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Introdução a Alocação
de Ativos
Uma visão sensata sobre investimentos
www.comoinvestirdinheiro.com.br
Licenciado para Danilo D Diosti, E-mail: danilo@diosti.com, CPF: 32339295874
Introdução a Alocação de Ativos
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a comunicação ao e-mail acima citado, para que possamos esclarecer ou encaminhar
a questão. O autor não tem nenhum vínculo com as pessoas, instituições financeiras
e produtos citados, utilizando-os apenas para ilustrações, nem assume nenhuma
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Prezado Leitor,
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Sumário
1. O que é Alocação de Ativos?________________ 6 Fundos Imobiliários____________________________ 25
Ações_______________________________________ 26
2. Os 5 problemas do Investimento Tradicional___ 8
7. Colocando seus investimentos em piloto
1. Conflito de Interesse__________________________ 8
automático_______________________________ 28
2. Muito tempo exigido para monitorar o mercado_____ 9
3. Alto Teor de Stress__________________________ 11 Aportes Mensais______________________________ 28
4. Mais Custos (desnecessários)__________________ 11 Rebalanceamento: Comprando na baixa e vendendo na
alta________________________________________ 29
5. Ausência de uma estratégia de investimentos
detalhada____________________________________ 12 8. Economia Comportamental: A psicologia do
investimento_____________________________ 31
3. O suporte acadêmico por uma estratégia
sustentável______________________________ 13 A grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa_ 31
90% do retorno_______________________________ 13 Ganhar com o sentimento de perda_______________ 32
Investimento Ativo x Passivo_____________________ 14 Tirando vantagem de “grandes negócios”___________ 33
No Brasil: 66% dos fundos de ações perdem para o Custo irrecuperável____________________________ 34
Ibovespa____________________________________ 15 Conclusão_______________________________ 37
4. Montando e Gerenciando sua Carteira de Sobre o Autor_____________________________ 38
Investimentos em 5 Simples Passos___________ 17
5. A relação risco x retorno__________________ 20
6. A Tríade Financeira: O investimento em 3
categorias_______________________________ 23
Renda-Fixa___________________________________ 23
Estudos mostram que 90% da variação do retorno de uma carteira está ligada a
alocação desta, ou seja, a quantidade que o investidor separou para cada investimento.
Apenas 10% restantes estão ligados ao market timing (momento que você comprou o
ativo) e o asset picking (qual ativo você comprou).
Logo, se você possui R$ 100.000 e investe R$ 10.000 em BOVA11 (ETF que segue o
Ibovespa) e R$ 90.000 em LFT com vencimento em 2017, a alocação de sua carteira
é de 10% em BOVA11 (ações) e 90% em LFT 2017 (Renda-Fixa). Somente com esses
números é possível dizer que essa é uma carteira conservadora e que raramente
apresentará resultados negativos em 1 ano.
1. Conflito de Interesse
Você sabe como uma corretora ganha dinheiro. Em sua maioria com corretagem,
correto? Agora me diga qual é o tipo de estratégia que ela divulga com mais intensidade,
como sendo o “segredo” para os investimentos?
Se você respondeu Análise Técnica, você acertou! As corretoras possuem uma equipe
de analistas técnicos que recomendam a todo momento a montagem de posições,
divulgam a carteira do mês e participam diariamente de fóruns revelando as “dicas
quentes” do dia.
Não quero condenar completamente tal estratégia neste material. Afinal, existem
algumas poucas pessoas que abordam o assunto com grande seriedade.
Para elas, não importa se o cliente está ganhando ou perdendo. O objetivo final é gerar
mais receitas com mais corretagens. E para otimizar esse processo, são oferecidos
palestras e cursos sobre análise técnica, oportunidades de alavancagem, em que
o cliente toma dinheiro emprestado da corretora para aumentar o volume de suas
operações, chats diários com “gurus”, entre outras estratégias.
O problema é que a relação entre cliente e corretora não é de forma alguma ganha/ganha
e, portanto, esse conflito de interesse impede a divulgação de técnicas consagradas
como a alocação de ativos, já que não implicam em volumosos lucros para o caixa das
corretoras.
E antes que você talvez responda “ganhar dinheiro” ou “ficar rico” eu posso afirmar
que essa não é a principal razão de você investir, afinal, dinheiro por si só não é nada.
Você investe para conquistar sua liberdade financeira. Ou seja, você deseja chegar a
um ponto que, somente com seus investimentos, você é capaz de manter seu padrão
de vida, não dependendo mais do trabalho diário.
Você se torna livre para escolher o que deseja. Passar mais tempo com sua família,
ao invés de fazer horas extras no trabalho. Viajar pelo mundo afora sem se preocupar
com a reunião do dia seguinte com o chefe. Cultivar hábitos saudáveis. Praticar seus
hobbies preferidos.
Agora pense novamente em seus investimentos. O que você deseja é uma estratégia
em que você precise ficar 6 horas seguidas diariamente em frente ao computador para
tentar tirar um “salário” do mercado, ou uma estratégia passiva, com foco no longo
prazo, de fácil monitoramento e que constrói e preserva seu patrimônio?
Essa é a proposta da Alocação de Ativos e espero que ao longo desse material fique
cada vez mais clara para você.
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Se você não tem ainda uma estratégia detalhada de investimentos e não saberia o que
fazer nestes cenários, não se preocupe. O objetivo desse material é trazer uma luz
para que você compreenda a mecânica da Alocação de Ativos.
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90% do retorno
O estudo Does asset allocation policy explain 40, 90 or 100 percent of
performance? realizado por Roger Ibbotson, professor de finanças de Yale, foi
conduzido para responder a importante e debatida pergunta sobre o que produzia o
maior impacto na variação do retorno de uma carteira de investimentos: a habilidade
de um gestor de escolher determinadas ações e títulos no tempo correto ou a alocação
de ativos desta carteira?
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Portanto, lembre-se que a alocação de ativos, ou seja, o quanto você destina para
cada investimento em sua carteira, é 9 vezes mais importante do que quando você
compra determinado ativo e qual é esse ativo. Ao investir, pense no quanto ao invés
de qual e quando.
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Pense comigo:
Esses fundos profissionais de ações contam com uma ampla equipe de pesquisa (research)...
Possuem uma equipe de analistas e gestores que trabalham o dia inteiro exclusivamente para o
fundo......e somente 1⁄3 obtém sucesso no mercado!
• Você não possui uma equipe para visitar empresas, conversar com
administradores e analisar todos os balanços da empresa...
• Você não tem o tempo necessário para avaliar em detalhes cada balanço
trimestral e acompanhar todas as notícias sobre a empresa...
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• Você não tem acesso aos dados precisos, históricos e atualizados de cada
empresa na bolsa e dos índices financeiros e econômicos...
Talvez seja porque você se considere um investidor mais inteligente do que à média.
É o que a maioria dos investidores costuma dizer...mas será mesmo?
Para a surpresa dos pesquisadores, 93% dos americanos en- trevistados responderam
que sim. 93%!!!
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Passo 1
Defina o percentual que irá investir em cada classe (categoria) de ativos. Após analisar
seu perfil de risco, suponha que você definiu a seguinte alocação de ativos para seus
investimentos:
• 40% em renda-fixa
• 30% em ações
• 10% em câmbio
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Passo 2
Passo 3
Passo 4
Se você pode investir, por exemplo, R$ 2.000 por mês, utilize esse novo dinheiro para
comprar os ativos que mais se desviaram (para baixo) de sua alocação original.
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Supondo que a alocação em smal11 caiu para de 10% para 7% e a alocação no fundo
imobiliário ffci11 caiu de 2% para 1,5% e estas são as maiores quedas do portfólio,
utilize os R$ 2.000 para reforçar a alocação nestes ativos.
Passo 5
A cada trimestre (ou outro período desejado) avalie sua carteira com o intuito de
verificar se os ativos previamente escolhidos ainda possuem sólidos fundamentos.
Além disso, verifique se a alocação original ainda faz sentido ou se é preciso mudá-la.
O importante é monitorar sua carteira de modo simples e com uma pequena dose de
bom senso. Siga sua estratégia original, mas se notar algo errado com ela não hesite
em fazer alguns ajustes.
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Infelizmente, a grande maioria dos investidores olha apenas para um lado da equação,
o retorno. Para eles, o que interessa é descobrir qual é o ativo com maior retorno,
independente do nível de risco desse ativo.
A seguir, mostrarei dois simples exemplos que ilustram muito bem a relação entre
retorno e risco e como os investidores deveriam escolher o melhor investimento através
de uma análise racional.
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Entretanto, ambas as opções tem o mesmo valor esperado de R$ 9.000. O que diferencia
estas escolhas e faz você escolher a primeira opção é o fato do retorno ser garantido,
ou seja, sem nenhum risco envolvido.
A preferência pela opção mais segura mostra a tendência do ser humano a possuir
certo nível de aversão ao risco. Praticamente todas as pessoas possuem uma aversão
ao risco, sendo que umas são mais avessas ao risco do que outras.
O segundo exemplo envolve uma situação parecida, porém, com dois ativos
apresentando uma mesma média de retorno ao longo de 5 anos.
Qual ativo você escolheria? A escolha natural seria escolher o ativo 2 correto? Afinal,
os retornos do ativo 2 são mais “garantidos” do que o retorno do ativo 1.
Entretanto, é provável que alguém tenha escolhido o ativo 1 alegando que o retorno
é o mesmo entre ambos os ativos. Logo, é indiferente escolher entre o ativo 1 e o
ativo 2.
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Porém, o retorno não é o mesmo! E a diferença é grande... Note que estamos analisando
a média dos retornos.
Se cada carteira começasse com R$ 100,00 o ativo 1 teria, ao final dos 5 anos, um
valor de R$ 144,14. Já a carteira de R$ 100,00 com o ativo 2 teria, no mesmo período,
um valor de R$ 160,83. É a diferença entre ganhar 60,83% e 44,14%.
Mas o que explica essa diferença nos resultados, se a média dos retornos é a mesma?
Faça as contas: Se você começa com R$ 100,00 e perde –20% quanto terá? R$ 80,00
correto?
E para voltar para o patamar inicial (R$ 100,00) você deve ganhar quanto?
Portanto, quanto maior a perda, maior será o ganho necessário para o ponto de
equilíbrio (zero-a-zero). Por esse motivo, o ativo 2 (menos arriscado termina com
rentabilidade de 60,83% e o ativo 1 (mais arriscado) com rentabilidade de 44,14%.
Perceba que o ativo 1 começa perdendo nos dois primeiros anos, enquanto o ativo 2
nunca perde e possui um retorno muito próximo ao longo dos 5 anos.
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• Renda-Fixa
• Fundos Imobiliários
• Ações
Renda-Fixa
Dentro da categoria (ou classe) de Renda-Fixa podemos encontrar diversos tipos de
investimentos. Os mais comuns são:
• Caderneta de Poupança
• Títulos Públicos
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• Debêntures
• Fundos de Renda-Fixa
São títulos que se favorecem da subida da taxa básica da economia, a taxa Selic. Ou
seja, se a taxa Selic está em 10% ao ano, o investidor ganhará 10% ao ano. Porém,
se a taxa subir para 11% ao ano, o investidor, ao invés de ganhar 10% ao ano, agora
ganhará 11% ao ano.
São títulos que se favorecem da queda dos juros futuros. Diariamente, são negociados
na BovespaBM&F contratos futuros sobre a taxa de juros. Eles representam a estimativa
para a taxa Selic em um vencimento futuro.
Logo, quanto estas taxas caem, a taxa dos títulos públicos prefixados também caem e
como a relação entre taxa e preço destes títulos é inversa, o preço destes títulos sobe.
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São títulos cuja rentabilidade está atrelada a 2 fatores. O primeiro é a taxa de juros
futura. Da mesma forma que os títulos prefixados, quando ela sobe, o preço destes
títulos tende a cair devido a relação inversa entre taxa e preço.
O segundo fator é a taxa de inflação futura. Assim como existe uma expectativa dos
investidores pela taxa de juros futura, também existe uma expectativa para a taxa de
inflação futura.
Como os títulos indexados ao ipca tem seu retorno dado pela taxa de juros prefixada
adicionada a taxa futura da inflação, quando a taxa da inflação futura sobe, o rendimento
desse título melhora.
Fundos Imobiliários
Os fundos imobiliários são investimentos que permitem o acesso ao mercado imobiliário
através de pequenas quantias. Um grupo de investidores aplica seus recursos nestes
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• Diversificação
Ações
Basicamente, podemos classificar o investimento em bolsa através de 2 principais
ativos: ETFs (Exchange Traded Funds) de ações, como o BOVA11, PIBB11 e SMAL11 e
ações individuais, como PETR4, VALE5 e USIM5.
Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos que buscam cor- responder a determinados
índices de referência e tem suas cotas negociadas em bolsa de valores.
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As cotas dos etfs são facilmente negociadas via Home-Broker e oferecem liquidez
diária, proporcionando à sua carteira de investimentos: eficiência, transparência,
flexibilidade e diversificação.
• Reinvestimento de Dividendos
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Aportes Mensais
Os aportes mensais são responsáveis por equilibrar uma carteira de investimentos
através de um baixo custo.
A ideia é comprar os ativos que estão com a menor alocação em relação a sua alocação
original.
Por exemplo, a alocação inicial de uma carteira era de 50% em LFT 2017 (título público
indexado à taxa Selic) e 50% em BOVA11 (ETF que segue o Ibovespa).
Nos próximo mês, a alocação está da seguinte maneira: 52% em LFT 2017 e 48% em
BOVA11. Logo, o investidor deve colocar seu aporte mensal em BOVA11, já que possui
a menor alocação.
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Essa lógica, embora simples, é saudável porque força o investidor a comprar mais dos
ativos que caíram, como se estivesse sempre comprando na baixa.
Note que esse processo é diferente dos aportes mensais, já que envolve a venda
de um ativo para comprar outro e só deve ser utilizado em momentos de pânico ou
euforia no mercado.
Exemplo: A alocação inicial de uma carteira era de 50% em LFT 2017 (título público
indexado à taxa Selic) e 50% em BOVA11 (ETF que segue o Ibovespa).
Nos próximos 6 meses, a economia mundial entrou em crise e todas as Bolsas mundo
afora sofreram enormes perdas. A alocação atual dessa carteira é de 70% em LFT
2017 e 30% em BOVA11.
Portanto, para voltar a alocação original dessa carteira (50% LFT 2017 e 50% BOVA11)
o investidor precisa vender os 20% excedentes em LFT 2017 para comprar os 20%
deficitários em BOVA11.
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A alocação dessa carteira agora é de 30% em LFT 2017 e 70% em BOVA11. Logo, o
investidor precisa agora vender os 20% excedentes em BOVA11 para comprar os 20%
deficitários em LFT 2017.
Por que essa estratégia é importante? Porque ela força o investidor a comprar na baixa
e vender na alta, exatamente ao contrário do que a grande maioria dos investidores
fazem. Eles se apavoram na crise e vendem ao invés de comprar e ficam gananciosos
na euforia, comprando ao invés de vender.
A grande vantagem desse método é que ele retira as emoções do investidor na hora
de tomar importantes decisões e garante que ele esteja sempre comprando na baixa
(na crise) e vendendo na alta (euforia).
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Não é possível ser o mais rico, mais bem sucedido, mais amigo, mais engraçado e o
mais saudável do grupo. Fazer esse tipo de comparação resultará sempre em uma
sensação de perda e frustração.
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A comparação de riqueza é a mais perigosa porque você nunca se achará rico o bastante
e tenderá a trabalhar mais e mais, além de buscar investir de modo mais agressivo do
que deveria para tentar subir mais rápido no “ranking dos amigos mais ricos”.
Situação semelhante pode ocorrer nos investimentos quando a sua carteira, apesar de
um ótimo resultado de 30% em um
único ano, parece ruim quando comparado isoladamente com o retorno do Ibovespa
de 100% neste mesmo período.
Você pode cair em um dos erros mais comuns ao investir: O investidor do “se”.
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O investidor do “se” analisa todas as situações após os fatos, focando apenas no que
ocorreu no passado, em uma analogia de como se estiveste dirigindo olhando apenas
para o retrovisor.
Agora João respira aliviado. “Bom, ele baixou o preço em 50%. Vou aproveitar e
comprar mais pães hoje. O desconto está bom!” – ele pensa.
É com essa filosofia que os sites de compras coletivas ganham tantos adeptos. Qualquer
pessoa adora obter vantagem. Principalmente quando é possível compartilhar estas
“vantagens” com os amigos.
Na conversa com a família e os amigos no lanche da tarde, João comenta: “Sabe esse
pão que vocês estão comendo? Pois então, o Manuel da padaria me vendeu eles com
50% de desconto”.
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A lógica é a mesma para os diversos produtos ofertados nos sites de compra coletiva. O
preço cortado (preço anterior ao desconto) é na maioria das vezes fictício e totalmente
sobrevalorizado, assim como o pão de R$ 10 da padaria do Manuel.
Ele só está lá para que o consumidor tenha uma referência de preço para dizer que se
deu bem. É um motivo pronto para contar vantagem.
Quem lida com marketing e vendas sabe que uma das técnicas mais conhecidas é
oferecer produtos mais caros primeiro e terminar com produtos ainda caros, porém,
relativamente baratos.
Nos investimentos não é porque uma ação caiu -50% que ela está barata. Quem
garante que ela não cairá mais ou até mesmo falir? Ou antes de cair esse valor ele
havia subido 20.000%?
Custo irrecuperável
Imagine a seguinte situação:
Você pagou R$ 10 para assistir um filme. Porém, após 15 minutos você nota que o
início do filme é horrível. O que você faz? Sai imediatamente do cinema ou esperar o
desenrolar do filme para ver se melhora? Afinal, você já gastou os R$ 10 nele...
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Se você é como a maioria das pessoas, você optaria por continuar assistindo o filme
porque ao sair dele seria como se você tivesse perdido R$ 10.
O tempo de 15 minutos investidos para ver o filme e o valor pago de R$ 10 por ele são
suficientes para que a maioria das pessoas assistam um filme ruim mesmo quando
percebe-se a baixa qualidade do filme logo no início.
O fato é que o ser humano busca ao máximo evitar perder algo que já possui, mesmo
que para isto tenha que perder ainda mais. Você não poderá recuperar os 15 minutos
perdidos inicialmente no filme. Porém, você poderia evitar perder mais 1 hora ao sair
da sala.
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Ele compraria esse ativo hoje? Ou preferiria investir em outros ativos? Provavelmente
esse investidor não compraria esse ativo hoje, mas ainda continua mantendo-o em
sua carteira por estar apegado ao preço que pagou e por ser incapaz de admitir uma
perda ou uma avaliação errada.
O que fazer:
É natural errar. Reconhecer o erro é uma das qualidades que todo investidor deveria
ter.
Olhe para sua carteira. Esqueça o preço de compra de cada ativo e veja como ela está
investida. Agora responda: Você está satisfeito com essa alocação? Existe algum ativo
que você não gostaria de ter em carteira?
Se a resposta for sim, analise os motivos que o classificam como um ativo ruim em sua
carteira e venda-o imediatamente, sem importar-se com o preço.
O fato é que muitos investidores, por estarem ligados emocionalmente a algum ativo,
esquecem que o retorno futuro da sua carteira dependerá em torno de 90% da sua
alocação atual e não do preço de compra desses ativos.
Portanto, esqueça o passado e não pense em “se eu tivesse...”. Foco total na alocação
da sua carteira. Afinal, você pode estar correndo um alto risco segurando ativos que
mais parecem uma “bomba relógio”.
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Conclusão
Espero que essa introdução sobre o tema já tenha sido capaz de fazer você pensar de
forma diferente sobre o que é uma metodologia sensata e segura para investir sem
precisar ser um expert em finanças ou perder horas em frente ao computador.
No eBook Como Investir Dinheiro, Rafael Seabra mostrou de forma muito didática e
direta o que é Educação Financeira, os tipos de investimentos em Renda-Fixa e Renda-
Variável, além de dicas para investir melhor seu dinheiro.
O eBook completo sobre Alocação de Ativos, além das planilhas bônus que
o acompanham, pode ser adquirido através desse link. O Rafael Seabra é um dos
especialistas que cederam seu depoimento sobre o eBook atestanto sua qualidade.
Faça uma visita ao site e comprove por você mesmo os benefícios que essa
metodologia de investimentos pode trazer a sua vida financeira e pessoal.
Acesse: http://comoinvestirdinheiro.com.br/alocacao-de-ativos
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Sobre o Autor
Henrique Carvalho é o autor do eBook Alocação de Ativos e fundador do site
HC Investimentos, referência nacional sobre esse assunto.
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