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Criminologia

Teoria Geral do Crime


Se caracteriza pela parte da ciência do direito criminal.

 Fonte: é o lugar de onde o direito provém. Elas podem ser mediatas ou


imediatas.
Imediatas: A lei, revelam como o direito vigente.
Mediatas: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais do direito.
 Costumes: São regras não escritas, seguidas de modo reiterado e uniforme
pela coletividade com a consciência de sua obrigatoriedade.
 Princípios Gerais: Tem função de orientação e tem como finalidade a
aplicação justa do direito penal e dar unidade ao sistema normativo
 Analogia: Não é fonte mediata, o direito é perfeito e sem lacunas, porém, a
lei pode haver lacunas, sendo assim, o preenchimento de lacunas da lei se
caracteriza por analogia.
Atividade pela qual aplica-se a lei que rege determinado fato a outro
semelhante que não possui lei de regência.
Exemplo: o fato A é regido pela lei A, já o fato B, que é semelhante a A, não tem
regência, então, aplica-se por analogia o fato B a lei A.
Analogia significa aplicar uma hipótese, não regulada por lei, à legislação de um
caso semelhante. Podemos citar, por exemplo, o caso do artigo 128 CP que
trata do aborto. Ele só é permitido em casos excepcionais e que seja feito por
médico. Porém, análise um fato que uma mulher tenha sido estuprada em uma
cidade longe de um posto médico e ela tenha ido a uma parteira e pedido que a
mesma faça um aborto. Nesse caso a parteira certamente será beneficiada com
o uso da analogia, pois é perdoável que a mulher não tenha procurado um
médico por morar em uma região distante, e a parteira, por querer ajudar e
fazer sua parte, tenha feito o aborto. Portanto, a analogia precisa ser analisada
e estudada em cada caso.
Analogia difere-se de interpretação analógica.
A interpretação segue uma fórmula genérica que deve ser interpretada a luz de
hipóteses anteriores. Como por exemplo, não citar todos os métodos cruéis
dentro do inciso 2°, do art.121.
Analogia pode ser in malam parte: resulta em qualquer prejuízo ao réu e é
inadmissível
In bonam parte: resulta em qualquer vantagem ao réu, admissível.
Interpretação da lei Penal
Conceito e finalidade: Atividade que consiste em tirar da norma penal seu
exato alcance e real significado, saber o que o legislador quis dizer com tal lei.
 Quanto ao sujeito que elabora:
Legislativa
É aquela fornecida pela própria Lei. Exemplo, o artigo 327 do Código Penal dá o
conceito de Funcionário Público: Art. 327 - Considera-se funcionário público,
para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração,
exerce cargo, emprego ou função pública.

Doutrinária
Feita pelos estudiosos e cultores do direito, um consenso deles.

Judiciária
É o significado dado às Leis pelos Tribunais. Pode ter caráter vinculante. Em
especial pode-se se citar a súmulas, quando o caso chega inúmeras vezes ao
tribunal, a súmula facilita e agiliza o processo.
Exemplo: venda de produtos piratas

 Quanto aos Meios Empregados:


Gramatical
Considera-se apenas o sentido literal das palavras empregadas no texto legal.

Teleológico
Busca-se a vontade da lei, atendendo aos seus fins e posição dentro do
ordenamento jurídico, em suma: a ratio legis. O intérprete perquiria a intenção
objetivada na lei.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir
seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar,
que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de
aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem
autorização legal, em estabelecimento prisional.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Os artigos nada falam de chips, carregadores, baterias de celular. O Supremo
Tribunal Federal fazendo uma interpretação teleológica decidiu que a intenção
é coibir qualquer comunicação de dentro do presídio com o ambiente exterior,
tais acessórios servem para isso, portanto seriam passíveis das iras dos
respectivos artigos.

Quanto ao Resultado
Restritiva
Quando a lei disse mais do que deveria dizer, devendo o intérprete restringir
seu significado, para que as palavras correspondam a vontade da lei.
Ex: crime passional não exclui a imputabilidade.

Extensiva
A lei ficou aquém da sua vontade, devendo o intérprete ampliar seu sentido,
alcance ou significado, para que as palavras correspondam a vontade da lei.

Espécies de leis Penais


Lei penal incriminadora
Definem as infrações penais proibindo a prática de condutas (crimes
comissivos) ou impondo a prática de condutas (crimes omissivos), sob a
ameaça expressa e específica de uma pena.
Lei penal não incriminadora
As normas penais não incriminadoras estabelecem regras gerais de
interpretação e de aplicação das normas penais em sentido estrito, incidindo
tanto na delimitação da infração penal como na determinação da sanção penal
correspondente. São normas que delimitam o exercício do ius puniendi estatal.
A função da norma penal não incriminadora é interpretar e delimitar o alcance
da norma penal incriminadora.
 Permissiva: opõem-se ao preceito primário da norma penal incriminadora
autorizando a realização de uma conduta proibida (excludentes da
antijuridicidade).
 Explicativa: A lei que esclarece o conteúdo ou a extensão de outras leis ou
conceituam termos que a empregam.

Sistema de Classificação das Infrações Penais:


Dicotômico
adota a ideia de 2 espécies de infração. É o adotado pelo Brasil
Prevê 2 tipos de infrações penais:
· Crime (sinônimo delito)
· Contravenção
Mas, e na prática, qual a diferença?
A forma como se pune. Crimes: são previstas penas privativas de liberdade de
detenção ou reclusão. Contravenções: são previstas penas de prisão simples.
A pena de reclusão e de detenção são diferenciadas pelo estabelecimento prisional.
Prisão simples é cumprida num estabelecimento separado, diferente da reclusão e
detenção.
Dentro do ordenamento onde está a infração penal?
Dentro do direito, interessa os fatos jurídicos e, além disso, existem os atos Ilícitos que
podem ser civil, administrativo, ou penal. O civil e o administrativo não restringem a
liberdade de ir e vir, ou seja, não podem sancionar com uma pena restritiva de
liberdade. Só é competência do âmbito penal penalizar com restrição de liberdade.
Na teoria geral do direito, o crime se enquadra no atos humanos em sentido amplo,
entre os atos ilícitos.
Pode ocorrer que em um mesmo ato haja os 3 ilícitos: civil, penal, administrativo.
Tricotômico
Adota a ideia de que existem 3 espécies de infração. Comum em países como França e
Itália.
Prevê 3 tipos de infrações penais:
· Crime (o mais grave)
· Delito (grave)
· Contravenção (o menos grave)
Conceito de infração penal
1- Formal: Não é o mais adequado pois não fornece elementos suficientes para se
construir uma teoria do crime. Nesse elemento, o crime é infração a lei penal!
2- Material: Conceitua crime como toda conduta que lesiona ou expõe a lesão bens
jurídicos penalmente protegidos! Não fornece também os elementos necessários para
construir a teria do crime.
3- Analítico: Identifica os elementos necessários para a existência de todo e qualquer
crime. Segundo este, crime é conduta + tipicidade + ilicitude + culpabilidade. Sob esse
conceito que se desenvolve a teoria geral do crime.
O crime nada mais é do que uma conduta dotada de tipicidade, ilicitude e
culpabilidade. Todo crime para existir necessita desses quatro elementos.
Ø Caminho para sabermos se estamos ou não diante de um crime:
1. Precisa ter uma conduta. A conduta é o pressuposto do crime.
O crime será sempre uma omissão ou comissão.
É a conduta que adjetivamos de típica, ilícita e culpável. Tem que se analisar a conduta.
2. Se houve a conduta, o próximo passo é identificar se ela é típica.
Conduta típica é a prevista na lei como crime (o principio da legalidade).
3. A seguir, a conduta é ilícita?
Ou seja, esta em desacordo com o ordenamento?
Neste tópico, torna-se necessário analisar que existem quatro excludentes de ilicitude:
Estado de necessidade, Legitima defesa, Estrito cumprimento do dever legal e
Exercício regular do direito.
4. A conduta é culpável?
Aspecto da culpabilidade que diz respeito a reprovação social. É uma conduta que
recebe reprovação social?
A conduta que é dotada de tipicidade, ilicitude e culpabilidade é crime. Todo crime
precisa de uma conduta que deverá ser valorada.
A conduta se manifesta de duas formas sempre:
1- Comissão- Sempre um fazer, agir, são os crimes comissivos.
2- Omissão – Um não fazer, não agir, ficar inerte quando a lei manda agir.
Todo crime necessita de uma conduta
O conceito de conduta variou ao longo do tempo.
Corrente Bipartida
Segundo a concepção bipartida, crime é um fato típico e ilícito, pouco importando,
para haver crime, se há culpabilidade e/ou punibilidade.
Corrente Tripartida
Segundo a concepção tripartida, crime é um fato típico, ilícito e culpável. Assim, para
essa concepção, se não há culpabilidade, não há crime. A culpabilidade, então, é
elemento do crime.
Corrente Quadripartida
Segundo a concepção quadripartida, crime é um fato típico, ilícito, culpável e punível.
Sem qualquer desses elementos, segundo essa concepção, não há crime.
São adeptos dessa concepção: Basileu Garcia, Claus Roxin e outros.
ATENÇÃO: a concepção quadripartida não é adotada no Brasil, não havendo sequer
divergência doutrinária relevante sobre isso. O nosso Código Penal de nenhum modo
adotou essa teoria e aqui a estudamos apenas para fins acadêmicos.

Classificação Doutrinária dos Crimes


Crimes comuns: Pode ser executado por qualquer pessoa (furto, lesão corporal...)
Crimes especiais: Crime que pressupõe no agente uma particular qualidade ou
condição pessoal, que pode ser de cunho social.
Crimes próprios: São aqueles que exigem ser o agente portador de uma capacidade
especial. O tipo penal limita o círculo do autor, que deve encontrar-se em uma posição
jurídica, como funcionário público, médico, ou de fato, como mãe da vítima (art. 123),
pai ou mãe (art. 246) etc.
Crimes de mão própria: Exigem que a conduta típica seja praticada por um sujeito
ativo qualificado e, por isso, não admitem coautoria, mas somente a participação.
Exemplo: crime de falso testemunho e crime de reingresso de estrangeiro expulso,
previsto no art. 338 do CP.
Praticado pessoalmente pelo sujeito ativo.
Crimes instantâneos: Os crimes instantâneos são aqueles que se consumam com uma
única conduta e não produzem resultado prolongado no tempo, embora a ação possa
perdurar. Exemplo: homicídio, furto, roubo etc.
Crimes permanentes: São aqueles que se consumam com uma só conduta, porém a
situação antijurídica prolonga-se no tempo enquanto for da vontade do agente.
Exemplo: sequestro ou cárcere privado, em que o delito se consuma com a retirada da
liberdade da vítima, embora ela permaneça em cativeiro pelo tempo que o agente
quiser.
Crimes de danos: Consumam-se com a ocorrência de dano de bens juridicamente
protegidos pelo ordenamento jurídico, há necessidade de prejuízo evidente aos
sentidos humanos.
Crimes de perigo: Os delitos de perigo consumam-se apenas pela probabilidade de
ocorrência de dano. Tais delitos dividem-se em:
a) perigo individual - quando a probabilidade de dano atinge somente uma pessoa ou
um grupo determinado de pessoas (arts. 130 a 137 do CP);
b) perigo coletivo - quando a probabilidade de dano atinge número indeterminado de
pessoas (arts. 250 a 259 do CP);
c) perigo abstrato - quando a probabilidade de ocorrência de dano vem implícita no
tipo penal e independe de prova (exemplo: porte ilegal de drogas - presume-se perigo
à segurança pública); d) perigo concreto - quando há necessidade de se provar a
probabilidade de ocorrência de dano (exemplo: art. 132 do CP - expor a vida de alguém
a perigo).
Crimes de atividade: Os crimes de atividade são aqueles que não exigem o resultado
naturalístico para sua consumação e contentam-se com a ação humana, que é
suficiente para esgotar o tipo penal. São também chamados de crimes formais ou de
mera conduta. Exemplo: prevaricação (art. 319 do CP), em que o agente é punido
mesmo que não haja efeitos no mundo naturalístico.
Crimes de resultado: Os crimes de resultado (materiais/causais) são aqueles que
exigem a ocorrência de resultado naturalístico, sem o qual não há consumação e sim
tentativa. Exemplo: homicídio, furto, roubo etc.
Crimes uni subjetivos: Só podem ser praticados por uma única pessoa.
Crime plurissubjetivo: Só podem ser praticados por mais de uma pessoa, como no caso
da bigamia, rixa e quadrilha.
Crimes unissubsistentes e plurissubsistentes: Os delitos unissubsistentes são aqueles
praticados através de um único ato (injúria verbal), enquanto os plurissubsistentes são
aqueles que necessitam de vários atos, que formam uma ação, para sua configuração
(homicídio).
Crimes progressivos e crimes complexos: Ambos os crimes derivam da continência,
que é quando um tipo penal engloba o outro.
a) explícita - quando um tipo penal expressamente engloba outro, como ocorre no
roubo que envolve o furto, a ameaça e a ofensa à integridade física. Este exemplo
enquadra-se também nos crimes complexos em sentido estrito, que são os tipos
penais formados pela junção de mais de um delito. Já os crimes complexos em sentido
amplo são aqueles em que o tipo penal envolve outro tipo associado com uma conduta
lícita, como ocorre no estupro, que engloba o constrangimento ilegal e a prática de
relação sexual (conduta lícita);
b) implícita - ocorre quando um tipo penal envolve tacitamente outro delito (crime
progressivo). É o caso do homicídio em que o agente obrigatoriamente passa pelo
crime de lesão corporal.
- Progressão criminosa: consiste na evolução da vontade do agente, que o faz passar
de um crime para outro, normalmente contra o mesmo bem jurídico. Assim, o agente
será punido somente pelo fato mais grave. Na progressão criminosa, o agente tem
vontade inicial de lesionar alguém, entretanto esta vontade evolui e o agente delibera
matar. Já no crime progressivo, o agente tem a intenção de matar alguém, mas para
isso terá que passar necessariamente pela lesão corporal.
Assim, na progressão criminosa usa-se o critério da absorção do crime meio pelo crime
fim (fato antecedente não punível). No entanto, pode acontecer também do fato
posterior não ser punível, quando fato menos grave suceder delito mais grave que já
atingiu o bem jurídico tutelado pela lei. Exemplo: agente envenena água potável e,
depois a entrega para consumo (art. 270 "caput" e § 1º do CP).
Crime Habitual: Exige a prática de várias condutas habituais, que são levadas em
consideração juntas. Repetição reiterada e consecutiva.
Crimes Vagos: Possuem sujeito passivo indeterminado, como a coletividade,
desprovida de personalidade jurídica. Ex: associação para o tráfico.
Crimes de forma livre e de forma vinculada: Crimes de forma livre são aqueles em que
o tipo penal não prevê meio algum para execução do delito, que, portanto, pode ser
cometido de qualquer maneira - exemplo: infanticídio, lesão corporal etc. Já o crime de
forma vinculada são aqueles praticados de acordo com o método descrito no tipo
penal, como é o caso do curandeirismo - art. 284, I, II e III, do CP.
Crimes subsidiários: Soldado de reserva, uma norma é considerada subsidiaria em
relação a outra quando a conduta nela prevista integra o tipo da principal, que afasta a
aplicação da secundária. Ex: constrangimento ilegal, que pode ser usado em diversas
situações, para várias finalidades, como para o estupro.

Princípios Constitucionais Penais


Funções e finalidades: Verificado, pois, em rápidas linhas, que a missão do Direito
penal em um Estado Democrático de Direito é a de exclusiva proteção de bens
jurídicos, e que esses bens jurídicos, cada vez mais imateriais, possuem qualidade de
valor, cumpre buscar na Constituição, como guardiã da finalidade da ordem jurídica, os
princípios que orientam a interpretação desse Direito penal valorado.
De forma generalizada, os princípios têm função de orientação, são vetores tanto para
o legislador quanto para o aplicador de direito.
Propiciar justa aplicação do direito penal e dar unidade ao sistema normativo.
Não há hierarquia entre os princípios, convivem harmonicamente.
Sistema constitucional principiológico
O caput, do artigo 5°, da Constituição federal, em seus 78 incisos, enumera os direitos
e garantias fundamentais dos direitos e deveres do individuo e do coletivo.
Regra principiológica: não excluir outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais que o brasil faça parte.
Três possibilidades: força de ementa constitucional: No campo jurídico, é chamada
emenda constitucional a modificação imposta ao texto da Constituição Federal após
sua promulgação. É o processo que garante que a Constituição de um país seja
modificada em partes, para se adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes
mudanças sociais.
Quando versarem sobre os Direitos Humanos e forem aprovados nas duas casas do
congresso Nacional
Ex: Convenção internacional de Nova York sobre o direito de pessoas portadoras de
deficiência, promulgada pelo decreto oficial
Supralegalidade: Quando versarem sobre os direitos humanos e forem aprovados
analogamente as leis ordinárias, u seja, as leis comuns. Antes de 1988, o STF havia
firmado o entendimento, no julgamento do RE nº 80.004 (J. 01/06/1977) de que os
tratados internacionais se incorporam ao direito interno no mesmo nível das leis,
podendo ser revogados por lei posterior ou deixar de ser aplicados em favor de lei
específica.
Os que versam sobre direitos humanos, mas foram aprovados pelo procedimento
ordinário – que são aprovados por maioria simples (CF, art. 47), possuem status
supralegal, situando-se entre as leis e a Constituição. Ex. Pacto de São José da Costa
Rica.
Força da lei ordinária: As leis ordinárias ocupam o terceiro lugar no ordenamento
jurídico brasileiro. Trata-se de normas de competência exclusiva do Poder Legislativo.
Essas matérias precisam ser discutidas e aprovadas por deputados ou senadores e,
posteriormente, sancionadas pelo chefe do Poder Executivo, o Presidente da
República.
que não versam sobre direitos humanos ingressam no ordenamento jurídico brasileiro
com força de lei ordinária. O STF não admite que Tratado Internacional trate de
matéria reservada à Lei Complementar.
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
É uns dos fundamentos da república federativa do Brasil, ao lado da soberania,
cidadania, dos valores sociais de trabalho, livre iniciativa e do pluralismo jurídico.
O princípio da dignidade da pessoa humana é, sem dúvidas, o mais importante do
ordenamento jurídico brasileiro e tem a finalidade de proteger os direitos
fundamentais, qual seja o direito à vida, à liberdade, à dignidade, à integridade física e
moral, bem como à segurança.
Hierarquicamente tem tratamento supralegal, pois embora verse sobre os direitos
humanos, não foi aprovado em duas votações em cada casa do Congresso Nacional.
consequências: O Estado existe em função das pessoas e não as mesmas em função do
Estado; o homem é a razão de todo sistema social, politico e jurídico; toda ação do
Estado terá validade se respeitar a dignidade da pessoa humana, se violar será
inconstitucional.
A dignidade humana é o primeiro valor da sociedade;
A decorrência lógica é que todos os demais valores giram ao seu entorno, dando
efetividade aos demais princípios constitucionais;
Todos os princípios constitucionais que lastreiam o direito penal devem ser
interpretados pelo valor maior da dignidade humana.
Prismas objetivo e subjetivo do princípio:
Consecutivamente, o objetivo determina que o Estado tem o dever constitucional de
garantir aos indivíduos as condições mínimas de sobrevivência, e no aspecto subjetivo,
exige que o Estado respeite a autonomia de cada indivíduo. Em suma, a função da
dignidade humana é garantir que a pessoa sobreviva minimamente com a sua
respeitabilidade garantida.
Casuística
A pena privativa de liberdade é constitucional? Fere esse princípio?
Sim, é constitucional. É reconhecida pela Constituição Federal como terapêutica penal,
visto que, O preso deverá possuir todos os direitos assegurados a um cidadão
não privado de liberdade, ressalvados aqueles decorrentes da sentença condenatória
ou da legislação, qual seja, primordialmente: a liberdade, sendo certo o respeito
da integridade física e moral do apenado, este é o raciocínio que pode ser extraído da
conjugação do artigo 3° da LEP com o artigo 38 do Código Penal
Princípio da Última Ratio ou da Intervenção Mínima
podemos entender que de acordo com o princípio da intervenção mínima o direito
penal deve intervir o menos possível na vida em sociedade, somente entrando em
ação quando, comprovadamente, os demais ramos do direito não forem capazes de
proteger aqueles bens considerados de maior importância.
Se caracteriza como último recurso da política social.
Princípio da Fragmentariedade
O princípio da fragmentariedade é também chamado de “caráter fragmentário do
Direito Penal”. Esse princípio preceitua que o Direito Penal é a última etapa de
proteção do bem jurídico, ou seja, um crime apenas pode ser criado se os demais
ramos do Direito não foram suficientes para a proteção do bem jurídico.
Princípio da Subsidiariedade
Visa proteger bens ou interesses jurídicos por meios menos gravosos ao cidadão que a
punição penal, sendo ela definitivamente a mais gravosa devido o cerceio da
liberdade.
Princípio da Ofensividade

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