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Setor Público
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
2016
Copyright © UNIASSELVI 2016
Elaboração:
Profa. Isabella Maria Nunes Ferreirinha
657.83045
F383a Ferreirinha, Isabella Maria Nunes
226 p. : il.
ISBN 978-85-7830-947-3
Impresso por:
Apresentação
Acadêmico(a)!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO........... 1
TÓPICO 1 – AUDITORIA....................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 3
2 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO MUNDO.................................................................. 5
3 BREVE HISTÓRICO DA AUDITORIA NO BRASIL.................................................................... 7
4 CONCEITO E NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA................................................... 9
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA............................................................................................................ 12
6 ATITUDES NA AUDITORIA.............................................................................................................. 17
7 CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA................................................................................................. 17
8 TIPOS DE AUDITORIA....................................................................................................................... 18
9 TIPOS DE AUDITORES....................................................................................................................... 24
10 AUDITORIA NO SETOR PÚBLICO............................................................................................... 24
10.1 CLASSIFICAÇÃO........................................................................................................................... 26
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 28
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 29
TÓPICO 2 – CONTROLE........................................................................................................................ 31
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 31
2 BREVE HISTÓRIA DE CONTROLE INTERNO NO BRASIL..................................................... 31
2.1 CONTROLE....................................................................................................................................... 33
2.1.1 Controle interno....................................................................................................................... 34
2.1.2 Características do controle interno........................................................................................ 36
2.1.3 Controle interno na administração pública......................................................................... 37
2.1.4 Princípios do controle interno............................................................................................... 39
3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SUBJACENTES AOS COMPONENTES DE CONTROLE........41
4 REGISTRO NO CONTROLE INTERNO.......................................................................................... 43
4.1 CONTROLE EXTERNO................................................................................................................... 45
4.2 CONTROLE SOCIAL....................................................................................................................... 47
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 49
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 50
TÓPICO 3 – CONTROLADORIA......................................................................................................... 51
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 51
2 BREVE HISTÓRICO SOBRE A CONTROLADORIA................................................................... 54
3 FINALIDADE E ESTRUTURA DA CONTROLADORIA............................................................. 55
4 PERFIL DO CONTROLLER................................................................................................................. 57
5 TIPOS DE CONTROLADORIA......................................................................................................... 59
6 GESTÃO OPERACIONAL.................................................................................................................. 60
7 GESTÃO ECONÔMICA...................................................................................................................... 62
8 GESTÃO ESTRATÉGICA.................................................................................................................... 62
9 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTROLADORIA......................................................... 63
10 CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO..................................................................................... 64
11 CONSELHO NACIONAL DE CONTROLE INTERNO – CONACI......................................... 66
VII
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 69
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 76
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 77
VIII
UNIDADE 3 – A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS.......................... 149
IX
X
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À AUDITORIA E
CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade apresenta-se dividida em três tópicos para facilitar a
compreensão do conteúdo. Ao final de cada tópico, há atividades que servirão
para revisar, fixar e ajudar a construir seu conhecimento sobre o tema.
TÓPICO 1 – AUDITORIA
TÓPICO 2 – CONTROLE
TÓPICO 3 – CONTROLADORIA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
AUDITORIA
1 INTRODUÇÃO
A auditoria surge como um campo profissional de caráter importante
para as organizações. É a auditoria que vai auxiliar as organizações, públicas
e privadas, no controle das contas e processos. Na verdade, a auditoria é vista
como um campo em que os procedimentos contábeis devem ser verificados, a
fim de confirmar se as organizações estão tendo os resultados esperados. Assim
podemos entender, primeiramente, que a auditoria tem suas raízes nas ciências
contábeis, tal como conceituam Franco e Mafra (2000, p. 26) a auditoria:
Visto dessa forma podemos entender que a auditoria é uma técnica contábil
que deve ser apresentada através de registros e documentos para confirmar a
situação econômico-financeira de uma entidade. Ao fazer longa análise sobre
auditoria, verificar conceitos em diversos autores de diversos países, Sá (2000, p.
25) resume auditoria como:
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
FIGURA 1 – AUDITORIA
4
TÓPICO 1 | AUDITORIA
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
b) Da evolução
• Primeiramente, em contas públicas, na Inglaterra (1314);
• A prática sistematizada ocorreu nos séculos XIX e XX.
6
TÓPICO 1 | AUDITORIA
8
TÓPICO 1 | AUDITORIA
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
10
TÓPICO 1 | AUDITORIA
FIGURA 3 - AUDITORIA
Para Attie (2011) a auditoria com sua análise e relatórios auxilia na área
contábil, gerencial, de controles e financeiros, através de atitudes que exigem
habilidades mental, profissional e preventiva. O sinóptico de auditoria pode ser
assim apresentado:
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
5 OBJETIVOS DA AUDITORIA
A auditoria tem como objetivo principal controlar o patrimônio
administrado. Para tanto, precisa analisar registros contábeis, documentos,
fichas, entre outros documentos comprobatórios. Mas tem também como objetivo
verificar a veracidade das informações e dados e também a moralidade dos atos.
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
UNI
14
TÓPICO 1 | AUDITORIA
UNI
ISSO 14000 – meio ambiente – A ISSO 14000 é auditada pelo ISSO (International
Organization for Standardization) que é uma autoridade em certificações em todo mundo.
Tem como principal foco a gestão ambiental e fornece uma estrutura organizada para que
as empresas consigam promover ações internas para obter a certificação.
Fonte: Disponível em: <http://inst.sitesustentavel.com.br/iso-14000-o-que-e-requisitos/>.
Acesso em 31 out. 2015.
III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços
a seu cargo;
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
CFC (1996)
Dessa forma, além dos princípios éticos que norteiam o campo profissional
de auditoria, a atitude do profissional pode ajudar na detecção e prevenção de
problemas. Portanto, além da conduta ética, atitudes que antecipem ações e atos
administrativos são funções que fazem da auditoria um braço importante no
processo gerencial.
16
TÓPICO 1 | AUDITORIA
6 ATITUDES NA AUDITORIA
Attie (2011) apresenta três atitudes (mental, profissional e preventiva) na
auditoria que são complementares entre si. Na verdade, o autor quer destacar
que essas três atitudes formam o pilar da profissão, para que a avaliação final seja
eficiente.
• Atitude mental – como a auditoria é uma análise crítica, é preciso que o auditor
verifique as possibilidades de riscos e erros. Nesse sentido, a auditoria não
pode se limitar aos livros oficiais, a auditoria tem que ser factual;
• Atitude profissional – se refere ao conhecimento técnico e estudo permanente, a
fim de adquirir novos conhecimentos e ferramentas de trabalho; aprimoramento
pessoal e ter conhecimento das regulamentações e legislação;
• Atitude preventiva – a opinião do auditor deve estar embasada em informações,
controles, documentos. Essa concentração de informações deve ser utilizada
como prevenção ou repressão de erros para futuros ajustes.
Assim podemos entender que o auditor deve ter perspicácia para perceber
além dos registros, aprimorar-se constantemente e acompanhar mudanças; e
por fim, contribuir para que ajustes sejam realizados e a organização possa ser
eficiente.
7 CLASSIFICAÇÃO DE AUDITORIA
Vimos que a auditoria requer diferentes habilidades, dessa maneira a
auditoria por sua complexidade e congregar diferentes competências e atitudes
profissionais, poderia ainda ser classificada, para demonstrar o quanto é extensa,
profunda e oportuna.
17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
a) Usuário interno:
b) Usuário externo:
8 TIPOS DE AUDITORIA
A auditoria pode ser dividida em dois grandes grupos: interna e
externa. A auditoria interna significa que os funcionários da própria empresa ou
organização executarão a atividade. Enquanto na auditoria externa, a atividade
deverá ser executada por uma empresa ou por auditores independentes.
18
TÓPICO 1 | AUDITORIA
19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
20
TÓPICO 1 | AUDITORIA
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Vigiar as transações
sob as óticas da
economicidade, eficiência
e eficácia e das causas e
dos efeitos decorrentes;
Vigiar a produção
Verificar a efetividade
e a produtividade e
Fiscalizar as de programas
avaliar os resultados
transações sob as específicos diante
alcançados diante
Principal óticas financeira e do posicionamento
de objetivos e metas
objetivo patrimonial, bem da empresa em seu
fixados para um
como os registros ambiente de atuação
determinado período
delas decorrentes. e o significado do
dentro da tipicidade
desempenho obtido
própria.
diante de metas-desafios
estabelecidos nos vários
campos de resultados
maximizadores do valor
da entidade.
Certificar a efetividade
e oportunidade dos
controles internos
e apontar soluções
Identificar desvios
Certificar a adequação alternativas para
relevantes e apontar
dos controles melhoria do desempenho
atividades e/ou
Principal internos e apontar operacional. Medir grau
departamentos
resultado irregularidades, de atendimento das
fora do padrão
truques e fraudes necessidades dos clientes
de desempenho
detectados. e acompanhar, mediante
esperado.
indicadores do nível
de eficiência e eficácia,
o desvio em relação ao
desafio-padrão.
22
TÓPICO 1 | AUDITORIA
• Seleção de amostras
para áreas determinadas;
• Apreciação dos desvios
reais ou potenciais;
• Avaliação da
informação financeira
relacionada;
• Identificação de causas
e efeitos envolvidos;
• Prova de verificação
• Contagens físicas;
• Adequação ao e confirmação de
• Prova de exatidão
custo-padrão; evidências;
de cálculos e somas;
• Testes de • Recomendações de
• Confirmação
efetividade; ordem técnica e moral,
de saldos junto a
• Indicadores de além das de ordem
terceiros;
Recursos desempenho; normativa;
• Exame de livros e
técnicos • Circularização de • Indicadores de
registros fiscais;
informação sobre qualidade dos líderes do
• Exame de livros e
existências; setor;
registros contábeis;
• Recomendações • Interpretação e
• Recomendações
punitivas, saneadoras avaliação de programas
denunciadoras e
ou estimuladoras. de qualificação;
corretivas.
• Testes sobre resultados
desejados X resultados
obtidos;
• Mensuradores de
repercussão econômico-
financeira;
• Impactos
mercadológicos e
tecnológicos de longo
prazo.
FONTE: Adaptado de Cruz (2002, p. 26-28)
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
9 TIPOS DE AUDITORES
Dada a complexidade da prática em auditoria e da extensão do campo de
atuação, porque em cada área exige conhecimentos específicos. Dessa maneira,
a auditoria passa a se dividir em categorias diferentes para cada especialidade.
Boynton, Johnson e Kell (2002) apresentam três tipos de auditores: independentes,
internos e públicos.
24
TÓPICO 1 | AUDITORIA
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
O setor público está mais voltado para os resultados porque uma vez que
houve aplicação de recursos para determinado fim, é necessária uma avaliação
para verificar se o objetivo foi realmente alcançado com eficiência e eficácia, por
esse motivo no setor público os resultados são realmente importantes.
10.1 CLASSIFICAÇÃO
Apresentamos no presente trabalho os tipos de auditoria: interna e
externa, demonstrações contábeis, compliance e operacional. São tipos de auditoria
aplicados a quaisquer organizações, primeiro, segundo e terceiro setor.
26
TÓPICO 1 | AUDITORIA
27
RESUMO DO TÓPICO 1
O Tópico 1 apresentou a introdução à auditoria e com essa aprendizagem
foi possível:
28
AUTOATIVIDADE
1 O que é auditoria?
29
30
UNIDADE 1
TÓPICO 2
CONTROLE
1 INTRODUÇÃO
O controle vem da ideia de que para que os processos e procedimentos
sejam eficazes deve haver um acompanhamento para não perder o foco do
objetivo proposto. O bom controle no setor público é aquele que permite que o
seu acompanhamento seja o mais matemático possível, ou seja, quanto menor for
a interação humana mais eficaz serão os resultados no que se refere ao controle.
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
32
TÓPICO 2 | CONTROLE
2.1 CONTROLE
Controle é uma palavra que denota uma expressão negativa,
principalmente quando nos imaginamos sob o controle de alguma coisa. Talvez
a fiscalização dos nossos atos se torna uma ação desconfortável, porque podem
manifestar eventuais erros ou por evidenciar nossa vida privada. E é claro que
ninguém quer errar ou muito menos deseja que seus erros sejam evidenciados
em relatórios ou quaisquer outros instrumentos ou veículo de comunicação.
Entretanto, o controle que queremos apresentar é o controle que faz avaliação.
Aquele que auxilia na gestão da organização, que compara objetivos e resultados;
portanto, o controle com a conotação positiva. “O controle consiste em verificar se
tudo ocorre de acordo com o programa adotado, as ordens dadas e os princípios
admitidos. Tem por fim assinalar os erros, a fim de que se possa repará-los e
evitar a sua repetição”. (FERRAZ, 1999, p. 69).
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
34
TÓPICO 2 | CONTROLE
FIGURA 4 - CONTROLADORIA
UNI
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
36
TÓPICO 2 | CONTROLE
37
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
III- exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como
dos direitos e haveres da União;
BRASIL (1988)
38
TÓPICO 2 | CONTROLE
a) Relação custo/ benefício: da mesma forma que o controle para que as falhas e
os desvios sejam minimizados, o custo para tal controle não pode exceder aos
benefícios.
b) Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a eficácia
do controle interno depende também da política de recursos humanos,
competência e integridade do pessoal. É importante que haja:
I- seleção e treinamento, com ênfase no rendimento e otimização de custos;
II- rotatividade de funções, para reduzir possibilidades de fraudes;
III- obrigatoriedade de funcionários gozarem férias regularmente, como forma de
evitar a dissimulação de irregularidades;
c) Delegação de poderes e determinação de responsabilidades: a descentralização
administrativa colabora para que o processo seja mais rápido. A delegação de
competência deve ter organograma e regimentos adequados e claros para que
as funções sejam delineadas.
d) Segregação de funções: as funções devem ter suas competências e atribuições
definidas;
e) Instruções devidamente formalizadas: os instrumentos de controle internos
devem ser claros e objetivos e formalizados por órgão competente;
f) Controles sobre as transações: o acompanhamento contábil, financeiro e
operacional deve ser efetuado por pessoas de competência na área;
g) Aderência às diretrizes e normas legais: o controle interno deve verificar se a
organização está em concordância às normas, leis, regulamentos, entre outros.
40
TÓPICO 2 | CONTROLE
Ambiente de controle
1. A organização demonstra compromisso com a integridade e os valores éticos.
2. O conselho de administração demonstra a independência da gestão e realiza
exercícios de supervisão do desenvolvimento e desempenho do controle
interno.
3. A gerência estabelece, com supervisão da diretoria, estruturas, linhas de
comunicação e autoridades competentes e responsabilidades na busca de
objetivos.
4. A organização demonstra compromisso em atrair, desenvolver e reter pessoas
competentes, em alinhamento com os objetivos.
5. A organização mantém os indivíduos responsáveis por suas responsabilidades
de controle interno na busca de objetivos.
Avaliação de riscos
6. A organização especifica os objetivos com clareza suficiente para permitir a
identificação e avaliação de riscos associados aos objetivos.
7. A organização identifica os riscos para a concretização dos seus objetivos por
meio da entidade e analisa os riscos como base para determinar como eles
devem ser gerenciados.
8. A organização considera o potencial de fraude na avaliação dos riscos para a
concretização dos objetivos.
9. A organização identifica e avalia as mudanças que poderiam afetar
significativamente o sistema de controle interno.
Atividades de controle
10. A organização seleciona e desenvolve atividades de controle que contribuem
para a mitigação dos riscos a níveis aceitáveis.
11. A organização seleciona e desenvolve atividades de controle sobre as inovações
tecnológicas para apoiar a realização dos objetivos.
12. A organização implanta atividades de controle por meio de políticas que
estabelecem o que é esperado, e estabelece os procedimentos para colocar em
prática essas políticas.
Informação e comunicação
13. A organização obtém ou gera e usa, informações de qualidade, relevantes
para apoiar o funcionamento do controle interno.
14. A organização comunica internamente as informações, incluindo os objetivos
e as responsabilidades dos controles internos.
15. A organização comunica-se com as partes externas sobre assuntos que afetam
o funcionamento do controle interno.
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Atividades de monitoramento
16. A organização seleciona, desenvolve e realiza avaliações em curso e/ou
separado para verificar se os componentes do controle interno estão presentes
e funcionando.
17. A organização avalia e comunica as deficiências do controle interno em tempo
hábil para os responsáveis pela tomada de medidas corretivas, incluindo a alta
administração e o conselho de administração, conforme o caso.
42
TÓPICO 2 | CONTROLE
Nesse tipo de organograma o sistema deve estar bem ajustado para que
a segurança e a integridade das informações sejam asseguradas. Em tempos de
informatização, o sistema computadorizado é um ganho na otimização de tempo
e até de informações, em contrapartida, apresenta vulnerabilidade quanto às
invasões não autorizadas, a falta de domínio do sistema, uma alimentação de
dados equivocada e até mesmo retenção de informações relevantes.
Registro do
Sistema
Revisão do
Sistema
Avaliação do
Sistema
Resumo e
Acompanhamento
de Fraquzas
Elaboração do
Programa de
Trabalho Determinação da
Recomendação natureza e extensão
dos exames nas
Aplicação demonstrações
do Teste de contábeis
Procedimentos
Elaboração do
Análise e
Programa de
avaliação dos
Trabalho
Resultados
Aplicação
do Programa
Trabalho
Análise e
avaliação dos
Resultados
Parecer
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Esses registros devem ser feitos sempre de forma clara e objetiva, e quanto
mais pormenores e com suas relações contábeis, e ainda devem obedecer aos
seguintes critérios conforme apresenta Attie (2011, p. 292):
Método descritivo
Attie (2011) observa que esse método de controle requer uma habilidade
para expressar as ideias por escrito de forma clara e sintética. E também esse
método requer relatórios extensos e complexos, porque exigem que a comunicação
seja eficiente e o texto atinja a compreensão de todos.
Método de fluxogramas
44
TÓPICO 2 | CONTROLE
Método de questionários
• Caso o auditor tenha muitas tarefas semelhantes, permitem redução dos custos;
• Facilitam a administração do trabalho, por sistematizarem os exames;
• Orientam o auditor na tarefa de conhecimentos e avaliação de sistemas simples
e podem evitar omissões na consideração de algum aspecto do sistema;
• Quando as perguntas devem ser respondidas com “sim” ou “não” ou “não
aplicável”, facilitam a identificação de deficiências.
45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
UNI
46
TÓPICO 2 | CONTROLE
47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
48
RESUMO DO TÓPICO 2
O Tópico 2 apresentou uma introdução à auditoria, com essa
aprendizagem foi possível:
49
AUTOATIVIDADE
50
UNIDADE 1
TÓPICO 3
CONTROLADORIA
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Chaves (2011), alguns estudiosos classificam a controladoria
como um novo conceito de controle. A controladoria tem como principal objetivo
a otimização do resultado econômico da organização. Silva apud Chaves (2011)
destaca que a auditoria do setor público não difere da empresa privada, porque
em função da supervisão da contabilidade geral, de custos, de auditoria, de
impostos, seguros e aplicações, auxiliam nos problemas administrativos.
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
AUTORES DEFINIÇÃO
Almeida el al. Apoiada na Teoria da Contabilidade e numa visão
(in CATELLI, 2001, multidisciplinar, é responsável pelo estabelecimento das bases
p. 344) teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção
e manutenção de Sistemas de Informação e Modelo de Gestão
Econômica, que supram adequadamente as necessidades
informativas dos gestores e os induzam durante o processo de
gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas.
Garcia Apoia-se na teoria da contabilidade, sendo suportada por várias
(2003, p. 67-68) disciplinas, com o objetivo de estabelecer toda base conceitual
de sua atuação, contribuindo para o processo de gestão da
organização. É responsável pela base conceitual que permite a
sua aplicabilidade nas organizações.
Mosimann e Fisch Corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão
( 1999, p. 88) econômica.
Mosimann e Fisch Conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das
(1999, p. 99) ciências de Administração, Economia, Psicologia, Estatística
e, principalmente, da Contabilidade que se ocupa da gestão
econômica das empresas, com a finalidade de orientá-las para a
eficácia.
Pereira (1991, p. 51) Conjunto organizado de conhecimentos que possibilita o
exercício do controle de uma entidade, a identificação de suas
metas e dos caminhos econômicos a serem seguidos para atingi-
los.
52
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
UNI
Controladoria
Auditoria
Interna
Controles
Internos
Controle
Interno Sistema
Correição de
Administrativo
Controle
Interno
Ouvidoria Transparência
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
UNI
De acordo com o que Borinelli (2006) apresenta, não existe uma base
teórica sobre o objeto de estudo da controladoria, porque se encontra em
desenvolvimento, devido aos diversos braços de sua atuação. Ainda assim, o autor
apresenta um quadro resumido sobre os objetos de estudos sobre controladoria:
55
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
CONTROLADORIA
Sistema de Informação
Gerencial
56
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
4 PERFIL DO CONTROLLER
O controller é um novo modelo de gestor que deve ter como habilidade
bom relacionamento, facilidade para a comunicação, competência gerencial
e administrativa, qualificação técnica e ótima visão do funcionamento da
organização.
FIGURA 8 - CONTROLLER
Assim como coloca Horngren (1985 apud Padoveze, 2003, p. 33), o controller
se aplica a diversos cargos na área da contabilidade, cujo nível e responsabilidade
variam de uma empresa para outra e resume o controller moderno como sendo: “o
controller realmente controla: fazendo relatórios e interpretando dados pertinentes,
o controller exerce uma força ou influência ou projeta uma atitude que impele a
administração rumo a decisões lógicas e compatíveis com os objetivos”.
FUNÇÕES DA CONTROLADORIA
58
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
5 TIPOS DE CONTROLADORIA
Por recomendada cautela, pode ser mister estabelecer importantes
diferenças entre a Contabilidade e a Controladoria. A Contabilidade estuda a
variação do conjunto de bens, direitos e obrigações, através da escrituração dos
fatos, de forma estática, retratando a situação econômico-financeira passada. A
Controladoria, porém, tendo por base as informações retrospectivas e contábeis,
no cenário micro e macroeconômico, é capaz de auxiliar o gestor na tomada de
decisão, no planejamento estratégico, estabelecendo uma visão de futuro.
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
Perspectivas Características
Responsável pela contabilidade, controle contábil,
Gestão Operacional planejamento financeiro e orçamento. Direcionada ao usuário
interno e externo.
Divisão da controladoria em dois grupos (órgão administrativo
e ramo do conhecimento). Responsável pelo processo de
Gestão Econômica
gestão e sistema de informações. Direcionada ao usuário
interno e externo.
Coordenadora do planejamento e controle (estratégico,
Gestão Estratégica tático e operacional). Direcionada principalmente ao usuário
interno.
6 GESTÃO OPERACIONAL
Sobre a perspectiva da Gestão Operacional no setor público federal, um
dos instrumentos mais importantes da atualidade para o controle contábil é o
SIAFI – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal.
60
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
UNI
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
7 GESTÃO ECONÔMICA
Quanto à perspectiva da Gestão Econômica, essa é a parte da Controladoria
que administra todo o processo dentro da máquina administrativa e gerencia os
sistemas de informação, dentre eles o SIAFI, para acesso das informações para o
público interno e externo.
8 GESTÃO ESTRATÉGICA
Por fim, dentro da perspectiva da Gestão estratégica, compete efetuar
todas as etapas do planejamento, para que se faça a melhor execução do orçamento
que já foi previamente definido. No rol de suas atribuições estão inseridas as
atividades voltadas para o público interno e todas as formas de controle dos
fluxos financeiros.
62
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
63
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
CGU (2015)
65
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
66
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
67
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
68
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
LEITURA COMPLEMENTAR
69
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
70
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
71
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
72
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
73
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À AUDITORIA E CONTROLE NO SETOR PÚBLICO
74
TÓPICO 3 | CONTROLADORIA
75
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste Tópico 3, você aprendeu sobre a controladoria e deve verificar seu
conhecimento a partir da seguinte lista:
76
AUTOATIVIDADE
77
78
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e em cada um deles, você encon-
trará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
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80
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1, da Unidade 2, vamos apresentar brevemente a estrutura
da Administração Pública, as suas formas de auditoria interna e externa, as
principais ferramentas de sistema integrado, os procedimentos de auditoria, bem
como o posicionamento quanto os possíveis erros e fraudes.
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA
Tribunal Superior do
Trabalho
Ministério Público
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PRESTAR SERVIÇOS
FUNÇÃO DO ESTADO
PÚBLICOS
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PROGRAMAS DE GOVERNO
1) Contabilidade Geral.
2) Contabilidade Aplicada em todos os diversos ramos (industrial, mercantil,
bancário de seguros, público, agrícola, pastoril, de transporte, imobiliário, de
prestação de serviços etc.).
3) Auditoria Geral.
4) Auditoria Aplicada em todos os diversos ramos (industrial, mercantil, bancário
de seguros, público, agrícola, pastoril, de transporte, imobiliário, de prestação
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
de serviços, etc.).
5) Contabilidade de Custos de Produção.
6) Análise de Balanços.
7) Organização Geral.
8) Organização Aplicada.
9) Administração Geral.
10) Administração Aplicada.
11) Finanças.
12) Direito Administrativo.
13) Direito Constitucional.
14) Direito Civil.
15) Direito Comercial.
16) Direito do Trabalho.
17) Direito Fiscal-Tributário, das áreas federais, estaduais e municipais.
18) Técnica Comercial.
19) Direito do Trabalho.
20) Direito Fiscal-Tributário, das áreas federais, estaduais e municipais.
21) Técnica Comercial.
22) Técnica Industrial.
23) Técnica Bancária.
24) Técnicas Diversas.
25) Sociologia.
26) Psicologias Aplicada e Heurística.
27) Matemática Financeira (noções).
28) Moral e Ética.
29) Relações Humanas.
30) Noções de diversos outros ramos do saber humano como: História Aplicada
(à Contabilidade, à Economia, ao Comércio, à Indústria etc.), Filosofia etc.
31) Computação Eletrônica (Informática).
32) Pesquisa Operacional etc.
33) Estatística.
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
NOTA
87
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
RESOLVE:
Art. 1º Definir diretrizes, princípios, conceitos e aprovar as normas
técnicas relativas à ação de controle aplicáveis ao Serviço Público Federal, a
fim de disciplinar e padronizar a atuação do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo Federal.
Art. 2º Aprovar o Manual do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal, consubstanciado no disposto no artigo 1º, constituído
do Anexo a esta Instrução Normativa, bem como dos atos complementares
supervenientes.
Menos desperdícios
CONTROLE
Mais eficiência
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
7 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA
Attie (2011) apresenta os procedimentos de auditoria como ferramentas
para a realização de trabalho do auditor. Na verdade, os procedimentos para o
controle interno é um rol de ações que auxiliam e facilitam o trabalho de auditoria.
8 ERROS E FRAUDES
As utilizações das técnicas de auditoria podem evidenciar eventuais
erros ou fraudes, todavia, o processo de auditoria não é somente para detectar
fraudes ou erros culposos. Os procedimentos de auditoria são para verificação de
atos aplicados corretamente e, também, para auxiliar no processo de gestão, na
tomada de decisões e para a sinalização de novos projetos.
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Então podemos concluir que erro é um ato não intencional, enquanto que
fraude é um ato intencional. A responsabilidade pela prevenção e detecção de
fraude é dos responsáveis da sua administração e pela governança da entidade.
• Auditoria interna.
• Sistemas de controles internos.
• Auditoria externa.
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
9 EXCESSO DE CONTROLE
Ao final desse estudo, você poderá se convencer quanto é importante o
controle para o setor público, todavia poderá também fazer a seguinte reflexão: o
excesso de controle não engessa as pessoas e a organização?
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
FIGURA 15 – BUROCRACIA
96
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Pereira, Gomes Neto e Silva Filho (2010) fazem análise ao paradoxo entre
o controle e a flexibilidade e apresentam as principais vantagens e desvantagens
de um e do outro sistema de gestão.
Controle Flexibilidade
Estabilidade do processo,
Dinamismo, pró-atividade,
procedimentos, eficiência,
Vantagens autonomia, criatividade,
padronização, processo
empreendedorismo.
alinhado, melhor gestão
Rigidez, excesso de
regras, robotização, Descontrole, Falta de
Desvantagens
desumanização do Alinhamento, Retrabalho
trabalho.
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Decretos
• Decreto-Lei nº 200/67 – Organização Administrativa Federal.
• Decreto nº 93.872/86 – Unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional.
• Decreto nº 1.171/94 – Código de Ética do servidor Público Civil.
• Decreto nº 3.591/00 – Sistema de Controle Interno do Governo Federal.
• Decreto nº 6.976/09 – Sistema de Contabilidade Federal.
• Decreto nº 4.177/02 – Corregedoria-Geral da União.
Resoluções e Manuais
• Resolução CFC nº 781/95. NBC PI 01 – Normas Profissionais do Auditor Interno.
• Resolução CFC nº 803/96. Código de Ética Profissional do Contador.
• Resolução CFC nº 986/03. NBC T 01 – Da Auditoria Interna.
• Resolução CFC nº 1.229/09. NBC TA 610 – Utilização do Trabalho de Auditoria
Interna.
• Resolução CFC nº 1.311/10. NBC PA 290 – Independência – Trabalhos de
Auditoria e Revisão.
• Resolução CFC nº 1.137/08. NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e
Passivos em Entidades do Setor Público.
• Resolução CFC nº 1.135/08 – Controle Interno.
• Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
• Manual SIAFI.
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
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TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
NOTA
101
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
102
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
NOTA
103
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
NOTA
104
TÓPICO 1 | SISTEMA DE CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
NOTA
1) as disponibilidades de caixa;
2) a preservação do patrimônio;
3) as relações com as empresas controladas pelo poder público.
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UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
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RESUMO DO TÓPICO 1
No Tópico 1, você aprendeu um pouco mais sobre o sistema de controle
interno e os principais órgãos relacionados à auditoria. Agora verifique se você
correspondeu aos seguintes objetivos de aprendizagem:
107
AUTOATIVIDADE
a) Da administração.
b) Da auditoria interna.
c) Do conselho de administração.
d) Da auditoria externa.
e) Do comitê de auditoria.
109
110
UNIDADE 2 TÓPICO 2
PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR
PÚBLICO
1 INTRODUÇÃO
A auditoria é um importante instrumento para disciplinar as contas
públicas, permitir que haja o controle social, maior transparência e apresentar os
resultados obtidos.
111
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Esses requisitos são importantes instrumentos para que o ciclo das ações
administrativas se feche e garanta que as execuções sejam controladas. Dessa
maneira, a Administração Pública deverá em cada entidade administrativa
dispor de quadro efetivo, distribuição de responsabilidades, políticas e códigos
organizacionais, procedimentos padronizados, processos avaliativos, entre
outros.
112
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
NOTA
113
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
5 TÉCNICAS DE AUDITORIA
As técnicas de auditoria são os processos e ferramentas operacionais
que evidenciam os resultados finais do trabalho, para que se apresentem com
relevância, suficiência, adequação e fidedignidade. A escolha da técnica conforme
o escopo do trabalho é importante porque elimina o desperdício de tempo e de
exame desnecessários. Para tanto a Instrução Normativa 01/2001, apresenta as
seguintes técnicas:
116
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
117
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
• Os auditores devem planejar seu trabalho para assegurar que a auditoria seja
conduzida de uma maneira eficiente e eficaz – o planejamento é importante
para eficiência e eficácia da auditoria, que pode ser conduzido de forma
estratégica e operacional.
Estratégica – o planejamento deve definir o escopo, os objetivos e a
abordagem da auditoria.
Operacional – estabelecer cronograma quanto à natureza, tempo,
responsabilidades e extensão dos procedimentos de auditoria.
118
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
8 MODELOS DE QUESTIONÁRIOS
Na Unidade 1 apresentamos os registros de acompanhamento do controle
é realizado por diferentes formas: descritivo, fluxograma e questionários. O mais
usual e tradicional é o modelo de questionários, porque é mais pontual e apresenta
elementos numa ordem em que favorece a análise dos atos e fatos.
119
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Órgão/entidade:
Área: controles internos gerais
Auditor:
Data:
1. A legislação relativa ao órgão/entidade encontra-se devidamente catalogada?
2. Há equipe de auditoria interna?
3. Há órgão próprio de controle interno?
4. Há regimento interno definindo a estrutura organizacional, detalhando com
clareza as funções inerentes de cada área?
5. Há organograma geral e setorial?
6. Há fluxogramas setoriais que registrem a execução das atividades?
7. Sobre a segregação de funções, estão escritas e divulgadas:
7.1. As atribuições dos setores?
7.2. As competências das funções-chave?
7.3. As competências para autorizar?
7.4. As competências para aprovar?
7.5. A responsabilidade pela custódia de bens e valores?
7.6. A responsabilidade pelo registro de bens e valores?
7.7. A responsabilidade pela tomada de conta de bens e valores?
8. Sobre as políticas organizacionais:
8.1. Estão estabelecidas por escrito?
8.2. Estão claramente definidas?
8.3. Há ampla divulgação interna?
9. Há manuais de procedimentos?
10. As rotinas de serviço estão escritas e compiladas?
11. É restrito o acesso a áreas responsáveis por bens e valores?
12. Existem mecanismos para determinar e assegurar a observância das
diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos?
13. Há política de pessoal que contemple:
13.1. Programa de treinamento?
13.2. Rodízio de funções?
14. Fazer a devida referenciação.
15. Observações.
16. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 285-286)
120
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
Órgão/entidade:
Área: contabilidade
Auditor:
Data:
1. Encontra-se atualizada a escrituração contábil, bem como os balancetes?
2. Os atos e fatos contábeis são registrados imediatamente?
3. O Diário atende às formalidades legais, encadernação, numeração de folhas,
termo de abertura e encerramento?
4. A contabilidade recebe, dos diversos setores, relatórios das posições de
dívidas, receitas, almoxarifado, pessoal, controles financeiros e outros para
confrontar com os registros contábeis?
5. O sistema de arquivo permite fácil localização dos processos?
6. Os balancetes, Diário e Razão são assinados normalmente pelo dirigente do
órgão?
7. O chefe da contabilidade tem formação contábil?
8. As contas analíticas são analisadas mensalmente, no fechamento do balancete?
9. Há despesas inscritas em restos a pagar?
10. O controle de restos a pagar é feito pelo sistema SICOF?
11. Em caso negativo, há outra forma de controle?
12. As cauções recebidas em espécie são depositadas em conta vinculada e desta
forma contabilizadas?
13. As consignações (depósitos de diversas origens – imposto de renda,
imposto sobre serviços, etc.) são registradas no passivo financeiro e recolhidas
imediatamente ao órgão destinatário?
14. Há dívida ativa a ser cobrada?
15. Em caso afirmativo, há controle de cobrança?
16. Há controle dos contratos administrativos?
16.1. É acompanhado o prazo de pagamento das parcelas?
16.2. Como se dá a atualização do valor (correção monetária)?
17. As contas da dívida fundada são analisadas (dados da contabilidade X
controles financeiros)?
18. As variações patrimoniais são contabilizadas imediatamente após a
ocorrência dos fatos (pagamentos, recebimentos, etc.)?
19. Existem mecanismos para determinar e assegurar a observância das
diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos?
20. Referenciação.
21. Observações.
22. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 286-287)
121
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Órgão/entidade:
Área: licitações
Auditor:
Data:
1. Todas as compras, serviços e obras são contratados mediante prévia licitação?
2. Existe controle sequencial da numeração dos procedimentos de licitação, bem
como o ordenamento por modalidade?
3. Quantos procedimentos licitatórios ocorreram no período de cada modalidade?
4. Arquivam-se os procedimentos separadamente, conforme o tipo de licitação?
5. Os comprovantes de publicação dos editais ou de entrega dos convites são
arquivados nos respectivos procedimentos?
6. Há comissão permanente de licitação designada em portaria devidamente
publicada, observada a sua renovação anual?
7. Os procedimentos licitatórios são devidamente formalizados e autuados (capa,
numeração, protocolo)?
8. É observada a sequência legalmente estabelecida nas fases internas e externas?
9. As minutas dos editas de licitação e dos contratos, acordos, convênios ou ajustes
são previamente examinados e aprovados pela assessoria jurídica do órgão ou
unidade equivalente?
10. São cumpridas as exigências para a publicidade dos atos?
11. Referenciação.
12. Observações.
13. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 287-288)
122
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
Órgão/entidade:
Área: execução orçamentária
Auditor:
Data:
1. Os créditos suplementares e especiais foram precedidos de autorização legal,
com a devida indicação dos recursos e abertos por decreto do chefe do Executivo?
2. Há controle da arrecadação e recolhimento da receita?
3. As receitas de convênio são classificadas como receita orçamentária?
4. Os recursos recebidos são gastos conforme destinação constante da liberação
de recursos?
5. A receita é contabilizada pelo seu efetivo recolhimento?
6. Os procedimentos de receita e despesa estão revestidos das formalidades,
incluindo capa, numeração, data e protocolo?
7. Os documentos que os compõem são originais?
8. As despesas são empenhadas somente se houver a respectiva dotação
orçamentária?
9. O empenho é emitido previamente?
10. Consta do procedimento de pagamento de nota fiscal ou fatura emitida em
nome do órgão/entidade, a nota de empenho emitida e a comprovação quanto
ao recebimento das compras, serviços ou obras?
11. Todos os pagamentos ocorrem sem multas e juros de mora?
12. A despesa com estagiário foi classificada no elemento outros serviços de
terceiros, pessoa física?
13. As despenhas empenhadas e não pagas no exercício financeiro foram
convertidas em restos a pagar processados e não processados?
14. A despesa é empenhada, liquidada e paga por setores distintos?
15. Elaboram-se balancetes mensais da execução da receita e despesa?
16. Analisa-se, ao final de cada mês, as contas de receitas?
17. Há controle dos contratos para fins de liquidação da despesa correspondente?
18. Fazer a devida referenciação.
19. Observações.
20. Conclusão
123
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Órgão/entidade:
Área: execução financeira
Auditor:
Data:
1. Os saldos bancários são controlados diariamente?
2. É feita programação financeira diária, acompanhamento dos valores a receber
e a pagar, obedecidos os prazos de vencimento?
3. A conciliação bancária é feita regularmente?
4. O setor de contabilidade confere a conciliação bancária quando elaborada pelo
setor financeiro, ou a confronta com a ficha financeira?
5. Os cheques recebidos são nominais e tempestivamente depositados?
6. Os pagamentos são efetuados dentro dos requisitos mínimos de segurança
quanto a emissão de cheques:
6.1. Nominativos, contendo especificação no verso quanto à sua finalidade?
6.2. Amparados por documentos hábeis?
6.3. Com assinatura dos responsáveis devidamente credenciados?
6.4. Controle nos talonários dos cheques cancelados?
7. São adotadas medidas efetivas para regularização de lançamentos pendentes
na conciliação das contas bancárias?
8. Os cheques emitidos, devidamente contabilizados e não utilizados, são
corretamente cancelados?
9. O órgão/entidade efetua aplicações financeiras?
10. A receita auferida está contabilizada adequadamente em receita patrimonial?
11. Existe autorização para realização das aplicações financeiras?
12. Existe segregação de função entre os envolvidos na emissão de cheques,
pagamentos, contabilização e conciliação bancária?
13. Fazer a devida referenciação.
14. Observações.
15. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 290-291)
124
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
Órgão/entidade:
Área: material de consumo
Auditor:
Data:
1. É realizada inspeção periódica no almoxarifado por comissão nomeada pela
autoridade competente?
2. Há controle do consumo de combustíveis e lubrificantes?
3. Há arquivamento regular dos documentos de entrada e saída (notas fiscais de
compras, requisições ou outro documento hábil)?
4. São efetuados balancetes mensais de almoxarifado?
5. É feito controle de estoque e consequente planejamento de compras?
6. A avaliação do estoque é feita pela média ponderada?
7. Os controles de estoque se encontram atualizados?
8. As requisições dos materiais são emitidas por funcionário autorizado, conforme
autógrafos?
9. É mensalmente feito o confronto entre as informações do almoxarifado e da
Contabilidade?
10. As entradas e saídas de material são autorizadas unicamente pelo responsável
do almoxarifado?
11. Os materiais de consumo adquiridos com recursos de convênio são registrados
separadamente no almoxarifado?
12. Fazer a devida referenciação.
13. Observações.
14. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 291-292)
125
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Órgão/entidade:
Área: material permanente
Auditor:
Data:
1. Todos os bens móveis são tombados?
2. Faz-se inventário físico anual por comissão de balanço devidamente nomeada
por autoridade competente?
3. A entrega de bens móveis é feita mediante documento hábil (termo de
responsabilidade, termo de transferência)?
4. Existe controle especial para evitar a saída de bens de fácil transporte?
5. Os veículos estão com a sua documentação atualizada?
6. Existem normas de controle para utilização dos veículos?
7. Em caso de desaparecimento de um bem, apura-se a responsabilidade?
8. Todos os bens imóveis estão tombados e têm escritura registrada em cartório?
9. Existem registros analíticos de todos os bens?
10. Há conciliação entre o controle patrimonial e contábil?
11. Fazer a devida referenciação.
12. Observações.
13. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 291-292)
126
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
Órgão/entidade:
Área: contratos
Auditor:
Data:
1. Existe decreto governamental autorizando a assinatura de contratos?
2. Os contratos são formalizados pela assessoria jurídica do órgão/entidade?
3. Os contratos são emitidos em papel timbrado do órgão/entidade?
4. Os contratos de fornecimento, serviços ou obras sempre decorrem de um
procedimento licitatório específico?
5. Há contratos de concessão ou permissão de serviços públicos?
6. É observado o prazo máximo de 30 dias da homologação da licitação para
assinatura do respectivo contrato?
7. Os extratos e atos relativos a contratos são publicados na Imprensa Oficial e/
ou em jornal de grande circulação?
8. Existe controle relativo ou cumprimento dos contratos?
9. Há controle sobre o acréscimo ou a diminuição do objeto contratado?
10. Há controle sobre o valor dos contratos?
11. É observada a norma que impõe o equilíbrio econômico-financeiro dos
contratos?
12. Há fiscalização sobre as obras e serviços sistematicamente?
13. Aplicam-se penalidades contratuais em caso de descumprimento do
contrato?
14. Há controle dos prazos de vigência dos contratos para fins de extinção ou
prorrogação?
15. O setor de licitação encaminha cópia dos contratos para a contabilidade
efetuar a liquidação da despesa deles decorrentes?
16. Fazer a devida referenciação.
17. Observações.
18. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 293-294)
127
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
Órgão/entidade:
Área: convênios
Auditor:
Data:
1. O órgão/entidade, estando na condição de repassador de recursos, dá ciência,
ao Poder Legislativo, da assinatura do convênio?
2. As parcelas do convênio são liberadas em estrita conformidade com o plano
de aplicação aprovado?
3. A execução do convênio é fiscalizada pelo órgão repassador dos recursos?
4. Quando ocorre a improbidade na execução do convênio, faz-se a retenção da
parcela seguinte?
5. Consta do termo de convênio a dotação orçamentária por conta da qual ocorre
a despesa?
6. Consta do convênio a contrapartida do conveniado, ou seja, a participação
financeira das partes na execução do convênio?
7. A prestação de contas é feita em documentos originais perante o órgão
repassador, no prazo estabelecido no termo de convênio?
8. São exigidos dos conveniados os documentos necessários para a prestação
de contas?
9. Há controle dos prazos de vigência dos convênios, para fins de sua denúncia?
10. Fazer a devida referenciação.
11. Observações.
12. Conclusão.
FONTE: Guerra (2007, p. 294-295)
128
TÓPICO 2 | PROCESSOS DE AUDITORIA PARA O SETOR PÚBLICO
Órgão/entidade:
Área: pessoal
Auditor:
Data:
1. Os prontuários estão organizados e atualizados?
2. Qual é o número de servidores:
2.1. Atuando e lotados no órgão/entidade?
2.2. Lotados em outros órgãos e atuando no auditado?
2.3. Pertencentes ao órgão auditado e atuando em outros órgãos?
3. Os controles são feitos por computador?
4. Existe controle diário de frequência?
5. A folha de pagamento é feita com base no controle de frequência?
6. Existe segregação de funções evidenciando quem elabora, implanta, confere
e efetua o pagamento da folha?
7. Existe controle de férias em relação aos períodos aquisitivos, concessivos e
de gozo?
8. O abono pecuniário, quando pago, é devidamente controlado com base na
frequência de 10 dias trabalhados?
9. As férias são concedidas aos servidores de acordo com a escala organizada
pela unidade administrativa competente?
10. Há controle sobre pagamento de gratificação natalina (13º salário), quando
parcelada?
11. As licenças e aposentadoria são concedidas mediante anuência dos órgãos
competentes?
12. Os servidores públicos colocados à disposição de outros órgãos foram
excluídos da folha?
13. Fazer a devida referenciação.
14. Observações.
15. Conclusão.
NOTA
129
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
DICAS
Acadêmico(a)!
Se você tem disponibilidade, tente exercitar o conhecimento adquirido com a aplicação
de um desses modelos de questionário na organização da qual você faça parte ou solicite
a permissão em alguma organização de sua cidade. Não importa se a organização é de
pequeno ou grande porte, ou mesma em quaisquer que for a área de atuação, você verá que
ao aplicar o(s) questionário(s) os resultados proporcionarão aprendizagem e novas reflexões.
A prática favorece a fixação de conhecimentos e aprimora a habilidade para que no futuro
você possa fazer parte de uma equipe de auditoria ou ter um olhar crítico aos processos e
procedimentos de sua organização. Sucesso!
130
RESUMO DO TÓPICO 2
No Tópico 2, apresentamos um pouco sobre o controle e auditoria
voltada ao setor público, assim os principais assuntos de aprendizagem foram:
131
AUTOATIVIDADE
a) Auditoria interna.
b) Fiscalização.
c) Controle externo.
d) Controle interno.
e) Auditoria externa.
132
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 3 iremos apresentar os principais órgãos voltados para
a auditoria, a fim de estabelecer as principais condutas, princípios éticos e
procedimentos para a prática da auditoria. Esses órgãos vêm contribuindo na
fiscalização, normatização e disciplinamento para que o exercício da auditoria
interna e externa se torne mais eficiente, e também produza uma reflexão
continuada para novas normas e práticas.
133
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
PROPÓSITO VISÃO
Zelar pelo funcionamento eficiente, pela Ser reconhecida pela sociedade como uma
integridade e pelo desenvolvimento do instituição essencial, dotada de credibilidade
e capaz de regular de maneira eficiente o
mercado de capitais, promovendo o funcionamento do mercado, proteger os
equilíbrio entre a iniciativa dos agentes investidores e contribuir positivamente para o
e a efetiva proteção dos investidores desenvolvimento do país
RESULTADOS
Estimular a formação Assegurar o Assegurar o acesso do Condenar efetiva e
de poupança e a sua funcionamento Proteger os público a informações tempestivamente
aplicação em valores eficiente e regular do investidores tempestivas e de os responsáveis por
mobiliários mercado qualidade infrações
PROCESSOS
Supervisão de mercado Processos sancionadores
Regulação em linha com eficiente e de maneira céleres, eficientes e com o
Atuação célere, técnica e
as melhores práticas integrada com outros efeito pedagógico necessário
independente
internacionais órgãos reguladores e à efetiva inibição de
autorreguladores irregularidades
Produção de pesquisas, Participação efetiva nas
Atuação institucional
análises e conhecimento Liderança na área de decisões estratégicas,
proativa nos fóruns
capazes de oferecer subsídios educação financeira governamentais relacionadas
internacionais
para a tomada de decisões ao mercado de capitais
134
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A
PESSOAL LOGÍSTICA
Técnicas de gerenciamento
Instalações seguras, sustentáveis,
e otimização de processos,
modernas, adequadamente
constantemente mapeados,
dimensionadas e dotadas de alta
Corpo funcional padronizados e preponderantemente
tecnologia
comprometido, motivado, eletrônicos
multidisciplinar e
Estrutura organizacional capaz
especializado Estrutura tecnológica capaz de
de assegurar a capacidade de
atender as atividades finalísticas, de
realização das atividades de modo a
apoio e de gestão
acompanhar a evolução do mercado
ORÇAMENTO
Autonomia para definir um orçamento capaz de garantir o cumprimento das atividades operacionais e o
alcance dos objetivos estratégicos
FIGURA 22 – IBRACON
135
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
FIGURA 23 – AUDIBRA
136
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A
Membros
Para essa classe somente são aceitos auditores internos.
efetivos
Auditores independentes, educadores, escritores e outros, desde que se
Membros
ocupem de assuntos relativos à auditoria e correlatos, mas não possam
associados
qualificar-se como membros efetivos.
Esta classe é composta de pessoas que, por grandes serviços prestados à
Membros
auditoria interna ou ao Instituto, mereçam distinção por recomendação
honorários
unânime da diretoria e aprovação do conselho deliberativo.
FONTE: Almeida (2007, p. 33)
137
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
intosai – ISSAI
FIGURA 25 – INTOSAI
139
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
NOTA
E
IMPORTANT
140
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A
LEITURA COMPLEMENTAR
141
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
142
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A
143
UNIDADE 2 | ESTRUTURA DO SETOR PÚBLICO QUANTO AO CONTROLE
144
TÓPICO 3 | ORGANIZAÇÕES VOLTADAS PARA A
145
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste Tópico 3, você aprendeu os seguintes assuntos:
146
AUTOATIVIDADE
( ) Certo.
( ) Errado.
147
5 FGV – 2015 – TCM – SP (Agente de Fiscalização)
148
UNIDADE 3
A INFLUÊNCIA DO CONTROLE
EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE
CASOS PRÁTICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e no final de cada um deles, você
encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
149
150
UNIDADE 3
TÓPICO 1
INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
NA GESTÃO DE FROTAS NOS MUNICÍPIOS
PARANAENSES
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico serão apresentados exemplos de como os tribunais de contas
buscam realizar suas atividades de auditor externo visando cumprir com o seu
principal papel que é ser um órgão de Controle Externo; e como eles podem obter
as informações dos municípios para realizar esta atividade de análise.
152
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
Você deve se perguntar o que tem a ver estas informações com o Controle
Interno dos municípios? Tudo, pois a partir da exigência destas informações por
parte do Tribunal de Contas do Paraná, os gestores destes municípios, compostos
tanto pela sua administração direta como pela administração indireta, perceberam
a tendência da fiscalização do controle externo e com isto veio a necessidade de
melhorar o controle sobre a frota. Isto porque em muitos casos os municípios que
mantinham algum tipo de controle/gestão sobre a frota perceberam a inexistência
das informações necessárias a serem enviadas ao tribunal e, em outros casos,
percebeu-se a inexistência deste controle, ou melhor, a inexistência de gestão
sobre a frota, dificultando então o envio de informações verídicas ao respectivo
tribunal de contas.
153
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
E
IMPORTANT
154
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
QteCombLiquidado
Quantidade
– Informar a
de
(10.3) Numérico Z(10)9.999 quantidade de Sim
Combustível
combustível objeto
Liquidada
de liquidação.
vlLiquidacao
– Informar o
Valor da
(16.2) Numérico Z(13)9.99 valor liquidado Sim
Liquidação
segundo o tipo de
combustível.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 282)
Com estas informações o tribunal pode auferir se o preço por litro está
dentro dos padrões aceitáveis para a época e região envolvida, pois solicita o
valor da aquisição e a quantidade adquirida.
155
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
nrAnoLiquidacao
Ano de – O ano em que
4 Numérico 9999 Sim
Liquidação o empenho foi
liquidado.
nrAnoInclusaoRAP –
Ano de
Informar o ano em
Inclusão da
4 Numérico 9999 que o empenho foi Sim
Liquidação
inscrito em restos a
de RAP
pagar.
nrAnoInclusaoRAP
– Informar o ano
em que o Empenho
Ano do
4 Numérico 9999 foi emitido, Sim
empenho
independentemente
de sua inscrição no
RAP.
tpCombustivel –
Informar o código
correspondente ao
tipo de combustível
Tipo de
2 Numérico 99 liquidado de acordo Sim
Combustível
com tabela de tipos de
combustível constante
do Apêndice ‘A’ deste
documento.
nrMes – Informar
o número do mês
Mês 2 Numérico 99 Sim
em que ocorreu a
liquidação informada.
QteCombLiquidado
Quantidade
– Informar a
de
(10.3) Numérico Z(10)9.999 quantidade de Sim
Combustível
combustível objeto de
Liquidada
liquidação.
vlLiquidacao –
Valor da Informar o valor
(16.2) Numérico Z(13)9.99 Sim
Liquidação liquidado segundo o
tipo de combustível.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 283)
156
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
157
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Para incrementar ainda mais a análise das informações sobre a frota dos
municípios paranaenses, o tribunal instituiu também a coleta do consumo de
combustível, viabilizando assim a análise da média de consumo por quilômetro
rodado por veículo, entre outras análises. Isto pode ser comprovado através dos
leiautes que serão apresentados a seguir. É importante destacar que as informações
abaixo evidenciadas devem ser obtidas nos departamentos que controlam as
frotas dos municípios, pois estes podem ser controlados por grandes áreas como
os veículos da educação, da saúde, de obras e demais áreas da administração.
Não importa como o município realiza a gestão da sua frota o que importa é
que exista a gestão e controle sobre a frota, pois a informação do consumo do
combustível só pode ser obtida se existir o controle. Em muitos municípios, este
controle pormenorizado é denominado de Diário de Bordo. Estas informações
não são obtidas na Contabilidade, são informações tipicamente de controle/
gestão. Vamos aos leiautes para constatamos as informações que são solicitadas
que remetem essencialmente à gestão da frota municipal.
158
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
tpVinculo – Informar
o tipo do veículo
Tipo de ou equipamento de
2 Numérico 99 Sim
vínculo acordo com o contido
no Apêndice ‘A’ deste
documento.
cdNaturezaBem –
Informar o código
Natureza do veículo ou
do Bem equipamento segundo
4 Numérico 9999 Sim
(Veículo ou sua natureza de
Equipamento). acordo com o contido
no Apêndice ‘A’ deste
documento.
cdBem – Código do
Bem Patrimonial
de acordo com o
cadastro na tabela
Código
(ammBemPatrimonial).
do Bem 10 Caractere X(10) Não
Esse campo é
Patrimonial
obrigatório apenas
para Tipo de Vínculo
(tpVinculo = 1
próprio).
cdModelo – Representa
o código padrão de
modelo do veículo/
Equipamento de
Modelo 12 Caractere X(12) Sim
acordo com a tabela
FIPE constante no
Apêndice ‘A’ deste
documento.
nrAnoFabricacao –
Ano de Informar o ano de
4 Numérico 9999 Sim
fabricação fabricação do veículo
ou equipamento.
tpCombustivel –
Informar o tipo
de combustível
Tipo de
2 Numérico 99 de acordo com a Sim
combustível
tabela constante no
Apêndice ‘A’ deste
documento.
159
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
nrPlacas – Informar
o número das
placas dos veículos.
Exemplo: AMQ
5155. Esse campo
é obrigatório para
Placas 12 Caractere X(12) os códigos de Não
natureza do bem
(cdNaturezaBem)
entre 1 a 5 de acordo
com o contido no
Apêndice ‘A’ deste
documento.
nrRenavan – informar
o número do renavan
do veículo. Esse
campo é obrigatório
para os códigos de
Renavan 20 Caractere X(20) natureza do bem Não
(cdNaturezaBem)
entre 1 a 5 de acordo
com o contido no
Apêndice ‘A’ deste
documento.
dtinicial – Informar a
data em que o veículo
ou equipamento foi
incluído nesta tabela.
AAAA-
Essa data não é a de
Data inicial 10 Data MM- Sim
aquisição do veículo/
DD
equipamento, trata-
se da data em que
ocorreu a declaração
nesta tabela.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 285
160
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
E
IMPORTANT
161
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
tpCombustivel –
Informar o código
correspondente ao
tipo de combustível
Tipo de
2 Numérico 99 consumido no Sim
Combustível
período de acordo
com tabela constante
do Apêndice ‘A’ deste
documento.
nrMesConsumo
– Informar o
Mês 2 Numérico 99 número do mês Sim
correspondente ao
consumo informado.
QteCombustivel
Quantidade
– Informar a
de
(10.3) Numérico Z(10)9.999 quantidade de Sim
Combustível
combustível
Consumida
consumida no mês.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 286)
162
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
nrMesConsumo – Informar
mês correspondente ao
consumo informado.
Neste campo não deve
Mês 2 Numérico 99 conter meses referente ao Sim
bimestre de trabalho, pois
seu objeto é identificar
o mês de origem do
consumo do estorno.
Quantidade QteCombustivel – Informar
de Z(10) a quantidade de
(10.3) Numérico Sim
Combustível 9.999 combustível consumida
Consumida no mês.
nrMesEstorno – Informar
o mês do bimestre de
Mês Estorno 2 Numérico 99 Sim
trabalho que a quantidade
de combustível estornada.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 287)
É por esta razão que o Tribunal de Contas definiu leiaute com informações
que permitam obter o cálculo do consumo por litro, a média do quilômetro rodado
por litro para cada veículo/equipamento da frota municipal. Estas informações
foram solicitadas no leiaute Controle de Hodomêtro e Horímetro, a seguir.
163
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
ATENCAO
164
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
dtVerificacao - Informar
a data em que foi
efetuada a verificação
AAAA-MM-
Data 10 Data da quilometragem Sim
DD
dos veículos ou
quantidade de horas
dos equipamentos.
nrMedicaoInicial
- Informar a
quilometragem
medida no hodômetro
Hodômetro/ mitra do veículo no
Horímetro 10 Numérico 99999999999 início do prineiro Sim
Inicial dia do mês ou a
quantidade de horas
auferida no horímetro
dos equipamentos
rodoviários.
nrMedicaoFinal
- Informar a
quilometragem
medida no hodométro
Hodômetro/
do veículo no final do
Horímetro 10 Numérico 99999999999 Sim
último dia do mês ou
Final
a quantidade de horas
auferida no horímetro
dos equipamentos
rodoviários.
nrMedicaoDedarada
- Informar a
quilometragem ou
horas executadas
no período em que
eventualmente
o hodômetro ou
horímetro foi
Quilometragem/
10 Numérico 9999999999 danificado. É Sim
Horas Declaradas
importante esclarecer
que qualquer
informação diferente
de zero, neste campo,
deve ser amparada por
documentos firmados
pelos respectivos
responsáveis.
dsNotaExplicativa
- Informar notas
explicativas nas
situações em
Notas
5000 Caractere X(5000) que o campo Não
Explicativas
(nrMedicaoDeclarada)
apresentar
informações diferente
de zero.
165
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
NOTA
166
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
tpCombustivel –
Informar o código
correspondente ao
Tipo de tipo de combustível
2 Numérico 99 Sim
Combustível em estoque de acordo
com tabela constante
do Apêndice ‘A’ deste
documento.
nrMes – Informar o
mês correspondente à
Mês do
2 Numérico 99 quantidade de estoque Sim
Registro
inicial e final segundo
o tipo de combustível.
QteEstoqueInicial –
Informar a quantidade
do estoque inicial
de combustível
segundo os tipos
Estoque Z(10)
(10.3) Numérico de combustíveis. Sim
Inicial 9.999
Este campo deve
corresponder à
quantidade apurada
no início do primeiro
dia de cada mês.
QteEstoqueFinal –
Informar a quantidade
do estoque final
de combustível
segundo os tipos
de combustíveis.
Estoque Z(10)
(10.3) Numérico Este campo deve Sim
Final 9.999
corresponder à
quantidade apurada
após o encerramento
do expediente/
movimento do último
dia de cada mês.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 288)
167
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
168
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
169
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
DsNotaExplicativa
– Informar notas
explicativas
para justificar
eventuais perdas
e outras baixas
Notas de combustíveis.
5000 Caractere X(5000) Sim
Explicativas Importante
esclarecer que
qualquer quantidade
de combustível
declarada deve
ser amparada por
documentos legais.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 291)
CÓDIGO DESCRIÇÃO
1 EVAPORAÇÃO
2 FURTO
3 VAZAMENTO
4 USO INTERNO EM OFICINAS
5 USO EM OBRAS E SERVIÇOS
FONTE: Adaptado em Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 531)
171
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
dtInicio – Informar
a data em que
o veículo ou
AAAA- equipamento passou
Data Inicial 10 Data Sim
MM-DD a estar vinculado
definitivamente ao
órgão e unidade
orçamentária.
FONTE: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 290)
172
TÓPICO 1 | INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO
TpBaixa – Informar
o código da baixa
do veículo ou
Tipo de equipamento,
2 Numérico 99 Sim
Baixa utilizando-se a tabela
dos tipos de baixa do
Apêndice ‘A’ deste
layout.
DsNotaExplicativa
– Informar notas
AAAA-
Notas explicativas
5000 Data MM- Não
Explicativas apontando o motivo
DD
de baixa do veículo ou
equipamento.
CÓDIGO DESCRIÇÃO
1 Alienação
2 Inservibilidade
3 Sinistro
4 Desincorporação por transferência
5 Dação em Pagamento
6 Doação
7 Permuta
8 Término de Contrato de Locação
9 Término do Comodato/Cessão
10 Outras Desincorporações
FONTE: Adaptado em Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 531)
173
RESUMO DO TÓPICO 1
174
AUTOATIVIDADE
175
176
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior apresentamos como pode se dar a análise das contas
por parte dos tribunais de contas frente à gestão da frota municipal. Neste tópico,
vamos manter a mesma linha de trabalho apresentada no tópico anterior, porém
enfatizando a Gestão de Pessoas.
2 GESTÃO DE PESSOAS
O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, visando cumprir
com o seu papel de Auditor Externo, estabeleceu, através de resoluções, as
informações da Gestão de Pessoal que devem ser enviadas de forma eletrônica.
177
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
178
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
Indicador de
incidência ou
dedutibilidade da
Indicador de Incidência Vantagem ou Desconto
Caracter 1 51 a 51
do IRRF para efeitos do IRRF.
Preencher com:
S = Sim
N = Não
Código do Banco do
Depósito da Folha de Numérico 5 52 a 56 Padrão Febraban
Pagamento da Entidade
Código da Agência do
Banco do Depósito da
Numérico 5 57 a 61 Padrão Febraban
Folha de Pagamento da
Entidade
Código da Conta-
Cadastro próprio do
Corrente do Banco do
Numérico 20 62 a 81 Banco com dígito
Depósito da Folha de
verificador
Pagamento da Entidade
Código do Banco do
Numérico 5 82 a 86 Padrão Febraban
Funcionário
Código da Agência do
Numérico 5 87 a 91 Padrão Febraban
Banco do Funcionário
Código da Conta- Cadastro próprio do
Corrente do Banco do Numérico 20 92 a 111 Banco com dígito
Funcionário verificador
Observações Caracter 30 112 a 141
Código da Vantagem/
Numérico 5 142 a 146 Codificação própria
Desconto/ Totalizador
179
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
ATENCAO
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
DA AUDITADA
1. IMPORTAÇÃO AUDITADA
SIAPES
2. DIGITAÇÃO
6. AUDITORIA 3. ENVIO DE
REMESSAS DE ATOS
INTERNET
7. REMESSA DE
CORREÇÕES DE ATOS
REGIONAL
OU SEDE
SADMOU
REGIONAIS
4. CARGA DE
5. PRÉ-AUDITORIA REMESSAS
8.CARGA DE
CORREÇÕES
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO DO
TCE - ORACLE 9. RELATÓRIOS DE
AUDITORIA
180
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
181
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
182
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
<CD_TIPO_ASSENTAMENTO>NPEX</CD_TIPO_ASSENTAMENTO>
<DT_ASSENTAMENTO>1987-04-04</DT_ASSENTAMENTO>
<NR_ATO>Portaria 013/87</NR_ATO>
<DT_PUBLICACAO>1987-12-25</DT_PUBLICACAO>
<DS_ASSENTAMENTO>Nomeia professores, concurso 006/1987</DS_
ASSENTAMENTO>
</assentamento>
<assentamento>
<CD_TIPO_ASSENTAMENTO>CAP</CD_TIPO_ASSENTAMENTO>
<DT_ASSENTAMENTO>2011-05-20</DT_ASSENTAMENTO>
<NR_ATO>Portaria 589</NR_ATO>
<DT_PUBLICACAO>2011-05-20</DT_PUBLICACAO>
<DS_ASSENTAMENTO>Concede aposentadoria</DS_ASSENTAMENTO>
</assentamento>
<averbacao>
<DS_ORGAO>Nome do órgão ou empregador</DS_ORGAO>
<DT_INICIO>2001-03-31</DT_INICIO>
<DT_FIM>2001-07-01</DT_FIM>
<DIAS_AVERBADOS>90</DIAS_AVERBADOS>
<NR_DOCUMENTO>123456</NR_DOCUMENTO>
<SERVICO_PUBLICO>S</SERVICO_PUBLICO>
<CARREIRA>N</CARREIRA><!--Só pode ser respondido S se SERVICO_PUBLICO tb. for S-->
<VANTAGENS>N</VANTAGENS>
<CONTRIB_INSS>N</CONTRIB_INSS>
</averbacao>
<media mes-referencia="10" ano-referencia="1994">
<linha mes="7" ano="1994" valor-historico="746.82"/>
<linha mes="8" ano="1994" valor-historico="779.68"/>
<linha mes="9" ano="1994" valor-historico="854.50"/>
<DT_DEMONSTRATIVO>2011-08-01</DT_DEMONSTRATIVO>
<ASSINADO_POR>Beltrano da Silva</ASSINADO_POR>
</media>
<ato>
<TP_ATO>Portaria</TP_ATO>
<NR_ATO>14</NR_ATO>
<ANO_ATO>2011</ANO_ATO>
<VALOR_PROVENTOS>2400.50</VALOR_PROVENTOS>
<COMPL_SALARIO_MIN>N</COMPL_SALARIO_MIN>
<VANTAGENS>Vencimento básico</VANTAGENS>
<!--Órgão custeador pode ser com código numérico (CD_ORGAO_CUSTEADOR)
ou por descrição (DS_ORGAO_CUSTEADOR) se não existir código, como no caso de fundos-->
<DS_ORGAO_CUSTEADOR>FUNDO PRÓPRIO DE CAXIAS DO SUL</DS_ORGAO_CUSTEADOR>
</ato>
</beneficio>
</servidor>
</sapiem>
Exemplo de pensão:
<?xml version="1.0" encoding="ISO-8859-1"?>
<sapiem>
<servidor>
<NOME>José Mário Santos</NOME>
<CPF>80808080822</CPF>
183
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
<SEXO>M</SEXO>
<NACIONALIDADE>Brasileira</NACIONALIDADE>
<DT_NASCIMENTO>1961-05-18</DT_NASCIMENTO>
<NM_MAE>Mãe do Zé</NM_MAE>
<ESTADO_CIVIL>3</ESTADO_CIVIL>
<beneficio>
<ID_GENERO_BENEFICIO>23</ID_GENERO_BENEFICIO><!--23 é pensão-->
<APOSENTADO>S</APOSENTADO>
<FUNDO_PROPRIO>S</FUNDO_PROPRIO>
<CONTRIB_INSS>S</CONTRIB_INSS>
<NR_PROCESSO_INATIVACAO>10130200163</NR_PROCESSO_INATIVACAO>
<DT_INATIVACAO>2013-06-01</DT_INATIVACAO>
<ID_ESPECIE_BENEFICIO>22</ID_ESPECIE_BENEFICIO>
<ID_MODALIDADE_BENEFICIO>44</ID_MODALIDADE_BENEFICIO>
<MATRICULA>449</MATRICULA>
<IDENTIFICACAO_FUNCIONAL>1234</IDENTIFICACAO_FUNCIONAL>
<CARGO>Professor</CARGO>
<REGIME_JURIDICO>E</REGIME_JURIDICO>
<CARGA_HORARIA>40</CARGA_HORARIA>
<PADRAO>A</PADRAO>
<OUTROS>Subpadrão 2</OUTROS>
<ESCOLARIDADE>2º grau completo</ESCOLARIDADE>
<OBSERVACOES>Nada a declarar.</OBSERVACOES>
<orgao-concessor>
<CD_ORGAO>44501</CD_ORGAO>
<CPF_RESPONSAVEL>80808080822</CPF_RESPONSAVEL>
<CPF_CONTROLE_INTERNO>80808080822</CPF_CONTROLE_INTERNO>
</orgao-concessor>
<demonstrativo>
<VALOR_PROVENTOS>5000.00</VALOR_PROVENTOS>
<reajuste>
<DT_REAJUSTE>2015-09-25</DT_REAJUSTE>
<PERCENTUAL>50</PERCENTUAL>
<VALOR>5444.50</VALOR>
<TP_LEGISLACAO>LOD</TP_LEGISLACAO>
<NR_LEGISLACAO>4461</NR_LEGISLACAO>
<ANO_LEGISLACAO>2008</ANO_LEGISLACAO>
<ARTIGOS_LEGISLACAO>1, 2, 3</ARTIGOS_LEGISLACAO>
</reajuste>
<reajuste>
<DT_REAJUSTE>2015-10-25</DT_REAJUSTE>
<PERCENTUAL>50</PERCENTUAL>
<VALOR>5844.50</VALOR>
<TP_LEGISLACAO>DCM</TP_LEGISLACAO>
<NR_LEGISLACAO>5229</NR_LEGISLACAO>
<ANO_LEGISLACAO>2007</ANO_LEGISLACAO>
<ARTIGOS_LEGISLACAO>4, 5, 6</ARTIGOS_LEGISLACAO>
</reajuste>
</demonstrativo>
<dependente>
<NOME>Matheus Carpinteiro</NOME>
<CPF>01143838041</CPF>
184
TÓPICO 2 | GESTÃO DE PESSOAS SOB A ÓTICA DO CONTROLE EXTERNO
<DT_NASCIMENTO>1996-12-22</DT_NASCIMENTO>
<CD_GRAU_DEPENDENCIA>FILH</CD_GRAU_DEPENDENCIA>
<IDADE_LIMITE>18</IDADE_LIMITE><!-- CD_GRAU_DEPENDENCIA FILH/GUARDA -->
<PERCENTUAL>100</PERCENTUAL>
<DECISAO_JUDICIAL>S</DECISAO_JUDICIAL>
<DT_CONCESSAO>2008-11-23</DT_CONCESSAO><!--JUDICIAL = S-->
</dependente>
<ato-inativatorio>
<TP_ATO>Portaria</TP_ATO>
<NR_ATO>51234</NR_ATO>
<ANO_ATO>2008</ANO_ATO>
<CD_CATEGORIA_ATO>RETIF</CD_CATEGORIA_ATO>
</ato-inativatorio>
<ato>
<TP_ATO>Portaria</TP_ATO>
<NR_ATO>14</NR_ATO>
<ANO_ATO>2011</ANO_ATO>
<VALOR_PROVENTOS>2400.50</VALOR_PROVENTOS>
<COMPL_SALARIO_MIN>N</COMPL_SALARIO_MIN>
<!--Órgão custeador pode ser com código numérico (CD_ORGAO_CUSTEADOR)
ou por descrição (DS_ORGAO_CUSTEADOR) se não existir código, como no caso de fundos-->
<DS_ORGAO_CUSTEADOR>FUNDO PRÓPRIO DE CAXIAS DO SUL</DS_ORGAO_CUSTEADOR>
</ato>
</beneficio>
</servidor>
</sapiem>
FONTE: Adaptado de: <https://portal.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/tcers/jurisdicionados/
sistemas_controle_externo/sapiem/manual>. Acesso em: 15 dez. 2015.
185
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
INTELIGÊNCIA NO CONTROLE
TCE-RS ESTÁ ENTRE OS PIONEIROS NO TRABALHO DE CRUZAMENTO
DE DADOS COMO ESTRATÉGIA DE COMBATE A IRREGULARIDADES
Sozinho, um banco de dados pode ser uma forma simples e eficiente de organizar
informações, como as antigas listas telefônicas de páginas amarelas. Combinado
com outros elementos e manejado por meio de novas ferramentas tecnológicas,
pode se tornar uma arma inovadora para os órgãos de controle do Poder Público.
O uso de inteligência nas fiscalizações vem ganhando cada vez mais espaço entre
os órgãos de controle. Convênios com outras instituições públicas para o acesso a
dados e o investimento em ferramentas para “seguir a trilha do dinheiro” são os
principais caminhos utilizados para garantir agilidade nas ações. No Rio Grande
do Sul, um dos trabalhos mais significativos usando esse recurso é realizado
nas folhas de pagamento de 743 mil servidores, envolvendo informações
financeiras de 1,1 mil órgãos municipais, principalmente Prefeituras e Câmaras
de Vereadores (veja o quadro a seguir).
servidores cujos CPFs estavam 815 cargos de mantidos nos registros municipais
ainda recebendo salário
inscritos no programa Bolsa Família confiança (CCs)
O TCE-RS mantém convênio para o acesso a dados com 30 instituições entre elas a Receita
Federal, o Instituto-Geral de Perícias e a Junta Comercial.
FONTE: Oliveira (2015, p. 70)
186
RESUMO DO TÓPICO 2
187
AUTOATIVIDADE
3 Faça um resumo dos dados que podem ser cruzados ao utilizar a técnica
de confirmação externa/circularização baseados na notícia publicada pelo
Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.
4 Como o tribunal de contas tem convênios com outros órgãos como Receita
Federal, Junta Comercial e Instituto Geral de Perícias, outros cruzamentos
são factíveis de serem realizados como?
188
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Como vimos nos tópicos anteriores, as informações solicitadas pelos
Tribunais de Contas podem ser utilizadas de várias formas, sejam para realizar
cruzamentos com outros dados, como para simples confirmação processual.
2 GESTÃO DE PATRIMÔNIO
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná, assim como o fez para a
Gestão de Frotas, também instituiu leiautes para absorver informações de forma
eletrônica sobre a Gestão de Patrimônio.
Este leiaute tem como objetivo captar os dados dos bens móveis, imóveis
e intangíveis e de terceiros afetados por benfeitorias com recursos públicos.
Vamos ao leiaute:
189
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
190
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
idTipoNaturezaBem dsTipoNaturezaBem
1 Bens Móveis
2 Bens Imóveis
3 Intangíveis
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2016, p. 608)
idTipoUtilizacaoBem dsTipoUtilizacaoBem
1 Bens Dominiais
2 Bens de Uso Comum
3 Bens de Uso Especial
FONTE: Adaptado de: Layout SIM-AM (2016, p. 608)
10 Embarcações
191
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
192
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
193
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
E
IMPORTANT
194
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
Este trabalho prévio do Controle Interno junto aos órgãos que são afetados
diretamente por estas informações, é de suma importância, pois ao observarmos,
por exemplo, o leiaute da Movimentação de Bens Patrimoniais e Empenhos de
Bens Patrimoniais é possível compreender que os dados da contabilidade serão
cruzados com os dados obtidos junto à gestão de patrimônio.
195
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
196
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
idTipoIncorporacao
idTipoOperacaoBem dsTipoOperacaoBem
Bem
1 Alienação de Bens Móveis 2
2 Aquisição 1
3 Construção 1
5 Desapropriação 1
6 Inservibilidade 2
7 Outras incorporações 1
9 Sinistro 2
10 Incorporação por transferência 1
11 Desincorporação por transferência 2
13 Outras desincorporações 2
16 Dação em Pagamento – baixa 2
17 Dação em Pagamento – incorporação 1
18 Doação – baixa 2
19 Doação – incorporação 1
20 Permuta – baixa 2
21 Permuta – incorporação 1
23 Reavaliação 1
24 Depreciação Acumulada de Bens Móveis 2
26 Alienação – Programas Municipais 2
27 Alienação – Investidura 2
28 Alienação de bens imóveis por permuta 2
Depreciação Acumulada de Bens de Uso
29 2
Comum do Povo
Depreciação Acumulada de Bens de Uso
30 2
Especial
Depreciação Acumulada de Bens
31 2
Dominicais
32 Exaustão Acumulada 2
33 Amortização Acumulada 2
Redução ao Valor Recuperável de Bens
34 2
Dominicais
Redução ao Valor Recuperável de Bens
35 2
Imóveis de Uso Especial
36 Amortização Acumulada de Softwares 2
Amortização Acumulada de Marcas,
37 2
Direitos e Patentes
197
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
idTipoIncorporacaoBem dsTipoIncorporacaoBem
1 Incorporação
2 Desincorporação
Esta é uma das razões pelas quais o tribunal de contas precisou adiar
o recebimento destas informações das entidades públicas paranaenses, pela
impossibilidade de estas enviarem tais informações.
198
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
Vejamos o leiaute:
199
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
NOTA
Sim
Adquirido após a data de corte Depreciação, Amortização e Exaustão NE 4
Não
Ajuste NE 3
D Ativo
C Ajuste de Exercícios Anteriores (PL)
Não
Perda NE 1
D Perda/VPD
C Bem/Ativo
200
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
201
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
idTipoOperacaoCredito dsTipoOperacaoCredito
1 Lançamento
2 Implantação de Saldos de Exercícios Anteriores
3 Inscrição em Dívida Ativa
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 684)
idTipoNaturezaCredito dsTipoNaturezaCredito
1 Crédito Tributário
2 Crédito Não Tributário
3 Crédito Previdenciário
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 684)
202
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
203
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Agrega determinadas
espécies de receitas
cujas características
próprias sejam
semelhantes entre si;
dessa forma, detalha
a espécie, por meio
Código da da especificação dos
1 Caractere 9 cdRubrica SIM
Rubrica recursos financeiros
que lhe são correlatos.
Por exemplo, a
rubrica “Impostos
sobre o Patrimônio e
a Renda” corresponde
ao detalhamento da
Espécie “Impostos”.
A alínea é o
detalhamento da
Rubrica e exterioriza
o “nome” da receita
que receberão registro
pela entrada de
recursos financeiros.
Código da Por exemplo, a alínea
1 Caractere 9 cdAlinea SIM
Alínea “Impostos sobre a
Renda e Proventos de
Qualquer Natureza”
corresponde ao
detalhamento da
Rubrica “Impostos
sobre o Patrimônio e a
Renda”.
A subalínea constitui
o nível mais
analítico da receita,
utilizado quando
há necessidade
de se detalhar a
Alínea com maior
Código da
2 Caractere 99 cdSubAlinea especificidade. Por SIM
SubAlínea
exemplo, a subalínea
“Pessoas Físicas”
é detalhamento da
Alínea “Impostos
sobre a Renda
e Proventos de
Qualquer Natureza”.
Representa o
Código do
2 Caractere 99 cdDesdobramento Desdobramento da SIM
Desdobramento
Receita, caso exista.
Representa o
Código do
2 Caractere 99 cdDetalhamento Detalhamento da SIM
Detalhamento
Receita, caso exista.
Declarar o ano de
Ano de
aplicação do plano de
Aplicação do 4 Numérico 9999 nrAnoAplicacao SIM
contas da receita da
Plano
entidade.
Identifica a origem do
Código crédito.
Identificador Os valores válidos
2 Numérico 99 idTipoOrigemReceita SIM
da Origem do estão disponíveis
Crédito na tabela
(TipoOrigemReceita).
204
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
Representa o
Código Sequencial
de Controle de
cada operação. Este
Código de
código tem a função
Controle de
de identificar qual
cada operação 15 Numérico Z(14)9 nrOperacao NÃO
(nrCredito) da tabela
da receita
(LancamentoCredito)
arrecadada
que está sendo
arrecadado OU
(nrDivida) da tabela
(InscricaoDividaAtiva).
Representa o Ano do
Código Sequencial
de Controle de cada
operação e tem a
Ano do Código função de identificar
de Controle de qual (nrAnoCredito)
cada operação 4 Numérico 9999 nrAnoOperacao da tabela NÃO
de receita (LancamentoCredito)
arrecadada que está sendo
arrecadado OU
(nrAnoDivida)
da tabela
(InscricaoDividaAtiva).
Representa o tipo
de documento do
Contribuinte. Os
valores válidos estão
Tipo de
disponíveis na tabela
Documento do 6 Caractere X(6) tpDocContribuinte NÃO
(TipoDocumentoPessoa).
Contribuinte
O contribuinte deve
estar previamente
declarado no cadastro
de pessoas.
Representa o número
do Documento
Identificador do
Número do
Contribuinte. O
Documento 15 Caractere X(15) nrDocContribuinte NÃO
contribuinte deve
Contribuinte
estar previamente
declarado no cadastro
de pessoas.
Representa o tipo
de arrecadação
previamente definido
Tipo de pelo TCE.
2 Numérico 99 idTipoArrecadacao SIM
Arrecadação Os valores
válidos estão
presentes na tabela
(TipoArrecadacao).
Representa a data
Data da AAAA-
10 Data dtArrecadacao da operação de cada SIM
Operação MM-DD
receita arrecadada.
Valor da Valor de cada
(16,2) Numérico Z(13)9.99 vlArrecadacao SIM
Operação operação.
205
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
idTipoArrecadacao dsTipoArrecadacao
1 Pagamento
2 Dação de Pagamento
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 712)
idTipoOrigemReceita dsTipoOrigemReceita
1 Originária de Crédito não Inscrito em Dívida Ativa
2 Originária de Dívida Ativa
999 Outras Receitas
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 712)
206
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
idTipoDeducaoCredito dsTipoDeducaoCredito
1 Isenção
2 Remissão
3 Cancelamento
4 Anistia
5 Prescrição
6 Descontos Concedidos
207
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
• LANÇAMENTO DE CRÉDITOS
• TIPOS DE OPERAÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO
TRIBUTÁRIOS
• TIPOS DE NATUREZA DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• TIPOS DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• CONSOLIDAÇÃO DAS NATUREZAS E TIPOS DOS CRÉDITOS
TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• ESTORNO DO LANÇAMENTO DE CRÉDITOS
• ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS
• TIPOS DE ATUALIZAÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO
TRIBUTÁRIOS
• ESTORNO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS
• DEDUÇÕES DOS CRÉDITOS
• TIPOS DE DEDUÇÕES DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS E NÃO TRIBUTÁRIOS
• ESTORNO DE DEDUÇÕES DE CRÉDITOS
• INSCRIÇÃO DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ESTORNO DA INSCRIÇÃO DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ESTORNO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DE CRÉDITOS EM DÍVIDA
ATIVA
• DEDUÇÕES DOS CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ESTORNO DE DEDUÇÕES DE CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ROL ANUAL DOS CRÉDITOS PARCELADOS
• TIPOS DE OPERAÇÕES DE PARCELAMENTO DE CRÉDITOS
• ROL ANUAL DOS CRÉDITOS PARCELADOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA
• ROL ANUAL DA DÍVIDA ATIVA EM COBRANÇA JUDICIAL
• TIPOS DE OPERAÇÕES DE DÍVIDA EM COBRANÇA JUDICIAL
• INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA DE SANÇÕES APLICADAS PELO
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
• TIPOS DE ATOS DE SANÇÕES
• TIPOS DE UNIDADES DO TCE/PR
• TABELA DE CONSOLIDAÇÃO DO MOVIMENTO DOS CRÉDITOS NÃO
INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA
• TABELA DE CONSOLIDAÇÃO DO MOVIMENTO DA DÍVIDA ATIVA
4 GESTÃO DE LICITAÇÕES
Todo processo de compra realizado nas entidades públicas precisa atentar
para as legislações vigentes na época de elaboração destes processos. Uma das
leis mais importantes que define as regras para o setor público contratar serviços
ou adquirir bens é a Lei nº 8.666/93, conhecida como Lei de Licitações e Contratos.
Outras formas de contratação, como o Regime Diferenciado de Contratação (RDC),
Lei nº 12.462, de 04/08/2011 e LC nº 123/2006, que trata de forma diferenciada a
contratação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte são mais recentes,
entre outras não mencionadas aqui.
Vejamos como estes dados podem ser pesquisados por qualquer cidadão.
209
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
Para que estes dados estejam coerentes com os existentes no órgão público,
os servidores responsáveis em cadastrar, manter e enviar estas informações
ao tribunal precisam atentar para os dados solicitados pelo tribunal, conforme
leiaute demonstrado a seguir:
idModalidadeLicitacao dsModalidadeLicitacao
1 Convite
2 Tomada de Preços
3 Concorrência
4 Concurso
5 Leilão
6 Pregão
7 Processo de Dispensa
8 Processo de Inexigibilidade
210
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
idModalidadeLicitacao dsModalidadeLicitacao
1 Normal
2 Descartado
FONTE: Adaptado de: Paraná – Layout SIM-AM (2013, p. 402)
Prezados Interessados,
Nome do órgão;
Nome do Responsável que irá acessar os respectivos módulos;
E-mail para receber o usuário e a senha de acesso. Recomendamos a
utilização de e-mails profissionais, com as extensões <sp.gov.br> para o Governo
Estadual e Municipal; <sp.gov.br ou leg.br> para as Casas Legislativas; <sp.
gov.br> para as Autarquias e Fundações integrantes do orçamento; <jus.br>
para Poder Judiciário e mp.br para o Ministério Público. Demais casos poderão
utilizar e-mails profissionais com outras extensões.
Cordialmente,
Divisão AUDESP
212
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
1. LEITURA COMPLEMENTAR
RESUMO
O Brasil enfrenta uma série de desafios para alcançar o tão almejado
desenvolvimento, conjugando crescimento econômico com qualidade de vida
da população. Manter a estabilidade econômica e financeira e investir mais
em educação, inovação tecnológica e obras de infraestrutura são aspectos-
chave sempre citados, além da necessidade de vencer os desequilíbrios sociais
e regionais. O Estado Brasileiro é um importante ator do desenvolvimento,
razão pela qual a melhoria da governança pública representa uma premissa
para a superação de grande parte dos desafios elencados. Atento a essa
conjuntura e à sua missão institucional, o TCU, sem descurar da legalidade e
da conformidade, tem se estruturado e buscado parcerias no plano nacional e
internacional para identificar e difundir as melhores práticas de governança,
de forma que os interesses da população sejam sempre prioritários aos dos
gestores ou de grupos privados. Nesse novo desafio, é fundamental um
pacto nacional pela melhoria da governança que, em linhas gerais significa
ouvir a sociedade, planejar melhor, coordenar melhor e de forma coerente,
ter estruturas sólidas de controles internos e gestão de riscos, além de usar
indicadores que possam ser mensurados e divulgados com total transparência,
de modo que os resultados alcançados sejam amplamente conhecidos e
discutidos pela sociedade.
Palavras-chave: Controle Externo. Desenvolvimento. Governança.
213
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
1. INTRODUÇÃO
Economistas, analistas de mercado, investidores e líderes mundiais
têm afirmado repetidas vezes que o mundo progride de desafio em desafio. No
caso particular do Brasil, essa máxima tem-se confirmado não só sob a ótica do
mercado, mas também do ponto de vista do controle externo da Administração
Pública. No passado, focalizamos as auditorias de conformidade, com ênfase
na legalidade dos atos de gestão. Já nas décadas de 1980/1990, iniciamos o
desenvolvimento das auditorias operacionais, centradas na avaliação do
desempenho de órgãos e programas governamentais. No presente, é chegada
a hora de promovermos as auditorias de governança, sem prejuízo das ações
de controle consolidadas por meio de conquistas passadas.
Conceitualmente, o termo governança, especialmente no bojo da
expressão "governança corporativa", está intimamente relacionado ao
objetivo de superação do chamado "conflito de agência", que surge quando
há divergência de interesses entre administradores (agentes) e proprietários
(principal) em diferentes tipos de organizações. No âmbito do setor privado,
a governança corporativa se destina a proteger os acionistas (principal), em
especial os minoritários, dos eventuais desmandos da alta cúpula gerencial
(agentes). É por isso, por ilustração, que os "conselhos de administração" são
usualmente mencionados como instrumento de governança.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa,
[...] os princípios e práticas da boa Governança Corporativa aplicam-se a
qualquer tipo de organização, independente do porte, natureza jurídica ou tipo de
controle [...] adaptável a outros tipos de organizações, como, por exemplo, [...] órgãos
governamentais (D3GC, 2009).
Na esfera pública, de fato, a sociedade (principal) faz o papel dos
acionistas e os gestores públicos (agente) se equiparam ao corpo gerencial das
empresas, na medida em que recebem da sociedade o poder para gerenciar os
recursos arrecadados e devolvê-los na forma de serviços aos cidadãos.
Nessa esteira, deriva-se o entendimento de que a governança pública
está vinculada ao propósito de criar na Administração (agente) um ambiente
seguro e favorável para a formulação e implementação de políticas públicas
em benefício da sociedade (principal).
Interessante observar que, se do ponto de vista organizacional a
governança é considerada como algo fundamental, mais ainda se torna
quando se tem em mira a Administração Pública como um todo, constituída
pelo somatório de diversas organizações públicas centradas em objetivos
específicos, conquanto compartilhem como fundamento o interesse público.
Nesse caso, tem-se um grande organismo complexo e multifacetado que
requer uma enorme capacidade de coordenação para que seja bem dirigido.
Sob esse prisma, Guy Peters' defende que a boa governança compreende:
• definição de objetivos coletivos, eleitos de forma legítima por uma
sociedade;
• coerência entre as políticas públicas e existência de coordenação
entre diferentes atores para sua realização;
214
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
215
UNIDADE 3 | A INFLUÊNCIA DO CONTROLE EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EVIDENCIADO ATRAVÉS DE CASOS PRÁTICOS
67% 55% 48% 73% 91% 67% 72% 89% 73% 96% 77%
Gráfico 1
Despesas com
investimentos – 52%
liquidadas 2012 X 45%
33% 33%
despesas inscritas 27% 28% 27% 23%
em restos a pagar 9% 11% 4%
não processados
ria
rte
s
to
l
o
a
o
o
e
na
ta
ai
ic
çã
úd
ism
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po
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ca
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Sa
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ac
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D
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Tr
nç
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ra
Ad
tã
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i
gu
an
es
D
Se
rg
O
216
TÓPICO 3 | AUDITORIA EM OUTRAS ÁREAS ESPECÍFICAS
planos plurianuais e dos orçamentos anuais, nos quais são previstos e alocados
os recursos necessários ao desenvolvimento nacional.
Será com esse enfoque, por sinal, que iniciaremos, já em 2013, um estudo
internacional, a ser realizado com o apoio da O CDE, destinado à identificação de
boas práticas de governança pública adotadas por órgãos centrais dos governos
nacionais - Fazenda, Planejamento e Casa Civil — e Entidades Fiscalizadoras
Superiores, no âmbito de um grupo de países selecionados.
217
RESUMO DO TÓPICO 3
218
AUTOATIVIDADE
219
220
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 6 ed.
São Paulo. Atlas, 2007.
ALVES, Lilian Zucareli Sousa e REIS, Jorge Augusto Gonçalves dos. Auditoria
interna no setor público. IX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica
e V Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do
Paraíba. Vale do Paraíba: Univap; 2006.
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo. Atlas, 2011.
222
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília, 1964.
223
CGU. Controladoria Geral da União. Disponível em: <http://www.cgu.gov.br/
sobre/institucional/historico>. Acesso em: 31 out. 2015.
CRUZ, Flávio da. Auditoria governamental. 2 ed. São Paulo. Atlas, 2002.
FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. São Paulo: Atlas, 2000.
LINS, Luiz dos Santos. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na
auditoria externa: atualizado pelas leis 11.638/07 e 11.941/09 e normas do CPC:
contém exercícios. São Paulo. Atlas, 2011.
224
LUNKES, Rogério J.; SCHNORRENBERGER, Darci. Controladoria: na
coordenação dos sistemas de gestão. São Paulo, Atlas, 2009.
OLIVEIRA, Luís Martins de; DINIZ FILHO, André. Curso básico de auditoria.
São Paulo. Atlas, 2001.
225
PELEIAS, Ivan Ricardo. Controladoria: gestão eficaz utilizando padrões. São
Paulo: Saraiva, 2002.
PEREIRA, Fabio Luis Gomes Pereira; GOMES NETO, Bruno Jacob; SILVA
FILHO, Sérgio José Mecena. Análise das formas de controle dos processos
organizacionais. VI Congresso Nacional de Excelência em Gestão Energia,
Inovação, Tecnologia e Complexidade para a Gestão Sustentável, 5, 6 e 7 de
agosto. Niterói-RJ. 2010.
SÁ, A. Lopes de; SÁ, Ana M. Lopes. Dicionário de contabilidade. 9 ed. São
Paulo. Atlas, 1995.
226