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Penal 1

Fonte do direito

Teremos duas fontes de direito. A material, a qual se refere a produtor das


leis, nesse caso, a União. Todavia, em casos excepcionais, outros órgão
podem exercer esse papel de fonte material. Em situação em que a União não
legislou nada sobre determinada matéria, os Estados pode executar este
trabalho, mas vale destacar que quando a União legislar sobre esse tema, as
leis criadas pelos Estados será suspensa.

Ainda temos a fonte formal, que são as que exercem papel de norma. Temos
os costumes, a jurisprudência, a doutrina, a analogia e os princípios
Normas Penal

As normas penais são divididas em dois grupos. As incriminadoras e não


incriminadoras

 Incriminadora

As incriminadoras são normas que regulam as condutas dos sujeitos,


proibindo determinadas ações dos sujeitos. Por exemplo, o artigo 121: matar
alguém - pena de 6 até 20 anos
Essa lei proibir que os sujeitos matem outros sujeitos, pois no caso de morte
serão punidos com a pena entre 6 até 20 anos
As normas incriminadoras são estruturadas em dois preceitos: o primário e o
segundaria

MATAR ALGUÉM ( CONDUTA) + PENA DE 6 A 20 ANOS ( PENA)

A norma incriminadora sempre seguirá essa estrutura. A norma primária se


tratando a conduta que será proibida, a norma segundaria sendo a
previsão penal para essa conduta

Dentro dessa estrutura, existem alguns preceitos que são falhos. Temos, por
exemplo, a norma penal em branco que é quando o preceito primário está
incompleto, ou seja, quando existe a necessidade outra lei para determinar
a conduta que será proibida. Outro que temos é a norma incriminadora
imperfeita, isto é, quando existem deficiência em determinar a previsão penal
e, assim, precisará de uma outra norma para determina o tempo da lei

 Não incriminadora
As normas não incriminadora possuem quatro tipo, que são
a) tornar lícitas determinadas condutas;
b) afastar a culpabilidade do agente, erigindo causas de isenção de pena;
c) esclarecer determinados conceitos;
d) fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal.

Conflito aparente de normas


Existe alguns determinados normas que podem gerar confusão frente sua
aplicação, entretanto no direito penal existem alguns princípios que
diferenciam as normas, como:
Princípio da especialização: a norma especial afasta a aplicação da norma
geral. Em determinados tipos penais incriminadores, há elementos que os
tornam especiais em relação a outros, fazendo com que, se houver uma
comparação entre eles, a regra contida no tipo especial se amolde
adequadamente ao caso concreto, afastando, desta forma, a aplicação da
norma geral.

Princípio da subsidiariedade: na ausência ou impossibilidade de aplicação da


norma principal mais grave, aplica-se a norma subsidiária menos grave.

Princípio da consumação: A consumação absorve a tentativa e esta absorve o


incriminado ato preparatório; o crime de lesão absorve o correspondente crime
de perigo; o homicídio absorve a lesão corporal; o furto em casa habitada
absorve a violação de domicílio etc.

O princípio da consunção é aplicado para resolver o conflito aparente de


normas penais quando um crime menos grave é meio necessário ou fase de
preparação ou de execução do delito de alcance mais amplo, de tal sorte
que o agente só será responsabilizado pelo último, desde que se constate
uma relação de dependência entre as condutas praticadas. Precedentes

Princípio da alternatividade: Tal princípio terá aplicação quando estivermos


diante de crimes tidos como de ação múltipla ou de conteúdo variado, ou seja,
crimes plurinucleares, nos quais o tipo penal prevê mais de uma conduta em
seus vários núcleos. Por exemplo:

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,


vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo,
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:
Suponhamos que o agente adquira, tenha em depósito e venda drogas,
praticando, dessa forma, três dentre as condutas previstas pelo mencionado
artigo. No caso em tela, não poderá ser punido como se tivesse cometido o
delito, por exemplo, em concurso material, mas, sim, uma única vez, sem
que se possa falar em concurso de infrações penais.

Princípios

 Princípio da intervenção mínima

O direito penal deve agir como a último ratio, isto é, deve interferir o mínimo
na vida dos sujeito, devendo aparecer quando os demais direitos não forem
capazes de tutelar aquele bem

 Princípio da lesividade

Esse princípio segue 4 requisitos:


1 - Não se pode punir alguém pelos seus pensamentos/ ideias
2 - Não se pune condutas que não lesionam o bem de terceiros
3 - Não se pune o agente pelo o que é, por exemplo ser punido por ser
"louco"
4 - Afasta para aquelas condutas que, embora desviadas do senso comum da
sociedade, não afetam o bem jurídico de terceiros. POR EXEMPLO, NÃO
TOMAR BANHO

 princípio da taxatividade

O direito Penal deve seguir estritamente o que convém a lei


Não existe crime sem lei anterior que o defina

 Princípio da adequação social

Restringir o legislador a elaborar normas incriminadoras sobre condutas


socialmente adequadas e aceitas pela sociedade
O princípio só si só não tem força para revogar esses tipos de normas

 Princípio da insignificância

Exclui condutas que se adequam ao tipo penal, porém não relevantes


Por exemplo, um casal rouba um único chocolate de uma loja. Eles estão
comendo o crime de furto qualificado ( concurso de pessoas), mas será que
pelo furto de um único chocolate eles deveriam responder?

Tipicidade Penal

É caracterizado por dois fatos típicos


1 - Tipicidade formal: adequação perfeita da conduta a pena prevista
2 - Tipicidade conglobante : os critérios do princípio da insignificância são
usados aqui

Tempo do crime

 Princípio da extra-atividade penal: A lei penal retroage em benefício


do réu, apenas nessa hipótese

 Teoria do tempo do crime

Existem três teorias

1 - A teoria da atividade: o crime se consuma no momento da ação ou


omissão, independente do momento do resultado ( Teoria adotada no direito
penal)

2 - Teoria do resultado: o crime se consuma no momento do resultado

3 - Teoria mista ou ubiquidade: se consuma em ambos os momentos

(Obs: Destacar o crime que se consuma ao longo do tempo. Por exemplo, o


crime de sequestro. Enquanto a vítima é mantida presa, o crime está se
consumando)

 Novatio em Legis in Mellius, Novatio Legis in pejus e Abolito criminis

In Mellius --> Lei nova que beneficia o réu ( essa é a única que retroage)
In pejud --> Lei nova que prejudica o réu
Abolito criminis ---> Lei abolida , deixa de ser crime( retroage em benefício
ao réu)

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

(Obs: Sumúla n 711: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou
ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade
ou da permanência)

(Obs 2: Não acontece Abolitio criminis no caso em que o tipo pena foi
expressamente revogado, entretanto os seus elementos migram para o outro
tipo penal. Nessa situação não ocorre Abolitio criminis)

Crime no espaço
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado

Essa norma tem aplicação mais utilizado para relações internacionais


Se diz onde deveria ser produzido o resultado os casos que, por exemplo,
aonde a intenção será determinado lugar, entretanto o crime não se consumou

 Extensão da territoriadade

1 - As embarcações e aeronaves brasileiras pública ou a serviço do governo


em qualquer lugar
2 - As embarcações e Aeronaves privadas brasileiras que estiverem na terra
de ninguém ( Alto mar e espaço aéreo)
3 - Embarcações e aeronaves estrangeiras privadas no território nacional

 Extraterritorialidade

Aplicação da lei brasileira fora do território nacional é cabivel em duas


situações

1 - Incondicional ( não precisa de uma condição para aplicar a legislação)


- os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de


Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

2 - condicional

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