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Autor:
Amanda Aires, Vicente Camillo,
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
15 de Novembro de 2021
Sumário
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- Souza Melo Barbosa
Amanda Aires, Vicente Camillo, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
Aula 01
Gabarito ........................................................................................................................................................... 55
Resumo .............................................................................................................................................................. 56
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Aula 01
Fizemos um ajuste nas aulas para deixar mais didático. Então, se você baixou o material antes do dia 29/06,
não se preocupe em ver essa aula. O que eu fiz foi somente dividir o material, tá?
Peço desculpas pelo inconveniente, mas agora ficará tudo 100% alinhado.
Sigamos juntos,
Amanda.
@profamandaaires profamandaaires@gmail.com
O Sistema Financeiro Nacional não é composto apenas pelo CMN, Banco Central, COPOM, CVM, CRSFN e
outras entidades normativas/supervisoras apresentadas. Há também os operadores.
Nesta seção serão tratados conceitos básicos sobre estas entidades. O que são, para que servem, quais as
principais atividades exercidas.
Antes, há que se detalhar o porquê estas entidades estão divididas em instituições financeiras bancárias e
não bancárias e instituições financeiras auxiliares.
O mercado bancário é composto de instituições financeiras que captam depósitos à vista e, portanto,
multiplicam a moeda em circulação na economia.
Guarde este conceito: para ser bancária, a instituição deve captar depósitos à vista.
Esta regra aparentemente simples permite ganhar pontos preciosos no momento da prova. Há grandes
chances de a Banca tentar confundir os candidatos sobre a diferença entre instituição bancária e não
bancária.
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Aula 01
As instituições bancárias, assim como qualquer outra entidade, possuem ativos e passivos. Seus ativos
correspondem às aplicações que possuem. Por exemplo, empréstimos concedidos, aplicações em títulos
públicos, ações de empresas, entre outros investimentos diversos.
O financiamento destas aplicações é feito de diversas formas e corresponde ao passivo destas instituições.
A modalidade de financiamento que nos interessa são os depósitos à vista. Todos os indivíduos que
realizam transações bancárias já realizaram depósitos à vista. Consistem nos valores líquidos, depositados
nas instituições financeiras bancárias e prontamente disponíveis aos correntistas.
Desta forma, quando nos dirigimos ao banco para realizar um saque da conta corrente, o dinheiro estará ali
pronto para ser sacado e utilizado. Até aqui tudo bem!
Mas, apesar de não ser tão aparente assim, nossas disponibilidades líquidas (depósitos à vista) não estão
totalmente reservadas no caixa do banco. Elas são circulantes e financiam diversas outras aplicações do
banco. Assim, caso você tenha um saldo de R$ 1 mil, parte deste valor provavelmente estará financiando
outro indivíduo com saldo negativo.
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Consequentemente, se todos os correntistas forem ao banco sacar toda sua disponibilidade, o banco não
terá como pagar a todos.
Por isto diz-se que os bancos multiplicam os depósitos à vista. Ou seja, eles elevam a quantidade de
depósitos à vista em sua posse.
Na teoria econômica, este valor é dado pelo multiplicador bancário, o qual multiplica a quantidade de
depósitos à vista, resultando na quantidade de moeda em circulação. Não é preciso conhecê-lo a fundo no
momento, pois este é um conceito cobrado em Economia. Mas, ao menos você sabe o conceito por trás do
multiplicador bancário.
Isto é, a possibilidade de receber depósitos à vista, além de categorizar as instituições financeiras como
bancárias (monetárias), permitem-nas multiplicar a quantidade de moeda em circulação na economia.
Neste momento, precisamos compreender mais uma ideia importante sobre o funcionamento do mercado
de capitais antes de continuar com o estudo das instituições.
Como já foi visto, no mercado de crédito ocorre a intermediação de recursos financeiros entre agentes
superavitários e deficitários com a finalidade de atender as necessidades de liquidez de curto e médio
prazos. Ocorre que, neste mercado, as instituições financeiras intermediam os recursos, o que significa que
os agentes superavitários direcionam a elas seus recursos e elas os direcionam aos agentes deficitários. Isto
é, as instituições financeiras figuram, além de intermediárias, como centralizadoras de recursos no
mercado de crédito. O esquema abaixo fornece uma ilustração desta ideia:
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É fácil notar que o intermediário (as instituições financeiras) no mercado de crédito centraliza os recursos
financeiros, captando-os com os agentes superavitários e os destinando aos deficitários. O esquema
também mostra que as instituições financeiras assumem o risco da operação (o que é óbvio) e são
remuneradas por isso através do spread (diferença entre a taxa de juros de captação e a taxa de juros de
concessão do crédito).
No entanto, no mercado de capitais não é assim que os recursos circulam. Pelo contrário, não há esta
figura “central” que promove a intermediação de recursos, pois o dinheiro e os títulos negociados circulam
diretamente entre as partes. Aqui, a função dos intermediários (instituições financeiras auxiliares) é
prestar serviços com a finalidade de promover eficiência nesta circulação de recursos.
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Como é possível notar, os recursos circulam diretamente entre superavitários e deficitários, que
assumem grande parte dos riscos envolvidos, e os prestadores de serviços são remunerados pelo auxilio
que prestam na eficiência destas transações, motivo que os denominam como instituições auxiliares.
Adicionalmente, cabe já comentar mais uma ideia relativa aos agentes do mercado de capitais. Como
vimos, é comum a ideia de denominar os agentes de superavitários e deficitários no mercado financeiro
em geral. No mercado de capitais, apesar desta denominação estar correta, é mais comum utilizarmos
outros dois termos: emissores (que substituem os deficitários) e investidores (que substituem os
superavitários).
A ideia será explanada com maior riqueza de detalhes no momento oportuno. Mas, por ora, entenda que
no mercado de capitais são emitidos e negociados títulos, chamados de valores mobiliários. Ocorre que
os agentes que intencionam captar recursos neste mercado (como as companhias abertas, por exemplo),
emitem os tais valores mobiliários para tanto e, por isto, são chamados de emissores. Por sua vez, os
superavitários investem nestes valores mobiliários e, portanto, são conhecidos como investidores.
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Mercado de capitais
Na aula passada, vimos os detalhes teóricos das instituições normativas e supervisoras do sistema
financeiro nacional.
Nesta nos resta detalhar as características das instituições financeiras bancárias, não bancárias e auxiliares.
Para iniciar, nada mais apropriado do que apresentar o conceito de instituição financeira.
Consideram-se instituições financeiras (“IFs”) as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham
como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros
próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de
terceiros. Importante citar que se equiparam às IFs as pessoas físicas que exerçam qualquer das
atividades referidas acima, de forma permanente ou eventual.
Para funcionar no País, dependem de prévia autorização do BACEN, tanto nacionais quanto estrangeiras.
Vale notar que atualmente, não é necessário o decreto do Poder Executivo como no passado.
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Pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas acima, de forma permanente ou
eventual.
Para funcionar:
A relevância das IFs públicas é entendida já pela sua definição: as instituições financeiras públicas são
órgãos auxiliares da execução da política de crédito do Governo Federal.
A legislação separa, para fins de classificação, as IFs púbicas federais das IFs públicas estaduais.
Muito interessante esta disposição. Isto é, o CMN pode atribuir prioridades às IFS públicas federais,
ajustando a aplicação de seus recursos, de forma que se ajustem à política crédito do Governo Federal. Um
exemplo interessante são as aplicações do Banco do Brasil (BB) em crédito rural. A concessão de crédito
para este setor da economia é parte da política de crédito do Governo Federal, cuja regulação do CMN
concedeu como função prioritária do Banco do Brasil.
Além do BB, outra importante IF pública federal é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), pois ele é o principal instrumento de execução de política de investimentos do Governo
Federal. O objetivo primordial do BNDES é apoiar programas, projetos, obras e serviços que se relacionem
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com o desenvolvimento econômico e social do País, visando a estimular a iniciativa privada, sem prejuízo
de apoio a empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público.
Por fim, em relação às IFs públicas federais, a escolha dos seus Diretores ou Administradores das e a
nomeação dos respectivos Presidentes é feita da seguinte forma:
Já as instituições financeiras públicas não federais ficam sujeitas às disposições relativas às instituições
financeiras privadas, como visto adiante.
A justificativa para a emissão de ações preferenciais é muito simples. Como estas concedem preferência no
recebimento de direitos econômicos pelos seus titulares, mas, em geral, não conferem direito a voto nas
decisões assembleares, atraem acionistas interessados apenas no exercício de direitos econômicos (como,
por exemplo, preferência no recebimento de dividendos), mas respeitam um percentual mínimo de ações
ordinárias, que conferem direito a voto, de 50% do capital social.
Uma importante regra aplica-se às instituições financeiras privadas (e também públicas): o capital inicial
será sempre realizado em moeda corrente. Ou seja, não é possível, quando da sua constituição, que o
acionista realize o capital em bens ou créditos. É preciso que o faça em moeda corrente (dinheiro).
Adicionalmente, será exigida no ato a realização de, pelo menos 50% (cinquenta por cento) do montante
subscrito. O valor remanescente do capital subscrito, inicial ou aumentado, em moeda corrente, deverá ser
integralizado dentro de um ano da data da solução do respectivo processo.
Mas, como tudo em direito, existem exceções às subscrições em dinheiro, que são:
Em resumo, a regra geral é que todo o acionista subscreva sua parcela no capital social em dinheiro. No
mínimo, 50% desta subscrição deve ser feita à vista e o restante em até 1 ano. Exceção à regra são as
possibilidades de aumento do capital decorrentes de incorporação de reservas (por exemplo, incorporação
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de reservas de lucros) e realização de bens do ativo imobilizado. Esta segunda possibilidade ocorre quando
os bens são reavaliados pelo valor de mercado e este fato aumentativo também eleva o patrimônio líquido,
sendo registrado como aumento de capital.
E, para encerrar o assunto, temos que analisar as vedações aplicadas às IFs públicas e privadas. Recordem
que, as vedações abaixo, aplicam-se às IFs, independente se de constituição pública ou privada. Abaixo,
seguem de forma esquematizada:
A concessão de empréstimos ou adiantamentos aos seus diretores e membros dos conselhos consultivos
ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges constitui crime e sujeitará os
responsáveis pela transgressão à pena de reclusão de um a quatro anos, aplicando-se, no que couber, o
Código Penal e o Código de Processo Penal.
Cabe ainda afirmar que há uma exceção às vedações acima expostas em relação às IFs públicas. Elas não
estão vedadas da prática de concessão de empréstimos ou adiantamentos às pessoas jurídicas de cujo
capital participem, com mais de 10% (dez por cento).
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Como o próprio nome sugere, as instituições normativas são as responsáveis por estabelecer as normas
gerais do SFN e de seus mercados. A instituição normativa por excelência é o CMN (normatiza os mercados
de câmbio, capitais, crédito e monetário). Ele é o cobrado pelo nosso edital; no entanto, o CNSP é também
apresentado.
Antes de iniciarmos o estudo das instituições, faço uma importante ressalva: todo o conteúdo apresentado
está baseado nas Leis 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional) e 9.069/95 (Lei do Plano Real). Ocorre
que a Lei 4.595/64 foi atualizada desde que publicada, mas muitas das suas atualizações não estão
refletidas em seu texto legal.
Isto significa que as bancas, ao cobrarem a letra da lei, solicitam dispositivos que não estão mais em vigor.
Para lidar com este problema resolvi apresentar o conteúdo legal no decorrer da aula, exatamente como as
Leis apresentam em seus textos legais. E, na aula anterior, foi apresentada a LEI 4.595 COMENTADA, anexo
em que são discutidas estas alterações normativas supervenientes e como funciona.
O banco comercial é a instituição bancária por excelência, pois o recebimento de depósitos à vista consiste
em sua mais importante função.
O objetivo principal dos bancos comerciais é proporcionar o suprimento de recursos necessários para
financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as
pessoas físicas.
Dentre as maneiras que os bancos comerciais possuem para atender estes objetivos estão:
o Desconto de títulos
o Operações de crédito simples e de conta corrente (conta garantia)
o Operações especiais, tais como as de crédito direcionado (crédito rural, entre
outras) e câmbio
o Captar depósitos à vista e a prazo
o Obter recursos internos e externos para repasse
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Banco Comercial
Objetivo principal:
proporcionar o suprimento
de recursos necessários para No prazo de financiamento:
financiar, a curto e médio os bancos comerciais
prazos, o comércio, a trabalham no curto e médio
indústria, as empresas prazos
prestadoras de serviços e as
pessoas físicas
Além de captarem depósitos à vista e operarem como banco comercial, as Caixas Econômicas integram o
Sistema Brasileiro de Poupança (SBP) e o Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Quanto ao SBP, as Caixas Econômicas captam os depósitos na tradicional caderneta de poupança. Estes
recursos são direcionados ao SFH, financiando o crédito imobiliário.
Ademais, cabe a estas instituições a captação e gerenciamento dos recursos do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviços (FGTS).
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Atualmente existe tão somente 1 instituição neste âmbito: a Caixa Econômica Federal (CEF).
A CEF é a instituição financeira sob a forma de empresa pública (possui como único acionista a União
Federal) e responsável pela operacionalização das políticas de do Governo Federal para habitação popular
e saneamento básico.
Captação e administração de
recursos da poupança, para
aplicação em empréstimos
vinculados, principalmente na
habitação
Administração de loterias e de
fundos, dentre os quais se
destaca o FGTS
O Estatuto da CEF dispõe sobre todas suas funções cujas principais seguem a seguir:
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prestar serviços bancários de qualquer natureza, por meio de operações ativas, passivas e
acessórias, inclusive de intermediação e suprimento financeiro, sob suas múltiplas formas;
administrar, com exclusividade, os serviços das loterias federais, nos termos da legislação
específica;
prestar serviços delegados pelo Governo federal e prestar serviços, mediante convênio, com
outras entidades ou empresas, observada sua estrutura e natureza de instituição financeira;
atuar como agente financeiro dos programas oficiais de habitação e saneamento e como principal
órgão de execução da política habitacional e de saneamento do Governo federal, e operar como
sociedade de crédito imobiliário para promover o acesso à moradia, especialmente para a
população de menor renda;
realizar, na qualidade de agente do Governo federal, por conta e ordem deste, quaisquer
operações ou serviços que lhe forem delegados, nos mercados financeiro e de capitais;
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realizar, na forma fixada pelo Conselho Diretor e aprovada pelo Conselho de Administração da
CEF, aplicações não reembolsáveis ou parcialmente reembolsáveis destinadas especificamente a
apoiar projetos e investimentos de caráter socioambiental, que se enquadrem em seus programas e
ações, que beneficiem prioritariamente a população de baixa renda, e principalmente nas áreas de
habitação de interesse social, saneamento ambiental, gestão ambiental, geração de trabalho e
renda, saúde, educação, desportos, cultura, justiça, alimentação, desenvolvimento institucional,
desenvolvimento rural, e outras vinculadas ao desenvolvimento sustentável.
Das operações acima citadas, foram destacadas aquelas que diferenciam a CEF de outras instituições
financeiras bancárias. É o caso, por exemplo, das funções de cunho social geridas pela instituição, como a
administração do FGTS.
Adicionalmente, verifica-se outras funções não exatamente compreendidas em uma instituição financeira
bancária, como a administração da loteria federal e o monopólio nas operações de penhor comum,
operação na qual o devedor entrega bem móvel de valor ao credor (neste caso, a CEF), com a finalidade de
garantir o pagamento do débito.
Desta forma, o interessado na obtenção de um financiamento pode se dirigir à Caixa Econômica Federal e
entregar à instituição financeira algum bem de valor, geralmente metais preciosos e bens afins, como
garantia de pagamento do crédito tomado.
O financiamento é liberado após a aprovação da penhora, podendo o devedor emprestar até o limite de
130% do valor do bem penhorado.
o Joias
o Metais Nobres
o Diamantes Lapidados
o Pérolas
o Relógios
o Canetas e Pratarias originais de valor significativo
Uma sociedade cooperativa consiste na união de pessoas que reciprocamente se obriguem a contribuir
com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de
lucro.
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Naturalmente, uma cooperativa de crédito atende a finalidade de conceder crédito e, desta maneira, está
inclusa no organograma do SFN.
Segundo definição legal, as cooperativas de crédito destinam-se, precipuamente, a prover, por meio da
mutualidade, a prestação de serviços financeiros a seus associados, sendo-lhes assegurado o acesso aos
instrumentos do mercado financeiro.
Interessante notar que as cooperativas de crédito têm como finalidade atender aos seus associados, que
seriam uma espécie de “sócio” da cooperativa. Assim, a captação de recursos e concessão de créditos e
garantias é direcionada aos associados das cooperativas de crédito, e não há qualquer interessado.
Mas, claro, sempre há exceções: para ser mais preciso, são 3 exceções.
Neste caso, mesmo que a captação de recursos e a concessão de créditos e garantias sejam restritas aos
associados, é possível a captação de recursos (i) dos Municípios, de seus órgãos ou entidades e das
empresas por eles controladas, as operações (ii) realizadas com outras instituições financeiras e (iii) os
recursos obtidos de pessoas jurídicas, em caráter eventual, a taxas favorecidas ou isentos de remuneração.
Por fim, cabe lembrar que a prestação de serviços financeiros em geral (que não se confundem com a
intermediação de recursos, como captações ou concessões de empréstimos) pode ser praticada pelas
cooperativas de crédito a qualquer interessado. Por exemplo, ela pode prestar um serviço de cobrança a
uma empresa que não seja sua associada. Neste caso, a cooperativa está praticando um serviço financeiro,
não intermediando recursos (o que, como foi visto, é permitido apenas a associados).
Em termos legais, isso significa que as cooperativas de crédito podem atuar em nome e por conta de
outras instituições, com vistas à prestação de serviços financeiros e afins a associados e a não
associados.
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É caracterizado como banco comercial na forma de sociedade anônima de capital fechado, com
participação exclusiva de sociedades cooperativas de crédito singulares e centrais cooperativas.
Desta forma, são instituições financeiras bancárias, mas controlados por cooperativas, pois estas devem
possuir, no mínimo, 51% das ações ordinárias (com direito a voto)
É vedado a estas instituições participar do capital social de outras instituições financeiras autorizadas a
funcionar pelo Bacen. Esta vedação é aplicada para manter viva a ideia de cooperativa, ou seja, o
atendimento de seus associados.
Adicionalmente, visto se organizarem como banco comercial ou múltiplo, cabe aos bancos cooperativos o
respeito às normas regulamentares e prudenciais estabelecidas pelo Bacen, como o respeito ao Acordo de
Basileia.
O Banco Múltiplo é a pessoa jurídica que oferece diversos serviços financeiros. Ou seja, mantém
operações financeiras diversas, que seriam prestadas por distintas instituições, como uma só instituição.
o comercial;
o investimento e/ou desenvolvimento (sendo esta exclusiva para bancos públicos);
o de crédito imobiliário;
o de crédito, financiamento e investimento; e
o de arrendamento mercantil.
Para configurar como banco múltiplo, a instituição financeira deve, no mínimo, possuir ao menos duas
carteiras, sendo, obrigatoriamente, uma delas comercial ou de investimento.
Vale lembrar que não há vinculação entre as fontes de recursos captados e as aplicações do banco
múltiplo, salvo os casos previstos em legislação e regulamentação específicas. Ou seja, o banco múltiplo
pode fazer, por exemplo, uma captação em depósito à vista (carteira comercial) e direcionar estes para a
concessão de crédito imobiliário.
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Os bancos múltiplos cumprem um relevante papel na economia nacional, pois permitem reduzir os custos
das operações financeiras por eles realizadas, conferindo maior eficiência à intermediação financeira.
A ideia é muito simples. Podemos imaginar duas instituições distintas, uma realizando atividades bancárias,
e outras atividades de câmbio. A união destas duas instituições em um banco múltiplo permite a diluição
de custos operacionais, barateando o custo total da atividade. Desta forma, todos ganham.
Esta possibilidade de exercício de diversas atividades por um banco múltiplo. Nem todas
as operações de um banco múltiplo criam moeda, tão somente as envolvidas na carteira
comercial, pois são as que aceitam depósitos à vista.
Como já salientado, as instituições não bancárias (não monetárias) não captam depósitos à vista e,
portanto, não multiplicam a quantidade de moeda em circulação na economia. Elas se financiam através da
captação de depósitos a prazo.
Em resumo, as entidades não monetárias captam recursos, através da emissão de títulos, para concessão
de empréstimos e financiamentos diversos. Desta forma, exercem intermediação da moeda.
Os bancos de desenvolvimento existem para promover o desenvolvimento da região à qual fazem parte.
Meio obvio, não é?
Os Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras públicas não federais, constituídas sob a forma
de sociedade anônima, com sede na Capital do Estado da Federação que detiver seu controle acionário.
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Objetivo: promover o
Bancos de São instituições financeiras
desenvolvimento da região à
desenvolvimento públicas não federais
qual fazem parte
Seu objetivo principal é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao
financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento
econômico e social dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, cabendo-lhes apoiar
prioritariamente o setor privado.
Pelas características acima, é importante citar o caráter regional dos bancos de desenvolvimento. São
==28d063==
controlados pelos governos do estado que fazem parte e sua atuação se limita a esta região.
Estão autorizados a financiar projetos de desenvolvimento fora da região que fazem parte tão somente se
o empreendimento visar benefícios de interesse comum, ou seja, que atenda também a sua região.
Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar iniciativas que visem a:
III - Assegurar melhor ordenação de setores da economia regional e o saneamento de empresas por meio
de incorporação, fusão, associação, assunção de controle acionário e de acervo e/ou liquidação ou
consolidação de passivo ou ativo onerosos;
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IV - Incrementar a produção rural por meio de projetos integrados de investimentos destinados à formação
de capital fixo ou semifixo;
Cabe salientar que no caso dos empreendimentos de que trata o item IV (produção rural), o financiamento
do custeio pode ser realizado diretamente pelo Banco de Desenvolvimento, ou, preferencialmente, por
intermédio de convênios com outras instituições financeiras autorizadas a realizar esse tipo de atividade.
Ou seja, os Bancos de Desenvolvimento estão autorizados a negociar suas ações com terceiros, não
relacionados com o acionista controlador, desde que seguindo as regras dispostas acima.
8.2 - BNDES
Antes de estudarmos o BNDES, é importante saber que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social NÃO é um banco de desenvolvimento!
Bem, bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas por ente da federação não
federal. O BNDES, como é controlado pela União, não pode ser considerado como banco de
desenvolvimento na perspectiva do regime jurídico aplicado ao SFN.
O BNDES é uma empresa pública federal (todas suas ações são detidas pela União Federal), dotada de
personalidade jurídica de direito privado:
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Vale destacar, ainda, que o BNDES não capta depósitos do público atualmente e está apesentado no tópico
de “instituições não bancárias” por similaridade operacional e funcional em relação aos bancos de
desenvolvimento.
Os recursos que financiam as operações do BNDES são, basicamente, dotações no orçamento da União,
receitas operacionais e patrimoniais, fundo públicos (como o PIS, PASEP e outros) e recursos oriundos de
operações de crédito, assim entendidos os provenientes de empréstimos e financiamentos obtidos pela
entidade.
Os bancos de investimento são instituições financeiras de natureza privada, devem ser constituídos sob a
forma de sociedade anônima, especializadas em operações de participação societária de caráter
temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de
administração de recursos de terceiros.
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Várias operações são apresentadas nessa denominação do banco de investimento. Elas são analisadas em
momento oportuno, mas podemos afirmar, por ora, que são operações realizadas, em sua grande maioria,
no mercado de capitais, pois destinam-se ao financiamento de investimentos de prazo mais estendido.
Continuando, aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à
consecução de seus objetivos:
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Note que parte destas funções consiste na prestação de serviços no mercado de capitais, o que coloca os
bancos de investimento também como entidade auxiliar neste mercado, mesmo que sua classificação seja
de instituição financeira não bancária.
E, por fim, é preciso saber que os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não
movimentáveis por cheque, relativas a recursos de terceiros:
Ressalta-se apenas que estas contas, sem juros e não movimentáveis por cheque, relativas a recursos de
terceiros, não são contas correntes, pois elas não permitem depósitos à vista.
Nosso SFN possui 3 instituições dedicadas na concessão de crédito imobiliário. São elas: associações de
poupança e empréstimos, companhias hipotecárias e sociedades de crédito imobiliário.
Iremos analisar as especificidades de cada uma delas e, ao final, apresentar um quadro resumo com suas
características.
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Antes, apenas um lembrete: essas entidades são dedicadas à concessão de crédito imobiliários e
financiadas com recursos específicos para este fim; no entanto, outras entidades também atuam na
concessão de crédito imobiliário, como os bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliários e a Caixa
Econômica Federal. Não se esqueça disso!
Associação de Poupança e Empréstimo (APE) é uma instituição criada para facilitar aos associados a
aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a poupança. Os depositantes tornam-se
associados da instituição.
Os associados podem participar da APE de duas formas básicas: ao adquirir financiamento imobiliário ou ao
depositar seu dinheiro para formar poupança.
Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário, inclusive ao Sistema
Financeiro de Habitação – SFH. Já as operações passivas, além dos depósitos de poupança, são constituídas
de:
o letras hipotecárias;
o repasses e refinanciamentos contraídos no País;
o empréstimos e financiamentos contraídos no exterior;
o letras de crédito imobiliário, letra financeira e depósitos interfinanceiros.
A APE compõe o Sistema Brasileira de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro de Habitação,
atua sob a forma de sociedade civil, sendo supervisionada pelo Banco Central.
O Decreto-Lei nº 70, de 21 de novembro de 1966, estabeleceu a atuação regional das APEs. Ao longo do
tempo perderam representatividade no Sistema Financeiro, restando apenas a Poupex - Associação de
Poupança e Empréstimo, única APE em pleno funcionamento, criada com o amparo da Lei 6.855, de 18 de
novembro de 1980.
COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS
Companhia hipotecária (CH) tem por objetivo a concessão de financiamentos imobiliários residenciais ou
comerciais, empréstimos garantidos por hipotecas ou alienação fiduciária de imóveis e repasses de
recursos relacionados a programas imobiliários, além da administração de fundos de investimento
imobiliário.
Foi criada pela Resolução 2.122, de 30 de novembro de 1994, para fomentar o financiamento imobiliário
além dos limites do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Com a publicação da Lei nº 11.977, de 7 de
julho de 2009, que instituiu o Programa Minha Casa, Minha Vida, a Companhia Hipotecária passou a fazer
parte do SFH.
A CH não recebe depósitos de poupança. Seus recursos provêm, entre outros, de letras hipotecárias,
debêntures, empréstimos, financiamentos no País e no Exterior e letras de crédito imobiliário (LCI).
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Considerada instituição financeira, a CH é autorizada e supervisionada pelo Banco Central e regulada não
só por esta autarquia, como também pelo Conselho Monetário Nacional. Deve ser constituída sob a forma
de sociedade anônima e a expressão “Companhia Hipotecária” deve constar de sua denominação social.
O foco da SCI consiste no financiamento para construção de habitações, na abertura de crédito para
compra ou construção de casa própria e no financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras,
produtoras e distribuidoras de material de construção. Atualmente, em decorrência da sua condição de
repassadora, as SCIs têm atuado de forma mais limitada, voltando-se para operações específicas, como o
programa “Minha Casa, Minha Vida”.
A SCI é constituída na forma de sociedade anônima e é supervisionada pelo Banco Central. Deve constar
de sua denominação social a expressão crédito imobiliário.
Desde a década de 80, as SCIs não captam recursos do público e atuam somente na condição de
repassadoras de recursos captados por instituições depositantes.
QUADRO RESUMO
Abaixo, segue quadro resumo retirado do sítio do Bacen na internet, destacando as diferenças entre elas:
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9 - Instituições Auxiliares
São auxiliares as instituições que NÃO captam depósitos do público e se prestam a auxiliar na
intermediação financeira entre agentes deficitários e superavitários e a ofertas produtos e serviços
financeiros.
Vamos conhecer algumas delas, destacando que, informações adicionais, se necessárias, serão trabalhadas
em aula específica.
Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas
previamente determinados, promovida por administradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a
seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços, por meio de autofinanciamento.
A administradora de consórcios é a pessoa jurídica prestadora de serviços com objeto social principal
voltado à administração de grupos de consórcio, constituída sob a forma de sociedade limitada ou
sociedade anônima.
Muitas das financeiras não ligadas a bancos fazem parte de conglomerados econômicos e operam como
braço financeiro de grupos comerciais ou industriais. É o caso, por exemplo, de algumas lojas de
departamento e montadoras de veículos que possuem suas próprias financeiras, concentrando suas
operações no financiamento de seus próprios produtos.
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As SCFIs também podem operar em nichos que não são atendidos pelos conglomerados bancários,
principalmente nos empréstimos e financiamentos com características específicas (risco mais elevado,
financiamento de veículos usados, convênios com estabelecimentos comerciais).
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, em cuja denominação social deve constar a
expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". São supervisionadas pelo Banco Central.
Não é possível abrir uma conta corrente na SCFI. As Financeiras captam recursos por meio de aceite e
colocação de Letras de Câmbio, Recibos de Depósitos Bancários - RDB, Certificados de Depósitos Bancários
- CDB, Depósitos Interfinanceiros - DI, operações de cessão de créditos, e mais recentemente, Depósitos a
Prazo com Garantia Especial do Fundo Garantidor de Créditos – DPGE.
As letras de câmbio e Recibos de Depósitos Bancários – RDB são garantidos pelo Fundo Garantidor de
Créditos - FGC, até o valor estabelecido na regulamentação vigente.
Essas instituições são impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos do público, bem como emitir
títulos e valores mobiliários destinados à colocação e oferta públicas. Por outro lado, podem atuar como
correspondentes no país.
As SCMEPPs devem ser instituídas sob a forma de companhia fechada ou de sociedade limitada, devendo
constar a expressão "Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte" na
denominação social. São supervisionadas pelo Banco Central.
As SCMEPPs recebem tratamento simplificado em termos de exigências regulatórias, coerente com a maior
simplicidade de suas operações e com o objetivo de estimular o crédito para os segmentos em que atuam.
A fim de obter recursos para suas atividades (operações passivas), podem receber repasses e empréstimos
originários de instituições financeiras, de entidades voltadas para ações de fomento e desenvolvimento,
inclusive de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, e de fundos oficiais. Podem ainda
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captar recursos junto aos bancos por meio de depósito interfinanceiro vinculado a operações de
microfinanças - DIM.
Agência de fomento é a instituição com o objetivo principal de financiar capital fixo e de giro para
empreendimentos previstos em programas de desenvolvimento, na unidade da Federação onde estiver
sediada.
A agência de fomento pode inclusive abrir linhas de crédito para municípios de seu estado, voltadas para
projetos de interesse da população. Excepcionalmente, quando o empreendimento visar benefícios de
interesse comum, as agências de fomento podem prestar assistência a programas e projetos desenvolvidos
em estado limítrofe à sua área de atuação.
A agência fomento deve ser constituída sob a forma de sociedade anônima de capital fechado. Cada
estado e o Distrito Federal podem constituir uma única agência, que ficará sob o controle do ente
federativo onde tenha sede. A expressão Agência de Fomento, acrescida da indicação da Unidade da
Federação controladora, deve constar obrigatoriamente da denominação social da instituição. A supervisão
de suas atividades é feita pelo Banco Central.
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Além de recursos próprios, essas instituições só podem, em operações passivas, empregar recursos
provenientes de fundos e programas oficiais; orçamentos federal, estaduais e municipais; organismos e
instituições financeiras nacionais e internacionais de desenvolvimento; e captação de depósitos
interfinanceiros vinculados a operações de microfinanças (DIM). É vedada a captação de recursos junto
do público.
Ademais, essas instituições devem constituir e manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente,
no mínimo, a 10% do valor de suas obrigações, a ser integralmente aplicado em títulos públicos federais.
Sociedade de arrendamento mercantil (SAM) realiza arrendamento de bens móveis e imóveis adquiridos
por ela, segundo as especificações da arrendatária (cliente), para fins de uso próprio desta. Assim, os
contratantes deste serviço podem usufruir de determinado bem sem serem proprietários dele.
Embora sejam fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil e realizem operações com características de um
financiamento, as sociedades de arrecadamento mercantil não são consideradas instituições financeiras,
mas sim entidades equiparadas a instituições financeiras.
As operações de arrendamento mercantil podem ser divididas em duas modalidades: leasing financeiro e
leasing operacional. A diferença básica é que no leasing financeiro o prazo é usualmente maior e o
arrendatário tem a possibilidade de adquirir o bem por um valor pré-estabelecido.
Ao final do contrato, o arrendatário tem as opções de efetivar a aquisição do bem arrendado ou devolvê-lo.
Ao final do leasing financeiro, em geral o cliente já terá pago a maior parte do valor do bem, não sendo a
devolução, embora possível, financeiramente vantajosa.
As SCTVMs, normatizadas pela Resolução CMN 1.655/1989, possuem como finalidade as seguintes
operações:
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Como é possível notar, são muitas as funções. Grande parte delas é realizada no mercado de capitais, mas
há também funções no mercado de câmbio (intermediar operações de câmbio) e no mercado monetário
(realizar operações compromissadas).
As funções de mercado de capitais são diversas e muitas são vistas no decorrer do nosso curso. Por ora, é
interessante notar que as operações são concentradas nos mercados primário (intermediar oferta pública
e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado) e secundário, sendo que neste se destacam as
operações em mercados bolsa de valores (mercado à vista) e nos mercados de mercadorias e futuros
(commodities e derivativos).
Ademais, cabe às SCTVMs prestar outros tipos de serviços, como a instituição de fundos de investimento e
a administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários.
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Adicionalmente, segundo a Lei 6.385/76, as atividades de (i) distribuição de emissão no mercado; (ii)
compra de valores mobiliários para revendê-los por conta própria; mediação ou corretagem de operações
com valores mobiliários; e compensação e liquidação de operações com valores mobiliários DEPENDEM de
prévia autorização da CVM.
Nesse sentido, considerando que as SCTVMs realizam parte destas funções, é necessária a autorização da
CVM para que elas realizem suas atividades no mercado de valores mobiliários. Muita atenção a este
conceito, pois, em geral, as bancas desconhecem esta disposição e acabam a desconsiderando.
nas operações, em bolsas de valores, as SCTVMs são responsáveis pela liquidação das operações
(pagamento), pela legitimidade dos títulos ou valores mobiliários entregues e pela autenticidade
dos endossos em valores mobiliários e legitimidade de procuração ou documentos necessários para
a transferência de valores mobiliários;
a sociedade corretora está obrigada a manter sigilo em suas operações e serviços prestados,
devendo guardar segredo sobre os nomes e operações de seus comitentes, só́ os revelando
mediante autorização desses, dada por escrito;
a sociedade corretora deverá manter sistema de conta corrente, não movimentável por cheque,
para efeito de registro das operações por conta de seus clientes; e
às SCTVMs é vedado:
o realizar operações que caracterizem, sob qualquer forma, a concessão de financiamentos,
empréstimos ou adiantamentos a seus clientes, inclusive através da cessão de direitos,
ressalvadas as hipóteses de operação de conta margem e as demais previstas na
regulamentação em vigor;
o II - cobrar de seus comitentes corretagem ou qualquer outra comissão referente a
negociações com determinado valor mobiliário durante seu período de distribuição
primária;
o III - adquirir bens não destinados ao uso próprio, salvo os recebidos em liquidação de dívidas
de difícil ou duvidosa solução, caso em que deverá vende-los dentro do prazo de 1 (um) ano,
a contar do recebimento, prorrogável até 2 (duas) vezes, a critério do Banco Central; e
o realizar operações envolvendo comitente final que não tenha identificação cadastral na
Bolsa de Valores.
As SDTVMs exercem as mesmíssimas funções das SCTVMs. Não é preciso citá-las novamente, basta você
verificar acima quais são.
Mas, você deve estar se perguntando qual a utilidade de se ter duas instituições distintas com as mesmas
funções? Bom, é que até 2008 elas detinham funções diferentes.
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As SDTVMs tinham como foco as operações no mercado primário, como as emissões primárias de ações
das companhias (underwriting), a fim de encontrar interessados em subscrever estas ações antes que elas
estejam listadas em Bolsa. As SCTVMs, por sua vez, atuavam principalmente no mercado secundário.
Ocorre que, através da Decisão Conjunta 17/2009 entre Bacen e CVM, foi autorizado às distribuidoras a
operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de
valores (mercado secundário) e eliminou-se a principal diferença entre as corretoras e as distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, que hoje podem realizar praticamente as mesmas operações.
A sociedade distribuidora deve constituir-se sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada, devendo constar obrigatoriamente de sua denominação social a expressão
"DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS".
As bolsas de valores são entidades que pretendem fornecer um local adequado para a realização de
negócios com títulos e valores mobiliários.
No momento apropriado trataremos da definição de valores mobiliários. Em suma, são títulos financeiros
que conferem direitos de propriedade e/ou de crédito a seus investidores. Assim, o adquirente de um valor
mobiliário tem o direito de receber determinado valor em certa data (direito de crédito) e/ou o direito de
ganhar a posse de determinado ativo, como a participação acionário em empresas (direito de
propriedade).
Mas, imagine o quanto difícil e custoso seria encontrar os interessados em adquirir estes títulos e valores
mobiliários?
É para isto que servem as bolsas de valores. Elas conferem organização, controle e sistemas propícios para
o encontro entre compradores e vendedores. Ademais, propiciam formação eficiente de preços,
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transparência e divulgação das informações pertinentes aos negócios, além de segurança na liquidez e
compensação das operações.
É isto mesmo. As bolsas de valores possuem muitas funções, quase todas pertinentes à realização mais
ordeira de negócios com títulos e valores mobiliários e, por isto, é muito importante para o mercado de
capitais e para a economia do País.
Entende-se como sistemas centralizados e multilaterais de negociação aqueles em que todas as ofertas
relativas a um mesmo valor mobiliário são direcionadas a um mesmo canal de negociação, ficando
expostas a aceitação e concorrência por todas as partes autorizadas a negociar no sistema.
Nos ambientes de bolsa, todas as informações sobre os negócios, como os preços, as quantidades e
horários, entre outras, devem ser publicadas continuamente, com no máximo 15 minutos de atraso. As
entidades administradoras de mercados de bolsa devem manter sistemas de controle de riscos e,
especialmente, manter mecanismo de ressarcimento de prejuízos, para assegurar aos investidores o
ressarcimento de prejuízos decorrentes de erros ou omiss.es das instituições intermediadoras ou seus
administradores e empregados.
E as bolsas de valores devem ser administradas por entidade específica para isto, autorizada pela CVM.
Atualmente no Brasil existe apenas a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). Cumpre citar que a
legislação nacional permite a existência demais bolsas de valores, mesmo que, no momento, exista tão
somente uma em funcionamento.
A BM&FBOVESPA foi originada da união entre Bovespa e BM&F. Esta se destinava às transações com
mercadoria e futuros. Ou seja, eram negociados contratos de mercadorias (principalmente commodities) e
derivativos, com vencimento futuro.
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Localizava-se na cidade de São Paulo, e operava principalmente com taxa de câmbio, taxa de juros, café,
açúcar, soja, gado bovino, milho e ouro.
Diferentemente da antiga Bovespa, não se transacionavam ações e títulos emitidos por companhias
abertas.
O fomento mercantil, chamado de factoring, é uma operação financeira pela qual uma empresa vende
seus direitos creditórios – oriundos de suas operações comerciais que seriam pagos a prazo - a um terceiro.
Este terceiro, a própria sociedade mercantil, adquire estes direitos pagando-os à vista à empresa, mas com
um desconto – que é a remuneração da factoring.
Esta operação, apesar de ser similar a uma operação financeira comum – pois há adiantamento de valores
e cobrança de taxa de juros – é na verdade um serviço de transferência de créditos da empresa
fornecedora de bens à factor (a sociedade mercantil) que corresponde à aquisição definitiva destes
direitos creditórios, inclusive do risco de inadimplência inerente.
O fomento mercantil tem por objetivo a prestação de serviços e o fornecimento de recursos para
viabilizar a cadeia produtiva, de empresas mercantis ou prestadoras de serviços, notadamente pequenas e
médias empresas. A operação é pactuada em contrato onde são partes a sociedade de fomento mercantil e
a empresa-cliente
É importante citar a definição da operação de fomento mercantil de maneira mais completa, conforme
consta nos materiais de estudo mais importantes sobre o assunto. Segue em negrito:
O contrato de fomento mercantil poderá prever, juntamente com a prestação de serviços, a compra, à
vista, total ou parcial, pela sociedade de fomento mercantil, de direitos creditórios, no mercado nacional
ou internacional.
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É necessário fazer mais comentários sobre as empresas emissoras de cartões de crédito, também
chamadas de administradora de cartões.
Esta entidade, se considerada isolada, NÃO é uma instituição financeira, pois não faz o intermédio de
fundos entre os agentes superavitários e deficitários na economia, mas tão somente o intermédio
operacional da transação. Segundo o regramento do sistema financeiro, ela é uma instituição de
pagamento.
Importante citar que, no entendimento do STF, a administradora de cartões é IF. Atente-se caso a banca
peça na prova o entendimento do STJ relativo à administradora de cartões, pois, nesse caso, ela deve ser
considerada IF.
São empresas que prestam um serviço de intermediação entre os portadores de cartões, as instituições
financeiras emissoras (as quais financiam a operação, quando há adiantamento de recebíveis ou não
pagamento da fatura), os fornecedores e as bandeiras (Visa, Mastercard, entre outras).
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O consumidor não paga estes custos diretamente, apesar de eles estarem embutidos no preço final da
mercadoria.
As administradoras de cartões geralmente são sociedades controladas por instituições financeiras. Este
fato possibilita a redução de custos na operação, pois o pagamento de tarifas e taxas diversas devidas nas
operações de crédito e débito podem ser direcionadas a apenas uma instituição, ao invés de duas.
Um bom exemplo ocorreu quando o Banco Itaú adquiriu a totalidade de ações da então RedeCard,
denominando-a apenas Rede. Como resultado, as taxas antes pagas ao Itaú (como instituição financeira
emissora) e à RedeCard, como administradora de cartões, passou, na prática, a ser paga ao mesmo grupo
econômico (Grupo Itaú).
De fato, esta transação possibilitou a redução de algumas taxas e mensalidades. Um bom exemplo é a
adoção do Mobile Rede, serviço que atende profissionais autônomos que não possuem condição de pagar
mensalidades de máquinas de cartões de crédito e débito e podem fazer operações deste tipo pelo celular.
Apenas citando que o professor não tem qualquer vínculo ou relação com o Itaú ou Rede. O exemplo serve
apenas para ilustrar a tendência atual das administradoras de cartões, fato que pode muito ser cobrado na
prova de Conhecimentos Bancários e/ou Atualidades do Mercado Financeiro.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2015
A Caixa Econômica Federal é uma instituição bancária sob a forma de empresa pública, a qual exerce um
papel fundamental no desenvolvimento urbano e da justiça social no Brasil.
Com forte atuação no financiamento habitacional, a Caixa NÃO atua como
a) sociedade de crédito imobiliário
b) agente do Governo Federal nos mercados financeiros e de capitais
c) agência de fomento de desenvolvimento
d) agente operador e financeiro do FGTS
e) banco comercial
Comentários:
Veja que a questão pede para saber a forma em que a caixa não atua. Nesse caso, a Caixa não irá atuar
como agência de fomento de desenvolvimento já que isso sequer existe.
Gabarito letra C
Quando a gente falar em BB, já coloca na sua mente: BB é o grande responsável pelo crédito rural no Brasil.
Por isso, a alternativa correta é a letra C.
Gabarito letra C.
a) empréstimos para fortalecimento do fluxo de caixa, capital de giro e garantias creditícias de pequenas e
médias empresas.
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c) financiamentos de bens e serviços para indústria do petróleo e empréstimos para capital de giro na
indústria têxtil.
Comentários:
Quando falamos sobre o BNDES, devemos lembrar que essa instituição é a grande responsável pelos
financiamentos de longo prazo das empresas que querem fazer tanto investimentos fixos quanto
investimentos em capital de giro focado, fundamentalmente em projetos de grandes empresas.
Gabarito letra B.
Comentários:
Ao facilitar o processo de recebimento de pagamentos, o governo termina por reduzir a evasão fiscal.
Quanto mais canais o governo possa proporcionar ao contribuinte para que ele possa pagar os seus
impostos, maiores são as formas de evitar a evasão fiscal.
Gabarito letra B
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O bom desempenho dos grandes bancos em meio à pior recessão da história brasileira comprovou a
solidez do sistema financeiro do país, porém colocou sob os holofotes o poder de mercado dessas
instituições – que não era desconhecido, mas se mostrou maior do que se podia imaginar. Se na crise de
2008, os bancos americanos e europeus viram seus resultados despencarem, as cinco maiores instituições
do país absorveram mais de R$360 bilhões em calotes no crédito desde 2014, sem que sua rentabilidade,
sempre entre as maiores do setor em comparações internacionais, fosse substancialmente afetada.
Mesmo após a perda com inadimplência e todos os outros custos, inclusive tributários, o lucro somado
desse grupo de bancos atingiu R$244 bilhões entre 2014 e 2017 (...). “Aqui, os bancos têm domínio da
oferta de crédito. Com isso, não há competição forte”, diz Alberto Borges Matias, professor aposentado da
USP e presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad).
MOREIRA, T; TORRES, F. Crise coloca sob holofotes poder de mercado dos bancos. Valor
Econômico, 21 mar. 2018, p.C4. Adaptado.
De acordo com o texto, a despeito da grave recessão ocorrida no período 2015-2016 e das perdas com
inadimplência, o principal fator que explica a elevada rentabilidade dos principais bancos que atuam no
Brasil, no período recente, foi a(o)
Comentários:
Apesar do atual crescimento do mercado bancário brasileiro com a inserção dos bancos digitais, o mercado
bancário ainda é extremamente concentrar em apenas 5 grandes Instituições Financeiras:
Banco Itaú
Banco Bradesco
Banco do Brasil
Caixa Econômico
Banco Santander
Gabarito letra B.
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6. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2010) De acordo com as normas do Conselho Monetário Nacional –
CMN, os bancos múltiplos devem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas
obrigatoriamente de
a) investimento.
b) crédito, financiamento e investimento.
c) crédito imobiliário.
d) câmbio.
e) arrendamento mercantil.
Comentários:
De acordo com as normas do Conselho Monetário Nacional – CMN, os bancos múltiplos devem ser
constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas obrigatoriamente comercial ou de
investimento.
Gabarito letra A.
7. (FCC - Insp (CMV)/CVM/2003) Para configurar a existência de Banco Múltiplo, ele deve possuir pelo
menos duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, de
a) crédito imobiliário.
b) crédito rural ou Leasing.
c) Desenvolvimento.
d) Arrendamento Mercantil.
e) Investimento ou Comercial.
Comentários:
De acordo com as normas do Conselho Monetário Nacional – CMN, os bancos múltiplos devem ser
constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas obrigatoriamente comercial ou de
investimento.
Gabarito letra E.
8. (FCC - Aud (TCM-RJ) /TCM-RJ/2015) No Brasil, os bancos comerciais tendem a manter em níveis
baixos suas reservas excedentes pois
a) o Banco Central do Brasil cobra uma multa pela retenção de reserves excedentes.
b) os bancos comerciais estão preocupados com a estabilidade econômica.
c) os bancos desejam maximizar lucro, e reservas excedentes não pagam juros.
d) os bancos comerciais preferem manter suas reservas excedentes como reservas compulsórias.
e) os bancos comerciais depositam tais reservas no FMI como reservas internacionais.
Comentários:
Questão interessante que se aplica às IFs em geral.
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A forma da IF gerar lucros é através da concessão de créditos e empréstimos em geral. Assim, quanto
maior a quantidade de operações nesse sentido, maior tende a ser o retorno da entidade.
Portanto, a IF tende a manter baixo o nível de reservas, pois deseja maximizar lucro, e reservas excedentes
não pagam juros.
Gabarito letra C.
9. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2006) São instituições que podem captar depósitos a prazo junto ao
público:
a) sociedades de arrendamento mercantil.
b) sociedades de crédito, financiamento e investimento.
c) sociedades de crédito imobiliário.
d) sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários.
e) bancos de investimento.
Comentários:
Da lista, apenas os bancos de investimento captam depósitos junto ao público. A forma mais tradicional de
captação nesse sentido é através da emissão de CDBs e RDBs.
Gabarito letra E.
11. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2013) Investimentos em infraestrutura são necessários para suportar a
dinâmica do crescimento econômico do País. Atualmente, dentre as entidades do Sistema Financeiro
Nacional, na concessão de financiamentos de projetos de longo prazo, constata-se atuação com
destaque:
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12. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2011) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), que oferece apoio por meio de financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de
equipamentos e exportação de bens e serviços, é:
a) banco múltiplo.
b) empresa pública federal.
c) companhia de capital aberto.
d) entidade de direito privado.
e) subsidiária do Banco do Brasil.
Comentários:
O BNDES é empresa pública federal (todas suas ações são detidas pela União Federal). Ou seja, ele não é
banco múltiplo, ou de desenvolvimento, como muitos acreditam.
Gabarito letra B.
13. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2010) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES tem dentre seus objetivos o de:
a) promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços.
b) controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o correto funcionamento do mercado cambial.
c) promover o crescimento e a diversificação das importações.
d) adquirir e financiar estoques de produção exportável.
e) executar, por conta do Banco Central, a compensação de cheques e outros papéis.
Comentários:
A alternativa A está correta. Essa função é característica de um banco de desenvolvimento. Como
sabemos, o BNDES não é um banco de desenvolvimento, mas ele opera uma carteira de desenvolvimento
e, portanto, possui esta função.
A alternativa B está incorreta. Essa função é do Bacen
A alternativa C está incorreta. Cabe ao BNDES apoiar o crescimento e diversificação das exportações.
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15. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2011) As sociedades de fomento mercantil (factoring) desenvolvem
suas atividades:
a) sob fiscalização do Banco Central do Brasil.
b) prestando serviços e adquirindo cheques de pessoas físicas e jurídicas.
c) adquirindo créditos de empresas provenientes de suas vendas mercantis realizadas a prazo.
d) financiando seu cliente por meio de contrato com taxa de juros pós-fixada.
e) com recursos próprios e de terceiros captados por meio de depósitos interfinanceiros.
Comentários:
A empresa de factoring opera através da aquisição de direitos creditórios provenientes de vendas
mercantis (de bens e serviços) realizadas a prazo.
Gabarito letra C.
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II. O factoring é um empréstimo concedido com base no desconto de títulos de crédito, que servem
como garantia da operação.
III. Para o financiamento das suas atividades, as empresas de factoring captam recursos por meio de
depósitos junto ao público em geral.
IV. O risco de crédito dos títulos que são objeto das operações de factoring é de responsabilidade da
empresa vendedora.
É INCORRETO o que consta em:
a) I, II, III e IV.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
Comentários:
Todos os itens estão incorretos.
O item I está incorreto. As empresas de factoring NÃO são classificadas como instituições financeiras pelas
autoridades monetárias.
O item II está incorreto. O factoring NÃO é um empréstimo concedido com base no desconto de títulos de
crédito, que servem como garantia da operação. Afinal, trata-se da aquisição de direito creditório.
O item III está incorreto. As empresas de factoring NÃO captam recursos por meio de depósitos junto ao
público em geral.
O item IV está incorreto. O risco de crédito dos títulos que são objeto das operações de factoring é de
responsabilidade da EMPRESA DE FOMENTO MERCANTIL.
Gabarito letra A.
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A alternativa B está incorreta. Essa possibilidade não existe na operação de factoring. Ou seja, ao adquirir
o direito creditório, a empresa de factoring não pode cobrar da empresa vendedora do crédito, no caso de
inadimplência.
A alternativa C está incorreta. Como visto na Letra B, essa possibilidade não existe no factoring.
A alternativa D está correta.
A alternativa E está incorreta. A remuneração da empresa de factoring é definida pelos acordos com que
possui com seus clientes. Ou seja, não há taxa fixada nesse sentido.
Gabarito letra D.
LISTA DE QUESTÕES
1. CESGRANRIO - Tec Ban (BASA)/BASA/2015
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A Caixa Econômica Federal é uma instituição bancária sob a forma de empresa pública, a qual exerce um
papel fundamental no desenvolvimento urbano e da justiça social no Brasil.
Com forte atuação no financiamento habitacional, a Caixa NÃO atua como:
a) sociedade de crédito imobiliário
b) agente do Governo Federal nos mercados financeiros e de capitais
c) agência de fomento de desenvolvimento
d) agente operador e financeiro do FGTS
e) banco comercial
a) empréstimos para fortalecimento do fluxo de caixa, capital de giro e garantias creditícias de pequenas e
médias empresas.
c) financiamentos de bens e serviços para indústria do petróleo e empréstimos para capital de giro na
indústria têxtil.
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Algumas instituições financeiras são autorizadas a arrecadar tarifas públicas e impostos. O recolhimento
de tais tarifas e impostos
O bom desempenho dos grandes bancos em meio à pior recessão da história brasileira comprovou a
solidez do sistema financeiro do país, porém colocou sob os holofotes o poder de mercado dessas
instituições – que não era desconhecido, mas se mostrou maior do que se podia imaginar. Se na crise de
2008, os bancos americanos e europeus viram seus resultados despencarem, as cinco maiores instituições
do país absorveram mais de R$360 bilhões em calotes no crédito desde 2014, sem que sua rentabilidade,
sempre entre as maiores do setor em comparações internacionais, fosse substancialmente afetada.
Mesmo após a perda com inadimplência e todos os outros custos, inclusive tributários, o lucro somado
desse grupo de bancos atingiu R$244 bilhões entre 2014 e 2017 (...). “Aqui, os bancos têm domínio da
oferta de crédito. Com isso, não há competição forte”, diz Alberto Borges Matias, professor aposentado da
USP e presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração (Inepad).
MOREIRA, T; TORRES, F. Crise coloca sob holofotes poder de mercado dos bancos. Valor
Econômico, 21 mar. 2018, p.C4. Adaptado.
De acordo com o texto, a despeito da grave recessão ocorrida no período 2015-2016 e das perdas com
inadimplência, o principal fator que explica a elevada rentabilidade dos principais bancos que atuam no
Brasil, no período recente, foi a(o)
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6. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2010) De acordo com as normas do Conselho Monetário Nacional –
CMN, os bancos múltiplos devem ser constituídos com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas
obrigatoriamente de
a) investimento.
c) crédito imobiliário.
d) câmbio.
e) arrendamento mercantil.
7. (FCC - Insp (CMV)/CVM/2003) Para configurar a existência de Banco Múltiplo, ele deve possuir pelo
menos duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, de
a) crédito imobiliário.
c) Desenvolvimento.
d) Arrendamento Mercantil.
e) Investimento ou Comercial.
8. (FCC - Aud (TCM-RJ) /TCM-RJ/2015) No Brasil, os bancos comerciais tendem a manter em níveis
baixos suas reservas excedentes pois
a) o Banco Central do Brasil cobra uma multa pela retenção de reserves excedentes.
d) os bancos comerciais preferem manter suas reservas excedentes como reservas compulsórias.
9. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2006) São instituições que podem captar depósitos a prazo junto ao
público:
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e) bancos de investimento.
11. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2013) Investimentos em infraestrutura são necessários para suportar a
dinâmica do crescimento econômico do País. Atualmente, dentre as entidades do Sistema Financeiro
Nacional, na concessão de financiamentos de projetos de longo prazo, constata-se atuação com
destaque:
12. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2011) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), que oferece apoio por meio de financiamentos a projetos de investimentos, aquisição de
equipamentos e exportação de bens e serviços, é:
a) banco múltiplo.
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13. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2010) O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES tem dentre seus objetivos o de:
c) concessão de crédito a associados e ao público em geral, por meio de desconto de títulos, empréstimos
e financiamentos.
d) captação, por meio de depósitos à vista e a prazo, somente de associados, de empréstimos, repasses e
refinanciamentos de outras entidades financeiras e de doações.
15. (FCC - Esc BB/BB/"Sem Área"/2011) As sociedades de fomento mercantil (factoring) desenvolvem
suas atividades:
d) financiando seu cliente por meio de contrato com taxa de juros pós-fixada.
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a) I, apenas.
b) I, II e III, apenas.
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III. Para o financiamento das suas atividades, as empresas de factoring captam recursos por meio de
depósitos junto ao público em geral.
IV. O risco de crédito dos títulos que são objeto das operações de factoring é de responsabilidade da
empresa vendedora.
É INCORRETO o que consta em:
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.
b) Tanto nas operações de desconto financeiro como nas de factoring existe o direito de regresso em
relação ao cedente quando ocorre inadimplência do sacado.
c) Enquanto nas operações de factoring existe direito de regresso em relação ao cedente quando ocorre a
inadimplência do sacado, no desconto financeiro não há esse direito.
d) Enquanto nas operações de desconto financeiro existe o direito de regresso em relação ao cedente
quando ocorre a inadimplência do sacado, no factoring não há esse direito.
e) A empresa de factoring é remunerada pela cobrança da taxa SELIC acrescida de um prêmio de risco
sobre o valor dos títulos por ela descontados.
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GABARITO
1. C 8. C 15. C
2. C 9. E 16. D
3. B 10. E 17. A
4. B 11. B 18. A
5. B 12. B 19. D
6. A 13. A 20. B
7. E 14. D 21. A
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RESUMO
AGENTES DE MERCADO: O Sistema Financeiro Nacional é composto pelo CMN, Banco Central,
COPOM, CVM, CRSFN e outras entidades normativas/supervisoras apresentadas. Mas, também é
composto pelos operadores.
3) Equipara-se a IF: pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas acima, de forma
permanente ou eventual.
▪ IFS Públicas
▪ IFS Privadas
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o O capital inicial será sempre realizado em moeda corrente (regra também vale
para as públicas).
o Será exigida no ato a realização de, pelo menos 50% (cinquenta por cento) do
montante subscrito. Exceções: 1) Decorrentes de incorporação de reservas; e 2)
Decorrentes da reavaliação da parcela dos bens do ativo imobilizado,
representado por imóveis de uso e instalações.
4) as pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por
cento);
5) às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por
cento), quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição
financeira, bem como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau;
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS: para ser bancária, a instituição deve captar depósitos à
vista.
▪ Bancos Comerciais
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▪ Caixas Econômicas
▪ Cooperativas de Crédito
o Atuação:
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▪ Bancos Múltiplos
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS: não capta depósitos à vista, logo, não multiplicam a
quantidade de moeda em circulação na economia.
▪ Bancos de Desenvolvimento
▪ BNDES
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▪ Bancos de Investimento
▪ Administradoras de Consórcios
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▪ Agências de Fomento
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o Operação financeira pela qual uma empresa vende seus direitos creditórios
oriundos de suas operações comerciais que seriam pagos a prazo a um terceiro.
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