estimar
os custos da contratação por meio do preenchimento da planilha de
custos.

Na situação descrita, seria possível que a empresa mais bem coloca-


da na fase de lances apresentasse planilha com valores de salário e
de benefícios diferentes (maiores ou menores)? Sim, se essa empresa,
em razão de seu enquadramento sindical, estivesse vinculada a ou-
tra norma coletiva. É possível cogitar que a atividade preponderante
da empresa seja a prestação de serviços no ramo hoteleiro, estando

322
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

vinculada a outra organização sindical (sindicato das empresas presta-


doras do ramo hoteleiro, no local da prestação do serviço) e, portanto,
a outra convenção coletiva, que pratica outro piso salarial e outros be-
nefícios, mas, entre as suas atividades, está a prestação dos serviços de
copeiragem.8

Essa realidade foi recentemente apreciada pelo TCU (Acórdão nº


1.097/2019 do Plenário). No caso, o pregoeiro desclassificou a empre-
sa que se baseou em sindicato diverso do adotado pela Administração
na orçamentação. Para o pregoeiro, o enquadramento sindical deveria
ser realizado pela atividade efetivamente desempenhada pelo empre-
gado. Esse entendimento foi refutado pelo TCU, para quem

Embora a matéria possa ser objeto de alguma controvérsia ou até mes-


mo de certa confusão por parte de compradores públicos, o enqua-
dramento sindical no Brasil é matéria de ordem pública e decorre de
previsão legal, sendo definido, via de regra, pela atividade econômica
preponderante do empregador e não em função da atividade desen-
volvida pelo empregado [...].9

Considerando essa realidade e as possíveis variações e repercussões


no julgamento da licitação, reforçamos a importância de o licitante in-
formar expressamente seu enquadramento sindical e seu regime tri-
butário em sua proposta. Caso o documento laboral que a empresa
deva cumprir seja diverso do que aquele em que a Administração se
baseou para a elaboração da planilha de orçamentação, o pregoeiro
deverá conhecer esse documento para, então, ter condições de avaliar
e julgar a planilha apresentada.

323
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Ressaltamos que mesmo os encargos que decorrem de imposição le-


gal, como os encargos trabalhistas previstos no documento laboral
(por exemplo, salário e benefícios) e tributários, podem ser diferen-
tes dos previstos na planilha da Administração, a depender do regime
legal (enquadramento sindical e regime tributário) a que o licitante
esteja vinculado.

V – É fundamental ter a clareza de que existem dois grandes gru-


pos de custos que compõem os preços de serviços terceirizados na
estrutura da IN nº 05/2017: os custos que decorrem de imposição
legal e os custos variáveis.

Com relação aos custos e aos encargos que decorrem de determina-


ção legal/normativa, caberá à Administração, no momento do julga-
mento, verificar que sejam cumpridos todos os encargos, os valores e
os percentuais, de acordo com o regime legal do licitante.

O segundo grupo é formado pelos custos variáveis que decorrem da


realidade de mercado, como os custos de materiais, de insumos ou o
percentual de lucro; e os custos que variam de acordo com a realidade
de cada empresa, de cada organização.

Nessa segunda categoria de custos variáveis, é possível que o encargo/


direito tenha previsão em normas específicas, mas o valor a ser aporta-
do na planilha para fazer frente ao encargo dependa de um indicador
de incidência. Por exemplo, qual percentual de homens terá direito
à licença-paternidade, qual a quantidade de empregados que terão
faltas justificadas e quantos empregados serão desligados com paga-
mento de aviso-prévio, trabalhado ou indenizado?

324
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Como alguns desses direitos não serão usufruídos por todos os em-
pregados, a formação de seu custo baseia-se em um indicador de inci-
dência. Mas, onde podem ser encontrados esses indicadores? O ideal
é que a Administração e as empresas tenham histórico dos contratos
para subsidiar a elaboração da planilha. O histórico dos contratos da
contratante (que podem ser informados em edital) é um referencial
importante a ser considerado pela empresa, somado à realidade dos
próprios contratos. A composição dessas duas informações (históricos
do contratante e da contratada) representa a melhor base de informa-
ção para a estruturação dos custos variáveis que decorrem de percen-
tual ou de quantitativo de incidência.

A IN nº 05/2017 reforça a importância de acompanhar, controlar e dis-


por de dados históricos dos contratos que auxiliarão no planejamento
da contratação (art. 46, art. 47, § 1º, art. 70 e Anexo III, 2, “b” – Estudos
preliminares).

Assim, os encargos que decorrem de lei devem ser observados pela


empresa, cabendo à Administração exigir seu cumprimento no julga-
mento e na avaliação da exequibilidade da planilha, de acordo com
seu regime legal. A prática indica que a grande dificuldade sobre a
exequibilidade/inexequibilidade no momento do julgamento estará
nos encargos variáveis, cujo valor é definido pelo mercado ou decorre
de indicadores de incidência.

Com relação aos valores de mercado, como valores de materiais e in-


sumos, é fundamental a realização de pesquisas de preços praticados
para que haja condições de inferir se os valores propostos estão ali-
nhados com os de mercado.10

325
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

De acordo com o art. 44, § 3º, da Lei nº 8.666/1993, o licitante pode abrir
mão, total ou parcialmente, dos custos relativos a materiais e equipa-
mentos de sua propriedade. Assim, seria possível o licitante cotar um
valor reduzido ou até zerado, por exemplo, para um equipamento cujo
custo a empresa já tenha absorvido em sua operação, deixando sua
proposta mais competitiva em determinado certame. Em que pese
essa possibilidade, é importante ter cautela quanto à exequibilidade
de proposta no que se refere aos insumos e aos equipamentos, confor-
me acórdão da Segunda Câmara do TCU:11

32. Apesar da oportunidade oferecida para que [...] comprovasse a


exequibilidade dos preços dos materiais cotados, foi constatado, in
loco, que não possuía sequer local de armazenamento desses mate-
riais. Também não foi apresentada comprovação da compatibilidade
dos preços ofertados na licitação com os praticados pelo mercado.
Portanto, não houve descumprimento do art. 48 da Lei 8.666/1993
pela administração, nos termos da jurisprudência do TCU.

[...]

34. Foi adequado, portanto, o procedimento adotado pela Abin ao ve-


rificar, de forma isolada, a exequibilidade dos materiais licitados. Não
seria razoável permitir o ajuste de preços de 700 itens até 53,20% abai-
xo do Sinapi; muito menos contratar empresa com esses preços. Da
mesma forma, não é razoável considerar erros no preenchimento de
700 itens como itens isolados. E também não podem ser considerados
exequíveis preços de materiais, em média, 35% abaixo daqueles esti-
mados pela Administração sem que a licitante, principal interessada,
demonstre cabalmente a exequibilidade de sua proposta.

326
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

35. Além disso, no caso concreto, trata-se de serviço de natureza conti-


nuada. Assim, os reflexos de uma proposta de preço subdimensionada
poderiam perdurar por até cinco anos e, excepcionalmente, por mais
doze meses, nos termos do art. 57 da Lei 8.666/1993. O administrador
deve, pois, ser ainda mais cauteloso. (TCU, Acórdão nº 3.001/2015, Se-
gunda Câmara, grifamos.)

Com relação aos demais custos variáveis cujo direito tem previsão le-
gal/normativa, mas que dependem de indicadores de incidência para
seu aporte na planilha, não existem referências objetivas e determi-
nadas para tais valores. Por isso constata-se a relevância de conhecer
a lógica da planilha e os encargos que formam o preço do serviço, de
modo a ser desenvolvido um senso crítico quanto à razoabilidade na
formação dos preços.

Nesse sentido, é possível que o licitante cote aviso-prévio trabalho


para 100% dos empregados (considerando que todos serão desliga-
dos ao final do contrato administrativo) e, ainda, cote um percentual
de aviso-prévio indenizado? Sim, é razoável, pois pode haver substi-
tuições no decorrer da execução contratual que levem à rescisão dos
contratos de trabalho com pagamento de aviso indenizado. E é possí-
vel que o licitante zere licença-paternidade em um contrato de servi-
ços de copeiragem com poucos postos de serviços? Sim, em princípio,
é possível que a empresa opte por não alocar homens nessa contra-
tação, não havendo de se cogitar tal custo concretamente. Essas são
algumas entre as muitas variações que podem surgir no julgamento.

Diante de dúvidas na formação dos preços e percentuais, especial-


mente dos custos variáveis, o caminho será diligenciar para entender a

327
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

formação dos preços do licitante. Mas, a fim de objetivar o julgamento,


não seria possível a previsão de preços máximos unitários?

VI – Podem ser previstos preços máximos unitários e global.

Ainda que a legislação discipline a possibilidade de estabelecimento


de preços máximos unitários e global12, fato é que, na prática, a regra
atual nas contratações de serviços terceirizados com dedicação exclu-
siva de mão de obra é a previsão de valores máximos globais13-14 e não
unitários15.

A possibilidade de variações dos custos unitários, considerando o en-


quadramento sindical da empresa, certamente contribui para que não
se adote tal medida. Isso não afasta a possibilidade, todavia, de que
sejam previstos valores máximos unitários para alguns custos, como
para insumos e materiais, por exemplo.

VII – A planilha dividida em blocos de custos de acordo com a natureza


auxilia o julgamento da planilha.

Feitas as considerações anteriores e compreendida a natureza dos


custos que formam o preço dos serviços, apresentaremos a planilha
resumida da IN nº 05/2017. O objetivo dessa planilha, que apresenta
os custos reunidos em blocos, é chamar atenção para a natureza (as
características) dos custos e como eles devem ser tratados para que
facilitem o momento do julgamento.

Portanto, esse “olhar em blocos” para a planilha16 facilita e organiza sua


avaliação e seu julgamento.

328
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Mão de obra vinculada à execução contratual Valor


(valor por empregado) (R$)

MÓDULO 1 - COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO


Salário-BaseAdicional de periculosidade
A Adicional de insalubridadeAdicional noturno
Hora noturna reduzidaAdicional de hora extra
no feriado
MÓDULO 2 - ENCARGOS E BENEFÍCIOS ANUAIS,
MENSAIS E DIÁRIOS
Sub. 2.1: 13º salárioFérias Adicional de férias
B Sub. 2.2: INSSSalário-educaçãoSAT
Terceiras entidadesFGTS
Sub. 2.3: TransporteAuxílio refeição/alimentação
Assistência médica e familiar
MÓDULO 3 - PROVISÃO PARA RESCISÃO
C APIFGTS sobre APIIncidências sobre APT
Multa FGTS
MÓDULO 4 - CUSTO DE REPOSIÇÃO DO
PROFISSIONAL AUSENTE
Sub. 4.1: FériasAusências legaisLicença-
D -paternidadeAcidente do trabalho
Afastamento maternidade
Sub. 4.2: Intervalo para repouso ou alimentação
MÓDULO 5 - INSUMOS DIVERSOS
E
UniformesMateriaisEquipamentos
Subtotal (A + B + C + D + E)
MÓDULO 6 - CUSTOS INDIRETOS, TRIBUTOS E LUCRO
F
Custos indiretosLucroTributos
Valor total por empregado
329
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

VIII – Orientações gerais no julgamento

Bloco 1 – Encargos destacados em verde: são os custos que decorrem


de determinação legal (legislações trabalhista, previdenciária, tributá-
ria). Além de tratativa em leis e atos normativos, tais encargos podem
ter tratamento específico no documento laboral da categoria.

Para a avaliação de adequação e de exequibilidade desses encargos,


é fundamental conhecer o enquadramento sindical da empresa e a
norma coletiva ao qual ela está vinculada, assim como seu regime tri-
butário.

Por exemplo, a empresa não pode zerar 13º salário ou férias (direitos
com proteção constitucional). Tanto a empresa, ao elaborar sua pla-
nilha, quanto a Administração, na ocasião do julgamento, devem ob-
servar e exigir que os custos e os encargos que decorrem de determi-
nação legal/normativa sejam cumpridos, inclusive no que diz respeito
aos valores e aos percentuais. Com relação aos encargos trabalhistas,
a determinação legal deve ser entendida, a rigor, como mínimo obri-
gatório a ser observado, podendo a empresa ampliar direitos e benefí-
cios aos seus empregados.

Perceba que nem todos os encargos destacados nesse bloco serão de-
vidos em todas as contratações. Isso dependerá das condições de sua
execução ou do serviço em si. Nesse sentido, haverá o custo de hora
noturna se o serviço for prestado em horário noturno nos termos da
legislação de regência; haverá adicional de periculosidade se as condi-
ções de prestação ou a regulamentação do serviço determinarem tal
pagamento; e assim por diante.

330
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Dessa forma, é fundamental que o pregoeiro e a equipe envolvida no


julgamento conheçam as condições de execução, como jornada, uni-
dade de medida, produtividade (se for o caso), características do local
da prestação, pois essas condicionantes podem impactar a incidência
de eventuais encargos.

Bloco 2 – Encargos destacados em azul: são os encargos que têm trata-


tiva específica no documento laboral da categoria, os quais devem ser
cumpridos como mínimo obrigatório.

Se não previstos na norma coletiva da categoria, não são direitos da


categoria e podem não ser considerados pela empresa. No entanto, a
empresa poderá criar ou ampliar os benefícios e os direitos decorren-
tes de lei por meio do contrato de trabalho ou do regulamento inter-
no. Dessa forma, é possível que o licitante cote determinado benefício
(vale-refeição, por exemplo) não previsto no documento laboral ao
qual está vinculado ou amplie o direito (valor diário do vale-refeição
maior que o previsto na CCT).

Nesse caso, tratando-se de encargo que tem fundamento na norma


coletiva (ou seja, de custos não variáveis), se o licitante cria ou amplia
direitos e benefícios, ele se vincula aos termos de sua proposta. Então,
durante a execução contratual, deverá, a rigor, repassar aos emprega-
dos os valores e os benefícios nos termos de sua proposta comercial.17

Bloco 3 – Encargos destacados em rosa: são os encargos cujo direito


tem fundamento legal/normativo/documento laboral, mas o custo a
ser aportado na planilha passa por um indicador de incidência ou por
um quantitativo.

331
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

Como já tratamos, o ideal é que a Administração tenha um histórico


desses percentuais e quantitativos para que possa guiar a análise de
aceitabilidade da planilha. Esses percentuais e quantitativos são refe-
rências no momento do julgamento, pois as empresas podem praticar
valores diversos, justificando a formação de seu preço. Com relação aos
custos variáveis, a empresa tem liberdade, mas terá responsabilidade
em prover o quantitativo que for necessário para dar conta de cumprir
o direito trabalhista dos empregados alocados na prestação dos servi-
ços. Nesse sentido dispõem o art. 63 e seu § 1º da IN nº 05/2017.18

Em acórdão recente, o TCU reforçou a natureza variável de custos da


planilha:

3. Como visto no relatório precedente, as alegações da representante


foram devidamente abordadas em sede recursal e rejeitadas pelo pre-
goeiro.

4. Nessa seara, verificou-se que descabe a alegação da Provac Terceiri-


zação de Mão de Obra Ltda. quanto à questão do subdimensionamen-
to do item relativo a faltas legais na planilha de custos da vencedora,
eis que se trata de risco do negócio, como bem esclarecido, e tam-
bém porque a própria vencedora alegou o compromisso de arcar com
os ônus de eventuais equívocos nos quantitativos da proposta, asse-
verando ser capaz de executar os serviços com base nos percentuais
ofertados. (TCU, Acórdão nº 90/2019, Plenário, Rel. Min. Aroldo Cedraz,
j. em 30.01.2019, grifamos.)

Assim, se a empresa considerou que 3% dos homens gozariam de li-


cença-paternidade e, na execução do contrato, 5% tiveram tal direito,

332
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

terá de arcar com o custo para 5%, e a fiscalização do contrato deverá


cobrar a observância dessa diretriz. Trata-se do risco envolvido na for-
mação do preço dos serviços em relação aos custos variáveis: cotou
para mais, é lucro, cotou para menos, tem de arcar com a diferença. De
toda forma, o direito dos empregados deve ser cumprido.19

Bloco 4 – Encargos destacados em marron: são os encargos variáveis


referenciados pela prática de mercado e pela realidade de cada em-
presa.

Para fins de julgamento, a Administração deve verificar que os valores


estejam adequados aos praticados no mercado balizados por preços
públicos praticados.

Em geral, no julgamento, a avaliação relativa à excessividade de preço


global é realizada de forma objetiva, com base no valor estimado/má-
ximo global previsto.20

Os encargos que decorrem de lei devem ser cumpridos e exigidos de


acordo com o regime legal ao qual a empresa está vinculada. Os en-
cargos trabalhistas, inclusive aqueles que têm fundamento em docu-
mento laboral da categoria, serão valores mínimos a ser observados.

A discussão, na maioria das vezes, estará centrada na inexequibilidade.


Isso porque é comum a cotação de valores e de percentuais variáveis
relativamente reduzidos. Nessa hipótese, é fundamental que a Admi-
nistração atue com cautela na avaliação da exequibilidade da propos-
ta como um todo.21 Veja que a inexequibilidade de um custo isolado
não determina a inexequibilidade da proposta como um todo.22 É ne-

333
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

cessário verificar a composição da planilha globalmente, sempre lem-


brando que tudo que decorre de lei deve ser cumprido.

Vale reforçar: no caso de dúvidas sobre a adequação e a exequibilida-


de dos valores, a orientação é diligenciar, solicitando que o licitante
justifique a formação do preço e sua exequibilidade.

E se a planilha apresentada pelo licitante contiver erros com relação


aos custos que decorrem de determinação legal? O caminho é sanear
e permitir que a empresa corrija sua planilha, desde que o preço global
seja exequível e o saneamento não leve ao aumento do valor global
proposto. Essa é a orientação prevista na IN nº 05/201723 e recomenda-
da em reiterados precedentes da jurisprudência e do TCU24.

CONCLUSÕES

Não existe fórmula pronta para realizar o julgamento da planilha de


custos e formação de preços. Cada licitação terá uma planilha adequa-
da à contratação (condições de execução, jornada, local de execução),
e as empresas podem ter justificativa em seu regime jurídico para pra-
ticar valores e percentuais diversos daquele que a Administração con-
siderou para elaborar a planilha de orçamentação no planejamento,
inclusive com relação aos encargos que decorrem de determinação
legal.

A análise de exequibilidade passa pela avaliação crítica da planilha do


licitante e, para tanto, é fundamental conhecer sua estrutura e sua ló-
gica, bem como a disciplina legal dos encargos trabalhistas, previden-
ciários e tributários. Assim, é essencial ter a clareza da natureza dos

334
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

custos que formam o preço dos serviços, bem como de seu regime e
das possíveis variações para fins de julgamento.

Para auxiliar e contribuir com esse desafio, construímos, a partir da ex-


periência aplicada, algumas diretrizes e boas práticas que considera-
mos como um ponto de partida seguro para a atividade de avaliação e
julgamento das planilhas nos contratos de terceirização.

________________

1
Conforme Súmula 331 do TST: “[...] IV - O inadimplemento das obri-
gações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabili-
dade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações,
desde que haja participado da relação processual e conste também
do título executivo judicial. V - Os entes integrantes da administra-
ção pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mes-
mas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa
no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/1993, especialmente
na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilida-
de não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada. VI - A responsabi-
lidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas de-
correntes da condenação referentes ao período da prestação laboral”.

2
Válido lembrar o entendimento atual sobre o ônus da prova em re-
lação à responsabilidade trabalhista da Administração: “Em recente
decisão proferida no RE 760.931-DF, com repercussão geral, o Excelso
Pretório reforçou a necessidade de configuração da culpa in vigilan-

335
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

do para o reconhecimento da responsabilidade subsidiária do Poder


Público, bem como atribuiu o ônus da prova da ausência de fiscaliza-
ção ao trabalhador. Assim, na hipótese sub judice, deve ser excluída a
responsabilidade subsidiária do Município de São Paulo. Recurso de
revista conhecido por má aplicação do artigo 71, § 1º, da Lei 8666/93 e
provido. Prejudicado o exame dos demais temas do recurso de revista”
(TST, RR nº 10020706020165020024, 3ª Turma, j. em 20.09.2019, grifa-
mos).

3
É bom lembrar que, na fase de planejamento, a planilha deverá ser
elaborada pela Administração, conforme a IN nº 05/2017, Anexo V –
Diretrizes para elaboração do projeto básico (PB) ou termo de referên-
cia (TR): “[...] 2. São diretrizes específicas a cada elemento do Termo de
Referência ou Projeto Básico [...] 2.9 Estimativa de preços e preços re-
ferenciais: a) Refinar, se for necessário, a estimativa de preços ou meios
de previsão de preços referenciais realizados nos Estudos Preliminares;
b) No caso de serviços com regime de dedicação exclusiva de mão de
obra, o custo estimado da contratação deve contemplar o valor máxi-
mo global e mensal estabelecido em decorrência da identificação dos
elementos que compõem o preço dos serviços, definidos da seguinte
forma: b.1. por meio do preenchimento da planilha de custos e forma-
ção de preços, observados os custos dos itens referentes ao serviço,
podendo ser motivadamente dispensada naquelas contratações em
que a natureza do seu objeto torne inviável ou desnecessário o deta-
lhamento dos custos para aferição da exequibilidade dos preços prati-
cados; b.2. por meio de fundamentada pesquisa dos preços praticados
no mercado em contratações similares; ou ainda por meio da adoção
de valores constantes de indicadores setoriais, tabelas de fabricantes,

336
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

valores oficiais de referência, tarifas públicas ou outros equivalentes,


se for o caso;” (Grifamos).

4
A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu art. 511, §?3º conceitua:
“Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados
que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto
profissional especial ou em consequência de condições de vida singu-
lares”.

5
TST – Súmula nº?374: “Norma Coletiva. Categoria Diferenciada.
Abrangência. Empregado integrante de categoria profissional diferen-
ciada não tem o direito de haver de seu empregador vantagens previs-
tas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada
por órgão de classe de sua categoria” (Resolução nº 129/2005; DJ de
20.04.2005).

6
Conforme a Constituição Federal: “Art. 8º?[...] I - a lei não poderá exigir
autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o re-
gistro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência
e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais
de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de ca-
tegoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será
definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não po-
dendo ser inferior à área de um Município”.

7
Conforme a CLT: “Art. 581. [...] § 2º Entende-se por atividade prepon-
derante a que caracterizar a unidade de produto, operação ou objetivo
final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclu-
sivamente em regime de conexão funcional”.

337
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

8
Caso semelhante foi levado à apreciação do TRF 1ª Região, no AMS nº
2000.34.00.040508-0/DF, Quinta Turma.

9
Confira precedentes trabalhistas que reforçam a polêmica sobre o
tema: “ENQUADRAMENTO SINDICAL. ATIVIDADES EMPRESARIAIS DI-
VERSAS. 1. Atividades empresariais diversas, quando distintas e in-
dependentes, justificam enquadramento sindical correspondentes
às respectivas categorias econômicas” (TRT 9ª Região, Acórdão nº
6.398/2000, Terceira Turma, Rel. Rosalie Michaele Bacila Batista, j. em
23.04.2000). “RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. ENQUADRA-
MENTO SINDICAL. TERCEIRIZAÇÃO. Se a empregadora presta serviços
variados em processos de terceirização e opta por filiar-se a sindicato
que desenvolve atividade econômica específica, como é o da cons-
trução pesada, o fato de ela desenvolver outra atividade (a interme-
diação de mão-de-obra em fábrica de fertilizantes, onde empregou
o reclamante) impede que possa impor aos respectivos empregados
o enquadramento na categoria, para eles estranha, dos trabalhado-
res da construção pesada. Entre os males da unicidade sindical não se
inclui o de impedir que o empregador adapte sua nova atividade pre-
ponderante à categoria econômica pertinente, sempre que tal se fizer
necessário. Recurso de revista conhecido e provido” (TST, RR nº 54900-
80.2004.5.04.0122, Sexta Turma, Rel. Augusto Cesar Leite de Carvalho,
j. em 28.04.2010).

10
A pesquisa de preços deve seguir os procedimentos e as orientações
previstas na IN nº 05/2014, que trata de pesquisa de preços.

No sentido mesmo sentido: Acórdão nº 2.186/2013 da Segunda Câ-


11

mara do TCU.

338
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

12
Nos termos do art. 40, inc. X, da Lei de Licitações e da alínea “d” do
item 2.8 do Anexo V da IN nº 05/2017.

13
Nesse sentido já entendeu o TCU: “5.1. abstenha-se de incluir, nos
seus instrumentos convocatórios, cláusula que permita a apresenta-
ção de propostas com valor superior ao estimado pela Administração
da entidade para o objeto licitado, em dissonância com a jurisprudên-
cia desta Corte de Contas” (TCU, Acórdão nº 3.895/2014, Plenário). Vale
lembrar que, de acordo com o regime de contratação das estatais, art.
56, inc. IV da Lei nº 13.303/2016, devem ser desclassificadas as propos-
tas acima do orçamento estimado. A prática largamente adotada por
toda Administração é de não aceitar proposta acima do preço estima-
do global. Portanto, o estimado é aplicado como máximo.

14
Como já exposto, no pregão eletrônico, a avaliação relativa ao valor
máximo global é realizada logo após a fase de lances e negociação,
em relação ao mais bem colocado e ao qual será solicitado o envio da
planilha adequada ao lance vencedor.

15
Em obras e serviços de engenharia, a previsão de preços máximos
unitários e global é obrigatória, nos termos da Súmula do TCU nº 259:
“Nas contratações de obras e serviços de engenharia, a definição do
critério de aceitabilidade dos preços unitários e global, com fixação de
preços máximos para ambos, é obrigação e não faculdade do gestor”.

16
O modelo da planilha da IN nº 05/2017 foi adaptado e resumido para
o presente trabalho.

339
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

17
O TCU já determinou que a empresa se vincula ao valor de salário
constante da proposta comercial, mesmo quando acima do piso da
categoria (Acórdãos nºs 614/2008 e 1.009/2011, ambos do Plenário).
Lembramos que o racional é diverso no caso de obras, contrato de em-
preitada de construção civil, conforme bem destacado no Acórdão nº
719/2018 do Plenário.

18
“Art. 63. A contratada deverá arcar com o ônus decorrente de eventual
equívoco no dimensionamento dos quantitativos de sua proposta, de-
vendo complementá-los caso o previsto inicialmente em sua proposta
não seja satisfatório para o atendimento ao objeto da licitação, exceto
quando ocorrer algum dos eventos arrolados nos incisos do § 1º do art.
57 da Lei nº 8.666, de 1993. § 1º O disposto no caput deve ser observado
ainda para os custos variáveis decorrentes de fatores futuros e incertos,
tais como os valores providos com o quantitativo de vale-transporte.”

19
Tratando-se de custos variáveis e que não se renovam, já tendo sido
pagos ou amortizados no primeiro período do contrato, poderão ser
excluídos ou reduzidos na prorrogação do contrato, conforme previsto
na IN nº 05/2017, Anexo VII-F: “ 1 - Vigência contratual e custos reno-
váveis: [...] 1.2. Regras estabelecendo que nas eventuais prorrogações
dos contratos com dedicação exclusiva de mão de obra, os custos não
renováveis já pagos ou amortizados no primeiro ano da contratação
deverão ser eliminados como condição para a renovação”. É importan-
te que a minuta do contrato preveja quais os custos não renováveis
que, a depender da realidade contratual, poderão ser reduzidos ou ex-
cluídos na prorrogação, assim como a forma de cálculo de sua exclu-
são e de sua reinclusão, conforme o caso.

340
AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

20
Vale lembrar que o Ministério da Economia divulga valores máximos
por estado da federação para os serviços de limpeza e de vigilância,
os quais devem ser observados, em regra, pela Administração federal
direta, autárquica e fundacional.

21
O Ministério da Economia divulga também valores mínimos aceitá-
veis para limpeza e vigilância. Valores próximos ou inferiores aos míni-
mos exigem uma acurada avaliação de exequibilidade para que sejam
aceitos.

22
IN nº 05/2017, Anexo VII-A – Diretrizes gerais para elaboração do ato
convocatório: “9.3. A inexequibilidade dos valores referentes a itens
isolados da planilha de custos e formação de preços não caracteriza
motivo suficiente para a desclassificação da proposta, desde que não
contrariem exigências legais” (Grifamos).

23
IN nº 05/2017, Anexo VII-A – Diretrizes gerais para elaboração do ato
convocatório: “7.9. Erros no preenchimento da planilha não são moti-
vos suficientes para a desclassificação da proposta, quando a planilha
puder ser ajustada sem a necessidade de majoração do preço ofer-
tado, e desde que se comprove que este é o bastante para arcar com
todos os custos da contratação”.

24
“A jurisprudência do TCU no tocante ao art. 43, § 3º, da Lei 8.666/1993,
que serviu de inspiração para os arts. 24 e 29-A, caput e § 2º, da IN-
-SLTI/MPOG 2/2008, se firmou no sentido de estabelecer a possibili-
dade de aproveitamento das propostas com erros materiais sanáveis
e irrelevantes em suas respectivas planilhas de custo e de formação
de preços, que não prejudiquem o teor das ofertas, em homenagem

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AULA 1 AULA 2 AULA 3 AULA 4 AULA 5

MATERIAL COMPLEMENTAR

ao princípio da razoabilidade e quando isso não se mostra danoso


aos demais princípios exigíveis na atuação da Administração Pública”
(TCU, Acórdão nº 834/2015, Plenário). Nesse mesmo sentido: TRF 5ª
Região, AG nº 117.634/PE, Primeira Turma; TCU, Acórdão nº 943/2014,
Primeira Câmara; TCU, Acórdão nº 830/2018, Plenário; TCU, Acórdão nº
719/2018, Plenário; entre outros.

Como citar este texto:

ALMEIDA, Anadricea Vicente de. A compreensão da natureza dos cus-


tos que formam o preço dos serviços como condição para o julgamen-
to seguro da planilha da IN nº 05/2017. Revista Zênite ILC – Informati-
vo de Licitações e Contratos, Curitiba: Zênite, n. 310, p. 1205-1215, dez.
2019, seção Doutrina.

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