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Aula 10

INSS (Técnico do Seguro Social) Direito


Previdenciário - 2022 (Pós-Edital) - Profº
Adriana Menezes

Autor:
Adriana Menezes

19 de Setembro de 2022

18611005821 - Luiz Carlos da costa


Adriana Menezes
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Índice
1) Plano de Benefícios do RGPS: Abono Anual - TEORIA
..............................................................................................................................................................................................3

2) Plano de Benefícios do RGPS: Abono Anual - QUESTÕES


..............................................................................................................................................................................................8

3) Plano de Benefícios do RGPS: Acumulação de Benefícios - TEORIA


..............................................................................................................................................................................................
14

4) Plano de Benefícios do RGPS: Acumulação de Benefícios - QUESTÕES Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
28

5) Plano de Benefícios do RGPS: Decadência e Prescrição - TEORIA


..............................................................................................................................................................................................
37

6) Plano de Benefícios do RGPS: Decadência e Prescrição - QUESTÕES Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
42

7) Plano de Benefícios do RGPS: Descontos nos Benefícios - TEORIA


..............................................................................................................................................................................................
51

8) Plano de Benefícios do RGPS: Plano Simplificado de Previdência Social - TEORIA


..............................................................................................................................................................................................
59

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PLANO DE BENEFÍCIOS DO RGPS: DISPOSIÇÕES GERAIS E


ESPECÍFICAS

Abono anual

Inicialmente, vale dizer que o abono anual não é propriamente um benefício previdenciário. É o
valor equivalente “ao 13º salário” pago pelo INSS aos beneficiários. É a gratificação natalina.

O abono anual é o valor devido ao segurado ou ao dependente que, durante o ano, recebeu
benefício previdenciário, exceto salário-família.

Todo beneficiário que recebeu, durante o ano, auxílio por incapacidade temporária, auxílio-
acidente, aposentadorias, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-reclusão terá direito
de receber o chamado abono anual que será calculado da mesma forma que a gratificação natalina
dos trabalhadores.

Perceba que o único benefício previdenciário que não gera abono anual é o
salário-família.

O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina dos
trabalhadores e terá por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano e o seu pagamento será efetuado em duas parcelas, da seguinte forma:

I - a primeira parcela corresponderá a até 50% do valor do benefício devido no mês de agosto
e será paga juntamente com os benefícios dessa competência; e

II - a segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor
da primeira parcela e será paga juntamente com os benefícios da competência de novembro.

O recebimento de benefício por período inferior a 12 meses, dentro do mesmo ano, determina o
cálculo do abono anual de forma proporcional, segundo a lógica da gratificação natalina.

Quando o segurado ou dependente tiver o seu benefício cessado antes da data prevista pela
legislação previdenciária para o pagamento do abono anual, esse será pago juntamente com a
última parcela do benefício recebido.

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João, aposentado desde 1997, receberá no ano de 2021 o abono anual correspondente
ao valor de sua aposentadoria no mês de dezembro de 2021.

Helena gozou do benefício de auxílio por incapacidade temporária nos meses de janeiro
a março de 2021. Terá direito a 3/12 do valor do auxílio por incapacidade temporária a
título de abono anual que será pago pelo INSS juntamente com a última parcela do
auxílio por incapacidade temporária.

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LEGISLAÇÃO

Lei nº 8.213/1991

Art. 40. É devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdência Social que, durante o
ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-
reclusão.

Parágrafo único. O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação
de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de
dezembro de cada ano.

...

Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios da Previdência Social:

I – aposentadoria e auxílio-doença;

II – mais de uma aposentadoria;(Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

III – aposentadoria e abono de permanência em serviço;

IV – salário-maternidade e auxílio-doença;(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

V – mais de um auxílio-acidente;(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela
mais vantajosa.(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício


de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-
acidente.(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Decreto nº 3.048/99

Art. 120. Será devido abono anual ao segurado e ao dependente que, durante o ano, receberam
auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão
por morte ou auxílio-reclusão. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

§ 1º O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificação natalina dos
trabalhadores e terá por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano e o seu pagamento será efetuado em duas parcelas, da seguinte forma: (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

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I - a primeira parcela corresponderá a até cinquenta por cento do valor do benefício devido no mês
de agosto e será paga juntamente com os benefícios dessa competência; e (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020).

II - a segunda parcela corresponderá à diferença entre o valor total do abono anual e o valor da
primeira parcela e será paga juntamente com os benefícios da competência de novembro. (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020).

§ 2º O valor do abono anual correspondente ao período de duração do salário-maternidade será


pago, em cada exercício, juntamente com a última parcela do benefício nele devida. (Incluído pelo
Decreto nº 4.032, de 2001)

...

Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
==26a66d==

seguintes benefícios do RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

I - aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

II - mais de uma aposentadoria;

III - aposentadoria com abono de permanência em serviço;

IV - salário-maternidade com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

V - mais de um auxílio-acidente;

VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;

VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;

VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e

IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

§ 1º Nas hipóteses de que tratam os incisos VI, VII e VIII do caput, fica facultado ao dependente
optar pela pensão mais vantajosa, observado o disposto no art. 167-A. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)

§ 2º É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação


continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente,
auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.

§ 3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que
trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, que não poderá ser reduzido em razão de eventual

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aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a


sua concessão.

§ 4º O segurado recluso em regime fechado, durante a percepção, pelos dependentes, do benefício


de auxílio-reclusão, não terá o direito aos benefícios de salário-maternidade e de aposentadoria
reconhecido, exceto se manifestada a opção pelo benefício mais vantajoso também pelos
dependentes. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

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QUESTÕES COMENTADAS

Abono anual

1. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 16ª Região/2014) – Airton, filiado ao Regime
Geral de Previdência Social, recebeu durante o ano auxílio-reclusão. Dessa forma, a ele o abono
anual
a) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado
dos trabalhadores, tendo por base o valor médio da renda mensal do benefício do mês de
dezembro do referido ano.
b) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, auxílio-doença e
aposentadoria.
c) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado dos
trabalhadores, tendo por base o valor da hora mensal trabalhada.
d) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, aposentadoria.
e) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro do
referido ano.

Comentários:

Alternativa correta: “e”. É o que dispõe o art. 120, § 1º do Decreto nº 3.048/99 (Regulamento da
Previdência Social – RPS).

Com a determinação contida no art. 120, § 1º do Decreto nº 3.048/99, conclui-se que as


alternativas “a” e “c” são incorretas.

Alternativa “b” e “d” estão incorretas. O abono anual será devido ao segurado e ao dependente
que, durante o ano, recebeu auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria
voluntária, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão.

2. (FCC – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador – TRT 5ª Região/2013) – Os segurados


e dependentes da Previdência Social farão jus ao abono anual, se receberem os benefícios I e
a forma de cálculo do abono será: II:
As lacunas I e II são preenchidas, correta e respectivamente, por:
a) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte, salário-maternidade ou
auxílio-reclusão; II. no que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos

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trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.
b) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda média anual do benefício.
c) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano.
d) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou
auxílio-reclusão; II. no que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de janeiro de cada
ano.
e) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefício do mês de novembro de cada ano.

Comentários:

A questão exige um pouco mais de cuidado do candidato para que ele possa identificar quais
seriam os termos adequados para preencher as lacunas I e II. Ela trata do abono anual que é a
gratificação natalina que os beneficiários do RGPS têm direito por terem recebido, durante o ano,
benefício de:

• auxílio por incapacidade temporária;


• auxílio-acidente;
• aposentadorias;
• salário-maternidade;
• pensão por morte;
• auxílio-reclusão.

O abono anual será calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.

Alternativa correta: “c” pela banca examinadora, vez que considerou o que está disposto no art.
40, da Lei nº 8.213/91.

No entanto, a alternativa “a” é a mais correta porque segue o que dispõe o art. 120, do Decreto
nº 3.048/99. O salário-maternidade dará direito, também, ao abono anual.

3. (CESPE – Juiz do Trabalho Substituto 5ª Região/2013) – Em relação ao abono anual a ser pago
aos segurados da Previdência Social, é correto afirmar que

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a) ele é calculado mediante aplicação do fator previdenciário sobre a última remuneração recebida
pelo trabalhador.
b) ele somente pode ser recebido cumulativamente com o benefício mensal e com a gratificação
de natal.
c) ele é devido no início e no fim do recebimento de uma série de benefícios.
d) seu valor deve ser calculado da mesma forma que a gratificação de natal dos trabalhadores.
e) o valor base para seu cálculo consiste na remuneração do 1° mês do ano em que o trabalhador
receber qualquer benefício.

Comentários:

O abono anual é o valor devido ao segurado e ao dependente que, durante o ano, recebeu
benefício previdenciário. Todo beneficiário que recebeu, durante o ano, auxílio por incapacidade
temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou auxílio-
reclusão terá direito de receber o chamado abono anual que será calculado da mesma forma que
a gratificação natalina dos trabalhadores. É o valor equivalente “ao 13º salário” pago pelo INSS
aos beneficiários do RGPS. Será calculado, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.

Afirmativa “a”: incorreta. Não há que se falar em fator previdenciário no cálculo do abono anual.
Ele será calculado tendo por base o valor da renda mensal do benefício no mês de dezembro de
cada ano.

Afirmativa “b”: incorreta. O abono anual é a própria gratificação natalina.

Afirmativa “c”: incorreta. O abono anual é pago aos beneficiários do RGPS em duas parcelas
quando o benefício é pago durante todo o ano. Quando o segurado ou dependente tiver o seu
benefício cessado antes da data prevista pela legislação previdenciária para o pagamento do
abono anual, este será pago juntamente com a última parcela do benefício recebido.

Afirmativa correta: “d”. É o que dispõe o art. 40, parágrafo único da Lei nº 8.213/91.

Afirmativa “e”: incorreta. A base de cálculo do abono anual é o valor da renda mensal do benefício
do mês de dezembro de cada ano. E somente será devido para aqueles que receberam, durante
o ano, auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade,
pensão por morte ou auxílio-reclusão.

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LISTA DE QUESTÕES

Abono anual

1. (FCC – Analista Judiciário – Área Judiciária – TRT 16ª Região/2014) – Airton, filiado ao Regime
Geral de Previdência Social, recebeu durante o ano auxílio-reclusão. Dessa forma, a ele o abono
anual
a) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado
dos trabalhadores, tendo por base o valor médio da renda mensal do benefício do mês de
dezembro do referido ano.
b) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, auxílio-doença e
==26a66d==

aposentadoria.
c) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que o Descanso Semanal Remunerado dos
trabalhadores, tendo por base o valor da hora mensal trabalhada.
d) não é devido, pois o mesmo cabe apenas a quem recebeu, durante o ano, aposentadoria.
e) é devido, calculado, no que couber, da mesma forma que a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro do
referido ano.

2. (FCC – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador – TRT 5ª Região/2013) – Os segurados


e dependentes da Previdência Social farão jus ao abono anual, se receberem os benefícios I e
a forma de cálculo do abono será: II:
As lacunas I e II são preenchidas, correta e respectivamente, por:
a) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte, salário-maternidade ou
auxílio-reclusão; II. no que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos
trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada
ano.
b) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda média anual do benefício.
c) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefício do mês de dezembro de cada ano.
d) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou
auxílio-reclusão; II. no que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos

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trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefício do mês de janeiro de cada
ano.
e) I. auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão; II. no
que couber, da mesma forma que se calcula a Gratificação de Natal dos trabalhadores, tendo por
base o valor da renda mensal do benefício do mês de novembro de cada ano.

3. (CESPE – Juiz do Trabalho Substituto 5ª Região/2013) – Em relação ao abono anual a ser pago
aos segurados da Previdência Social, é correto afirmar que
a) ele é calculado mediante aplicação do fator previdenciário sobre a última remuneração recebida
pelo trabalhador.
b) ele somente pode ser recebido cumulativamente com o benefício mensal e com a gratificação
de natal.
c) ele é devido no início e no fim do recebimento de uma série de benefícios.
d) seu valor deve ser calculado da mesma forma que a gratificação de natal dos trabalhadores.
e) o valor base para seu cálculo consiste na remuneração do 1° mês do ano em que o trabalhador
receber qualquer benefício.

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GABARITO

1. E
2. A
3. D

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ESPECÍFICAS

Acumulação de benefícios

A legislação previdenciária traz uma série de vedações de acumulação de benefícios por uma
mesma pessoa.

A Emenda Constitucional nº 103/2019 que trouxe a Nova Reforma Previdenciária passa a


determinar que alterações nas regras de acumulação de benefícios devem ser feitas por meio de
lei complementar.

Até então, as regras de acumulação de benefícios estavam dispostas na Lei nº 8.213/91 – lei
ordinária. Agora, após a reforma previdenciária, se tiver que haver alteração, deverá ser trazida por
lei complementar.

Emenda Constitucional nº 103/2019

Art. 24...

§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação vigente na data de entrada
em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma do § 6º do art. 40 e do § 15
do art. 201 da Constituição Federal.

Constituição Federal

Art. 201...

§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios
previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Ressalvados os direitos adquiridos no passado em razão de autorizações legais já revogadas, são


inacumuláveis, ou seja, é vedado o recebimento conjunto dos seguintes benefícios previdenciários:

Lei n. 8.213/91

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Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios da Previdência Social:

I - aposentadoria e auxílio-doença;

II - mais de uma aposentadoria;

III - aposentadoria e abono de permanência em serviço;

IV - salário-maternidade e auxílio-doença;

V - mais de um auxílio-acidente;

VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela
mais vantajosa.

Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício


de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-acidente.

Decreto n. 3.048/99

Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
seguintes benefícios do RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: (Redação
dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

I - aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

II - mais de uma aposentadoria;

III - aposentadoria com abono de permanência em serviço;

IV - salário-maternidade com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

V - mais de um auxílio-acidente;

VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;

VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;

VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e

IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

§1º Nas hipóteses de que tratam os incisos VI, VII e VIII do caput, fica facultado ao dependente optar
pela pensão mais vantajosa, observado o disposto no art. 167-A. (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

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§2º É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação


continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente,
auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.

§3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que
trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, que não poderá ser reduzido em razão de eventual
aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a
sua concessão.

§4º O segurado recluso em regime fechado, durante a percepção, pelos dependentes, do benefício
de auxílio-reclusão, não terá o direito aos benefícios de salário-maternidade e de aposentadoria
reconhecido, exceto se manifestada a opção pelo benefício mais vantajoso também pelos
dependentes. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

1) Auxílio por incapacidade temporária com aposentadoria.


==26a66d==

Um aposentado não pode receber juntamente com sua aposentadoria o benefício de auxílio por
incapacidade temporária. Caso ele, aposentado, retorne à atividade remunerada abrangida pelo
RGPS e fique incapacitado temporariamente para o exercício do trabalho ou de suas atividades
habituais por mais de 15 dias consecutivos, não lhe será concedido o auxílio por incapacidade
temporária apesar de ter que contribuir em relação à nova atividade que vinha exercendo.

2) Auxílio por incapacidade temporária com salário-maternidade.

Caso o segurado ou a segurada esteja em gozo de salário-maternidade, não poderá usufruir do


auxílio por incapacidade temporária. O segurado ou a segurada em gozo de auxílio por
incapacidade temporária, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, terá o benefício
suspenso administrativamente enquanto perdurar o salário-maternidade, devendo o benefício por
incapacidade ser restabelecido a contar do primeiro dia seguinte ao término dos 120 (cento e vinte)
dias, caso a data da cessação do auxílio por incapacidade temporária tenha sido fixada em data
posterior ao período de percepção do salário-maternidade.

3) Auxílio por incapacidade temporária com auxílio-acidente se a causa de ambos for a


mesma.

No caso de reabertura de auxílio por incapacidade temporária decorrente de incapacidade


temporária oriunda de acidente (de trabalho ou de qualquer natureza) que tenha dado ensejo à
concessão de auxílio-acidente, este deverá ser suspenso até a cessação do auxílio por incapacidade
temporária restabelecido. Isso porque uma única causa (acidente) não pode dar direito a dois
benefícios para o beneficiário.

Por outro lado, caso um segurado esteja recebendo auxílio-acidente e fique incapacitado
temporariamente por motivo diverso daquele acidente que culminou na concessão do auxílio-
acidente, poderá receber auxílio por incapacidade temporária e auxílio-acidente.

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4) Mais de um auxílio-acidente.

No caso de haver outro acidente que venha gerar o direito a um novo auxílio-acidente, o segurado
não poderá receber dois ou mais benefícios dessa espécie. Receberá apenas um auxílio-acidente,
tendo o direito de optar pelo de valor mais vantajoso.

5) Auxílio-acidente com aposentadoria.

Com o advento da Lei nº 9.528/97 não é mais possível acumular auxílio-acidente com qualquer
aposentadoria. Ao se aposentar, o segurado que estava recebendo auxílio-acidente terá este
benefício cessado.

O valor do auxílio-acidente, no entanto, integrará o cálculo do salário de benefício de qualquer


das aposentadorias do RGPS.

6) Mais de uma aposentadoria paga pelo RGPS.

Mesmo que após sua aposentadoria, a pessoa volte a trabalhar e a contribuir para a previdência
social, não terá direito a outra aposentadoria.

Agora, caso uma pessoa seja segurada obrigatória do RGPS e, também, segurada obrigatória de
um RPPS, poderá acumular as duas aposentadorias concedidas por cada regime de previdência
social.

É bom deixar claro que a EC nº 103/2019 não trouxe qualquer vedação no caso
de a mesma pessoa receber aposentadorias de regimes distintos de previdência.

7) Aposentadoria com abono de permanência em serviço.

O abono de permanência em serviço era um benefício garantido aos segurados que já tivessem
preenchido os requisitos para a aposentadoria por tempo de serviço, mas não a tivessem
requerido. Com isso, teria direito a receber 25% do salário de benefício. Esse benefício teve sua
revogação trazida pela Lei nº 8.870/94.

8) Seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação continuada da previdência


social, exceto com auxílio-acidente, pensão por morte e auxílio-reclusão.

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A pessoa não poderá receber seguro-desemprego juntamente com outro benefício da previdência
social, como, por exemplo, salário-maternidade.

Mas, poderá acumular seguro-desemprego com pensão por morte, auxílio-reclusão ou auxílio-
acidente.

9) Salário-maternidade para segurado e segurada adotantes da mesma criança.

Conforme já foi abordado em outra aula, o salário-maternidade poderá ser pago ao segurado ou
segurada que adotar ou tiver a guarda judicial para fins de adoção.

No entanto, não poderá o benefício ser concedido a ambos pelo mesmo fato gerador – a adoção
ou guarda judicial para fins de adoção da mesma criança-, ainda que um dos adotantes seja
segurado de regime próprio de previdência social.

10) BPC-LOAS com benefícios da seguridade social

O BPC-LOAS não pode ser recebido com outro benefício da seguridade social, exceto o de
assistência médica e o de pensão de natureza indenizatória.

11) Auxílio-inclusão

O benefício assistencial de auxílio-inclusão não será acumulado com os benefícios de:

• BPC-LOAS;
• aposentadoria;
• pensão;
• benefícios por incapacidade pagos por qualquer regime de previdência social e
• seguro-desemprego.

Lei nº 8.742/93

Art. 26-C. O pagamento do auxílio-inclusão não será acumulado com o pagamento de: (Incluído
pela Lei nº 14.176, de 2021)

I – benefício de prestação continuada de que trata o art. 20 desta Lei;

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II – prestações a título de aposentadoria, de pensões ou de benefícios por incapacidade pagos por


qualquer regime de previdência social; ou

III – seguro-desemprego.

12) Mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do
mesmo regime de previdência social.

É o que dispõe o caput do art. 24 da EC nº 103/2019:

Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou
companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo
instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição
Federal.

Assim, se a pessoa já recebe pensão por morte de cônjuge ou companheiro, não poderá receber
pensão por morte paga pelo RGPS em razão de outro cônjuge ou companheiro.

Mas, poderá receber pensão por morte de cônjuge e de filho? Sim. Não há vedação nesse caso.

Pode a mesma pessoa receber pensão por morte do mesmo cônjuge, uma paga
pelo RGPS e outra paga por um regime próprio? Sim. O que não pode é acumular a pensão por
morte de cônjuge ou companheiro no mesmo regime de previdência.

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Importante trazer a informação de que a Reforma Previdenciária de 2019 inovou quanto


à possibilidade de acumular pensão por morte de cônjuge ou companheiro de mais de
um regime de previdência, bem como de acumular pensão com aposentadorias.

- Poderão ser recebidas pensão por morte de regimes de previdência distintos? Sim.

- Poderão ser recebidos pensão por morte e aposentadorias? Sim.

Essa possibilidade veio regulamentada pelo art. 167-A do Decreto n. 3.048/99:

Art. 167-A. Será admitida a acumulação dos seguintes benefícios: (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

I - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com pensão por morte
concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades
militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)

II - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com aposentadoria do
mesmo regime e de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade
decorrentes das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; ou (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

III - de aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pensão deixada por cônjuge ou
companheiro de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição. (Incluído pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)

Será, então, admitida a acumulação de:

Ø pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social
com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões
decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;
Ø pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social
com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de
regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das
atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou

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Ø pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição
Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou
de regime próprio de previdência social.

Nas hipóteses das acumulações acima, é assegurada a percepção do valor integral do benefício
mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de
acordo com as seguintes faixas:

I – 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2
(dois) salários-mínimos;

II – 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de
3 (três) salários-mínimos;

III – 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4
(quatro) salários-mínimos; e

IV – 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.

Valor a ser
Benefício menos vantajoso Redutor
pago

Até 01 salário-mínimo 100% 0


Maior de 01 até 02 salários-

+
60% 40%
Benefício mais mínimos
vantajoso Maior de 02 até 03 salários-
40% 60%
mínimos
Maior de 03 até 04 salários-
20% 80%
mínimos
Acima de 04 salários-mínimos 10% 90%

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Ficou garantido não haver redução quando o benefício menos vantajoso for de
até 01 salário-mínimo.

Ø Maria está recebendo pensão por morte de seu marido no valor de R$ 2.000,00 e pretende se
aposentar.
Ø O valor de sua aposentadoria terá o valor de R$ 3.000,00.
Ø Poderá Maria receber conjuntamente os dois benefícios?
Ø Sim. Pensão por morte e aposentadoria são acumuláveis.
Ø O benefício menos vantajoso, no caso, a pensão por morte, sofrerá uma redução. Como?
Ø Considerando o salário-mínimo vigente, a partir de janeiro de 2022, no valor de R$ 1.212,001, a
redução do valor da pensão por morte de Maria será na ordem de 40% sobre o valor que supera R$
1.212,00.
Ø Sobre R$ 788,00 (2.000,00 – 1.212,00) aplica-se 60% para pagamento do benefício, chegando-se a
R$ 472,80.
Ø A pensão por morte que Maria recebe vai passar a ser de R$1.684,80.

Ø João recebe pensão por morte deixada por seu companheiro, paga pelo RGPS, no valor de R$
6.000,00.
Ø Em breve irá se aposentar pelo regime próprio do Estado do Amapá e o valor do benefício será de
R$ 10.000,00.
Ø Poderá João receber conjuntamente os dois benefícios?
Ø Sim. Pensão por morte e aposentadoria são acumuláveis.
Ø O benefício menos vantajoso, no caso, a pensão por morte, sofrerá uma redução. Sim
Ø Como?
Ø Considerando o salário-mínimo vigente em janeiro de 2022 no valor de R$ 1.212,00, a redução do
valor da pensão por morte de João recairá sobre os valores acima de R$ 1.212,00. Sobre esses
valores que estão acima de 01 salário-mínimo, paga-se:

1
Para o ano de 2022, o valor do salário-mínimo é de R$ 1.212,00.

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Ø 60% sobre o valor que supera R$ 1.212,01 até R$2.424,00. A parcela devida será de R$ 727,20.
Ø 40% sobre o valor que supera R$ 2.424,01 até R$ 3.636,00. A parcela devida será de R$ 484,80.
Ø 20% sobre o valor que supera R$ 3.636,01 até R$ 4.848,00. A parcela devida será de R$ 242,40.
Ø 10% sobre o valor que supera R$ 4.848,01 (6.000,00 – 4.848,00 = 1.152,00). A parcela devida será
de R$ 115,20.
Ø Somando-se todas as parcelas, terá o valor de pensão por morte de R$ 2.781,40 (1.212 + 727,20 +
484,80 + 242,40 + 115,20).
Ø A pensão por morte que João recebe vai passar a ser de R$ 2.781,40.

De todo modo, essa redução no benefício menos vantajoso poderá ser revista a qualquer tempo,
a pedido do interessado, em razão de alteração de algum dos benefícios.

• Auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria;


• Auxílio por incapacidade temporária e salário-maternidade;
• mais de uma aposentadoria no RGPS;
• aposentadoria e abono de permanência em serviço;
• mais de um auxílio-acidente;
• mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro no
mesmo regime de previdência;
BENEFÍCIOS QUE NÃO
PODEM SER RECEBIDOS • salário-maternidade para segurado e segurada, ambos

CONJUNTAMENTE adotantes da mesma criança;


• benefícios previdenciários com seguro-desemprego, exceto
auxílio-acidente, pensão por morte e auxílio-reclusão;
• BPC-LOAS com benefícios da seguridade social, exceto
benefícios de assistência médica e pensão de natureza
indenizatória;
• Auxílio-inclusão com BPC-LOAS, aposentadorias, benefícios
por incapacidade de qualquer regime e pensão.

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LEGISLAÇÃO

Emenda Constitucional nº 103/2019

Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou
companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo
instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição
Federal.

§ 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de:

I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes
das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;

II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com
aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio
de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que
tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou

III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição
Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de
regime próprio de previdência social.

§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral
do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada
cumulativamente de acordo com as seguintes faixas:

I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois)
salários-mínimos;

II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três)
salários-mínimos;

III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro)
salários-mínimos; e

IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.

§ 3º A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado,


em razão de alteração de algum dos benefícios.

§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido
adquirido antes da data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional.

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§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação vigente na data de entrada
em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma do § 6º do art. 40 e do § 15
do art. 201 da Constituição Federal.

Lei nº 8.213/1991

Art. 124. Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios da Previdência Social:

I – aposentadoria e auxílio-doença;

II – mais de uma aposentadoria;(Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

III – aposentadoria e abono de permanência em serviço;

IV – salário-maternidade e auxílio-doença;(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

V – mais de um auxílio-acidente;(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

VI – mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, ressalvado o direito de opção pela
mais vantajosa.(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Parágrafo único. É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício


de prestação continuada da Previdência Social, exceto pensão por morte ou auxílio-
acidente.(Incluído dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Decreto nº 3.048/99

Art. 167. Exceto na hipótese de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos
seguintes benefícios do RGPS, inclusive quando decorrentes de acidente do trabalho: (Redação dada
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

I - aposentadoria com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

II - mais de uma aposentadoria;

III - aposentadoria com abono de permanência em serviço;

IV - salário-maternidade com auxílio por incapacidade temporária; (Redação dada pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

V - mais de um auxílio-acidente;

VI - mais de uma pensão deixada por cônjuge;

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VII - mais de uma pensão deixada por companheiro ou companheira;

VIII - mais de uma pensão deixada por cônjuge e companheiro ou companheira; e

IX - auxílio-acidente com qualquer aposentadoria.

§ 1º Nas hipóteses de que tratam os incisos VI, VII e VIII do caput, fica facultado ao dependente
optar pela pensão mais vantajosa, observado o disposto no art. 167-A. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)

§ 2º É vedado o recebimento conjunto do seguro-desemprego com qualquer benefício de prestação


continuada da previdência social, exceto pensão por morte, auxílio-reclusão, auxílio-acidente,
auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço.

§ 3º É permitida a acumulação dos benefícios previstos neste Regulamento com o benefício de que
trata a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982, que não poderá ser reduzido em razão de eventual
aquisição de capacidade laborativa ou de redução de incapacidade para o trabalho ocorrida após a
sua concessão.

§ 4º O segurado recluso em regime fechado, durante a percepção, pelos dependentes, do benefício


de auxílio-reclusão, não terá o direito aos benefícios de salário-maternidade e de aposentadoria
reconhecido, exceto se manifestada a opção pelo benefício mais vantajoso também pelos
dependentes. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

Art. 167-A. Será admitida a acumulação dos seguintes benefícios: (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

I - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com pensão por morte
concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades
militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)

II - de pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro do RGPS com aposentadoria do
mesmo regime e de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade
decorrentes das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição; ou (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

III - de aposentadoria concedida no âmbito do RGPS com pensão deixada por cônjuge ou
companheiro de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes
das atividades militares de que tratam o art. 42 e o art. 142 da Constituição. (Incluído pelo Decreto
nº 10.410, de 2020)

§ 1º Nas hipóteses de acumulação previstas no caput, fica assegurada a percepção do valor integral
do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada
cumulativamente de acordo com as seguintes faixas: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

I - sessenta por cento do valor que exceder um salário-mínimo, até o limite de dois salários-
mínimos;(Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

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II - quarenta por cento do valor que exceder dois salários-mínimos, até o limite de três salários-
mínimos; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

III - vinte por cento do valor que exceder três salários-mínimos, até o limite de quatro salários-
mínimos; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

IV - dez por cento do valor que exceder quatro salários-mínimos. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

§ 2º A aplicação do disposto no § 1º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado,


em razão de alteração de algum dos benefícios. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 3º Na hipótese de recebimento de pensão desdobrada, para fins de aplicação do disposto no §


1º, em relação a esse benefício, será considerado o valor correspondente ao somatório da cota
individual e da parcela da cota familiar, devido ao pensionista, que será revisto em razão do fim do
desdobramento ou da alteração do número de dependentes. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)

§ 4º As restrições previstas neste artigo não se aplicam caso o direito aos benefícios tenha sido
adquirido até 13 de novembro de 2019. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 5º Para fins do disposto neste artigo, no ato de habilitação ou concessão de benefício sujeito a
acumulação, o INSS deverá: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

I - verificar a filiação do segurado ao RGPS ou a regime próprio de previdência social; (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)

II - solicitar ao segurado que manifeste expressamente a sua opção pelo benefício que lhe seja mais
vantajoso; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

III - quando for o caso, verificar a condição do segurado ou pensionista, de modo a considerar, dentre
outras, as informações constantes do CNIS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 6º O Ministério da Economia manterá sistema de cadastro dos segurados do RGPS e dos servidores
vinculados a regimes próprios de previdência social, e poderá, para tanto, firmar acordo de
cooperação com outros órgãos da administração pública federal, estadual, distrital ou municipal para
a manutenção e a gestão do referido sistema de cadastro. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de
2020)

§ 7º Até que o sistema de que trata o § 6º seja implementado, a comprovação de que o aposentado
ou o pensionista cônjuge ou companheira ou companheiro do RGPS não recebe aposentadoria ou
pensão de outro regime próprio de previdência social será feita por meio de autodeclaração, a qual
o sujeitará às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis caso seja constatada a emissão de
declaração falsa. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 8º Caberá ao aposentado ou pensionista do RGPS informar ao INSS a obtenção de aposentadoria


ou pensão de cônjuge ou companheira ou companheiro de outro regime, sob pena de suspensão
do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

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QUESTÕES COMENTADAS

Acumulação de benefícios

CEBRASPE

1. (Cebraspe – Delegado da Polícia Federal – 2021) Luzia é segurada da previdência social na


categoria empregada e é beneficiária de auxílio-acidente. No ano de 2015, ao atingir a idade
mínima para aposentadoria, ela requereu o benefício ao INSS e, em razão do indeferimento,
ajuizou, nesse mesmo ano, ação previdenciária. Na instrução processual, ficou comprovado que
alguns períodos de contribuição constantes no sistema do INSS eram falsos, tendo sido
dolosamente inseridos no sistema, de forma indevida, para que Luzia obtivesse a vantagem de
majoração do tempo de contribuição.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
- Caso a aposentadoria de Luzia seja futuramente deferida, será possível a acumulação desse
benefício com o auxílio-acidente.
o Certo o Errado

Comentários:

Salvo direito adquirido, que não é o caso de Luzia, o auxílio-acidente cessa com a concessão de
aposentadoria. Não poderá haver acumulação da aposentadoria com o auxílio-acidente. Assertiva
incorreta.

2. (CEBRASPE - 2021 - PGE-AL - Procurador do Estado) – No RGPS, considerando-se a inexistência


de direito adquirido, é permitido acumular
a) auxílio-doença com salário-maternidade.
b) auxílio-doença com aposentadoria por tempo de contribuição.
c) auxílio-acidente com seguro-desemprego.
d) duas pensões por morte, desde que sejam diversos os cônjuges ou companheiros falecidos.
e) auxílio-doença com auxílio-reclusão.

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Comentários:

Alternativa “a”: incorreta. Auxílio-doença, atualmente denominado auxílio por incapacidade


temporária, não se acumula, em hipótese alguma, com salário-maternidade.

Alternativa “b”: incorreta. Auxílio-doença não se acumula com qualquer aposentadoria. Se o


segurado for aposentado e voltar a exercer atividade remunerada, mesmo que fique incapacitado
temporariamente, não terá direito de receber auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença).

Alternativa correta: “c”. O benefício de seguro-desemprego não pode ser recebido conjuntamente
com benefícios previdenciários, exceto auxílio-acidente, pensão por morte e auxílio-reclusão.

Alternativa “d”: incorreta. O RGPS prevê que não se pode receber mais de uma pensão por morte
de cônjuge ou companheiro(a). Há, porém, a possibilidade de optar pela pensão mais vantajosa.

Alternativa “e”: correta. O benefício de auxílio-doença é devido ao segurado e o de auxílio-


reclusão é devido ao conjunto de dependentes do segurado. Uma mesma pessoa pode, sim,
receber os dois benefícios.

O que a lei prevê é que, quando o segurado de baixa renda for preso e estiver recebendo auxílio-
doença, não será devido auxílio-reclusão para seus dependentes.

3. (CESPE – Procurador – PGM Manaus – 2018 - adaptada) – Márcio, com sessenta e cinco anos
de idade e trinta e cinco anos de contribuição como empresário, compareceu a uma agência
da previdência social para requerer sua aposentadoria. Após análise, o INSS indeferiu a
concessão do benefício sob os fundamentos de que ele já era beneficiário de pensão por morte
e que não tinha atingido a idade mínima para a aposentadoria voluntária.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o
item subsequente.
- A decisão da autarquia previdenciária está parcialmente correta porque, embora Márcio tenha
atendido aos requisitos concessórios do benefício, ele não pode acumular a aposentadoria com a
pensão por morte.
o Certo o Errado

Comentários:

Não há óbice no acúmulo de aposentadoria com pensão por morte. Esses dois benefícios
apresentam fatos geradores e pressupostos fáticos distintos. Assertiva incorreta.

4. (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PE – 2017) – Acerca da filiação, acumulação de


benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o item a seguir.

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- Situação hipotética: Depois de aposentar-se por tempo de serviço pelo RGPS, José continuou
trabalhando como empregado, tendo voltado a contribuir regularmente com a previdência social;
porém, após um ano no novo emprego, sofreu um acidente de trabalho e ficou temporariamente
incapacitado para laborar.
Assertiva: Nessa situação, José terá direito a receber, cumulativamente, a aposentadoria e o
auxílio-doença.
o Certo o Errado

Comentários:

De acordo com o disposto no inciso I do art. 124 da Lei nº 8.213/91 e o disposto no disposto no
inciso I do art. 167 do Decreto nº 3.048/99, não pode o segurado receber conjuntamente
aposentadoria e auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença). Assertiva incorreta.

5. (CESPE – Defensor Público – DPE/AL – 2017 - adaptada) – Se uma pessoa que tenha sido
contribuinte individual por trinta anos se aposentar pelo registro geral de previdência social
(RGPS) e, após essa primeira aposentadoria, passar a contribuir para o RGPS como segurada-
empregada, ela poderá acumular essa aposentadoria por tempo de contribuição com
a) o salário-maternidade proveniente de adoção.
b) a aposentadoria por idade.
c) a aposentadoria especial.
d) a aposentadoria por incapacidade permanente.
e) o auxílio-doença.

Comentários:

O segurado aposentado que retornar ao exercício da atividade remunerada terá direito de receber
salário-família e salário-maternidade em relação à nova atividade.

Assim, a única alternativa que apresenta opção correta é “a”.

Alternativa correta: “a”.

6. (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2016 - adaptada) – É admissível a cumulação


de pensão por morte com aposentadoria.
o Certo o Errado

Comentários:

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Não há óbice no acúmulo de aposentadoria com pensão por morte. Esses dois benefícios
apresentam fatos geradores e pressupostos fáticos distintos. Assertiva correta.

7. (CESPE/Defensor Público Federal/DPU/2015) - A respeito dos benefícios e serviços do RGPS,


julgue o próximo item.
- A lei vigente veda a cumulação de auxílio-acidente com aposentadoria.
o Certo o Errado

Comentários:

Item correto. Segundo a legislação previdenciária vigente, o auxílio-acidente será cessado com a
concessão de qualquer aposentadoria.

8. (CESPE/Defensor Público Federal/DPU/2015 - adaptada) - A respeito dos benefícios e serviços


do RGPS, julgue o próximo item.
- É vedada a cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da
aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez que ambos os casos apresentam
pressupostos fáticos e fatos geradores análogos.
o Certo o Errado

Comentários:

Item incorreto. O entendimento que se dá em relação à cumulação de pensão por morte com
aposentadoria é o inverso daquele descrito na assertiva.

A pensão por morte é concedida à pessoa física na condição de dependente de um segurado do


RGPS.

A aposentadoria é concedida à pessoa física na condição de segurado do RGPS.

Veja o enunciado da súmula nº 36 da TNU:

Não há vedação legal à cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o
benefício da aposentadoria por invalidez, por apresentarem pressupostos fáticos e fatos
geradores distintos.

9. (CESPE/Defensor Público Federal/DPU/2015 - adaptada) - A respeito dos benefícios e serviços


do RGPS, julgue o próximo item.
– Segundo a legislação, é vedado ao segurado receber mais de uma aposentadoria do RGPS.
Entretanto, não há impedimento a que o segurado receba aposentadoria desse regime e
aposentadoria do serviço público.

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o Certo o Errado

Comentários:

Perfeita a assertiva! É possível receber mais de uma aposentadoria, desde que os regimes sejam
distintos. Uma pessoa física pode ser segurada obrigatória no RGPS e no RPPS. Isso vai depender
das atividades que exercer.

Sendo assim, contribuirá para os dois regimes previdenciários e terá, por consequência, benefícios
pagos pelos dois regimes, considerando, cada regime, as regras relativas ao seu enquadramento
como segurado obrigatório e aos requisitos para concessão dos benefícios. Item correto.

10. (CESPE – SERPRO – 2013 - adaptada) - De acordo com a legislação previdenciária, um segurado
do RGPS que seja beneficiário de auxílio-acidente decorrente da consolidação de lesões que o
tenham deixado com sequelas definitivas poderá receber esse benefício conjuntamente com
aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de outro evento.
o Certo o Errado

Comentários:

Aposentadoria e auxílio-acidente não se cumulam. O auxílio-acidente é cessado com a concessão


de qualquer aposentadoria. Assertiva incorreta.

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LISTA DE QUESTÕES

Acumulação de benefícios

CEBRASPE

1. (Cebraspe – Delegado da Polícia Federal – 2021) Luzia é segurada da previdência social na


categoria empregada e é beneficiária de auxílio-acidente. No ano de 2015, ao atingir a idade
mínima para aposentadoria, ela requereu o benefício ao INSS e, em razão do indeferimento,
ajuizou, nesse mesmo ano, ação previdenciária. Na instrução processual, ficou comprovado que
alguns períodos de contribuição constantes no sistema do INSS eram falsos, tendo sido
dolosamente inseridos no sistema, de forma indevida, para que Luzia obtivesse a vantagem de
majoração do tempo de contribuição.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue os itens a seguir.
- Caso a aposentadoria de Luzia seja futuramente deferida, será possível a acumulação desse
benefício com o auxílio-acidente.
o Certo o Errado

2. (CEBRASPE - 2021 - PGE-AL - Procurador do Estado) – No RGPS, considerando-se a inexistência


de direito adquirido, é permitido acumular
a) auxílio-doença com salário-maternidade.
b) auxílio-doença com aposentadoria por tempo de contribuição.
c) auxílio-acidente com seguro-desemprego.
d) duas pensões por morte, desde que sejam diversos os cônjuges ou companheiros falecidos.
e) auxílio-doença com auxílio-reclusão.

3. (CESPE – Procurador – PGM Manaus – 2018 - adaptada) – Márcio, com sessenta e cinco anos
de idade e trinta e cinco anos de contribuição como empresário, compareceu a uma agência
da previdência social para requerer sua aposentadoria. Após análise, o INSS indeferiu a
concessão do benefício sob os fundamentos de que ele já era beneficiário de pensão por morte
e que não tinha atingido a idade mínima para a aposentadoria voluntária.
A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais a ela relacionados, julgue o
item subsequente.

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- A decisão da autarquia previdenciária está parcialmente correta porque, embora Márcio tenha
atendido aos requisitos concessórios do benefício, ele não pode acumular a aposentadoria
voluntária com a pensão por morte.
o Certo o Errado

4. (CESPE – Auditor de Controle Externo – TCE/PE – 2017) – Acerca da filiação, acumulação de


benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o item a seguir.
- Situação hipotética: Depois de aposentar-se por tempo de serviço pelo RGPS, José continuou
trabalhando como empregado, tendo voltado a contribuir regularmente com a previdência social;
porém, após um ano no novo emprego, sofreu um acidente de trabalho e ficou temporariamente
incapacitado para laborar.
Assertiva: Nessa situação, José terá direito a receber, cumulativamente, a aposentadoria e o
auxílio-doença.
o Certo o Errado

5. (CESPE – Defensor Público – DPE/AL – 2017 - adaptada) – Se uma pessoa que tenha sido
contribuinte individual por trinta anos se aposentar pelo registro geral de previdência social
(RGPS) e, após essa primeira aposentadoria, passar a contribuir para o RGPS como segurada-
empregada, ela poderá acumular essa aposentadoria voluntária com
a) o salário-maternidade proveniente de adoção.
b) a aposentadoria por idade.
c) a aposentadoria especial.
d) a aposentadoria por incapacidade permanente.
e) o auxílio-doença.

6. (CESPE – Analista Técnico Administrativo – DPU – 2016 - adaptada) – É admissível a cumulação


de pensão por morte com aposentadoria voluntária.
o Certo o Errado

7. (CESPE/Defensor Público Federal/DPU/2015) - A respeito dos benefícios e serviços do RGPS,


julgue o próximo item.
- A lei vigente veda a cumulação de auxílio-acidente com aposentadoria.
o Certo o Errado

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8. (CESPE/Defensor Público Federal/DPU/2015 - adaptada) - A respeito dos benefícios e serviços


do RGPS, julgue o próximo item.
- É vedada a cumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o benefício da
aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez que ambos os casos apresentam
pressupostos fáticos e fatos geradores análogos.
o Certo o Errado

9. (CESPE/Defensor Público Federal/DPU/2015 - adaptada) - A respeito dos benefícios e serviços


do RGPS, julgue o próximo item.
– Segundo a legislação, é vedado ao segurado receber mais de uma aposentadoria do RGPS.
Entretanto, não há impedimento a que o segurado receba aposentadoria desse regime e
==26a66d==

aposentadoria do serviço público.


o Certo o Errado

10. (CESPE – SERPRO – 2013 - adaptada) - De acordo com a legislação previdenciária, um segurado
do RGPS que seja beneficiário de auxílio-acidente decorrente da consolidação de lesões que o
tenham deixado com sequelas definitivas poderá receber esse benefício conjuntamente com
aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de outro evento.
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GABARITO

1. Errado
2. C
3. Errado
4. Errado
5. A
6. Certo
7. Certo
8. Errado
9. Certo
10. Errado

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PLANO DE BENEFÍCIOS DO RGPS: DISPOSIÇÕES GERAIS E


ESPECÍFICAS

Decadência e prescrição em relação aos benefícios


previdenciários

1. Decadência

De forma simples, o Prof. Ivan Kertzman1 preferiu dizer que a decadência visa à segurança nos
negócios jurídicos, tendo sido concebida com o fim de restringir o exercício de direito por quem
o possui, a certo lapso de tempo.

Vale dizer que haverá um determinado prazo legal para que o sujeito possa valer do exercício do
seu direito, o qual se ultrapassado estaria fulminado o seu direito.

No que diz respeito aos benefícios previdenciários, por ostentarem natureza alimentar, o direito
ao benefício em si é imprescritível e não está sujeito a qualquer prazo decadencial.

Em outras palavras, o beneficiário poderá requerer a qualquer tempo seu benefício e começar a
recebê-lo a partir da data em que a legislação determinar, cumpridas as exigências.

Agora, quanto ao direito de rever o ato que concedeu o seu benefício ou o ato que o indeferiu, o
beneficiário estará sujeito ao prazo decadencial de 10 anos a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação.

O art. 103 da Lei nº 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº


13.846/2019 foi julgado inconstitucional. Daí, ser trazido o que realmente está valendo.

1
Ob.cit., p. 471.

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O Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional o art. 24 da Lei


n. 13.846/2019 que deu a nova redação ao art. 103 da Lei n. 8.213/91. Desse modo, prevalece o
entendimento de que é de 10 anos o prazo decadencial do direito de ação do beneficiário para a
revisão do ato de concessão de benefício, não se aplicando aos casos de indeferimento ou não
concessão de revisão de benefício2.

Lei nº 8.213/91

Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou
beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo.

Eduarda aposentou-se em março de 2005 e recebeu a primeira prestação de sua


aposentadoria no dia 05 de abril daquele ano. Eduarda terá o prazo de 10 anos para
pedir a revisão do ato de concessão de sua aposentadoria, contados a partir de 01 de
maio de 2005.

A Lei nº 8.213/91 também trouxe o prazo decadencial para que fosse observado pela
previdência social no tocante à possibilidade de anular seus atos. Veja o que dispõe o art. 103-A
da referida lei:

2
ADIN 6096

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Aula 10

Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.

§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do


primeiro pagamento.

Vê-se que do mesmo modo que o beneficiário tem um prazo para exercer o direito de revisar seu
benefício, o legislador ordinário concedeu à Previdência Social o prazo de 10 anos para anular os
atos administrativos que criaram efeitos favoráveis aos beneficiários, não sendo atingidos, contudo,
os atos praticados com má-fé.

O INSS terá o prazo de 10 anos, contados da percepção do primeiro pagamento pelo beneficiário,
para anular o ato administrativo, quando houver efeitos patrimoniais contínuos. Já não havendo
==26a66d==

efeito patrimonial contínuo, o prazo começa a ser contado da data em foi praticado.

No caso que restar comprovada a má-fé no ato que culminou efeito favorável ao beneficiário houve
má-fé, não há falar em prazo decadencial, podendo a Previdência Social anular, a qualquer tempo,
o ato administrativo.

Severino foi aposentado por idade e recebeu seu primeiro pagamento de aposentadoria
no dia 02 de maio de 2010.
Como o ato de concessão de aposentadoria gera efeitos patrimoniais contínuos
(Severino vai receber mês a mês o benefício), o INSS terá o prazo de 10 anos, contados
da data do primeiro pagamento, para rever o ato de concessão.
Caso fique comprovada má-fé, não há que se falar em prazo decadencial, podendo rever
a qualquer tempo o ato praticado.

2. Prescrição

Conforme dispõe o artigo 189 do Código Civil, se violado o direito, nasce para o titular a pretensão,
a qual se extingue pela prescrição.

O beneficiário do RGPS deve observar o prazo prescricional trazido pelo art. 103, parágrafo único
que assim dispõe:

Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação
para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência
Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil.

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Desse modo, está claro que toda e qualquer ação para haver as prestações vencidas ou quaisquer
diferenças devidas pela Previdência Social ao segurado, ou ao dependente estará sujeita à
prescrição de 05 anos.

No entanto, como as ações previdenciárias envolvem direito dos beneficiários em relação ao


Estado, que se reproduz por prestações continuadas, de trato sucessivo, há que se interpretar o
dispositivo legal acima transcrito juntamente com o verbete da súmula 85 do Superior Tribunal de
Justiça que assinala:

Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora,
quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as
prestações vencidas antes do quinquênio anterior à propositura da ação.

Assim, a interpretação é a de que prescrevem tão somente as prestações devidas e não pagas há
mais de cinco anos.

Não se pode deixar de registrar, também, o enunciado da súmula nº 74 da TNU:

O prazo de prescrição fica suspenso pela formulação de requerimento administrativo e


volta a correr pelo saldo remanescente após a ciência da decisão administrativa final.

E, para os absolutamente incapazes, não há que se falar em prazos decadencial e prescricional.

No caso das ações referentes à prestação por acidente do trabalho, o art. 104 da Lei
nº 8.213/91 traz norma específica:

Art. 104. As ações referentes às prestações por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos,
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data:

I – do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em


perícia médica a cargo da Previdência Social; ou

II – em que for reconhecida, pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento


das sequelas do acidente.

Como nos benefícios comuns, o fundo de direito não é perdido pelo transcurso do tempo. O prazo
de 05 anos é somente aplicável aos valores pecuniários não pagos na época em que eram devidos.

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LEGISLAÇÃO

Lei nº 8.213/1991

Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou
beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês
seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar
conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo. (Redação dada pela Lei
nº 10.839, de 2004)

Parágrafo único. Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e
qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela
Previdência Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código
Civil.(Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

Art. 103-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004)

§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo decadencial contar-se-á da percepção do


primeiro pagamento. (Incluído pela Lei nº 10.839, de 2004)

§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que


importe impugnação à validade do ato.

Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos,
observado o disposto no art. 103 desta Lei, contados da data:

I – do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade temporária, verificada esta em


perícia médica a cargo da Previdência Social; ou

II – em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade permanente ou o agravamento


das seqüelas do acidente.

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QUESTÕES COMENTADAS

Decadência e prescrição em relação aos benefícios


previdenciários

CEBRASPE

1. (Cebraspe – Procurador – TC/DF – 2021) – Não é aplicado o prazo decadencial de dez anos
para a concessão inicial de benefício previdenciário.
o Certo o Errado

Comentários:

Certíssimo. O direito ao benefício não decai. O prazo de decadência imposto pela Lei n. 8.213/91,
considerando a antiga redação da lei por força da ADIN 6096, é aplicado no caso de revisão do
ato de concessão do benefício (art. 103, Lei n. 8.213/91). Assertiva correta.

2. (CESPE – Oficial de Justiça Avaliador Federal – STJ – 2018) – O prazo decadencial decenal não
interfere no direito à revisão dos benefícios concedidos ou indeferidos pela previdência social
antes do advento da legislação que o instituiu.
o Certo o Errado

Comentários:

O prazo decadencial decenal atinge o direito à revisão dos benefícios concedidos pela previdência
social antes do advento da legislação que o instituiu. Assertiva incorreta.

3. (CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS – 2016- adaptada) – Dagoberto obteve


aposentadoria por tempo de contribuição concedida pelo INSS em junho de 2012. Entretanto,
o INSS não efetuou o pagamento do abono anual proporcional do ano de 2012 nem o do ano
de 2013. Nessa situação, atualmente, Dagoberto não mais tem direito a exigir o pagamento
dos abonos anuais referentes aos anos de 2012 e 2013, visto que está prescrito o direito ao
percebimento das referidas prestações.
o Certo o Errado

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Comentários:

Prescreve em cinco anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação
para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência
Social, salvo o direito dos menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. Assertiva
correta.

4. (Cespe – Procurador do MP junto ao TCU/2015 - adaptada) – No que diz respeito à prescrição


e decadência, acumulação de benefícios e ações judiciais em matéria previdenciária, assinale a
opção correta.
a) Conforme entendimento do STJ, o prazo de decadência decenal para a revisão de benefícios
previdenciários se aplica aos casos em que o segurado postula a declaração do direito de renúncia
e o consequente desfazimento de sua aposentadoria, com a averbação do tempo de serviço
prestado após a inativação, para aferir aposentadoria mais vantajosa no mesmo regime de
previdência.
b) Na hipótese em que a ação revisional de benefício previdenciário se fundar em decisão da justiça
do trabalho, o termo inicial da decadência decenal será a data da coisa julgada na seara trabalhista,
de acordo com o STJ.
c) Não é possível a acumulação do benefício previdenciário de pensão por morte com a pensão
civil ex delicto, nos termos do STJ.
d) Valores recebidos a título de benefício previdenciário podem, excepcionalmente, ser
penhorados no patamar máximo de 30%.
e) Segundo o STJ, a propositura de ação coletiva pelo MP com vistas, por exemplo, à nulidade dos
atos normativos expedidos no sentido de não admitir prova do tempo de serviço rural em nome
de terceiros não interrompe a prescrição quinquenal em relação às demandas individuais propostas
com a mesma finalidade.

Comentários:

Alternativa “a”: incorreta. Era entendimento do STJ de que o prazo de decadência decenal para a
revisão de benefícios previdenciários não se aplicava aos casos em que o segurado postulasse a
declaração do direito de renúncia e o consequente desfazimento de sua aposentadoria, com a
averbação do tempo de serviço prestado após a inativação, para aferir aposentadoria mais
vantajosa no mesmo regime de previdência.

Mas, não se fala mais em desaposentação após a decisão final do STF acerca do tema. O Pretório
Excelso julgou não haver previsão legal que ampare a desaposentação.

Alternativa correta: “b”. Exatamente. Se houve reconhecimento de verbas em sentença trabalhista


que vão influenciar no cálculo do benefício previdenciário, o prazo de decadência para pleitear a

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revisão do benefício somente poderá ser contado a partir da data da decisão transitada em julgado
da decisão proferida na Justiça do Trabalho. Veja os julgados do STJ:

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. AÇÃO TRABALHISTA.


DECADÊNCIA. TERMO INICIAL APÓS SENTENÇA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.
RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. EFEITOS FINANCEIROS RETROATIVOS À DATA DE
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO.
1. O STJ entende que, a despeito de decorridos mais de dez anos entre a data em que
entrou em vigor a Medida Provisória 1.523-9 e o ajuizamento da ação, a recorrida teve
suas verbas salariais majoradas em decorrência de ação trabalhista, o que ensejou
acréscimos no seu salário de contribuição, momento no qual se iniciou novo prazo
decadencial para pleitear a revisão da renda mensal do seu benefício. Tema julgado no
REsp 1.309.529/PR, DJe 4/6/2013, e 1.326.114/SC, DJe 13/5/2013, ambos submetidos ao
rito do Recurso Especial Repetitivo.
2. O termo inicial dos efeitos financeiros da revisão deve retroagir à data da concessão do
benefício, uma vez que o deferimento da ação revisional representa o reconhecimento
tardio de direito já incorporado ao patrimônio jurídico do segurado, não obstante a
comprovação posterior do salário de contribuição.
3. Recurso Especial provido.
REsp 1637856 / MG, Relator Ministro Herman Benjamim, 2ª Turma, DJ 13/12/2016. DJe
02/02/2017.

PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA PARA O SEGURADO REVISAR


BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. PARCELAS REMUNERATÓRIAS RECONHECIDAS
PERANTE A JUSTIÇA DO TRABALHO. TERMO INICIAL. PRAZO
DECADENCIAL.TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA TRABALHISTA.
1, O STJ entende que, a despeito de decorridos mais de dez anos entre a data em que
entrou em vigor a Medida Provisória 1.523-9 e o ajuizamento da ação, o recorrido teve
suas verbas salariais majoradas em decorrência de ação trabalhista, o que ensejou
acréscimos no seu salário de contribuição, momento a partir do qual se iniciou novo prazo
decadencial para pleitear a revisão da renda mensal do seu benefício.
2. Recurso Especial não provido.
REsp 1552498/RS, Relator, Ministro Herman Benjamin, 2ª Turma, DJ 22/09/2015, DJe
03/02/2016.

Alternativa “c”: incorreta. O STJ entende o contrário do que está sendo afirmado na assertiva “c”.
Veja o julgado:

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AÇÃO CIVIL EX DELICTO.


INDENIZAÇÃO. PENSÃO MENSAL À VIÚVA (CC, ART. 1.537, II). PRÉVIO RECEBIMENTO
DE PENSÃO ESPECIAL PREVIDENCIÁRIA. EXCLUSÃO DE OFÍCIO DA PENSÃO CIVIL.
IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 128, 460, 512 E 515 DO CPC. CUMULAÇÃO
DAS PENSÕES. POSSIBILIDADE. DANOS MORAIS. RAZOABILIDADE. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO.

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1 – Na hipótese, apesar de o réu, ora recorrido, no recurso de apelação, ter pretendido


apenas a diminuição dos valores e do termo final do pensionamento, o v. aresto recorrido
considerou, de ofício, que a cumulação da pensão civil ex delicto com aquela assegurada
pela legislação especial (pensão previdenciária por morte paga pelo Exército à viúva) seria
uma questão de ordem pública, tendo, por isso, excluído a pensão por ato ilícito,
mantendo, sem modificação, a de índole previdenciária.
2 – Nesses termos, ocorreu violação aos arts. 128, 460, 512 e 515 do CPC, na medida em
que, no julgamento das apelações, foi introduzida e decidida questão nova, não suscitada
nos recursos do réu e dos autores, transbordante, portanto, dos limites da lide e do efeito
devolutivo do recurso.
3 – A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que “o benefício previdenciário
é diverso e independente da indenização por danos materiais ou morais, porquanto,
ambos têm origens distintas. Este, pelo direito comum; aquele, assegurado pela
Previdência. A indenização por ato ilícito é autônoma em relação a qualquer benefício
previdenciário que a vítima receba” (AgRg no AgRg no REsp 1.292.983/AL, Rel. Min.
HUMBERTO MARTINS, DJe de 7.3.2012).
4 – Quanto ao valor da indenização por danos morais fixado pelo eg.Tribunal a quo no
montante de cem (100) salários mínimos para cada autor, somente poderia ser reapreciado
em sede de recurso especial se o valor arbitrado se mostrasse manifestamente excessivo
ou irrisório, circunstância inexistente na espécie.
5 – Recurso especial provido. REsp 776338 / SC; Ministro Raul Araújo, 4ª Turma, DJ
06/05/2014, DJe 06/06/2014.

Alternativa “d”: incorreta. Os benefícios previdenciários são impenhoráveis. Eles podem sofrem
desconto apenas quando houver expressa previsão legal. Confira o disposto no art. 114 da Lei nº
8.213/91:

Art. 114. Salvo quanto a valor devido à Previdência Social e a desconto autorizado por esta Lei, ou
derivado da obrigação de prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode
ser objeto de penhora, arresto ou sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou
a constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em
causa própria para o seu recebimento.

Art. 115. Podem ser descontados dos benefícios:

I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social;

II - pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário ou assistencial indevido, ou


além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial,
nos termos do disposto no Regulamento.1

III - Imposto de Renda retido na fonte;

1
Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019.

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IV - pensão de alimentos decretada em sentença judicial;

V - mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas,


desde que autorizadas por seus filiados.

VI - pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento


mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por
entidades fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando
expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor
do benefício, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para:

a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou

b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.


==26a66d==

Alternativa “e”: incorreta. A posição do STJ é oposta ao que está afirmado na assertiva “e”. Para
melhor entendimento, eis o julgado do STJ:

PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO


CONFIGURADA. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. REVISÃO. TEMPO
RURAL. TEMPO ESPECIAL. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. OCORRÊNCIA.
PRECEDENTES.
1. A solução integral da controvérsia, com fundamento suficiente, não caracteriza ofensa
ao art. 535 do CPC. Os Embargos Declaratórios não constituem instrumento adequado
para a rediscussão da matéria de mérito.
2. Devidamente comprovado, nos termos da legislação aplicável, o tempo de serviço rural,
procede o pedido de revisão de aposentadoria por tempo de serviço/contribuição, com o
consequente recebimento das prestações vencidas.
3. O STJ consolidou o entendimento de que a citação válida, excepcionando-se as causas
do art. 267, II e III, do Código de Processo Civil, interrompe a prescrição.
4. De acordo com a jurisprudência do STJ, a Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério
Público objetivando a nulidade dos atos normativos expedidos no sentido de não admitir
prova de tempo de serviço rural em nome de terceiros interrompeu a prescrição
quinquenal das ações individuais propostas com a mesma finalidade (art. 219, caput e §
1º do CPC e art. 203 do CCB).
5. Recurso Especial não provido.
REsp 1449964/RS, Relator, Ministro Herman Benjamin, 2ª Turma, DJ 05/08/2014, DJe
13/10/2014.

5. (CESPE – Delegado da Polícia Federal – PF – 2013) – O direito de requerer pensão por morte
decai após dez anos da morte do segurado.
o Certo o Errado

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Comentários:

O item está errado. O direito de requerer benefício previdenciário não é fulminado pela
decadência. A qualquer tempo, pode-se requerer a concessão de um benefício previdenciário,
devendo comprovar as condições exigidas para tal à época da ocorrência do fato gerador.

Importante, no entanto, estar atento aos prazos para o requerimento do benefício, bem como à
época que o benefício começará a ser devido.

Veja o que dispõe o art. 74 da Lei nº 8.213/91, com redação trazida pela Lei nº 13.183/2015:

Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer,
aposentado ou não, a contar da data:

I – do óbito, quando requerida em até cento e oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de
dezesseis anos, ou em até noventa dias após o óbito, para os demais dependentes;

II – do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;

III – da decisão judicial, no caso de morte presumida.

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LISTA DE QUESTÕES

Decadência e prescrição em relação aos benefícios


previdenciários

CEBRASPE

1. (Cebraspe – Procurador – TC/DF – 2021) – Não é aplicado o prazo decadencial de dez anos
para a concessão inicial de benefício previdenciário.
o Certo o Errado

2. (CESPE – Oficial de Justiça Avaliador Federal – STJ – 2018) – O prazo decadencial decenal não
interfere no direito à revisão dos benefícios concedidos ou indeferidos pela previdência social
antes do advento da legislação que o instituiu.
o Certo o Errado

3. (CESPE – Técnico do Seguro Social – INSS – 2016 - adaptada) – Dagoberto obteve


aposentadoria por tempo de contribuição concedida pelo INSS em junho de 2012. Entretanto,
o INSS não efetuou o pagamento do abono anual proporcional do ano de 2012 nem o do ano
de 2013. Nessa situação, atualmente, Dagoberto não mais tem direito a exigir o pagamento
dos abonos anuais referentes aos anos de 2012 e 2013, visto que está prescrito o direito ao
percebimento das referidas prestações.
o Certo o Errado

4. (Cespe – Procurador do MP junto ao TCU/2015 - adaptada) – No que diz respeito à prescrição


e decadência, acumulação de benefícios e ações judiciais em matéria previdenciária, assinale a
opção correta.
a) Conforme entendimento do STJ, o prazo de decadência decenal para a revisão de benefícios
previdenciários se aplica aos casos em que o segurado postula a declaração do direito de renúncia
e o consequente desfazimento de sua aposentadoria, com a averbação do tempo de serviço
prestado após a inativação, para aferir aposentadoria mais vantajosa no mesmo regime de
previdência.
b) Na hipótese em que a ação revisional de benefício previdenciário se fundar em decisão da justiça
do trabalho, o termo inicial da decadência decenal será a data da coisa julgada na seara trabalhista,
de acordo com o STJ.

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c) Não é possível a acumulação do benefício previdenciário de pensão por morte com a pensão
civil ex delicto, nos termos do STJ.
d) Valores recebidos a título de benefício previdenciário podem, excepcionalmente, ser
penhorados no patamar máximo de 30%.
e) Segundo o STJ, a propositura de ação coletiva pelo MP com vistas, por exemplo, à nulidade dos
atos normativos expedidos no sentido de não admitir prova do tempo de serviço rural em nome
de terceiros não interrompe a prescrição quinquenal em relação às demandas individuais propostas
com a mesma finalidade.

5. (CESPE – Delegado da Polícia Federal – PF – 2013) – O direito de requerer pensão por morte
decai após dez anos da morte do segurado.
o Certo o Errado

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GABARITO

1. Certo
2. Errado
3. Certo
4. B
5. Errado

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PLANO DE BENEFÍCIOS DO RGPS: DISPOSIÇÕES GERAIS E


ESPECÍFICAS

Descontos nos benefícios e outras disposições

O benefício concedido a segurado ou dependente não pode ser objeto de penhora, arresto ou
sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a constituição de qualquer ônus
sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria para seu
recebimento.

Essa regra é abrandada nos casos em que a legislação previdenciária permite ao INSS descontar
da renda mensal do benefício:

Decreto n. 3.048/99

Art. 154. O Instituto Nacional do Seguro Social pode descontar da renda mensal do benefício:

I - contribuições devidas pelo segurado à previdência social;

II - pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário ou assistencial indevido, ou


além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial,
em valor que não exceda trinta por cento da importância da renda mensal do benefício, nos termos
do disposto neste Regulamento; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

III – imposto de renda na fonte;

IV – alimentos decorrentes de sentença judicial;

V – mensalidades de associações e demais entidades de aposentados ou pensionistas legalmente


reconhecidas, constituídas e em funcionamento, desde que autorizadas por seus filiados, observando
o disposto nos §1º ao §1º-I; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

VI – pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento


mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil ou por
entidades fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando
expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor
do benefício, dos quais cinco por cento serão destinados exclusivamente para:

a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou

b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.

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§1º O INSS estabelecerá requisitos adicionais para a efetivação dos descontos de que trata este
artigo, observados critérios de conveniência administrativa, segurança das operações, interesse dos
beneficiários e interesse público. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§1º-A Os benefícios previdenciários, uma vez concedidos, permanecerão bloqueados para os


descontos previstos no inciso V do caput e somente serão desbloqueados por meio de autorização
prévia, pessoal e específica por parte do beneficiário, conforme critérios e requisitos a serem
definidos em ato do INSS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§1º-B A autorização do segurado prevista no § 1º-A deverá, sob pena de os descontos serem
excluídos automaticamente, ser revalidada a cada três anos, a partir de 31 de dezembro de 2021,
segundo critérios e requisitos a serem definidos em ato do INSS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

§1º-C A autorização do segurado de que trata o inciso V do caput poderá ser revogada, a qualquer
tempo, pelo próprio beneficiário. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§1º-D Considera-se associação ou entidade de aposentados ou pensionistas aquela formada


por: (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

I - aposentados ou pensionistas, com objetivos inerentes a essas categorias; ou (Redação dada pelo
Decreto nº 10.537, de 2020)

II - pessoas de categoria profissional específica, cujo estatuto as preveja como associados ativos e
inativos, e que tenha dentre os seus objetivos a representação de aposentados ou
pensionistas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

§1º-E Considera-se mensalidade de associações e de demais entidades de aposentados ou


pensionistas a contribuição associativa, devida exclusivamente em razão da condição de associado,
em decorrência de previsão estatutária ou definição pelas assembleias gerais, a qual não admite
descontos de taxas extras, contribuições especiais, retribuição por serviços ou pacotes de serviços
específicos, prêmios de seguros, empréstimos nem qualquer outro tipo de desconto, sujeita ao limite
máximo de desconto estabelecido em ato do Presidente do INSS. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.537, de 2020)

§1º-F O INSS avaliará periodicamente a quantidade de reclamações de beneficiários, ações judiciais,


processos de órgãos de controle e impacto em sua rede de atendimento, dentre outros elementos
relacionados ao acordo de cooperação técnica celebrado, para fins do disposto no inciso V do caput,
e poderá rescindir o referido acordo unilateralmente, a depender da quantidade de irregularidades
identificadas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

§1º-G Para fins de repasse do desconto efetuado pelo INSS, as entidades referidas no inciso V
do caput deverão estar em situação regular perante as Fazendas nacional, estadual, distrital e
municipal, a previdência social, FGTS, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal - Siafi, o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - Sicaf e o Cadastro
Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Cadin. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

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§1º-H Na hipótese de entidade confederativa que representa instituições a ela vinculadas, as


exigências de que tratam os § 1º-D e § 1º-G deverão ser atendidas pela instituição que celebrar o
acordo de cooperação técnica. (Incluído pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

§1º-I O INSS deverá ser ressarcido das despesas realizadas em função da implementação e do
controle do acordo de cooperação técnica de que trata o § 1º-F pela instituição que o celebrar.
(Incluído pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

Perceba que o limite para pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e


operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de
arrendamento mercantil ou por entidades fechadas ou abertas de previdência de amortização para
passou para 35% (trinta e cinco por cento) do valor do benefício, sendo 5% (cinco por cento)
destinados exclusivamente para a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de
crédito ou utilização com a finalidade de saque por meio de cartão de crédito.
==26a66d==

Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos


constituídos pelo INSS em decorrência de benefício previdenciário ou assistencial pago
indevidamente ou além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação
de decisão judicial, nos termos da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução
judicial.

Será objeto de inscrição em dívida ativa, em conjunto ou separadamente, o terceiro beneficiado


que sabia ou deveria saber da origem do benefício pago indevidamente em razão de fraude, de
dolo ou de coação, desde que devidamente identificado em procedimento administrativo de
responsabilização. Esse procedimento será disciplinado em regulamento, nos termos da Lei que
regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal.

Decreto n. 3.048/99

Art. 154

§ 11. Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos constituídos pelo
INSS em decorrência de benefício previdenciário ou assistencial pago indevidamente ou além do
devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial, nos
termos do disposto na Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial. (Incluído
pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§ 12. Será objeto de inscrição em dívida ativa, para fins do disposto no § 11, em conjunto ou
separadamente, o terceiro beneficiado que sabia ou deveria saber da origem do benefício pago
indevidamente em razão de fraude, dolo ou coação, desde que devidamente identificado em
procedimento administrativo de responsabilização. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

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Outras disposições sobre benefícios

O INSS deverá fornecer ao beneficiário demonstrativo minucioso das importâncias pagas,


discriminando o valor da mensalidade, as diferenças eventualmente pagas, o período a que se
referem e os descontos efetuados.

O benefício será pago diretamente ao beneficiário, salvo em caso de ausência, moléstia contagiosa
ou impossibilidade de locomoção. Nesses casos, será pago ao procurador, cujo mandato não terá
prazo superior a 12 meses, podendo ser renovado ou revalidado pelos setores de benefícios do
INSS1.

O procurador deverá firmar, perante o INSS, termo de responsabilidade mediante o qual se


comprometa a comunicar ao Instituto qualquer evento que possa anular a procuração,
principalmente o óbito do outorgante, sob pena de incorrer nas sanções criminais cabíveis.

Na constituição de procuradores, observar-se-á subsidiariamente o disposto no Código Civil e


somente será aceita a constituição de procurador com mais de uma procuração, ou procurações
coletivas, nos casos de representantes credenciados de leprosários, sanatórios, asilos e outros
estabelecimentos congêneres, nos casos de parentes de primeiro grau, ou, em outros casos, a
critério do Instituto Nacional do Seguro Social.

O benefício devido ao segurado ou dependente civilmente incapaz será pago ao cônjuge, pai,
mãe, tutor ou curador, admitindo-se, na sua falta e por período não superior a seis meses, o
pagamento a herdeiro necessário, mediante termo de compromisso firmado no ato do
recebimento. Não há mais a necessidade de apresentar o termo de curatela para se pagar o
benefício.

O segurado e o dependente, após dezesseis anos de idade, poderão firmar recibo de benefício,
independentemente da presença dos pais ou do tutor.

O valor não recebido em vida pelo segurado somente será pago aos seus dependentes habilitados
a título de pensão por morte ou, na falta deles, aos seus sucessores na forma da lei civil,
independentemente de inventário ou arrolamento. Ao valor de benefício que o segurado ou
dependente não recebeu, porque faleceu antes de recebê-lo, dá-se o nome de resíduo.

. Art. 156 do Decreto nº 3.048/99.


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LEGISLAÇÃO

Lei nº 8.213/1991

Art. 114. Salvo quanto a valor devido à Previdência Social e a desconto autorizado por esta Lei, ou
derivado da obrigação de prestar alimentos reconhecida em sentença judicial, o benefício não pode
ser objeto de penhora, arresto ou seqüestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou
a constituição de qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em
causa própria para o seu recebimento.

Art. 115. Podem ser descontados dos benefícios:

I – contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social;

II - pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário ou assistencial indevido, ou


além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial,
em valor que não exceda 30% (trinta por cento) da sua importância, nos termos do regulamento;
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

III – Imposto de Renda retido na fonte;

IV – pensão de alimentos decretada em sentença judicial;

V – mensalidades de associações e demais entidades de aposentados legalmente reconhecidas,


desde que autorizadas por seus filiados.

VI – pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento


mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por
entidades fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando
expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor
do benefício, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para:(Redação dada pela Lei nº
13.183, de 2015)

a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou(Redação dada pela Lei nº
13.183, de 2015)

b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.(Redação dada pela Lei nº
13.183, de 2015)

§ 1º Na hipótese do inciso II, o desconto será feito em parcelas, conforme dispuser o regulamento,
salvo má-fé.(Renumerado do Parágrafo único pela Lei nº 10.820, de 17.12.2003)

§ 2º Na hipótese dos incisos II e VI, haverá prevalência do desconto do inciso II.(Incluído pela Lei nº
10.820, de 17.12.2003)

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§ 3º Serão inscritos em dívida ativa pela Procuradoria-Geral Federal os créditos constituídos pelo
INSS em decorrência de benefício previdenciário ou assistencial pago indevidamente ou além do
devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial, nos
termos da Lei nº 6.830, de 22 de setembro de 1980, para a execução judicial. (Redação dada pela
Lei nº 13.846, de 2019)

§ 4º Será objeto de inscrição em dívida ativa, para os fins do disposto no § 3º deste artigo, em
conjunto ou separadamente, o terceiro beneficiado que sabia ou deveria saber da origem do
benefício pago indevidamente em razão de fraude, de dolo ou de coação, desde que devidamente
identificado em procedimento administrativo de responsabilização. (Redação dada pela Lei nº
13.846, de 2019)

§ 5º O procedimento de que trata o § 4º deste artigo será disciplinado em regulamento, nos termos
da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e no art. 27 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro
de 1942. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

§ 6º Na hipótese prevista no inciso V do caput deste artigo, a autorização do desconto deverá ser
revalidada a cada 3 (três) anos, a partir de 31 de dezembro de 2021, nos termos do regulamento.
(Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)

Decreto nº 3.048/99

Art. 154. O Instituto Nacional do Seguro Social pode descontar da renda mensal do benefício

I – contribuições devidas pelo segurado à previdência social;

II - pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário ou assistencial indevido, ou


além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial,
em valor que não exceda trinta por cento da importância da renda mensal do benefício, nos termos
do disposto neste Regulamento; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

III – imposto de renda na fonte;

IV – alimentos decorrentes de sentença judicial;

V – mensalidades de associações e demais entidades de aposentados ou pensionistas legalmente


reconhecidas, constituídas e em funcionamento, desde que autorizadas por seus filiados, observando
o disposto nos §1º ao §1º-I; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

VI – pagamento de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento


mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil ou por
entidades fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando
expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento) do valor
do benefício, dos quais cinco por cento serão destinados exclusivamente para:

a) amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou

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b) utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.

§1º O INSS estabelecerá requisitos adicionais para a efetivação dos descontos de que trata este
artigo, observados critérios de conveniência administrativa, segurança das operações, interesse dos
beneficiários e interesse público. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§1º-A Os benefícios previdenciários, uma vez concedidos, permanecerão bloqueados para os


descontos previstos no inciso V do caput e somente serão desbloqueados por meio de autorização
prévia, pessoal e específica por parte do beneficiário, conforme critérios e requisitos a serem
definidos em ato do INSS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§1º-B A autorização do segurado prevista no § 1º-A deverá, sob pena de os descontos serem
excluídos automaticamente, ser revalidada a cada três anos, a partir de 31 de dezembro de 2021,
segundo critérios e requisitos a serem definidos em ato do INSS. (Incluído pelo Decreto nº 10.410,
de 2020)

§1º-C A autorização do segurado de que trata o inciso V do caput poderá ser revogada, a qualquer
tempo, pelo próprio beneficiário. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§1º-D Considera-se associação ou entidade de aposentados ou pensionistas aquela formada


por: (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

I - aposentados ou pensionistas, com objetivos inerentes a essas categorias; ou (Redação dada pelo
Decreto nº 10.537, de 2020)

II - pessoas de categoria profissional específica, cujo estatuto as preveja como associados ativos e
inativos, e que tenha dentre os seus objetivos a representação de aposentados ou
pensionistas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

§1º-E Considera-se mensalidade de associações e de demais entidades de aposentados ou


pensionistas a contribuição associativa, devida exclusivamente em razão da condição de associado,
em decorrência de previsão estatutária ou definição pelas assembleias gerais, a qual não admite
descontos de taxas extras, contribuições especiais, retribuição por serviços ou pacotes de serviços
específicos, prêmios de seguros, empréstimos nem qualquer outro tipo de desconto, sujeita ao limite
máximo de desconto estabelecido em ato do Presidente do INSS. (Redação dada pelo Decreto
nº 10.537, de 2020)

§1º-F O INSS avaliará periodicamente a quantidade de reclamações de beneficiários, ações judiciais,


processos de órgãos de controle e impacto em sua rede de atendimento, dentre outros elementos
relacionados ao acordo de cooperação técnica celebrado, para fins do disposto no inciso V do caput,
e poderá rescindir o referido acordo unilateralmente, a depender da quantidade de irregularidades
identificadas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

§1º-G Para fins de repasse do desconto efetuado pelo INSS, as entidades referidas no inciso V
do caput deverão estar em situação regular perante as Fazendas nacional, estadual, distrital e
municipal, a previdência social, FGTS, o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal - Siafi, o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores - Sicaf e o Cadastro
Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal - Cadin. (Incluído pelo Decreto nº
10.410, de 2020)

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§1º-H Na hipótese de entidade confederativa que representa instituições a ela vinculadas, as


exigências de que tratam os § 1º-D e § 1º-G deverão ser atendidas pela instituição que celebrar o
acordo de cooperação técnica. (Incluído pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

§1º-I O INSS deverá ser ressarcido das despesas realizadas em função da implementação e do
controle do acordo de cooperação técnica de que trata o § 1º-F pela instituição que o celebrar.
(Incluído pelo Decreto nº 10.537, de 2020)

...

Art. 156. O benefício será pago diretamente ao beneficiário, salvo em caso de ausência, moléstia
contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando será pago a procurador, cujo mandato não
terá prazo superior a doze meses, podendo ser renovado ou revalidado pelos setores de benefícios
do Instituto Nacional do Seguro Social.

Parágrafo único. O procurador do beneficiário deverá firmar, perante o Instituto Nacional do Seguro
Social, termo de responsabilidade mediante o qual se comprometa a comunicar ao Instituto qualquer
evento que possa anular a procuração, principalmente o óbito do outorgante, sob pena de incorrer
nas sanções criminais cabíveis.

Art. 157. O Instituto Nacional do Seguro Social apenas poderá negar-se a aceitar procuração quando
se manifestar indício de inidoneidade do documento ou do mandatário, sem prejuízo, no entanto,
das providências que se fizerem necessárias.

Art. 158. Na constituição de procuradores, observar-se-á subsidiariamente o disposto no Código


Civil.

§1º O dependente excluído na forma prevista no § 9º do art. 16 ou que tenha a parte provisoriamente
suspensa na forma prevista no § 5º do art. 114 não poderá representar outro dependente para fins
de recebimento e percepção do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)

§2º O dependente que perder o direito à pensão por morte na forma prevista no § 5º do art. 105
não poderá representar outro dependente para fins de percepção do benefício. (Incluído pelo
Decreto nº 10.410, de 2020)

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PLANO DE BENEFÍCIOS DO RGPS: DISPOSIÇÕES GERAIS E


ESPECÍFICAS

Plano Simplificado de Previdência Social

A Constituição Federal trouxe a possibilidade de se aplicar alíquotas diferenciadas para os


trabalhadores de baixa renda e àqueles que, sem renda própria, se dediquem exclusivamente ao
trabalho doméstico no âmbito de sua residência.

A Constituinte quis que, com tal medida, essas pessoas de baixa renda pudessem sair da
informalidade e terem a garantia de benefícios previdenciários no valor de 01 salário-mínimo.

CF

Art. 201.

§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para
atender aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de
informalidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico
no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda.

§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário-
mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

Em observância ao dispositivo constitucional, a Lei nº 8.212/91 instituiu o sistema especial de


inclusão previdenciária para que contribuintes de baixa renda e segurados facultativos
pertencentes à família de baixa renda e que se dedicam exclusivamente ao trabalho doméstico
pudessem recolher a contribuição previdenciária, aplicando-se alíquota menor sobre 01 salário-
mínimo.

Nesse caso, são garantidos a esses segurados o benefício previdenciário no valor de 01 salário-
mínimo.

Assim, terão direito a:

- auxílio por incapacidade temporária;

- aposentadoria por incapacidade permanente;

- aposentadoria programada;

- salário-maternidade.

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E seus dependentes poderão ter:

- pensão por morte e

- auxílio-reclusão.

Essa forma de contribuição será abordada na aula sobre contribuição dos segurados por questões
didáticas.

==26a66d==

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