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DIREITO

CONSTITUCIONAL
Funções Essenciais à Justiça

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
221027187209

LUCIANO DUTRA

Advogado da União desde 2009, com atuação no Supremo Tribunal Federal. Autor
de livros. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência em cursos
preparatórios para concursos públicos e Exames de Ordem presenciais e on-line.
Aprovado em diversos concursos públicos. Graduado em Direito pela Universidade
Federal de Juiz de Fora e pós-graduado em Direito Público. Graduado e pós-graduado
em Ciências Militares.

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Direito Constitucional
Funções Essenciais à Justiça
Luciano Dutra

SUMÁRIO
Funções Essenciais à Justiça. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Considerações Preliminares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Ministério Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1. Funções Institucionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Ministério Público Junto aos Tribunais de Contas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4. Conselho Nacional do Ministério Público. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
5. Advocacia Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
6. Advocacia Privada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7. Defensoria Pública. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Súmulas e Jurisprudência Aplicáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Nobre discente, importantíssimo saber que integram as funções essenciais à Justiça o
Ministério Público, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e a Advocacia Privada.
É importante destacar, também, que tais órgãos não integram a estrutura do Poder
Judiciário, mas atuam perante ele, provocando a tutela jurisdicional.

001. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) São funções essenciais à justiça as do Ministério


Público, da advocacia pública, da advocacia privada e da defensoria pública.

São as seções I, II, III e IV, do capítulo IV, “das funções essenciais à justiça”, da CF/1988.
Certo.

2. MINISTÉRIO PÚBLICO
O conceito e as funções primordiais do Ministério Público são citados pelo art. 127, caput,
que diz que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional
do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis.
Dizer que é uma instituição permanente significa que o Ministério Público não pode ser
abolido por emenda à Constituição, traduzindo-se em uma limitação material implícita ao
poder de reforma da Constituição Federal.

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As funções principais do Ministério Pública são a defesa da ordem jurídica, a defesa do


regime democrático e a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

DICA DO LD
Caso a prova diga que cabe ao Ministério Pública a defesa
dos interesses individuais disponíveis, estará errado!

Questão interessante é definir a natureza jurídica do Ministério Público. Prevalece o


entendimento de que se trata de um órgão com autonomia funcional, administrativa e
financeira situado fora da estrutura dos 3 Poderes.

002. (IPHAN/AUXILIAR INSTITUCIONAL/2018) O Ministério Público é órgão do Poder Judiciário.

Na verdade o Ministério Público, apesar de atuar perante o Poder Judiciário, não pertence
a este Poder. Aliás, não se enquadra em nenhum dos três Poderes.
Errado

Outro ponto bastante interessante é conhecer os princípios institucionais do Ministério


Público presentes no art. 127, § 1º. São eles:
• unidade: o princípio da unidade deve ser observado sob a ótica administrativa,
significando dizer que os membros do Ministério Público integram um único órgão,
possuindo uma única estrutura e sendo chefiado por um só Procurador-Geral.
Adiantando um pouco “o filme”, este princípio da unidade deve ser observado de acordo
com cada ramo do Ministério Público da União (composto pelo Ministério Público
Federal, pelo Ministério Público do Trabalho, pelo Ministério Público Militar e pelo
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e em cada um dos 26 Ministérios
Públicos Estaduais. Ou seja, cada órgão aqui citado possui a sua própria unidade;
• indivisibilidade: observado sob a ótica processual, o princípio da indivisibilidade
significa que os membros do Ministério Público não estão vinculados aos processos
em que atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros, sem que isso traga
prejuízo para a regular tramitação do processo;
• independência funcional: significa que o membro do Ministério Público, na sua
atuação finalística, não está subordinado a ninguém, vinculando-se, tão somente,
à sua consciência jurídica. Em outras palavras, não há vinculação hierárquica na
interpretação jurídica. Isso significa que cada membro tem total liberdade na sua
atuação funcional.

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003. (MPE-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2010) Os membros do MP não se


vinculam aos processos em que atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros na
forma prevista na lei.

É o princípio da indivisibilidade.
Certo.

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Será que haveria o reconhecimento pelo STF do princípio do promotor natural? O tema
não é pacífico na Suprema Corte. Muito embora não haja uma concordância plena
sobre o assunto, é possível identificar na doutrina e na jurisprudência uma tendência
ao reconhecimento do princípio do promotor natural.
Por esclarecedor, transcreve-se trecho do voto do Min. Celso de Mello, no julgamento
do HC 67.759, em que entendeu que “o postulado do Promotor Natural, que se
revela imanente ao sistema constitucional brasileiro, repele, a partir da vedação de
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exceção. Esse princípio consagra uma garantia de ordem jurídica, destinada tanto a
proteger o membro do Ministério Público, na medida em que lhe assegura o exercício
pleno e independente do seu oficio, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem
se reconhece o direito de ver atuando, em quaisquer causas, apenas o Promotor
cuja intervenção se justifique a partir de critérios abstratos e pré-determinados,
estabelecidos em lei. A matriz constitucional desse princípio assenta-se nas cláusulas
da independência funcional e da inamovibilidade dos membros da Instituição. O
postulado do Promotor Natural limita, por isso mesmo, o poder do Procurador-Geral
que, embora expressão visível da unidade institucional, não deve exercer a Chefia do
Ministério Público de modo hegemônico e incontrastável”.

Além disso, o Ministério Público possui diversas garantias institucionais. São elas:
a) autonomia funcional: sinônimo de independência funcional;
b) autonomia administrativa: gestão própria daquilo que lhe é próprio. Ou seja, cabe
ao próprio Ministério Público a administração de seus órgãos, bens e servidores;
c) autonomia orçamentário-financeira: segundo o art. 127, §§ 3º ao 6º, o Ministério
Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias. Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta
orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na
lei de diretrizes orçamentárias. Se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo
com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo procederá
aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Por fim,
durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas
ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.

004. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) O MP, apesar de dotado de autonomia financeira, não é


obrigado a elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.

O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Errado.

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d) iniciativa do processo legislativo: de acordo com o art. 128, § 5º, é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais a iniciativa de leis complementares que estabeleçam a
organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público. Isto é, cabe ao próprio
Ministério Público o encaminhamento de projetos de lei de matérias de seu interesse.
e) vedação de promotor ad hoc: conforme o art. 129, § 2º, as funções do Ministério
Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca
da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. Ou seja, não pode haver
designações casuísticas para o exercício das atribuições do Ministério Público.
f) ingresso na carreira por concurso público: segundo o art. 129, § 3º, o ingresso na
carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-
se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação. Essa exigência de cumprimento de 3 anos de
atividade jurídica é conhecida doutrinariamente como “quarenta de entrada”. A definição
do que se entende por atividade jurídica é trazida por Resolução do Conselho Nacional do
Ministério Público. O importante é saber que esse conceito engloba a atividade advocacia,
mas também inclui o exercício de cargo, emprego ou função, inclusive de magistério superior,
que exija a utilização preponderante de conhecimentos jurídicos, o exercício de função de
conciliador em tribunais judiciais, juizados especiais, varas especiais, anexos de juizados
especiais ou de varas judiciais, assim como o exercício de mediação ou de arbitragem na
composição de litígios e o exercício, por bacharel em Direito, de serviço voluntário em órgãos
públicos que exija a prática reiterada de atos que demandem a utilização preponderante
de conhecimentos jurídicos.
g) distribuição imediata de processos: em respeito ao art. 129, § 5º, a distribuição de
processos no Ministério Público será imediata.

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AUTONOMIAS
ADMINISTRATIVA
E FUNCIONAL

Vistas as garantias institucionais, vamos aprender quais os órgãos que integram o


Ministério Público.
Segundo o art. 128, o Ministério Público brasileiro abrange o Ministério Público da União,
que compreende: a) o Ministério Público Federal (MPF); b) o Ministério Público do Trabalho
(MPT); c) o Ministério Público Militar (MPM); d) o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT); e e) os Ministérios Públicos dos Estados.
Perceba que a Constituição Federal não traz o Ministério Público Eleitoral como
integrante da instituição. Na verdade, não existe um Ministério Público Eleitoral, mas sim
funções eleitorais atribuídas ao Ministério Público. Isso é muito importante!!!

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DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
O STF alterou sua jurisprudência e decidiu que cabe ao Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP) solucionar conflitos de atribuições entre os diversos ramos dos Ministérios
Públicos. Ou seja, à luz do entendimento mais recente, caso haja um conflito de atribuições
entre o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público Federal, por exemplo, caberá
ao CNMP dirimir esse conflito, uma vez que, segundo o Supremo, é o órgão mais adequado
para isso, em razão da previsão constitucional que lhe atribui o controle da legalidade das
ações administrativas dos membros e órgãos dos diversos ramos ministeriais, sem ingressar
ou ferir a independência funcional.

005. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Segundo a CF, o MP brasileiro compreende apenas o MP


Federal e o MP dos estados e do DF.

O Ministério Público brasileiro abrange o Ministério Público da União, que compreende:


a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público
Militar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; e e) os Ministérios Públicos
dos Estados.
Errado.

006. (TRT 5/ANALISTA/2009) O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério


Público da União.

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O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério Público da União e encontra-se disposto


no artigo 128, inciso I, alínea “b”, da CF/1988.
Certo.

Ok? Então vamos avançar!


Com toda certeza, você já ouviu falar no Procurador-Geral da República (PGR). Ele é
o chefe do Ministério Público da União, nomeado pelo Presidente da República dentre
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida
a recondução (art. 128, § 1º).

DICAS DO LD
1) Quando a Constituição fala “integrantes da carreira”
significa, à luz da doutrina majoritária, integrantes da
carreira do Ministério Público Federal.
2) Há uma corrente minoritária que diz que “integrantes
da carreira” significa integrantes de qualquer dos ramos
do Ministério Público da União.
3) Permitida “a recondução” significa que são permitidas
sucessivas reconduções.
4) Caso o Presidente da República resolva reconduzir o
PGR, deverá haver nova aprovação do nome pelo Senado
Federal por maioria absoluta.
5) Não há previsão constitucional de lista tríplice para a
escolha do PGR.

007. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) Somente depois de aprovado pelo Senado


Federal, o procurador-geral da República deverá ser nomeado pelo presidente da República.

Conforme regulamentado no art. 128, § 1º, da CF/1988, “o Ministério Público da União tem
por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome
pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos,
permitida a recondução”.
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A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,


deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal (art. 128, §
2º). Aqui temos o que a doutrina denomina de “paralelismo das formas”. Se para nomear, o
Presidente da República depende de autorização do Senado Federal, para destituir no curso
do mandato, o Presidente deve ter autorização do Senado Federal pelo mesmo quórum da
aprovação, qual seja, maioria absoluta.

008. (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) O chefe do Ministério Público da União é nomeado


pelo presidente da República, entre os integrantes da carreira, para mandato de dois anos.
Todavia, ele poderá ser destituído antes do término do mandato, por iniciativa do presidente
da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

Está em conformidade com o disposto no art. 128, §§ 1º e 2º, da CF/1988. Segundo o § 1º


do art. 128, “o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República,
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e
cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado
Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução”. Já o § 2º do art. 128, reza que
“a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal”.
Certo.

No que tange aos Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ), que chefiam os Ministérios


Públicos Estaduais, diz o art. 128, § 3º, que os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito
Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei

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respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

DICAS DO LD
1) Para a escolha do PGJ, tem lista tríplice.
2) Se o PGJ for do Ministério Público do Distrito Federal
e Territórios, quem escolhe é o Presidente da República.
3) Se o PGJ for do Ministério Público Estadual, quem escolhe
é o Governador.
4) No caso do PGJ, só é possível uma recondução.

O PGJ poderá ser destituído no curso do mandato por deliberação da maioria absoluta
do Poder Legislativo competente, na forma da lei complementar respectiva (art. 128, § 4º).

009. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) O procurador-geral do Distrito Federal e


Territórios deverá ser nomeado pelo chefe do Poder Executivo, e seu mandato será de dois
anos, sendo permitida somente uma recondução.

Está de acordo com o disposto no art. 128, § 3º, da CF/1988, “os Ministérios Públicos dos
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução”.
Certo.

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Tal qual os membros do Poder Judiciário, os integrantes do Ministério Público também


possuem garantias funcionais para o exercício livre de suas funções. Aliás, pode-se dizer
que os membros do Ministério Público gozam de garantias funcionais similares às dos juízes
(art. 128, § 5º, I). Vejamos:
a) vitaliciedade, após 2 anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, por voto da maioria absoluta de seus membros,
assegurada ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio. Esta irredutibilidade de subsídio também é nominal,
não assegurando a recomposição em caso de perda inflacionária.

010. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Entre as garantias concedidas aos membros do MP está


a estabilidade após três anos de efetivo exercício.

Possui vitaliciedade após 2 anos.


Errado.

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011. (MPU/TÉCNICO DO MPU/2018) Apesar de ser uma garantia assegurada aos membros do
Ministério Público, a inamovibilidade poderá ser afastada por razões de interesse público,
mediante decisão fundamentada do chefe da instituição.

Não é decisão do chefe da instituição, mas sim decisão do órgão colegiado competente do
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.
Errado.

012. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) Um membro do Ministério Público adquire


estabilidade após três anos de efetivo exercício, podendo, contudo, perder o cargo por
sentença judicial transitada em julgado ou por processo administrativo específico.

De acordo com o art. 128, § 5º, I, “a”, o membro do Ministério Público adquire vitaliciedade,
após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial
transitada em julgado.
Errado.

Os membros do Ministério Público possuem vedações previstas na Constituição Federal.


Vale dizer, aos membros do Ministério Público é vedado (art. 128, § 5º, II):
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou
custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
É vedado, ainda, o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes
de decorridos três anos do seu afastamento do cargo por razões de aposentadoria ou
exoneração (art. 128, § 6º). É o que a doutrina chama de “quarentena de saída”.

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013. (TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Aos membros do Ministério Público, assim como
aos juízes, é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Conforme o art. 128, § 6º, da CF/1988, aplica-se aos membros do Ministério Público a
vedação trazida pelo art. 95, parágrafo único, V, da CF/1988, segundo o qual é vedado aos
juízes exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Certo.

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014. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) Quando um membro do MP se aposenta, é vedado a ele


advogar no juízo ou tribunal em que atuava, antes de que hajam transcorrido três anos da
aposentadoria.

É o que prevê o art. 128, § 6º.


Certo.

2.1. FUNÇÕES INSTITUCIONAIS


O art. 129 traz, em rol exemplificativo, as funções institucionais do Ministério
Público, são elas:
I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. Por isso que se diz
que o Ministério Público é o “dominus litis” (dono da ação penal), porque possui a competência
privativa para apresentar a denúncia numa ação penal pública;

DE OLHO NA DIVERGÊNCIA
Há uma divergência doutrinária acerca da possibilidade (ou não) do Ministério Público investigar.
A doutrina majoritária afirma que o MP possui a competência implícita para a colheita direta
da prova com intuito de subsidiar a futura ação penal. Como o art. 129, I, garante ao órgão
ministerial o monopólio da ação penal pública, a Constituição Federal assegura, por via
implícita, o poder de investigar para a formação da justa causa da ação penal (a prova da
materialidade delitiva e os indícios mínimos de sua autoria).

II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública
aos direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias a
sua garantia;
III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Importante
dizer que essa competência é concorrente, uma vez que existem outros colegitimados. Nesse
sentido, o art. 128, § 1º, define que a legitimação do Ministério Público para as ações civis
não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto na Constituição
Federal e na lei.

015. (MPU/ANALISTA PROCESSUAL/2010) Entre as funções institucionais do Ministério


Público, está a de promover, em caráter exclusivo, a ação civil pública para a promoção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

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Conforme ensinei, essa competência é concorrente.


Errado.

IV – promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção


da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição Federal. Essa competência será
exercida pelo Procurador-Geral da República;

DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA
Súmula 643, do STF: o Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil
pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.
Súmula 601, do STJ: o Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa
dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviços públicos.

V – defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. Essa


competência é reforçada pelo art. 232, que determina a intervenção do Ministério Público em
todos os atos do processo em que os índios, suas comunidades e organizações sejam partes;
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VI – expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência,


requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar
respectiva;
VII – exercer o controle externo da atividade policial, na forma de lei complementar;
VIII – requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados
os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua
finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades
públicas. Este inciso demonstra que as funções institucionais do Ministério Público aqui citadas
estão em rol exemplificativo. Ademais, é vedada a representação judicial e a consultoria
jurídica das entidades públicas pelo Ministério Público, uma vez que tais atribuições cabem
às respectivas Advocacias Públicas.

016. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) O rol de funções do Ministério Público constante


da CF é taxativo, cabendo a esse órgão cingir-se ao exercício das atribuições descritas nos
dispositivos constitucionais.

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O rol é exemplificativo.
Errado.

017. (TRF 1ª/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2009) A CF enumera, em rol taxativo, as funções


institucionais do MP.

O rol é exemplificativo.
Errado.

018. (MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Apesar de a CF não prever expressamente


que cabe ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das populações indígenas, a
jurisprudência reconheceu-lhe essa importante função institucional.

Tem essa competência expressa no art. 129, V.


Errado.

3. MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE


CONTAS
Já ouviu falar em Ministério Público junto aos Tribunais de Contas? Pois existem e são
citados no art. 130. Segundo a norma constitucional, aos membros do Ministério Público
junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições constitucionais sobre o Ministério
Público comum pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Cuidado com o que eu vou registrar agora: esse Ministério Público que atua junto aos
Tribunais de Contas não integra a instituição Ministério Público comum que estamos
estudando. Na verdade, integra o respectivo Tribunal de Contas.
O Ministério Público que atua junto aos Tribunais de Contas é dotado de identidade e de
fisionomia próprias que o tornam inassimilável à instituição do Ministério Público comum
da União e dos Estados-membros.

019. (AGU/AGENTE ADMINISTRATIVO/2010) O Ministério Público abrange o Ministério Público


da União, que compreende, entre outros, os Ministérios Públicos dos estados. Todavia, há
outro órgão estatal, dotado de identidade e de fisionomia próprias que o tornam inassimilável
à instituição do Ministério Público comum da União e dos estados-membros, qual seja: o
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas.
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O erro está apenas na parte inicial, uma vez que o Ministério Público da União não abrange
os Ministérios Públicos dos Estados.
Errado.

020. (TJ-ES/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Os membros do Ministério Público junto ao


Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo compõem o Ministério Público do Estado
do Espírito Santo.

Não compõem. Conforme ensinei, os membros do Ministério Público junto ao Tribunal de


Contas do Estado do Espírito Santo integram esta Corte de Contas estadual.
Errado.

Vamos estudar agora o Conselho Nacional do Ministério Público. Venha comigo!!!

4. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO


O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) não é órgão integrante do Ministério
Público, tratando-se de um tribunal administrativo com a função de controle externo
da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros.
É formado por 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada
a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida
uma recondução (art. 130-A).
Trata-se de uma composição híbrida formada:
I – pelo Procurador-Geral da República, que o preside;
II – por quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de
cada uma de suas carreiras;
III – por três membros do Ministério Público dos Estados;
IV – por dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior
Tribunal de Justiça;
V – por dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil;
VI – por dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela
Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Os membros do CNMP oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos
Ministérios Públicos, na forma da lei.

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021. (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A composição de membros do Conselho Nacional


do Ministério Público deve incluir dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada
— um indicado pela Câmara dos Deputados, e o outro, pelo Senado Federal.

Conforme o art. 130-A, VI, da CF/1988, o Conselho Nacional do Ministério Público compõe-
se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida
uma recondução, sendo dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados
um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Certo.

A competência do CNMP é determinada pelo art. 130-A, § 2º, segundo o qual compete ao
Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do
Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe:
I – zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo
expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação,
a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério
Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para
que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da
competência dos Tribunais de Contas;
III – receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério
Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da
competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares
em curso, determinar a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas,
assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
IV – rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do
Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;
V – elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a
situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a
mensagem prevista no art. 84, XI.
O CNMP escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros
do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das
atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
I – receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros
do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;
II –Oexercer funções
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III – requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições,


e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.
O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao
CNMP, o que significa que terá direito de voz, mas não poderá votar.
Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do
Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao
Conselho Nacional do Ministério Público.

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É isso!!! Estudamos o perfil constitucional do Ministério Público. Vejamos doravante o


que a Constituição Federal traz sobre a Advocacia Pública.

5. ADVOCACIA PÚBLICA
A Advocacia Pública da União é exercida pela Advocacia-Geral da União (AGU). Dispõe
o art. 131, caput, que “a Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou
através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe,
nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as
atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo”.

DICAS DO LD
1) A representação judicial e extrajudicial é da União,
englobando todos os órgãos federais dos três Poderes
(Legislativo, Executivo e Judiciário), inclusive o Ministério
Público da União, a Defensoria Pública da União e o Tribunal
de Contas da União (que estão fora dos três Poderes);
2) A consultoria e o assessoramento jurídico é só do Poder
Executivo.

022. (TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO/2011) A AGU é o órgão que, de modo direto, ou mediante


órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cumprindo-lhe realizar
a consultoria e o assessoramento jurídico do Poder Executivo.

Está de acordo com o exposto no art. 131, “caput”, da CF/1988, que diz que “a Advocacia-Geral
da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União,
judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser
sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
jurídico do Poder Executivo”.
Certo.

023. (TRT 1ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2010) De acordo com o disposto na CF e com


entendimento do STF, a representação judicial de tribunal regional federal, por se tratar
de órgão da União destituído de personalidade jurídica, cabe à AGU.

É o que se extrai do art. 131, “caput”.


Certo.
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024. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018) Cabe ao Ministério Público Federal representar a


União em caso de ação judicial proposta por servidor da justiça militar da União que cobre
diferenças devidas em razão de erro no cálculo de sua remuneração.

A representação judicial da União compete à Advocacia-Geral da União.


Errado.

O Advogado-Geral da União é cargo de livre nomeação do Presidente da República


(não precisa ser integrante das carreiras da AGU) dentre cidadãos maiores de trinta e
cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 131, § 1º).

025. (TRT-1ª/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2010) O chefe da AGU é escolhido, entre os


membros das carreiras desse órgão, pelo presidente da República.

Não precisa ser da carreira.


Errado.

O ingresso nas classes iniciais das carreiras da AGU far-se-á mediante concurso público
de provas e títulos (art. 131, § 2º).
A execução da dívida ativa de natureza tributária cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, observado o disposto em lei (art. 131, § 3º).

026. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO III/2018) Aos membros da Advocacia-Geral da União são


concedidas as garantias constitucionais previstas para os membros do Ministério Público.

A Constituição não previu isso.


Errado.

027. (EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO III/2018) A execução da dívida ativa tributária é de


competência da Advocacia-Geral da União.

É competência da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, segundo o art. 131, § 3º.


Errado.

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Por seu turno, a Advocacia Pública, nos Estados-membros e no Distrito Federal,


é exercida pelos procuradores dos Estados e pelos procuradores do Distrito Federal,
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases,
cumprindo a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades
federadas (art. 132).
De acordo com o parágrafo único do art. 132, aos procuradores estaduais e do Distrito
Federal é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

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Eram essas as informações trazidas pela Constituição Federal sobre a Advocacia Pública.
Vejamos agora a próxima função essencial à Justiça: a advocacia privada.

6. ADVOCACIA PRIVADA
Segundo o art. 133, o advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Essa imunidade profissional do advogado possui caráter relativo, podendo, segundo
entendimento do STF, ser responsabilizado caso aja com dolo ou erro grosseiro. Ademais,
a indispensabilidade do advogado não é absoluta, haja vista que há situações em que
a parte não precisa estar representada por um advogado (exemplos: Juizados Especiais,
impetração de habeas corpus etc.).

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Ok? Para terminar, vejamos o perfil constitucional da Defensoria Pública.

7. DEFENSORIA PÚBLICA
O art. 134 estabelece que a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a
defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal.

028. (MPE-RN/PROMOTOR/2009) É função institucional do MP defender judicialmente os


direitos e os interesses das populações carentes.

É função institucional da Defensoria Pública defender judicialmente os direitos e os


interesses das populações carentes.
Errado.

Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos


Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora
das atribuições institucionais (art. 134, § 1º).
Às Defensorias Públicas estaduais, do Distrito Federal e da União são asseguradas
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no
art. 99, § 2º (art. 134, §§ 2º e 3º).

029. (TRT 21ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) À Defensoria Pública da União e às defensorias


públicas estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua
proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Segundo o art. 134, §§ 2º e 3º, da CF/1988, há a garantia dessa autonomia funcional e


administrativa e da iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias.
Certo.

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Por fim, são princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade


e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93
e no inciso II do art. 96 da Constituição Federal (art. 134, § 4º).
Por fim, conforme o art. 135, os Advogados Públicos e os Defensores Públicos serão
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória.

030. (MPU/ANALISTA DO MPU – DIREITO/2018) A Constituição Federal de 1988 estendeu aos


defensores públicos a garantia de inamovibilidade, originalmente concedida aos magistrados.

A garantia da inamovibilidade aos defensores públicos está normatizada no art. 134, § 1º,
da CF/1988.
Certo.

031. (MPE-PI/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A unidade, a indivisibilidade e a independência


funcional são princípios institucionais da defensoria pública e do Ministério Público.

As menções dos três princípios citados nas duas instituições estão presentes nos arts. 127,
§ 1º, e 134, § 4º, da CF/1988.
Certo.

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SÚMULAS E JURISPRUDÊNCIA APLICÁVEIS


1) RE 985.392: Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal têm legitimidade
para propor e atuar em recursos e meios de impugnação de decisões judiciais em
trâmite no STF e no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem prejuízo da
atuação do MPF.
[RE 985.392 RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 26-5-2017, P, DJE de 10-11-2017, Tema
946.]
2) RE 631.111: Considerada a natureza e a finalidade do seguro obrigatório Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT)(...) o STF
considerou que sua tutela se revestia de interesse social qualificado, autorizando, por
isso mesmo, a iniciativa do Ministério Público de, com base no art. 127 da Constituição,
defendê-los emeletrônico
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[RE 631.111, rel. min. Teori Zavascki, j. 7-8-2014, P, DJE de 30-10-2014, Tema 471.]

3) ADPF 482: Por força do princípio da unidade do Ministério Público (art. 127, § 1º,
da CF), os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a direção única
de um só Procurador-Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, não
havendo unidade entre o Ministério Público de um Estado e o de outro, nem entre
esses e os diversos ramos do Ministério Público da União.
[ADPF 482, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 3-3-2020, P, DJE de 12-3-2020.]

4) ADI 5.434: Os limites do princípio da independência funcional do Ministério Público,


art. 127, § 1º, CRFB, encontram-se circunscritos pelo respeito à Constituição da
República e às leis. (...) O Conselho Nacional do Ministério Público age dentro dos limites
constitucionais ao editar resolução para esclarecer que deve ser referendada, pelo
órgão de revisão competente, a decisão do membro do Parquet que conclui, após a
instauração do inquérito civil ou do respectivo procedimento preparatório, ser este ou
aquele de atribuição de outro ramo do Ministério Público. Regramento que se insere
na ambiência da estruturação administrativa da instituição e não viola o princípio da
independência funcional, eis que é compatível com ele e também com o princípio da
unidade, nos termos do art. 127, § 1º, CRFB.
[ADI 5.434, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 26-4-2018, P, DJE de 23-9-2019.]

5) Pet. 4.863: Tratando-se de divergência interna entre órgãos do Ministério Público,


instituição que a Carta da República subordina aos princípios institucionais da
unidade e da indivisibilidade (CF, art. 127, § 1º), cumpre ao próprio Ministério Público
identificar e afirmar as atribuições investigativas de cada um dos seus órgãos em face
do caso concreto, devendo prevalecer, à luz do princípio federativo, a manifestação
do procurador-geral da República.
[Pet 4.863, rel. min. Marco Aurélio, j. 19-5-2016, P, DJE de 16-5-2017.]
6) HC 103.038: Violação do princípio do promotor natural. Inocorrência. (...) No caso, a
designação prévia e motivada de um promotor para atuar na sessão de julgamento do
Tribunal do Júri da Comarca de Santa Izabel do Pará se deu em virtude de justificada
solicitação do promotor titular daquela localidade, tudo em estrita observância aos arts.
10, IX, f, parte final, e 24, ambos da Lei 8.625/1993. Ademais, o promotor designado
já havia atuado no feito quando do exercício de suas atribuições na Promotoria de
Justiça da referida Comarca.
[HC 103.038, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 11-10-2011, 2ª T, DJE de 27-10-2011.]

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7) Rcl 9.327: O Supremo Tribunal reconheceu a legitimidade ativa autônoma do


Ministério Público estadual para ajuizar reclamação no Supremo Tribunal, sem que se
exija a ratificação da inicial pelo PGR.
[Rcl 7.101, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-2-2011, P, DJE de 9-8-2011.]
= Rcl 9.327 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 23-5-2013, P, DJE de 1º-8-2013

8) HC 92.885: Nenhuma afronta ao princípio do promotor natural há no pedido de


arquivamento dos autos do inquérito policial por um promotor de justiça e na oferta
da denúncia por outro, indicado pelo procurador-geral de justiça, após o juízo local
ter considerado improcedente o pedido de arquivamento.
[HC 92.885, rel. min. Cármen Lúcia, j. 29-4-2008, 1ª T, DJE de 20-6-2008.]

9) ADI 1.757: A iniciativa legislativa prevista no art. 127, § 2º, da Constituição para a
criação de cargos e serviços auxiliares, a política remuneratória e os planos de carreira
do Ministério Público é privativa do procurador-geral de justiça, no âmbito estadual,
e do PGR, na esfera federal.
[ADI 1.757, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 20-9-2018, P, DJE de 8-10-2018.]

10) ACO 1.936: O Ministério Público, embora não detenha personalidade jurídica própria,
é órgão vocacionado à preservação dos valores constitucionais, dotado de autonomia
financeira, administrativa e institucional que lhe conferem a capacidade ativa para a
tutela da sociedade e de seus próprios interesses em juízo, sendo descabida a atuação
da União em defesa dessa instituição.
[ACO 1.936 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 28-4-2015, 1ª T, DJE de 27-5-2015.]
11) ADI 5.171: O Ministério Público é o titular da iniciativa de projeto de lei que organiza,
institui atribuições e estabelece a estrutura da carreira, dispondo também sobre a
forma de eleição, de composição da lista tríplice e de escolha do Procurador-Geral
de Justiça, na forma do artigo 128, §§ 3º e 5º, da Constituição Federal, observados
os limites traçados pelo texto constitucional e pela legislação orgânica nacional (Lei
8.625/1993). A Emenda Constitucional 48/2014 à Constituição do Estado do Amapá
revela-se formalmente inconstitucional: (i) por tratar de matéria relativa à alteração
do estatuto jurídico da carreira do Ministério Público Estadual, porquanto o Poder
Legislativo não ostenta essa competência, violando diretamente o artigo 128, §§ 3º
e 5º, do texto constitucional; e (ii) ao consagrar a iniciativa eivada de incompetência,
a Constituição Estadual viola a Constituição Federal, que reclama lei complementar
de iniciativa do Procurador-Geral para disciplinar o tema. A lei orgânica do Ministério
Público é a via legislativa apta a definir os membros da carreira elegíveis para o cargo de
Procurador-Geral de Justiça. Consectariamente, a emenda constitucional de iniciativa
parlamentar, aoeletrônico
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de lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral de Justiça, viola as disposições do


artigo 128, § 3º e 5º, da Constituição Federal, que exige lei complementar estadual
de iniciativa daquela autoridade.
[ADI 5.171, rel. min. Luiz Fux, j. 30-8-2019, P, DJE de 10-12-2019.]

12) ADI 5.700: O modo de investidura do Procurador-Geral de Justiça constitui


garantia de independência e autogoverno, visando à proteção da Sociedade e à defesa
intransigente do regime democrático e exige, para sua regulamentação, a edição de
lei complementar estadual de iniciativa da própria Instituição (CF, art. 128, § 5º). A
Constituição Federal consagrou os requisitos básicos para a escolha do Procurador-Geral
de Justiça, bem como a existência de mandato por tempo certo, impossibilitando sua
demissão ad nutum, garantindo-lhe a imparcialidade necessária para o pleno exercício
da autonomia administrativa da Instituição, sem possibilidade de ingerências externas.
[ADI 5.700, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 23-8-2019, P, DJE de 9-9-2019.]

13) ADI 3.802: Detém o PGR, de acordo com o art. 128, § 5º, da CF, a prerrogativa, ao
lado daquela já atribuída ao chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, d, CF), de iniciativa
dos projetos legislativos que versem sobre a organização e as atribuições do Ministério
Público Eleitoral, do qual é chefe, atuando como seu procurador-geral. Tratando-se
de atribuição do MPF (arts. 72 e 78), nada mais natural que as regras de designação
dos membros do Ministério Público para desempenhar as funções junto à Justiça
Eleitoral sejam disciplinadas na legislação que dispõe, exatamente, sobre a organização,
as atribuições e o estatuto do MPU, no caso a LC 75, de 20 de maio de 1993. O fato
de o promotor eleitoral (membro do Ministério Público estadual) ser designado pelo
procurador regional eleitoral (membro do MPF) não viola a autonomia administrativa
do Ministério Público estadual. Apesar de haver a participação do Ministério Público
dos Estados na composição do Ministério Público Eleitoral – cumulando o membro da
instituição as duas funções –, ambas não se confundem, haja vista possuírem conjuntos
diversos de atribuições, cada qual na esfera delimitada pela CF e pelos demais atos
normativos de regência. A subordinação hierárquico-administrativa – não funcional
– do promotor eleitoral é estabelecida em relação ao procurador regional eleitoral, e
não em relação ao procurador-geral de justiça. Ante tal fato, nada mais lógico que o
ato formal de “designação” do promotor eleitoral seja feito pelo superior na função
eleitoral, e não pelo superior nas funções comuns. A designação do promotor eleitoral é
ato de natureza complexa, resultando da conjugação de vontades tanto do procurador-
geral de justiça – que indicará o membro do Ministério Público estadual – quanto do
procurador regional eleitoral – a quem competirá o ato formal de designação. O art.
79, caput e parágrafo único, da LC 75/1993 não tem o condão de ofender a autonomia
do Ministério
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Parquet local, mas sobre ramo diverso da instituição – o Ministério Público Eleitoral,
não interferindo, portanto, nas atribuições ou na organização do Ministério Público
estadual.
[ADI 3.802, rel. min. Dias Toffoli, j. 10-3-2016, P, DJE de 14-11-2016.]

14) MS 34.472: Não compete ao CNMP ou ao Colégio de Procuradores de Justiça “revisar


ato do procurador-geral, no âmbito de seu dever-poder de gestão e administração de
sua unidade ministerial, que não desborde os limites da legalidade, proporcionalidade
e moralidade”. Inexistência de garantia constitucional ao duplo grau de jurisdição na
seara administrativa. (...) Não há obrigatoriedade de previsão de recurso administrativo
para revisão de decisão de autoridade, máxime quando se trata de decisão prolatada no
exercício de competência discricionária e exclusiva do agente público. Não há previsão
de recurso administrativo para a hipótese na LC 72/2008, que institui a Lei Orgânica
e o Estatuto do Ministério Público do Estado do Ceará.
[MS 34.472 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 6-10-2017, 2ª T, DJE de 26-10-2017.]

15) ADI 2.622: Não pode norma de constituição estadual proibir nomeação de membro
do Ministério Público para cargo de confiança que integre a administração da própria
instituição.
[ADI 2.622, rel. min. Cezar Peluso, j. 10-11-2011, P, DJE de 16-2-2012.]

16) Súmula 643, do STF: O Ministério Público tem legitimidade para promover ação
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidade escolares.

17) RE 643.978: (...) o Ministério Público tem legitimidade para a propositura de ação
civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao FGTS.
[RE 643.978, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 9-10-2019, P, DJE de 25-10-2019, Tema
850.]

18) RE 409.356: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública
(ACP) que vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao
patrimônio público.
[RE 409.356, rel. min. Luiz Fux, j. 25-10-2018, P, Informativo 921, Tema 561.]

19) RE 605.533: O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar ação civil pública
com objetivo de compelir entes federados a entregarem medicamentos a portadores
de certa doença.
[RE 605.533, rel. min. Marco Aurélio, j. 15-8-2018, P, DJE de 12-2-2020.]
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20) ARE 823.347: A questão constitucional discutida nos autos é a possibilidade de


execução das decisões de condenação patrimonial proferidas pelos tribunais de contas
por iniciativa do Ministério Público, atuante ou não junto às cortes de contas, seja
federal, seja estadual. (...) a jurisprudência pacificada do STF firmou-se no sentido
de que a referida ação de execução pode ser proposta tão somente pelo ente público
beneficiário da condenação imposta pelos tribunais de contas. (...) Por conseguinte,
é ausente a legitimidade ativa do Parquet.
[ARE 823.347 RG, voto do rel. min. Gilmar Mendes, j. 2-10-2014, P, DJE de 28-10-2014,
Tema 768.]
21) ARE 694.294: Ilegitimidade ativa ad causam do Ministério Público para, em ação civil
pública, deduzir pretensão relativa à matéria tributária. Reafirmação da jurisprudência
da Corte.
[ARE 694.294 RG, rel. min. Luiz Fux, j. 25-4-2013, P, DJE de 17-5-2013, Tema 645.]

22) RE 629.840: (...) o Ministério Público possui legitimidade ativa para ajuizar ação
civil pública que tenha por objeto a condenação de agente público ao ressarcimento
de prejuízos causados ao erário.
[RE 629.840 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 4-8-2015, 1ª T, DJE de 28-8-2015.]

23) MS 26.969: As instâncias judicial e administrativa não se confundem, razão pela


qual a fiscalização do TCU não inibe a propositura da ação civil pública (...).
[MS 26.969, rel. min. Luiz Fux, j. 18-11-2014, 1ª T, DJE de 12-12-2014.]

24) AI 698.478: Esta Corte (...) reconheceu a legitimidade do Ministério Público para
ajuizar ação civil pública em defesa de menores.
[AI 698.478, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 18-5-2012, dec. monocrática, DJE de
28-5-2012.]

25) HC 97.969: A CF de 1988, ao regrar as competências do Ministério Público, o fez


sob a técnica do reforço normativo. Isso porque o controle externo da atividade
policial engloba a atuação supridora e complementar do órgão ministerial no campo
da investigação criminal. Controle naquilo que a polícia tem de mais específico: a
investigação, que deve ser de qualidade. Nem insuficiente, nem inexistente, seja por
comodidade, seja por cumplicidade. Cuida-se de controle técnico ou operacional, e
não administrativo-disciplinar.
[HC 97.969, rel. min. Ayres Britto, j. 1º-2-2011, 2ª T, DJE de 23-5-2011.]

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26) Súmula 524, do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas
provas.

27) RE 593.727: O Ministério Público dispõe de competência para promover, por


autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que
respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer
pessoa sob investigação do Estado, observadas, sempre, por seus agentes, as hipóteses
de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais
de que se acham investidos, em nosso país, os advogados (Lei 8.906/1994, art. 7º,
notadamente os incisos I, II, III, XI, XIII, XIV e XIX), sem prejuízo da possibilidade – sempre
presente no Estado Democrático de Direito – do permanente controle jurisdicional
dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos
membros dessa instituição.
[RE 593.727, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 14-5-2015, P, DJE de 8-9-2015, Tema
184.]

28) MS 26.415: (...) o pagamento do auxílio-moradia por prazo certo constitui legítima
atuação discricionária do PGR, a fim de indenizar a despesa realizada com moradia pelos
membros do Parquet que optaram por residir e trabalhar nas localidades alcançadas
pela vantagem. É uma forma de indenizar e de incentivar o provimento inicial e imediato
de vagas nos locais considerados de difícil acesso. Entretanto, não há justificativa para
a dilação indeterminada no recebimento do benefício.
[MS 26.415, rel. p/ o ac. min. Gilmar Mendes, j. 17-3-2020, 2ª T, Informativo 970.]

29) AO 1.773: Magistratura e Ministério Público. Simetria constitucional entre carreiras.


Ajuda de custo para fins de moradia. Art. 65, II, da LOMAN (LC nº 35/79). Art. 227, VII, da
Lei Complementar nº 75/1993 e art. 50, II, da Lei nº 8.625/1993. Extensão aos membros
do MP. Necessidade de garantia de um padrão simétrico entre as carreiras de Estado.
Modificações no contexto fático-jurídico. Novo cenário orçamentário. Promulgação
de leis que garantem a recomposição parcial da inflação de 16,38% nos subsídios dos
membros do STF e do Procurador-geral da República. Lei n.º 13.752/2018 e Lei n.º
13.753/2018. Nova medida adotada em circunstância de gravíssima crise financeira.
Impacto orçamentário. Consequencialismo. Lei nº 13.655/2018. Efeito prático das
decisões desta Suprema Corte. Economicidade. Isonomia. Impossibilidade prática do
cenário atual que legitime o pagamento de auxílio-moradia simultaneamente à parcial
recomposição inflacionária do subsídio. Alcance do decisum: magistratura, Ministério
Público, Defensoria Pública, Tribunais de Contas, Procuradorias e qualquer carreira
jurídica
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da simetria com a magistratura; II) nas liminares deferidas nesta ação e nas que lhe
são correlatas, ou III) com amparo em atos normativos locais (leis, resoluções ou de
qualquer outra espécie). Revogação da tutela antecipada com efeitos prospectivos
(ex nunc).
[AO 1.773, rel. min. Luiz Fux, j. 26-11-2018, dec. monocrática, DJE de 28-11-2018.]
30) MS 27.601: Concurso. Atividade jurídica. Especificidade. Art. 129, § 3º, da CF.
Alcance. A expressão “três anos de atividade jurídica”, contida no art. 129 da CF, não
encerra vinculação a atividade privativa de bacharel em direito.
[MS 27.601, rel. min. Marco Aurélio, j. 22-9-2015, 1ª T, DJE de 17-11-2015.]

31) MS 27.339: Está assente na jurisprudência deste STF que o Ministério Público junto
ao Tribunal de Contas possui fisionomia institucional própria, que não se confunde
com a do Ministério Público comum, sejam os dos Estados, seja o da União, o que
impede a atuação, ainda que transitória, de procuradores de justiça nos Tribunais de
Contas (...). Escorreita a decisão do CNMP que determinou o imediato retorno de dois
procuradores de justiça, que oficiavam perante o Tribunal de Contas do Estado do Rio
Grande do Sul, às suas funções próprias no Ministério Público estadual, não sendo
oponíveis os princípios da segurança jurídica e da eficiência, a legislação estadual ou
as ditas prerrogativas do procurador-geral de justiça ao modelo institucional definido
na própria Constituição.
[MS 27.339, rel. min. Menezes Direito, j. 2-2-2009, P, DJE de 6-3-2009.]
= ADI 3.307, rel. min. Cármen Lúcia, j. 2-2-2009, P, DJE de 29-5-2009

32) ADI 4.263: O Plenário, por maioria, julgou improcedente o pedido formulado em ação
direta ajuizada em face da Resolução 36/2009 do CNMP, que dispõe sobre o pedido e a
utilização de interceptações telefônicas, no âmbito do Ministério Público, nos termos
da Lei 9.296/1996. (...) No mérito, ao reconhecer sua constitucionalidade, o Colegiado
asseverou que a norma foi editada pelo CNMP no exercício das atribuições previstas
diretamente no art. 130-A, § 2º, I e II, da CF. Nesse contexto, apenas regulamentou
questões administrativas e disciplinares relacionadas ao procedimento de interceptação
telefônica, sem adentrar em matéria de direito penal, processual ou relativa a nulidades.
(...) A Corte ressaltou, ainda, que o CNMP possui competência para regular os parâmetros
a serem utilizados na análise de processos disciplinares submetidos ao órgão. Em
realidade, trata-se de medida conveniente e desejável que confere previsibilidade à
atuação do Conselho, bem como oferece segurança jurídica e tratamento isonômico
àqueles sujeitos a seu controle. Por outro lado, padronizou procedimentos formais
sobre a matéria, de modo a concretizar o princípio da eficiência (...), cuja observância
deve ser tutelada pelo Conselho (...). A existência de um grau mínimo de uniformização
atende
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investigações, especialmente ao se considerar a possibilidade de atuação de mais de


um membro do Parquet no mesmo processo e em momentos distintos.
[ADI 4.263, rel. min. Roberto Barroso, j. 25-4-2018, P, Informativo 899.]

33) MS 27.744: O CNMP não ostenta competência para efetuar controle de


constitucionalidade de lei, posto consabido tratar-se de órgão de natureza administrativa,
cuja atribuição adstringe-se ao controle da legitimidade dos atos administrativos
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público federal e estadual (...).
[MS 27.744, rel. min. Luiz Fux, j. 6-5-2014, 1ª T, DJE de 8-6-2015.]

34) MS 34.712: O constituinte, ao erigir o CNMP como órgão de controle externo do


Ministério Público, atribuiu-lhe, expressamente, competência revisional ampla, de sorte
que não há vinculação à aplicação da penalidade ou à gradação da sanção imputada
pelo órgão correcional local (CRFB/1988, art. 130-A, § 2º, IV).
[MS 34.712 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 6-10-2017, 1ª T, DJE de 25-10-2017.]

35) Súmula 644, do STF: Ao titular do cargo de procurador de autarquia não se exige
a apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo.

36) AO 1.757: Representação processual. Pessoa jurídica de direito público. União.


Instrumento de mandato. Dispensa. Uma vez subscrito o ato por detentor do cargo
de advogado da União, dispensável é a apresentação de instrumento de mandato, da
procuração.
[AO 1.757, rel. min. Marco Aurélio, j. 3-12-2013, 1ª T, DJE de 19-12-2013.]

37) ADI 3.536: O Plenário, por maioria, julgou procedente pedido formulado em ação
direta ajuizada contra dispositivos da Lei Complementar 226/2002 do Estado de
Santa Catarina, a qual confere à Procuradoria-Geral do Estado competência para
controlar os serviços jurídicos de entidades da administração estadual indireta, inclusive
a representação judicial, com a possibilidade de avocação de processos e litígios
judiciais, de empresas públicas e sociedades de economia mista. O Colegiado declarou
a inconstitucionalidade da expressão ‘sociedades de economia mista e empresas
públicas estaduais’, constante dos arts. 1º, 2º, 3º, 4º, VI, 12, caput e parágrafo único,
16, caput e II, e 17, da lei impugnada. Entendeu que os referidos dispositivos violam
o art. 132 da Constituição Federal (CF), que confere às procuradorias dos estados
atribuições para as atividades de consultoria jurídica e representação judicial das
respectivas unidades federadas, mas apenas relativamente à administração pública
direta, autárquica e fundacional. Asseverou que a lei cria uma ingerência indevida do
Governador
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pessoas jurídicas de direito privado, o que impede a defesa dessas entidades. No ponto,
observou que o chefe do poder executivo estadual é quem escolhe o Procurador-Geral
do Estado. Num eventual litígio, por exemplo, entre uma sociedade de economia mista
e a administração pública direta, o Governador poderia determinar a avocação do
processo e defender o seu próprio interesse. Haveria, portanto, partes conflituosas,
no mesmo litígio, com o mesmo advogado.
[ADI 3.536, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 2-10-2019, P, Informativo 954.]

38) ADI 1.246: A Procuradoria-Geral do Estado é o órgão constitucional e permanente


ao qual se confiou o exercício da advocacia (representação judicial e consultoria jurídica)
do Estado-membro (CF/88, art. 132). A parcialidade é inerente às suas funções, sendo,
por isso, inadequado cogitar-se independência funcional, nos moldes da Magistratura,
do Ministério Público ou da Defensoria Pública (CF/88, art. 95, II; art. 128, § 5º, I,
b; e art. 134, § 1º). A garantia da inamovibilidade é instrumental à independência
funcional, sendo, dessa forma, insuscetível de extensão a uma carreira cujas funções
podem envolver relativa parcialidade e afinidade de ideias, dentro da instituição e em
relação à Chefia do Poder Executivo, sem prejuízo da invalidação de atos de remoção
arbitrários ou caprichosos.
[ADI 1.246, rel. min. Roberto Barroso, j. 11-4-2019, P, DJE de 23-5-2019.]

39) ADI 5.2015: (...) as universidades estaduais também podem criar e organizar
procuradorias jurídicas, em razão de sua autonomia didático-científica, administrativa,
financeira e patrimonial (art. 207, caput, CF/88). Tais órgãos jurídicos exercem um
papel fundamental na defesa dos interesses das universidades, inclusive em face dos
próprios Estados-membros que as constituíram. Portanto, em razão da autonomia
universitária e seguindo a lógica da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal na
matéria, a existência dessas procuradorias não viola o art. 132 da Constituição.
[ADI 5.215, rel. min. Roberto Barroso, j. 28-3-2019, P, DJE de 1º-8-2019.]
40) ADI 4.449: Ante o princípio da unicidade orgânica das Procuradorias estaduais – artigo
132 da Constituição Federal –, surge inconstitucional restrição, considerada manifestação
do poder constituinte derivado local, do âmbito de atuação dos Procuradores do Estado
à defesa e assessoramento jurídico dos órgãos da Administração direta mediante
a ‘constitucionalização’ de carreiras de Procurador Autárquico e de Advogado de
Fundação à margem da estrutura da Procuradoria-Geral do Estado, ressalvada regra
excepcional contida no artigo 69 do Ato da Disposições Constitucionais Transitórias.
[ADI 4.449, rel. min. Marco Aurélio, j. 28-3-2019, P, DJE de 1º-8-2019.]

41) Súmula Vinculante 14: É direito do defensor, no interesse do representado,


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investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito
ao exercício do direito de defesa.

42) Rcl 19.286: Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 8.906, de 4 de julho de


1994. Estatuto da Advocacia e a OAB. Dispositivos impugnados pela AMB [Associação
dos Magistrados Brasileiros]. (...) O advogado é indispensável à administração da
Justiça. Sua presença, contudo, pode ser dispensada em certos atos jurisdicionais. A
imunidade profissional é indispensável para que o advogado possa exercer condigna e
amplamente seu múnus público. A inviolabilidade do escritório ou do local de trabalho
é consectário da inviolabilidade assegurada ao advogado no exercício profissional.
A presença de representante da OAB em caso de prisão em flagrante de advogado
constitui garantia da inviolabilidade da atuação profissional. A cominação de nulidade
da prisão, caso não se faça a comunicação, configura sanção para tornar efetiva a
norma. A prisão do advogado em sala de estado-maior é garantia suficiente para que
fique provisoriamente detido em condições compatíveis com o seu múnus público. A
administração de estabelecimentos prisionais e congêneres constitui uma prerrogativa
indelegável do Estado. A sustentação oral pelo advogado, após o voto do relator, afronta
o devido processo legal, além de poder causar tumulto processual, uma vez que o
contraditório se estabelece entre as partes. A imunidade profissional do advogado não
compreende o desacato, pois conflita com a autoridade do magistrado na condução
da atividade jurisdicional. O múnus constitucional exercido pelo advogado justifica a
garantia de somente ser preso em flagrante e na hipótese de crime inafiançável. O
controle das salas especiais para advogados é prerrogativa da administração forense.
A incompatibilidade com o exercício da advocacia não alcança os juízes eleitorais e seus
suplentes, em face da composição da Justiça Eleitoral estabelecida na Constituição. A
requisição de cópias de peças e documentos a qualquer tribunal, magistrado, cartório
ou órgão da administração pública direta, indireta ou fundacional pelos presidentes do
Conselho da OAB e das subseções deve ser motivada, compatível com as finalidades
da lei e precedida, ainda, do recolhimento dos respectivos custos, não sendo possível
a requisição de documentos cobertos pelo sigilo.
[ADI 1.127, rel. p/ o ac. min. Ricardo Lewandowski, j. 17-5-2006, P, DJE de 11-6-2010.]
Vide Rcl 19.286 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 24-3-2015, 2ª T, DJE de 2-6-2015
Vide Rcl 4.535, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 7-5-2007, P, DJ de 15-6-2007

43) RE 603.583: Alcança-se a qualificação de bacharel em direito mediante conclusão do


curso respectivo e colação de grau. (...) O Exame de Ordem (...) mostra-se consentâneo
com a CF, que remete às qualificações previstas em lei.
[RE 603.583, rel. min. Marco Aurélio, j. 26-10-2011, P, DJE de 25-5-2012, Tema 241.]
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44) Inq. 4.074: (...) a inviolabilidade profissional do advogado não é absoluta (...), de
modo que o próprio Estatuto da OAB (Lei 8.906/1994) permite que a autoridade
judiciária competente, em decisão motivada, decrete a quebra da prerrogativa (art.
7º, § 6º, da Lei 8.906/1994). A vedação constante da parte final do referido dispositivo
não se estende “a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente
investigados como seus participes ou co-autores pela prática do mesmo crime que
deu causa a quebra da inviolabilidade” (art. 7º, § 7º, da Lei 8.906/1994).
[Inq 4.074, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 14-8-2018, 2ª T, DJE de 17-10-2018.]

45) ADO 2: A relação entre a atuação da Defensoria Pública e a defesa do Estado


Democrático de Direito, ademais, deflui da interpretação sistemático-teleológica das
cláusulas da inafastabilidade da jurisdição e do devido processo legal em sua acepção
substancial, eis que, por meio da Defensoria Pública, reafirma-se a centralidade da
pessoa humana na ordem jurídico-constitucional contemporânea, deixando-se claro
que todo ser humano é digno de obter o amparo do ordenamento jurídico brasileiro.
[ADO 2, rel. min. Luiz Fux, j. 15-4-2020, P, DJE de 30-4-2020.]
46) ADI 3.943: Legitimidade ativa da Defensoria Pública para ajuizar ação civil pública
(art. 5º, II, da Lei 7.347/1985, alterado pelo art. 2º da Lei 11.448/2007). Tutela de
interesses transindividuais (coletivos stricto sensu e difusos) e individuais homogêneos.
Defensoria pública: instituição essencial à função jurisdicional. Acesso à justiça.
Necessitado: definição segundo princípios hermenêuticos garantidores da força
normativa da constituição e da máxima efetividade das normas constitucionais:
art. 5º, XXXV, LXXIV, LXXVIII, da Constituição da República. Inexistência de norma de
exclusividade do Ministério Público para ajuizamento de ação civil pública. Ausência
de prejuízo institucional do Ministério Público pelo reconhecimento da legitimidade
da Defensoria Pública.
[ADI 3.943, rel. min. Cármen Lúcia, j. 7-5-2015, P, DJE de 6-8-2015.]
= RE 733.433, rel. min. Dias Toffoli, j. 4-11-2015, P, DJE de 7-4-2016, Tema 607

47) SL 866: A Defensoria Pública tem a garantia de estar em juízo para defesa de suas
prerrogativas e funções institucionais, não se mostrando necessário, nessa hipótese,
que sua representação judicial fique a cargo da Advocacia-Geral da União.
[SL 866 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 13-9-2019, P, DJE de 2-10-2019.]

48) ACO 3.061: Ação cível originária. Ilegitimidade ativa da DPU. (...) Ação cível originária
ajuizada pela Defensoria Pública em face da União e dos Estados-membros, objetivando
a extensão, a todos os servidores civis e militares mortos no exercício da função, de
indenização por morte/acidente em serviço prevista na Lei nº 11.473/2007. O pedido
de extensão
O conteúdo daeletrônico
deste livro indenização
é licenciadoassegurada
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quaisquer em ações
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Nacional de Segurança Pública, com fundamento no princípio da isonomia, caracteriza


alegação de inconstitucionalidade por omissão parcial da norma. A Defensoria Pública,
no entanto, nos termos do art. 103 da CF/1988, não tem legitimidade para instaurar
processo de fiscalização normativa abstrata, ainda que sob o rótulo de ação cível
originária.
[ACO 3.061 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 11-9-2018, 1ª T, DJE de 10-12-2018.]

49) ADPF 307: Nos termos do art. 134, § 2º, da CF, não é dado ao chefe do Poder Executivo
estadual, de forma unilateral, reduzir a proposta orçamentária da defensoria pública
quando essa é compatível com a LDO. Caberia ao governador do Estado incorporar
ao PLOA a proposta nos exatos termos definidos pela defensoria, podendo, contudo,
pleitear à assembleia legislativa a redução pretendida, visto ser o Poder Legislativo a
seara adequada para o debate de possíveis alterações no PLOA. A inserção da defensoria
pública em capítulo destinado à proposta orçamentária do Poder Executivo, juntamente
com as secretarias de Estado, constitui desrespeito à autonomia administrativa da
instituição, além de ingerência indevida no estabelecimento de sua programação
administrativa e financeira.
[ADPF 307 MC-REF, rel. min. Dias Toffoli, j. 19-12-2013, P, DJE de 27-3-2014.]

50) ADI 4.163: É inconstitucional toda norma que, impondo a Defensoria Pública
estadual, para prestação de serviço jurídico integral e gratuito aos necessitados, a
obrigatoriedade de assinatura de convênio exclusivo com a OAB, ou com qualquer outra
entidade, viola, por conseguinte, a autonomia funcional, administrativa e financeira
daquele órgão público.
[ADI 4.163, rel. min. Cezar Peluso, j. 29-2-2012, P, DJE de 1º-3-2013.]

É isso!!! Chegamos ao fim de mais uma aula. Espero que tenha gostado!!!
Havendo dúvidas, estou disponível no nosso fórum de dúvidas. Conto com a sua
avaliação acerca de nossa aula. Isso é muito importante para nós.
Fique com Deus, fortíssimo abraço e bons estudos!!!

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RESUMO
Ministério Público: é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis.
Princípios institucionais do Ministério Público: unidade, indivisibilidade e independência
funcional.
Unidade: deve ser observado sob a ótica administrativa, significando dizer que os
membros do Ministério Público integram um único órgão, possuindo uma única estrutura
e sendo chefiado por um só Procurador-Geral.
Indivisibilidade: observado sob a ótica processual, significa que os membros do Ministério
Público não estão vinculados aos processos em que atuam, podendo ser substituídos uns
pelos outros, sem que isso traga prejuízo para a regular tramitação do processo.
Independência funcional: significa que o membro do Ministério Público, na sua
atuação finalística, não está subordinado a ninguém, vinculando-se, tão somente, à sua
consciência jurídica.
Autonomia funcional e administrativa: ao Ministério Público é assegurada autonomia
funcional e administrativa, podendo, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de
seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas
e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização
e funcionamento.
Autonomia orçamentário-financeira: o Ministério Público elaborará sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Se o
Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias.
Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com
os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo procederá aos
ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. Durante a
execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção
de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou
especiais.
Iniciativa do processo legislativo: leis complementares da União e dos Estados, cuja
iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização,
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público.

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Vedação de promotor “ad hoc”: as funções do Ministério Público só podem ser exercidas
por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo
autorização do chefe da instituição.
Ingresso na carreira por concurso público: o ingresso na carreira do Ministério Público
far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,
três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.
Distribuição imediata de processos: a distribuição de processos no Ministério Público
será imediata.
Órgãos: o Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: a) o
Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d)
o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; e e) os Ministérios Públicos dos Estados.
Procurador-Geral da República: é o chefe do Ministério Público da União, nomeado
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal,
para mandato de dois anos, permitida a recondução. A destituição do Procurador-Geral da
República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização
da maioria absoluta do Senado Federal.
Procurados-Gerais de Justiça dos Estados e do DF: os Ministérios Públicos dos Estados
e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira,
na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo
Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os
Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos
por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar
respectiva.
Garantias funcionais: a) vitaliciedade, após 2 anos de exercício, não podendo perder
o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por
motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério
Público, por voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; c)
irredutibilidade de subsídio.
Vedações: aos membros do Ministério Público é vedado: a) receber, a qualquer título
e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a
advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em
disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade
político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
É vedado, ainda, o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes

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de decorridos três anos do seu afastamento do cargo por razões de aposentadoria ou


exoneração.
Funções institucionais: I – promover, privativamente, a ação penal pública, na forma
da lei; II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância
pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias
a sua garantia; III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV – promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da
União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V – defender judicialmente os
direitos e interesses das populações indígenas; VI – expedir notificações nos procedimentos
administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-
los, na forma da lei complementar respectiva; VII – exercer o controle externo da atividade
policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII – requisitar
diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos
jurídicos de suas manifestações processuais; IX – exercer outras funções que lhe forem
conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
Ministério Público junto aos Tribunais de Contas: esse Ministério Público que atua junto
aos Tribunais de Contas não integra a instituição Ministério Público que estamos estudando.
Na verdade, integra o respectivo Tribunal de Contas. O Ministério Público que atua junto
aos Tribunais de Contas é dotado de identidade e de fisionomia próprias que o tornam
inassimilável à instituição do Ministério Público comum da União e dos Estados-membros.
Diz a CF/88 que aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-
se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Composição do CNMP: o CNMP compõe-se de quatorze membros nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: I – o Procurador-
Geral da República, que o preside; II – quatro membros do Ministério Público da União,
assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; III – três membros do Ministério
Público dos Estados; IV – dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro
pelo Superior Tribunal de Justiça; V – dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil; VI – dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação
ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. Os membros
do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios
Públicos, na forma da lei.
Competências do CNMP: art. 130-A, § 2º, da CF/88.
Advocacia-Geral da União: a AGU é a instituição que, diretamente ou através de órgão
vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da
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lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de


consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. A Advocacia-Geral da União tem
por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre
cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada. O
ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que trata este artigo far-se-á
mediante concurso público de provas e títulos. Na execução da dívida ativa de natureza
tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
observado o disposto em lei.
Procuradorias dos Estados e do DF: os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,
organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos,
com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão
a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. Aos
procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo
exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório
circunstanciado das corregedorias.
Advocacia privada: o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Defensoria Pública: a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos
e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos,
de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta
Constituição Federal. Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito
Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em
cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia
fora das atribuições institucionais. Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas
autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto
no art. 99, § 2º. Aplica-se o disposto acima às Defensorias Públicas da União e do Distrito
Federal. São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e
a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e
no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/ESPECIALIDADE: ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS/2019)


A Constituição da República de 1988 dispõe que incumbe à Defensoria Pública, como
expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica,
a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, dos direitos individuais e
coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados. Para tanto, o texto constitucional
estabelece que são princípios institucionais da Defensoria Pública:
a) indivisibilidade, vitaliciedade e unidade;
b) inamovibilidade, unidade e vitaliciedade;
c) unidade, indivisibilidade e independência funcional;
d) indivisibilidade, irredutibilidade de vencimentos e estabilidade após 2 (dois) anos de
efetivo exercício;
e) irredutibilidade de vencimentos, vitaliciedade e independência funcional.

002. (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) De acordo com o texto constitucional, assinale


a alternativa correta acerca das Funções Essenciais à Justiça.
a) O Ministério Público da União compreende apenas o Ministério Público Federal e o
Ministério Público do Trabalho.
b) A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
c) São princípios institucionais da Defensoria Pública a pluralidade, a divisibilidade e a
independência funcional.
d) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
e) É vedado, aos membros do Ministério Público, exercer a advocacia e qualquer outra função
pública, inclusive de magistério.

003. (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) Ao tomar conhecimento de que a


Defensoria Pública iria adquirir computadores para o aparelhamento dos órgãos da instituição,
o Governador do estado determinou a suspensão do processo licitatório por entender que
a aquisição seria inoportuna.
À luz da sistemática constitucional, a decisão do Governador deve ser considerada:
a) lícita, desde que haja previsão nesse sentido na lei complementar;
b) ilícita, por violar a autonomia funcional da Defensoria Pública;
c) ilícita, por violar a autonomia administrativa da Defensoria Pública;
d) lícita, pois a Defensoria Pública está subordinada ao Governador do estado;
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e) ilícita, salvo se o próprio Governador tivesse autorizado a realização do processo licitatório


em momento anterior.

004. (POLÍCIA CIVIL-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2019) Segundo a Constituição da República


Federativa do Brasil, são Funções Essenciais à Justiça, EXCETO
a) o Ministério Público.
b) a Advocacia Pública.
c) a Advocacia.
d) a Defensoria Pública.
e) o Tribunal de Contas da União.

005. (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) Clara, pessoa economicamente


hipossuficiente, perguntou a um parente, com formação jurídica, se poderia procurar a
Defensoria Pública para obter orientações sobre como deveria proceder para vender a casa
em que morava. O referido parente informou corretamente que a Defensoria Pública:
a) não atenderia Clara, pois não existe uma ação judicial em curso;
b) somente atenderia Clara se fosse paga a taxa de consulta jurídica;
c) não atenderia Clara, pois a atuação no plano extrajudicial restringe-se à defesa dos
direitos humanos;
d) atenderia Clara, pois sua atuação, de modo gratuito, estende-se ao plano judicial e ao
extrajudicial;
e) teria liberdade para decidir se atenderia, ou não, Clara, por se tratar de atuação extrajudicial.

006. (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) Adélia praticou uma infração


penal e, após amplas investigações, a instituição com atribuição constitucional ajuizou uma
ação penal em face dela. Essa instituição é:
a) o Ministério Público;
b) a Defensoria Pública;
c) a Procuradoria-Geral do Estado;
d) a Polícia Judiciária;
e) o Poder Judiciário.

007. (TJMG/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2012) Conforme previsto na Constituição


da República Federativa do Brasil de 1988, são princípios institucionais do Ministério
Público, exceto:
a) superioridade
b) unidade
c) indivisibilidade
d) independência funcional
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008. (TJMG/ASSISTENTE DE CONTROLE FINANCEIRO/2012) É INCORRETO afirmar que se


inclui entre as funções essenciais à Justiça previstas na Constituição da República:
a) Servidor Público
b) Ministério Público
c) Advocacia Pública
d) Defensoria Pública

009. (ADVOGADO/2004) Sobre as funções essenciais à Justiça, é correto afirmar que:


a) a iniciativa de criação e extinção de cargos e serviços auxiliares do Ministério Público
Federal insere-se na competência privativa do Presidente da República.
b) as normas gerais sobre a organização da Defensoria Pública dos Estados são veiculadas
por lei complementar federal.
c) o Ministério Público é legitimado ativo para a ação civil pública, faltando-lhe todavia
competência para promover o respectivo inquérito civil.
d) o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União são nomeados pelo
Presidente da República, podendo ser destituídos pelo Senado Federal.

010. (PGJ/ANALISTA DE SISTEMAS/2002) O Ministério Público compreende:


a) o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados.
b) apenas o Ministério Público da União.
c) apenas os Ministérios Públicos dos Estados.
d) apenas os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal.

011. (TRT 19ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2014) Tarcísio Teatino, Procurador


do Trabalho há mais de nove anos, é Professor Titular de Direito Processual do Trabalho em uma
Universidade Federal. No exercício de sua função como Procurador, ajuizou ação civil pública
com o objetivo de responsabilizar empresários que mantinham seus empregados em precárias
condições de trabalho, o que gerou reação, por parte dos réus, os quais, por retaliação, estão
tentando, pela via administrativa, afastá-lo de suas funções, com o argumento de que ele está
acumulando indevidamente função pública, ou, então, pelo menos, obter sua remoção para
outra cidade. Com base no regime constitucional que rege a matéria, Tarcísio
a) pode acumular a função pública de Procurador do Trabalho com a de magistério, e, além
disso, não poderá ser lotado em outra cidade, por gozar da garantia da inamovibilidade.
b) só poderá perder o cargo por sentença transitada em julgado, mas, como é indevida a
acumulação de funções, poderá ser lotado em outra cidade, por decisão administrativa.
c) poderá, por decisão administrativa, perder o cargo, em razão do acúmulo indevido de
funções públicas, por não ser detentor de vitaliciedade.

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d) poderá perder o cargo, por ser inamovível, em decorrência do acúmulo indevido de


funções públicas, mediante autorização do órgão colegiado competente, com o voto da
maioria absoluta de seus membros.
e) poderá optar entre o cargo de Procurador do Trabalho e o de Professor de Universidade
Federal, a fim de não ser demitido ou de ser lotado em outra cidade.

012. (METRÔ-SP/ADVOGADO JÚNIOR/2014) Considere a seguinte situação hipotética: Josival,


Procurador-Geral de Justiça de determinado Estado, cometeu grave conduta, o que acarretou
sua destituição do cargo. Nos termos da Constituição Federal, a mencionada destituição
a) deve ser precedida de autorização da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma
da lei complementar respectiva.
b) prescinde de autorização.
c) deve ser precedida de autorização da maioria absoluta do Congresso Nacional.
d) deve ser precedida de autorização do Governador do estado, na forma da lei ordinária
respectiva.
e) deve ser precedida de autorização do Presidente do Tribunal de Justiça, na forma da lei
ordinária respectiva.

013. (EBSERH/HUAP/UFF/ADVOGADO/2016) Analise os itens a seguir e considere as normas da


Constituição Federal sobre o Ministério Público para assinalar a alternativa correta.
a) O Ministério Público abrange os Ministérios Públicos dos Estados que compreendem:
Ministério Público Militar e Ministério Público Civil
b) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: Ministério
Público Federal, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados que compreendem: Ministério Público
do Trabalho e Ministério Público Civil
c) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: Ministério
Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério
Público do Distrito Federal e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados que
compreendem: Ministério Público dos Territórios e Ministério Público Civil
d) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: Ministério
Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados
e) O Ministério Público abrange o Ministério Público Federal, que compreende: Ministério
Público da União, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Distrito Federal
e Territórios e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados que compreendem:
Ministério Público Militar e Ministério Público Civil

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014. (EXAME DA OAB/2007.1/ADAPTADO) Acerca das funções essenciais à justiça, assinale


a opção correta.
a) Integra o Ministério Público da União o Ministério Público do Tribunal de Contas da União
(TCU).
b) Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa
e financeira do Ministério Público, sem prejuízo do controle exercido pelo Tribunal de Contas.
c) Os advogados da União representam a União, judicial e extrajudicialmente, inclusive no
que se refere à execução da dívida ativa.
d) Às defensorias públicas não é assegurada autonomia funcional e administrativa.

015. (EXAME DA OAB/2008.3/ADAPTADO) Acerca das funções essenciais à justiça, assinale


a opção correta.
a) A Advocacia-Geral da União é a instituição que representa judicial e extrajudicialmente
a União, as autarquias e as fundações públicas federais, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que disponha sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
b) Às defensorias públicas da União e dos estados não são asseguradas a autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
c) O procurador-geral da República poderá ser destituído do cargo pelo presidente da
República, independentemente de prévia aprovação do Senado.
d) Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público receber e conhecer das reclamações
contra membros ou órgãos do MPU ou dos estados.

016. (EXAME DA OAB/2010.2) Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da Constituição
do Brasil, o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo até mesmo inviolável
por seus atos e manifestações no exercício da profissão, é correto afirmar que:
a) a imunidade profissional não pode sofrer restrições de qualquer natureza.
b) nenhuma demanda judicial, qualquer que seja o órgão do Poder Judiciário pelo qual
tramite, independentemente de sua natureza, objeto e partes envolvidas, pode receber a
prestação jurisdicional se não houver atuação de advogado.
c) a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho é assegurada nos termos da lei, não sendo
vedadas, contudo, a busca e a apreensão judicialmente decretadas, por decisão motivada,
desde que realizada na presença de representante da OAB, salvo se esta, devidamente
notificada ou solicitada, não proceder à indicação.
d) a prisão do advogado, por motivo de exercício da profissão, somente poderá ocorrer em
flagrante, mesmo em caso de crime afiançável.

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017. (MDIC/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) A CF garante autonomia funcional e administrativa


à defensoria pública estadual e ao Ministério Público.

018. (CNJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2013) Um dos princípios institucionais


do Ministério Público é a indivisibilidade, sendo vedada a substituição de seus membros
nos processos que oficiam.

019. (SERPRO/ANALISTA/ADVOCACIA/2013) Por meio de emenda constitucional, os membros


do Ministério Público passaram a ter o direito de exercer atividade político-partidária, razão
por que, atualmente, há diversos parlamentares que são membros licenciados daquela
instituição.

020. (SERPRO/ANALISTA /ADVOCACIA/2013) Segundo a CF, o Ministério Público junto ao


Tribunal de Contas da União integra o MPU com os mesmos direitos e prerrogativas do
Ministério Público Federal.

021. (MP/ANALISTA DE NEGÓCIO/2013) Compete à Advocacia-Geral da União a representação


judicial e extrajudicial da União, bem como a realização de atividades de consultoria e
assessoramento jurídico dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

022. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) É função institucional


do MP, prevista expressamente na CF, a defesa judicial dos direitos e interesses das populações
indígenas.

023. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) O procurador-geral


da República poderá ser exonerado pelo presidente da República nos casos de conveniência
e oportunidade.

024. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) São princípios


institucionais do MP a unidade, a divisibilidade e a dependência funcional.

025. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) É vedado aos


membros do MP o exercício da advocacia, inclusive em causa própria.

026. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) A Advocacia-Geral


da União é a instituição que representa, judicial e extrajudicialmente, a União, cabendo-lhe
as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

027. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Apesar de


ser uma garantia assegurada aos membros do Ministério Público, a inamovibilidade poderá
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ser afastada por razões de interesse público, mediante decisão fundamentada do chefe
da instituição.

028. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) O Ministério


Público que atua no Tribunal de Contas da União integra o MPU, e seu chefe é o procurador-
geral da República.

029. (MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ/ASSISTENTE MINISTERIAL DE


CONTROLE EXTERNO/2019) Considerando-se as disposições da CF, é correto afirmar que
o procurador-geral da República, chefe do Ministério Público da União, é nomeado pelo
presidente da República dentre
a) integrantes da carreira, para mandato de dois anos, podendo ser destituído por iniciativa do
presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
b) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta
ilibada, após sabatina e aprovação pelo STF, para mandato de três anos, sem possibilidade
de posterior destituição.
c) integrantes de lista tríplice da carreira, para mandato de dois anos, após prévia autorização
da maioria absoluta do Senado Federal, sem possibilidade de posterior destituição, salvo
em caso de processo disciplinar ou decisão judicial.
d) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta
ilibada, integrantes ou não das carreiras do Ministério Público, para mandato de dois anos,
podendo ser destituído por iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia
autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
e) integrantes da carreira, para mandato de três anos, podendo ser destituído por iniciativa
do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do STF.

030. (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO – PE/ASSISTENTE DE PROCURADORIA/2019)


O exercício da advocacia e de atividade político-partidária é vedado aos membros do
Ministério Público.

031. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2019) Compete à


Advocacia-Geral da União exercer as atividades de consultoria jurídica e representação
judicial dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.

032. (POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO – MA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2018) A instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, à qual incumbe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis é o(a)
a) advocacia pública.
b) Conselho Nacional de Justiça.
c) polícia judiciária.
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d) Defensoria Pública.
e) Ministério Público.

033. (POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO – MA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2018) Observada a


ordem de nomeação, o ingresso na carreira do Ministério Público se dará mediante concurso
público de provas e títulos, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,
a) cinco anos de atividade jurídica.
b) um ano de atividade jurídica.
c) dois anos de atividade jurídica.
d) três anos de atividade jurídica.
e) quatro anos de atividade jurídica.

034. (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/PROCURADOR DO ESTADO/2018) No que se refere às


regras constitucionais aplicáveis à carreira de procurador do estado, assinale a opção correta.
a) O cargo de procurador do estado não está inserido no rol constitucional de cargos e
funções essenciais à justiça.
b) A atividade profissional do procurador do estado se resume à prestação de consultoria
jurídica para a unidade federada na qual esteja em exercício.
c) A estabilidade é assegurada ao procurador do estado após dois anos de exercício contínuo
e ininterrupto de suas funções, preenchidos os demais requisitos legais.
d) A remuneração do procurador consiste exclusivamente em subsídio fixado em parcela única.
e) A participação da OAB é obrigatória somente no decorrer da primeira fase do concurso
para procurador do estado.

035. (TRIBUNAL DE CONTAS MUNICIPAL – BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA/2018)


No que se refere às funções essenciais à justiça, é correto afirmar que
a) a defesa dos denominados interesses sociais e individuais indisponíveis cabe à advocacia
pública.
b) o Ministério Público dos estados é integrante do Ministério Público da União.
c) a Advocacia-Geral da União é a instituição responsável pela representação judicial da
União, não possuindo competência para representá-la extrajudicialmente.
d) os procuradores dos estados são servidores públicos concursados incumbidos da função
de representação judicial e consultoria jurídica às respectivas unidades federadas.
e) a Defensoria Pública, por estar vinculada à procuradoria estadual, encontra-se sujeita
às mesmas regras funcionais e administrativas estabelecidas pelo procurador-geral.

036. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018) A


execução da dívida ativa tributária é de competência da Advocacia-Geral da União.

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037. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)


Aos membros da Advocacia-Geral da União são concedidas as garantias constitucionais
previstas para os membros do Ministério Público.

038. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) O


Ministério Público é órgão do Poder Judiciário.

039. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) A fim de garantir


assistência jurídica integral aos necessitados, o Estado federado poderá optar por criar
a defensoria pública local ou firmar convênio exclusivo e obrigatório com a Ordem dos
Advogados do Brasil.

040. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) O chefe do Ministério


Público da União é nomeado pelo presidente da República, entre os integrantes da carreira,
para mandato de dois anos. Todavia, ele poderá ser destituído antes do término do mandato,
por iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria
absoluta do Senado Federal.

041. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Apesar de a CF não prever


expressamente que cabe ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das populações
indígenas, a jurisprudência reconheceu-lhe essa importante função institucional.

042. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A composição de membros


do Conselho Nacional do Ministério Público deve incluir dois cidadãos de notável saber
jurídico e reputação ilibada — um indicado pela Câmara dos Deputados, e o outro, pelo
Senado Federal.

043. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) O Ministério Público


detém autonomia funcional e administrativa e pode propor ao Poder Legislativo tanto a
criação e a extinção de cargos quanto a escolha do procurador-geral da República, a sua
política remuneratória e os seus planos de carreira.

044. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A unidade, a indivisibilidade


e a independência funcional são princípios institucionais da defensoria pública e do
Ministério Público.

045. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) A Constituição


Federal de 1988 estendeu aos defensores públicos a garantia de inamovibilidade, originalmente
concedida aos magistrados.

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046. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Aos advogados


públicos serão concedidos vencimentos fixos, acrescidos ou não de gratificação.

047. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Instituição


permanente e essencial à justiça, o Ministério Público tem como incumbência a defesa do
regime democrático.

048. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) O princípio


da independência funcional refere-se à autonomia de convicção: os membros do Ministério
Público não se submetem a nenhum poder hierárquico no exercício de suas funções
institucionais.

049. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Ao propor ao


Poder Legislativo a criação ou extinção de cargos e serviços auxiliares, o Ministério Público
exerce a sua autonomia financeira.

050. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) A autonomia


financeira do Ministério Público garante que o órgão elabore a sua proposta orçamentária,
dentro dos limites da lei de diretrizes orçamentárias, e a encaminhe ao Poder Legislativo
para fins de consolidação.

051. (PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/2019) A representação judicial


e a consultoria jurídica dos estados são exercidas pelos procuradores estaduais, que são
membros da advocacia pública.

052. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018)


A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios institucionais das
seguintes carreiras que exercem funções essenciais à justiça:
a) Ministério Público e auditoria dos tribunais de contas.
b) Ministério Público e advocacia pública.
c) Defensoria Pública e advocacia pública.
d) Ministério Público e Defensoria Pública.
e) advocacia pública e auditoria dos tribunais de contas.

053. (2023/PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC – ADVOGADO) Assinale a alternativa


correta de acordo com a Constituição Federal.
a) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
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b) O ingresso nas classes iniciais das carreiras da Advocacia Geral da União far-se-á mediante
concurso público ou processo seletivo simplificado, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases.
c) A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão
vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da
lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
d) Os Procuradores do Estado e do Distrito Federal exercerão com exclusividade a representação
judicial, podendo a atividade de consultoria e assessoria jurídica ser delegada a profissional
com registro na Ordem dos Advogados do Brasil.
e) Aos Procuradores do Estado e do Distrito Federal é assegurada estabilidade após dois
anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios,
após relatório circunstanciado das corregedorias.

054. (2022/PREFEITURA DE ITAPIRANGA - SC - CONTROLADOR INTERNO) A Constituição


Federal de 1988 define expressamente que o advogado é indispensável à administração
da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos
limites da lei. Nesse sentido, é CORRETO afirmar ser um dos princípios institucionais da
Defensoria Pública.
a) Competência.
b) Tipicidade.
c) Indivisibilidade.
d) Autoexecutoriedade.

055. (2022/PGM RECIFE - PE - PROCURADOR JUDICIAL MUNICIPAL) Leis complementares


da União e dos estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos procuradores-gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observada,
relativamente a seus membros, a garantia da
a) vitaliciedade, somente após três anos de exercício
b) inamovibilidade, ainda que haja interesse público.
c) irredutibilidade de subsídio.
d) da vitaliciedade, somente após cinco anos de exercício.
e) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do presidente
do Supremo Tribunal Federal.

056. (2022/PGE-ES - RESIDÊNCIA JURÍDICA) Segundo a Constituição da República Federativa


do Brasil, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.
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b) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado- -Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 (trinta e cinco) anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada.
c) A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão terceirizado,
representa a União, judicial, cabendo-lhe, nos termos da lei ordinária que dispuser sobre
sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico
do Poder Executivo.
d) Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o
ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.

057. (2022/TRT - 14ª REGIÃO (RO E AC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) De
acordo com a Constituição Federal, o Ministério Público
a) da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da
República, dentre os candidatos que podem ou não ser integrantes da carreira, desde que
tenham mais de quarenta e cinco anos de idade.
b) tem como princípios institucionais a unidade e a indivisibilidade, não possuindo, entretanto,
a independência funcional como seu princípio institucional.
c) abrange, além dos Ministérios Públicos dos Estados, o Ministério Público da União, que
compreende, apenas, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho.
d) é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
e) abrange os Ministérios Públicos dos Estados, sendo que estes formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira para escolha de seu Procurador-Geral para mandato de dois
anos, não sendo permitida recondução.

058. (2022/TRT - 17ª REGIÃO (ES) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com a Constituição Federal, o Ministério Público
a) da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, cuja destituição, por iniciativa
da maioria absoluta do Senado Federal, deverá ser precedida de autorização do Presidente
da República.
b) da União não compreende o Ministério Público do Trabalho, tendo em vista que a Justiça
do Trabalho possui órgãos e jurisdição próprios.
c) da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, cuja destituição, por iniciativa
do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal.
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d) é instituição permanente, sendo que os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista
tríplice dentre integrantes da carreira para escolha de seu Procurador-Geral, que será
nomeado pelo Senado Federal para mandato de dois anos, proibida a recondução.
e) abrange o Ministério Público da União e dos Estados, sendo aos seus membros garantida
a vitaliciedade, após três anos de efetivo exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial, independentemente do seu trânsito em julgado.

059. (2022/TRT - 5ª REGIÃO (BA) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) O Ministério


Público, como instituição permanente e essencial à Justiça, tem suas funções institucionais
definidas na Constituição Federal, podendo-se destacar, entre outras, a função de
a) promover, privativamente, a ação civil pública para proteção de interesses difusos e
coletivos.
b) promover o inquérito civil para a proteção das vítimas de crimes.
c) propor ao Poder Judiciário a criação e extinção de seus cargos.
d) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias à sua
garantia.
e) exercer a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

060. (2022/PGE-SC - CONTADOR - EDITAL Nº 2) As funções essenciais à Justiça são mecanismos


que objetivam atender ao direito fundamental de acesso à Justiça, promovendo a todos
que tenham assegurados os seus direitos. Considerando o que dispõem a Constituição
Federal e a Constituição do Estado de Santa Catarina, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos
e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
b) A Advocacia Pública é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a Administração, judicial e extrajudicialmente.
c) É assegurada a todos os servidores que exercem as funções essenciais à Justiça a garantia
de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio.
d) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis.
e) A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente,
a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus,
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita,
aos necessitados.

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061. (2022/CRC-MG - AUXILIAR ADMINISTRATIVO) O advogado é indispensável à administração


da justiça, sendo inviolável por seus atos e suas manifestações no exercício da profissão,
nos limites da lei.

062. (2022/ PREFEITURA DE DOURADOS - MS - PROCURADOR MUNICIPAL) No que se refere às


disposições constitucionais aplicáveis ao Ministério Público, assinale a alternativa incorreta.
a) A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal
b) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos
Estados
c) Apresenta-se como função institucional do Ministério Público promover, privativamente,
a ação civil pública, na forma da lei
d) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução

063. (2022/CREF - 5ª REGIÃO - AGENTE ADMINISTRATIVO) A Defensoria Pública é instituição


de caráter temporário e essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como
expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica,
a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos aos necessitados, de forma integral e mediante o pagamento
de taxas módicas.

064. (2022/CREF - 5ª REGIÃO - AGENTE ADMINISTRATIVO) A Advocacia-Geral da União


tem como chefe o advogado-geral da União, de livre nomeação pelo presidente da
República e escolhido entre os membros da respectiva carreira, de notável saber jurídico
e reputação ilibada.

065. (2022/CREF - 5ª REGIÃO - AGENTE ADMINISTRATIVO) O Ministério Público é instituição


permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

066. (2022/SEDF - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – DIREITO) A Defensoria Pública é


uma instituição permanente que tem como incumbência a orientação jurídica, a promoção
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita.

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067. (2022/SEE-PE - ANALISTA EM GESTÃO EDUCACIONAL – GERAL) Na CF, são previstas,


como funções essenciais à justiça, não apenas o Ministério Público, mas também a Advocacia
Pública e a Defensoria Pública.

068. (2022/TRT - 23ª REGIÃO (MT) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Caetano
é membro do Ministério Público Federal. Em conformidade com a Constituição Federal de
1988, é garantido a Caetano
a) exercer qualquer outra função pública, inclusive uma de magistério.
b) vitaliciedade, somente após três anos de exercício, não podendo perder o cargo senão
por sentença judicial transitada em julgado.
c) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão fundamentada
do Procurador-Geral da República.
d) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado.
e) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, por votação unânime de seus membros,
assegurada ampla defesa.

069. (2022/MPE-GO - OFICIAL DE PROMOTORIA) Ao membro do Ministério Público a


Constituição Federal de 1988 impõe as seguintes vedações e/ou obrigações, exceto:
a) Deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
b) É vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos
três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
c) É proibido receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
d) Não podem votar ou serem votados, ou, de qualquer modo, exercer atividade
político-partidária.

070. (2022/MPC-SC - PROCURADOR DE CONTAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO) Não compete ao


CNMP conhecer das reclamações feitas contra os serviços auxiliares dos MP dos estados.

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GABARITO

1. c 37. E
2. b 38. E
3. c 39. E
4. e 40. C
5. d 41. E
6. a 42. C
7. a 43. E
8. a 44. C
9. b 45. C
10. a 46. E
11. a 47. C
12. a 48. C
13. d 49. E
14. b 50. E
15. d 51. C
16. c 52. d
17. C 53. c
18. E 54. c
19. E 55. c
20. E 56. c
21. E 57. d
22. C 58. c
23. E 59. d
24. E 60. c
25. C 61. C
26. C 62. c
27. E 63. E
28. E 64. E
29. a 65. C
30. C 66. C
31. E 67. C
32. e 68. d
33. d 69. d
34. d 70. E
35. d
36. EO conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para cleiton jesus - , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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GABARITO COMENTADO

001. (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/ESPECIALIDADE: ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS/2019)


A Constituição da República de 1988 dispõe que incumbe à Defensoria Pública, como
expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica,
a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, dos direitos individuais e
coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados. Para tanto, o texto constitucional
estabelece que são princípios institucionais da Defensoria Pública:
a) indivisibilidade, vitaliciedade e unidade;
b) inamovibilidade, unidade e vitaliciedade;
c) unidade, indivisibilidade e independência funcional;
d) indivisibilidade, irredutibilidade de vencimentos e estabilidade após 2 (dois) anos de
efetivo exercício;
e) irredutibilidade de vencimentos, vitaliciedade e independência funcional.

De acordo com o art. 134, § 4º, “são princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade,
a indivisibilidade e a independência funcional”.
Letra c.

002. (POLÍCIA CIVIL-ES/INVESTIGADOR/2019) De acordo com o texto constitucional, assinale


a alternativa correta acerca das Funções Essenciais à Justiça.
a) O Ministério Público da União compreende apenas o Ministério Público Federal e o
Ministério Público do Trabalho.
b) A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
c) São princípios institucionais da Defensoria Pública a pluralidade, a divisibilidade e a
independência funcional.
d) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
e) É vedado, aos membros do Ministério Público, exercer a advocacia e qualquer outra função
pública, inclusive de magistério.

Segundo o art. 128, § 2º, “a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa


do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal”.
Letra b.
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Funções Essenciais à Justiça
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003. (DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) Ao tomar conhecimento de que a


Defensoria Pública iria adquirir computadores para o aparelhamento dos órgãos da instituição,
o Governador do estado determinou a suspensão do processo licitatório por entender que
a aquisição seria inoportuna.
À luz da sistemática constitucional, a decisão do Governador deve ser considerada:
a) lícita, desde que haja previsão nesse sentido na lei complementar;
b) ilícita, por violar a autonomia funcional da Defensoria Pública;
c) ilícita, por violar a autonomia administrativa da Defensoria Pública;
d) lícita, pois a Defensoria Pública está subordinada ao Governador do estado;
e) ilícita, salvo se o próprio Governador tivesse autorizado a realização do processo licitatório
em momento anterior.

À luz do art. 134, § 2º, “às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias”.
A autonomia administrativa significa gestão própria daquilo que lhe é próprio, isto é,
a gestão administrativa da Defensoria Pública só será realizada pela Defensoria Pública. Dessa
maneira, o Governador do estado não tem a competência para determinar a suspensão do
processo licitatório em questão, em obediência à autonomia administrativa da instituição.
Letra c.

004. (POLÍCIA CIVIL-ES/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2019) Segundo a Constituição da República


Federativa do Brasil, são Funções Essenciais à Justiça, EXCETO
a) o Ministério Público.
b) a Advocacia Pública.
c) a Advocacia.
d) a Defensoria Pública.
e) o Tribunal de Contas da União.

De acordo como Capítulo IV do Título IV, são funções essenciais à justiça o Ministério Público;
a Advocacia Pública; a Advocacia; e a Defensoria Pública. Não está nesse rol, portanto,
o Tribunal de Contas da União.
Letra e.

005. (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) Clara, pessoa economicamente


hipossuficiente, perguntou a um parente, com formação jurídica, se poderia procurar a
Defensoria Pública para obter orientações sobre como deveria proceder para vender a casa
em que morava.
O conteúdo O referido
deste livro eletrônicoparente
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para cleiton jesus que ameios
- , vedada, por quaisquer Defensoria
e a qualquerPública:
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Funções Essenciais à Justiça
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a) não atenderia Clara, pois não existe uma ação judicial em curso;
b) somente atenderia Clara se fosse paga a taxa de consulta jurídica;
c) não atenderia Clara, pois a atuação no plano extrajudicial restringe-se à defesa dos
direitos humanos;
d) atenderia Clara, pois sua atuação, de modo gratuito, estende-se ao plano judicial e ao
extrajudicial;
e) teria liberdade para decidir se atenderia, ou não, Clara, por se tratar de atuação extrajudicial.

É o que determina a cabeça do art. 134, segundo o qual

a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,


incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente,
a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados.

Letra d.

006. (DPE-RJ/TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA PÚBLICA/2019) Adélia praticou uma infração


penal e, após amplas investigações, a instituição com atribuição constitucional ajuizou uma
ação penal em face dela. Essa instituição é:
a) o Ministério Público;
b) a Defensoria Pública;
c) a Procuradoria-Geral do Estado;
d) a Polícia Judiciária;
e) o Poder Judiciário.

De acordo com o art. 129, I, “são funções institucionais do Ministério Público: I – promover,


privativamente, a ação penal pública, na forma da lei”.
Letra a.

007. (TJMG/ADMINISTRADOR DE BANCO DE DADOS/2012) Conforme previsto na Constituição


da República Federativa do Brasil de 1988, são princípios institucionais do Ministério
Público, exceto:
a) superioridade
b) unidade
c) indivisibilidade
d) independência funcional

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Conforme o art. 127, § 1º, da CF/1988, são princípios institucionais do Ministério Público
apenas a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, não havendo menção de
superioridade.
Letra a.

008. (TJMG/ASSISTENTE DE CONTROLE FINANCEIRO/2012) É INCORRETO afirmar que se


inclui entre as funções essenciais à Justiça previstas na Constituição da República:
a) Servidor Público
b) Ministério Público
c) Advocacia Pública
d) Defensoria Pública

O servidor público não está caracterizado como função essencial à Justiça, conforme
capítulo IV, “Das Funções Essenciais à Justiça”, da CF/1988.
Letra a.

009. (ADVOGADO/2004) Sobre as funções essenciais à Justiça, é correto afirmar que:


a) a iniciativa de criação e extinção de cargos e serviços auxiliares do Ministério Público
Federal insere-se na competência privativa do Presidente da República.
b) as normas gerais sobre a organização da Defensoria Pública dos Estados são veiculadas
por lei complementar federal.
c) o Ministério Público é legitimado ativo para a ação civil pública, faltando-lhe todavia
competência para promover o respectivo inquérito civil.
d) o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União são nomeados pelo
Presidente da República, podendo ser destituídos pelo Senado Federal.

Diz o art. 134, § 1º, da CF/1988, que “lei complementar organizará a Defensoria Pública
da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua
organização nos Estados”.
Letra b.

010. (PGJ/ANALISTA DE SISTEMAS/2002) O Ministério Público compreende:


a) o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados.
b) apenas o Ministério Público da União.
c) apenas os Ministérios Públicos dos Estados.
d) apenas os Ministérios
O conteúdo Públicos
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Conforme exposto nos incisos I e II do art. 128 da CF/1988, o Ministério Público apenas
compreende o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados.
Letra a.

011. (TRT 19ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/2014) Tarcísio Teatino, Procurador


do Trabalho há mais de nove anos, é Professor Titular de Direito Processual do Trabalho em
uma Universidade Federal. No exercício de sua função como Procurador, ajuizou ação civil
pública com o objetivo de responsabilizar empresários que mantinham seus empregados
em precárias condições de trabalho, o que gerou reação, por parte dos réus, os quais,
por retaliação, estão tentando, pela via administrativa, afastá-lo de suas funções, com
o argumento de que ele está acumulando indevidamente função pública, ou, então, pelo
menos, obter sua remoção para outra cidade. Com base no regime constitucional que rege
a matéria, Tarcísio
a) pode acumular a função pública de Procurador do Trabalho com a de magistério, e, além
disso, não poderá ser lotado em outra cidade, por gozar da garantia da inamovibilidade.
b) só poderá perder o cargo por sentença transitada em julgado, mas, como é indevida a
acumulação de funções, poderá ser lotado em outra cidade, por decisão administrativa.
c) poderá, por decisão administrativa, perder o cargo, em razão do acúmulo indevido de
funções públicas, por não ser detentor de vitaliciedade.
d) poderá perder o cargo, por ser inamovível, em decorrência do acúmulo indevido de
funções públicas, mediante autorização do órgão colegiado competente, com o voto da
maioria absoluta de seus membros.
e) poderá optar entre o cargo de Procurador do Trabalho e o de Professor de Universidade
Federal, a fim de não ser demitido ou de ser lotado em outra cidade.

No caso vertente, Tarcísio é Procurador do Trabalho, ou seja, membro do Ministério Público


do Trabalho. Segundo o art. 128, § 5º, inciso II, os membros do Ministério Público submetem-
se às seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou cus-
tas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
Oentidades
conteúdo destepúblicas oué privadas,
livro eletrônico licenciado pararessalvadas as exceções
cleiton jesus - , vedada, previstas
por quaisquer em lei.
meios e a qualquer título,
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Ademais, o mesmo art. 128, § 5º, no seu inciso I, informa as garantias atinentes aos membros
do Ministério Público, quais sejam:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sen-
tença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus
membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
45, de 2004);
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o dispos-
to nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I. Nesse escopo, tendo como norte o
caso hipotético narrado na questão, o citado Procurador do Trabalho pode acumular
a função pública de Procurador do Trabalho com a de magistério, e, além disso, não
poderá ser lotado em outra cidade, por gozar da garantia da inamovibilidade.
Letra a.

012. (METRÔ-SP/ADVOGADO JÚNIOR/2014) Considere a seguinte situação hipotética: Josival,


Procurador-Geral de Justiça de determinado Estado, cometeu grave conduta, o que acarretou
sua destituição do cargo. Nos termos da Constituição Federal, a mencionada destituição
a) deve ser precedida de autorização da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma
da lei complementar respectiva.
b) prescinde de autorização.
c) deve ser precedida de autorização da maioria absoluta do Congresso Nacional.
d) deve ser precedida de autorização do Governador do estado, na forma da lei ordinária
respectiva.
e) deve ser precedida de autorização do Presidente do Tribunal de Justiça, na forma da lei
ordinária respectiva.

Cuida-se do comando trazido pelo art. 128, § 4º, segundo o qual “os Procuradores-Gerais
nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva”.
Letra a.

013. (EBSERH/HUAP/UFF/ADVOGADO/2016) Analise os itens a seguir e considere as normas


da Constituição Federal sobre o Ministério Público para assinalar a alternativa correta.
a) O Ministério Público abrange os Ministérios Públicos dos Estados que compreendem:
Ministério Público Militar e Ministério Público Civil

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b) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: Ministério


Público Federal, Ministério Público Militar e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados que compreendem: Ministério Público
do Trabalho e Ministério Público Civil
c) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: Ministério
Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério
Público do Distrito Federal e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados que
compreendem: Ministério Público dos Territórios e Ministério Público Civil
d) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União, que compreende: Ministério
Público Federal, Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar e Ministério Público
do Distrito Federal e Territórios e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados
e) O Ministério Público abrange o Ministério Público Federal, que compreende: Ministério
Público da União, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Distrito Federal
e Territórios e abrange também os Ministérios Públicos dos Estados que compreendem:
Ministério Público Militar e Ministério Público Civil

É o que determina o art. 128 que diz que

O Ministério Público abrange:


I – o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II – os Ministérios Públicos dos Estados.

Letra d.

014. (EXAME DA OAB/2007.1/ADAPTADO) Acerca das funções essenciais à justiça, assinale


a opção correta.
a) Integra o Ministério Público da União o Ministério Público do Tribunal de Contas da União
(TCU).
b) Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa
e financeira do Ministério Público, sem prejuízo do controle exercido pelo Tribunal de Contas.
c) Os advogados da União representam a União, judicial e extrajudicialmente, inclusive no
que se refere à execução da dívida ativa.
d) Às defensorias públicas não é assegurada autonomia funcional e administrativa.

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De acordo com o art. 130-A, § 2º, caput, e o seu inc. II,

Art. 130-A, § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação


administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de
seus membros, cabendo-lhe:
[…]
II – zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade
dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos
Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas.

Letra b.

015. (EXAME DA OAB/2008.3/ADAPTADO) Acerca das funções essenciais à justiça, assinale


a opção correta.
a) A Advocacia-Geral da União é a instituição que representa judicial e extrajudicialmente
a União, as autarquias e as fundações públicas federais, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que disponha sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
b) Às defensorias públicas da União e dos estados não são asseguradas a autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
c) O procurador-geral da República poderá ser destituído do cargo pelo presidente da
República, independentemente de prévia aprovação do Senado.
d) Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público receber e conhecer das reclamações
contra membros ou órgãos do MPU ou dos estados.

É a expressão do art. 130-A, § 2º, inciso III, da CF/1988:

receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União
ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar
e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a
remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa.

Letra d.

016. (EXAME DA OAB/2010.2) Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da


Constituição do Brasil, o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo

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até mesmo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, é correto
afirmar que:
a) a imunidade profissional não pode sofrer restrições de qualquer natureza.
b) nenhuma demanda judicial, qualquer que seja o órgão do Poder Judiciário pelo qual
tramite, independentemente de sua natureza, objeto e partes envolvidas, pode receber a
prestação jurisdicional se não houver atuação de advogado.
c) a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho é assegurada nos termos da lei, não sendo
vedadas, contudo, a busca e a apreensão judicialmente decretadas, por decisão motivada,
desde que realizada na presença de representante da OAB, salvo se esta, devidamente
notificada ou solicitada, não proceder à indicação.
d) a prisão do advogado, por motivo de exercício da profissão, somente poderá ocorrer em
flagrante, mesmo em caso de crime afiançável.

É a expressão do § 6º do art. 7º da Lei n. 8.906, de 1994, segundo o qual

presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado,


a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o
inciso II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão,
específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em
qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a
clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham
informações sobre clientes (Incluído pela Lei n. 11.767, de 2008).

A inviolabilidade a que alude a norma supracitada está prevista no inciso II, do mesmo art. 7º:

são direitos do advogado:


[…]
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de
trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas
ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei n. 11.767, de 2008).

Insta consignar, por fim, que no julgamento da ADI 1.127, da relatoria originária do Min.
Marco Aurélio e relator para o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, restou consignado que

a exigência do acompanhamento da diligência ficará suplantada, não gerando ilicitude da prova


resultante da apreensão, a partir do momento em que a OAB, instada em caráter confidencial
e cientificada com as cautelas próprias, deixar de indicar o representante.

Letra c.

017. (MDIC/AGENTE ADMINISTRATIVO/2014) A CF garante autonomia funcional e administrativa


à defensoria pública estadual e ao Ministério Público.
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A Constituição consagra a autonomia funcional e administrativa ao Ministério Público no


art. 127, § 2º, para quem:

ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o


disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

Por seu turno, o art. 134, § 2º garante estas autonomias para as Defensorias Públicas
Estaduais ao estabelecer que:

às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a


iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

Muito atenção com relação ao teor da recente Emenda Constitucional n. 74, de 2013, que
estendeu as autonomias funcional e administrativa também às Defensorias Públicas da
União e do Distrito Federal (art. 134, § 3º).
Certo.

018. (CNJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA/2013) Um dos princípios institucionais


do Ministério Público é a indivisibilidade, sendo vedada a substituição de seus membros
nos processos que oficiam.

De acordo com o princípio da indivisibilidade, os membros do Ministério Público não estão


vinculados aos processos nos quais atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros,
desde que sejam do mesmo ramo do Ministério Público, haja vista que o ato é praticado
pela instituição, e não pelo agente.
Errado.

019. (SERPRO/ANALISTA/ADVOCACIA/2013) Por meio de emenda constitucional, os membros


do Ministério Público passaram a ter o direito de exercer atividade político-partidária, razão
por que, atualmente, há diversos parlamentares que são membros licenciados daquela
instituição.

Art. 128, § 5º, Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos
respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de
cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
[…]
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II – as seguintes vedações:


a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

Errado.

020. (SERPRO/ANALISTA /ADVOCACIA/2013) Segundo a CF, o Ministério Público junto ao


Tribunal de Contas da União integra o MPU com os mesmos direitos e prerrogativas do
Ministério Público Federal.

O Ministério Público com o Tribunal de Contas da União NÃO integra o MPU. Na verdade,
segundo o art. 128, inciso I, o Ministério Público da União compreende APENAS:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
O que a Constituição garante aos membros do Ministério Público com os Tribunais de Contas
são as disposições constitucionais pertinentes ao Ministério Público afetas a direitos,
vedações e forma de investidura.
Errado.

021. (MP/ANALISTA DE NEGÓCIO/2013) Compete à Advocacia-Geral da União a representação


judicial e extrajudicial da União, bem como a realização de atividades de consultoria e
assessoramento jurídico dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão


vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria
e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

Errado.

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022. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) É função institucional


do MP, prevista expressamente na CF, a defesa judicial dos direitos e interesses das populações
indígenas.

Segundo o art. 129, V, da CF/1988, é função institucional do Ministério Público “defender


judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas”.
Certo.

023. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) O procurador-geral


da República poderá ser exonerado pelo presidente da República nos casos de conveniência
e oportunidade.

Art. 128, § 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da


República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

Errado.

024. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) São princípios


institucionais do MP a unidade, a divisibilidade e a dependência funcional.

Art. 127, § 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e


a independência funcional.

Errado.

025. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) É vedado aos


membros do MP o exercício da advocacia, inclusive em causa própria.

A vedação está presente no art. 128, § 5º, II, “b”, da CF/1988, segundo o qual é vedado aos
membros do Ministério Público exercer a advocacia.
Certo.

026. (MINISTÉRIO DA SAÚDE/ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2013) A Advocacia-Geral


da União é a instituição que representa, judicial e extrajudicialmente, a União, cabendo-lhe
as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

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É o que está disposto no “caput” do art. 131 da CF/1988: “a Advocacia-Geral da União é a


instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do
Poder Executivo”.
Certo.

027. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Apesar de


ser uma garantia assegurada aos membros do Ministério Público, a inamovibilidade poderá
ser afastada por razões de interesse público, mediante decisão fundamentada do chefe
da instituição.

O afastamento da inamovibilidade, conforme art. 128, § 5º, I, “b”, da CF/1988, será mediante
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta
de seus membros, assegurada ampla defesa.
Errado.

028. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) O Ministério


Público que atua no Tribunal de Contas da União integra o MPU, e seu chefe é o procurador-
geral da República.

Não integra o MPU.


Errado.

029. (MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ/ASSISTENTE MINISTERIAL DE


CONTROLE EXTERNO/2019) Considerando-se as disposições da CF, é correto afirmar que
o procurador-geral da República, chefe do Ministério Público da União, é nomeado pelo
presidente da República dentre
a) integrantes da carreira, para mandato de dois anos, podendo ser destituído por iniciativa
do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do
Senado Federal.
b) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta
ilibada, após sabatina e aprovação pelo STF, para mandato de três anos, sem possibilidade
de posterior destituição.

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c) integrantes de lista tríplice da carreira, para mandato de dois anos, após prévia autorização
da maioria absoluta do Senado Federal, sem possibilidade de posterior destituição, salvo
em caso de processo disciplinar ou decisão judicial.
d) cidadãos de mais de trinta e cinco anos de idade de notório saber jurídico e conduta
ilibada, integrantes ou não das carreiras do Ministério Público, para mandato de dois anos,
podendo ser destituído por iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia
autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
e) integrantes da carreira, para mandato de três anos, podendo ser destituído por iniciativa
do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria absoluta do STF.

O item está de acordo com o art. 128, §§ 1º e 2º, da CF/1988, que dizem respectivamente
que “o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução” e “a destituição do Procurador-Geral da
República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização
da maioria absoluta do Senado Federal”.
Letra a.

030. (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO – PE/ASSISTENTE DE PROCURADORIA/2019)


O exercício da advocacia e de atividade político-partidária é vedado aos membros do
Ministério Público.

Essas vedações encontram-se no art. 129, § 5º, II, “b” e “e” da CF/1988.
Certo.

031. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO AMAZONAS/ANALISTA JUDICIÁRIO/2019) Compete à


Advocacia-Geral da União exercer as atividades de consultoria jurídica e representação
judicial dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.

A atividade de consultoria e assessoramento jurídico é só do Poder Executivo.


Errado.

032. (POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO – MA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2018) A instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, à qual incumbe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis é o(a)
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a) advocacia pública.
b) Conselho Nacional de Justiça.
c) polícia judiciária.
d) Defensoria Pública.
e) Ministério Público.

É exatamente o conceito de Ministério Público, que traz o art. 127, “caput”, da CF/1988,
“o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis”.
Letra e.

033. (POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO – MA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA/2018) Observada a


ordem de nomeação, o ingresso na carreira do Ministério Público se dará mediante concurso
público de provas e títulos, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo,
a) cinco anos de atividade jurídica.
b) um ano de atividade jurídica.
c) dois anos de atividade jurídica.
d) três anos de atividade jurídica.
e) quatro anos de atividade jurídica.

Está conforme o art. 129, § 3º, da CF/1988, que diz que “o ingresso na carreira do Ministério
Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação
da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito,
no mínimo, três anos de atividade jurídica”.
Letra d.

034. (PROCURADORIA GERAL DO ESTADO/PROCURADOR DO ESTADO/2018) No que se refere às


regras constitucionais aplicáveis à carreira de procurador do estado, assinale a opção correta.
a) O cargo de procurador do estado não está inserido no rol constitucional de cargos e
funções essenciais à justiça.
b) A atividade profissional do procurador do estado se resume à prestação de consultoria
jurídica para a unidade federada na qual esteja em exercício.
c) A estabilidade é assegurada ao procurador do estado após dois anos de exercício contínuo
e ininterrupto de suas funções, preenchidos os demais requisitos legais.
d) A remuneração do procurador consiste exclusivamente em subsídio fixado em parcela única.

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e) A participação da OAB é obrigatória somente no decorrer da primeira fase do concurso


para procurador do estado.

O cargo de procurador do estado (membro da advocacia pública estadual) se encaixa no art.


135, da CF/1988, que determina que os advogados públicos e defensores públicos sejam
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, na forma do art. 39, §
4º, da CF/1988.
Letra d.

035. (TRIBUNAL DE CONTAS MUNICIPAL – BA/AUDITOR ESTADUAL DE INFRAESTRUTURA/2018)


No que se refere às funções essenciais à justiça, é correto afirmar que
a) a defesa dos denominados interesses sociais e individuais indisponíveis cabe à advocacia
pública.
b) o Ministério Público dos estados é integrante do Ministério Público da União.
c) a Advocacia-Geral da União é a instituição responsável pela representação judicial da
União, não possuindo competência para representá-la extrajudicialmente.
d) os procuradores dos estados são servidores públicos concursados incumbidos da função
de representação judicial e consultoria jurídica às respectivas unidades federadas.
e) a Defensoria Pública, por estar vinculada à procuradoria estadual, encontra-se sujeita
às mesmas regras funcionais e administrativas estabelecidas pelo procurador-geral.

O item está de acordo com o art. 132, “caput”, da CF/1988, que diz que “os Procuradores
dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá
de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do
Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica
das respectivas unidades federadas”.
Letra d.

036. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)


A execução da dívida ativa tributária é de competência da Advocacia-Geral da União.

Segundo o art. 131, § 3º, da CF/1988, na execução da dívida ativa de natureza tributária,


a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o
disposto em lei.
Errado.

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037. (EMPRESA MARANHENSE DE ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)


Aos membros da Advocacia-Geral da União são concedidas as garantias constitucionais
previstas para os membros do Ministério Público.

Não há esta previsão constitucional.


Errado.

038. (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL/AUXILIAR/2018) O


Ministério Público é órgão do Poder Judiciário.

O MP não integra o Poder Judiciário.


Errado.

039. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) A fim de garantir


assistência jurídica integral aos necessitados, o Estado federado poderá optar por criar
a defensoria pública local ou firmar convênio exclusivo e obrigatório com a Ordem dos
Advogados do Brasil.

É uma competência própria da Defensoria Pública, segundo o art. 134, caput, da CF/1988.


Errado.

040. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) O chefe do Ministério


Público da União é nomeado pelo presidente da República, entre os integrantes da carreira,
para mandato de dois anos. Todavia, ele poderá ser destituído antes do término do mandato,
por iniciativa do presidente da República, desde que haja prévia autorização da maioria
absoluta do Senado Federal.

Conforme o art. 128, §§ 1º e 2º, da CF/1988, a nomeação do chefe do Ministério Público da


União é feita pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, para mandato
de dois anos e a destituição do Procurador-Geral da República deve ocorrer por iniciativa
do Presidente da República e deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal.
Certo.

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041. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/ANALISTA MINISTERIAL/2018) Apesar de a CF não prever


expressamente que cabe ao Ministério Público a defesa judicial dos direitos das populações
indígenas, a jurisprudência reconheceu-lhe essa importante função institucional.

Está expressamente previsto no art. 129, V, da CF/1988.


Errado.

042. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A composição de membros


do Conselho Nacional do Ministério Público deve incluir dois cidadãos de notável saber
jurídico e reputação ilibada — um indicado pela Câmara dos Deputados, e o outro, pelo
Senado Federal.

É a regra trazida pelo art. 130-A, VI, da CF/1988, segundo o qual “o Conselho Nacional do
Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República,
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato
de dois anos, admitida uma recondução, sendo dois cidadãos de notável saber jurídico e
reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal”.
Certo.

043. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) O Ministério Público


detém autonomia funcional e administrativa e pode propor ao Poder Legislativo tanto a
criação e a extinção de cargos quanto a escolha do procurador-geral da República, a sua
política remuneratória e os seus planos de carreira.

Segundo o art. 128, § 1º, da CF/1988, o Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-
Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira,
maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. Ou seja,
é de livre escolha do Presidente da República.
Errado.

044. (MINISTÉRIO PÚBLICO DO PIAUÍ/TÉCNICO MINISTERIAL/2018) A unidade, a indivisibilidade


e a independência funcional são princípios institucionais da defensoria pública e do
Ministério Público.

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Os princípios da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional são extensíveis


ao Ministério Público (art. 127, § 1º, da CF/1988) e à Defensoria Pública (art. 134, § 4º,
da CF/1988).
Certo.

045. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) A Constituição


Federal de 1988 estendeu aos defensores públicos a garantia de inamovibilidade, originalmente
concedida aos magistrados.

A garantia da inamovibilidade aos defensores públicos está normatizada no art. 134, § 1º,
da CF/1988, que diz que “lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do
Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos
Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de
provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado
o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais”.
Certo.

046. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Aos advogados


públicos serão concedidos vencimentos fixos, acrescidos ou não de gratificação.

Na medida em que os advogados públicos se encaixam na previsão do art. 135, da CF/1988,


a sua remuneração deverá ocorrer na forma do art. 39, § 4º, da CF/1988, ou seja, deverão
ser remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo
de qualquer gratificação.
Errado.

047. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Instituição


permanente e essencial à justiça, o Ministério Público tem como incumbência a defesa do
regime democrático.

Conforme o art. 127, “caput”, da CF/1988 “o Ministério Público é instituição permanente,


essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica,
do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”.
Certo.

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048. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) O princípio


da independência funcional refere-se à autonomia de convicção: os membros do Ministério
Público não se submetem a nenhum poder hierárquico no exercício de suas funções
institucionais.

O princípio aparece no art. 127, § 1º, da CF/1988, vale lembrar que a independência funcional
significa que o membro do Ministério Público, na sua atuação finalística, não está subordinado
a ninguém, vinculando-se, tão somente, à sua consciência jurídica. Não há vinculação
hierárquica na interpretação jurídica, isso significa que cada membro tem total liberdade
na sua atuação funcional.
Certo.

049. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) Ao propor ao


Poder Legislativo a criação ou extinção de cargos e serviços auxiliares, o Ministério Público
exerce a sua autonomia financeira.

A autonomia financeira prevista no art. 127, §§ 3º ao 5º, da CF/1988, diz respeito à possibilidade
de o Ministério Público encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro dos limites
e do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias.
Errado.

050. (MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO/2018) A autonomia


financeira do Ministério Público garante que o órgão elabore a sua proposta orçamentária,
dentro dos limites da lei de diretrizes orçamentárias, e a encaminhe ao Poder Legislativo
para fins de consolidação.

Encaminha para o Poder Executivo.


Errado.

051. (PGE-PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA/2019) A representação judicial


e a consultoria jurídica dos estados são exercidas pelos procuradores estaduais, que são
membros da advocacia pública.

Está de acordo com o art. 132, da CF/1988, que diz que “os Procuradores dos Estados e do
Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas
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fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades


federadas”.
Certo.

052. (TRIBUNAL DE CONTAS DE MINAS GERAIS/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2018)


A unidade, a indivisibilidade e a independência funcional são princípios institucionais das
seguintes carreiras que exercem funções essenciais à justiça:
a) Ministério Público e auditoria dos tribunais de contas.
b) Ministério Público e advocacia pública.
c) Defensoria Pública e advocacia pública.
d) Ministério Público e Defensoria Pública.
e) advocacia pública e auditoria dos tribunais de contas.

Como já abordado, são os três princípios em comum dos dois institutos e estão presentes
no art. 127, § 1º e no art. 134, § 4º, ambos da CF/1988.
Letra d.

053. (2023/PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC – ADVOGADO) Assinale a alternativa


correta de acordo com a Constituição Federal.
a) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.
b) O ingresso nas classes iniciais das carreiras da Advocacia Geral da União far-se-á mediante
concurso público ou processo seletivo simplificado, com a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em todas as suas fases.
c) A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão
vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da
lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
d) Os Procuradores do Estado e do Distrito Federal exercerão com exclusividade a representação
judicial, podendo a atividade de consultoria e assessoria jurídica ser delegada a profissional
com registro na Ordem dos Advogados do Brasil.
e) Aos Procuradores do Estado e do Distrito Federal é assegurada estabilidade após dois
anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios,
após relatório circunstanciado das corregedorias.

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Conforme o art. 131, “caput”, da CF/1988, “A Advocacia-Geral da União é a instituição que,


diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente,
cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo”.
Letra c.

054. (2022/PREFEITURA DE ITAPIRANGA - SC - CONTROLADOR INTERNO) A Constituição


Federal de 1988 define expressamente que o advogado é indispensável à administração
da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos
limites da lei. Nesse sentido, é CORRETO afirmar ser um dos princípios institucionais da
Defensoria Pública.
a) Competência.
b) Tipicidade.
c) Indivisibilidade.
d) Autoexecutoriedade.

Segundo o art. 134, § 4º, da CF/1988, “São princípios institucionais da Defensoria Pública
a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional”.
Letra c.

055. (2022/PGM RECIFE - PE - PROCURADOR JUDICIAL MUNICIPAL) Leis complementares


da União e dos estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos procuradores-gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observada,
relativamente a seus membros, a garantia da
a) vitaliciedade, somente após três anos de exercício
b) inamovibilidade, ainda que haja interesse público.
c) irredutibilidade de subsídio.
d) da vitaliciedade, somente após cinco anos de exercício.
e) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do presidente
do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com o art. 128, § 5º, I, da CF/1988, são assegurados aos membros do Ministério
Público “as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade,
salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente

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do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa; c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º”.
Letra c.

056. (2022/PGE-ES - RESIDÊNCIA JURÍDICA) Segundo a Constituição da República Federativa


do Brasil, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.
b) A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado- -Geral da União, de livre nomeação
pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de 35 (trinta e cinco) anos, de notável
saber jurídico e reputação ilibada.
c) A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão terceirizado,
representa a União, judicial, cabendo-lhe, nos termos da lei ordinária que dispuser sobre
sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico
do Poder Executivo.
d) Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o
ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas.

É o que determina o art. 131, “caput”, da CF/1988.


Letra c.

057. (2022/TRT - 14ª REGIÃO (RO E AC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) De
acordo com a Constituição Federal, o Ministério Público
a) da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da
República, dentre os candidatos que podem ou não ser integrantes da carreira, desde que
tenham mais de quarenta e cinco anos de idade.
b) tem como princípios institucionais a unidade e a indivisibilidade, não possuindo, entretanto,
a independência funcional como seu princípio institucional.
c) abrange, além dos Ministérios Públicos dos Estados, o Ministério Público da União, que
compreende, apenas, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho.
d) é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.

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e) abrange os Ministérios Públicos dos Estados, sendo que estes formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira para escolha de seu Procurador-Geral para mandato de dois
anos, não sendo permitida recondução.

Conforme o art. 127, “caput”, da CF/1988, “O Ministério Público é instituição permanente,


essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”.
Letra d.

058. (2022/TRT - 17ª REGIÃO (ES) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) De acordo
com a Constituição Federal, o Ministério Público
a) da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, cuja destituição, por iniciativa
da maioria absoluta do Senado Federal, deverá ser precedida de autorização do Presidente
da República.
b) da União não compreende o Ministério Público do Trabalho, tendo em vista que a Justiça
do Trabalho possui órgãos e jurisdição próprios.
c) da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, cuja destituição, por iniciativa
do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal.
d) é instituição permanente, sendo que os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista
tríplice dentre integrantes da carreira para escolha de seu Procurador-Geral, que será
nomeado pelo Senado Federal para mandato de dois anos, proibida a recondução.
e) abrange o Ministério Público da União e dos Estados, sendo aos seus membros garantida
a vitaliciedade, após três anos de efetivo exercício, não podendo perder o cargo senão por
sentença judicial, independentemente do seu trânsito em julgado.

Segundo o art. 128, §§ 1º e 2º, da CF/1988, “O Ministério Público da União tem por
chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre
integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a
recondução. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da
República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal”.
Letra c.

059. (2022/TRT - 5ª REGIÃO (BA) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) O Ministério


Público, como instituição permanente e essencial à Justiça, tem suas funções institucionais
definidas na Constituição Federal, podendo-se destacar, entre outras, a função de
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a) promover, privativamente, a ação civil pública para proteção de interesses difusos e


coletivos.
b) promover o inquérito civil para a proteção das vítimas de crimes.
c) propor ao Poder Judiciário a criação e extinção de seus cargos.
d) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados na Constituição Federal, promovendo as medidas necessárias à sua
garantia.
e) exercer a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

Conforme o art. 129, II, da CF/1988, “São funções institucionais do Ministério Público: [...]
zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia”.
Letra d.

060. (2022/PGE-SC - CONTADOR - EDITAL Nº 2) As funções essenciais à Justiça são mecanismos


que objetivam atender ao direito fundamental de acesso à Justiça, promovendo a todos
que tenham assegurados os seus direitos. Considerando o que dispõem a Constituição
Federal e a Constituição do Estado de Santa Catarina, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos
e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
b) A Advocacia Pública é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado,
representa a Administração, judicial e extrajudicialmente.
c) É assegurada a todos os servidores que exercem as funções essenciais à Justiça a garantia
de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídio.
d) O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis.
e) A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente,
a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus,
judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita,
aos necessitados.

A Constituição Federal não prevê tais garantias para os membros da Advocacia Pública.
Letra c.

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Funções Essenciais à Justiça
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061. (2022/CRC-MG - AUXILIAR ADMINISTRATIVO) O advogado é indispensável à administração


da justiça, sendo inviolável por seus atos e suas manifestações no exercício da profissão,
nos limites da lei.

É o que o determina o art. 133, da CF/1988.


Certo.

062. (2022/ PREFEITURA DE DOURADOS - MS - PROCURADOR MUNICIPAL) No que se refere às


disposições constitucionais aplicáveis ao Ministério Público, assinale a alternativa incorreta.
a) A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal
b) O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos
Estados
c) Apresenta-se como função institucional do Ministério Público promover, privativamente,
a ação civil pública, na forma da lei
d) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução

Essa função é de competência concorrente. Conforme o art. 129, § 1º, da CF/1988, “A


legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede
a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei”.
Letra c.

063. (2022/CREF - 5ª REGIÃO - AGENTE ADMINISTRATIVO) A Defensoria Pública é instituição


de caráter temporário e essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como
expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica,
a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos aos necessitados, de forma integral e mediante o pagamento
de taxas módicas.

Conforme o art. 134, “caput”, da CF/1988, “A Defensoria Pública é instituição permanente,


essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento
do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e

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coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art.
5º desta Constituição Federal”.
Errado.

064. (2022/CREF - 5ª REGIÃO - AGENTE ADMINISTRATIVO) A Advocacia-Geral da União


tem como chefe o advogado-geral da União, de livre nomeação pelo presidente da
República e escolhido entre os membros da respectiva carreira, de notável saber jurídico
e reputação ilibada.

De acordo com o art. 131, § 1º, da CF/1988, “A Advocacia-Geral da União tem por chefe o
Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos
maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada”. Ou seja, não
há exigência constitucional de que o Advogado-Geral da União seja membro das carreiras
da Advocacia-Geral da União.
Errado.

065. (2022/CREF - 5ª REGIÃO - AGENTE ADMINISTRATIVO) O Ministério Público é instituição


permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

É o que determina o art. 127, “caput”, da CF/1988.


Certo.

066. (2022/SEDF - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – DIREITO) A Defensoria Pública é


uma instituição permanente que tem como incumbência a orientação jurídica, a promoção
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita.

É a expressão do art. 134, “caput”, da CF/1988.


Certo.

067. (2022/SEE-PE - ANALISTA EM GESTÃO EDUCACIONAL – GERAL) Na CF, são previstas,


como funções essenciais à justiça, não apenas o Ministério Público, mas também a Advocacia
Pública e a Defensoria Pública.

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O Título IV, Capítulo IV, da CF/1988, ao normatizar as funções essenciais à justiça, trata do
Ministério Público, da Advocacia Pública e da Defensoria Pública.
Certo.

068. (2022/TRT - 23ª REGIÃO (MT) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Caetano
é membro do Ministério Público Federal. Em conformidade com a Constituição Federal de
1988, é garantido a Caetano
a) exercer qualquer outra função pública, inclusive uma de magistério.
b) vitaliciedade, somente após três anos de exercício, não podendo perder o cargo senão
por sentença judicial transitada em julgado.
c) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão fundamentada
do Procurador-Geral da República.
d) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado.
e) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão
colegiado competente do Ministério Público, por votação unânime de seus membros,
assegurada ampla defesa.

De acordo com o art. 128, § 5º, I, da CF/1988, são assegurados aos membros do Ministério
Público “as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo
perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade,
salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente
do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla
defesa; c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º”.
Letra d.

069. (2022/MPE-GO - OFICIAL DE PROMOTORIA) Ao membro do Ministério Público a


Constituição Federal de 1988 impõe as seguintes vedações e/ou obrigações, exceto:
a) Deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
b) É vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos
três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
c) É proibido receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.
d) Não podem votar ou serem votados, ou, de qualquer modo, exercer atividade
político-partidária.

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De acordo com o art. 128, § 5º, II, da CF/1988, são vedações constitucionais impostas aos
membros do Ministério Público: “a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,
honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de
sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer
outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária;
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei”. Essa vedação
de exercer atividade político-partidária está ligada à proibição de ser votado, mas não
proíbe o direito de votar.
Letra d.

070. (2022/MPC-SC - PROCURADOR DE CONTAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO) Não compete ao


CNMP conhecer das reclamações feitas contra os serviços auxiliares dos MP dos estados.

Conforme o art. 130-A, § 2º, III, da CF/1988, “Compete ao Conselho Nacional do Ministério
Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: [...] receber e conhecer
das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos
Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar
e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar
a remoção ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla
defesa”.
Errado.

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