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LEI Nº 11.343/06
CRIME DO ART. 33, §2º
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CONSUMAÇÃO
A consumação do crime descrito no art. 33, §2º da Lei de Drogas se consuma quando ocorre
a prática de algum dos verbos do núcleo do tipo (induzir, instigar ou auxiliar). Além disso, é impres-
cindível que a pessoa efetivamente faça o uso da droga.
Quando o indivíduo induzido, instigado ou auxiliado não fizer o uso da droga, não haverá crime
consumado. Portanto, trata-se de um crime material, que exige produção de resultado e alteração
no mundo material.
Posto isso, como desdobramento, não havendo o consumo da droga, estaremos diante do
crime na forma de tentativa.
Por fim, exige-se que a conduta seja direcionada a pessoa ou grupo determinado.
» Quando a conduta está dirigida a grupo indeterminado, pode-se estar diante do
crime do art. 287 do Código Penal (apologia ao crime).
A manifestação ou debate para a legalização ou descriminalização das drogas não configura crime, tanto da Lei
de Drogas, quanto do Código Penal.
Exemplo: a chamada “Marcha da Maconha” não configura crime algum, desde que não haja o consumo da droga
naquela manifestação e respeitado o direito de reunião.
Trata-se de entendimento do STF, firmado na ADPF 187.
» Todos estes requisitos devem estar preenchidos para que se enquadre no art. 33,
§3º da Lei de Drogas.
Ainda, as condutas descritas nos §§ 2º e 3º do art. 33 da Lei de Drogas não são equiparadas
ao tráfico de drogas, portanto, também não são equiparadas a crime hediondo.
É um delito de menor potencial ofensivo, vez que a pena cominada é de 6 (seis) meses a 1 (um)
ano, podendo ser aplicadas as penas previstas no art. 28 do mesmo diploma legal (advertência,
comparecimento a programa educacional, entre outros).
Acerca do elemento subjetivo do tipo, existe o dolo genérico e o dolo específico, que é a
finalidade para consumo compartilhado. Caso este dolo específico não seja verificado no caso, não
é possível enquadrar a conduta no art. 33, §2º da Lei 11.343/06.
Já a consumação do delito se dá com o oferecimento da droga – não se faz necessária a acei-
tação por parte da outra pessoa para a consumação do crime.
Portanto, trata-se de um crime meramente formal e que comporta a tentativa.