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Henrique Carvalho

Introdução a Alocação
de Ativos
Uma visão sensata sobre investimentos
www.comoinvestirdinheiro.com.br
Licenciado para Adrián Leonardo Acuna, E-mail: adrianho27@gmail.com, CPF: 23362991866
Introdução a Alocação de Ativos

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Histórico de edições:

1a edição: agosto / 2012

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Introdução a Alocação de Ativos

INTRODUÇÃO À ALOCAÇÃO DE ATIVOS

Uma visão sensata sobre investimentos

Autor: Henrique Carvalho

Este é um material bônus que acompanha o eBook Como Investir Dinheiro

Mais informações:

http://www.comoinvestirdinheiro.com.br/alocacao-de-ativos

E-mail: henrique.ps.carvalho@gmail.com

Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem
ocorrer erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos
a comunicação ao e-mail acima citado, para que possamos esclarecer ou encaminhar
a questão. O autor não tem nenhum vínculo com as pessoas, instituições financeiras
e produtos citados, utilizando-os apenas para ilustrações, nem assume nenhuma
responsabilidade por eventuais perdas de bens oriundas do uso deste material.

Toda e qualquer decisão tomada após a leitura deste livro digital é de única e exclusiva
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Introdução a Alocação de Ativos

Sumário
1. O que é Alocação de Ativos?________________ 6 Fundos Imobiliários____________________________ 25
Ações_______________________________________ 26
2. Os 5 problemas do Investimento Tradicional___ 8
7. Colocando seus investimentos em piloto
1. Conflito de Interesse__________________________ 8
automático_______________________________ 28
2. Muito tempo exigido para monitorar o mercado_____ 9
3. Alto Teor de Stress__________________________ 11 Aportes Mensais______________________________ 28
4. Mais Custos (desnecessários)__________________ 11 Rebalanceamento: Comprando na baixa e vendendo na
alta________________________________________ 29
5. Ausência de uma estratégia de investimentos
detalhada____________________________________ 12 8. Economia Comportamental: A psicologia do
investimento_____________________________ 31
3. O suporte acadêmico por uma estratégia
sustentável______________________________ 13 A grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa_ 31
90% do retorno_______________________________ 13 Ganhar com o sentimento de perda_______________ 32
Investimento Ativo x Passivo_____________________ 14 Tirando vantagem de “grandes negócios”___________ 33
No Brasil: 66% dos fundos de ações perdem para o Custo irrecuperável____________________________ 34
Ibovespa____________________________________ 15 Conclusão_______________________________ 37
4. Montando e Gerenciando sua Carteira de Sobre o Autor_____________________________ 38
Investimentos em 5 Simples Passos___________ 17
5. A relação risco x retorno__________________ 20
6. A Tríade Financeira: O investimento em 3
categorias_______________________________ 23
Renda-Fixa___________________________________ 23

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Introdução a Alocação de Ativos

1. O que é Alocação de Ativos?


A Alocação de Ativos é uma estratégia de investimentos em que a preocupação do
investidor está na porcentagem que ele investe em um ativo e não no momento que
ele comprou. Essa porcentagem reflete a alocação (o quanto de dinheiro foi colocado)
em um ativo em relação a carteira.

Estudos mostram que 90% da variação do retorno de uma carteira está ligada a
alocação desta, ou seja, a quantidade que o investidor separou para cada investimento.
Apenas 10% restantes estão ligados ao market timing (momento que você comprou o
ativo) e o asset picking (qual ativo você comprou).

Logo, se você possui R$ 100.000 e investe R$ 10.000 em BOVA11 (ETF que segue o
Ibovespa) e R$ 90.000 em LFT com vencimento em 2017, a alocação de sua carteira
é de 10% em BOVA11 (ações) e 90% em LFT 2017 (Renda-Fixa). Somente com esses
números é possível dizer que essa é uma carteira conservadora e que raramente
apresentará resultados negativos em 1 ano.

Exemplo: Se o BOVA11 tiver um resultado de -50% em um ano e a LFT de 10% qual


seria o resultado da carteira?

-50% (rentabilidade BOVA11) * 10% (alocação BOVA11) + 10% (rentabilidade LFT) *


90% (alocação LFT) = -5% + 9% = +4%.

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Portanto, apesar do péssimo resultado do BOVA11 e do Ibovespa no ano, a carteira


conseguiu um resultado positivo de 4% graças a baixa alocação de 10% em BOVA11(ativo
de alto risco) e 90% em LFT 2017 (ativo de baixo risco).

Essa é a essência da alocação de ativos. Preocupe-se com o quanto você investe em


cada ativo e você terá uma visão mais ampla e segura de como investir.

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2. Os 5 problemas do Investimento Tradicional


Infelizmente, esse tipo de estratégia é praticamente desconhecido no Brasil. Várias
são as causas, mas prefiro resumi-las aqui através dos 5 problemas do investimento
tradicional.

1. Conflito de Interesse
Você sabe como uma corretora ganha dinheiro. Em sua maioria com corretagem,
correto? Agora me diga qual é o tipo de estratégia que ela divulga com mais intensidade,
como sendo o “segredo” para os investimentos?

Se você respondeu Análise Técnica, você acertou! As corretoras possuem uma equipe
de analistas técnicos que recomendam a todo momento a montagem de posições,
divulgam a carteira do mês e participam diariamente de fóruns revelando as “dicas
quentes” do dia.

Não quero condenar completamente tal estratégia neste material. Afinal, existem
algumas poucas pessoas que abordam o assunto com grande seriedade.

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Porém, soa-me extremamente curioso o fato das corretoras recomendarem justamente


a estratégia de mais alta frequência e rotatividade, principalmente através das
operações realizadas no mesmo dia, as operações de day-trade.

Desse modo, a grande maioria dos investidores se debruça sobre o Home-Broker


diariamente em busca de padrões gráficos, porém, acabam gerando um grande volume
de corretagens para as corretoras.

Para elas, não importa se o cliente está ganhando ou perdendo. O objetivo final é gerar
mais receitas com mais corretagens. E para otimizar esse processo, são oferecidos
palestras e cursos sobre análise técnica, oportunidades de alavancagem, em que
o cliente toma dinheiro emprestado da corretora para aumentar o volume de suas
operações, chats diários com “gurus”, entre outras estratégias.

O problema é que a relação entre cliente e corretora não é de forma alguma ganha/ganha
e, portanto, esse conflito de interesse impede a divulgação de técnicas consagradas
como a alocação de ativos, já que não implicam em volumosos lucros para o caixa das
corretoras.

2. Muito tempo exigido para monitorar o mercado


Responda essa pergunta: Por que você investe?

E antes que você talvez responda “ganhar dinheiro” ou “ficar rico” eu posso afirmar
que essa não é a principal razão de você investir, afinal, dinheiro por si só não é nada.

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Você investe para conquistar sua liberdade financeira. Ou seja, você deseja chegar a
um ponto que, somente com seus investimentos, você é capaz de manter seu padrão
de vida, não dependendo mais do trabalho diário.

Resumindo, mais dinheiro = mais liberdade.

Você se torna livre para escolher o que deseja. Passar mais tempo com sua família,
ao invés de fazer horas extras no trabalho. Viajar pelo mundo afora sem se preocupar
com a reunião do dia seguinte com o chefe. Cultivar hábitos saudáveis. Praticar seus
hobbies preferidos.

Agora pense novamente em seus investimentos. O que você deseja é uma estratégia
em que você precise ficar 6 horas seguidas diariamente em frente ao computador para
tentar tirar um “salário” do mercado, ou uma estratégia passiva, com foco no longo
prazo, de fácil monitoramento e que constrói e preserva seu patrimônio?

Livre-se da obrigação de analisar 20 gráficos em tempo real, ler balanços trimestrais,


acompanhar toda notícia sobre as empresas que você investe, montar estratégias
complexas com opções que precisam de monitoramento periódico e tudo o mais.

Essa é a proposta da Alocação de Ativos e espero que ao longo desse material fique
cada vez mais clara para você.

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3. Alto Teor de Stress


Você já reparou como as pessoas estão cada vez mais atarefadas e estressadas?

Se o trabalho já consome tempo e energia suficiente para deixar as pessoas nesta


situação, imagine saber que, além de todos os problemas pessoais e profissionais,
estas pessoas estão perdendo –20% no mercado financeiro.

Infelizmente, as estratégias tradicionais de investimentos não possuem um adequado


gerenciamento de risco, o que tira o sono e a sanidade de todo investidor em momentos
de crise.

4. Mais Custos (desnecessários)


É contabilidade básica. Lucro = receitas – custos.

Logo, se você aumentar os custos e as receitas se mantiverem constantes, o que


ocorre com o lucro? Ele diminui. Diversos estudos (detalharei um deles no próximo
capítulo) mostram como as estratégias de investimentos tradicionais apresentam um
custo elevado, fazendo com que o retorno do investidor tenha grande probabilidade de
ficar abaixo do índice do mercado.

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5. Ausência de uma estratégia de investimentos


detalhada
Você saberia me dizer o que ocorreria com sua carteira de investimentos se a bolsa
caísse –60% em apenas 5 meses? Ou se a taxa Selic subisse para 20%? Ou caísse
para 5%? E se a inflação chegasse a 10%?

Saber o que fazer em diversos cenários é essencial para o sucesso do investidor no


longo prazo. Você precisa saber o que fazer nestes momentos de pânico ou euforia
porque é neste momento que a maioria dos investidores perde muito dinheiro e os
investidores profissionais ganham.

Se você não tem ainda uma estratégia detalhada de investimentos e não saberia o que
fazer nestes cenários, não se preocupe. O objetivo desse material é trazer uma luz
para que você compreenda a mecânica da Alocação de Ativos.

Após conhecer os problemas das estratégias de investimentos tradicionais aqui no


Brasil e saber que a alocação de ativos é a estratégia que buscará solucioná-los,
precisamos agora entender o porquê você deveria adotar esse tipo de estratégia para
sua carteira de investimentos.

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3. O suporte acadêmico por uma estratégia


sustentável
A estratégia que apresento a você não é simplesmente a minha visão sobre o que
funciona nos investimentos. A Alocação de Ativos recebe todo o suporte acadêmico como
uma metodologia sustentável para investir. Veja os estudos abaixo que comprovam
sua eficácia:

90% do retorno
O estudo Does asset allocation policy explain 40, 90 or 100 percent of
performance? realizado por Roger Ibbotson, professor de finanças de Yale, foi
conduzido para responder a importante e debatida pergunta sobre o que produzia o
maior impacto na variação do retorno de uma carteira de investimentos: a habilidade
de um gestor de escolher determinadas ações e títulos no tempo correto ou a alocação
de ativos desta carteira?

A conclusão foi mais que impressionante. Mais de 90% da variação do retorno de


uma carteira de investimentos no longo prazo é atribuída a sua alocação de ativos. A
porção restante (menos de 10%) é atribuída ao market timing (momento de compra

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e venda de uma ativo) e ao asset pricking (escolha de determinadas ações individuais


e títulos).

Portanto, lembre-se que a alocação de ativos, ou seja, o quanto você destina para
cada investimento em sua carteira, é 9 vezes mais importante do que quando você
compra determinado ativo e qual é esse ativo. Ao investir, pense no quanto ao invés
de qual e quando.

Investimento Ativo x Passivo


O estudo Quantitative analysis of investor behavior (divulgado no livro “Asset Allocatino,
Balancing Financial Risk” página 4), realizado pela companhia de pesquisas financeiras
americana Dalbar, mostra que o investidor médio em fundos ativos de ações obteve um
retorno anualizado de 3,9% no período de 20 anos, terminado em 2006. Entretanto,
o índice de ações S&P500 obteve no mesmo período o retorno anualizado de 11,9%.
A diferença de 8% entre ambos deve-se a 3 fatores:

• O fato do investidor tentar acertar o tempo correto de entrar e sair do


mercado de ações (market timing).

• O alto custo do investimento ativo através de taxas de administração.

• Alta rotatividade de ações nos fundos de investimentos ativos.

E caso 8% ao ano pareça pouco, lembre-se que o período analisado é de 20 anos.


Logo, nestes 20 anos o índice obteve uma rentabilidade de 847,55%, enquanto o

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investidor médio obteve uma rentabilidade de 114,94%. Através de um investimento


inicial de R$ 10.000 seria a diferença entre R$ 94.755,00 e R$ 21.494,00.

No Brasil: 66% dos fundos de ações perdem para o


Ibovespa
Através de dados da Bloomberg publicados pela iShares, o estudo revelou que não
apenas 66% dos fundos ativos de ações obtém retorno menor do que o Ibovespa
como 78% destes fundos obtém um risco maior do que o Ibovespa.

Pense comigo:

Esses fundos profissionais de ações contam com uma ampla equipe de pesquisa (research)...

Obtém dados sempre atualizados de todos os indicadores financeiros e econômicos importantes...

Possuem uma equipe de analistas e gestores que trabalham o dia inteiro exclusivamente para o
fundo......e somente 1⁄3 obtém sucesso no mercado!

Parece estranho? Agora pense em você:

• Você não possui uma equipe para visitar empresas, conversar com
administradores e analisar todos os balanços da empresa...

• Você não tem o tempo necessário para avaliar em detalhes cada balanço
trimestral e acompanhar todas as notícias sobre a empresa...

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• Você não tem acesso aos dados precisos, históricos e atualizados de cada
empresa na bolsa e dos índices financeiros e econômicos...

• ... e ainda assim busca superar o Ibovespa?

Talvez seja porque você se considere um investidor mais inteligente do que à média.
É o que a maioria dos investidores costuma dizer...mas será mesmo?

Estudos mostraram que é natural do ser humano se achar superior em diversas


ocasiões. Por exemplo, uma entrevista realizada nos Estados Unidos possuía apenas
uma única frase: Você se considera um motorista acima da média?

Para a surpresa dos pesquisadores, 93% dos americanos en- trevistados responderam
que sim. 93%!!!

E esse tipo de padrão, conhecido como Ilusão de Superioridade ou efeito Dunning-


Kruger, se repete em várias áreas.

Porém, nenhuma delas é tão perigosa como as finanças.

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4. Montando e Gerenciando sua Carteira de


Investimentos em 5 Simples Passos
A alocação de ativos vai direto ao ponto. Basicamente, você só precisa seguir 5 passos
para montar e gerenciar sua carteira de investimentos. Todos os dados abaixos são
hipotéticos e utilizados como exemplo para que o investidor se guiar:

Passo 1

Defina o percentual que irá investir em cada classe (categoria) de ativos. Após analisar
seu perfil de risco, suponha que você definiu a seguinte alocação de ativos para seus
investimentos:

• 40% em renda-fixa

• 30% em ações

• 20% em fundos imobiliários

• 10% em câmbio

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Passo 2

Defina quais ativos você pretende incluir nestas categorias (exemplos):

• (40%) Renda fixa: lft, ltn, ntn-b principal

• (30%) Ações: bova11, smal11

• (20%) Fundos imobiliários: 10 fundos no total, sendo: bcff11b, euro11,


fexc11b, hgre11, prsv11, fcfl11b, flrp11b, ffci11, hgjh11, bbvj11.

• (10%) Câmbio: dólar, euro, ouro

Passo 3

Defina o quanto irá alocar em cada ativo específico:

• (40%) Renda Fixa: 8% lft, 20% ltn, 12% ntn-b Principal

• (30%) Ações: 20% bova11, 10% smal11

• (20%) Fundos Imobiliários: 2% em cada fundo

• (10%) Câmbio: 2,5% dólar, 2,5% euro, 5,0% ouro

Passo 4

Utilize os aportes mensais para equilibrar a carteira:

Se você pode investir, por exemplo, R$ 2.000 por mês, utilize esse novo dinheiro para
comprar os ativos que mais se desviaram (para baixo) de sua alocação original.

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Supondo que a alocação em smal11 caiu para de 10% para 7% e a alocação no fundo
imobiliário ffci11 caiu de 2% para 1,5% e estas são as maiores quedas do portfólio,
utilize os R$ 2.000 para reforçar a alocação nestes ativos.

Passo 5

Monitore sua carteira ao longo de um período preestabelecido:

A cada trimestre (ou outro período desejado) avalie sua carteira com o intuito de
verificar se os ativos previamente escolhidos ainda possuem sólidos fundamentos.
Além disso, verifique se a alocação original ainda faz sentido ou se é preciso mudá-la.

Você também pode adicionar/excluir um ativo específico na carteira.

O importante é monitorar sua carteira de modo simples e com uma pequena dose de
bom senso. Siga sua estratégia original, mas se notar algo errado com ela não hesite
em fazer alguns ajustes.

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5. A relação risco x retorno


A relação entre retorno e risco é um dos conceitos mais importantes que você precisa
saber sobre investimentos.

Infelizmente, a grande maioria dos investidores olha apenas para um lado da equação,
o retorno. Para eles, o que interessa é descobrir qual é o ativo com maior retorno,
independente do nível de risco desse ativo.

A seguir, mostrarei dois simples exemplos que ilustram muito bem a relação entre
retorno e risco e como os investidores deveriam escolher o melhor investimento através
de uma análise racional.

Suponha que eu ofereça a você duas opções:

• opção 1: Receber R$ 9.000 garantidos

• opção 2: 95% de chance de ganhar R$ 10.000 e 5% de chance de você


perder R$ 10.000.

Eu tenho praticamente certeza de que você escolheu a opção 1, recebendo os R$


9.000 garantidos.

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Entretanto, ambas as opções tem o mesmo valor esperado de R$ 9.000. O que diferencia
estas escolhas e faz você escolher a primeira opção é o fato do retorno ser garantido,
ou seja, sem nenhum risco envolvido.

A preferência pela opção mais segura mostra a tendência do ser humano a possuir
certo nível de aversão ao risco. Praticamente todas as pessoas possuem uma aversão
ao risco, sendo que umas são mais avessas ao risco do que outras.

O segundo exemplo envolve uma situação parecida, porém, com dois ativos
apresentando uma mesma média de retorno ao longo de 5 anos.

Suponha que dois ativos possuam o mesmo retorno médio de 10%.

Entretanto, o ativo 1 apresentou a seguinte sequência de retorno ao longo de 5 anos:

–20% | –10% | 10% | 30% | 40% (média = 10%).

Já o ativo 2 apresentou esses retornos no mesmo período:

7% | 8% | 9% | 12% | 14% (média = 10%).

Qual ativo você escolheria? A escolha natural seria escolher o ativo 2 correto? Afinal,
os retornos do ativo 2 são mais “garantidos” do que o retorno do ativo 1.

Entretanto, é provável que alguém tenha escolhido o ativo 1 alegando que o retorno
é o mesmo entre ambos os ativos. Logo, é indiferente escolher entre o ativo 1 e o
ativo 2.

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Porém, o retorno não é o mesmo! E a diferença é grande... Note que estamos analisando
a média dos retornos.

Se cada carteira começasse com R$ 100,00 o ativo 1 teria, ao final dos 5 anos, um
valor de R$ 144,14. Já a carteira de R$ 100,00 com o ativo 2 teria, no mesmo período,
um valor de R$ 160,83. É a diferença entre ganhar 60,83% e 44,14%.

Mas o que explica essa diferença nos resultados, se a média dos retornos é a mesma?

Faça as contas: Se você começa com R$ 100,00 e perde –20% quanto terá? R$ 80,00
correto?

E para voltar para o patamar inicial (R$ 100,00) você deve ganhar quanto?

Se você respondeu 20% faça novamente as contas!

80 × (1 + 0,20) = R$ 96,00 A resposta correta seria: 25%! Se você perder –50%


precisará de um ganho de 100% para recuperar a perda...

Portanto, quanto maior a perda, maior será o ganho necessário para o ponto de
equilíbrio (zero-a-zero). Por esse motivo, o ativo 2 (menos arriscado termina com
rentabilidade de 60,83% e o ativo 1 (mais arriscado) com rentabilidade de 44,14%.

Perceba que o ativo 1 começa perdendo nos dois primeiros anos, enquanto o ativo 2
nunca perde e possui um retorno muito próximo ao longo dos 5 anos.

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6. A Tríade Financeira: O investimento em 3


categorias
A Tríade Financeira é um conceito que utilizo para explicar a importância de 3 classes
em uma carteira de investimentos. São elas (ordenadas com risco crescente):

• Renda-Fixa

• Fundos Imobiliários

• Ações

Renda-Fixa
Dentro da categoria (ou classe) de Renda-Fixa podemos encontrar diversos tipos de
investimentos. Os mais comuns são:

• Caderneta de Poupança

• Certificado de Depósito Bancário (CDB)

• Títulos Públicos

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• Debêntures

• Fundos de Renda-Fixa

Embora cada um desses investimentos possa se encaixar na carteira de diversos


investidores, nesse artigo iremos apontar apenas um como o melhor investimento em
Renda-Fixa.

Os títulos públicos, oferecidos através do Tesouro Direto, proporcionam um ótimo


retorno com risco praticamente zero. Você pode escolher entre 3 tipos de títulos
diferentes:

1. Pós-Fixados (ex. LFT 070317)

São títulos que se favorecem da subida da taxa básica da economia, a taxa Selic. Ou
seja, se a taxa Selic está em 10% ao ano, o investidor ganhará 10% ao ano. Porém,
se a taxa subir para 11% ao ano, o investidor, ao invés de ganhar 10% ao ano, agora
ganhará 11% ao ano.

2. Prefixados (ex. LTN 010116)

São títulos que se favorecem da queda dos juros futuros. Diariamente, são negociados
na BovespaBM&F contratos futuros sobre a taxa de juros. Eles representam a estimativa
para a taxa Selic em um vencimento futuro.

Logo, quanto estas taxas caem, a taxa dos títulos públicos prefixados também caem e
como a relação entre taxa e preço destes títulos é inversa, o preço destes títulos sobe.

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3. Indexados ao IPCA (ex. NTN-B Principal 150535)

São títulos cuja rentabilidade está atrelada a 2 fatores. O primeiro é a taxa de juros
futura. Da mesma forma que os títulos prefixados, quando ela sobe, o preço destes
títulos tende a cair devido a relação inversa entre taxa e preço.

O segundo fator é a taxa de inflação futura. Assim como existe uma expectativa dos
investidores pela taxa de juros futura, também existe uma expectativa para a taxa de
inflação futura.

Como os títulos indexados ao ipca tem seu retorno dado pela taxa de juros prefixada
adicionada a taxa futura da inflação, quando a taxa da inflação futura sobe, o rendimento
desse título melhora.

Vantagens dos Títulos Públicos

• Retorno acima da poupança

• Diversificação entre pós-fixados, prefixados e indexados ao IPCA

• Baixo valor para aquisição (investimento a partir de R$ 100)

Fundos Imobiliários
Os fundos imobiliários são investimentos que permitem o acesso ao mercado imobiliário
através de pequenas quantias. Um grupo de investidores aplica seus recursos nestes

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fundos que os investem em todo tipo de negócios de base imobiliária, seja no


desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou em imóveis prontos.

Vantagens dos Fundos Imobiliários

• Praticidade (compra pelo home-broker)

• Fracionamento (compre parte de um imóvel)

• Acessibilidade (investimento a partir de R$ 2,00)

• Inquilinos de primeira (empresas como Petrobrás)

• Diversificação

• Imóveis de qualidade (novos, modernos e de ótimo visual)

• Alta geração de renda (rendimentos mensais isentos de IR)

Ações
Basicamente, podemos classificar o investimento em bolsa através de 2 principais
ativos: ETFs (Exchange Traded Funds) de ações, como o BOVA11, PIBB11 e SMAL11 e
ações individuais, como PETR4, VALE5 e USIM5.

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos que buscam cor- responder a determinados
índices de referência e tem suas cotas negociadas em bolsa de valores.

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As cotas dos etfs são facilmente negociadas via Home-Broker e oferecem liquidez
diária, proporcionando à sua carteira  de investimentos: eficiência, transparência,
flexibilidade e diversificação.

Vantagens dos ETFs de Ações:

• Diversificação (invista em mais de 60 ações de uma só vez)

• Baixo Custo (pague apenas 1 corretagem por operação)

• Reinvestimento de Dividendos

• Baixo Erro de Aderência (siga o índice de perto)

• Mais Tempo Fora do Mercado (esqueça a análise de empresas)

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Introdução a Alocação de Ativos

7. Colocando seus investimentos em piloto


automático
Após definir a alocação de ativos para sua carteira de investimentos, o investidor
necessita de uma estratégia para monitorá-la. Apresento abaixo duas estratégias que
não demandam muito tempo e esforço para aplicá-las aos seus investimentos.

Aportes Mensais
Os aportes mensais são responsáveis por equilibrar uma carteira de investimentos
através de um baixo custo.

A ideia é comprar os ativos que estão com a menor alocação em relação a sua alocação
original.

Por exemplo, a alocação inicial de uma carteira era de 50% em LFT 2017 (título público
indexado à taxa Selic) e 50% em BOVA11 (ETF que segue o Ibovespa).

Nos próximo mês, a alocação está da seguinte maneira: 52% em LFT 2017 e 48% em
BOVA11. Logo, o investidor deve colocar seu aporte mensal em BOVA11, já que possui
a menor alocação.

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Essa lógica, embora simples, é saudável porque força o investidor a comprar mais dos
ativos que caíram, como se estivesse sempre comprando na baixa.

Rebalanceamento: Comprando na baixa e vendendo


na alta
Rebalancear significa trazer a alocação atual novamente para a alocação original, que
foi previamente definida.

Note que esse processo é diferente dos aportes mensais, já que envolve a venda
de um ativo para comprar outro e só deve ser utilizado em momentos de pânico ou
euforia no mercado.

Exemplo: A alocação inicial de uma carteira era de 50% em LFT 2017 (título público
indexado à taxa Selic) e 50% em BOVA11 (ETF que segue o Ibovespa).

Nos próximos 6 meses, a economia mundial entrou em crise e todas as Bolsas mundo
afora sofreram enormes perdas. A alocação atual dessa carteira é de 70% em LFT
2017 e 30% em BOVA11.

Portanto, para voltar a alocação original dessa carteira (50% LFT 2017 e 50% BOVA11)
o investidor precisa vender os 20% excedentes em LFT 2017 para comprar os 20%
deficitários em BOVA11.

De maneira análoga, 6 meses depois de voltar a alocação original, a economia mundial


se recuperou rapidamente e as bolsas de valores voltaram a subir fortemente.

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A alocação dessa carteira agora é de 30% em LFT 2017 e 70% em BOVA11. Logo, o
investidor precisa agora vender os 20% excedentes em BOVA11 para comprar os 20%
deficitários em LFT 2017.

Por que essa estratégia é importante? Porque ela força o investidor a comprar na baixa
e vender na alta, exatamente ao contrário do que a grande maioria dos investidores
fazem. Eles se apavoram na crise e vendem ao invés de comprar e ficam gananciosos
na euforia, comprando ao invés de vender.

A grande vantagem desse método é que ele retira as emoções do investidor na hora
de tomar importantes decisões e garante que ele esteja sempre comprando na baixa
(na crise) e vendendo na alta (euforia).

Falando em emoções, o último capítulo desse material trata exatamente de a mente


de um investidor pode pregar armadilhas e resultar em péssimas decisões financeiras.

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8. Economia Comportamental: A psicologia


do investimento
Economia Compoartamental é uma área voltada apenas para o estudo de como nosso
mente interfere inconscientemente em nossas decisões aplicadas as finanças. Separei
abaixo 4 exemplos que ilustram muito bem esse tema:

A grama do vizinho é sempre mais verde que a


nossa
Realizar comparações entre nós e os outros é um dos grandes erros da vida e que pode
causar sérios danos mentais. Se você se compara com um vizinho ou algum familiar
ou amigo, você estará sempre desapontado. Sempre haverá alguém que é melhor do
que você em qualquer uma das medidas de comparação.

Não é possível ser o mais rico, mais bem sucedido, mais amigo, mais engraçado e o
mais saudável do grupo. Fazer esse tipo de comparação resultará sempre em uma
sensação de perda e frustração.

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A comparação de riqueza é a mais perigosa porque você nunca se achará rico o bastante
e tenderá a trabalhar mais e mais, além de buscar investir de modo mais agressivo do
que deveria para tentar subir mais rápido no “ranking dos amigos mais ricos”.

Ganhar com o sentimento de perda


Não é verdade que ganhar uma medalha de prata soa pior do que ganhar uma medalha
de bronze? Apesar dos valores absolutos das medalhas, ganhar a prata está ligada ao
contexto de fracassar ao ganhar a medalha de ouro. Ganhar a medalha de bronze, no
entanto, está ligada ao contexto de ganhar qualquer medalha ao invés de não ganhar
nenhuma.

Situação semelhante pode ocorrer nos investimentos quando a sua carteira, apesar de
um ótimo resultado de 30% em um

único ano, parece ruim quando comparado isoladamente com o retorno do Ibovespa
de 100% neste mesmo período.

Você pode cair em um dos erros mais comuns ao investir: O investidor do “se”.

Se eu tivesse investido todo o meu capital em ações...

Se eu tivesse comprado aquela ação que obteve um retorno de 500%...

Se eu tivesse vendido esse ativo que já está caindo –10%...

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O investidor do “se” analisa todas as situações após os fatos, focando apenas no que
ocorreu no passado, em uma analogia de como se estiveste dirigindo olhando apenas
para o retrovisor.

Tirando vantagem de “grandes negócios”


João vai na padaria para comprar pão cujo preço é de R$ 10,00. Ele acha um absurdo
e reclama com Manuel, dono da padaria, que logo percebe o engano e muda o preço:
R$ 5,00.

Agora João respira aliviado. “Bom, ele baixou o preço em 50%. Vou aproveitar e
comprar mais pães hoje. O desconto está bom!” – ele pensa.

Você percebe o vício de comportamento de João? Pagar R$ 5,00 pelo pãozinho da


padaria ainda é um baita absurdo você não acha? Mas é aí que João foi fisgado sem
nem se dar conta...

É com essa filosofia que os sites de compras coletivas ganham tantos adeptos. Qualquer
pessoa adora obter vantagem. Principalmente quando é possível compartilhar estas
“vantagens” com os amigos.

Na conversa com a família e os amigos no lanche da tarde, João comenta: “Sabe esse
pão que vocês estão comendo? Pois então, o Manuel da padaria me vendeu eles com
50% de desconto”.

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A lógica é a mesma para os diversos produtos ofertados nos sites de compra coletiva. O
preço cortado (preço anterior ao desconto) é na maioria das vezes fictício e totalmente
sobrevalorizado, assim como o pão de R$ 10 da padaria do Manuel.

Ele só está lá para que o consumidor tenha uma referência de preço para dizer que se
deu bem. É um motivo pronto para contar vantagem.

Quem lida com marketing e vendas sabe que uma das técnicas mais conhecidas é
oferecer produtos mais caros primeiro e terminar com produtos ainda caros, porém,
relativamente baratos.

Nos investimentos não é porque uma ação caiu -50% que ela está barata. Quem
garante que ela não cairá mais ou até mesmo falir? Ou antes de cair esse valor ele
havia subido 20.000%?

Cuidado com a atratividade desses “grandes negócios” e fique atento ao perigo da


relatividade. Comprar um ativo se baseando somente no fato dele estar mais barato
relativamente é um grande perigo.

Custo irrecuperável
Imagine a seguinte situação:

Você pagou R$ 10 para assistir um filme. Porém, após 15 minutos você nota que o
início do filme é horrível. O que você faz? Sai imediatamente do cinema ou esperar o
desenrolar do filme para ver se melhora? Afinal, você já gastou os R$ 10 nele...

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Se você é como a maioria das pessoas, você optaria por continuar assistindo o filme
porque ao sair dele seria como se você tivesse perdido R$ 10.

O tempo de 15 minutos investidos para ver o filme e o valor pago de R$ 10 por ele são
suficientes para que a maioria das pessoas assistam um filme ruim mesmo quando
percebe-se a baixa qualidade do filme logo no início.

O fato é que o ser humano busca ao máximo evitar perder algo que já possui, mesmo
que para isto tenha que perder ainda mais. Você não poderá recuperar os 15 minutos
perdidos inicialmente no filme. Porém, você poderia evitar perder mais 1 hora ao sair
da sala.

Nos investimentos, o custo irrecuperável é extremamente comum. Quando um


ativo apresenta um prejuízo e revela-se uma péssima escolha para sua carteira de
investimentos, o investidor continua mantendo o ativo em carteira na esperança de
vendê-lo com lucro ou no “zero-a-zero” algum dia.

O investidor simplesmente ignora o fato de que esse já é um dinheiro perdido e o que


importa agora é como está sua alocação de ativos. Ele pode manter uma ação individual
com perda de -20% ocupando 50% de sua carteira, concentrando um altíssimo risco
ou vendê-la para diversificar totalmente sua carteira.

Quantas vezes você já presenciou essa situação?

O problema do custo irrecuperável é que o tempo e o dinheiro investido na compra


desse ativo refletem o passado, que não tem volta. Logo, o investidor se apega ao
preço de compra do ativo, ao invés de avaliar qual é a melhor situação hoje.

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Ele compraria esse ativo hoje? Ou preferiria investir em outros ativos? Provavelmente
esse investidor não compraria esse ativo hoje, mas ainda continua mantendo-o em
sua carteira por estar apegado ao preço que pagou e por ser incapaz de admitir uma
perda ou uma avaliação errada.

O que fazer:

É natural errar. Reconhecer o erro é uma das qualidades que todo investidor deveria
ter.

Olhe para sua carteira. Esqueça o preço de compra de cada ativo e veja como ela está
investida. Agora responda: Você está satisfeito com essa alocação? Existe algum ativo
que você não gostaria de ter em carteira?

Se a resposta for sim, analise os motivos que o classificam como um ativo ruim em sua
carteira e venda-o imediatamente, sem importar-se com o preço.

O fato é que muitos investidores, por estarem ligados emocionalmente a algum ativo,
esquecem que o retorno futuro da sua carteira dependerá em torno de 90% da sua
alocação atual e não do preço de compra desses ativos.

Portanto, esqueça o passado e não pense em “se eu tivesse...”. Foco total na alocação
da sua carteira. Afinal, você pode estar correndo um alto risco segurando ativos que
mais parecem uma “bomba relógio”.

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Conclusão
Espero que essa introdução sobre o tema já tenha sido capaz de fazer você pensar de
forma diferente sobre o que é uma metodologia sensata e segura para investir sem
precisar ser um expert em finanças ou perder horas em frente ao computador.

No eBook Como Investir Dinheiro, Rafael Seabra mostrou de forma muito didática e
direta o que é Educação Financeira, os tipos de investimentos em Renda-Fixa e Renda-
Variável, além de dicas para investir melhor seu dinheiro.

A proposta do material Introdução a Alocação de Ativos é complementar o eBook


Como Investir Dinheiro, oferecendo uma abordagem mais detalhada sobre essa
fascinante estratégia de investimentos ainda pouco divulgada no Brasil pelos motivos
citados no capítulo 2.

O eBook completo sobre Alocação de Ativos, além das planilhas bônus que
o acompanham, pode ser adquirido através desse link. O Rafael Seabra é um dos
especialistas que cederam seu depoimento sobre o eBook atestanto sua qualidade.

Faça uma visita ao site e comprove por você mesmo os benefícios que essa
metodologia de investimentos pode trazer a sua vida financeira e pessoal.

Acesse: http://comoinvestirdinheiro.com.br/alocacao-de-ativos

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Sobre o Autor
Henrique Carvalho é o autor do eBook Alocação de Ativos e fundador do site
HC Investimentos, referência nacional sobre esse assunto.

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