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Autor:
Adriana Menezes
19 de Setembro de 2022
Índice
1) Plano de Benefícios do RGPS: Abono Anual - TEORIA
..............................................................................................................................................................................................3
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Abono anual
Inicialmente, vale dizer que o abono anual não é propriamente um benefício previdenciário. É o
valor equivalente “ao 13º salário” pago pelo INSS aos beneficiários. É a gratificação natalina.
O abono anual é o valor devido ao segurado ou ao dependente que, durante o ano, recebeu
benefício previdenciário, exceto salário-família.
Todo beneficiário que recebeu, durante o ano, auxílio por incapacidade temporária, auxílio-
acidente, aposentadorias, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão terá direito
de receber o chamado abono anual que será calculado da mesma forma que a gratificação natalina
dos trabalhadores.
Perceba que o único benefício previdenciário que não gera abono anual é o
salário-família.
O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina dos
trabalhadores e terá por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano e o seu pagamento será efetuado em duas parcelas, da seguinte forma:
I - a primeira parcela corresponderá a até 50% do valor do benefício devido no mês de agosto
e será paga juntamente com os benefícios dessa competência; e
II - a segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor
da primeira parcela e será paga juntamente com os benefícios da competência de novembro.
O recebimento de benefício por período inferior a 12 meses, dentro do mesmo ano, determina o
cálculo do abono anual de forma proporcional, segundo a lógica da gratificação natalina.
Quando o segurado ou dependente tiver o seu benefício cessado antes da data prevista pela
legislação previdenciária para o pagamento do abono anual, esse será pago juntamente com a
última parcela do benefício recebido.
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João, aposentado desde 1997, receberá no ano de 2021 o abono anual correspondente
ao valor de sua aposentadoria no mês de dezembro de 2021.
Helena gozou do benefício de auxílio por incapacidade temporária nos meses de janeiro
a março de 2021. Terá direito a 3/12 do valor do auxílio por incapacidade temporária a
título de abono anual que será pago pelo INSS juntamente com a última parcela do
auxílio por incapacidade temporária.
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LEGISLAÇÃO
Lei nº 8.213/1991
Art. 40. É devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdência Social que, durante o
ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-
reclusão.
Parágrafo único. O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação
de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de
dezembro de cada ano.
...
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios da Previdência Social:
I – aposentadoria e auxílio-doença;
VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela
mais vantajosa.(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
Decreto nº 3.048/99
Art. 120. Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o ano, receberam
auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão
por morte ou auxílio-reclusão. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
§ 1º O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina dos
trabalhadores e terá por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano e o seu pagamento será efetuado em duas parcelas, da seguinte forma: (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
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I - a primeira parcela corresponderá a até cinquenta por cento do valor do benefício devido no mês
de agosto e será paga juntamente com os benefícios dessa competência; e (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).
II - a segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da
primeira parcela e será paga juntamente com os benefícios da competência de novembro. (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).
...
Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
==26a66d==
seguintes benefícios do RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
IV - salário-maternidade com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
V - mais de um auxílio-acidente;
§ 1º Nas hipóteses de que tratam os incisos VI, VII e VIII do caput, fica facultado ao dependente
optar pela pensão mais vantajosa, observado o disposto no art. 167-A. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)
§ 3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que
trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, que não poderá ser reduzido em razão de eventual
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QUESTÕES COMENTADAS
Abono anual
1. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 16ª Região/2014) – Airton, filiado ao Regime
Geral de Previdência Social, recebeu durante o ano auxílio-reclusão. Dessa forma, a ele o abono
anual
a) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado
dos trabalhadores, tendo por base o valor médio da renda mensal do benefício do mês de
dezembro do referido ano.
b) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, auxílio-doença e
aposentadoria.
c) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado dos
trabalhadores, tendo por base o valor da hora mensal trabalhada.
d) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, aposentadoria.
e) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro do
referido ano.
Comentários:
Alternativa correta: “e”. É o que dispõe o art. 120, § 1º do Decreto nº 3.048/99 (Regulamento da
Previdência Social – RPS).
Alternativa “b” e “d” estão incorretas. O abono anual será devido ao segurado e ao dependente
que, durante o ano, recebeu auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria
voluntária, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão.
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trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.
b) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda média anual do benefício.
c) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano.
d) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou
auxílio-reclusão; II. no que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de janeiro de cada
ano.
e) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefício do mês de novembro de cada ano.
Comentários:
A questão exige um pouco mais de cuidado do candidato para que ele possa identificar quais
seriam os termos adequados para preencher as lacunas I e II. Ela trata do abono anual que é a
gratificação natalina que os beneficiários do RGPS têm direito por terem recebido, durante o ano,
benefício de:
O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.
Alternativa correta: “c” pela banca examinadora, vez que considerou o que está disposto no art.
40, da Lei nº 8.213/91.
No entanto, a alternativa “a” é a mais correta porque segue o que dispõe o art. 120, do Decreto
nº 3.048/99. O salário-maternidade dará direito, também, ao abono anual.
3. (CESPE – Juiz do Trabalho Substituto 5ª Região/2013) – Em relação ao abono anual a ser pago
aos segurados da Previdência Social, é correto afirmar que
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a) ele é calculado mediante aplicação do fator previdenciário sobre a última remuneração recebida
pelo trabalhador.
b) ele somente pode ser recebido cumulativamente com o benefício mensal e com a gratificação
de natal.
c) ele é devido no início e no fim do recebimento de uma série de benefícios.
d) seu valor deve ser calculado da mesma forma que a gratificação de natal dos trabalhadores.
e) o valor base para seu cálculo consiste na remuneração do 1° mês do ano em que o trabalhador
receber qualquer benefício.
Comentários:
O abono anual é o valor devido ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu
benefício previdenciário. Todo beneficiário que recebeu, durante o ano, auxílio por incapacidade
temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-
reclusão terá direito de receber o chamado abono anual que será calculado da mesma forma que
a gratificação natalina dos trabalhadores. É o valor equivalente “ao 13º salário” pago pelo INSS
aos beneficiários do RGPS. Será calculado, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.
Afirmativa “a”: incorreta. Não há que se falar em fator previdenciário no cálculo do abono anual.
Ele será calculado tendo por base o valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro de
cada ano.
Afirmativa “c”: incorreta. O abono anual é pago aos beneficiários do RGPS em duas parcelas
quando o benefício é pago durante todo o ano. Quando o segurado ou dependente tiver o seu
benefício cessado antes da data prevista pela legislação previdenciária para o pagamento do
abono anual, este será pago juntamente com a última parcela do benefício recebido.
Afirmativa correta: “d”. É o que dispõe o art. 40, parágrafo único da Lei nº 8.213/91.
Afirmativa “e”: incorreta. A base de cálculo do abono anual é o valor da renda mensal do benefício
do mês de dezembro de cada ano. E somente será devido para aqueles que receberam, durante
o ano, auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade,
pensão por morte ou auxílio-reclusão.
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LISTA DE QUESTÕES
Abono anual
1. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 16ª Região/2014) – Airton, filiado ao Regime
Geral de Previdência Social, recebeu durante o ano auxílio-reclusão. Dessa forma, a ele o abono
anual
a) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado
dos trabalhadores, tendo por base o valor médio da renda mensal do benefício do mês de
dezembro do referido ano.
b) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, auxílio-doença e
==26a66d==
aposentadoria.
c) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado dos
trabalhadores, tendo por base o valor da hora mensal trabalhada.
d) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, aposentadoria.
e) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro do
referido ano.
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trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de janeiro de cada
ano.
e) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefício do mês de novembro de cada ano.
3. (CESPE – Juiz do Trabalho Substituto 5ª Região/2013) – Em relação ao abono anual a ser pago
aos segurados da Previdência Social, é correto afirmar que
a) ele é calculado mediante aplicação do fator previdenciário sobre a última remuneração recebida
pelo trabalhador.
b) ele somente pode ser recebido cumulativamente com o benefício mensal e com a gratificação
de natal.
c) ele é devido no início e no fim do recebimento de uma série de benefícios.
d) seu valor deve ser calculado da mesma forma que a gratificação de natal dos trabalhadores.
e) o valor base para seu cálculo consiste na remuneração do 1° mês do ano em que o trabalhador
receber qualquer benefício.
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GABARITO
1. E
2. A
3. D
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Acumulação de benefícios
A legislação previdenciária traz uma série de vedações de acumulação de benefícios por uma
mesma pessoa.
Até então, as regras de acumulação de benefícios estavam dispostas na Lei nº 8.213/91 – lei
ordinária. Agora, após a reforma previdenciária, se tiver que haver alteração, deverá ser trazida por
lei complementar.
Art. 24...
§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação vigente na data de entrada
em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma do § 6º do art. 40 e do § 15
do art. 201 da Constituição Federal.
Constituição Federal
Art. 201...
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Lei n. 8.213/91
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Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios da Previdência Social:
I - aposentadoria e auxílio-doença;
IV - salário-maternidade e auxílio-doença;
V - mais de um auxílio-acidente;
VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela
mais vantajosa.
Decreto n. 3.048/99
Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
seguintes benefícios do RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: (Redação
dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
IV - salário-maternidade com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
V - mais de um auxílio-acidente;
§1º Nas hipóteses de que tratam os incisos VI, VII e VIII do caput, fica facultado ao dependente optar
pela pensão mais vantajosa, observado o disposto no art. 167-A. (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
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§3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que
trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, que não poderá ser reduzido em razão de eventual
aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a
sua concessão.
§4º O segurado recluso em regime fechado, durante a percepção, pelos dependentes, do benefício
de auxílio-reclusão, não terá o direito aos benefícios de salário-maternidade e de aposentadoria
reconhecido, exceto se manifestada a opção pelo benefício mais vantajoso também pelos
dependentes. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
Um aposentado não pode receber juntamente com sua aposentadoria o benefício de auxílio por
incapacidade temporária. Caso ele, aposentado, retorne à atividade remunerada abrangida pelo
RGPS e fique incapacitado temporariamente para o exercício do trabalho ou de suas atividades
habituais por mais de 15 dias consecutivos, não lhe será concedido o auxílio por incapacidade
temporária apesar de ter que contribuir em relação à nova atividade que vinha exercendo.
Por outro lado, caso um segurado esteja recebendo auxílio-acidente e fique incapacitado
temporariamente por motivo diverso daquele acidente que culminou na concessão do auxílio-
acidente, poderá receber auxílio por incapacidade temporária e auxílio-acidente.
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4) Mais de um auxílio-acidente.
No caso de haver outro acidente que venha gerar o direito a um novo auxílio-acidente, o segurado
não poderá receber dois ou mais benefícios dessa espécie. Receberá apenas um auxílio-acidente,
tendo o direito de optar pelo de valor mais vantajoso.
Com o advento da Lei nº 9.528/97 não é mais possível acumular auxílio-acidente com qualquer
aposentadoria. Ao se aposentar, o segurado que estava recebendo auxílio-acidente terá este
benefício cessado.
Mesmo que após sua aposentadoria, a pessoa volte a trabalhar e a contribuir para a previdência
social, não terá direito a outra aposentadoria.
Agora, caso uma pessoa seja segurada obrigatória do RGPS e, também, segurada obrigatória de
um RPPS, poderá acumular as duas aposentadorias concedidas por cada regime de previdência
social.
É bom deixar claro que a EC nº 103/2019 não trouxe qualquer vedação no caso
de a mesma pessoa receber aposentadorias de regimes distintos de previdência.
O abono de permanência em serviço era um benefício garantido aos segurados que já tivessem
preenchido os requisitos para a aposentadoria por tempo de serviço, mas não a tivessem
requerido. Com isso, teria direito a receber 25% do salário de benefício. Esse benefício teve sua
revogação trazida pela Lei nº 8.870/94.
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A pessoa não poderá receber seguro-desemprego juntamente com outro benefício da previdência
social, como, por exemplo, salário-maternidade.
Mas, poderá acumular seguro-desemprego com pensão por morte, auxílio-reclusão ou auxílio-
acidente.
Conforme já foi abordado em outra aula, o salário-maternidade poderá ser pago ao segurado ou
segurada que adotar ou tiver a guarda judicial para fins de adoção.
No entanto, não poderá o benefício ser concedido a ambos pelo mesmo fato gerador – a adoção
ou guarda judicial para fins de adoção da mesma criança-, ainda que um dos adotantes seja
segurado de regime próprio de previdência social.
O BPC-LOAS não pode ser recebido com outro benefício da seguridade social, exceto o de
assistência médica e o de pensão de natureza indenizatória.
11) Auxílio-inclusão
• BPC-LOAS;
• aposentadoria;
• pensão;
• benefícios por incapacidade pagos por qualquer regime de previdência social e
• seguro-desemprego.
Lei nº 8.742/93
Art. 26-C. O pagamento do auxílio-inclusão não será acumulado com o pagamento de: (Incluído
pela Lei nº 14.176, de 2021)
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III – seguro-desemprego.
12) Mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do
mesmo regime de previdência social.
Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou
companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo
instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição
Federal.
Assim, se a pessoa já recebe pensão por morte de cônjuge ou companheiro, não poderá receber
pensão por morte paga pelo RGPS em razão de outro cônjuge ou companheiro.
Mas, poderá receber pensão por morte de cônjuge e de filho? Sim. Não há vedação nesse caso.
Pode a mesma pessoa receber pensão por morte do mesmo cônjuge, uma paga
pelo RGPS e outra paga por um regime próprio? Sim. O que não pode é acumular a pensão por
morte de cônjuge ou companheiro no mesmo regime de previdência.
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- Poderão ser recebidas pensão por morte de regimes de previdência distintos? Sim.
Art. 167-A. Será admitida a acumulação dos seguintes benefícios: (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
I - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com pensão por morte
concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades
militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)
II - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com aposentadoria do
mesmo regime e de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade
decorrentes das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; ou (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
III - de aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pensão deixada por cônjuge ou
companheiro de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição. (Incluído pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)
Ø pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social
com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões
decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;
Ø pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social
com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de
regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das
atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou
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Ø pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição
Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou
de regime próprio de previdência social.
Nas hipóteses das acumulações acima, é assegurada a percepção do valor integral do benefício
mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de
acordo com as seguintes faixas:
I – 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2
(dois) salários-mínimos;
II – 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de
3 (três) salários-mínimos;
III – 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4
(quatro) salários-mínimos; e
Valor a ser
Benefício menos vantajoso Redutor
pago
+
60% 40%
Benefício mais mínimos
vantajoso Maior de 02 até 03 salários-
40% 60%
mínimos
Maior de 03 até 04 salários-
20% 80%
mínimos
Acima de 04 salários-mínimos 10% 90%
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Ficou garantido não haver redução quando o benefício menos vantajoso for de
até 01 salário-mínimo.
Ø Maria está recebendo pensão por morte de seu marido no valor de R$ 2.000,00 e pretende se
aposentar.
Ø O valor de sua aposentadoria terá o valor de R$ 3.000,00.
Ø Poderá Maria receber conjuntamente os dois benefícios?
Ø Sim. Pensão por morte e aposentadoria são acumuláveis.
Ø O benefício menos vantajoso, no caso, a pensão por morte, sofrerá uma redução. Como?
Ø Considerando o salário-mínimo vigente, a partir de janeiro de 2022, no valor de R$ 1.212,001, a
redução do valor da pensão por morte de Maria será na ordem de 40% sobre o valor que supera R$
1.212,00.
Ø Sobre R$ 788,00 (2.000,00 – 1.212,00) aplica-se 60% para pagamento do benefício, chegando-se a
R$ 472,80.
Ø A pensão por morte que Maria recebe vai passar a ser de R$1.684,80.
Ø João recebe pensão por morte deixada por seu companheiro, paga pelo RGPS, no valor de R$
6.000,00.
Ø Em breve irá se aposentar pelo regime próprio do Estado do Amapá e o valor do benefício será de
R$ 10.000,00.
Ø Poderá João receber conjuntamente os dois benefícios?
Ø Sim. Pensão por morte e aposentadoria são acumuláveis.
Ø O benefício menos vantajoso, no caso, a pensão por morte, sofrerá uma redução. Sim
Ø Como?
Ø Considerando o salário-mínimo vigente em janeiro de 2022 no valor de R$ 1.212,00, a redução do
valor da pensão por morte de João recairá sobre os valores acima de R$ 1.212,00. Sobre esses
valores que estão acima de 01 salário-mínimo, paga-se:
1
Para o ano de 2022, o valor do salário-mínimo é de R$ 1.212,00.
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Ø 60% sobre o valor que supera R$ 1.212,01 até R$2.424,00. A parcela devida será de R$ 727,20.
Ø 40% sobre o valor que supera R$ 2.424,01 até R$ 3.636,00. A parcela devida será de R$ 484,80.
Ø 20% sobre o valor que supera R$ 3.636,01 até R$ 4.848,00. A parcela devida será de R$ 242,40.
Ø 10% sobre o valor que supera R$ 4.848,01 (6.000,00 – 4.848,00 = 1.152,00). A parcela devida será
de R$ 115,20.
Ø Somando-se todas as parcelas, terá o valor de pensão por morte de R$ 2.781,40 (1.212 + 727,20 +
484,80 + 242,40 + 115,20).
Ø A pensão por morte que João recebe vai passar a ser de R$ 2.781,40.
De todo modo, essa redução no benefício menos vantajoso poderá ser revista a qualquer tempo,
a pedido do interessado, em razão de alteração de algum dos benefícios.
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LEGISLAÇÃO
Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou
companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo
instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição
Federal.
I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes
das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;
II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio
de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que
tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou
III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição
Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de
regime próprio de previdência social.
§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral
do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada
cumulativamente de acordo com as seguintes faixas:
I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois)
salários-mínimos;
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três)
salários-mínimos;
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro)
salários-mínimos; e
§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido
adquirido antes da data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional.
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§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação vigente na data de entrada
em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma do § 6º do art. 40 e do § 15
do art. 201 da Constituição Federal.
Lei nº 8.213/1991
Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios da Previdência Social:
I – aposentadoria e auxílio-doença;
VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela
mais vantajosa.(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
Decreto nº 3.048/99
Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
seguintes benefícios do RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
IV - salário-maternidade com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
V - mais de um auxílio-acidente;
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§ 1º Nas hipóteses de que tratam os incisos VI, VII e VIII do caput, fica facultado ao dependente
optar pela pensão mais vantajosa, observado o disposto no art. 167-A. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)
§ 3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que
trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, que não poderá ser reduzido em razão de eventual
aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a
sua concessão.
Art. 167-A. Será admitida a acumulação dos seguintes benefícios: (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
I - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com pensão por morte
concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades
militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)
II - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com aposentadoria do
mesmo regime e de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade
decorrentes das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; ou (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
III - de aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pensão deixada por cônjuge ou
companheiro de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição. (Incluído pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)
§ 1º Nas hipóteses de acumulação previstas no caput, fica assegurada a percepção do valor integral
do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada
cumulativamente de acordo com as seguintes faixas: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - sessenta por cento do valor que exceder um salário-mínimo, até o limite de dois salários-
mínimos;(Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
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II - quarenta por cento do valor que exceder dois salários-mínimos, até o limite de três salários-
mínimos; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
III - vinte por cento do valor que exceder três salários-mínimos, até o limite de quatro salários-
mínimos; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
IV - dez por cento do valor que exceder quatro salários-mínimos. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
§ 4º As restrições previstas neste artigo não se aplicam caso o direito aos benefícios tenha sido
adquirido até 13 de novembro de 2019. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 5º Para fins do disposto neste artigo, no ato de habilitação ou concessão de benefício sujeito a
acumulação, o INSS deverá: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - verificar a filiação do segurado ao RGPS ou a regime próprio de previdência social; (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)
II - solicitar ao segurado que manifeste expressamente a sua opção pelo benefício que lhe seja mais
vantajoso; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
III - quando for o caso, verificar a condição do segurado ou pensionista, de modo a considerar, dentre
outras, as informações constantes do CNIS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 6º O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados do RGPS e dos servidores
vinculados a regimes próprios de previdência social, e poderá, para tanto, firmar acordo de
cooperação com outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital ou municipal para
a manutenção e a gestão do referido sistema de cadastro. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)
§ 7º Até que o sistema de que trata o § 6º seja implementado, a comprovação de que o aposentado
ou o pensionista cônjuge ou companheira ou companheiro do RGPS não recebe aposentadoria ou
pensão de outro regime próprio de previdência social será feita por meio de autodeclaração, a qual
o sujeitará às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis caso seja constatada a emissão de
declaração falsa. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
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QUESTÕES COMENTADAS
Acumulação de benefícios
CEBRASPE
Comentários:
Salvo direito adquirido, que não é o caso de Luzia, o auxílio-acidente cessa com a concessão de
aposentadoria. Não poderá haver acumulação da aposentadoria com o auxílio-acidente. Assertiva
incorreta.
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Comentários:
Alternativa correta: “c”. O benefício de seguro-desemprego não pode ser recebido conjuntamente
com benefícios previdenciários, exceto auxílio-acidente, pensão por morte e auxílio-reclusão.
Alternativa “d”: incorreta. O RGPS prevê que não se pode receber mais de uma pensão por morte
de cônjuge ou companheiro(a). Há, porém, a possibilidade de optar pela pensão mais vantajosa.
O que a lei prevê é que, quando o segurado de baixa renda for preso e estiver recebendo auxílio-
doença, não será devido auxílio-reclusão para seus dependentes.
3. (CESPE – Procurador – PGM Manaus – 2018 - adaptada) – Márcio, com sessenta e cinco anos
de idade e trinta e cinco anos de contribuição como empresário, compareceu a uma agência
da previdência social para requerer sua aposentadoria. Após análise, o INSS indeferiu a
concessão do benefício sob os fundamentos de que ele já era beneficiário de pensão por morte
e que não tinha atingido a idade mínima para a aposentadoria voluntária.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o
item subsequente.
- A decisão da autarquia previdenciária está parcialmente correta porque, embora Márcio tenha
atendido aos requisitos concessórios do benefício, ele não pode acumular a aposentadoria com a
pensão por morte.
o Certo o Errado
Comentários:
Não há óbice no acúmulo de aposentadoria com pensão por morte. Esses dois benefícios
apresentam fatos geradores e pressupostos fáticos distintos. Assertiva incorreta.
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- Situação hipotética: Depois de aposentar-se por tempo de serviço pelo RGPS, José continuou
trabalhando como empregado, tendo voltado a contribuir regularmente com a previdência social;
porém, após um ano no novo emprego, sofreu um acidente de trabalho e ficou temporariamente
incapacitado para laborar.
Assertiva: Nessa situação, José terá direito a receber, cumulativamente, a aposentadoria e o
auxílio-doença.
o Certo o Errado
Comentários:
De acordo com o disposto no inciso I do art. 124 da Lei nº 8.213/91 e o disposto no disposto no
inciso I do art. 167 do Decreto nº 3.048/99, não pode o segurado receber conjuntamente
aposentadoria e auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença). Assertiva incorreta.
5. (CESPE – Defensor Público – DPE/AL – 2017 - adaptada) – Se uma pessoa que tenha sido
contribuinte individual por trinta anos se aposentar pelo registro geral de previdência social
(RGPS) e, após essa primeira aposentadoria, passar a contribuir para o RGPS como segurada-
empregada, ela poderá acumular essa aposentadoria por tempo de contribuição com
a) o salário-maternidade proveniente de adoção.
b) a aposentadoria por idade.
c) a aposentadoria especial.
d) a aposentadoria por incapacidade permanente.
e) o auxílio-doença.
Comentários:
O segurado aposentado que retornar ao exercício da atividade remunerada terá direito de receber
salário-família e salário-maternidade em relação à nova atividade.
Comentários:
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Aula 10
Não há óbice no acúmulo de aposentadoria com pensão por morte. Esses dois benefícios
apresentam fatos geradores e pressupostos fáticos distintos. Assertiva correta.
Comentários:
Item correto. Segundo a legislação previdenciária vigente, o auxílio-acidente será cessado com a
concessão de qualquer aposentadoria.
Comentários:
Item incorreto. O entendimento que se dá em relação à cumulação de pensão por morte com
aposentadoria é o inverso daquele descrito na assertiva.
Não há vedação legal à cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o
benefício da aposentadoria por invalidez, por apresentarem pressupostos fáticos e fatos
geradores distintos.
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o Certo o Errado
Comentários:
Perfeita a assertiva! É possível receber mais de uma aposentadoria, desde que os regimes sejam
distintos. Uma pessoa física pode ser segurada obrigatória no RGPS e no RPPS. Isso vai depender
das atividades que exercer.
Sendo assim, contribuirá para os dois regimes previdenciários e terá, por consequência, benefícios
pagos pelos dois regimes, considerando, cada regime, as regras relativas ao seu enquadramento
como segurado obrigatório e aos requisitos para concessão dos benefícios. Item correto.
10. (CESPE – SERPRO – 2013 - adaptada) - De acordo com a legislação previdenciária, um segurado
do RGPS que seja beneficiário de auxílio-acidente decorrente da consolidação de lesões que o
tenham deixado com sequelas definitivas poderá receber esse benefício conjuntamente com
aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de outro evento.
o Certo o Errado
Comentários:
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LISTA DE QUESTÕES
Acumulação de benefícios
CEBRASPE
3. (CESPE – Procurador – PGM Manaus – 2018 - adaptada) – Márcio, com sessenta e cinco anos
de idade e trinta e cinco anos de contribuição como empresário, compareceu a uma agência
da previdência social para requerer sua aposentadoria. Após análise, o INSS indeferiu a
concessão do benefício sob os fundamentos de que ele já era beneficiário de pensão por morte
e que não tinha atingido a idade mínima para a aposentadoria voluntária.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o
item subsequente.
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- A decisão da autarquia previdenciária está parcialmente correta porque, embora Márcio tenha
atendido aos requisitos concessórios do benefício, ele não pode acumular a aposentadoria
voluntária com a pensão por morte.
o Certo o Errado
5. (CESPE – Defensor Público – DPE/AL – 2017 - adaptada) – Se uma pessoa que tenha sido
contribuinte individual por trinta anos se aposentar pelo registro geral de previdência social
(RGPS) e, após essa primeira aposentadoria, passar a contribuir para o RGPS como segurada-
empregada, ela poderá acumular essa aposentadoria voluntária com
a) o salário-maternidade proveniente de adoção.
b) a aposentadoria por idade.
c) a aposentadoria especial.
d) a aposentadoria por incapacidade permanente.
e) o auxílio-doença.
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10. (CESPE – SERPRO – 2013 - adaptada) - De acordo com a legislação previdenciária, um segurado
do RGPS que seja beneficiário de auxílio-acidente decorrente da consolidação de lesões que o
tenham deixado com sequelas definitivas poderá receber esse benefício conjuntamente com
aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de outro evento.
o Certo o Errado
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GABARITO
1. Errado
2. C
3. Errado
4. Errado
5. A
6. Certo
7. Certo
8. Errado
9. Certo
10. Errado
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1. Decadência
De forma simples, o Prof. Ivan Kertzman1 preferiu dizer que a decadência visa à segurança nos
negócios jurídicos, tendo sido concebida com o fim de restringir o exercício de direito por quem
o possui, a certo lapso de tempo.
Vale dizer que haverá um determinado prazo legal para que o sujeito possa valer do exercício do
seu direito, o qual se ultrapassado estaria fulminado o seu direito.
No que diz respeito aos benefícios previdenciários, por ostentarem natureza alimentar, o direito
ao benefício em si é imprescritível e não está sujeito a qualquer prazo decadencial.
Em outras palavras, o beneficiário poderá requerer a qualquer tempo seu benefício e começar a
recebê-lo a partir da data em que a legislação determinar, cumpridas as exigências.
Agora, quanto ao direito de rever o ato que concedeu o seu benefício ou o ato que o indeferiu, o
beneficiário estará sujeito ao prazo decadencial de 10 anos a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação.
1
Ob.cit., p. 471.
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Lei nº 8.213/91
Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou
beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.
A Lei nº 8.213/91 também trouxe o prazo decadencial para que fosse observado pela
previdência social no tocante à possibilidade de anular seus atos. Veja o que dispõe o art. 103-A
da referida lei:
2
ADIN 6096
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Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.
Vê-se que do mesmo modo que o beneficiário tem um prazo para exercer o direito de revisar seu
benefício, o legislador ordinário concedeu à Previdência Social o prazo de 10 anos para anular os
atos administrativos que criaram efeitos favoráveis aos beneficiários, não sendo atingidos, contudo,
os atos praticados com má-fé.
O INSS terá o prazo de 10 anos, contados da percepção do primeiro pagamento pelo beneficiário,
para anular o ato administrativo, quando houver efeitos patrimoniais contínuos. Já não havendo
==26a66d==
efeito patrimonial contínuo, o prazo começa a ser contado da data em foi praticado.
No caso que restar comprovada a má-fé no ato que culminou efeito favorável ao beneficiário houve
má-fé, não há falar em prazo decadencial, podendo a Previdência Social anular, a qualquer tempo,
o ato administrativo.
Severino foi aposentado por idade e recebeu seu primeiro pagamento de aposentadoria
no dia 02 de maio de 2010.
Como o ato de concessão de aposentadoria gera efeitos patrimoniais contínuos
(Severino vai receber mês a mês o benefício), o INSS terá o prazo de 10 anos, contados
da data do primeiro pagamento, para rever o ato de concessão.
Caso fique comprovada má-fé, não há que se falar em prazo decadencial, podendo rever
a qualquer tempo o ato praticado.
2. Prescrição
Conforme dispõe o artigo 189 do Código Civil, se violado o direito, nasce para o titular a pretensão,
a qual se extingue pela prescrição.
O beneficiário do RGPS deve observar o prazo prescricional trazido pelo art. 103, parágrafo único
que assim dispõe:
Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação
para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência
Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.
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Desse modo, está claro que toda e qualquer ação para haver as prestações vencidas ou quaisquer
diferenças devidas pela Previdência Social ao segurado, ou ao dependente estará sujeita à
prescrição de 05 anos.
Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora,
quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as
prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação.
Assim, a interpretação é a de que prescrevem tão somente as prestações devidas e não pagas há
mais de cinco anos.
No caso das ações referentes à prestação por acidente do trabalho, o art. 104 da Lei
nº 8.213/91 traz norma específica:
Art. 104. As ações referentes às prestações por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos,
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data:
Como nos benefícios comuns, o fundo de direito não é perdido pelo transcurso do tempo. O prazo
de 05 anos é somente aplicável aos valores pecuniários não pagos na época em que eram devidos.
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LEGISLAÇÃO
Lei nº 8.213/1991
Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou
beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. (Redação dada pela Lei
nº 10.839, de 2004)
Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e
qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela
Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código
Civil.(Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)
Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004)
Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos,
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data:
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QUESTÕES COMENTADAS
CEBRASPE
1. (Cebraspe – Procurador – TC/DF – 2021) – Não é aplicado o prazo decadencial de dez anos
para a concessão inicial de benefício previdenciário.
o Certo o Errado
Comentários:
Certíssimo. O direito ao benefício não decai. O prazo de decadência imposto pela Lei n. 8.213/91,
considerando a antiga redação da lei por força da ADIN 6096, é aplicado no caso de revisão do
ato de concessão do benefício (art. 103, Lei n. 8.213/91). Assertiva correta.
2. (CESPE – Oficial de Justiça Avaliador Federal – STJ – 2018) – O prazo decadencial decenal não
interfere no direito à revisão dos benefícios concedidos ou indeferidos pela previdência social
antes do advento da legislação que o instituiu.
o Certo o Errado
Comentários:
O prazo decadencial decenal atinge o direito à revisão dos benefícios concedidos pela previdência
social antes do advento da legislação que o instituiu. Assertiva incorreta.
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Comentários:
Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação
para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência
Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. Assertiva
correta.
Comentários:
Alternativa “a”: incorreta. Era entendimento do STJ de que o prazo de decadência decenal para a
revisão de benefícios previdenciários não se aplicava aos casos em que o segurado postulasse a
declaração do direito de renúncia e o consequente desfazimento de sua aposentadoria, com a
averbação do tempo de serviço prestado após a inativação, para aferir aposentadoria mais
vantajosa no mesmo regime de previdência.
Mas, não se fala mais em desaposentação após a decisão final do STF acerca do tema. O Pretório
Excelso julgou não haver previsão legal que ampare a desaposentação.
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revisão do benefício somente poderá ser contado a partir da data da decisão transitada em julgado
da decisão proferida na Justiça do Trabalho. Veja os julgados do STJ:
Alternativa “c”: incorreta. O STJ entende o contrário do que está sendo afirmado na assertiva “c”.
Veja o julgado:
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Alternativa “d”: incorreta. Os benefícios previdenciários são impenhoráveis. Eles podem sofrem
desconto apenas quando houver expressa previsão legal. Confira o disposto no art. 114 da Lei nº
8.213/91:
Art. 114. Salvo quanto a valor devido à Previdência Social e a desconto autorizado por esta Lei, ou
derivado da obrigação de prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode
ser objeto de penhora, arresto ou sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou
a constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em
causa própria para o seu recebimento.
1
Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019.
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Alternativa “e”: incorreta. A posição do STJ é oposta ao que está afirmado na assertiva “e”. Para
melhor entendimento, eis o julgado do STJ:
5. (CESPE – Delegado da Polícia Federal – PF – 2013) – O direito de requerer pensão por morte
decai após dez anos da morte do segurado.
o Certo o Errado
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Comentários:
O item está errado. O direito de requerer benefício previdenciário não é fulminado pela
decadência. A qualquer tempo, pode-se requerer a concessão de um benefício previdenciário,
devendo comprovar as condições exigidas para tal à época da ocorrência do fato gerador.
Importante, no entanto, estar atento aos prazos para o requerimento do benefício, bem como à
época que o benefício começará a ser devido.
Veja o que dispõe o art. 74 da Lei nº 8.213/91, com redação trazida pela Lei nº 13.183/2015:
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer,
aposentado ou não, a contar da data:
I – do óbito, quando requerida em até cento e oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de
dezesseis anos, ou em até noventa dias após o óbito, para os demais dependentes;
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LISTA DE QUESTÕES
CEBRASPE
1. (Cebraspe – Procurador – TC/DF – 2021) – Não é aplicado o prazo decadencial de dez anos
para a concessão inicial de benefício previdenciário.
o Certo o Errado
2. (CESPE – Oficial de Justiça Avaliador Federal – STJ – 2018) – O prazo decadencial decenal não
interfere no direito à revisão dos benefícios concedidos ou indeferidos pela previdência social
antes do advento da legislação que o instituiu.
o Certo o Errado
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c) Não é possível a acumulação do benefício previdenciário de pensão por morte com a pensão
civil ex delicto, nos termos do STJ.
d) Valores recebidos a título de benefício previdenciário podem, excepcionalmente, ser
penhorados no patamar máximo de 30%.
e) Segundo o STJ, a propositura de ação coletiva pelo MP com vistas, por exemplo, à nulidade dos
atos normativos expedidos no sentido de não admitir prova do tempo de serviço rural em nome
de terceiros não interrompe a prescrição quinquenal em relação às demandas individuais propostas
com a mesma finalidade.
5. (CESPE – Delegado da Polícia Federal – PF – 2013) – O direito de requerer pensão por morte
decai após dez anos da morte do segurado.
o Certo o Errado
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GABARITO
1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. B
5. Errado
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O benefício concedido a segurado ou dependente não pode ser objeto de penhora, arresto ou
sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a constituição de qualquer ônus
sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria para seu
recebimento.
Essa regra é abrandada nos casos em que a legislação previdenciária permite ao INSS descontar
da renda mensal do benefício:
Decreto n. 3.048/99
Art. 154. O Instituto Nacional do Seguro Social pode descontar da renda mensal do benefício:
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§1º O INSS estabelecerá requisitos adicionais para a efetivação dos descontos de que trata este
artigo, observados critérios de conveniência administrativa, segurança das operações, interesse dos
beneficiários e interesse público. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§1º-B A autorização do segurado prevista no § 1º-A deverá, sob pena de os descontos serem
excluídos automaticamente, ser revalidada a cada três anos, a partir de 31 de dezembro de 2021,
segundo critérios e requisitos a serem definidos em ato do INSS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
§1º-C A autorização do segurado de que trata o inciso V do caput poderá ser revogada, a qualquer
tempo, pelo próprio beneficiário. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - aposentados ou pensionistas, com objetivos inerentes a essas categorias; ou (Redação dada pelo
Decreto nº 10.537, de 2020)
II - pessoas de categoria profissional específica, cujo estatuto as preveja como associados ativos e
inativos, e que tenha dentre os seus objetivos a representação de aposentados ou
pensionistas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)
§1º-G Para fins de repasse do desconto efetuado pelo INSS, as entidades referidas no inciso V
do caput deverão estar em situação regular perante as Fazendas nacional, estadual, distrital e
municipal, a previdência social, FGTS, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal - Siafi, o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - Sicaf e o Cadastro
Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Cadin. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
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§1º-I O INSS deverá ser ressarcido das despesas realizadas em função da implementação e do
controle do acordo de cooperação técnica de que trata o § 1º-F pela instituição que o celebrar.
(Incluído pelo Decreto nº 10.537, de 2020)
Decreto n. 3.048/99
Art. 154
§ 11. Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos constituídos pelo
INSS em decorrência de benefício previdenciário ou assistencial pago indevidamente ou além do
devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial, nos
termos do disposto na Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial. (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 12. Será objeto de inscrição em dívida ativa, para fins do disposto no § 11, em conjunto ou
separadamente, o terceiro beneficiado que sabia ou deveria saber da origem do benefício pago
indevidamente em razão de fraude, dolo ou coação, desde que devidamente identificado em
procedimento administrativo de responsabilização. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
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O benefício será pago diretamente ao beneficiário, salvo em caso de ausência, moléstia contagiosa
ou impossibilidade de locomoção. Nesses casos, será pago ao procurador, cujo mandato não terá
prazo superior a 12 meses, podendo ser renovado ou revalidado pelos setores de benefícios do
INSS1.
O benefício devido ao segurado ou dependente civilmente incapaz será pago ao cônjuge, pai,
mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta e por período não superior a seis meses, o
pagamento a herdeiro necessário, mediante termo de compromisso firmado no ato do
recebimento. Não há mais a necessidade de apresentar o termo de curatela para se pagar o
benefício.
O segurado e o dependente, após dezesseis anos de idade, poderão firmar recibo de benefício,
independentemente da presença dos pais ou do tutor.
O valor não recebido em vida pelo segurado somente será pago aos seus dependentes habilitados
a título de pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil,
independentemente de inventário ou arrolamento. Ao valor de benefício que o segurado ou
dependente não recebeu, porque faleceu antes de recebê-lo, dá-se o nome de resíduo.
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LEGISLAÇÃO
Lei nº 8.213/1991
Art. 114. Salvo quanto a valor devido à Previdência Social e a desconto autorizado por esta Lei, ou
derivado da obrigação de prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode
ser objeto de penhora, arresto ou seqüestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou
a constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em
causa própria para o seu recebimento.
a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou(Redação dada pela Lei nº
13.183, de 2015)
b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.(Redação dada pela Lei nº
13.183, de 2015)
§ 1º Na hipótese do inciso II, o desconto será feito em parcelas, conforme dispuser o regulamento,
salvo má-fé.(Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 10.820, de 17.12.2003)
§ 2º Na hipótese dos incisos II e VI, haverá prevalência do desconto do inciso II.(Incluído pela Lei nº
10.820, de 17.12.2003)
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§ 3º Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos constituídos pelo
INSS em decorrência de benefício previdenciário ou assistencial pago indevidamente ou além do
devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial, nos
termos da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial. (Redação dada pela
Lei nº 13.846, de 2019)
§ 4º Será objeto de inscrição em dívida ativa, para os fins do disposto no § 3º deste artigo, em
conjunto ou separadamente, o terceiro beneficiado que sabia ou deveria saber da origem do
benefício pago indevidamente em razão de fraude, de dolo ou de coação, desde que devidamente
identificado em procedimento administrativo de responsabilização. (Redação dada pela Lei nº
13.846, de 2019)
§ 5º O procedimento de que trata o § 4º deste artigo será disciplinado em regulamento, nos termos
da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e no art. 27 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro
de 1942. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 6º Na hipótese prevista no inciso V do caput deste artigo, a autorização do desconto deverá ser
revalidada a cada 3 (três) anos, a partir de 31 de dezembro de 2021, nos termos do regulamento.
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
Decreto nº 3.048/99
Art. 154. O Instituto Nacional do Seguro Social pode descontar da renda mensal do benefício
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§1º O INSS estabelecerá requisitos adicionais para a efetivação dos descontos de que trata este
artigo, observados critérios de conveniência administrativa, segurança das operações, interesse dos
beneficiários e interesse público. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§1º-B A autorização do segurado prevista no § 1º-A deverá, sob pena de os descontos serem
excluídos automaticamente, ser revalidada a cada três anos, a partir de 31 de dezembro de 2021,
segundo critérios e requisitos a serem definidos em ato do INSS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)
§1º-C A autorização do segurado de que trata o inciso V do caput poderá ser revogada, a qualquer
tempo, pelo próprio beneficiário. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
I - aposentados ou pensionistas, com objetivos inerentes a essas categorias; ou (Redação dada pelo
Decreto nº 10.537, de 2020)
II - pessoas de categoria profissional específica, cujo estatuto as preveja como associados ativos e
inativos, e que tenha dentre os seus objetivos a representação de aposentados ou
pensionistas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)
§1º-G Para fins de repasse do desconto efetuado pelo INSS, as entidades referidas no inciso V
do caput deverão estar em situação regular perante as Fazendas nacional, estadual, distrital e
municipal, a previdência social, FGTS, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal - Siafi, o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - Sicaf e o Cadastro
Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Cadin. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)
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§1º-I O INSS deverá ser ressarcido das despesas realizadas em função da implementação e do
controle do acordo de cooperação técnica de que trata o § 1º-F pela instituição que o celebrar.
(Incluído pelo Decreto nº 10.537, de 2020)
...
Art. 156. O benefício será pago diretamente ao beneficiário, salvo em caso de ausência, moléstia
contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando será pago a procurador, cujo mandato não
terá prazo superior a doze meses, podendo ser renovado ou revalidado pelos setores de benefícios
do Instituto Nacional do Seguro Social.
Parágrafo único. O procurador do beneficiário deverá firmar, perante o Instituto Nacional do Seguro
Social, termo de responsabilidade mediante o qual se comprometa a comunicar ao Instituto qualquer
evento que possa anular a procuração, principalmente o óbito do outorgante, sob pena de incorrer
nas sanções criminais cabíveis.
Art. 157. O Instituto Nacional do Seguro Social apenas poderá negar-se a aceitar procuração quando
se manifestar indício de inidoneidade do documento ou do mandatário, sem prejuízo, no entanto,
das providências que se fizerem necessárias.
§1º O dependente excluído na forma prevista no § 9º do art. 16 ou que tenha a parte provisoriamente
suspensa na forma prevista no § 5º do art. 114 não poderá representar outro dependente para fins
de recebimento e percepção do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§2º O dependente que perder o direito à pensão por morte na forma prevista no § 5º do art. 105
não poderá representar outro dependente para fins de percepção do benefício. (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)
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A Constituinte quis que, com tal medida, essas pessoas de baixa renda pudessem sair da
informalidade e terem a garantia de benefícios previdenciários no valor de 01 salário-mínimo.
CF
Art. 201.
§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de
informalidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-
mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Nesse caso, são garantidos a esses segurados o benefício previdenciário no valor de 01 salário-
mínimo.
- aposentadoria programada;
- salário-maternidade.
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- auxílio-reclusão.
Essa forma de contribuição será abordada na aula sobre contribuição dos segurados por questões
didáticas.
==26a66d==
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