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Administração de
Contratos
Prof.ª Daniella Boppré de Athayde Abram
2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof.ª Daniella Boppré de Athayde Abram
346.02
A161e Abram, Daniella Boppré de Athayde
Elaboração e administração de contratos / Daniella Boppré de
Athayde Abram. Indaial : Uniasselvi, 2013.
170 p. : il
Bons estudos!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS.......................... 1
VII
TÓPICO 1 – EXECUÇÃO E INEXECUÇÃO DO CONTRATO........................................................ 43
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 43
2 EXTINÇÃO DO CONTRATO: CUMPRIMENTO E DESCUMPRIMENTO............................. 43
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 47
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 48
TÓPICO 2 – INADIMPLEMENTO....................................................................................................... 51
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 51
2 CONCEITO............................................................................................................................................. 51
3 CONSEQUÊNCIAS DO INADIMPLEMENTO.............................................................................. 52
3.1 JUROS................................................................................................................................................. 53
3.2 CLÁUSULA PENAL....................................................................................................................... 54
4 A INADIMPLÊNCIA NOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS....................................................... 55
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 56
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 57
VIII
2.5.2 Compra e venda “ad corpus”..............................................................................................94
3 TROCA OU PERMUTA......................................................................................................................94
3.1 CONCEITO......................................................................................................................................94
4 DOAÇÃO..............................................................................................................................................95
4.1 CONCEITO......................................................................................................................................95
4.2 OBJETO DA DOAÇÃO..................................................................................................................95
4.3 ESPÉCIES DE DOAÇÃO – HIPÓTESES DE REVOGAÇÃO....................................................96
5 LOCAÇÃO............................................................................................................................................96
5.1 CONCEITO . ...................................................................................................................................96
5.2 PARTES NA LOCAÇÃO...............................................................................................................97
5.3 OBJETIVOS NA LOCAÇÃO.........................................................................................................97
5.4 FORMA DO CONTRATO............................................................................................................97
5.5 ESPÉCIES DE LOCAÇÃO PREVISTAS NA LEI N° 8.245/91...................................................98
5.6 PRINCIPAIS DISPOSIÇÕES DA LEI DO INQUILINATO...................................................... 100
5.7 GARANTIAS DO CONTRATO DE LOCAÇÃO....................................................................... 104
5.7.1 Caução e fiança...................................................................................................................... 104
5.7.2 Seguro fiança locatícia.......................................................................................................... 105
6 COMODATO....................................................................................................................................... 105
6.1 OBJETIVO....................................................................................................................................... 105
6.2 PARTES NO COMODATO........................................................................................................... 105
6.3 FORMA DO CONTRATO........................................................................................................... 105
6.4 ITENS E CLÁUSULAS DO CONTRATO DE COMODATO................................................... 106
6.5 PRAZO DO CONTRATO DE COMODATO............................................................................. 106
6.6 FORMAS DE EXTINÇÃO DO COMODATO............................................................................ 106
6.7 OBRIGAÇÕES DAS PARTES....................................................................................................... 107
7 CORRETAGEM................................................................................................................................... 107
7.1 CONCEITO..................................................................................................................................... 108
7.2 DEVERES DO CORRETOR.......................................................................................................... 108
7.3 DIREITOS DO CORRETOR DE IMÓVEIS................................................................................. 109
7.3.1 Recebimento de comissão.................................................................................................... 109
7.4 REQUISITOS E FORMA DO CONTRATO DE CORRETAGEM........................................... 110
8 MANDATO.......................................................................................................................................... 111
8.1 CONCEITO..................................................................................................................................... 111
8.2 PARTES NO CONTRATO............................................................................................................ 112
8.3 REQUISITOS DA PROCURAÇÃO............................................................................................. 112
8.4 SUBSTABELECIMENTO...............................................................................................................114
8.5. EXTINÇÃO DO MANDATO.......................................................................................................114
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................115
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................117
IX
X
UNIDADE 1
FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade você estará apto a:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e no final de cada um deles você
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Atuando como profissional do mercado imobiliário, você terá no contrato
seu principal instrumento de trabalho, pois o contrato (no caso, firmado através
de uma escritura pública) é indispensável para que os bens possam circular.
2 CONCEITO DE CONTRATO
A palavra “contrato”, segundo Venosa (2007, p. 334), vem de contractus,
que significa unir, contrair.
3
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
Criar,
Negócio Jurídico em Para
Modificiar
Contrato = que há junção de
ou Extinguir
vontades
Direitos
FONTE: A autora.
CONSENSO
Vontade do proponente ENTRE AS Vontade do aceitante
PARTES
CONTRATO
FONTE: A autora
4
TÓPICO 1 | CONTRATOS – PARTE GERAL
UNI
UNI
Para que o agente seja CAPAZ é preciso que tenha CAPACIDADE CIVIL,
que é a aptidão para praticar por si os atos da vida civil, sendo que em caso
de incapacidade absoluta do agente (por exemplo, menores de 16 anos), ele será
representado, e em caso de incapacidade relativa (por exemplo, maior de 16 e
menor de 18 anos), o agente será assistido.
5
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
De uma forma simplificada, podemos dizer que no erro a pessoa não tem
noção da verdade, e se soubesse a manifestação da vontade seria diferente. No
dolo há o emprego de um artifício para induzir alguém a realizar o negócio em
benefício próprio ou de terceiro. Na coação há um fundado temor de dano próximo
a acontecer (iminente) à pessoa, à família ou aos seus bens. Na fraude a credores, o
devedor se desfaz de seus bens de forma maliciosa para escapar das dívidas.
6
TÓPICO 1 | CONTRATOS – PARTE GERAL
DICAS
Caro(a) acadêmico(a), para facilitar seu estudo, é bom que você tenha em mãos
o Código Civil, que é a Lei nº 10.406/02, especialmente o artigo 421 que se aplicam aos
contratos. Está disponível no site:<www.planalto.gov.br>, no link “legislação”.
“Da leitura deste artigo podemos ver que esta liberdade não é total,
porque cede diante do princípio da função social, o que significa dizer que se
houver confronto entre a liberdade de contratar e o interesse social, este deva
prevalecer” (GONÇALVES, 2007, p. 5).
Resumidamente:
7
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
Tanto isso é verdade que, para Gagliano e Pamplona Filho (2006, p. 171,
grifo nosso):
Resumidamente:
8
TÓPICO 1 | CONTRATOS – PARTE GERAL
De forma resumida:
9
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
UNI
Estudaremos mais a fundo esta matéria quando tratarmos do estudo das formas
de extinção dos contratos.
DICAS
Caso queira se aprofundar neste tema, leia o texto do Prof. Flávio Tartuce, “O
Princípio da boa-fé objetiva”. Disponível em: <www.flaviotartuce.adv.br/secoes/artigos/artigo-
boafé-TARTUCE.doc>.
10
TÓPICO 1 | CONTRATOS – PARTE GERAL
Por isso, o Código Civil é claro ao estabelecer no art. 421 que “a liberdade
de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.”
Com base neste dispositivo legal é que Gagliano e Pamplona Filho (2006,
p. 15, grifo nosso) complementam o conceito de contrato, que já trouxemos acima
e que repetimos:
Conclui-se, pois, que por este princípio o contrato não será válido se puder
causar danos, não apenas no âmbito restrito das partes contratantes, mas também
no contexto social. Ou seja, a terceiros, não podendo assim ser o meio para a
prática de atos não condizentes com os padrões mínimos de comportamento
exigidos pelo ordenamento jurídico.
11
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
“Já quando a obrigação de uma das partes somente puder ser exigida em
função de coisas ou fatos futuros, cujo risco da não ocorrência for assumido pelo
outro contratante, fala-se em contrato aleatório” (GAGLIANO ; PAMPLONA
FILHO, 2006, p. 117). “Álea” quer dizer “sorte” e podem ser citados como exemplo
os contratos de seguro.
12
TÓPICO 1 | CONTRATOS – PARTE GERAL
NOTA
UNI
13
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
14
AUTOATIVIDADE
COLUNA 1 COLUNA 2
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Agora que você já conhece as principais características dos contratos e
os princípios contratuais, bem como as principais espécies de contratos, vamos
entender como os contratos se formam.
Mas esta vontade precisa ser LIVRE, ou seja, a pessoa, quando firmar um
contrato, tem que fazê-lo por livre e espontânea vontade, sem que seja obrigada
ou induzida ao erro, caso contrário, o contrato poderá ser ANULADO, em razão
dos vícios de consentimento que vimos no item anterior. Esta vontade livre e
consciente chama-se CONSENTIMENTO.
17
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
E assim:
=
Contrato
FONTE: A autora
FONTE: A autora
NOTA
18
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
NOTA
19
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
Observe que:
Podemos afirmar que a proposta, a não ser nos casos em que a lei excetua
(vistos acima), obriga o proponente a cumprir o que está ali escrito, o que,
nas palavras de Gagliano e Pamplona Filho (2006, p. 87), significa dizer que o
policitante “não poderá voltar atrás, ressalvadas apenas as exceções capituladas
na própria lei”.
Por estes motivos, a proposta deve ser clara e objetiva, pois o contrato será
enviado para a outra parte para aceitação.
3 ACEITAÇÃO DO CONTRATO
A terceira fase é a da aceitação do contrato. É quando o aceitante concorda
com a proposta apresentada pelo policitante.
deve ser apresentada sem vícios (ou seja, a pessoa não deve ser coagida,
enganada ou existir outro vício do consentimento);
o agente deve ser plenamente capaz (lembra-se dos requisitos do negócio
jurídico?), caso contrário o agente deverá ser representado ou assistido;
20
TÓPICO 2 | FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Advertem ainda os mesmos autores (2006, p. 92), que “se a aceitação for
feita fora do prazo, com adições, restrições ou modificações, importará em nova
proposta [...], converter-se-á em contraproposta”.
5 O CONTRATO PRELIMINAR
Utiliza-se o contrato preliminar quando, por algum motivo, não se puder
desde logo firmar o contrato definitivo. Certamente você já viu um contrato de
“promessa de compra e venda”, ou “compromisso de compra e venda”, que é o
exemplo mais comum deste tipo de contrato.
ATENCAO
21
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você aprendeu que:
22
AUTOATIVIDADE
6 O mesmo que proposta. Tem força obrigatória segundo o artigo 427 do CC.
23
7 Termo que designa a fase inicial de formação do contrato. Sinônimo de
“Negociações Preliminares”.
24
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A partir deste tópico, para o estudo da interpretação dos contratos,
você entenderá como se interpreta um contrato, buscando compreender o seu
significado, o alcance de suas cláusulas e a intenção das partes que o firmaram.
Das ideias de Venosa (2007, p. 422), “conclui-se que não há regras fixas de
interpretação”.
25
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
Isto ocorre porque a parte que adere ao contrato, chamada “aderente”, fica
em situação desfavorável (chamada tecnicamente de hipossuficiência) perante a
outra. Por isso, nos artigos 423 e 424 do Código Civil encontramos as regras básicas
de interpretação dos contratos de adesão, que podemos resumir no seguinte: se
houver cláusulas ambíguas (com possibilidade de dupla interpretação), deve-se
interpretá-las sempre em favor do aderente. Não é possível estipular cláusulas
que imponham a renúncia antecipada a direito do aderente.
26
TÓPICO 3 | INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS CONTRATOS
LEITURA COMPLEMENTAR
1 A relação do direito dos contratos com outros ramos do direito e sua topologia
no Direito Civil
[...]
Relaciona-se o direito dos contratos também com o direito das coisas, pois
podemos considerar que o contrato é instrumento essencial para a circulação
de riquezas e transmissão da propriedade. (Embora a propriedade se transfira
através de tradição ou de transcrição, estas são precedidas por contratos).
27
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
[...]
[...] Portanto, no nosso direito, os contratos são acordos feitos com base na
vontade das partes e na autorização jurídica, capazes de criar, regular, modificar
ou extinguir relações jurídicas de conteúdo patrimonial. Esta é a definição de
contrato.
28
TÓPICO 3 | INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS CONTRATOS
Dizer que as partes sejam capazes significa exigir que elas não se enquadrem
nas hipóteses previstas nos arts. 3o e 4o do CC (2002). Esta é a capacidade genérica.
A capacidade específica, ou legitimação (importando-se a expressão do direito
processual civil) decorre da ausência de impedimento específico de realizar certo
contrato com certa pessoa. Como exemplo, João é maior, capaz, mas não pode
doar uma casa para sua concubina, se for casado. Embora João tenha capacidade
genérica para praticar atos da vida civil em geral, ele não pode realizar aquele
contrato com aquela mulher.
29
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
entre as partes que dele participaram. O “contrato faz lei entre as partes” e apenas
entre as partes, não podendo atingir terceiros. Esse princípio é próprio do direito
das obrigações (onde os contratos se inserem), em oposição aos direitos reais,
que são oponíveis “erga omnes”. Este princípio, contudo, encontra exceções e
relativizações. Citemos duas exceções: a transmissão das obrigações (e créditos)
pela sucessão e a estipulação em favor de terceiro. A relativização é fruto da função
social dos contratos. Já escrevemos que as obrigações, desde que fungíveis e salvo
estipulação em contrário, transferem-se aos herdeiros na abertura da sucessão.
Quanto aos débitos, contudo, estes não obrigam os herdeiros no que ultrapassar
as forças da herança. A estipulação em favor de terceiro vincula pessoa que não
foi parte no momento da formação do contrato, mas apenas em seu benefício,
ou seja, este terceiro pode adquirir vantagens, não obrigações. Este terceiro, a
favor de quem se estipulou a obrigação, tem direito de exigir seu adimplemento.
Exemplo desta estipulação em favor de terceiro é o seguro de vida, em que os
efeitos ocorrem ultrapartes.
Por outro lado, um terceiro não pode ser obrigado por contrato do qual
não participou. Se alguém, ao contratar, promete fato de terceiro, este contrato
não tem a eficácia de obrigar quem dele não participou. Se o terceiro não executar
a promessa realizada por João num contrato com Maria, a responsabilidade é
de João, não havendo nenhuma relação jurídica entre João e o terceiro ou entre
Maria e o terceiro. Tanto a estipulação em favor de terceiro, como a promessa de
fato de terceiro estão disciplinadas na teoria geral dos contratos, nos artigos 436
e 438 a 440 do Código Civil. O princípio da relatividade dos contratos vem sendo
relativizado, atualmente, pelo princípio da função social dos contratos. Enquanto
que, segundo o princípio da relatividade, o contrato só produz efeitos entre as
partes, o princípio da função social do contrato realça os efeitos que o contrato
produz além da esfera jurídica das partes.
30
TÓPICO 3 | INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS CONTRATOS
[...]
Como estamos falando de “novos” princípios do Código Civil de 2002,
passemos ao princípio da boa-fé, também chamado de princípio da probidade ou
da eticidade dos contratos. É o princípio da boa-fé objetiva, art. 422. É necessário, de
início, distinguir boa-fé subjetiva de boa-fé objetiva. A boa-fé subjetiva diz respeito
a certo estado psicológico do sujeito, no qual desconhece vícios ou impedimentos
de determinada situação jurídica na qual está inserido. A boa-fé subjetiva,
prevista desde o Código de 1916, tem papel relevante, por exemplo, na posse e
na fraude contra credores. Diz respeito à intenção do sujeito, ao conhecimento ou
desconhecimento de certos detalhes da relação ou situação jurídica.
31
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
Algumas críticas precisam ser feitas a este artigo 478. Comecemos pelo
título dado à Seção IV – Da resolução por onerosidade excessiva. O mais apropriado
seria substituir “onerosidade excessiva” por imprevisão. E substituir “resolução”
por “revisão”. Não é a simples onerosidade excessiva que permite ao juiz revisar
– e, não sendo possível, resolver – o contrato. Precisamos somar a isso outras
circunstâncias. Esta onerosidade excessiva deve decorrer de fato extraordinário
e imprevisível (tomando como base a cautela normal). A simples onerosidade
excessiva autoriza a revisão judicial de um contrato de consumo, mas, para haver
intervenção judicial num contrato paritário, é preciso que haja a imprevisão. Este
fato imprevisível e extraordinário, por modificar a base objetiva do contrato,
permite sua revisão, pois desequilibra as prestações das partes contratantes.
32
TÓPICO 3 | INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS CONTRATOS
Neste ponto, o art. 478 merece outra crítica, pois a jurisprudência e a doutrina
já tinham entendido que a onerosidade excessiva da obrigação de uma parte,
não era necessária, mas era obrigatório, demonstrar o injusto enriquecimento por
parte da outra.
33
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
34
TÓPICO 3 | INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS CONTRATOS
[...]
10 Vícios redibitórios
35
UNIDADE 1 | FORMAÇÃO, EXECUÇÃO E EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
11 Evicção
12 Extinção do contrato
36
TÓPICO 3 | INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS CONTRATOS
Conclusão
Enfim, passamos por toda a teoria geral dos contratos prevista no Código
Civil de 2002, contextualizando os principais institutos, com destaque para as
características e fundamentos deste novo direito dos contratos. Alguns institutos
são regulamentados em detalhes no texto legal, como os vícios redibitórios, a
evicção, a oferta e proposta. Quanto a estes, optamos por não transcrever seu
tratamento, já que sua transcrição não provaria conhecimento da candidata, já
que as normas estão na lei e sua consulta é permitida.
FONTE: BORGES, Roxana Cardoso Brasileiro. A Atual Teoria Geral dos Contratos. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7267>. Acesso em: 8 abr. 2009.
37
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
38
AUTOATIVIDADE
39
40
UNIDADE 2
EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO
CONTRATO, RESPONSABILIDADE
CIVIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, em que estudaremos as hipó-
teses de execução e inexecução dos contratos, como se configura o inadim-
plemento e, por fim, conheceremos as principais garantias contratuais.
TÓPICO 2 - INADIMPLEMENTO
41
42
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Agora que você já entendeu como o contrato se forma e como devemos
interpretá-lo, entendendo o alcance de suas cláusulas, partiremos para o estudo
de como o disposto no contrato se cumpre (execução do contrato) e o que ocorre
quando uma das partes não o cumpre (inexecução), bem como as consequências
deste descumprimento.
Porém
Pode ocorrer a
inexecução ou
descumprimento do
contrato
FONTE: A autora
43
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
Para o nosso estudo, “vamos nos limitar a entender os fatores que levam
o contrato a não extinguir-se da forma natural, sendo que a extinção neste caso é
considerada anormal” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2006, p. 229).
Ensinam os autores que esta “morte não natural do contrato pode ter
sua raiz em causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato”
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2006, p. 229).
44
TÓPICO 1 | EXECUÇÃO E INEXECUÇÃO DO CONTRATO
Morte de
Resolução. Resilição. Rescisão.
um dos
contratantes.
Inadimplemento
Onerosidade
voluntário ou
involuntário. excessiva.
FONTE: A autora
45
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
ATENCAO
Do que estudamos até aqui, pudemos perceber que o que chamamos de “rescisão”
do contrato, no dia a dia, na verdade é caso de resolução (quando há inadimplemento) ou
resilição (quando há vontade das partes em extinguir o contrato).
46
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você aprendeu que:
47
AUTOATIVIDADE
49
50
UNIDADE 2 TÓPICO 2
INADIMPLEMENTO
1 INTRODUÇÃO
Vimos acima, que uma das formas de extinção anormal do contrato é a
resolução, que se verifica quando ocorre o inadimplemento.
2 CONCEITO
O inadimplemento é o descumprimento da obrigação pactuada no
contrato. Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2008, p. 161), “o inadimplemento
pode ser voluntário (culposo) ou não (involuntário)”.
Assim:
51
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
Absoluto
Inadimplemento
Relativo (mora)
Voluntário Involuntário
FONTE: A autora
3 CONSEQUÊNCIAS DO INADIMPLEMENTO
O inadimplemento do devedor poderá gerar o dever de indenizar. O
dever de indenizar é ligado à causa do inadimplemento, ou seja, a inexecução
ocorreu com culpa ou não do devedor. Sem culpa, a obrigação se resolve e as
partes são repostas ao estado anterior.
Roberto Senize Lisboa (2004, p. 360) aponta fatores que não podem ser
imputados às partes e fatores imputáveis que podem ou não vincular a vontade
dos obrigados:
São fatores não imputáveis: a morte do sujeito ativo ou passivo da
obrigação, da qual extingue o vínculo jurídico por determinação da lei
ou pela vontade das partes; a incapacidade após o comprometimento
da obrigação, impedindo o devedor de cumpri-la, assim como a
conduta de terceiro.
O caso fortuito também é uma inexecução involuntária cujo evento,
imprevisível, obsta o adimplemento, em virtude de motivos alheios
à vontade do devedor. Assim, para se tornar extinta a prestação,
é necessário que a mesma tenha se tornado impossível, sem que o
devedor contribua para essa possibilidade, nem com dolo, tampouco
com culpa. A causa fortuita deve ser superveniente à pactuada, pois
52
TÓPICO 2 | INADIMPLEMENTO
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário,
cujos efeitos não eram possíveis de evitar ou impedir.
FONTE: Disponível em: <academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Caso_fortuito_e_força_maior>.
Acesso em: 24 nov. 2012.
3.1 JUROS
Quando houver inadimplemento parcial, o devedor, caso queira
regularizar o contrato e tendo este por objeto pagamento de prestação em
dinheiro, ficará sujeito ao pagamento de juros.
53
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
Os juros não podem exceder o limite estabelecido pela lei, seja no que se
refere ao percentual, seja no que se refere à capitalização (o que comumente se
chama “juros sob juros”).
54
TÓPICO 2 | INADIMPLEMENTO
55
RESUMO DO TÓPICO 2
Após o estudo do conteúdo deste tópico, pudemos compreender:
• Que o inadimplemento pode ser total ou parcial e que nesta última hipótese se
denomina “mora”.
• Que para regularizar o contrato, o devedor terá ainda que pagar juros e cláusula
penal.
56
AUTOATIVIDADE
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais
juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.
57
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este
em mora.
58
A responsabilidade ou pagamento de perdas e danos tem por finalidade
recompor a situação patrimonial da parte lesada pelo inadimplemento
contratual, respondendo o devedor com todos os seus bens.
2 É correto afirmar que nas transações imobiliárias a mora pode ser tanto do
devedor como do credor? Explique.
59
60
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores estudamos como se configura a execução e também
a inexecução dos contratos.
2 RESPONSABILIDADE CIVIL
Segundo o art. 186 do Código Civil, “art. 186. Aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito” (BRASIL, 2012).
61
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
3 ELEMENTOS CARACTERIZADORES DA
RESPONSABILIDADE CIVIL
Resumindo, podemos então dizer que para que se caracterize a
responsabilidade civil são necessários três elementos:
NEXO
AÇÃO OU RESPONSABILIDADE
DE + DANO =
OMISSÃO + CIVIL
CAUSA-
DO AGENTE
LIDADE
(DOLOSA OU
CULPOSA)
Fonte: A autora
1. Ação ou omissão do agente: o ato ilícito pode advir não só de uma ação, mas
também de omissão do agente.
2. Relação de causalidade: entre a ação do agente e o dano causado tem que
haver um nexo de causalidade, pois é possível que tenha havido um ato
ilícito e tenha havido dano, sem que um seja causa do outro.
3. Existência de dano: tem que haver um dano (seja moral ou material), pois a
responsabilidade civil baseia-se no prejuízo para que haja uma indenização.
4. Dolo ou culpa: é necessário que o agente tenha agido com dolo ou culpa.
FONTE: Disponível em: <artigos.netsaber.com.br/.../artigo_sobre_responsabilidade_civil_
aquili...>. Acesso em: 26 nov. 2012.
62
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E GARANTIAS CONTRATUAIS
RESPONSABILIDADE
CIVIL
EXTRACONTRATUTAL
CONTRATUAL (AQUILIANA)
Decorre de um Decorre do
contrato entre as descumprimento de
partes. um dever legal.
FONTE: A autora
63
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
ATENCAO
64
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E GARANTIAS CONTRATUAIS
65
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
UNI
Esta fase, não vincula as partes e não as obriga a assinar o contrato. Apenas
como exceção esta responsabilidade se configura, quando se verifica abuso do
direito de contratar.
Como vimos acima, o Código Civil estabelece que hão de estar presentes
em todas as fases contratuais os princípios da boa-fé objetiva e da probidade.
66
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E GARANTIAS CONTRATUAIS
Até mesmo após sua execução, o contrato não pode trazer prejuízos ou
lesões para terceiros ou haver desequilíbrio entre as partes contratantes.
Por exemplo, uma cláusula abusiva, mesmo após a extinção do contrato, fere
a função social do contrato, o que torna possível sua revisão e a responsabilização
do que foi injustamente beneficiado pela abusividade da cláusula.
6 GARANTIAS CONTRATUAIS
6.1 CAUÇÃO
Inicialmente, é importante registrar que, genericamente, “prestar caução”
significa oferecer garantia, ou seja, colocar valor ou bem à disposição do credor,
caso haja inadimplemento do contrato.
67
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
REAL Hipoteca
(a coisa dada (bem imóvel)
em garantia
CAUÇÃO é uma coisa Penhor
móvel ou (bem móvel)
imóvel)
FIDEJUSSÓRIA Fiança
(pessoal) Aval
FONTE: A autora
A caução poderá recair ainda sobre bens móveis, mas é bem incomum,
podendo recair sobre qualquer bem que esteja no comércio, devendo ser registrada
no Cartório de Títulos e Documentos. Caso recaia sobre imóveis (hipoteca), deve
ser averbada no Registro de Imóveis.
6.2 FIANÇA
Fiança é a garantia mediante a qual uma pessoa se responsabiliza, perante
o credor, pelo cumprimento de determinada obrigação assumida por alguém.
Segundo o art. 818 do Código Civil, “Pelo contrato de fiança, uma pessoa
garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não
a cumpra” (BRASIL, 2002).
68
TÓPICO 3 | RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E GARANTIAS CONTRATUAIS
ATENCAO
Não confundir fiança com aval. O aval é garantia dos títulos de crédito,
enquanto a fiança é exclusiva dos contratos.
A fiança deverá ser necessariamente escrita, pois não existe fiança verbal.
• deve estar ligada ao contrato de locação, que será o contrato principal, porque
a fiança é um contrato acessório e não existe sem um contrato principal, o qual
garante.
• o credor não é obrigado a aceitar o fiador, se este não for pessoa idônea, não
residir na comarca onde tiver de prestar a fiança ou não tiver bens suficientes
para garantir a obrigação.
• morte do fiador;
• ausência, interdição, falência ou insolvência do fiador, declaradas judicialmente;
• alienação ou gravação (limitação dos direitos) de todos os bens imóveis do
fiador ou sua mudança de residência sem comunicação ao locador;
• exoneração do fiador;
69
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
ATENCAO
O fiador responde pela dívida garantida inclusive com seu bem de família, por
tratar-se de exceção à regra da impenhorabilidade prevista na Lei n° 8.009/90.
70
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você aprendeu que:
71
AUTOATIVIDADE
Primeiro bloco
Segundo bloco
72
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico estudaremos outros importantes institutos ligados ao
direito contratual. Vamos compreender o que é evicção, como se caracterizam
os vícios redibitórios, e, por fim, como se configura a responsabilidade civil no
inadimplemento dos contratos.
2 EVICÇÃO
Segundo José Roberto Gonçalves (2008, p. 118), “evicção é a perda da
coisa em virtude de sentença judicial, que a atribui a outrem por causa jurídica
preexistente ao contrato”.
A evicção é típica dos contratos onerosos (art. 447 do CC), ainda que o
imóvel tenha sido objeto de venda judicial.
Quando uma pessoa, por exemplo, vende alguma coisa, ela é obrigada a
garantir que o comprador possa usufruir do bem adquirido de forma plena, não
podendo ser surpreendida pela perda da coisa adquirida em razão de sentença
judicial, que reconheça a propriedade em favor de outra pessoa.
73
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
Onerosidade da aquisição.
Configuração da
Ignorância pelo adquirente
responsabilidade do
da litigiosidade da coisa.
alienante pela evicção.
Anterioridade do
direito do evictor.
Denunciação da lide ao
alienante.
FONTE: A autora
Uma vez reconhecida a evicção, quais são as verbas devidas? Aquele que
perder o bem, poderá voltar-se contra o alienante e exigir:
74
TÓPICO 4 | EVICÇÃO E VÍCIOS REDIBITÓRIOS
3 VÍCIOS REDIBITÓRIOS
Segundo o art. 441 do Código Civil, “A coisa recebida em virtude de
contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que
a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor”
(BRASIL, 2002).
A lei então garante a possibilidade de que uma coisa com defeito oculto
possa ser devolvida e o contrato (bilateral e comutativo) desfeito, com a devolução
do dinheiro. Há também a possibilidade de o adquirente aceitar a coisa, mas exigir
o abatimento do preço. Estes pedidos serão realizados através de ação judicial.
75
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
FONTE: A autora
DICAS
76
TÓPICO 4 | EVICÇÃO E VÍCIOS REDIBITÓRIOS
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
77
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
78
TÓPICO 4 | EVICÇÃO E VÍCIOS REDIBITÓRIOS
79
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
80
TÓPICO 4 | EVICÇÃO E VÍCIOS REDIBITÓRIOS
O Código Civil prevê, em seus artigos 408 e 409, ser devida a multa pelo
atraso no cumprimento da prestação. A cláusula penal é obrigação acessória,
estando prevista no contrato firmado entre as partes, de modo que, também, deve
ser cumprida.
4 PERDAS E DANOS
81
UNIDADE 2 | EXECUÇÃO, INEXECUÇÃO DO CONTRATO, RESPONSABILIDADE CIVIL
82
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você aprendeu que:
• A evicção é típica dos contratos onerosos (art. 447 do CC), ainda que o imóvel
tenha sido objeto de venda judicial.
• Os vícios redibitórios são vícios ocultos e graves que impedem o uso da coisa
ou que lhe diminuem o valor.
• Uma coisa recebida com vício redibitório pode ser recusada ou ao menos ter
seu valor reduzido;
• Somente será vício redibitório aquele que for oculto e tornar a coisa imprópria
para o uso pretendido no contrato ou que diminuir-lhe o valor;
83
AUTOATIVIDADE
a) O que é evicção?
e) O que poderá fazer o prejudicado caso receba uma coisa com vício redibitório?
( ) Para ser considerado redibitório, o vício deve ser grave, de acordo com o
caso concreto, oculto e existente ao tempo da transmissão
84
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F – V – V – V – F – V – F.
b) ( ) V – V – V – F – F – V – V – F – F.
c) ( ) F – F – V – V – F – F – V – V – V.
d) ( ) F – F – F – V – V – V – V – F – V.
85
86
UNIDADE 3
ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos e no final de cada um deles você
encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conhecimentos adquiridos.
87
88
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Como já dissemos, nesta unidade você conhecerá os principais contratos
que envolvem os bens imóveis. Você já estudou que os contratos podem ser
típicos ou nominados (quando estão previstos em lei), ou atípicos ou inominados
(quando não estão expressos no texto legal, uma vez que não é possível prever
todas as espécies de contrato).
UNI
Para melhor compreender os contratos que vamos estudar, revise nos requisitos
essenciais do negócio jurídico e nas características dos contratos estudados na Unidade 1.
89
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
ATENCAO
Quem compra um imóvel por simples contrato NÃO É DONO! Para que isso
aconteça, será necessário o registro do contrato no Registro de Imóveis. Se o mesmo imóvel
for vendido várias vezes, terá preferência quem registrou primeiro.
90
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
Bem Tradição
móvel (entrega)
Transferência
do domínio
Bem Registro da
imóvel Escritura no
registro de imóveis
FONTE: A autora
91
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
92
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
o preço é estipulado com base nas dimensões do imóvel (p.ex., tal preço
por alqueire). A venda é ad mensuram, pois, quando se determina o preço
de cada unidade, de cada alqueire, hectare ou metro quadrado, e se
verifica, em posterior medição, que a área não corresponde às dimensões
dadas, tem o comprador o direito de exigir a sua complementação.
(GONÇALVES, 2008, p. 223).
93
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
3 TROCA OU PERMUTA
Agora que você conhece o contrato de compra e venda, passaremos ao
estudo de outro contrato muito utilizado no mercado imobiliário: a troca ou
permuta.
3.1 CONCEITO
Como dissemos acima, a troca ou permuta em muito se assemelha à
compra e venda, não se podendo negar que na compra e venda também existe
uma “troca”, ou seja, troca-se uma coisa móvel ou imóvel por dinheiro.
Enquanto isso, na permuta troca-se uma coisa por outra. Até pode haver
o pagamento de certa parte do preço em dinheiro, porém este valor não pode
ultrapassar 50% do preço, pois assim estará configurada a compra e venda, como
no exemplo que demos no item anterior.
Como na compra e venda, a permuta também pode ter por objeto “coisas
futuras, sendo frequente, hoje, a permuta de um terreno por apartamentos do
edifício que será nele construído pelo incorporador permutante.
94
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
4 DOAÇÃO
Outro contrato que é bastante comum no ramo imobiliário é a doação.
4.1 CONCEITO
Segundo o artigo 538 do Código Civil, o contrato de doação é o contrato
em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou
vantagens para o de outra.
95
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
Importante dizer que o encargo, que obrigatoriamente deve ser lícito, não
necessita ser estipulado apenas em favor do doador, como no exemplo acima,
mas também em favor de um terceiro (por exemplo, um hospital ou um asilo) ou,
ainda, do interesse geral (por exemplo, a conservação de um bem público).
5 LOCAÇÃO
Neste item estudaremos o contrato de locação, também bastante usual no
mercado imobiliário, estudando seu conceito, partes, objetivos, forma, prazos,
espécies, principais disposições legais e garantias do contrato.
5.1 CONCEITO
O conceito do contrato de locação vem expresso no art. 565 do CC,
“Locação é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a conceder à outra o uso
e gozo de uma coisa não fungível, mediante certa retribuição” (BRASIL, 2002).
96
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
Não se exige que o prazo seja determinado, “embora não deva ser
perpétuo (por definição é temporário). Se superior a dez anos, depende de vênia
conjugal [...]” (GONÇALVES, 2008, p. 297). Se for convencionado por prazo
indeterminado, este deverá ser denunciado, notificando-se a outra parte por
escrito para que possa ser encerrado, como veremos a seguir.
97
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
NOTA
98
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
LOCAÇÃO
RESIDENCIAL
99
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
LOCAÇÃO NÃO
RESIDENCIAL
Com direito a
renovação (através
de ação renovatória) Sem direito a renovação
(Requisitos do Art. 51 (segue as disposições
da Lei n° 8.245/91). gerais da lei).
LOCAÇÃO PARA
TEMPORADA
Obrigatoriedade de contrato
escrito e prazo determinado.
Possibilidade de cobrança
antecipada do aluguel.
FONTE: A autora
100
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
101
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
102
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
103
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
AÇÕES CABÍVEIS DESPEJO: por falta de pagamento: pode ser cumulado com
o de cobrança dos aluguéis e seus acessórios. O locatário
pode “purgar a mora”, depositando em juízo o valor do
aluguel mais juros, desde que não tenha usado esta faculdade
por duas vezes no ano anterior ao ajuizamento do despejo.
Também outros motivos podem embasar a ação de despejo,
como, por exemplo, a retomada do imóvel para uso próprio.
AÇÃO REVISIONAL: após 3 anos de vigência e não havendo
acordo para reajuste.
AÇÃO RENOVATÓRIA: contratos de locação de imóveis
destinados ao uso comercial ou industrial e desde que
preenchidos os requisitos legais. (art. 71 a 74 da LI)
FONTE: A autora
104
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
6 COMODATO
Neste item, você estudará os objetivos e formas do comodato, prazos e
formas de extinção e obrigações das partes.
6.1 OBJETIVO
Assim como na locação, no comodato também se cede o uso e a posse
de um bem por determinado prazo. Porém, há nítida diferença entre os dois
contratos, pois o comodato é um empréstimo gratuito de bem infungível.
105
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
106
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
• Pela destruição do bem objeto do contrato. Exemplo: Casa que foi queimada
em um incêndio.
NOTA
Por exemplo, quando o comodante sabia que a tubulação de água estava prestes
a romper, não avisando o comodatário, isto pode causar prejuízos na mobília do comodatário.
7 CORRETAGEM
Neste item estudaremos o conceito de corretagem, bem como apontaremos
os deveres e direitos do corretor, e ainda, os requisitos do contrato de corretagem.
107
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
7.1 CONCEITO
O conceito de corretagem, também conhecido como contrato de mediação,
é trazido no próprio Código Civil, que em seu art. 722 assim dispõe:
Para nosso estudo, vamos nos ater no Corretor de Imóveis, que tem sua
profissão regulamentada pela Lei n◦ 6.530/78, que foi regulamentada pelo Decreto
n◦ 81.871/78, e que também traz dispositivos relativos à fiscalização.
ATENCAO
108
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
• O corretor fará jus à sua comissão caso tenha aproximado as partes e estas
tenham efetivado o contrato, o que continuará valendo mesmo que as condições
sejam posteriormente modificadas ou se houver arrependimento de uma das
partes (art.725).
109
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
1º PASSO
• Curso de T.T.I (Técnico em transações imobiliárias).
Relação consta neste site no link: CURSOS AUTORIZADOS PELO COFECI.
2º PASSO
• INSCRIÇÃO DE ESTAGIÁRIO.
• Inscrição de estagiário (O requerente só poderá entrar com um pedido de
inscrição, enquanto estiver frequentando o curso de Técnico em transações
imobiliárias).
3º PASSO
• INSCRIÇÃO DE PESSOA FISÍCA
110
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
NOTA
O CRECI divide o país em regiões. Para localizar o CRECI de sua região, basta
acrescentar após a expressão CRECI um hífen e a sigla do Estado, por exemplo: <http://www.
creci-rj.org.br> e assim por diante.
8 MANDATO
Agora, caro(a) acadêmico(a), você estudará o conceito, as partes no
contrato, o substabelecimento e a extinção do contrato de mandato.
8.1 CONCEITO
Segundo o art. 653 do Código Civil, opera-se o mandato, “Quando alguém
recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar
interesses” (BRASIL, 2002).
ATENCAO
• forma: pode ser verbal ou por escrito (art. 656). Aconselha-se a forma escrita,
por ser mais fácil sua prova. Pode ser pública, quando é lavrada em cartório,
chamado tabelionato, sendo exigida em casos específicos, por exemplo, para a
compra e venda de imóveis e quando estejam envolvidos interesses de menores
relativamente incapazes.
112
TÓPICO 1 | PRINCIPAIS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
• requisitos: constam do art. 654, §1º do Código Civil: indicação do lugar onde
foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da
outorga, com a designação e extensão dos poderes concedidos.
PROCURAÇÃO
OUTORGADO: (qualificação)
...........................................
OUTORGANTE
FONTE: Disponível em: <http://www.paf.adv.br/pecas_juridicas/imobiliario/77__Procuracao_de_
Outorga_de_Poderes_-_Locacao.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2009.
113
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
8.4 SUBSTABELECIMENTO
Substabelecer uma procuração significa repassar (quem repassa se
chama substabelecente) os poderes recebidos para outra pessoa (que se chama
substabelecido). O substabelecimento pode ser feito com ou sem reserva de poderes.
114
RESUMO DO TÓPICO 1
• A doação poderá ser pura ou modal, caso sejam estipulados ou não encargos
para o donatário.
• A locação de imóveis urbanos é regida pela Lei n◦ 8.245/91 e que são três as
espécies de locação: residencial, não residencial e para temporada.
115
• As garantias da locação são de três tipos: caução, fiança e seguro-fiança locatícia.
116
AUTOATIVIDADE
( ) Do comprador.
( ) Do vendedor.
( ) Ad corpus.
( ) Ad mensuram.
( ) Apenas existente.
( ) Existente e dentro do comércio.
( ) Não é essencial.
( ) É essencial.
117
h) A tradição transfere a propriedade de que tipo de bem:
( ) Imóvel.
( ) Móvel.
( ) Válida.
( ) Anulável.
118
( ) O comodatário pode mudar a destinação do imóvel.
( ) O aluguel não pode, em nenhuma hipótese, ser cobrado antecipadamente.
( ) Na locação residencial o prazo terá que ser, necessariamente, determinado.
a) ( ) V – V – V – V – V –V – V – F – F – F – F – F – F – V – V – V – V – V – V –
F – F – F – F – F – F – V.
b) ( ) V – V – V – F – F – F – F – V – V – V – V – V – V – F – F – F – F – F – F – F –
F – V – V – V – V.
c) ( ) V – V – F – F – F – F – V – V – F – F – V – F – V – V – V – V – V – V – F –
V – F – V – F – F – F.
d) ( ) F – V – F – V – F – F – V – V – F – F – V – V – F – V – V – V – F – V – F – F –
V – F – V – F – F – F.
119
120
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste último tópico vamos nos dedicar ao estudo da administração dos
contratos imobiliários, que é uma atividade profissional exercida por pessoas e
empresas.
Administrar (ou gerir) um contrato é agir para que tudo ocorra dentro do
previsto, garantindo assim que seu objetivo seja alcançado.
Enfim:
121
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
2.1 CONCEITO
Pode-se conceituar o contrato de administração de imóveis como sendo
o contrato onde um dos contratantes, mediante autorização, confere a outra
pessoa a gestão de imóveis ou a direção de negócios relativos a seus interesses
imobiliários, comprometendo-se a pagar uma taxa pelos serviços prestados.
FONTE: Disponível em: <http:www.imoveisetica.com.br/dicionário.php?=char=C>. Acesso em:
20 out. 2012.
122
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
Assim, quanto mais completo for o contrato, mais garantia e segurança ele
trará às partes no negócio que firmaram.
E, por fim,
123
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
FONTE: A autora
124
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
Contrato padrão
Alguns itens que não podem faltar no contrato de administração de bens imóveis,
segundo a Aabic
● A administradora compromete-se A administradora obriga-se a pagar o
a fazer vistoria prévia, destinada a saldo em conta corrente todo dia XX
configurar o estado de conservação do de cada mês, no seu caixa ou por meio
imóvel, para que possa elaborar sua de depósito bancário em nome do
correta avaliação mercadológica. contratante ou a quem este indicar.
● A administradora compromete-se ● A administradora fica investida de
a promover o imóvel e a elaborar o todos os poderes necessários para
cadastro dos interessados e seus fiadores, contratar e rescindir locações, receber
analisando as informações, os aspectos aluguéis e encargos locatícios, firmando
financeiros e econômicos, aprovando-os os respectivos recibos, transigir e fazer
segundo os próprios critérios de gestão. acordos.
● A administradora manterá uma conta ● O presente contrato é celebrado por
corrente em nome do contratante, na prazo indeterminado, podendo ser
qual lançará todos os débitos e créditos denunciado por quaisquer das partes,
decorrentes de sua administração, por meio de carta protocolada, com
prestando contas, por meio do envio de antecedência mínima de 60 dias, ou por
extratos mensais. meio do pagamento do valor equivalente
às taxas de administração desse período.
FONTE: Disponível em: <http://www.mchouseimoveis.com.br/news.php?id_noticia=6>. Acesso
em: 10 abr. 2009.
125
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
Cláusula Terceira - O valor mensal para a locação será de R$ 000,00 (valor por
extenso), que será reajustado anualmente, conforme o índice de preços instituído
pelo governo e que se aplique às locações de imóveis, conforme o art. 11 da Medida
Provisória nº 434, de 27/02/1994.
126
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
127
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
128
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
CONTRATANTE: ___________________________________________________
(Fulano de Tal)
CPF: 000.000.000-00
CONTRATADA: ____________________________________________________
MORADIA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.
CNPJ: 18.063.750/0001-78
TESTEMUNHAS:
Nome: ________________________________________
CPF: __________________________________________
Nome:_________________________________________
CPF: __________________________________________
129
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
130
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
FICHA TÉCNICA
Setor da economia: Terciário
Ramo de atividade: Serviços
Produtos oferecidos: Venda e/ou aluguel de imóveis novos e/ou usados
APRESENTAÇÃO
MERCADO
CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR
LOCALIZAÇÃO
131
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
INVESTIMENTO
ESTRUTURA
EQUIPAMENTOS
MÃO DE OBRA
• 2º grau completo;
132
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
PROCESSO DE TRABALHO
133
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
DIVERSIFICANDO
DIVULGAÇÃO
INOVAÇÕES
NOTÍCIAS
134
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
135
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
136
TÓPICO 2 | ADMINISTRAÇÃO E ELABORAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
137
RESUMO DO TÓPICO 2
138
AUTOATIVIDADE
139
UNIDADE 3 | ELABORAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DOS CONTRATOS IMOBILIÁRIOS
140
REFERÊNCIAS
ABRAM, Daniella Boppré de Athayde. Elaboração e administração de
contratos. Indaial: UNIASSELVI, 2009.
141
BULGARELLI, Waldirio. Questões atuais de direito empresarial. São Paulo:
Malheiros, 1995.
CAMPOS, Nelson Renato Palaia Ribeiro de. Noções Essenciais de Direito. São
Paulo: Saraiva, 2011.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva,
2009.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições do Direito Civil. V. 4. 18. ed. rev. e
atual. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
142
THEODORO JR, Humberto.Novo Curso de Direito Processual Civil. V. 1. 7. ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2010.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: teoria geral das obrigações e teoria
geral dos contratos. São Paulo: Atlas, 2007.
143
ANEXO A
GLOSSÁRIO DE TERMOS DO MERCADO IMOBILIÁRIO
Terminologia do Mercado Imobiliário
Ágio - Diferença, a mais, entre o valor pago e o valor nominal. Adicional cobrado
sobre um preço tabelado, quando a procura supera a oferta. Comissão paga ou
recebida por banqueiro ou agente de câmbio pela troca de moeda estrangeira.
Taxa de juros cobrada em empréstimos feitos por bancos ou por particulares.
Também é uma comissão cobrada pela transferência de financiamento.
Aluguel - Locação ou ato de tomar ou dar algo para ser utilizado por tempo
determinado, mediante pagamento de um preço certo. A taxa de aluguel é a
remuneração, em moeda nacional, paga, periodicamente, pelo locatário ao
locador pela cessão do direito de uso do bem que foi alugado. O valor do aluguel
é normalmente estabelecido de acordo com a vontade de ambas as partes.
144
Amortização - Pagamento parcial e periódico de uma dívida. Pagamento de
prestações. Quando a amortização é em forma preestabelecida, recebe o nome
de prestação. Pagamento periódico das parcelas da obrigação para amortizar um
débito, ou seja, fazendo amortizações da dívida.
ANM - Associação Nacional dos Mutuários. Entidade sem fins lucrativos que
assegura os direitos dos mutuários através da análise jurídica de documentos.
Apólice de seguro - Contrato onde são definidas as cláusulas que regem a relação
entre a companhia de seguros e o segurado.
Área de uso comum - É a área que pode ser utilizada em comum por todos os
proprietários do prédio ou condomínio, sendo livre o acesso e o uso, de forma
comunitária. Por exemplo: portaria do prédio, áreas de lazer, corredores de
circulação, escadas.
Área útil - É a área individual. É a soma das áreas dos pisos do imóvel, sem
contar as paredes, ou seja, restrita aos limites. Também é conhecida como área de
vassoura. É a área mais importante no momento da compra do imóvel, devendo
ser item a ser questionado durante a transação do negócio.
Arras - Sinal em dinheiro, ou algo que represente valor, que uma das partes
contratantes dá à outra parte para firmar a conclusão de um contrato ou assegurar
a execução do mesmo. Salvo estipulação em contrário, as arras em dinheiro
consideram-se princípio de pagamento. Fora esse caso, devem ser restituídas
quando o contrato for concluído ou desfeito.
145
Arrematação - Venda judicial de bens penhorados, feita em local público, a quem
fizer o maior lance, em dia, hora e local anunciados, com a presença do juiz e
do escrivão, expostos, se possível, os objetos que deverão ser arrematados (em
leilão). A arrematação será precedida de edital, que conterá: a descrição do bem
penhorado com as suas características e, tratando-se de imóvel, a situação, as
divisas e a transcrição aquisitiva ou a inscrição; o valor do bem; o lugar onde
estiverem os móveis, veículos, entre outros, e, sendo direito e ação, os autos do
processo em que foram penhorados; o dia, o lugar e a hora do leilão; a menção da
existência de ônus, bem como de recurso pendente de julgamento; a comunicação
de que, se o bem não alcançar lance superior à importância da avaliação, seguirá
em dia e hora que forem desde logo designados entre os dez e os vinte seguintes,
a sua venda a quem mais der.
Ata - Registro fiel das deliberações tomadas por uma assembleia de condomínio,
assinado por todos os condôminos presentes ou pelos que presidiram a reunião.
Narração escrita dos fatos, ocorrências e deliberações tomadas durante uma
reunião.
Baldios - Terrenos sem qualquer cultivo, cujo acesso é público e sobre os quais
se torna incerta a noção de propriedade, pelo estado de abandono em que se
encontram.
146
Benfeitorias - São as obras ou despesas que se fazem num imóvel visando a
conservação, a melhoria ou simplesmente o embelezamento, tornando-o mais
agradável. São qualidades que se acrescentam ao imóvel através de obra humana.
São classificadas em: necessárias: as que têm por fim conservar o bem ou evitar a
deterioração (por exemplo: reforço das fundações do prédio, desinfecção de um
jardim, entre outros); úteis ou proveitosas: as que aumentam ou facilitam o uso
da coisa (por exemplo: instalação de aparelhos hidráulicos modernos, construção
de garagem, entre outros); voluptuárias: as que não aumentam o uso habitual
da coisa, ainda que o tornem mais agradável, sejam ou não de grande valor (por
exemplo: revestimento do piso em mármore, construção de piscina, entre outros).
Capital seguro - Montante pelo qual os bens ficam seguros, quando de uma
apólice.
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Capitalização de juros - Processo segundo o qual juros devidos e não liquidados
são acrescidos ao capital inicial.
Casa geminada - São casas construídas duas a duas, normalmente com as mesmas
divisões, porém invertidas. Têm uma das laterais unida à outra casa. Essa parede
unida pertence, em comum, às duas casas.
Certidão negativa - É a certidão que atesta a não existência de alguma ação civil,
criminal ou na justiça federal, ou se a pessoa está impedida de realizar qualquer
ato. É um comprovante de estar o contribuinte em dia com o Fisco. Na compra
de venda de imóveis são solicitadas as certidões do vendedor para verificar se o
mesmo pode vender o imóvel de sua propriedade. Deve ser solicitada, também,
a Certidão de Registro de Imóveis correspondente ao endereço do imóvel a ser
vendido, para atestar se o mesmo está livre de qualquer ônus ou outro agravante.
Cessão - Ato pelo qual uma pessoa transfere para outra (gratuitamente ou não)
um ou mais direitos, deveres ou bens de que é titular. Para a cessão ser válida,
deve preencher os requisitos da lei, como: existência de capacidade das partes
para contratar, preparação e assinatura do contrato.
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Cobertura - Tipo de acidente pelo qual é possível receber uma indenização, no
âmbito do seguro contratado. Código de Defesa do Consumidor. É a Lei nº 8.078,
de 1990. Estabelece direitos e obrigações de consumidores e fornecedores para
evitar qualquer tipo de prejuízo por parte do consumidor. Como é uma lei de
ordem pública, não pode ser contrariada, nem por acordo entre as partes.
149
econômicos. O proprietário da obra assume os riscos e o prazo. As despesas de
construção do empreendimento são totalmente custeadas pelos compradores
das unidades (apartamentos) que a comporão. Isto inclui, além dos gastos
com a construção da própria unidade autônoma (sala, loja ou apartamento), as
despesas relativas à construção das partes comuns do prédio e à aquisição dos
equipamentos comuns, isto é, daqueles que não pertencerão individualmente a
ninguém (elevadores, por exemplo). É importante que o comprador saiba que a
contribuição em dinheiro por ele devida para construção do empreendimento é
proporcional à sua cota de participação no mesmo, e esta sua obrigação persiste
até que seja apurado o custo global final das obras, que se dará somente no
término da construção e com o encerramento das contas do condomínio. A "Cota
de Participação" ou "Cota de Rateio" deve constar do contrato a ser assinado
pelo comprador e pode ser expressa em percentual, fração ou número decimal.
Neste tipo de negócio não existe um "preço" a ser pago pela unidade imobiliária
pronta, mas sim um "custo estimativo" da sua construção, que deve ser expresso
em moeda corrente nacional e constar com clareza no contrato. É importante
observar que, no regime de Construção por Administração, o "dono" da obra é
o condomínio formado por todos os contratantes da construção do edifício e das
unidades imobiliárias que o comporão.
150
Contrato de administração de imóveis - Contrato onde um dos contratantes,
mediante autorização, confere a outra pessoa a gestão de imóveis ou a direção de
negócios relativos a seus interesses imobiliários, comprometendo-se a pagar uma
taxa pelos serviços prestados.
Contratos gratuitos - Contratos que traduzem uma vantagem apenas para uma
das partes.
151
aquisitivo da moeda, conforme os índices oficiais baixados pelo governo. O índice
a ser adotado para correção monetária deve ser expresso em contrato (e deve estar
previsto um substituto, caso haja a extinção do primeiro índice pactuado). Nos
contratos para aquisição de imóveis podem ser adotados os seguintes índices:
índice de custo - só podem ser utilizados no período da construção: Índice
Nacional da Construção Civil (INCC), Índice da Construção Civil (ICC), Custo
Unitário Básico (CUB); índice de preço - podem ser utilizados tanto na fase de
construção como após a entrega das chaves: Índice Geral de Preços Mercados
(IGP-M), Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), Índice de
Preços Consumidor (IPC). O salário mínimo, moedas estrangeiras e a TR não
devem ser utilizados como índices de correção.
152
Denúncia (Contratos de arrendamento) - Faculdade que assiste a qualquer uma
das partes de impedir a renovação do contrato de arrendamento, desde que
efetuada no tempo, pela forma e nos termos convencionais na lei.
Dívida (capital em) - Valor que o comprador deve à instituição bancária, a cada
momento, ao longo da vida do seu empréstimo.
Domicílio civil - Local onde a pessoa estabelece, com ânimo definitivo, sua
residência e responde por suas atividades sociais e negócios jurídicos.
153
Emitente ou Emissor - Banco ou estabelecimento de crédito que emite papel-
moeda. Aquele que coloca em circulação títulos de crédito. Aquele que emite
cheque, nota promissória, duplicata.
Encargo do condomínio - Despesa condominial que deve ser paga por cada
condômino proporcionalmente à sua quota. Também conhecido como taxa de
condomínio.
Encargo fiscal - Tributo a ser pago pelo contribuinte, seja ele pessoa natural ou jurídica.
154
Favorecido - Aquele a quem se destina o pagamento da prestação assumida numa
obrigação. Quem foi beneficiado por um ato de outra pessoa, quem é protegido
ou recebeu algum auxílio.
Fiador - Aquele que presta uma fiança. Quem se responsabiliza pelo pagamento
de uma dívida contraída por outra pessoa. O credor não é obrigado a aceitar o
fiador escolhido se este não for pessoa idônea domiciliada no município onde
tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para desempenhar a
obrigação. Se o fiador se tornar insolvente, ou incapaz, o credor pode exigir que
seja substituído.
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Fração autônoma - São as diversas partes em que o edifício foi dividido, através
da propriedade horizontal (podem ser casas, garagens, lojas etc.).
156
Hectare - Unidade de medida agrária equivalente a 10 mil metros quadrados
(m²).
Hipoteca - Direito real de garantia de natureza civil, que grava coisa imóvel
pertencente ao devedor ou a terceiro, sem transmissão de posse ao credor. O
devedor tem o direito de promover a venda judicial do imóvel para pagamento,
preferentemente em caso de inadimplência.
IGP-M - Índice Geral de Preços Mercado. Nos contratos para aquisição de imóveis
podem ser adotados diversos índices, entre eles o IGP-M (um índice de preço que
pode ser pactuado tanto na fase de construção como após a entrega das chaves,
utilizado no período da construção).
Imissão de posse - Ato pelo qual, mediante mandado judicial, o proprietário visa
obter a posse direta do imóvel. É o meio de aquisição de posse a que se tem
direito.
157
Incorporação), e arquivado no Registro de Imóveis.A incorporação imobiliária: torna
pública a promessa do construtor-incorporador de realizar o empreendimento, de
acordo com o projeto aprovado e as respectivas especificações; torna obrigatória a
construção do empreendimento, de acordo com o projeto aprovado e as respectivas
especificações; permite ao construtor-incorporador oferecer publicamente a venda
de unidades autônomas do empreendimento, ou de frações do terreno onde será
construída a edificação; permite, aos interessados na compra, acesso a informações
essenciais sobre a construção, situação do terreno, idoneidade do proprietário e
do construtor-incorporador; fornece aos compradores elementos técnicos para
acompanhamento das obras e a fiscalização da atuação do construtor-incorporador.
158
Inscrição na matriz - Ato obrigatório da entidade construtora, quando da
conclusão da obra, e do comprador, após a escritura. Dá direito à emissão da
caderneta predial.
Juro bancário - Juro que o banco cobra do tomador de dinheiro por empréstimo.
Leilão - Venda pública, de bens móveis ou imóveis, a quem maior lance oferecer,
feita por leiloeiros públicos devidamente matriculados na Junta Comercial.
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Licitação - No direito administrativo: é um processo administrativo unilateral
destinado a selecionar um contratante com a administração pública para a
aquisição ou a alienação de bens, a prestação de serviços e a execução de obras,
mediante escolha da melhor proposta apresentada. No direito civil: é a proposta
ou oferta de preço, que precede a arrematação no leilão.
Locação de imóveis urbanos - É o contrato pelo qual alguém cede a outra pessoa,
mediante remuneração (pagamento de aluguel), o uso do imóvel (terreno, casa,
apartamento ou sala), destinado a moradia ou ao comércio e indústria, não
importando a localização do imóvel.
Locatário - É quem paga o aluguel. Aquele que recebe a posse da coisa móvel ou
imóvel para utilizar e, ao término do prazo de locação, restituir ao proprietário.
Também conhecido como inquilino.
160
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. Antes de negociar as unidades
autônomas, o incorporador deve arquivar o Memorial no cartório competente de
Registro de Imóveis.
Mútuo - Contrato pelo qual uma das partes empresta a outro dinheiro, ficando
a segunda obrigada a restituir outro tanto no mesmo gênero e qualidade.
161
Obras de urbanização - As obras relativas à criação e remodelação de infraestruturas
que integram a operação de loteamento, permitindo o funcionamento esperado
dos espaços, nomeadamente através da construção de arruamentos viários e
pedonais, redes de abastecimento de águas, de esgotos, gás ou eletricidade, bem
como espaços verdes e outros locais de utilização coletiva.
Ordem de pagamento - Autorização dada por alguém para que certa importância
seja paga a quem de direito.
Penhor, Direito real de garantia - quando o devedor entrega uma coisa móvel
ou mobilizável ao credor, com a finalidade de garantir o pagamento da dívida.
Por exemplo: quando uma pessoa compra um imóvel e não tem condições de
arcar com o pagamento e, para saldar a dívida, entrega um bem ao credor (não
necessariamente o bem que está sendo comprado).
Penhora - Se o devedor não pagar a sua dívida, a tempo e horas, o credor pode
desencadear um processo judicial para conseguir, por meios coercitivos, o
pagamento que lhe é devido. O juiz emite então um mandado, através do qual
o devedor perde o direito de dispor dos seus bens, para garantir o pagamento, a
penhora é executada, ou seja, o tribunal vende os bens e, com o produto da venda,
paga ao credor.
162
Poupança-Condomínio (conta) - Conta bancária que tem como objetivo a criação
de um fundo de reserva do condomínio. É uma conta especial, com prazo mínimo
de um ano, renovável por iguais períodos de tempo. Pode ser mobilizada para
realização de obras de conservação ordinária, conservação extraordinária e de
beneficiação das partes comuns dos prédios em regime de propriedade horizontal.
Prestação - É o ato pelo qual alguém cumpre uma obrigação na forma previamente
estabelecida (por exemplo: pagamento do financiamento). Pagamento feito a
prazos periódicos e sucessivos.
Propriedade horizontal - É o ato pelo qual o edifício fica constituído numa pluralidade
de unidades jurídicas individualizadas, chamadas frações autônomas. São também
determinadas quais as partes comuns do edifício que ficam afetadas ao conjunto. A
constituição da propriedade horizontal deve ser feita através de escritura pública.
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Proteção contratual - O Código de Defesa do Consumidor garante a igualdade
nas contratações, possibilitando a modificação ou a supressão de cláusulas
contratuais que provoquem desequilíbrio entre o consumidor e o fornecedor, ou
que prejudiquem uma das partes.
Registro de Imóveis - Poder legal de agentes do ofício público para efetuar todas
as operações relativas a bens imóveis e a direitos a eles referentes, promovendo
escrituras, assegurando aos requerentes a aquisição e o exercício do direito de
propriedade e a instituição de ônus reais de garantia ou de aquisição. O registro
de imóveis é um documento onde estão as informações do imóvel, contendo
todos os dados referentes à propriedade imobiliária. É o ato primordial da
aquisição da propriedade imobiliária entre pessoas vivas, já que o contrato apenas
produz efeitos pessoais. Somente a intervenção do Estado, realizada pelo oficial
do Cartório Imobiliário, conferirá direitos reais, a partir da data em que fizer o
assentamento (registro) do imóvel.
164
Responsabilidade civil - Aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar
dano moral ou patrimonial causado a outra pessoa. A vítima pode pedir reparação
do dano ou quantia em dinheiro equivalente.
Seguro fiança - É uma forma de garantia nos contratos de locação. Dessa forma,
o locador não precisa exigir do locatário um fiador.
Sinal - Entrega de uma quantia ou de uma coisa, para garantia das obrigações
assumidas entre as partes.
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Tabela Price - Tabela que mostra as prestações referentes à amortização e aos
juros de uma dívida, calculada de forma a ter um valor constante ao longo do
período de pagamento.
Taxa - Prestação de natureza patrimonial, que tem por base uma determinada
utilidade que um particular auferiu, relacionada com o funcionamento de um
serviço ou utilização de um bem.
Taxa variável - Taxa de juro acordada entre a instituição de crédito e o respectivo cliente.
Taxa de câmbio - Valor de uma moeda estrangeira com a finalidade de compra e venda.
166
Usucapião de imóvel - Aquisição de imóvel pela posse pacífica e ininterrupta
pelo prazo de 20 anos, independentemente de justo título e boa-fé, ou pela posse
contínua e incontestada, com justo título e boa-fé, havendo decurso do tempo
de: dez anos, entre presentes (quando o dono ou o procurador do imóvel tem
conhecimento da presença de outra pessoa no imóvel); 15 anos, entre ausentes
(dono que se encontra desaparecido de seu domicílio, sem que se tenha notícia de
seu paradeiro, nem tenha deixado procurador para administrar seu bem).
Usufruto - É o direito real, conferido a uma pessoa, durante certo tempo, que a
autoriza a retirar e usufruir, de coisa alheia, frutos e utilidades que ela produz. O
usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio
inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
O proprietário não perde o direito de propriedade do bem para o usufrutuário.
O usufruto de imóveis, quando não resulta de direito de família, depende da
inscrição no registro imobiliário.
Valor do contrato - Valor das prestações a serem pagas pelo devedor, assumidas
no contrato.
Valor nominal - Valor que está expresso em um título, cuja fixação está certa e
determinada. Em matéria de títulos de crédito, o valor nominal do título está na
quantia que deve ser paga, que vem a ser um dos requisitos essenciais de que se
deve revestir todo título de crédito, sob pena de invalidade.
Vistoria - Inspeção feita pela Câmara Municipal, para verificar se o prédio urbano
está conforme o projeto aprovado. Este termo é também utilizado para designar
as inspeções que os peritos designados pelos bancos efetuam às obras por eles
financiadas.
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Zona Protegida - Áreas de território delimitadas em função da necessidade de
assegurar a proteção de determinados habitat, espécies animais, fauna ou flora.
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ANOTAÇÕES
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