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O PVC marrom, para água, também exige cuidado quando utilizado em edifícios altos.
Além da maior pressão de água, as movimentações normais de estruturas altas são
problemáticas para a rigidez do PVC. Por isso, Barboza recomenda seu uso em edifícios
de até 20 pavimentos. Em outros casos o cobre ainda é preferível, apesar do custo.
"Há cinco anos a tonelada do cobre custava
US$ 2 mil. Hoje custa US$ 8,8 mil, o que quase
inviabiliza o seu uso", conta.
Custo competitivo
Com mais força a partir do final dos anos 1990,
o PEX (polietileno reticulado) e o PPR
tornaram-se alternativas aos materiais
tradicionais. Ambas as tecnologias contam com
conexões amigáveis e mais segurança contra
vazamentos. "A grande vantagem do PEX é Mesmo apresentando bom desempenho para as
dispensar algumas conexões", resume Rocha, mais diversas aplicações, o cobre continua
perdendo espaço para os materiais plásticos.
do IPT. Além disso, são bons adversários ao Motivo é o custo crescente no mercado
cobre por terem fabricação nacional, o que internacional
reduz custos. Em janeiro do ano 2000, a Téchne trouxe um artigo intitulado "Choque
sistêmico" que tratava justamente da integração de sistemas industrializados de
construção, como as paredes de drywall e o próprio PEX.
Barboza lembra, ainda, que os fabricantes têm oferecido garantia de 15 anos para o
PEX e de 50 para o PPR. No caso do PEX, ainda há a opção multicamada para água
quente, em que o revestimento é em alumínio. Essa, no entanto, ainda é uma opção
que destoa da realidade de custos brasileira.
O cobre também tem perdido espaço nas tubulações para gás. Se nos anos 70
conquistou o mercado que antes era do aço carbono soldado e do ferro galvanizado
rosqueado, hoje divide espaço com o PEAD (polietileno de alta densidade).
Especialmente agora, com a chegada do polietileno com alma de aço para uso no
interior das edificações. "É o que há de mais moderno para gás", conta Barboza.
O plástico chegou até mesmo no campo dos sprinklers. O CPVC (policloreto de vinila
clorado) foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo em edificações
de risco leve, conforme Instrução Técnica 023/2004, para
uso entre forros. No subsolo permanece o uso do ferro
galvanizado e do aço carbono, que retomaram o espaço
que foi do cobre nos anos 1980. Como sprinklers
trabalham com água parada, o cobre pode apresentar
corrosão.
Linha do tempo
Esgoto
Antes dos anos 1970: chumbo, ferro galvanizado, caixas sifonadas em cobre ou
latão, conexões em chumbo derretido e, posteriormente, juntas de borracha.
Anos 1970 e 1980: surgimento do PVC (policloreto de vinila), com menor custo, mais
leveza e conexões facilitadas.
Anos 1990: surgimento do PPR (polipropileno copolímero random),
com juntas por termofusão.
Atualmente: ferro fundido revestido com epóxi.
Água
Antes de 1970: ferro galvanizado.
Anos 1970: surgimento do PVC marrom para água fria e do cobre para água quente.
Anos 1990: chegada do PPR e do PEX (polietileno reticulado) para água quente.
Atualmente: surgimento do PEX multicamada, revestido com alumínio.
Sprinkler
Antes de 1970: materiais em ferro galvanizado com rosca e aço carbono
eletrossoldado.
Anos 1980: uso do cobre.
Anos 1990: volta do ferro galvanizado e do aço carbono e surgimento e aprovação,
pelo Corpo de Bombeiros, do CPVC (policloreto de vinila clorado).
Gás
Antes de 1970: aço carbono eletrossoldado e ferro galvanizado com rosca.
Atualmente: além dos anteriores, difusão do cobre e aprovação, pela Comgás, do
polietileno com alma de aço.
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